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Aula 5

ICMS: Lei complementar 87/96 – Lei


Kandir(substituição tributária)

Legislação Tributária Estadual para Auditor


Fiscal da SEFAZ RJ (Somente em PDF)

Prof. Ermilson Rabelo


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Sumário
.......................................................................................................................................................................................

ICMS............................................................................................................................................................. 3

SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA................................................................................................................................................................................. 3

RESPONSABILIDADE NA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA ........................................................................................................................................ 9

ESPECIFICIDADES DO DIFERIMENTO.................................................................................................................................................................... 11

BASE DE CÁLCULO................................................................................................................................................................................................ 14

QUESTÕES DE PROVA COMENTADAS........................................................................................................... 23

LISTA DE QUESTÕES..................................................................................................................................... 47

GABARITO............................................................................................................................................................................................................. 55

RESUMO DIRECIONADO................................................................................................................................ 56

SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA................................................................................................................................................................................. 56

RESPONSABILIDADE NA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA........................................................................................................................................ 56

ESPECIFICIDADES DO DIFERIMENTO.................................................................................................................................................................... 57

BASE DE CÁLCULO................................................................................................................................................................................................ 57

SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA EM OPERAÇÕES INTERESTADUAIS........................................................................................................................ 59

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ICMS
Assunto que merece bastante atenção é a substituição tributária. A substituição tributária é uma realidade, hoje, na
fiscalização tributária. Ela é um mecanismo de racionalização e eficiência administrativa, que otimiza o potencial de
arrecadação dos Entes Federativos. Consequentemente é um assunto muito explorado pelas bancas examinadoras. De
fato, a substituição tem suas peculiaridades e merece um olhar especial do candidato.
Não se preocupe, pois aqui explicaremos detalhadamente essa sistemática utilizada no ICMS. Prestando atenção aos
detalhes e praticando muitos exercícios, esse será mais um assunto que lhe ajudará na sua aprovação. A nossa intenção
é colocar na “massa do sangue” esse assunto. Vamos lá?!
Aos trabalhos então!!!

SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

Antes de iniciarmos o estudo das disposições da Lei Kandir relativas à substituição tributária, é importante
entendermos o que ela significa. Dessa maneira, tenha em mente que a substituição tributária é uma sistemática para
facilitar a arrecadação e a fiscalização de tributos. Assim, a Administração Tributária atribui a responsabilidade pelo
pagamento do imposto a um terceiro que tenha relação/participação na ocorrência do fato gerador. Então, surgem
duas figuras importantes na substituição tributária: o contribuinte substituto e o contribuinte substituído.

Contribuinte Substituído: Aquele que teria a obrigação de pagar o tributo.

Contribuinte Substituto: Aquele que foi eleito para pagar o imposto do contribuinte substituído.

Para facilitar o entendimento e você compreender a ideia, imagine pequenos produtores rurais, localizados no interior
de certo Estado brasileiro, que realizam o cultivo de vários produtos primário como arroz, feijão, milho, etc. Todos eles
concentram suas produções numa cooperativa regional para que seja realizada a venda desses produtos. É muito mais
interessante concentrar a cobrança dos tributos dos produtores na cooperativa e essa efetuar o recolhimento para os
cofres do Estado. Assim, basta fiscalizar a cooperativa que todos os produtores estarão sendo fiscalizados
indiretamente. Ao fiscalizar a cooperativa e exigir o recolhimento correto dos tributos, a fiscalização obriga a
cooperativa a reter corretamente os tributos dos produtores. Mesmo que a cooperativa não retenha corretamente o
tributo dos produtores, o Fisco cobrará o valor correto. É claro que a cooperativa não vai dar mole e reter de maneira
errada os tributos dos produtores.
Nessa situação, temos:

Contribuinte Substituído: pequenos produtores rurais.

Contribuinte Substituto: cooperativa.

Viram como esse mecanismo facilita a vida do Fisco? Em vez de ter que fiscalizar milhares de produtores, ele fiscaliza
apenas uma única cooperativa. Já imaginou quantos fiscais seriam necessários para fiscalizar esses produtores?
“Professor, entender até que entendi. Entretanto, discordo. Considero injusto colocar a carga toda da fiscalização na
cooperativa. Além disso, se o Governo quer arrecadar, ele que se vire e dê um jeito para fiscalizar todo mundo e
coloque mais fiscais! Bom que ainda aumenta as vagas nos concursos!!!”
Com relação a aumentar o número de vagas nos concursos concordo com você. Entretanto, devemos pensar na
eficiência e na racionalização administrativa. Além disso, os custos para arrecadar não podem ser superiores a

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arrecadação. Se não, não faria sentido!


Com relação a atribuir a responsabilidade à cooperativa, o fundamento para esse mecanismo está nas nossas
legislações. Assim, não entrarei no mérito de ser justo ou não.
Vamos aproveitar para conferir mais um exemplo de substituição tributária. Suponha agora uma indústria de bebidas
que distribui para várias distribuidoras de bebidas e até mesmo milhares de bares. Nessa situação, também é
interessante para o Fisco concentrar a fiscalização na indústria. É inviável fiscalizar milhares de estabelecimentos.
Quantos bares você conhece na sua cidade? Já pensou ter que fiscalizar um a um? Sei que algumas pessoas adorariam
fazer isso e ainda fariam até hora extra de graça. Entretanto, mais uma vez chamo atenção para a eficiência e
racionalização administrativa. Assim, a melhor maneira para realizar essa fiscalização é concentrar o recolhimento dos
tributos na indústria.
Nessa situação, temos:

Contribuinte Substituído: distribuidoras e bares.

Contribuinte Substituto: indústria.

Vamos fazer um exercício sobre esse assunto para vermos como ele é cobrado:

(CESGRANRIO – TRANSPETRO – 2011)

A legislação instituiu a figura do contribuinte que fica obrigado a calcular, cobrar e recolher o ICMS ST (ICMS
Substituição), com o principal objetivo de dotar a máquina arrecadadora com uma ferramenta melhor, mais eficiente e
eficaz no controle do ICMS.
Com base nesse pressuposto, considere as afirmações a seguir.

I - A obrigatoriedade de recolhimento do ICMS ST incide sobre o contribuinte substituto.

II - O contribuinte substituído é aquele que tem a obrigatoriedade de recolher o tributo.

III - O contribuinte que assume o ônus do imposto deve recolher o ICMS ST.

Está correto o que se afirma em

a) I, apenas.

b) II, apenas.

c) III, apenas.

d) II e III apenas.

e) I, II e III.

RESOLUÇÃO:

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I - A obrigatoriedade de recolhimento do ICMS ST incide sobre o contribuinte substituto.

CERTA. De fato, é o contribuinte substituto que é o responsável pelo recolhimento.

II - O contribuinte substituído é aquele que tem a obrigatoriedade de recolher o tributo.

ERRADA. A obrigatoriedade de recolher o tributo é do contribuinte substituto.

III - O contribuinte que assume o ônus do imposto deve recolher o ICMS ST.

ERRADA. Apesar de não efetuar o recolhimento, é o contribuinte substituído quem arca com o ônus do imposto.

Resposta: A

Além de conhecermos os sujeitos que participam dessa substituição, é importante sabermos que há 3 tipos possíveis de
substituição: a substituição tributária para trás, a substituição tributária pura e a substituição tributária para frente.
Ressalta-se que essas três classificações se referem ao momento em que ocorre o fato gerador. Vamos entender cada
uma:

Substituição tributária para trás: Conhecida como diferimento. O tributo relativo a determinado fato
gerador é recolhido em momento posterior à sua ocorrência.

Substituição tributária para frente: Ocorre de maneira inversa à substituição tributária para trás. O tributo
relativo a determinado fato gerador é recolhido em momento anterior à sua ocorrência, ou seja, de maneira
antecipada.

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Substituição tributária pura: O tributo relativo a determinado fato gerador é recolhido no momento da sua
ocorrência.

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Após visualizarmos os 3 tipos de substituição tributária, é importante destacarmos que a substituição tributária para
frente tem fundamento na Constituição Federal.
Vamos conferir:

Art. 150º, § 7º, da CF/88 - A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo
pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e
preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido.
Apesar de haver essa previsão, a substituição tributária para frente é alvo de muitas críticas, visto que é uma
antecipação do pagamento do tributo, cujo fato gerador ainda não ocorreu. De fato, acontece essa antecipação.
Entretanto, é importante estarmos atentos ao posicionamento dos Tribunais Superiores.
Vamos conferir o posicionamento do STJ:

“com o pagamento antecipado não ocorre recolhimento do imposto antes da ocorrência do fato gerador. O
momento da incidência do tributo fixado por lei não se confunde com a cobrança do tributo, pelo que o sistema de
substituição tributária não agride o ordenamento jurídico tributário” (STJ, 2.ª T., REsp 89.630/PR, Rel. Min. Ari
Pargendler, j. 08.06.1999, DJ 01.07.1999, p. 161)

Agora, vamos verificar o posicionamento do STF:

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“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. IMPRESCINDIBILIDADE DE QUE


ESSA HIPÓTESE ESTEJA PREVISTA EM LEI. LEGITIMIDADE DO INSTITUTO JURÍDICO. NÃO-CONHECIMENTO DO
RECURSO ESPECIAL. INOCORRÊNCIA DO FENÔMENO DA SUBSTITUIÇÃO DE JULGADO. PREJUDICIALIDADE DO
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ALEGAÇÃO IMPROCEDENTE.
1. Não-conhecimento do recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça. Prejudicialidade do recurso
extraordinário simultaneamente interposto, tendo em vista o fenômeno processual da substituição de julgado
previsto no artigo 512 do Código de Processo Civil. Alegação improcedente. O acórdão somente substituiria a
decisão recorrida se o recurso houvesse sido conhecido e provido.
2. É responsável tributário, por substituição, o industrial, o comerciante ou o prestador de serviço, relativamente
ao imposto devido pelas anteriores ou subseqüentes saídas de mercadorias ou, ainda, por serviços prestados por
qualquer outra categoria de contribuinte.
3. Legitimidade do regime de substituição tributária, dado que a cobrança antecipada do ICMS por meio de
estimativa ‘constitui simples recolhimento cautelar enquanto não há o negócio jurídico de circulação, em que a
regra jurídica, quanto ao imposto, incide’. Entendimento doutrinário. Recurso extraordinário conhecido e provido”
(RE 194.382, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Maurício Corrêa, Tribunal, DJ de 25.4.03).

“CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. I.C.M.S. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.


LEGITIMIDADE.
I. - O Plenário da Corte deu pela legitimidade do regime de substituição tributária. II. - Precedente: RE 213.396/SP.
Voto vencido do Ministro Carlos Velloso. III. - Agravo não provido” (RE nº 362.231/SP-AgR, Segunda turma, Relator
o Ministro Carlos Velloso, DJ de 1/8/03)

(CESPE – SEFAZ/AL – 2002)

Considerando o ICMS, julgue o item abaixo.

Fica atribuída a condição de contribuinte substituto ao contribuinte destinatário, nas operações ou prestações com
diferimento do imposto, nas hipóteses de substituição tributária regressiva.
RESOLUÇÃO: A substituição tributária para trás também é conhecida como substituição tributária regressiva.

Resposta: Certa

(CESPE – AGU – 2015)

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Por dispositivo legal expresso, a obrigação de recolhimento de determinado imposto foi atribuída a pessoa diversa da
do contribuinte, devendo esse pagamento ser feito antecipadamente, em momento prévio à ocorrência do fato
gerador, previsto para ocorrer no futuro.
Com relação a essa situação, julgue o item seguinte.

Na situação considerada, trata-se do instituto denominado substituição tributária progressiva, que tem previsão
expressa relativa ao ICMS.
RESOLUÇÃO: Conforme vimos, a substituição tributária progressiva (para frente) tem previsão na Constituição
Federal.

Resposta: Certa

Superada essa possível divergência, podemos prosseguir regularmente o nosso estudo.


Para fins do nosso estudo, quando analisamos essas 3 possibilidades de substituição, estamos analisando o compasso
relação fato gerador x lançamento, ou seja, o momento em que ocorre fato gerador x momento em que passa a ser
devido o imposto. Apesar de a lei por diversas vezes falar em pagamento, chamo sua atenção para um detalhe
importante: o momento em que o imposto passa a ser devido é diferente do momento em que ele deve ser pago. Isso é
até um pouco óbvio, mas não custa lembrar, primeiro você tem que ter uma obrigação de pagar, depois você efetua
esse pagamento.
“Professor, ficou meio complicado. Facilita, explica melhor com um caso concreto?!”

No nosso exemplo da indústria de bebidas que vende para distribuidoras e até mesmo bares, no momento em que
ocorre a venda dessas bebidas, a indústria passa a dever o ICMS-SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA dos seus clientes, ou seja,
ela fica responsável por pagar o imposto que é devido pelas distribuidoras e bares. Conforme vimos, ocorre um
recolhimento antecipado do ICMS. Entretanto, no momento em que ocorre essa venda e as bebidas são enviadas para
os clientes, a indústria não paga o imposto de forma instantânea. É comum haver um prazo para efetuar esse
recolhimento.
Então, fique atento ao ler a lei e tenha esse entendimento que o imposto não é pago de maneira instantânea. Na
prática, o contribuinte efetua o lançamento desse débito na sua escrituração para posteriormente efetuar o
pagamento.
Aproveitando as duas situações apresentadas, é importante que você tenha noção de que no caso dos produtores
agropecuários ocorre a substituição tributária para trás, visto que o tributo deverá ser recolhido pelo destinatário, ou
seja, pela cooperativa. Com relação ao caso da indústria de bebida ocorre a substituição tributária para frente, visto que
o tributo deverá ser recolhido antecipadamente pelo remetente, ou seja, pela indústria. Para exemplificar uma situação
de substituição tributária pura, imagine uma empresa que toma um serviço de transporte e tem a obrigação de recolher
o imposto dessa prestação, ou seja, no momento em que prestação ocorre.

RESPONSABILIDADE NA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

Explicado como funciona a substituição tributária, vamos conferir os dispositivos legais previstos na Lei Kandir. Ela
inicia informando aqueles que podem ser eleitos substitutos tributários:

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Art. 6º Lei estadual poderá atribuir a contribuinte do imposto ou a depositário a qualquer título a
responsabilidade pelo seu pagamento, hipótese em que assumirá a condição de substituto tributário

Conforme a Lei Kandir, a legislação estadual poderá atribuir a um terceiro a responsabilidade pelo pagamento do ICMS
de determinado contribuinte. Dessa maneira, perceba que cada Unidade da Federação tem a faculdade para instituir a
substituição tributária. Além disso, temos que a atribuição da condição de substituto tributário pode ser feita a um
terceiro que seja contribuinte do ICMS ou depositário.

É importante lembrar que a substituição tributária não constitui um benefício fiscal. Ela é apenas uma sistemática de
arrecadação dos tributos. O tributo devido continua sendo pago regularmente. Dessa maneira, não há necessidade da
realização de convênios interestaduais para sua instituição. Para reforçar esse entendimento, vamos conferir o
posicionamento do STF em um julgado sobre a substituição tributária para trás (diferimento):

3. O diferimento tributário não constituiu um benefício fiscal, até porque não há dispensa do pagamento do tributo
(como ocorre com a isenção ou com a não incidência), mas técnica de arrecadação que visa otimizar tarefas típicas
do fisco, de fiscalizar e arrecadar tributos. Logo, por representar conveniência para o Estado, cabe a ele,
exclusivamente, a fiscalização dessas operações. E nem poderia ser diferente, pois ao vendedor, que, via de regra,
nessa modalidade de tributação, é pequeno produtor rural (de milho, na espécie), a lei não confere poderes para
fiscalizar as atividades da empresa que adquire os seus produtos. (EREsp 1119205 / MG, STJ, S1 - Primeira Seção,
Rel. Min. Benedito Gonçalves, DJe 08/11/2010).

Na sequência a Lei Kandir trata das possibilidades de substituição tributária que podem ser pelas operações
antecedentes, concomitantes ou subsequentes, veja:

Art. 6º, § 1º A responsabilidade poderá ser atribuída em relação ao imposto incidente sobre uma ou mais
operações ou prestações, sejam antecedentes, concomitantes ou subsequentes, inclusive ao valor decorrente da
diferença entre alíquotas interna e interestadual nas operações e prestações que destinem bens e serviços a
consumidor final localizado em outro Estado, que seja contribuinte do imposto

Apesar de apresentar esses nomes novos para as possibilidades de substituição tributária, nós já os conhecemos.
Vamos aproveitar para fazer essa associação:

Substituição tributária para trás 🡪 pelas operações antecedentes.

Substituição tributária pura 🡪 pelas operações concomitantes

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Substituição tributária para frente 🡪 pelas operações subsequentes.

Além dessas 3 possibilidades, poderá haver substituição tributária relativa ao valor decorrente da diferença entre
alíquotas interna e interestadual nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado
em outro Estado, que seja contribuinte do imposto. Lembra das operações interestaduais destinadas à consumidores
finais contribuintes nas quais deve ser recolhido o ICMS relativo ao diferencial de alíquota? Então, nesse caso, também
pode haver a substituição tributária.
Vamos conferir mais uma regra geral para a instituição do regime de substituição tributária:

Art. 6º, § 2º - A atribuição de responsabilidade dar-se-á em relação a mercadorias, bens ou serviços previstos em
lei de cada Estado

Mais uma vez é definido que a legislação estadual definirá as mercadorias, bens ou serviços sujeitos à substituição
tributária. Agora lhe pergunto, baseado em que a Lei Kandir pode conferir essas possibilidades?
Baseado na Constituição Federal, vamos conferir:

Art. 155, § 2º, XII, da CF/88 - cabe à lei complementar:

b) dispor sobre substituição tributária;

Então, perceba que a CF/88 estabelece que lei complementar deve dispor sobre a substituição tributária. Assim, a Lei
Kandir dispõe as regras gerais para a instituição do regime de substituição tributária. Entretanto, a instituição efetiva
desse regime ocorre por meio da legislação de cada Unidade da Federação.

Lei Kandir 🡪 Disposições gerais.

Legislação Estadual 🡪 Institui a substituição tributária.

ESPECIFICIDADES DO DIFERIMENTO

A Lei Kandir nos apresenta algumas peculiaridades relativas à substituição tributária pelas operações antecedentes que
merecem destaque.
Vamos conferir.

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Art. 7º Para efeito de exigência do imposto por substituição tributária, inclui-se, também, como fato gerador do
imposto, a entrada de mercadoria ou bem no estabelecimento do adquirente ou em outro por ele indicado.

Vimos que a regra geral para o momento da ocorrência do fato gerador é a saída da mercadoria do estabelecimento do
contribuinte. Entretanto, para fins de substituição tributária, é considerado que o fato gerador ocorre no momento da
entrada de mercadoria ou bem no estabelecimento do adquirente ou em outro por ele indicado. Se você prestar bem
atenção, perceberá que a Lei Kandir está tratando da substituição tributária pelas operações anteriores
(DIFERIMENTO).
O artigo 8º da Lei Kandir trata da base de cálculo do ICMS na substituição tributária. Entretanto, no seu parágrafo
primeiro, ele trata do momento em que deve ser pago o imposto devido no caso da substituição tributária pelas
operações anteriores, ou seja, no diferimento. Assim, vamos primeiro analisar essa situação do diferimento e depois
analisaremos a base de cálculo.

§ 1º Na hipótese de responsabilidade tributária em relação às operações ou prestações antecedentes, o imposto


devido pelas referidas operações ou prestações será pago pelo responsável, quando:
I – da entrada ou recebimento da mercadoria, do bem ou do serviço;
II - da saída subsequente por ele promovida, ainda que isenta ou não tributada;
III - ocorrer qualquer saída ou evento que impossibilite a ocorrência do fato determinante do pagamento do
imposto

A Lei Kandir instituiu 3 possíveis momentos para que ocorra o pagamento do ICMS devido no diferimento.
A primeira possibilidade ocorre no momento da entrada/recebimento da mercadoria ou do serviço. Imagine que
determinado contribuinte seja substituto tributário pelas operações anteriores nas aquisições de leite de pequenos
produtores rurais. Assim, caso seja determinado na legislação local que o imposto deve ser pago no momento da
entrada da mercadoria, o contribuinte deve realizar o pagamento do ICMS diferido nessa operação no momento em
que receber o leite adquirido dos pequenos produtores rurais.
A segunda possibilidade ocorre no momento da saída subsequente promovida pelo contribuinte substituto.
Considerando a situação do contribuinte substituto tributário pelas operações anteriores nas aquisições de leite de
pequenos produtores rurais, a legislação local pode definir que o ICMS devido pelo diferimento deve ser pago quando
houver uma saída subsequente, ou seja, quando o contribuinte substituto promover a revenda desse leite, por exemplo.
Ressalta-se que não importa se essa operação de revenda é tributada ou não, o contribuinte deve recolher o ICMS
relativo ao diferimento. É importante observar que, se for uma saída subsequente regularmente tributada, o
contribuinte substituto recolherá o ICMS relativo ao diferimento e à operação própria.
Além dessas duas possibilidades, o ICMS pode ter que ser pago quando ocorrer qualquer saída ou evento que
impossibilite a ocorrência do fato determinante do pagamento do imposto. Considerando a mesma situação do
contribuinte substituto tributário pelas operações anteriores nas aquisições de leite de pequenos produtores rurais,
suponha que ele tivesse que pagar o ICMS diferido quando realizasse uma operação subsequente. Entretanto, o leite
armazenado pereceu e não foi possível revendê-lo. Assim, nesse momento tem que ser pago o ICMS relativo ao
diferimento.

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BASE DE CÁLCULO
Agora vamos começar a tratar da base de cálculo do ICMS nas hipóteses de substituição tributária.

Art. 8º A base de cálculo, para fins de substituição tributária, será:


I - em relação às operações ou prestações antecedentes ou concomitantes, o valor da operação ou prestação
praticado pelo contribuinte substituído;
II - em relação às operações ou prestações subsequentes, obtida pelo somatório das parcelas seguintes:
a) o valor da operação ou prestação própria realizada pelo substituto tributário ou pelo substituído intermediário;
b) o montante dos valores de seguro, de frete e de outros encargos cobrados ou transferíveis aos adquirentes ou
tomadores de serviço;
c) a margem de valor agregado, inclusive lucro, relativa às operações ou prestações subsequentes.

A primeira situação se refere à substituição pelas operações antecedentes ou concomitantes. Nesse caso a base de
cálculo do ICMS é o próprio valor da operação. Suponha que determinado produtor rural realize a venda de sua safra
por 30 mil reais para uma cooperativa que é substituta pelas operações anteriores. Assim a base de cálculo nessa
operação para fins de substituição tributária será de 30 mil reais.

Base de cálculo (ICMS-ST) nas operações ou prestações antecedentes ou concomitantes:

Valor da operação ou prestação praticado pelo contribuinte substituído.

A segunda situação é relativa às operações e prestações subsequentes. Inicialmente, é bom lembrarmos que o
substituto tributário efetuará o recolhimento do imposto de operações futuras, ou seja, que ainda irão ocorrer. É claro
que ele não sabe o valor exato pelo qual o bem ou a mercadoria será vendida no futuro. Assim, a intenção desse artigo é
definir previamente uma base de cálculo para essas operações ou prestações subsequentes. Note que o contribuinte
substituto tem as informações da sua operação ou prestação própria, ou seja, ele sabe o quanto ele está cobrando.
Diante disso, o valor da operação ou prestação futura é baseado nesse valor da operação própria. Então a Lei Kandir nos
informa como calcular esse valor da base de cálculo relativo às operações e prestações seguintes.
Conforme previsto, essa base de cálculo é o somatório do valor da operação ou prestação própria + montante dos
valores de seguro, de frete e de outros encargos cobrados + margem de valor agregado. Dentre essas 3 parcelas a única
que pode causar estranheza para você é a margem de valor agregado. Mas não fique preocupado, ela é bem tranquila e
eu vou te explicar: é uma porcentagem determinada pelas Secretarias da Fazenda das Unidades da Federação para
produtos ou serviços, ou grupo de produtos, para que seja calculada a base de cálculo do ICMS relativo à substituição
tributária pelas operações ou prestações subsequentes. Assim, aplica-se essa margem sobre as parcelas anteriores para
calcular a base de cálculo.
Vamos utilizar um exemplo para facilitar:

EXEMPLO: Em uma determinada operação, sujeita a ST, que é realizada por uma indústria que está situada no Distrito
Federal, o valor de venda dos produtos foi de 10 mil reais. Além disso, foi cobrada uma quantia de 2 mil reais pelo
seguro desses produtos. Supondo uma M.V.A. de 50%, qual o valor da base de cálculo para fins de substituição
tributária?
Primeiro, devemos efetuar o somatório da operação própria que foi no valor de 10 mil reais com o valor relativo ao
seguro que foi no valor de 2 mil reais. Assim, temos um valor prévio de 12 mil reais. Agora devemos aplicar a margem de

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valor agregado para calcular a base de cálculo. Acompanhe:

Base de cálculo = (operação própria + desp/seg/frete) x (1 +MVA);

Base de cálculo = (10.000 + 2.000) x (1+50%);

Base de cálculo = (12.000) x (1,5) = 18.000.

Então, temos que a base de cálculo para fins de substituição tributária é 18 mil reais. Note que não sabemos se esses
produtos serão realmente vendidos por 18 mil reais. Entretanto, utilizaremos esse valor como base de cálculo.
No exemplo anterior, já apresentei uma M.VA. pronta. Assim, ficou fácil calcularmos o valor para nosso segundo
exemplo. Mas como encontramos essa M.V.A? Ela é definida aleatoriamente pela Administração tributária? A reposta é
negativa. É a Lei Kandir que nos informa a metodologia (maneira) que deve ser utilizada para que seja calculada a MVA.
Vamos conferir:

Art. 8º, § 4º A margem a que se refere a alínea c do inciso II do caput será estabelecida com base em preços
usualmente praticados no mercado considerado, obtidos por levantamento, ainda que por amostragem ou através
de informações e outros elementos fornecidos por entidades representativas dos respectivos setores, adotando-se
a média ponderada dos preços coletados, devendo os critérios para sua fixação ser previstos em lei

Note que a MVA é baseada nos preços usualmente praticados no mercado. Esses preços são obtidos por
levantamento por amostragem ou por informações obtidas das entidades representativas dos respectivos setores. O
detalhe especial é que deve ser adotada a média ponderada dos preços coletados. Além disso, é importante observar
que os critérios para fixação da MVA devem ser previstos em lei de cada Unidade da Federação. Nesse momento, você
não precisa ficar preocupado em calcular essa MVA. Fique atento aos principais critérios para se encontrar a MVA.
Assim, vimos a regra principal para definir a base de cálculo do ICMS para fins de substituição tributária e como são os
critérios para definição da margem de valor agregado. Entretanto, essa não é a única possibilidade para determinar a
base de cálculo do ICMS para fins de substituição tributária. A Lei Kandir, ainda, oferece mais três possibilidades. Vamos
dar uma olhada:

Art. 8º, § 2º Tratando-se de mercadoria ou serviço cujo preço final a consumidor, único ou máximo, seja fixado por
órgão público competente, a base de cálculo do imposto, para fins de substituição tributária, é o referido preço
por ele estabelecido.
Art. 8º, § 3º Existindo preço final a consumidor sugerido pelo fabricante ou importador, poderá a lei estabelecer
como base de cálculo este preço.
Art. 8º,§ 6º Em substituição ao disposto no inciso II do caput,a base de cálculo em relação às operações ou
prestações subsequentes poderá ser o preço a consumidor final usualmente praticado no mercadoconsiderado,
relativamente ao serviço, à mercadoria ou sua similar, em condições de livre concorrência, adotando-se para sua
apuração as regras estabelecidas no § 4° deste artigo

Perceba que dentre essas três novas possibilidades para fixação da base de cálculo existe uma obrigatoriedade e uma
faculdade. A obrigatoriedade ocorre quando há preço final fixado pelo órgão público competente, ou seja, se o órgão
público definiu o preço final a consumidor, esse será utilizado.

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Com relação à hipótese facultativa, a Lei Kandir estabelece que caso haja preço final a consumidor sugerido pelo
fabricante ou importador, a lei (da Unidade da Federação) poderá definir esse preço como a base de cálculo. Nessa
situação, basta lembrar daqueles produtos que você encontra no supermercado com um preço definido na embalagem,
mas que na hora de passar pelo caixa são mais caros. Infelizmente, é isso que acontece e provavelmente já ocorreu com
você.

A terceira possibilidade é similar à pesquisa para definição da MVA. Entretanto, será definido o preço para fins de
substituição tributária e não a margem de valor agregado. Vale a pena ficar atento aos principais detalhes para
definição desse preço: preço praticado no mercado em condições de livre concorrência.
A base de cálculo do ICMS na substituição tributária para frente pode ser definida de 4 maneiras:

1) O somatório do valor da operação, seguro, frete e outros encargos mais a MVA;

2) Preço fixado por órgão público competente;

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3) Preço final a consumidor sugerido pelo fabricante ou importador;

4) Preço a consumidor final usualmente praticado no mercado.

Dentre essas 4 possibilidades para a base de cálculo do ICMS na substituição tributária para frente, a única que tem
preferência sobre as demais é a fixada por órgão público competente. Observe que a Lei Kandir estabelece que, se
existe preço fixado por órgão público, ele será utilizado.

Até o momento, foi explicado como achar a base de cálculo para fins de substituição tributária. Ainda não calculamos o
ICMS que deve ser recolhido devido à substituição tributária. O cálculo do ICMS-substituição tributária, também, é
explicado na Lei Kandir. Vamos conferir:

Art. 8º, § 5º O imposto a ser pago por substituição tributária, na hipótese do inciso II do caput, corresponderá à
diferença entre o valor resultante da aplicação da alíquota prevista para as operações ou prestações internas do
Estado de destino sobre a respectiva base de cálculo e o valor do imposto devido pela operação ou prestação
própria do substituto

O ICMS a ser pago por substituição tributária é dado pela diferença exposta na equação a seguir:

ICMS-ST = BC-ST x Alíquota – ICMS-Próprio

Importante lembrarmos que:

BC-ST 🡪 Base de cálculo para fins de substituição tributária. É a base de cálculo que aprendemos calcular
anteriormente;
Alíquota 🡪 A definida para a respectiva operação ou prestação;

ICMS- Próprio 🡪 É o imposto que deve ser pago regularmente pelo substituto tributário, supondo uma
operação sem substituição tributária.

Assim, o primeiro ponto que devemos focar é na definição da base de cálculo para fins de substituição tributária (BC-
ST). Vou expor alguns exemplos para facilitar o entendimento:
EXEMPLO1: Em uma determinada operação, sujeita a ST, que é realizada por uma indústria que está situada no Distrito
Federal, o valor de venda dos produtos foi de 10 mil reais. Além disso, foi cobrada uma quantia de 2 mil reais pelo

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seguro desses produtos. Supondo uma M.V.A. de 50% e que a alíquota nas operações de venda revenda é de 25%, qual
o valor do ICMS a ser recolhido por substituição tributária?
1º passo: Calcular ICMS- Próprio:

ICMS-Próprio = BC x Alíquota

Lembrando que a despesa com seguro integra a base de cálculo, temos BC = 12 mil reais.

ICMS-Próprio = 12.000 x 25% = 3.000

2º passo: Calcular a base de cálculo para fins de substituição tributária (BC-ST):

BC-ST = BC(1 + MVA) = 12.000 x 1,5 = 18.000

3º passo: Aplicar a equação para cálculo do ICMS-ST:

ICMS-ST = BC-ST x Alíquota – ICMS-Próprio

ICMS-ST = 18.000 x 25% - 3.000

ICMS-ST = 4.5000 – 3.000

🡪 ICMS-ST = 1.500.

Nesse exemplo, quis fazer um passo a passo com você. Entretanto, podemos agilizar e colocar a fórmula para cálculo do
ICMS-ST de forma mais objetiva. Veja como fica:
ICMS-ST = BC-ST x Alíquota – ICMS-Próprio

Essa equação serve para quando precisamos calcular a BC-ST baseada na MVA. Lembrando que ainda temos outras três
possibilidades para fixação dessa BC-ST.
Utilizando esse mesmo exemplo, vamos adicionar situações que merecem uma maior atenção:

EXEMPLO2: Em uma determinada operação, sujeita a ST, que é realizada por uma indústria que está situada no Distrito
Federal, o valor de venda dos produtos foi de 10 mil reais. Nessa operação incidiu IPI no valor de 2 mil reais, totalizando
12 mil reais. Ressalta-se que o adquirente é contribuinte do ICMS e vai revender os produtos. Supondo uma M.V.A. de
50% e que a alíquota nas operações de venda e revenda é de 25%, qual o valor do ICMS a ser recolhido por substituição
tributária?
Primeiro ponto que merece destaque é a incidência do IPI. Assim, devemos analisar a influência dele nas bases de
cálculos.
Inicialmente, veja que na operação própria da indústria o IPI não vai integrar a base de cálculo. Por quê?

O IPI não integrará a base de cálculo na operação própria porque foram satisfeitas as 3 condições para que ele não
integre.

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Vamos, portanto, conhecer as condições para que o IPI não integre a base de cálculo do ICMS:

1º Condição: A operação deve ser realizada entre contribuintes.

2º Condição: Produto deve ser destinado à industrialização ou à comercialização.

3º Condição: A operação deve configurar fato gerador dos dois impostos.

Assim, a base de cálculo da operação própria no nosso exemplo, é 10 mil reais.

Entretanto, o IPI compõe a BC-ST visto que todos os encargos cobrados do adquirente integram a base de cálculo para
fins de substituição tributária.
ICMS-ST = (1 + MVA) x (BC-Próprio + encargos cobrados) x Alíquota – ICMS-Próprio

ICMS-ST = (1 + MVA) x (BC-Próprio + IPI) x Alíquota – BC-próprio x Alíquota

ICMS-ST = (1 + 50%) x ( 10.000 + 2.000) x 25% – 10.000 x 25%

ICMS-ST = 1,5x 12.000 x 25% – 2.500

ICMS-ST = 18.000 x25% – 2.500

ICMS-ST = 4.500 – 2.500

ICMS-ST = 2.000

Portanto, precisamos ficar atentos pois o IPI, nesse exemplo, não integra a base de cálculo do ICMS-Próprio e integra a
base de cálculo do ICMS-ST.
EXEMPLO3: Em uma determinada operação, sujeita a ST, que é realizada por uma indústria que está situada no Distrito
Federal, o valor de venda dos produtos foi de 10 mil reais. Nessa operação foi cobrado o frete realizado pela indústria no
valor de 2 mil reais, totalizando 12 mil reais. Supondo uma M.V.A. de 50% e que a alíquota nas operações de venda e
revenda é de 25%, qual o valor do ICMS a ser recolhido por substituição tributária?
Nesse exemplo, o ponto que merece destaque é o frete. Assim, devemos analisar a influência dele nas bases de
cálculos.
Como o frete foi realizado pela própria indústria, ele integra a base de cálculo do ICMS-Próprio.

ICMS-ST = (1 + MVA) x (BC-Próprio + encargos cobrados) x Alíquota – ICMS-Próprio

ICMS-ST = (1 + MVA) x (BC-Próprio) x Alíquota – BC-próprio x Alíquota

ICMS-ST = (1 + 50%) x ( 12.000) x 25% – 12.000 x 25%

ICMS-ST = 1,5x 12.000 x 25% – 3.000

ICMS-ST = 18.000 x25% – 3.000

ICMS-ST = 4.500 – 3.000

ICMS-ST = 1.500

Temos então que como o frete foi realizado pelo próprio remetente, ele integra a base de cálculo do ICMS-Próprio e
integra a base de cálculo do ICMS-ST.

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EXEMPLO4: Em uma determinada operação, sujeita a ST, que é realizada por uma indústria que está situada no Distrito
Federal, o valor de venda dos produtos foi de 10 mil reais. O adquirente contratou uma transportadora para realizar o
transporte dos produtos até o seu estabelecimento, sendo cobrado o valor de 2 mil reais pelo frete realizado. Supondo
uma M.V.A. de 50% e que a alíquota nas operações de venda e revenda é de 25%, qual o valor do ICMS a ser recolhido
por substituição tributária?
Nesse exemplo, o frete foi realizado por um terceiro (transportadora) contratado pelo adquirente. Assim, o valor do
frete não integra a base de cálculo do ICMS-Próprio.
ICMS-ST = (1 + MVA) x (BC-Próprio + encargos cobrados) x Alíquota – ICMS-Próprio

ICMS-ST = (1 + MVA) x (BC-Próprio + frete) x Alíquota – BC-próprio x Alíquota

ICMS-ST = (1 + 50%) x ( 10.000 + 2.000) x 25% – 10.000 x 25%

ICMS-ST = 1,5x 12.000 x 25% – 2.500

ICMS-ST = 18.000 x25% – 2.500

ICMS-ST = 4.500 – 2.500

ICMS-ST = 2.000

Portanto, como o frete foi realizado por um terceiro contratado pelo adquirente, ele não integra a base de cálculo do
ICMS-Próprio. Entretanto, ele integra a base de cálculo do ICMS-ST, visto que é um encargo do adquirente.

(FCC – SEFAZ/PI – 2015)

O comerciante Franco Delá, de São Raimundo Nonato − PI, adquiriu, para revenda, mercadoria sujeita à substituição
tributária das operações subsequentes, remetida pela indústria Raica Oliveira, de Barras − PI. O valor da operação foi de
R$ 30.000,00 e o fabricante incluiu IPI de R$ 6.000,00, totalizando um valor de R$ 36.000,00. A mercadoria é sujeita à
alíquota interna de 25% e o comerciante declarou, no pedido de compra, que irá revender a totalidade dessa
mercadoria para supermercado (varejistas). O valor do ICMS que deverá ser retido na fonte pela indústria, supondo
margem de valor agregado prevista pela legislação de 35%, é
a) R$ 0,00 (zero).

b) R$ 12.150,00.

c) R$ 4.650,00.

d) R$ 3.150,00.

e) R$ 9.000,00.

RESOLUÇÃO:

Primeiramente vamos calcular o ICMS próprio, devido pela indústria Raica Oliveira ao estado do Piuaí em decorrência
da venda para o comerciante Franco Delá. Esse imposto seria recolhido mesmo que não existisse o regime de

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substituição.

Cálculo do ICMS próprio

A base de cálculo será o valor da operação R$30.000,00. O IPI não irá integra a base de cálculo pois trata-se de operação
destinada a contribuinte para fins de comercialização. Logo, se aplica a regra o Art.13, §2° da LC87/96.
“Art. 13, § 2º Não integra a base de cálculo do imposto o montante do Imposto sobre Produtos Industrializados, quando
a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização,
configurar fato gerador de ambos os impostos.”
Base de cálculo = R$30.000,00

ICMS próprio: 25% x R$30.000,00 = R$7.500,00

Agora calcularemos o ICMS ST que deverá ser retido pela Industria Raica Oliveira em razão da venda futura a ser
realizada pelo comerciante Franco Delá.

Cálculo da BC-ST

Nesse caso o IPI integrará a base de cálculo, pois para determinar o valor da operação no ICMS ST devemos considerar
todos os encargos cobrados do substituído intermediário (comerciante Franco Delá).
Valor da operação própria: 30.000,00

IPI: 6.000,00

MVA: 35%

BC-ST = (1 +MVA) x (BC-Própria +IPI)

BC-ST = (1 + 0,35) x (30.000,00 + R$6.000,00)

BC-ST = 1,35 x R$36.000,00 = R$48.600,00

Valor a ser recolhido por antecipação pela indústria para o estado do Piauí.

ICMS ST = BC-ST x Alíquota – ICMS próprio

ICMS ST = 48.600,00 x 25% - 7.500,00

ICMS ST = 12.150,00 – 7.500,00 = R$ 4.650,00

Resposta: C

(ESAF - SEFAZ/CE - 2007 – Auditor Fiscal Jurídico – Adaptada)

O estabelecimento X, responsável pela retenção e recolhimento do ICMS nas operações subseqüentes, efetuou venda
de mercadoria para o estabelecimento Y, situado no mesmo Estado. A margem de agregação (lucro) para o referido
produto é de 20%. Sabendo que o valor total da operação foi de R$ 30.000,00, assinale a opção que indica o valor do
ICMS a ser retido por X.
a) R$ 6.120,00

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b) R$ 5.100,00

c) R$ 4.165,00

d) R$ 2.040,00

e) R$ 1.080,00

RESOLUÇÃO:

Cálculo do ICMS próprio:

A Base de cálculo será o valor da operação R$30.000,00.

Base de cálculo = R$ 30.000,00

ICMS próprio: 18% x R$30.000,00 = R$ 5.400,00

Cálculo da BC-ST:

BC-Próprio = R$30.000,00

MVA: 20%

Encargos do adquirente: Não há.

BC-ST = (1 + MVA)(BC-Próprio + Encargos cobrados do adquirente)

BC-ST = (1 + 0,20)(30.000)

BC-ST = 1,20 x R$30.000,00 = R$36.000,00

Valor a ser recolhido por antecipação pelo estabelecimento X.

ICMS ST = BC-ST x Alíquota – ICMS próprio

ICMS-ST = 36.000,00x 18% - 5.400,00

ICMS ST = 6.480 – 5.400 = R$ 1.080,00

Resposta: E

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Questões de prova comentadas


1. FCC - 2019 - SEFAZ-BA - Auditor Fiscal - Administração Tributária)

Conforme a Lei Complementar nº 87, de 1996, nas operações interestaduais com mercadorias, a base de cálculo, para
fins de substituição tributária será, em relação às operações
a) subsequentes, o somatório do valor da operação própria realizada pelo substituto tributário, do seguro, do frete e de
outros encargos cobrados ou transferíveis ao adquirente, e da margem de valor agregado, excluído o lucro, relativa às
operações subsequentes, sem que seja necessário pagar qualquer suplemento ou complemento.
b) concomitantes, o valor da operação praticada pelo contribuinte substituído, acrescido da margem de valor agregado
fixada em convênio.
c) subsequentes, a soma do valor da operação própria do substituto tributário, do valor do frete, do seguro, e de outros
encargos cobrados ou transferíveis ao adquirente, e da margem de valor agregado estabelecida com base em preços
usualmente praticados no mercado considerado, obtidos por levantamento no qual se adote a média ponderada dos
preços coletados, conforme critérios previstos em lei para sua fixação.
d) antecedentes, o preço fixado, tratando-se de mercadoria cujo preço final a consumidor mínimo ou médio seja fixado
por órgão público competente.
e) subsequentes, o preço a consumidor final usualmente praticado no mercado municipal da capital do Estado de
localização do contribuinte substituído, em condições de livre concorrência, com pagamento à vista, em espécie,
acrescido do valor adicionado fiscal fixado em convênio.
RESOLUÇÃO:

Questão aborda a base de cálculo do ICMS na hipótese de substituição tributária.

No caso, precisamos lembrar que temos 03 possibilidade de substituição tributária:

⮚ Substituição tributária para trás 🡪 pelas operações antecedentes.

⮚ Substituição tributária pura 🡪 pelas operações concomitantes

⮚ Substituição tributária para frente 🡪 pelas operações subsequentes.

Em relação à substituição tributária pelas operações ou prestações antecedentes ou concomitantes, a base de cálculo é
o valor da operação ou prestação praticado pelo contribuinte substituído.
Em relação à substituição tributária pelas operações ou prestações subsequentes, temos 04 possibilidades:

1) O somatório do valor da operação, seguro, frete e outros encargos mais a MVA( inclusive lucro);

2) Preço fixado por órgão público competente;

3) Preço final a consumidor sugerido pelo fabricante ou importador;

4) Preço a consumidor final usualmente praticado no mercado.

Por oportuno, ressalto que a margem de valor agregada (MVA) É estabelecida com base em preços usualmente
praticados no mercado considerado, obtidos por levantamento, ainda que por amostragem ou através de informações
e outros elementos fornecidos por entidades representativas dos respectivos setores, adotando-se a média ponderada
dos preços coletados, devendo os critérios para sua fixação ser previstos em lei.

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Art. 8º A base de cálculo, para fins de substituição tributária, será:

I - em relação às operações ou prestações antecedentes ou concomitantes, o valor da operação ou prestação


praticado pelo contribuinte substituído;
II - em relação às operações ou prestações subsequentes, obtida pelo somatório das parcelas seguintes:

a) o valor da operação ou prestação própria realizada pelo substituto tributário ou pelo substituído intermediário;

b) o montante dos valores de seguro, de frete e de outros encargos cobrados ou transferíveis aos adquirentes ou
tomadores de serviço;
c) a margem de valor agregado, inclusive lucro, relativa às operações ou prestações subsequentes.

§ 2º Tratando-se de mercadoria ou serviço cujo preço final a consumidor, único ou máximo, seja fixado por órgão
público competente, a base de cálculo do imposto, para fins de substituição tributária, é o referido preço por ele
estabelecido.
§ 3º Existindo preço final a consumidor sugerido pelo fabricante ou importador, poderá a lei estabelecer como base
de cálculo este preço.
§ 4º A margem a que se refere a alínea c do inciso II do caput será estabelecida com base em preços usualmente
praticados no mercado considerado, obtidos por levantamento, ainda que por amostragem ou através de informações
e outros elementos fornecidos por entidades representativas dos respectivos setores, adotando-se a média
ponderada dos preços coletados, devendo os critérios para sua fixação ser previstos em lei.
§ 6º Em substituição ao disposto no inciso II do caput, a base de cálculo em relação às operações ou prestações
subsequentes poderá ser o preço a consumidor final usualmente praticado no mercado considerado, relativamente
ao serviço, à mercadoria ou sua similar, em condições de livre concorrência, adotando-se para sua apuração as regras
estabelecidas no § 4° deste artigo.
Com isso, podemos analisar cada alternativa!

a) ERRADA. A base de cálculo, para fins de substituição tributária, em relação às operações subsequentes, é o
somatório do valor da operação própria realizada pelo substituto tributário, do seguro, do frete e de outros encargos
cobrados ou transferíveis ao adquirente, e da margem de valor agregado, INCLUSIVE LUCRO, relativa às operações
subsequentes, sem que seja necessário pagar qualquer suplemento ou complemento.
b) ERRADA. A base de cálculo, para fins de substituição tributária, em relação às operações concomitantes, é o valor da
operação praticada pelo contribuinte substituído. Não há acréscimo de margem de valor agregado fixada em convênio.
c) CERTA. A base de cálculo, para fins de substituição tributária, em relação às operações subsequentes, é a soma do
valor da operação própria do substituto tributário, do valor do frete, do seguro, e de outros encargos cobrados ou
transferíveis ao adquirente, e da margem de valor agregado estabelecida com base em preços usualmente praticados
no mercado considerado, obtidos por levantamento no qual se adote a média ponderada dos preços coletados,
conforme critérios previstos em lei para sua fixação.
d) ERRADA. A base de cálculo, para fins de substituição tributária, em relação às operações antecedentes, é o valor da
operação praticada pelo contribuinte substituído.
e) ERRADA. A base de cálculo, para fins de substituição tributária, em relação às operações subsequentes, poderá ser o
preço a consumidor final usualmente praticado no mercado considerado, relativamente ao serviço, à mercadoria ou sua
similar, em condições de livre concorrência.
preço a consumidor final usualmente praticado no mercado municipal da capital do Estado de localização do
contribuinte substituído, em condições de livre concorrência, com pagamento à vista, em espécie, acrescido do valor
adicionado fiscal fixado em convênio.

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Resposta: C

2. FEPESE – CIASC – 2017)

A respeito do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS), analise as afirmativas abaixo:
1. É assegurado ao contribuinte substituído o direito à restituição do valor do imposto pago por força da substituição
tributária, correspondente ao fato gerador presumido que não se realizar.
2. A adoção do regime de substituição tributária em operações interestaduais independe de acordo específico
celebrado pelos Estados interessados.
3. Para efeito de exigência do imposto por substituição tributária, inclui-se, também, como fato gerador do imposto, a
entrada de mercadoria ou bem no estabelecimento do adquirente ou em outro por ele indicado.
4. A base de cálculo, para fins de substituição tributária, em relação às operações ou prestações antecedentes ou
concomitantes, será o valor da operação ou prestação praticado pelo contribuinte substituído.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

a) São corretas apenas as afirmativas 2 e 3.

b) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.

c) São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 4.

d) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.

e) São corretas as afirmativas 1, 2, 3 e 4.

RESOLUÇÃO:

1. É assegurado ao contribuinte substituído o direito à restituição do valor do imposto pago por força da substituição
tributária, correspondente ao fato gerador presumido que não se realizar.
CERTA. De fato, o contribuinte tem direito à restituição do imposto recolhido antecipadamente, caso o fato gerador
presumido não ocorra.
Art. 10. É assegurado ao contribuinte substituído o direito à restituição do valor do imposto pago por força da
substituição tributária, correspondente ao fato gerador presumido que não se realizar.
2. A adoção do regime de substituição tributária em operações interestaduais independe de acordo específico
celebrado pelos Estados interessados.
ERRADA. É necessário acordo específico entre os Estados interessados para que seja adotado o regime de substituição
tributária em operações interestaduais.
Art. 9º A adoção do regime de substituição tributária em operações interestaduais dependerá de acordo específico
celebrado pelos Estados interessados.
3. Para efeito de exigência do imposto por substituição tributária, inclui-se, também, como fato gerador do imposto, a
entrada de mercadoria ou bem no estabelecimento do adquirente ou em outro por ele indicado.
CERTA. A Lei Kandir contém essa previsão.

Art. 7º Para efeito de exigência do imposto por substituição tributária, inclui-se, também, como fato gerador do
imposto, a entrada de mercadoria ou bem no estabelecimento do adquirente ou em outro por ele indicado.

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4. A base de cálculo, para fins de substituição tributária, em relação às operações ou prestações antecedentes ou
concomitantes, será o valor da operação ou prestação praticado pelo contribuinte substituído.
CERTA. Realmente, em relação às operações ou prestações antecedentes ou concomitantes. A base de cálculo é o valor
da operação ou prestação praticado pelo contribuinte substituído.
Art. 8º A base de cálculo, para fins de substituição tributária, será:

I - em relação às operações ou prestações antecedentes ou concomitantes, o valor da operação ou prestação


praticado pelo contribuinte substituído;

Resposta: C

3. FCC – TJ/RS – 2017)

A base de cálculo do ICMS devido por operações subsequentes, em regime de substituição tributária,

a) só pode ser fixada pela Administração Tributária conforme os preços únicos ou máximos previamente determinados
por autoridade competente para regulação de mercados.
b) será fixada pela soma dos valores relativos à entrada do bem ou recebimento do serviço, incluídos frete, seguro e
encargos, com a margem de valor agregado, inclusive lucro, das operações ou prestações subsequentes.
c) será obrigatoriamente fixada por preço final a consumidor sugerido pelo substituto tributário, em caso de
inexistência de preços únicos ou máximos fixados por autoridade competente para regulação de mercados.
d) só poderá ser fixada pela Administração Tributária por meio de pesquisas de preços finais praticados em mercado.

e) não pode utilizar os levantamentos de preço praticados em mercado para a determinação da margem de valor
agregado nas operações subsequentes.
RESOLUÇÃO:

Essa questão cobra os conhecimentos do art.8° da LC87/96, que dispõe sobre a base de cálculo do imposto para fins de
substituição tributária. Em primeiro lugar é preciso saber que a lei prevê diferentes tipos de base de cálculo. Isso
acontece por que o regime de substituição possui uma certa complexidade para determinar o preço da mercadoria que
será vendida ao consumidor final. Dessa forma, a lei atribuí diferentes regras visando garantir a equidade na
precificação.
Sabendo disso, podemos desconsiderar qualquer expressão limitativa que as questões possam a vir cobrar pois, como já
foi dito, não existe apenas um método ou critério para a definição da base de cálculo. Vamos ver o que diz o Art.8 da Lei
Kandir.
Art. 8º A base de cálculo, para fins de substituição tributária, será:

II - em relação às operações ou prestações subsequentes (substituição para frente), obtida pelo somatório das
parcelas seguintes:
a) o valor da operação ou prestação própria realizada pelo substituto tributário ou pelo substituído intermediário;

b) o montante dos valores de seguro, de frete e de outros encargos cobrados ou transferíveis aos adquirentes ou
tomadores de serviço;
c) a margem de valor agregado, inclusive lucro, relativa às operações ou prestações subsequentes. (MVA)

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§ 2º Tratando-se de mercadoria ou serviço cujo preço final ao consumidor, único ou máximo, seja fixado por órgão
público competente, a base de cálculo do imposto, para fins de substituição tributária, é o referido preço por ele
estabelecido.
§ 3º Existindo preço final a consumidor sugerido pelo fabricante ou importador, poderá a lei estabelecer como base de
cálculo este preço.
§ 4º A margem a que se refere a alínea c do inciso II (MVA) do caput será estabelecida com base em preços usualmente
praticados no mercado considerado, obtidos por levantamento, ainda que por amostragem ou através de informações
e outros elementos fornecidos por entidades representativas dos respectivos setores, adotando-se a média ponderada
dos preços coletados, devendo os critérios para sua fixação ser previstos em lei.
§ 6o Em substituição ao disposto no inciso II do caput, a base de cálculo em relação às operações ou prestações
subsequentes poderá ser o preço ao consumidor final usualmente praticado no mercado considerado, relativamente
ao serviço, à mercadoria ou sua similar, em condições de livre concorrência, adotando-se para sua apuração as regras
estabelecidas no § 4o deste artigo.
Observe que a base de cálculo do ICMS ST pode ser:

1) O somatório do valor da operação, seguro, frete e outros encargos mais o IVA;

2) Preço fixado por órgão público competente;

3) Preço final a consumidor sugerido pelo fabricante ou importador;

4) Preço ao consumidor final usualmente praticado no mercado.

Dentre todas essas hipóteses de base de cálculo, a única que tem preferência sobre as demais é a fixada por órgão
público competente. Observe que a LC87/96 estabelece que, se existe preço fixado por esse órgão público, ele será
utilizado.
Ainda devemos observar que, tanto a margem de valor agregado (que compõe a hipótese 1) quanto o próprio preço
usualmente praticado no mercado (hipótese 4) serão estabelecidos por levantamentos de mercado que envolvem
amostragem, informações dos respectivos setores, média ponderada e outros critérios estabelecidos em lei.
Visto isso, vamos analisar as alternativas.

a) só pode ser fixada pela Administração Tributária conforme os preços únicos ou máximos previamente determinados
por autoridade competente para regulação de mercados.
ERRADA. A fixação conforme preços únicos ou máximos é um método de determinação da base de cálculo. Logo, pode
ser utilizado outros métodos.
b) será fixada pela soma dos valores relativos à entrada do bem ou recebimento do serviço, incluídos frete, seguro e
encargos, com a margem de valor agregado, inclusive lucro, das operações ou prestações subsequentes.
CERTA. Essa é uma das possibilidades para definição da base de cálculo para fins de substituição tributária.

c) será obrigatoriamente fixada por preço final a consumidor sugerido pelo substituto tributário, em caso de
inexistência de preços únicos ou máximos fixados por autoridade competente para regulação de mercados.
ERRADA. A base de cálculo poderá ser o preço final sugerido por importador ou industrial.

d) só poderá ser fixada pela Administração Tributária por meio de pesquisas de preços finais praticados em mercado.

ERRADA. A alternativa tenta novamente limitar o meio de determinação da base de cálculo.

e) não pode utilizar os levantamentos de preço praticados em mercado para a determinação da margem de valor
agregado nas operações subsequentes.

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ERRADA. Vimos que os levantamentos são amplamente utilizados tanto para determinar a margem de valor agregado
quanto para determinar o preço ao consumidor final usualmente praticado no mercado de ampla concorrência.

Resposta: B

4. FGV – ALERJ/RJ – 2017)

A empresa XYZ Comércio e Atacadista Ltda. está sujeita ao regime de substituição tributária para frente em relação às
mercadorias que comercializa. Ao efetuar a saída dessas mercadorias, adotou um preço de venda menor do que aquele
que serviu como base de cálculo do ICMS-ST, recolhido antecipadamente. Diante disso, a empresa apresentou pedido
de restituição do ICMS-ST recolhido a maior, com fundamento no art. 150, § 7º, da Constituição Federal. Considerando a
legislação sobre o regime de substituição tributária para frente no caso do ICMS, bem como o atual entendimento do
STF firmado sob a sistemática da repercussão geral (RE nº 593.849 – Tema 201), a pretensão da empresa está:
a) incorreta, pois o regime de substituição tributária para frente, em que a legislação estabelece uma base de cálculo
presumida do ICMS-ST, que é recolhido antecipadamente pelo sujeito passivo, não admite a restituição proporcional do
imposto na hipótese em que a base de cálculo da operação efetivamente realizada é menor do que a presumida;
b) correta, pois é admitida a restituição do ICMS pago a maior no regime de substituição tributária para frente quando a
base de cálculo efetiva da operação foi inferior à presumida, sob pena de enriquecimento ilícito do Estado;
c) incorreta, pois no regime de substituição tributária para frente a tributação é definitiva, não se admitindo a
restituição do ICMS recolhido antecipadamente de acordo com a base de cálculo presumida, ainda que o fato gerador
não se concretize;
d) correta, pois no regime de substituição tributária para frente admite-se a restituição do tributo recolhido
antecipadamente sob a base de cálculo presumida quando o fato gerador não se concretizar ou ocorrer parcialmente;
e) incorreta, pois o instituto da substituição tributária para frente, em que os critérios para apuração da base de cálculo
presumida são fixados com base em pesquisas de mercado, a fim de facilitar a fiscalização de setores difíceis de
monitorar e evitar a sonegação, é incompatível com a restituição do ICMS-ST na hipótese em que a base de cálculo
efetiva da operação for inferior à presumida, pois restaria violada a própria natureza do instituto.
RESOLUÇÃO: Questão que cobra o novo posicionamento do STF com relação às operações ou prestações sujeitas a
substituição tributária para frente na qual a base de cálculo presumida é superior à base de cálculo real. Lembre-se que
nessa hipótese é recolhido um imposto maior do que seria devido, caso não houvesse a substituição tributária. Assim,
em 2016, o STF reviu seu posicionamento e passou a adotar a seguinte tese:
“É devida a restituição da diferença do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pago a mais no
regime de substituição tributária para a frente se a base de cálculo efetiva da operação for inferior à presumida.”
Assim, chegamos a resposta da questão, visto que é admitida a restituição do ICMS pago a maior no regime de
substituição tributária para frente quando a base de cálculo efetiva da operação foi inferior à presumida, sob pena de
enriquecimento ilícito do Estado;

Resposta: B

5. FCC – SEFAZ/MA – 2016)

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Suponha que as operações com determinadas mercadorias estejam sujeitas ao pagamento do imposto, na entrada
interestadual, em determinado Estado da Região Nordeste, quando destinadas a revenda, e que tal antecipação seja
terminativa, sem cobrança de complemento ou restituição da diferença, caso a operação seguinte ocorra por valor
diferente do presumido. Considere, ainda, que o valor da operação a consumidor final seja determinado mediante o uso
de Índice de Valor Adicionado − IVA, que a alíquota aplicável na operação interna a consumidor final seja de 17% do
valor da operação, e que não tenha havido retenção de ICMS a título de substituição tributária, pelo remetente
(antecipação com encerramento da tributação).
Considere, também, que, em um determinado período de apuração, o estabelecimento comercial tenha recebido, em
operação interestadual para revenda, as seguintes mercadorias: (i) 5 unidades do produto “A”, por R$ 40,00 cada, com
IVA-A de 30%; (ii) 8 unidades do produto “B”, por R$ 50,00 cada, com IVA-B de 40%, e (iii) 12 unidades do produto “C”,
por R$ 30,00 cada, com IVA-C de 80%. Considere, ainda, que a mercadoria A era de fabricação nacional, com insumos
nacionais, e proveniente de Minas Gerais; a mercadoria B era importada e proveniente do Espírito Santo, sem similar
nacional; e a mercadoria C era de fabricação nacional, com insumos totalmente nacionais e orgânicos, e proveniente da
Bahia. Adote as alíquotas interestaduais de 7%, 4%, e 12%, respectivamente. Com os dados fornecidos, e utilizando
subsidiariamente o disposto do Regulamento do ICMS do Estado do Maranhão, o ICMS devido pelo estabelecimento,
em decorrência da entrada destas mercadorias, a título de antecipação com encerramento da tributação, será de
a) R$ 249,56.

b) R$ 176,36.

c) R$ 144,36.

d) R$ 134,36.

e) R$ 182,36.

RESOLUÇÃO:

A questão trata apenas de operações interestaduais sob o regime de substituição tributária. Devemos ficar atentos que,
para calcular o ICMS próprio, utilizaremos a alíquota interestadual, enquanto para calcular o ICMS substituição
tributária (ICMS-ST) utilizaremos a alíquota interna do estado de Maranhão, já que o adquirente está localizado
nesse Estado e as revendas de mercadoria serão para o mercado interno. É de suma importância saber que, em regra,
as alíquotas interestaduais serão de 12%. Quando se tratar de mercadoria destinada às regiões Norte, Nordeste,
Centro-Oeste e para o Espirito Santo oriundas do Sul e Sudeste, a alíquota será de 7%. E quando se tratar de mercadoria
proveniente do exterior a alíquota será, em regra, de 4%. Para facilitar nosso trabalho a questão já informou qual
alíquota se aplicava a cada operação. Vamos calcular.
i) Produto A (origem de MG): 5 x R$40,00 = R$ 200,00

🡺Cálculo do ICMS próprio, que será recolhido para MG.

ICMS próprio: 7% x 200 = R$14,00

🡺Base de Cálculo do ICMS-ST

IVA-1 = 30%

BC = 1,30 x 200 = R$260,00

🡺Valor a ser recolhido por antecipação para o Estado do Maranhão

ICMS ST1= BC-ST x alíquota - ICMS próprio

ICMS ST1 = 260 x 17% -14

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ICMS ST1= R$44,20 – R$ 14 = R$ 30,20

ii) Produto B (importado, origem de ES): 8 x R$50,00 = R$ 400,00

🡺Cálculo do ICMS próprio, que será recolhido para ES.

ICMS próprio: 4% x 400 = R$16,00

🡺Base de Cálculo do ICMS-ST

IVA-2 = 40%

BC = 1,40 x 400 = R$560,00

🡺Valor a ser recolhido por antecipação para o Estado do Maranhão

ICMS ST2 = BC-ST x alíquota - ICMS próprio

ICMS ST2 = 560 x 17% - 16

ICMS ST = R$95,20 – R$ 16 = R$ 79,20

iii) Produto C (origem da BA): 12 x R$30,00 = R$ 360,00

🡺Cálculo do ICMS próprio, que será recolhido para BA.

ICMS próprio: 12% x 360 = R$43,20

🡺Cálculo do ICMS-ST

IVA-3 = 80%

BC = 1,80 x 360 = R$648

🡺Valor a ser recolhido por antecipação para o Estado do Maranhão

ICMS ST3 = BC-ST x alíquota - ICMS próprio

ICMS ST3 = 648 x 17% - 43,20

ICMS ST3 = R$110,16 – R$43,20 = R$ 66,96

🡺Valor total a ser recolhido por antecipação para o Maranhão (ICMS ST1 + ICMS ST2 + ICMS ST3): R$30,20 +
R$79,20 + R$66,90 = R$176,36

Resposta: B

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6. FCC – SEFAZ/PE – 2015)

Determinada mercadoria, sujeita à alíquota interna de 25%, está enquadrada no regime de substituição tributária das
operações subsequentes no Estado do Pernambuco Ao vender tal mercadoria para comerciante revendedor, ambos
localizados no mesmo Estado, considere que: o valor da mercadoria (R$ 25.000,00) e o valor do IPI (R$ 2.500,00) no
valor total de R$ 27.500,00; a margem do valor agregado prevista pela legislação é 60%; a venda foi efetuada na
cláusula FOB (Free on Board) e o destinatário foi retirar a mercadoria com seu veículo, havendo um custo de
combustível no valor de R$ 200,00. O valor do ICMS a ser retido pela empresa substituta é
a) R$ 4.125,00.

b) R$ 4.750,00.

c) R$ 3.750,00.

d) R$ 4.830,00.

e) R$ 3.060,00.

RESOLUÇÃO:

Primeiramente vamos calcular o ICMS próprio a ser recolhido pela indústria ao vender ao comerciante.

🡺Cálculo do ICMS próprio

A Base de cálculo será o valor da operação R$25.000,00. O IPI não irá integrar essa base de cálculo pois trata-se de
operação destinada a contribuinte para fins de comercialização. Logo, se aplica a regra o Art.13, §2° da LC87/96. Além
disso, foi uma venda FOB (Free on board), sendo responsabilidade do destinatário a retirada da mercadoria. Dessa
maneira, não há o que se falar em valor de frete para integrar a base de cálculo do ICMS próprio.
Art. 13. A base de cálculo do imposto é:

§ 2º Não integra a base de cálculo do imposto o montante do Imposto sobre Produtos Industrializados, quando a
operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização,
configurar fato gerador de ambos os impostos.
Base de cálculo = R$25.000,00

ICMS próprio: 25% x R$25.000,00 = R$6.250,00

Agora calcularemos o ICMS a ser recolhido por antecipação pela indústria em relação a operação futura de venda que
será feita pelo comerciante.
🡺Base de Cálculo do ICMS-ST

Nesse caso o IPI integrará a base de cálculo, pois para determinar o valor da operação no ICMS ST devemos considerar
todo o valor da operação realizada pelo substituído intermediário.
O detalhe especial para o cálculo da BC-ST é o custo do combustível de R$ 200,00. Ele integra ou não a base de cálculo
do ICMS-ST?
A banca examinadora tentou confundir esse gasto com um possível frete. Note que o adquirente poderia ter utilizado
uma transportadora para realizar o frete da mercadoria, mas não fez. Como a própria questão informa, ele retirou a
mercadoria em veículo próprio. Essa retirada com veículo próprio não é frete. Logo, esse custo não integra a base de
cálculo do ICMS-ST.
Valor da mercadoria: 25.000,00

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IPI: 2.500,00

IVA: 60%

BC-ST = (1 + MVA)(BC-Próprio + IPI)

BC-ST = (1 + 0,60)(25.000 + 2.500)

BC-ST = 1,60 x 27.500,00 = R$44.000,00

🡺Valor a ser recolhido por antecipação pela indústria para o estado de Pernambuco.

ICMS - ST = BC-ST x Alíquota – ICMS próprio

ICMS - ST = 44.000 x0,25 – 6.250

ICMS - ST = 11.000 – 6.250 = R$ 4.750,00

Resposta: B

7. FCC – SEFAZ/SP – 2013)

Considere que as operações descritas em I, II e III estão sujeitas à retenção antecipada do ICMS, foram realizadas pelo
sujeito passivo responsável pela retenção e que a margem de valor agregado é de 40%. As mercadorias são nacionais,
bem como seus insumos.
I. Saída promovida por fabricante paulista, com destino a atacadista paulista, de duas unidades da mercadoria I, no
valor de R$ 45,00 cada, mais frete no valor de R$ 10,00.
II. Saída promovida por atacadista mineiro, com destino a varejista paulista, de três unidades da mercadoria II, no valor
de R$ 50,00 cada, com o valor do frete já incluído no preço do produto.
III. Saída promovida por fabricante paulista, com destino a varejista paulista, de três unidades da mercadoria III, no valor
de R$ 40,00 cada, mais frete e seguro, no valor de R$ 12,00 e R$ 8,00, sendo aplicável uma redução de base de cálculo
de 2/3 nas operações internas com a mercadoria.
Considerando que a alíquota interna de São Paulo é 18%, o valor do imposto a ser retido a título de substituição
tributária relacionado aos itens I, II e III, respectivamente, é:
a) R$ 7,20; R$ 19,80; R$ 3,36.

b) R$ 7,20, R$ 19,80; R$ 10,08.

c) R$ 6,48; R$ 10,80; R$ 10,08.

d) R$ 6,48; R$ 10,80; R$ 26,88.

e) R$ 6,48; R$ 7,20; R$ 8,64.

RESOLUÇÃO:

i) Saída promovida por fabricante paulista com destino a atacadista paulista (SP ->SP)

🡺Cálculo do ICMS próprio devido pelo fabricante paulista para SP

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Como a questão não se referiu ao tipo de frete, devemos considerar como sendo realizado pelo prestador ou por sua
conta em risco. Logo, o valor do frete integra a base de cálculo.
Base de Cálculo: 2xR$45 + R$10,00 = R$100,00

ICMS próprio: 18% (alíquota interna) x 100= R$18,00

🡺Base de Cálculo do ICMS-ST

IVA = 40%

BC = 1,40 x 100= R$140,00

🡺Valor a ser recolhido à título de substituição tributária para SP

ICMS ST = BC-ST x alíquota - ICMS próprio

ICMS ST = 140 x 18% - 18,00

ICMS ST = 25,20 – 18,00 = R$ 7,20

ii) Saída promovida por atacadista mineiro com destino a varejista paulista (MG ->SP)

🡺Cálculo do ICMS próprio devido a MG pelo atacadista mineiro.

Base de Cálculo: 3 x R$50 = R$150,00

ICMS próprio: 12% (alíquota interestadual) x 150= R$18,00

🡺Cálculo do ICMS-ST

IVA = 40%

BC = 1,40 x 150= R$210,00

🡺Valor a ser recolhido à título de substituição tributária para SP

🡺ICMS ST = BC-ST x alíquota - ICMS próprio

🡺ICMS ST = 210 x 18% - 18,00

🡺ICMS ST = 37,80 – 18,00 = R$ 19,80

iii) Saída promovida por fabricante paulista com destino a varejista paulista (SP->SP)

🡺Cálculo do ICMS próprio devido pelo fabricante paulista

Da mesma forma que no item i, a questão não especifica o tipo de frete realizado. Logo, incluiremos na base de cálculo
do imposto. O seguro, por sua vez, vai compor a base de cálculo.
Base de Cálculo: 3 x R$40 + 12 + 8= R$140,00

Aplicando uma redução de 2/3 na base de cálculo nos resta 1/3 do valor inicial. Portanto:

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Base de cálculo reduzida: 1/3*140 = 46,67

ICMS próprio: 18% x 46,67 = R$8,40

🡺Base de Cálculo do ICMS-ST

IVA = 40%

BC = 1,40 x 46,67 = R$65,34

🡺Valor a ser recolhido à título de substituição tributária para SP

🡺ICMS ST = BC-ST x alíquota - ICMS próprio

🡺ICMS ST = 65,34 x 18% - 8,40

🡺ICMS ST = 11,76 – 8,40 = R$ 3,36

Resposta: A

8. UEPA – SEPA/PA – 2013)

Pneubom Ltda., fabricante de pneumáticos situada no Pará, deu saída a 100 unidades de pneus novos para
motocicletas, destinados a estabelecimento contribuinte de ICMS, também situado no Pará, para fins de
comercialização. O preço de venda foi de R$ 50,00 a unidade. Na operação, incidiu IPI no valor R$1.000. O frete e o
seguro cobrados do destinatário foram de, respectivamente, R$300,00 e R$200,00. Não há tabela oficial fixando o preço
final de venda ao consumidor. Considerando a situação descrita, e tendo em vista o disposto na redação atual da Lei
Estadual nº 5.530/89 e no Regulamento do ICMS, assinale a alternativa correta.
Considere MVA de 60% e alíquota interna de 17%

a) O valor do ICMS a ser recolhido por Pneubom Ltda. referente à substituição tributária é de R$935,00.

b) É assegurado a Pneubom Ltda. o direito à restituição do imposto recolhido por força da substituição,
correspondente a fato gerador presumido que não se realizar.
c) O valor do ICMS a ser recolhido por Pneubom Ltda. referente à substituição tributária é de R$1.768,00.

d) O valor do ICMS a ser recolhido por Pneubom Ltda. referente à substituição tributária é de R$833,00.

e) A operação descrita não se submete ao recolhimento do imposto pelo regime de substituição tributária.

RESOLUÇÃO:

Vamos analisar as letras B) e E) que não envolvem cálculos:

b) É assegurado a Pneubom Ltda. o direito à restituição do imposto recolhido por força da substituição,
correspondente a fato gerador presumido que não se realizar.
ERRADA. O direito à restituição cabe ao contribuinte substituído que no caso é o contribuinte adquirente.

e) A operação descrita não se submete ao recolhimento do imposto pelo regime de substituição tributária.

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ERRADA. A operação com pneumáticos está sujeita à substituição tributária. Independentemente de saber isso, dava
pra achar a alternativa correta efetuando os cálculos que faremos a seguir. As operações que são sujeitas ao regime de
substituição tributária são especificadas de acordo com cada legislação. Vamos focar nessa questão em como efetuar o
cálculo do ICMS-ST.
Vamos calcular o ICMS próprio, devido pela fábrica Pneubom Ltda. ao estado do Pará em decorrência da venda para
fins de comercialização. É importante lembrar que esse imposto seria recolhido mesmo que não existisse o regime de
substituição.
🡺Cálculo do ICMS próprio

A base de cálculo será o valor dos pneus acrescido dos custos de frete e seguro, totalizando R$5.500,00 (100 x 50 + 300
+ 200). Ressalta-se que o IPI não integra a base de cálculo pois trata-se de operação destinada a contribuinte para fins
de comercialização. Logo, se aplica a regra o Art.13, §2° da LC87/96.
Art. 13, § 2º Não integra a base de cálculo do imposto o montante do Imposto sobre Produtos Industrializados, quando
a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização,
configurar fato gerador de ambos os impostos.
Base de cálculo = R$5.500,00

ICMS próprio: 17% x R$ 5.500,00 = R$ 935,00

Agora calcularemos o ICMS ST que deverá ser retido pela fábrica Pneubom Ltda em razão da venda futura a ser
realizada pelo comerciante adquirente.
🡺Cálculo da BC-ST

Nesse caso o IPI integrará a base de cálculo, pois para determinar o valor da operação no ICMS ST devemos considerar
todos os encargos cobrados do substituído intermediário (comerciante adquirente).
Base de cálculo da operação própria: 5.500,00

IPI: 1.000,00

MVA: 60%

BC-ST = (1 +MVA) x (BC-Própria +IPI)

BC-ST = (1 + 0,60) x (5.500,00 + 1.000,00)

BC-ST = 1,60 x 6.500,00 = R$10.400,00

🡺Valor a ser recolhido por antecipação pela indústria para o estado do Piauí.

ICMS ST = BC-ST x Alíquota – ICMS próprio

ICMS ST = 10.400,00 x 17% - 935,00

ICMS ST = 1.768,00 – 935,00 = R$ 833,00

Resposta: D

9. FCC – SEFAZ/SP – 2013)

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A legislação paulista relativa à substituição tributária com retenção antecipada do imposto estabelece critérios para a
fixação da base de cálculo da substituição. NÃO representa um critério válido para a definição da base de cálculo o
preço
a) praticado pelo sujeito passivo, acrescido de encargos transferíveis ao consumidor e de margem de valor agregado.

b) máximo ao consumidor, autorizado por autoridade competente.

c) médio ponderado ao consumidor, praticado no mercado.

d) mínimo, fixado por pauta pela Secretaria da Fazenda.

e) sugerido ao consumidor por fabricante ou importador.

RESOLUÇÃO:

A questão quer saber qual critério NÃO É VALIDO.

a) Praticado pelo sujeito passivo, acrescido de encargos transferíveis ao consumidor e de margem de valor agregado.

ERRADA. A assertiva traz a regra geral aplicável à substituição relativa à operação subsequente.

Art. 8º A base de cálculo, para fins de substituição tributária, será:

II - em relação às operações ou prestações subsequentes (substituição para frente), obtida pelo somatório das
parcelas seguintes:
a) o valor da operação ou prestação própria realizada pelo substituto tributário ou pelo substituído intermediário;

b) o montante dos valores de seguro, de frete e de outros encargos cobrados ou transferíveis aos adquirentes ou
tomadores de serviço;
c) a margem de valor agregado, inclusive lucro, relativa às operações ou prestações subsequentes. (MVA)

b) máximo ao consumidor, autorizado por autoridade competente.

ERRADA. Também é uma hipótese prevista na lei: preço único ou máximo fixado por órgão público competente.

Art. 8º A base de cálculo, para fins de substituição tributária, será:

§ 2º Tratando-se de mercadoria ou serviço cujo preço final ao consumidor, único ou máximo, seja fixado por órgão
público competente, a base de cálculo do imposto, para fins de substituição tributária, é o referido preço por ele
estabelecido.
c) médio ponderado ao consumidor, praticado no mercado.

ERRADA. Para se determinar a margem de valor agregado e também o preço a consumidor final praticado no mercado
em condições de livre concorrência, utiliza-se média ponderada dos preços coletados em levantamentos.
Art. 8º A base de cálculo, para fins de substituição tributária, será:

§ 4º A margem a que se refere a alínea c do inciso II (MVA) do caput será estabelecida com base em preços usualmente
praticados no mercado considerado, obtidos por levantamento, ainda que por amostragem ou através de informações
e outros elementos fornecidos por entidades representativas dos respectivos setores, adotando-se a média ponderada
dos preços coletados, devendo os critérios para sua fixação ser previstos em lei.
d) mínimo, fixado por pauta pela Secretaria da Fazenda.

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CERTA. Não existe previsão legal da utilização do preço mínimo fixado por pauta pela SEFAZ como base de cálculo do
imposto no regime de substituição.
e) sugerido ao consumidor por fabricante ou importador.

ERRADA. Há a possibilidade de se adotar o preço sugerido pelo sujeito passivo, conforme estabelece o art.8°.

Art. 8º A base de cálculo, para fins de substituição tributária, será:

§ 3º Existindo preço final a consumidor sugerido pelo fabricante ou importador, poderá a lei estabelecer como base
de cálculo este preço.

Resposta: D

10. FGV – SEAD/AP – 2010)

Com relação à base de cálculo do ICMS devido por substituição tributária para frente (abrangente das operações
posteriores), assinale a alternativa correta.
a) A base de cálculo do ICMS retido é o valor da operação ou prestação praticado pelo contribuinte substituído.

b) O imposto a ser pago corresponde à diferença entre o valor resultante da aplicação da alíquota prevista para as
operações interestaduais sobre a respectiva base de cálculo e o valor do imposto devido pela operação própria do
substituto.
c) Existindo preço final a consumidor sugerido pelo fabricante, poderá ser este estabelecido como base de cálculo do
imposto.
d) A base de cálculo do imposto a ser recolhido pela concessionária de energia elétrica, na condição de substituto
tributário, é o valor da operação destinada à empresa distribuidora.
e) Não se inclui na base de cálculo do ICMS retido o valor de outros encargos, mesmo que cobrados ou transferíveis aos
adquirentes das mercadorias.
RESOLUÇÃO:

a) A base de cálculo do ICMS retido é o valor da operação ou prestação praticado pelo contribuinte substituído.

ERRADA. O valor da operação ou da prestação praticado pelo contribuinte substituído é a base de cálculo para fins de
substituição tributária em relação às operações ou prestações antecedentes ou concomitantes.
Art. 8º A base de cálculo, para fins de substituição tributária, será:

I - em relação às operações ou prestações antecedentes ou concomitantes, o valor da operação ou prestação


praticado pelo contribuinte substituído;
b) O imposto a ser pago corresponde à diferença entre o valor resultante da aplicação da alíquota prevista para as
operações interestaduais sobre a respectiva base de cálculo e o valor do imposto devido pela operação própria do
substituto.
ERRADA. A alíquota é a prevista para as operações internas.

Art. 8º, § 5º O imposto a ser pago por substituição tributária, na hipótese do inciso II do caput, corresponderá à
diferença entre o valor resultante da aplicação da alíquota prevista para as operações ou prestações internas do

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Estado de destino sobre a respectiva base de cálculo e o valor do imposto devido pela operação ou prestação
própria do substituto.
c) Existindo preço final a consumidor sugerido pelo fabricante, poderá ser este estabelecido como base de cálculo do
imposto.
CERTA. De fato, essa é uma possibilidade para a base de cálculo do ICMS para fins de substituição tributária em relação
às operações subsequente.
d) A base de cálculo do imposto a ser recolhido pela concessionária de energia elétrica, na condição de substituto
tributário, é o valor da operação destinada à empresa distribuidora.
ERRADA. O valor da operação ou da prestação praticado pelo contribuinte substituído é a base de cálculo para fins de
substituição tributária em relação às operações ou prestações antecedentes ou concomitantes.
e) Não se inclui na base de cálculo do ICMS retido o valor de outros encargos, mesmo que cobrados ou transferíveis aos
adquirentes das mercadorias.
ERRADA. Inclui-se na base de cálculo do ICMS-ST os encargos cobrados ou transferíveis aos adquirentes das
mercadorias.
Art. 8º A base de cálculo, para fins de substituição tributária, será:

II - em relação às operações ou prestações subsequentes, obtida pelo somatório das parcelas seguintes:

b) o montante dos valores de seguro, de frete e de outros encargos cobrados ou transferíveis aos adquirentes ou
tomadores de serviço;

Resposta: C

11.FCC – SEFIN/RO – 2010)

Nos casos em que o lançamento e o pagamento do ICMS incidentes sobre determinada operação ou prestação são
transferidos para etapa ou etapas posteriores, ocorre
a) diferimento.

b) isenção.

c) substituição tributária "para frente".

d) suspensão.

e) parcelamento.

RESOLUÇÃO:

Quando o lançamento e o pagamento do ICMS incidente sobre determinada operação ou prestação são transferidos
para etapas posteriores, ocorre o que conhecemos por diferimento do ICMS, também denominado de substituição
tributária “para trás” ou substituição tributária regressiva.

Resposta: A

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12. FCC – SEFAZ/SP – 2009)

A loja HELP Comércio de Materiais para Construção Ltda., situada na cidade de Socorro-SP, adquiriu um lote de tintas e
vernizes por R$ 20.000,00, mais IPI de R$ 3.000,00, diretamente de fabricante, situado na cidade de São Bernardo do
Campo-SP. O frete, no valor de R$ 1.000,00, está incluso no preço da aquisição. Considere que tais mercadorias estão
sujeitas à substituição tributária, com retenção antecipada do ICMS, que o índice de valor adicionado (IVA-ST) é de 35%,
que ambas as alíquotas internas de SP e de MG são de 18% e que não há isenção nem redução de base de cálculo nas
operações. Nessa venda feita à loja HELP, o valor do ICMS retido antecipadamente pela fábrica de tintas e vernizes de
São Bernardo do Campo-SP foi
a) R$ 2.529,00

b) R$ 2.232,00

c) R$ 1.989,00

d) R$ 1.692,00

e) R$ 1.314,00

RESOLUÇÃO:

Vamos resolver utilizando o mesmo método aplicado às questões anteriores.

🡺Cálculo do ICMS próprio devido pelo fabricante de São Bernardo do Campo – SP

A Base de cálculo será o valor da operação R$20.000,00. O IPI não irá integrar essa base de cálculo pois trata-se de
operação destinada a contribuinte para fins de comercialização. Logo, se aplica a regra o Art.13, §2° da LC87/96. Como a
questão afirma que o valor do frete já está incluído nos R$20.000,00 não precisamos fazer nenhum acréscimo.
Art. 13. A base de cálculo do imposto é:

§ 2º Não integra a base de cálculo do imposto o montante do Imposto sobre Produtos Industrializados, quando a
operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização,
configurar fato gerador de ambos os impostos.
Base de cálculo: 20.000,00

ICMS próprio: 18% x 20.000,00 = R$3.600,00

🡺Base de Cálculo do ICMS-ST

Nesse caso o IPI integrará a base de cálculo, pois para determinar o valor da operação no ICMS ST devemos considerar
todo o valor da operação.
BC ST = (1 + MVA)(BC-Próprio + IPI)

BC-próprio = 20.000,00 +

IPI = 3.000,00

IVA = 35%

BC ST= (1 + 0,35) x (20.000 +3.000)

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BC ST= 1,35 x R$23.000,00 = R$31.050,00

🡺Valor a ser retido antecipadamente pela fábrica de tintas e vernizes de São Bernardo do Campo - SP

ICMS ST = BC-ST x alíquota - ICMS próprio

ICMS ST = 31.050 x 0,18 - 3.600,00

ICMS ST = 5.589,00 - 3.600,00 = R$ 1.989,00

Resposta: C

13.FCC – SEFAZ/SP – 2009)

A loja HELP Comércio de Materiais para Construção Ltda., situada na cidade de Socorro-SP, adquiriu um lote de tintas e
vernizes por R$ 20.000,00, mais IPI de R$ 3.000,00, diretamente de fabricante, situado na cidade de São Bernardo do
Campo-SP. O frete, no valor de R$ 1.000,00, está incluso no preço da aquisição. Considere que tais mercadorias estão
sujeitas à substituição tributária, com retenção antecipada do ICMS, que o índice de valor adicionado (IVA-ST) é de 35%,
que ambas as alíquotas internas de SP e de MG são de 18% e que não há isenção nem redução de base de cálculo nas
operações. Caso todo o lote de tintas e vernizes seja utilizado pela própria loja HELP, na reforma de suas instalações, é
correto afirmar que esse contribuinte:
a) não deverá emitir nota fiscal, pois não ocorre fato gerador, terá direito ao ressarcimento do ICMS retido
antecipadamente a favor do Estado de São Paulo e poderá se creditar do imposto próprio da fábrica de São Bernardo
do Campo.
b) deverá emitir nota fiscal com destaque do imposto próprio e se debitar em conta gráfica, porém terá direito ao
ressarcimento do ICMS retido antecipadamente a favor do Estado de São Paulo e poderá se creditar do imposto próprio
da fábrica de São Bernardo do Campo-SP, pois a substituição tributária consiste numa presunção juris tantum.
c) deverá emitir nota fiscal, sem destaque do imposto, pois a substituição tributária consiste numa presunção juris et de
jure, no entanto, poderá aproveitar o crédito fiscal calculado pela aplicação da alíquota de 18% sobre o valor da
aquisição do lote de tintas e vernizes.
d) deverá emitir nota fiscal sem destaque do imposto, no entanto, poderá aproveitar o crédito fiscal referente a
diferença entre o imposto total recolhido pela fábrica de São Bernardo do Campo-SP e o calculado pela aplicação da
alíquota de 18% sobre o valor da aquisição do lote de tintas e vernizes.
e) não deverá emitir nota fiscal, pois não ocorre fato gerador, terá direito ao ressarcimento do ICMS retido
antecipadamente a favor do Estado de São Paulo, mas não poderá se creditar do imposto próprio da fábrica de São
Bernardo do Campo-SP.
RESOLUÇÃO:

A indústria reteve de forma antecipada o ICMS referente a futura operação de venda que a empresa HELP iria realizar.
Acontece que a empresa não vendeu as mercadorias, mas destinou ao próprio consumo. Dessa forma, como não houve
a saída de mercadoria, não se realizou o fato gerador do ICMS. Com isso, a empresa não deverá emitir nota fiscal e
ainda terá direito ao ressarcimento de ICMS retido antecipadamente pela indústria.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios:
§ 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto
ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da

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quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido.


Também não há que se falar em crédito do imposto próprio da fábrica de São Bernardo, uma vez que a LC 87/96
determina o estorno do crédito caso a mercadoria venha a ser utilizada em fim alheio à atividade do estabelecimento,
conforme veremos na parte relativa ao crédito fiscal.
Art. 21. O sujeito passivo deverá efetuar o estorno do imposto de que se tiver creditado sempre que o serviço tomado
ou a mercadoria entrada no estabelecimento:
III - vier a ser utilizada em fim alheio à atividade do estabelecimento;

Resposta: E

14. FCC – SEFAZ/SP – 2009)

Com base nos ditames da legislação paulista, diferimento do ICMS é

a) uma espécie de suspensão do pagamento do imposto. Nele, ocorre a postergação do momento do lançamento do
ICMS, mas não se altera a pessoa responsável pelo seu pagamento. Não se trata de benefício fiscal, portanto prescinde
de autorização por convênio do CONFAZ.
b) uma medida adotada pelo fisco para facilitar o controle da arrecadação e fiscalização do pagamento do imposto.
Nele, ocorre a isenção do imposto em determinadas etapas iniciais da circulação da mercadoria, postergando a
incidência do ICMS. Portanto, faz-se necessária autorização mediante convênio do CONFAZ.
c) a transferência da responsabilidade tributária do ICMS para um contribuinte que participe de uma etapa
subsequente da circulação da mercadoria. Não caracteriza benefício fiscal, não necessitando, portanto, de convênio do
CONFAZ para sua instituição.
d) um benefício fiscal que necessita de autorização, mediante convênio do CONFAZ, para sua legitimação. No
diferimento, ocorre uma postergação do momento do pagamento do ICMS, transferindo-se a responsabilidade para
um substituto tributário.
e) usado pelos Estados para facilitar o controle e a arrecadação do ICMS. Nele, o momento do lançamento do imposto é
postergado, mas não é alterada a responsabilidade pelo pagamento. Trata-se de benefício fiscal que depende de
autorização mediante convênio do CONFAZ.
RESOLUÇÃO:

O diferimento do ICMS não se trata de benefício fiscal ou suspensão do pagamento. Não há alteração da obrigação dele
decorrente. A única diferença é que, por motivos de facilidades de controle e arrecadação, o Estado atribui a
responsabilidade àqueles contribuintes que se encontram na etapa subsequente e concentram a circulação de
mercadorias. Portanto, o único instrumento legislativo necessário para atribuir essa responsabilidade é lei estadual,
conforme estabelece o art. 6º, § 1º, da Lei Kandir.
Art. 6º Lei estadual poderá atribuir a contribuinte do imposto ou a depositário a qualquer título a responsabilidade pelo
seu pagamento, hipótese em que assumirá a condição de substituto tributário.
§ 1º A responsabilidade poderá ser atribuída em relação ao imposto incidente sobre uma ou mais operações ou
prestações, sejam antecedentes, concomitantes ou subsequentes, inclusive ao valor decorrente da diferença entre
alíquotas interna e interestadual nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado
em outro Estado, que seja contribuinte do imposto.

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Resposta: C

15.FCC – CL/DF – 2018 - Adaptada)

Relativamente ao instituto da substituição tributária, no âmbito do ICMS e, considerando o LC 87/96, julgue a afirmativa
a seguir:
É assegurado ao contribuinte substituído o direito à restituição do valor do imposto pago, por força da substituição
tributária, correspondente ao fato gerador presumido que não se realizar.
RESOLUÇÃO:

No regime de substituição para frente, o substituto tributário realiza o cálculo e recolhe o montante do imposto relativo
à operação subsequente, que irá ser realizada no futuro. Dessa forma, o substituído ao receber a mercadoria que já teve
o imposto retido está arcando com o ônus tributário. Em condições normais, o substituído (normalmente varejista)
repassa esse ônus ao consumidor final. No entanto, quando não houver venda, cabe a ele o direito à restituição, e não
ao substituto, que realizou o recolhimento. Observe o que prevê a LC87/96.
Art. 10. É assegurado ao contribuinte substituído o direito à restituição do valor do imposto pago por força da
substituição tributária, correspondente ao fato gerador presumido que não se realizar.

Resposta: Certa

16. FCC – CL/DF – 2018 - Adaptada)

Relativamente ao instituto da substituição tributária, no âmbito do ICMS e, considerando o LC 87/96, julgue a afirmativa
a seguir:
Dependerá de lei complementar e de Resolução do Senado Federal a adoção do regime de substituição tributária, nos
casos em que o responsável pela retenção esteja localizado em outra unidade federada.
RESOLUÇÃO:

Por meio de convênio celebrado entre os Estados é possível adotar o regime de substituição tributária nos casos em que
o responsável esteja em outra unidade federativa. Veja o que prevê a LC 87/96.
Art. 9º A adoção do regime de substituição tributária em operações interestaduais dependerá de acordo específico
celebrado pelos Estados interessados.

Resposta: Errada

17.FCC – CL/DF – 2018 - Adaptada)

No âmbito do ICMS, a base de cálculo do imposto apresenta características distintas, quando se trata de substituição
tributária. Sobre este tema, considerando a LC 87/96, julgue a afirmativa a seguir:
Na hipótese de mercadoria cujo preço final ao consumidor, único ou máximo, seja fixado por órgão público
competente, este será a base de cálculo da substituição tributária.

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RESOLUÇÃO:

É exatamente o que está previsto no art. 8°, §2° da Lei Kandir.

Art. 8º A base de cálculo, para fins de substituição tributária, será:

§ 2º Tratando-se de mercadoria ou serviço cujo preço final a consumidor, único ou máximo, seja fixado por órgão
público competente, a base de cálculo do imposto, para fins de substituição tributária, é o referido preço por ele
estabelecido.

Resposta: Certa

18. FCC – CL/DF – 2018 - Adaptada)

No âmbito do ICMS, a base de cálculo do imposto apresenta características distintas, quando se trata de substituição
tributária. Sobre este tema, considerando a LC 87/96, julgue a afirmativa a seguir:
Em relação às operações antecedentes, a base de cálculo será a soma do valor da operação própria do substituto, do
seguro, do frete e da margem de valor adicionado publicada pelo remetente.
RESOLUÇÃO:

Para a substituição tributária referente às operações antecedentes a base de cálculo é o valor da operação praticada
pelo substituído. De forma exemplificativa, é o preço cobrado por um pequeno produtor rural que vende o leite para
uma indústria de laticínios.
Art. 8º A base de cálculo, para fins de substituição tributária, será:

I - em relação às operações ou prestações antecedentes ou concomitantes, o valor da operação ou prestação


praticado pelo contribuinte substituído;

Resposta: Errada

19. FCC – SEFAZ/MA – 2016- Adaptada)

O ICMS pode ser cobrado mediante o mecanismo denominado Substituição Tributária. Nestes casos, e considerando o
disposto na Lei estadual nº 7.799/2002, a base de cálculo, para fins de substituição tributária, será,
a) tratando-se de mercadoria ou serviço cujo preço final a consumidor, único ou máximo, seja fixado por órgão público
competente, o referido preço por ele estabelecido, deduzido o percentual relativo aos descontos usualmente
concedidos nas vendas em quantidade.
b) em relação a operações subsequentes, calculada com utilização de margem de valor agregado, que será estabelecida
com base em preços praticados nos últimos 12 meses no mercado considerado, obtidos por amostragem, adotando-se
a média dos maiores valores praticados, no caso de venda à consumidor, e a média dos menores valores, no caso de
vendas a atacadista ou varejista.
c) tratando-se de mercadoria para a qual exista preço final a consumidor sugerido pelo fabricante, e para a qual inexista
preço final a consumidor, único ou máximo, fixado por órgão público competente, o preço sugerido, desde que assim
estabelecido pelo Poder Executivo.

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d) em relação às operações ou prestações antecedentes ou concomitantes, o valor da operação ou prestação praticado


pelo contribuinte substituído, acrescido dos valores de frete, seguro e outros encargos transferíveis, e da margem de
valor agregado prevista na legislação nacional ou estadual, a que for menor.
RESOLUÇÃO:

a) tratando-se de mercadoria ou serviço cujo preço final a consumidor, único ou máximo, seja fixado por órgão público
competente, o referido preço por ele estabelecido, deduzido o percentual relativo aos descontos usualmente
concedidos nas vendas em quantidade.
ERRADA. Não existe essa previsão de dedução do percentual relativo aos descontos usualmente concedidos nas
vendas em quantidade, foi uma invenção do examinador. Sem isso a alternativa estaria correta, pois caso haja preço
único ou máximo fixado por órgão público competente, ele será utilizado para fins de base de cálculo do imposto no
regime de substituição tributária.
b) em relação a operações subsequentes, calculada com utilização de margem de valor agregado, que será estabelecida
com base em preços praticados nos últimos 12 meses no mercado considerado, obtidos por amostragem, adotando-se
a média dos maiores valores praticados, no caso de venda à consumidor, e a média dos menores valores, no caso
de vendas a atacadista ou varejista.
ERRADA. Será adotada a média ponderada dos preços coletados.

§ 4º A margem a que se refere a alínea c do inciso II (MVA) do caput será estabelecida com base em preços usualmente
praticados no mercado considerado, obtidos por levantamento, ainda que por amostragem ou através de informações
e outros elementos fornecidos por entidades representativas dos respectivos setores, adotando-se a média ponderada
dos preços coletados, devendo os critérios para sua fixação ser previstos em lei.
c) tratando-se de mercadoria para a qual exista preço final a consumidor sugerido pelo fabricante, e para a qual inexista
preço final a consumidor, único ou máximo, fixado por órgão público competente, o preço sugerido, desde que assim
estabelecido pelo Poder Executivo.
CERTA. Sabemos que, caso exista preço único ou máximo, definido por órgão público competente, ele será utilizado
para fins de determinar a base de cálculo do imposto. No entanto, caso não exista esse preço definido, pode ser
utilizada qualquer uma das outras hipóteses, o que dependerá da escolha do ente Federativo, conforme o art. 8° da
LC87/96.
Art. 8º A base de cálculo, para fins de substituição tributária, será:

§ 2º Tratando-se de mercadoria ou serviço cujo preço final a consumidor, único ou máximo, seja fixado por órgão
público competente, a base de cálculo do imposto, para fins de substituição tributária, é o referido preço por ele
estabelecido.
§ 3º Existindo preço final a consumidor sugerido pelo fabricante ou importador, poderá a lei estabelecer como base de
cálculo este preço.

d) em relação às operações ou prestações antecedentes ou concomitantes, o valor da operação ou prestação praticado


pelo contribuinte substituído, acrescido dos valores de frete, seguro e outros encargos transferíveis, e da margem
de valor agregado prevista na legislação nacional ou estadual, a que for menor.
ERRADA. O examinador começa de forma correta, pois em relação às operações ou prestações antecedentes ou
concomitantes, a base de cálculo será o valor da operação praticado pelo substituído. Não obstante, o restante da
sentença está incorreto pois não há essa previsão na lei.
Art. 8º A base de cálculo, para fins de substituição tributária, será:

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I - em relação às operações ou prestações antecedentes ou concomitantes, o valor da operação ou prestação praticado


pelo contribuinte substituído;

Resposta: C

20. FUNDATEC – SEFAZ/RS – 2014 - Adaptada)

Em relação à disciplina inerente ao cálculo do ICMS devido na modalidade de substituição tributária nas operações
internas, analise a assertiva abaixo:
O débito de responsabilidade por substituição tributária será calculado pela aplicação da alíquota interna sobre a base
de cálculo prevista na legislação estadual para as diversas mercadorias, deduzindo-se, do valor obtido, o débito fiscal
próprio.
RESOLUÇÃO: Assertiva expressa corretamente a maneira de calcular o débito de responsabilidade por substituição
tributária. Única ressalva que faço é porque não foi especificado que se refere a substituição tributária para frente.
Art. 8º, § 5º O imposto a ser pago por substituição tributária, na hipótese do inciso II do caput, corresponderá à
diferença entre o valor resultante da aplicação da alíquota prevista para as operações ou prestações internas do
Estado de destino sobre a respectiva base de cálculo e o valor do imposto devido pela operação ou prestação própria
do substituto.

Resposta: Certa

21. FUNDATEC – SEFAZ/RS – 2014 - Adaptada)

Em relação à disciplina inerente ao cálculo do ICMS devido na modalidade de substituição tributária nas operações
internas, analise a assertiva abaixo:
A Margem de Valor Agregado (MVA) é uma das bases de cálculo da substituição tributária.

RESOLUÇÃO: A base de cálculo do ICMS na substituição tributária para frente pode ser definida de 4 maneiras:

1) O somatório do valor da operação, seguro, frete e outros encargos mais a MVA;

2) Preço fixado por órgão público competente;

3) Preço final a consumidor sugerido pelo fabricante ou importador;

4) Preço ao consumidor final usualmente praticado no mercado.

Perceba que a MVA é um dos elementos integrantes da 1º opção para a base de cálculo do ICMS-ST. Logo, ela não é
uma das possíveis bases de cálculo.

Resposta: Errada

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22. FGV – SEFAZ/RJ – 2009 - Adaptada)

Com relação à substituição tributária, julgue o item a seguir:

Na substituição tributária para frente, resta obedecido o princípio da não-cumulatividade.

RESOLUÇÃO:

A substituição tributária não interfere na não-cumulatividade do ICMS. O princípio da não cumulatividade permanece
presente na substituição tributária.
Lembre-se que para calcular o ICMS devido por substituição tributária devemos subtrair o valor do ICMS próprio. Essa
subtração representa a não cumulatividade do ICMS.

Resposta: Certa

23.FGV – SEFAZ/RJ – 2009 - Adaptada)

Com relação à substituição tributária, julgue o item a seguir:

A base de cálculo do ICMS devido por substituição tributária é, caso exista, o preço final ao consumidor sugerido pelo
fabricante ou importador.
RESOLUÇÃO:

Caso a legislação estadual estabeleça, o preço final a consumidor sugerido pelo fabricante ou importador poderá ser a
base de cálculo do ICMS devido por substituição tributária. Não é uma obrigatoriedade!

Resposta: Errada

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Lista de questões
1. (FCC - 2019 - SEFAZ-BA - Auditor Fiscal - Administração Tributária)

Conforme a Lei Complementar nº 87, de 1996, nas operações interestaduais com mercadorias, a base de cálculo, para
fins de substituição tributária será, em relação às operações
a) subsequentes, o somatório do valor da operação própria realizada pelo substituto tributário, do seguro, do frete e de
outros encargos cobrados ou transferíveis ao adquirente, e da margem de valor agregado, excluído o lucro, relativa às
operações subsequentes, sem que seja necessário pagar qualquer suplemento ou complemento.
b) concomitantes, o valor da operação praticada pelo contribuinte substituído, acrescido da margem de valor agregado
fixada em convênio.
c) subsequentes, a soma do valor da operação própria do substituto tributário, do valor do frete, do seguro, e de outros
encargos cobrados ou transferíveis ao adquirente, e da margem de valor agregado estabelecida com base em preços
usualmente praticados no mercado considerado, obtidos por levantamento no qual se adote a média ponderada dos
preços coletados, conforme critérios previstos em lei para sua fixação.
d) antecedentes, o preço fixado, tratando-se de mercadoria cujo preço final a consumidor mínimo ou médio seja fixado
por órgão público competente.
e) subsequentes, o preço a consumidor final usualmente praticado no mercado municipal da capital do Estado de
localização do contribuinte substituído, em condições de livre concorrência, com pagamento à vista, em espécie,
acrescido do valor adicionado fiscal fixado em convênio.

2. (FEPESE – CIASC – 2017)

A respeito do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS), analise as afirmativas abaixo:
1. É assegurado ao contribuinte substituído o direito à restituição do valor do imposto pago por força da substituição
tributária, correspondente ao fato gerador presumido que não se realizar.
2. A adoção do regime de substituição tributária em operações interestaduais independe de acordo específico
celebrado pelos Estados interessados.
3. Para efeito de exigência do imposto por substituição tributária, inclui-se, também, como fato gerador do imposto, a
entrada de mercadoria ou bem no estabelecimento do adquirente ou em outro por ele indicado.
4. A base de cálculo, para fins de substituição tributária, em relação às operações ou prestações antecedentes ou
concomitantes, será o valor da operação ou prestação praticado pelo contribuinte substituído.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

a) São corretas apenas as afirmativas 2 e 3.

b) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.

c) São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 4.

d) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.

e) São corretas as afirmativas 1, 2, 3 e 4.

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3. (FCC – TJ/RS – 2017)

A base de cálculo do ICMS devido por operações subsequentes, em regime de substituição tributária,

a) só pode ser fixada pela Administração Tributária conforme os preços únicos ou máximos previamente determinados
por autoridade competente para regulação de mercados.
b) será fixada pela soma dos valores relativos à entrada do bem ou recebimento do serviço, incluídos frete, seguro e
encargos, com a margem de valor agregado, inclusive lucro, das operações ou prestações subsequentes.
c) será obrigatoriamente fixada por preço final a consumidor sugerido pelo substituto tributário, em caso de
inexistência de preços únicos ou máximos fixados por autoridade competente para regulação de mercados.
d) só poderá ser fixada pela Administração Tributária por meio de pesquisas de preços finais praticados em mercado.

e) não pode utilizar os levantamentos de preço praticados em mercado para a determinação da margem de valor
agregado nas operações subsequentes.

4. (FGV – ALERJ/RJ – 2017)

A empresa XYZ Comércio e Atacadista Ltda. está sujeita ao regime de substituição tributária para frente em relação às
mercadorias que comercializa. Ao efetuar a saída dessas mercadorias, adotou um preço de venda menor do que aquele
que serviu como base de cálculo do ICMS-ST, recolhido antecipadamente. Diante disso, a empresa apresentou pedido
de restituição do ICMS-ST recolhido a maior, com fundamento no art. 150, § 7º, da Constituição Federal. Considerando a
legislação sobre o regime de substituição tributária para frente no caso do ICMS, bem como o atual entendimento do
STF firmado sob a sistemática da repercussão geral (RE nº 593.849 – Tema 201), a pretensão da empresa está:
a) incorreta, pois o regime de substituição tributária para frente, em que a legislação estabelece uma base de cálculo
presumida do ICMS-ST, que é recolhido antecipadamente pelo sujeito passivo, não admite a restituição proporcional do
imposto na hipótese em que a base de cálculo da operação efetivamente realizada é menor do que a presumida;
b) correta, pois é admitida a restituição do ICMS pago a maior no regime de substituição tributária para frente quando a
base de cálculo efetiva da operação foi inferior à presumida, sob pena de enriquecimento ilícito do Estado;
c) incorreta, pois no regime de substituição tributária para frente a tributação é definitiva, não se admitindo a
restituição do ICMS recolhido antecipadamente de acordo com a base de cálculo presumida, ainda que o fato gerador
não se concretize;
d) correta, pois no regime de substituição tributária para frente admite-se a restituição do tributo recolhido
antecipadamente sob a base de cálculo presumida quando o fato gerador não se concretizar ou ocorrer parcialmente;
e) incorreta, pois o instituto da substituição tributária para frente, em que os critérios para apuração da base de cálculo
presumida são fixados com base em pesquisas de mercado, a fim de facilitar a fiscalização de setores difíceis de
monitorar e evitar a sonegação, é incompatível com a restituição do ICMS-ST na hipótese em que a base de cálculo
efetiva da operação for inferior à presumida, pois restaria violada a própria natureza do instituto.

5. (FCC – SEFAZ/MA – 2016)

Suponha que as operações com determinadas mercadorias estejam sujeitas ao pagamento do imposto, na entrada
interestadual, em determinado Estado da Região Nordeste, quando destinadas a revenda, e que tal antecipação seja
terminativa, sem cobrança de complemento ou restituição da diferença, caso a operação seguinte ocorra por valor
diferente do presumido. Considere, ainda, que o valor da operação a consumidor final seja determinado mediante o uso

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de Índice de Valor Adicionado − IVA, que a alíquota aplicável na operação interna a consumidor final seja de 17% do
valor da operação, e que não tenha havido retenção de ICMS a título de substituição tributária, pelo remetente
(antecipação com encerramento da tributação).
Considere, também, que, em um determinado período de apuração, o estabelecimento comercial tenha recebido, em
operação interestadual para revenda, as seguintes mercadorias: (i) 5 unidades do produto “A”, por R$ 40,00 cada, com
IVA-A de 30%; (ii) 8 unidades do produto “B”, por R$ 50,00 cada, com IVA-B de 40%, e (iii) 12 unidades do produto “C”,
por R$ 30,00 cada, com IVA-C de 80%. Considere, ainda, que a mercadoria A era de fabricação nacional, com insumos
nacionais, e proveniente de Minas Gerais; a mercadoria B era importada e proveniente do Espírito Santo, sem similar
nacional; e a mercadoria C era de fabricação nacional, com insumos totalmente nacionais e orgânicos, e proveniente da
Bahia. Adote as alíquotas interestaduais de 7%, 4%, e 12%, respectivamente. Com os dados fornecidos, e utilizando
subsidiariamente o disposto do Regulamento do ICMS do Estado do Maranhão, o ICMS devido pelo estabelecimento,
em decorrência da entrada destas mercadorias, a título de antecipação com encerramento da tributação, será de
a) R$ 249,56.

b) R$ 176,36.

c) R$ 144,36.

d) R$ 134,36.

e) R$ 182,36.

6. (FCC – SEFAZ/PE – 2015)

Determinada mercadoria, sujeita à alíquota interna de 25%, está enquadrada no regime de substituição tributária das
operações subsequentes no Estado do Pernambuco Ao vender tal mercadoria para comerciante revendedor, ambos
localizados no mesmo Estado, considere que: o valor da mercadoria (R$ 25.000,00) e o valor do IPI (R$ 2.500,00) no
valor total de R$ 27.500,00; a margem do valor agregado prevista pela legislação é 60%; a venda foi efetuada na
cláusula FOB (Free on Board) e o destinatário foi retirar a mercadoria com seu veículo, havendo um custo de
combustível no valor de R$ 200,00. O valor do ICMS a ser retido pela empresa substituta é
a) R$ 4.125,00.

b) R$ 4.750,00.

c) R$ 3.750,00.

d) R$ 4.830,00.

e) R$ 3.060,00.

7. (FCC – SEFAZ/SP – 2013)

Considere que as operações descritas em I, II e III estão sujeitas à retenção antecipada do ICMS, foram realizadas pelo
sujeito passivo responsável pela retenção e que a margem de valor agregado é de 40%. As mercadorias são nacionais,
bem como seus insumos.
I. Saída promovida por fabricante paulista, com destino a atacadista paulista, de duas unidades da mercadoria I, no
valor de R$ 45,00 cada, mais frete no valor de R$ 10,00.

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II. Saída promovida por atacadista mineiro, com destino a varejista paulista, de três unidades da mercadoria II, no valor
de R$ 50,00 cada, com o valor do frete já incluído no preço do produto.
III. Saída promovida por fabricante paulista, com destino a varejista paulista, de três unidades da mercadoria III, no valor
de R$ 40,00 cada, mais frete e seguro, no valor de R$ 12,00 e R$ 8,00, sendo aplicável uma redução de base de cálculo
de 2/3 nas operações internas com a mercadoria.
Considerando que a alíquota interna de São Paulo é 18%, o valor do imposto a ser retido a título de substituição
tributária relacionado aos itens I, II e III, respectivamente, é:
a) R$ 7,20; R$ 19,80; R$ 3,36.

b) R$ 7,20, R$ 19,80; R$ 10,08.

c) R$ 6,48; R$ 10,80; R$ 10,08.

d) R$ 6,48; R$ 10,80; R$ 26,88.

e) R$ 6,48; R$ 7,20; R$ 8,64.

8. (UEPA – SEPA/PA – 2013)

Pneubom Ltda., fabricante de pneumáticos situada no Pará, deu saída a 100 unidades de pneus novos para
motocicletas, destinados a estabelecimento contribuinte de ICMS, também situado no Pará, para fins de
comercialização. O preço de venda foi de R$ 50,00 a unidade. Na operação, incidiu IPI no valor R$1.000. O frete e o
seguro cobrados do destinatário foram de, respectivamente, R$300,00 e R$200,00. Não há tabela oficial fixando o preço
final de venda ao consumidor. Considerando a situação descrita, e tendo em vista o disposto na redação atual da Lei
Estadual nº 5.530/89 e no Regulamento do ICMS, assinale a alternativa correta.
Considere MVA de 60% e alíquota interna de 17%

a) O valor do ICMS a ser recolhido por Pneubom Ltda. referente à substituição tributária é de R$935,00.

b) É assegurado a Pneubom Ltda. o direito à restituição do imposto recolhido por força da substituição,
correspondente a fato gerador presumido que não se realizar.
c) O valor do ICMS a ser recolhido por Pneubom Ltda. referente à substituição tributária é de R$1.768,00.

d) O valor do ICMS a ser recolhido por Pneubom Ltda. referente à substituição tributária é de R$833,00.

e) A operação descrita não se submete ao recolhimento do imposto pelo regime de substituição tributária.

9. (FCC – SEFAZ/SP – 2013)

A legislação paulista relativa à substituição tributária com retenção antecipada do imposto estabelece critérios para a
fixação da base de cálculo da substituição. NÃO representa um critério válido para a definição da base de cálculo o
preço
a) praticado pelo sujeito passivo, acrescido de encargos transferíveis ao consumidor e de margem de valor agregado.

b) máximo ao consumidor, autorizado por autoridade competente.

c) médio ponderado ao consumidor, praticado no mercado.

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d) mínimo, fixado por pauta pela Secretaria da Fazenda.

e) sugerido ao consumidor por fabricante ou importador.

10. (FGV – SEAD/AP – 2010)

Com relação à base de cálculo do ICMS devido por substituição tributária para frente (abrangente das operações
posteriores), assinale a alternativa correta.
a) A base de cálculo do ICMS retido é o valor da operação ou prestação praticado pelo contribuinte substituído.

b) O imposto a ser pago corresponde à diferença entre o valor resultante da aplicação da alíquota prevista para as
operações interestaduais sobre a respectiva base de cálculo e o valor do imposto devido pela operação própria do
substituto.
c) Existindo preço final a consumidor sugerido pelo fabricante, poderá ser este estabelecido como base de cálculo do
imposto.
d) A base de cálculo do imposto a ser recolhido pela concessionária de energia elétrica, na condição de substituto
tributário, é o valor da operação destinada à empresa distribuidora.
e) Não se inclui na base de cálculo do ICMS retido o valor de outros encargos, mesmo que cobrados ou transferíveis aos
adquirentes das mercadorias.

11. (FCC – SEFIN/RO – 2010)

Nos casos em que o lançamento e o pagamento do ICMS incidentes sobre determinada operação ou prestação são
transferidos para etapa ou etapas posteriores, ocorre
a) diferimento.

b) isenção.

c) substituição tributária "para frente".

d) suspensão.

e) parcelamento.

12. ( FCC – SEFAZ/SP – 2009)

A loja HELP Comércio de Materiais para Construção Ltda., situada na cidade de Socorro-SP, adquiriu um lote de tintas e
vernizes por R$ 20.000,00, mais IPI de R$ 3.000,00, diretamente de fabricante, situado na cidade de São Bernardo do
Campo-SP. O frete, no valor de R$ 1.000,00, está incluso no preço da aquisição. Considere que tais mercadorias estão
sujeitas à substituição tributária, com retenção antecipada do ICMS, que o índice de valor adicionado (IVA-ST) é de 35%,
que ambas as alíquotas internas de SP e de MG são de 18% e que não há isenção nem redução de base de cálculo nas
operações. Nessa venda feita à loja HELP, o valor do ICMS retido antecipadamente pela fábrica de tintas e vernizes de
São Bernardo do Campo-SP foi
a) R$ 2.529,00

b) R$ 2.232,00

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c) R$ 1.989,00

d) R$ 1.692,00

e) R$ 1.314,00

13. (FCC – SEFAZ/SP – 2009)

A loja HELP Comércio de Materiais para Construção Ltda., situada na cidade de Socorro-SP, adquiriu um lote de tintas e
vernizes por R$ 20.000,00, mais IPI de R$ 3.000,00, diretamente de fabricante, situado na cidade de São Bernardo do
Campo-SP. O frete, no valor de R$ 1.000,00, está incluso no preço da aquisição. Considere que tais mercadorias estão
sujeitas à substituição tributária, com retenção antecipada do ICMS, que o índice de valor adicionado (IVA-ST) é de 35%,
que ambas as alíquotas internas de SP e de MG são de 18% e que não há isenção nem redução de base de cálculo nas
operações. Caso todo o lote de tintas e vernizes seja utilizado pela própria loja HELP, na reforma de suas instalações, é
correto afirmar que esse contribuinte:
a) não deverá emitir nota fiscal, pois não ocorre fato gerador, terá direito ao ressarcimento do ICMS retido
antecipadamente a favor do Estado de São Paulo e poderá se creditar do imposto próprio da fábrica de São Bernardo
do Campo.
b) deverá emitir nota fiscal com destaque do imposto próprio e se debitar em conta gráfica, porém terá direito ao
ressarcimento do ICMS retido antecipadamente a favor do Estado de São Paulo e poderá se creditar do imposto próprio
da fábrica de São Bernardo do Campo-SP, pois a substituição tributária consiste numa presunção juris tantum.
c) deverá emitir nota fiscal, sem destaque do imposto, pois a substituição tributária consiste numa presunção juris et de
jure, no entanto, poderá aproveitar o crédito fiscal calculado pela aplicação da alíquota de 18% sobre o valor da
aquisição do lote de tintas e vernizes.
d) deverá emitir nota fiscal sem destaque do imposto, no entanto, poderá aproveitar o crédito fiscal referente a
diferença entre o imposto total recolhido pela fábrica de São Bernardo do Campo-SP e o calculado pela aplicação da
alíquota de 18% sobre o valor da aquisição do lote de tintas e vernizes.
e) não deverá emitir nota fiscal, pois não ocorre fato gerador, terá direito ao ressarcimento do ICMS retido
antecipadamente a favor do Estado de São Paulo, mas não poderá se creditar do imposto próprio da fábrica de São
Bernardo do Campo-SP.

14. (FCC – SEFAZ/SP – 2009)

Com base nos ditames da legislação paulista, diferimento do ICMS é

a) uma espécie de suspensão do pagamento do imposto. Nele, ocorre a postergação do momento do lançamento do
ICMS, mas não se altera a pessoa responsável pelo seu pagamento. Não se trata de benefício fiscal, portanto prescinde
de autorização por convênio do CONFAZ.
b) uma medida adotada pelo fisco para facilitar o controle da arrecadação e fiscalização do pagamento do imposto.
Nele, ocorre a isenção do imposto em determinadas etapas iniciais da circulação da mercadoria, postergando a
incidência do ICMS. Portanto, faz-se necessária autorização mediante convênio do CONFAZ.
c) a transferência da responsabilidade tributária do ICMS para um contribuinte que participe de uma etapa
subsequente da circulação da mercadoria. Não caracteriza benefício fiscal, não necessitando, portanto, de convênio do
CONFAZ para sua instituição.
d) um benefício fiscal que necessita de autorização, mediante convênio do CONFAZ, para sua legitimação. No
diferimento, ocorre uma postergação do momento do pagamento do ICMS, transferindo-se a responsabilidade para

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um substituto tributário.
e) usado pelos Estados para facilitar o controle e a arrecadação do ICMS. Nele, o momento do lançamento do imposto é
postergado, mas não é alterada a responsabilidade pelo pagamento. Trata-se de benefício fiscal que depende de
autorização mediante convênio do CONFAZ.

15. (FCC – CL/DF – 2018 - Adaptada)

Relativamente ao instituto da substituição tributária, no âmbito do ICMS e, considerando o LC 87/96, julgue a afirmativa
a seguir:
É assegurado ao contribuinte substituído o direito à restituição do valor do imposto pago, por força da substituição
tributária, correspondente ao fato gerador presumido que não se realizar.

16. (FCC – CL/DF – 2018 - Adaptada)

Relativamente ao instituto da substituição tributária, no âmbito do ICMS e, considerando o LC 87/96, julgue a afirmativa
a seguir:
Dependerá de lei complementar e de Resolução do Senado Federal a adoção do regime de substituição tributária, nos
casos em que o responsável pela retenção esteja localizado em outra unidade federada.

17. (FCC – CL/DF – 2018 - Adaptada)

No âmbito do ICMS, a base de cálculo do imposto apresenta características distintas, quando se trata de substituição
tributária. Sobre este tema, considerando a LC 87/96, julgue a afirmativa a seguir:
Na hipótese de mercadoria cujo preço final ao consumidor, único ou máximo, seja fixado por órgão público
competente, este será a base de cálculo da substituição tributária.

18. (FCC – CL/DF – 2018 - Adaptada)

No âmbito do ICMS, a base de cálculo do imposto apresenta características distintas, quando se trata de substituição
tributária. Sobre este tema, considerando a LC 87/96, julgue a afirmativa a seguir:
Em relação às operações antecedentes, a base de cálculo será a soma do valor da operação própria do substituto, do
seguro, do frete e da margem de valor adicionado publicada pelo remetente.

19. (FCC – SEFAZ/MA – 2016- Adaptada)

O ICMS pode ser cobrado mediante o mecanismo denominado Substituição Tributária. Nestes casos, e considerando o
disposto na Lei estadual nº 7.799/2002, a base de cálculo, para fins de substituição tributária, será,
a) tratando-se de mercadoria ou serviço cujo preço final a consumidor, único ou máximo, seja fixado por órgão público
competente, o referido preço por ele estabelecido, deduzido o percentual relativo aos descontos usualmente
concedidos nas vendas em quantidade.
b) em relação a operações subsequentes, calculada com utilização de margem de valor agregado, que será estabelecida
com base em preços praticados nos últimos 12 meses no mercado considerado, obtidos por amostragem, adotando-se

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a média dos maiores valores praticados, no caso de venda à consumidor, e a média dos menores valores, no caso de
vendas a atacadista ou varejista.
c) tratando-se de mercadoria para a qual exista preço final a consumidor sugerido pelo fabricante, e para a qual inexista
preço final a consumidor, único ou máximo, fixado por órgão público competente, o preço sugerido, desde que assim
estabelecido pelo Poder Executivo.
d) em relação às operações ou prestações antecedentes ou concomitantes, o valor da operação ou prestação praticado
pelo contribuinte substituído, acrescido dos valores de frete, seguro e outros encargos transferíveis, e da margem de
valor agregado prevista na legislação nacional ou estadual, a que for menor.

20. FUNDATEC – SEFAZ/RS – 2014 - Adaptada)

Em relação à disciplina inerente ao cálculo do ICMS devido na modalidade de substituição tributária nas operações
internas, analise a assertiva abaixo:
O débito de responsabilidade por substituição tributária será calculado pela aplicação da alíquota interna sobre a base
de cálculo prevista na legislação estadual para as diversas mercadorias, deduzindo-se, do valor obtido, o débito fiscal
próprio.

21. (FUNDATEC – SEFAZ/RS – 2014 - Adaptada)

Em relação à disciplina inerente ao cálculo do ICMS devido na modalidade de substituição tributária nas operações
internas, analise a assertiva abaixo:
A Margem de Valor Agregado (MVA) é uma das bases de cálculo da substituição tributária.

22. (FGV – SEFAZ/RJ – 2009 - Adaptada)

Com relação à substituição tributária, julgue o item a seguir:

Na substituição tributária para frente, resta obedecido o princípio da não-cumulatividade.

23. (FGV – SEFAZ/RJ – 2009 - Adaptada)

Com relação à substituição tributária, julgue o item a seguir:

A base de cálculo do ICMS devido por substituição tributária é, caso exista, o preço final ao consumidor sugerido pelo
fabricante ou importador.

Gabarito
1. C

2. C

3. B

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4. B

5. B

6. B

7. A

8. D

9. D

10. C

11. A

12. C

13. E

14. C

15. Certa

16. Errada

17. Certa

18. Errada

19. C

20. Certa

21. Errada

22. Certa

23. Errada

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Resumo direcionado
SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA
🡺 Contribuinte Substituído: Aquele que teria a obrigação de pagar o tributo.

🡺 Contribuinte Substituto: Aquele que foi eleito para pagar o imposto do contribuinte substituído.

🡺 Substituição tributária para trás: Conhecida como diferimento. O tributo relativo a determinado fato gerador é
recolhido em momento posterior à sua ocorrência.
🡺 Substituição tributária para frente: Ocorre de maneira inversa à substituição tributária para trás. O tributo
relativo a determinado fato gerador é recolhido em momento anterior à sua ocorrência, ou seja, de maneira
antecipada.
🡺 Substituição tributária pura: O tributo relativo a determinado fato gerador é recolhido no momento da sua
ocorrência.

RESPONSABILIDADE NA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

Art. 6º Lei estadual poderá atribuir a contribuinte do imposto ou a depositário a qualquer título a
responsabilidade pelo seu pagamento, hipótese em que assumirá a condição de substituto tributário.

Art. 6º, § 1º A responsabilidade poderá ser atribuída em relação ao imposto incidente sobre uma ou mais
operações ou prestações, sejam antecedentes, concomitantes ou subsequentes, inclusive ao valor decorrente da
diferença entre alíquotas interna e interestadual nas operações e prestações que destinem bens e serviços a
consumidor final localizado em outro Estado, que seja contribuinte do imposto.

⮚ Substituição tributária para trás 🡪 pelas operações antecedentes.

⮚ Substituição tributária pura 🡪 pelas operações concomitantes

⮚ Substituição tributária para frente 🡪 pelas operações subsequentes.

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Art. 6º, § 2º - A atribuição de responsabilidade dar-se-á em relação a mercadorias, bens ou serviços previstos em
lei de cada Estado.

Art. 155, § 2º, XII, da CF/88 - cabe à lei complementar:

b) dispor sobre substituição tributária;

⮚ Lei Kandir 🡪 Disposições gerais.

⮚ Legislação Estadual 🡪 Institui a substituição tributária.

ESPECIFICIDADES DO DIFERIMENTO

Art. 7º Para efeito de exigência do imposto por substituição tributária, inclui-se, também, como fato gerador do
imposto, a entrada de mercadoria ou bem no estabelecimento do adquirente ou em outro por ele indicado.
§ 1º Na hipótese de responsabilidade tributária em relação às operações ou prestações antecedentes, o imposto
devido pelas referidas operações ou prestações será pago pelo responsável, quando:
I – da entrada ou recebimento da mercadoria, do bem ou do serviço;
II - da saída subsequente por ele promovida, ainda que isenta ou não tributada;
III - ocorrer qualquer saída ou evento que impossibilite a ocorrência do fato determinante do pagamento do
imposto.

BASE DE CÁLCULO

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Art. 8º A base de cálculo, para fins de substituição tributária, será:


I - em relação às operações ou prestações antecedentes ou concomitantes, o valor da operação ou prestação
praticado pelo contribuinte substituído;
II - em relação às operações ou prestações subsequentes, obtida pelo somatório das parcelas seguintes:
a) o valor da operação ou prestação própria realizada pelo substituto tributário ou pelo substituído intermediário;
b) o montante dos valores de seguro, de frete e de outros encargos cobrados ou transferíveis aos adquirentes ou
tomadores de serviço;
c) a margem de valor agregado, inclusive lucro, relativa às operações ou prestações subsequentes.
§ 2º Tratando-se de mercadoria ou serviço cujo preço final a consumidor, único ou máximo, seja fixado por órgão
público competente, a base de cálculo do imposto, para fins de substituição tributária, é o referido preço por ele
estabelecido.
§ 3º Existindo preço final a consumidor sugerido pelo fabricante ou importador, poderá a lei estabelecer como
base de cálculo este preço.
§ 4º A margem a que se refere a alínea c do inciso II do caput será estabelecida com base em preços usualmente
praticados no mercado considerado, obtidos por levantamento, ainda que por amostragem ou através de
informações e outros elementos fornecidos por entidades representativas dos respectivos setores, adotando-se a
média ponderada dos preços coletados, devendo os critérios para sua fixação ser previstos em lei.
§ 6º Em substituição ao disposto no inciso II do caput,a base de cálculo em relação às operações ou prestações
subsequentes poderá ser o preço a consumidor final usualmente praticado no mercadoconsiderado,
relativamente ao serviço, à mercadoria ou sua similar, em condições de livre concorrência, adotando-se para sua
apuração as regras estabelecidas no § 4° deste artigo

⮚ A base de cálculo do ICMS na substituição tributária para frente pode ser definida de 4 maneiras:

1) O somatório do valor da operação, seguro, frete e outros encargos mais a MVA;

2) Preço fixado por órgão público competente;

3) Preço final a consumidor sugerido pelo fabricante ou importador;

4) Preço a consumidor final usualmente praticado no mercado.

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Art. 8º, § 5º O imposto a ser pago por substituição tributária, na hipótese do inciso II do caput, corresponderá à
diferença entre o valor resultante da aplicação da alíquota prevista para as operações ou prestações internas do
Estado de destino sobre a respectiva base de cálculo e o valor do imposto devido pela operação ou prestação
própria do substituto

O ICMS a ser pago por substituição tributária é dado pela diferença exposta na equação a seguir:

🡺 ICMS-ST = BC-ST x Alíquota – ICMS-Próprio

Importante lembrarmos que:

⮚ BC-ST 🡪 Base de cálculo para fins de substituição tributária. É a base de cálculo que aprendemos calcular
anteriormente;
⮚ Alíquota 🡪 A definida para a respectiva operação ou prestação;

⮚ ICMS- Próprio 🡪 É o imposto que deve ser pago regularmente pelo substituto tributário, supondo uma operação
sem substituição tributária.
Veja como fica:

ICMS-ST = BC-ST x Alíquota – ICMS-Próprio

ICMS-ST = (1 + MVA) x (BC-Próprio + encargos cobrados) x Alíquota – ICMS-Próprio

Essa equação serve para quando precisamos calcular a BC-ST baseada na MVA. Lembrando que ainda temos outras
três possibilidades para fixação dessa BC-ST.

SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA EM OPERAÇÕES INTERESTADUAIS

Art. 9º A adoção do regime de substituição tributária em operações interestaduais dependerá de acordo específico
celebrado pelos Estados interessados.
§ 1º A responsabilidade a que se refere o art. 6º poderá ser atribuída:
I - ao contribuinte que realizar operação interestadual com petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis
líquidos e gasosos dele derivados, em relação às operações subsequentes;

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II - às empresas geradoras ou distribuidoras de energia elétrica, nas operações internas e interestaduais, na


condição de contribuinte ou de substituto tributário, pelo pagamento do imposto, desde a produção ou
importação até a última operação, sendo seu cálculo efetuado sobre o preço praticado na operação final, assegurado
seu recolhimento ao Estado onde deva ocorrer essa operação.
§ 2º Nas operações interestaduais com as mercadorias de que tratam os incisos I e II do parágrafo anterior, que
tenham como destinatário consumidor final, o imposto incidente na operação será devido ao Estado onde estiver
localizado o adquirente e será pago pelo remetente.

Perceba que a Lei Kandir só tratou da restituição do ICMS-ST nos casos em que não ocorre o fato gerador presumido.
Entretanto, se você analisar bem, quando ocorre a retenção do imposto antecipadamente, 3 situações diferentes
podem ocorrer:
1º situação: o fato gerador presumido não ocorrer;

2º situação: a base de cálculo presumida ser igual a base de cálculo real;

3º situação: a base de cálculo presumida ser diferente da base de cálculo real;

A primeira situação foi tratada pela Lei Kandir, pois está disposto que deve ocorrer a restituição do imposto pago
antecipadamente. A segunda situação se refere a uma situação ideal onde a base de cálculo presumida corresponde à
base de cálculo real da operação ou prestação subsequente. Nesse caso, não há nada a fazer, visto que o imposto foi
recolhido corretamente.
O problema surge quando a base de cálculo real é diferente da presumida. Quando isso ocorre o imposto recolhido
antecipadamente é maior ou menor do que o imposto que seria devido na realidade. Antes, havia um posicionamento
consolidado no qual não deveria haver nenhuma consequência o fato da base de cálculo real ser diferente da
presumida. O STF considerava que não caberia restituição do ICMS quando a operação subsequente à cobrança do
imposto se realizava com valor inferior ao que foi utilizado como base de cálculo inicial, ou seja, a base de cálculo real
fosse menor que a presumida. Da mesma maneira, não poderia haver cobrança complementar caso o valor da operação
fosse maior que o valor da base de cálculo presumida para cálculo do imposto.
Entretanto, em 2016, o STF modificou seu posicionamento, admitindo que o imposto recolhido a maior por
substituição tributária fosse passível de restituição.

“É devida a restituição da diferença do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pago a mais no
regime de substituição tributária para a frente se a base de cálculo efetiva da operação for inferior à presumida.”

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Embora esse seja o novo posicionamento do STF, chamo atenção ao detalhe de que devemos estar vinculados ao que
dispõe a legislação local. Algumas Unidades da Federação já estão se adaptando ao novo entendimento e, mesmo sem
ter havido modificação na Lei Kandir, estão alterando a legislação local para prever a possibilidade de restituição do
ICMS pago a maior por substituição tributária.

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