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1. O Relato Financeiro
Os documentos de Prestação de Contas continuam a ser um veículo fundamental de avaliação do
desempenho dos gestores e de ponderação do valor da empresa nas várias perspetivas.
No entanto, tem se assistido a um crescimento da importância de outras fontes de informação para a
tomada de decisões dos stakeholders.
2. Objetivos da informação
Satisfazer as necessidades dos utilizadores é o objetivo da informação contabilística. Da síntese das
necessidades anteriores serão definidos os objetivos da informação.
Proporcionar informação fiável acerca da posição financeira, desempenho e alterações na
posição financeira de uma entidade que seja útil aos utentes na tomada de decisões económicas.
Conceito novo - Verificabilidade – significa que diferentes usuários da informação financeira com e sem
preparação técnica chegam a um consenso (não necessariamente a concordância plena) de que a “imagem”
reportada pelas DFs é uma representação fidedigna da realidade.
3. Limitações da Contabilidade
Limitações decorrentes do modelo contabilístico
Limitações de fiabilidade
o Preparação das demonstrações financeiras aproveitando a ausência de normativos claros
ou opções permitidas pelas normas para influenciar o resultado apresentado e/ou a imagem
propiciada pelo balanço
Responsabilidades:
Órgão de gestão: responsável máximo pelas DFs e pelas asserções nelas contidas
CC: Responsável pela preparação, elaboração e divulgação das DFs
ROC: Responsável pela “Certificação” das DFs – é um garante da qualidade e fiabilidade das DFs.
Asserções contidas nas DFs (da responsabilidade do Órgão de Gestão) que o auditor terá de analisar e
sobre as quais expressará uma opinião:
Ocorrência - as transações e acontecimentos que estão registados ocorreram e têm a ver com a
entidade.
Existência - ativos, passivos e interesses no capital próprio existem e dizem respeito à entidade; a
entidade detém ou controla os direitos e as obrigações.
Plenitude - todas as transações, acontecimentos, os ativos, passivo, interesses no capital próprio,
rendimentos e gastos foram de facto registados e no período contabilístico a que respeitam. Todas as
divulgações necessárias foram incluídas nas DFs.
Reconhecimento – todos os itens incluídos nas DFs cumprem a definição de ativo, passivo, capital
próprio, rendimento e gasto conforme definido na estrutura conceptual da contabilidade.
Valorização (mensuração) e imputação - ativos, passivos, capitais próprios, rendimentos e gastos
estão incluídos nas DFs por quantias apropriadas e os ajustamentos resultantes da valorização ou
imputação estão apropriadamente registados e divulgados.
Exatidão - as quantias e outros dados relativos a transações e acontecimentos registados foram
apropriadamente registados e divulgados;
Classificação, apresentação e compreensibilidade - as transações e acontecimentos foram
registados nas contas apropriadas e a sua apresentação nas DFs respeita a ordem definida na
normalização contabilística. As divulgações estão expressas de forma clara.
Divulgação - forma sistemática e cruzada como deve ser proporcionada informação nas DFs de
modo que a todos interessados seja proporcionada uma adequada compreensão do significado de tal
informação.
Asserções contidas nas DFs - conceitos a relembrar:
Ativo - recurso controlado pela empresa, resultante de acontecimentos passados e do qual se espera
que fluam para a empresa benefícios económicos futuros.
Passivo - obrigação presente, resultante de acontecimentos passados, de cuja liquidação se espera
que resulte uma saída de recursos que incorpore benefícios económicos.
Capital próprio - interesse residual nos ativos da entidade após a dedução de todos os passivos.
Rendimentos - aumentos nos benefícios económicos durante o período contabilístico, na forma de
influxos, aumentos de ativos ou diminuições de passivos, que resultem em aumentos no Capital
Próprio e que não sejam os relacionados com as contribuições dos participantes no Capital Próprio.
Engloba quer os réditos (resultam da atividade corrente) quer os ganhos (resultam da atividade
extraordinária).
Gastos - diminuições nos benefícios económicos durante o período contabilístico na forma de
exfluxos, deperecimentos de ativos ou na incorrência de passivos que resultem em diminuições no
Capital Próprio, que não sejam as relacionadas com distribuições aos participantes no Capital
Próprio. Engloba quer os gastos (resultam da atividade corrente) quer as perdas (resultam da
atividade extraordinária)
A auditoria financeira …
…consiste no exame sistemático das DFs de uma entidade, na recolha e avaliação de evidência e na
expressão de uma opinião, sobre se as DFs estão preparadas, em todos os aspetos materiais, de acordo
com um referencial de relato financeiro aplicável e se dão uma imagem verdadeira e apropriada sobre
a situação financeira da empresa e o resultado das suas operações e os fluxos de caixa.
Auditoria financeira
– objetivo
…tem como
objetivo obter
garantia razoável
de fiabilidade sobre se as DFs como um todo
estão isentas de distorções materiais,
devido a fraude ou erro, habilitando assim o auditor a expressar uma opinião sobre se as DFs foram
preparadas, em todos os aspetos materiais, de acordo com um referencial de relato financeiro aplicável.
(International Standard on Auditing - ISA 200 – IFAC
GAP
Expectativas dos usuários sobre o serviço (valor) que a auditoria lhes pode facultar (e a perceção sobre o
valor do serviço prestado pela auditoria)
Será uma verdadeira limitação?
1. (Outros)Tipos de Auditoria
Auditoria Externa/Financeira/Contabilística: genericamente, consiste na auditoria às DFs de
âmbito alargado ou limitado, tendo por base os normativos contabilísticos, comerciais, fiscais,
laborais… e as normas de auditoria.
É desempenhada por auditores externos (em Portugal - Revisores Oficiais de Contas) à organização
mediante a celebração de um contrato de prestação de serviços. Emite relatórios de conformidade
entre as DFs e as normas de referência.
Auditoria Interna/Operacional/Gestão: É normalmente desempenhada por empregados da
empresa devidamente qualificados (departamento de auditoria interna), mas pode também ser
contratada a auditores externos à organização.
«É uma atividade independente, de segurança objetiva e de consultoria, destinada a acrescentar valor e a
melhorar as operações das organizações. Ajuda uma organização a atingir os seus objetivos facultando-lhe
uma abordagem sistemática e disciplinada para avaliar e melhorar a eficácia dos processos de gestão dos
riscos, controlo e governação» (Institute of Internal Auditors – EUA, 1999).