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LEGISLAÇÃO
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desejar pesquisar, especificamente, determinada legislação ou ato legal, acesse o site
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SIGLAS UTILIZADAS
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 3
Sumário
Introdução ........................................................................................................................ 6
4. Contabilidade Blindada.......................................................................................... 39
4.1. A Segurança da Informação Contábil e Fiscal ................................................................. 39
4.2. As Fontes de Prova em Contabilidade ............................................................................. 42
4.3. Ação Penal e Processo Administrativo ............................................................................ 43
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Introdução
Não basta que o contabilista apenas evite os procedimentos viciosos para não se
configurar uma fraude; deverá ainda, manter em ordem a contabilidade da empresa e
para isso deverá conciliar sua escrituração com documentos e os diversos relatórios
dos demais setores que deram suporte aos lançamentos contábeis, elaborando
planilhas, relatórios e controles de composição dos saldos existentes na contabilidade.
Os autores
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A contabilidade sempre existiu para auxiliar as pessoas a tomarem decisões, mas com
o passar do tempo, o governo começou a utilizar-se da contabilidade e dos seus
relatórios, para calcular e arrecadar os impostos e desta forma a escrituração tornou-se
obrigatória para todas as empresas.
O conceito, a noção que temos de informação é bem vago e intuitivo. Quando fazemos
uma pergunta, estamos pedindo informação, quando assistimos televisão ou um filme,
estamos absorvendo informação. Ao ler um jornal, uma revista em quadrinhos, ou ao
ouvir uma música, sabemos que estamos lidando com algum tipo de informação.
Não temos uma definição que diga o que é e o que não é informação. Sabemos
intuitivamente o que é informação, mas não conseguimos descrever, em palavras o
significado de “informação”.
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Uma entidade, para ser competitiva e sobressair-se neste ambiente no qual está
inserida, precisa adotar uma nova postura com a busca da informação e do
conhecimento para uma gestão eficaz.
Os números e demonstrativos gerados pela contabilidade são cada vez mais utilizados
como ferramenta para tomadas de decisões gerenciais.
No referido texto legal está previsto que o empresário e a sociedade empresária são
obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na
escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação
respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico.
Ainda existem outros textos legais que respaldam a escrituração contábil dos quais
destacamos a Lei das Sociedades por Ações, aprovada pela Lei 6.404 de 15 de
dezembro de 1976.
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a) Balanço patrimonial;
b) Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
c) Demonstração do resultado do exercício; e
d) Demonstração dos fluxos de caixa; e
e) Demonstração do valor adicionado, se companhia aberta.
Em seu art. 177 a lei estabelece que a escrituração das empresas deve ser mantida em
registros permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e aos
princípios de contabilidade, devendo observar métodos ou critérios contábeis
uniformes segundo o regime de competência.
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O art. 235 do Decreto 3.048 prevê que a fiscalização poderá examinar a escrituração
contábil e qualquer outro documento da empresa, a fim de validar se a contabilidade
registra o movimento real da remuneração dos segurados a seu serviço.
O texto legal prevê ainda multa para o contribuinte que deixar de cumprir as
obrigações previstas no decreto em questão.
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III - O Diário poderá ser escriturado por partidas mensais ou de forma sintetizada,
desde que apoiado em registros auxiliares que permitam a identificação
individualizada dos registros.
c) Demonstrar com base nos registros realizados, expor periodicamente por meio de
demonstrativos, a situação econômica, patrimonial e financeira da empresa;
Uma empresa sem contabilidade é uma entidade sem memória, sem identidade e sem
as mínimas condições de sobreviver ou de planejar seu crescimento.
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A escrituração contábil habilita a empresa para enfrentar diversas situações, tais como:
b) Falência - Para que a falência não seja considerada fraudulenta, a empresa deve
cumprir as formalidades previstas para a recuperação judicial.
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O registro contábil é importante para, entre outros aspectos, analisar as causas que
levam um grande número de pequenas empresas a fecharem suas portas
prematuramente.
1.8. A Auditoria
1. Auditoria financeira;
2. Auditoria de cumprimento e
3. Auditoria operacional.
O objetivo geral de uma auditoria das demonstrações financeiras é fazer com que o
auditor expresse uma opinião sobre se as demonstrações financeiras estão
razoavelmente apresentadas de acordo com os princípios de contabilidade geralmente
aceitos.
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Vemos que a contabilidade não é uma ciência com um único usuário, como pensam
alguns (muitas pessoas sabem que a contabilidade é necessária para atender ás normas
fiscais do governo, por exemplo).
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Também, o art. 177, da Lei 6.404/76 determina que a escrituração da companhia será
mantida em registros permanentes, com obediência:
A Entidade;
A Continuidade;
A Oportunidade;
A Competência e
A Prudência.
Uma entidade tem continuidade indefinida das atividades, até que haja evidências
muito fortes em contrário. Por consequência, como as demonstrações financeiras são
estáticas não podem ser desvinculadas de períodos anteriores e subsequentes.
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As receitas e as despesas são atribuídas aos períodos de acordo com a real ocorrência
dos mesmos, isto é, de acordo com a data do fato gerador e não quando são recebidos
ou pagos.
Visa à prudência na preparação dos registros contábeis, com a adoção do menor valor
para os itens a receber, e o de maior valor para os itens a pagar.
Além dos princípios a contabilidade também se faz valer de algumas convenções que
são mais objetivas e têm a função de indicar a conduta adequada que deve ser
observada no exercício profissional da Contabilidade. São elas:
a) Objetividade;
b) Materialidade;
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c) Consistência; e
d) Conservadorismo.
Exemplo: Os bens de pequeno valor que forem adquiridos, não devem ser
contabilizados no Imobilizado, mas sim em contas de resultado (despesas), devido o
custo de controlar contabilmente um bem de valor irrelevante.
2.2. Postulados
2.3. Convenções
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Este método será aplicado para as sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou
que estejam sob controle comum.
Desta forma poderá ocorrer, por exemplo, uma situação em que tenhamos um
investimento com percentual inferior a 10%, com ações sem direito a voto, mas que
possuam um investidor ou investida com um controlador comum; e para este caso o
investimento deverá ser avaliado pelo método da equivalência patrimonial, mesmo que
esse controlador seja uma pessoa física ou um conjunto de pessoas físicas agindo
como controladores.
Desta forma, nenhum destes ativos pode existir por valor que não seja recuperável
mediante venda ou utilização por parte da empresa. Este procedimento é também
conhecido como “teste de impairment”.
O grupo do ativo intangível deverá registrar todos os valores não corpóreos como
marcas, patentes e direitos autorais, onde sofrerão a amortização baseada em sua
estimativa de vida útil econômica.
No que se refere ao ativo diferido, nova legislação contábil, regulamenta que o mesmo
não pode receber débito de novos saldos a partir do exercício de 2008, mas ressalva
que os saldos existentes e que não puderem ser alocados em outro grupo poderão
permanecer sob esta classificação até a sua completa amortização.
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Vale ressaltar que esta obrigatoriedade na destinação do lucro deve ser apenas
observada por empresas constituídas sob a forma de sociedade anônima de capital
aberto e para as sociedades tidas como de grande porte.
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De acordo com o art. 178, da Lei 6.404/76, no balanço, as contas serão classificadas
segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o
conhecimento e a análise da situação financeira da companhia.
Contas do Ativo
a) Ativo Circulante
CAIXA: Tem como principal função o registro do dinheiro que entra e sai do caixa
(tesouraria) da empresa.
A conta Caixa tem natureza devedora e será lançada a débito para registrar a entrada
de dinheiro no caixa da entidade e a crédito para registrar a saída de dinheiro da
tesouraria da empresa.
CLIENTES: Esta conta tem a função de registrar os valores de créditos com clientes,
decorrentes das vendas a prazo de mercadorias ou serviços.
A conta terá sempre natureza devedora e será debitada pelo reconhecimento dos
valores a serem recebidos e creditada nos pagamentos efetuados pelos clientes.
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A natureza do saldo deste grupo será sempre devedora. A conta é lançada a débito na
movimentação de entrada dos valores a serem recebidos e será lançada a crédito no
pagamento proveniente de cada um dos valores efetivamente recebidos.
O grupo de adiantamentos será formado por contas com natureza devedora. Será
lançada a débito no momento em que o adiantamento ocorre e gera-se o direito a
receber. Os créditos ocorrem no momento em que o valor ou direito a ser recebido,
deixa de existir.
CRÉDITOS FISCAIS: Tem por função registrar os créditos fiscais decorrentes das
entradas de mercadorias, deduzidas dos valores a recolher nas saídas.
Este grupo de contas será sempre registrado com natureza devedora. Assim, os débitos
ocorrerão pela constituição do crédito, ou seja, quando existem valores a recuperar
provenientes das entradas das mercadorias. Já os créditos referem-se à recuperação
efetiva destes valores.
A função deste grupo é registrar os bens e direitos que serão conversíveis em longo
prazo, ou seja, é composto por todos os valores onde a realização ultrapassa o
exercício social da data onde ocorreu o fato contábil. O Ativo Não Circulante é
composto, da seguinte forma:
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO: Este grupo tem por função registrar as contas de
mesma natureza do Ativo Não Circulante, que irão ser realizadas no exercício
seguinte.
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A natureza do saldo das contas que compõem este grupo é devedora. As contas serão
lançadas a débito no momento da emissão das ações ou da compra dos títulos
financeiros e serão creditadas pelas perdas estimadas ou a alienação de investimentos,
por exemplo.
A natureza do saldo deste grupo será sempre devedora. Desta forma as contas serão
debitadas para registrar os valores dos bens incorpóreos e creditadas na venda e ou
baixa destes bens. Vale salientar que tais bens também estão sujeitos aos processos de
amortização e ao impairment, assim como os bens do imobilizado.
Contas do Passivo
a) Passivo Circulante
A conta terá sempre natureza credora e será debitada pelo pagamento dos valores ora
provisionados e creditada pelo registro dos valores a pagar de forma individualizada.
Normalmente este grupo é separado em fornecedores nacionais e estrangeiros.
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Este grupo será formado por contas de natureza credora que será contabilizado a
débito pela baixa da obrigação, ou seja, pelo pagamento da dívida e lançadas a crédito
pelo registro destes valores a pagar.
As contas deste grupo terão natureza credora por tratar-se de valores a pagar. O débito
será lançado sempre que a obrigação for quitada para com o credor, ou seja, em função
do pagamento e será creditada pelo registro dos valores a pagar ou a recolher.
Este grupo de contas tem natureza credora por tratar-se de uma obrigação a pagar. Esta
conta será debitada sempre que ocorrer a amortização dos valores através das parcelas
mensais e será creditada quando a empresa receber os recursos, o que muitas vezes
coincide com a data do contrato.
Estas contas deverão ter natureza credora em sua maioria, pois serão debitadas sempre
que a obrigação for paga totalmente ou de forma parcial e os créditos ocorrerão em
virtude da assunção de dívida por parte da empresa.
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Este grupo por estar incluso nos valores não circulantes, terá como objeto controlar os
valores a pagar em longo prazo.
Este grupo de contas tem natureza credora por tratar-se de uma obrigação a pagar. Esta
conta será debitada sempre que ocorrer a amortização dos valores através das parcelas
mensais e será creditada quando a empresa receber os recursos, o que muitas vezes
coincide com a data do contrato.
O grupo de contas é representado com natureza credora, por serem referências a uma
obrigação a pagar. A conta será debitada sempre que ocorrer o pagamento de
determinado valor anteriormente reconhecido e será creditada pela elaboração da
provisão ou reconhecimento da obrigação futura a pagar.
A partir de 01.01.2008, por força da Lei 11.638/2007, para as sociedades por ações, a
divisão do patrimônio líquido será realizada da seguinte maneira:
A integralização do capital poderá ser feita por meio de moeda corrente ou bens e
direitos.
Assim, podemos afirmar que o capital social é a parcela do patrimônio líquido de uma
empresa ou entidade oriunda de investimento na forma de ações, se for sociedade
anônima, ou quotas, no caso de uma sociedade limitada e abrange não somente as
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parcelas entregues pelos acionistas, mas também os valores obtidos pela empresa e
que, por decisão dos acionistas ou proprietários, são incorporados no capital social.
As contas deste grupo terão natureza credora por serem integrantes do passivo, mas
podem apresentar saldos devedores, já que a conta será debitada sempre que o valor
contábil registrado na escrituração estiver a maior que o valor justo. Então, o crédito
será realizado neste grupamento de contas sempre que o valor contábil do bem for
menor do que o seu valor justo.
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a) Reserva Legal;
b) Reserva Estatutária;
c) Reserva para Contingências;
d) Reserva de Lucros a Realizar;
e) Reserva de Lucros para Expansão;
f) Reserva de Incentivos Fiscais.
As contas deste grupo têm sempre natureza credora e são debitadas pelo uso ou
destinação da reserva e são escrituradas à crédito sempre que a reserva for constituída
complementada ou incrementada.
A operação de compra das ações pela própria empresa caracteriza uma espécie de
devolução do patrimônio líquido e por isto esta conta terá natureza devedora e,
portanto, será redutora dos saldos do seu grupo.
A conta será debitada sempre que ocorrer a compra das quotas e será creditada pela
venda dos valores disponíveis na tesouraria. Se da operação resultar lucro, deverá ser
registrado a crédito de uma reserva de capital.
Com o advento da Lei 11.638/2007, para as sociedades por ações, e para os balanços
do exercício social terminado a partir de 31 de dezembro de 2008, o saldo final desta
conta não poderá mais ser credor.
A conta Prejuízos Acumulados terá sempre a natureza devedora, já que trata de valores
que reduzem o Patrimônio Líquido da entidade.
O débito é realizado sempre que a empresa apurar prejuízo contábil e o crédito será
feito em virtude dos lucros apontados.
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Não basta que o Contador apenas evite os procedimentos elencados no item anterior
para não se configurar fraude, deverá, também, manter em ordem a Contabilidade da
empresa e para isso deverá conciliar a Contabilidade com os documentos e os diversos
relatórios dos demais setores que dão suporte aos lançamentos contábeis, bem como
elaborar planilhas, relatórios e composição dos saldos da contas contábeis, isto é,
planilhas auxiliares que comprovem a correção dos saldos existentes na contabilidade.
b) Valores a Receber: A cada encerramento o valor das duplicatas a receber deve ser
confrontado com a posição das duplicatas a receber emitida pelo departamento
financeiro naquela data, porque na maioria dos casos esta conta possui saldo relevante
e se não for controlada em paralelo os informes contábeis perdem a credibilidade.
No caso dos valores depositados em bancos, assim como no caso das Aplicações em
Ouro, as conciliações devem ser efetuadas com os respectivos extratos fornecidos
pelas instituições depositárias.
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ou intermediários. Para tal deve ser lavrado termo de apuração, efetuada por
profissional estranho aos dos almoxarifados
O subgrupo investimentos permanentes faz parte do grupo Ativo Não Circulante, e são
classificados como participações permanentes em outras sociedades, que se
caracterizam pelos investimentos em outras sociedades que tenham a característica de
aplicação de capital ou como outros investimentos permanentes caracterizados pelos
direitos de qualquer natureza, não destinados à negociação.
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Todas estas informações devem ser consideradas para a conciliação destas contas, não
esquecendo de separar as parcelas vencíveis a curto e longo prazo.
m) Patrimônio Líquido: Estas contas devem refletir o capital social de acordo com o
contrato social e alterações, as realizações das reservas de reavaliação motivadas por
vendas e depreciações de bens reavaliados e se as movimentações das demais contas,
inclusive lucros/prejuízos acumulados estão corretos.
A conferência deve ser realizada mensalmente, mas principalmente nos meses em que
ocorrerem as destinações ou constituição das reservas.
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O controle fornecido pelo departamento financeiro deve ser o mais analítico possível e
será entregue a contabilidade em cada encerramento de exercício ou nos meses em que
forem apresentadas as demonstrações financeiras.
As receitas devem ser conciliadas com o livro de apuração do ICMS, IPI ou do ISS,
para evitar lançamentos a maior ou a menor, com consequências tributárias.
Até porque em uma fiscalização a empresa deve apresentar os livros, os quais não
podem divergir da contabilidade.
p) Contas de Despesas: O saldo das contas deve conciliado mensalmente por ocasião
do levantamento dos balancetes e balanços ou em períodos menores. A conferencia
deve ser relacionada com as demais contas do balanço patrimonial e os valores
escriturados devem estar em consonância com os controles internos e relatórios
emitidos pelo departamento responsável por cada grupo de contas.
Existem inúmeras deduções vedadas pela legislação fiscal que devem ser consideradas
na apuração da base de cálculos dos impostos devidos.
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Um exemplo típico de ato deste tipo é a nota "calçada", onde o sonegador lança um
valor na primeira via (a que se destina à circulação da mercadoria ou comprovação do
serviço prestado) diferente das demais vias (as que serão exibidas ao fisco, numa
eventual fiscalização).
O texto legal prevê que para estes casos a pena é de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco)
anos, e multa.
Também constitui crime, punível com detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e
multa:
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O Artigo 3° do referido texto legal menciona ainda que constitui crime funcional
contra a ordem tributária, além dos previstos no Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 - Código Penal:
Nos crimes definidos acima, a pena de multa será fixada entre 10 (dez) e 360
(trezentos e sessenta) dias multa, conforme seja necessário e suficiente para
reprovação e prevenção do crime.
O dia multa será fixado pelo juiz em valor não inferior a 14 (quatorze) nem superior a
200 (duzentos) Bônus do Tesouro Nacional BTN.
A lei prevê que quem, de qualquer modo, inclusive por meio de pessoa jurídica,
concorre para os crimes definidos, incidirá nas penalidades relacionadas e na medida
de sua culpa.
Assim, alerto para o fato de que quando solicitada uma informação o contribuinte deve
atender a Receita Federal; no entanto isto não quer dizer que precisa responder
exatamente o que eles querem ser informados.
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Agora admita que, na Contabilidade foram omitidos esses lançamentos. Desta forma, o
saldo da conta bancária registrada na contabilidade irá fechar pois não foi
contabilizado o depósito nem o pagamento do mesmo valor. Todavia, a não
contabilização (omissão do lançamento) foi intencionalmente realizada a fim de não
recolher IRPJ, CSSL, PIS, COFINS e outros tributos incidentes sobre a operação.
Neste instante está configurada a fraude.
Outros erros são cometidos, tais como: a contabilização do valor, o qual consta no
Livro Diário ou Razão, mas não são computados nos saldos. Ou, ainda, os
lançamentos serem efetuados em contas transitórias e computados no saldo do Diário
ou do Razão, ficando invisíveis no relatório destes (tanto na impressão como no
sistema). Esse tipo de fraude exige programação e é igualmente punível.
De acordo com o Art. 212 do Código Civil, salvo o negócio jurídico a que se impõe
forma especial, o fato jurídico pode ser provado mediante presunção.
O fisco federal entende que algumas situações presumem a omissão de receitas, tais
como:
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Para o fisco é extremamente cômodo fiscalizar e jogar o peso da prova para a empresa;
acontece que, em alguns casos, a defesa da autuação não prospera, sendo o
contribuinte denunciado pelo Ministério Público no Crime de Sonegação Fiscal,
mesmo sem tê-lo cometido.
Veja que na interpretação da lei, os valores não foram contabilizados unicamente pela
falta de recursos o que diretamente presume a ocorrência do crime, sendo que se o
pagamento da despesa ou obrigação efetivamente aconteceu é sinal de que a falha está
no registro das receitas, que por presunção, foram omitidas e não registradas na
contabilidade, visando unicamente a evasão fiscal (sonegação de impostos sobre a
receita obtida).
"A elisão fiscal é reconhecida como tal, quando um contribuinte recorre a uma
combinação engenhosa ou que ele efetua uma operação particular se
baseando sobre uma convenção não atingida pela legislação fiscal em vigor.
Ele usa o texto legal sem o violar: ele sabe utilizar habilmente uma brecha do
arsenal fiscal" (André Margairaz in La Fraude Fiscale et Ses Sucédanés)."
Em princípio, esta forma de elisão escapa às sanções legais, decorrente do fato que ela
é sucedânea de uma regra jurídica centenária segundo a qual os contribuintes que
dispõem de vários meios para chegar a um resultado idêntico escolhem aquele que
lhes permite pagar o menor imposto possível.
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A inadimplência fiscal não é delito criminal e conduz tão somente à aplicação das
penalidades administrativas cabíveis e a inscrição em dívida para fins da extração da
certidão de dívida ativa (CDA) que é o título executivo extrajudicial que irá aparelhar
a execução fiscal a ser promovida pela Fazenda Pública.
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3. Contabilidade Blindada
Nos registros contábeis não podem ser inseridos elementos inexistentes, falsificar
documentos, utilizar documentos falsos de outras empresas, omitir informações,
prestar informações falsas e preencher declarações falsas.
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O auditor não é responsável e também não pode ser responsabilizado pela prevenção
de fraudes ou erros. Entretanto, deve planejar seu trabalho avaliando o risco de sua
ocorrência, de forma a ter grande probabilidade de detectar aqueles que impliquem
efeitos relevantes nas demonstrações contábeis.
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I - Verificar:
III - Conservar em boa guarda pelo prazo mínimo de cinco anos, ou por prazo superior
por determinação expressa desta Comissão em caso de Inquérito Administrativo, toda
a documentação, correspondência, papéis de trabalho, relatórios e pareceres
relacionados com o exercício de suas funções;
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As fontes que servem como prova de boa prática contábil são normalmente, os
lançamentos, os livros comerciais e fiscais e os documentos hábeis que deram base à
escrituração.
Contudo, esta não é uma regra geral na medida em que os advogados e os magistrados
sempre querem que os registros contábeis sejam comprovados por documentos legais
e idôneos.
As operações mercantis, industriais e financeiras são fatos da vida das empresas que
têm sua história registrada no livro Diário.
A inexistência deste livro obrigatório significa não ter, a empresa, história de suas
atividades.
De acordo com o Código Comercial, os atos jurídicos ou contratos para os quais a lei
não impõe forma especial e compulsória, podem ser provados pelos livros de
escrituração mercantil, mas, ainda que singelos e em desacordo com a lei, os
documentos que deram origem aos lançamentos, devem ser preservados como prova
que os registros contábeis têm suporte documental.
Para que os livros contábeis e fiscais possam ser admitidos como meio de prova e
possam ser bem utilizados, é necessário que se achem revestidos das formalidades
legais extrínsecas e intrínsecas que lhe são próprias e se apresentem escriturados com
observância às regras discriminadas no Código Comercial, nas Normas Brasileiras de
Contabilidade e na Legislação Fiscal a que se vincula a empresa.
Documentos: A força probante dos livros contábeis e fiscais, como dito, está no fato de
os registros neles assentados terem sido feitos com base em documentos válidos, ou
seja: com seus cálculos corretos, parecerem fidedignos, originais, legais, idôneos e
legítimos em todos seus aspectos formais e intencionais. Caso não se possa provar que
os registros lançados tenham suporte documental adequado, a própria escrituração
(contábil e fiscal) como um todo, será considerada total ou parcialmente imprestável
para fins de prova.
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Uma investigação ou ação por suposto crime tributário só poderá seguir adiante caso o
contribuinte não pague, não parcele ou não recorra à instância administrativa de uma
autuação aplicada pelo fiscal da Receita.
O STF, na Súmula Vinculante 24, que tanto os fiscais quanto o Ministério Público só
poderiam oferecer denúncia depois de extinto o processo administrativo.
Assim, caso o conselho defina que não houve infração, não houve, portanto, crime
tributário, e tanto procuradores quanto fiscais não podem mais fazer qualquer tipo de
denúncia.
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Entende-se por fato jurídico todo acontecimento natural ou humano apto a criar,
modificar, conservar ou extinguir relações jurídicas.
Atos lícitos são aqueles em conformidade com o ordenamento jurídico e neles estão
compreendidos o negócio jurídico, o ato jurídico em sentido estrito e o ato-fato
jurídico.
Por esta razão, o negócio jurídico é analisado através dos planos da existência,
validade e eficácia. Os defeitos do negócio estão no plano da validade e segundo o
Código Civil são sete: erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão, fraude contra
credores e simulação.
Como nosso foco principal são os informes contábeis e fiscais, vamos nos ater
principalmente a três deles. Simulação, fraude e dolo.
5.1. Simulação
A declaração de vontade das partes induz a situação aparente, não realmente desejada
pelas partes, que a criam para ocultar seus reais interesses que são prejudiciais a
terceiros ou à lei.
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As partes desejam a mera aparência do negócio e criam uma ilusão de existência para
assim aparecer aos olhos de terceiros, enganando ou burlando a lei.
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Por fim, a simulação visa iludir terceiros, levando-os a acreditar que são positivos e
certos, negócios jurídicos fantasiosos, imaginários, não realmente queridos pelos
interessados.
5.2. Fraude
Logo, entende-se como tal o ato ou omissão decorrente da intenção planejada para
omitir a verdade e, através da mentira, prejudicar o outro ou, então, levá-lo a errar.
A fraude tem sempre o sentido de obter, para si ou para outrem, vantagens ilegítimas
ou ilegais, como por exemplo, o uso de drogas proibidas aos atletas olímpicos com as
quais pretendem superar seus adversários.
Diferente da fraude é o erro que também causa dano a outrem, mas involuntariamente.
Entende-se como tal o ato ou omissão decorrente de ignorância ou de interpretação
equivocada da realidade.
A ignorância é a falta de conhecimento, pelo que é, então, mais ampla que o erro, pois
revela a falta total de ideia. Não se aceita a ignorância da lei como justificativa para
cometê-lo.
Por ser um ato lesivo aos interesses de outrem, cometido sem a intenção de causar-lhe
mal ou prejuízo, é conceituado como involuntário.
Por isso, o agente do erro não usufrui qualquer vantagem em cometê-lo e deverá tê-lo
feito por imperícia, negligência, omissão ou outra forma de comportamento
inadequada ao cargo ocupado.
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 49
Tanto a fraude como o erro são atos que contrariam, camuflam ou escondem à
verdade. O erro não se presume, quando alegado deve ser provado. Quando o erro é
voluntário chama-se fraude.
Da mesma forma, fraude não se confunde com sonegação fiscal, posto que fraude é a
ação ou omissão que visa impedir a ocorrência do fato, enquanto que sonegação é a
ação ou omissão tendente a impedir o conhecimento da ocorrência do fato, ou seja, o
aspecto temporal é a linha demarcatória desses dois institutos, pois no primeiro evita-
se o fato; no segundo, evita-se o conhecimento do fato, que já ocorrera.
b) As que o contador não capta e, neste caso, o problema, geralmente decorre de falta
de atenção ou incompetência do contabilista que não se vale de recursos técnicos
como:
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 50
5.3. Dolo
O Dolo ocorre quando o indivíduo age de má-fé, sabendo das consequências que
podem ocorrer, e o pratica para de alguma forma levar beneficio.
O dolo civil, tipificado no artigo 145 e seguintes do Novo Código Civil, é causa de
anulabilidade dos atos jurídicos, caracterizando-se pelo emprego de artifícios graves
que induzam a erro de consentimento:
São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa.
O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, e é acidental
quando, a seu despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo.
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 51
Com efeito, se são lícitos os meios e os processos utilizados, se os atos são praticados
antes da ocorrência do fato gerador e se não há simulação tem-se por absolutamente
lícito e legítimo o negócio jurídico indireto que vise à economia fiscal.
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Para cumprir essas tarefas, que tem valor econômico e social, o Estado, por sua
atividade financeira, precisa obter, gerir e aplicar os recursos indispensáveis ao
cumprimento de seus objetivos.
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 53
Não há sanção alguma, de ordem penal, para o empresário que não adotar ou seguir
tais prescrições. Por outro lado, a Lei de Falências indica que a falência será
necessariamente declarada fraudulenta desde que se verifique a inexistência dos livros
obrigatórios ou sua escrituração atrasada, lacunosa, defeituosa ou confusa, sujeitando
o empresário falido à pena de detenção, de seis meses a três anos.
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 54
O art. 1190 do Código Civil garante o sigilo dos livros e fichas comerciais que não
podem ser objeto de diligências de nenhuma autoridade, juiz ou tribunal sob qualquer
pretexto não previsto em lei.
Porém, considerando a força probante desses documentos, a exibição dos livros pode
ser requerida judicialmente (total ou parcial) para solução de controvérsias ou
administrativamente pelos agentes fiscais do poder público em ações fiscalizadoras.
A exibição integral dos livros e papeis de escrituração só pode ser autorizada pelo juiz
nos casos previstos em lei.
1. Livro Diário
Admite-se a escrituração resumida no Diário, por totais que não excedam ao período
de um mês, relativamente a contas cujas operações sejam numerosas ou realizadas fora
da sede do estabelecimento, desde que utilizados livros auxiliares para registro
individuado e conservados os documentos que permitam sua perfeita verificação.
No transporte dos totais mensais dos livros auxiliares, para o Diário, deve ser feita
referência às páginas em que as operações se encontram lançadas nos livros auxiliares
devidamente registrados.
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 55
Os livros ou fichas do Diário, bem como os livros auxiliares, deverão conter termos de
abertura e de encerramento, e ser submetidos à autenticação no órgão competente do
Registro do Comércio, e, quando se tratar de sociedade civil, no Registro Civil de
Pessoas Jurídicas ou no Cartório de Registro de Títulos e Documentos.
Os livros auxiliares, tais como Caixa e Contas Correntes, que também poderão ser
escriturados em fichas, terão dispensada sua autenticação quando as operações a que
se reportarem tiverem sido lançadas, pormenorizadamente, em livros devidamente
registrados.
No caso de substituição do Livro Diário por fichas, a pessoa jurídica adotará livro
próprio para inscrição do Balanço e demais demonstrações financeiras, o qual será
autenticado no órgão de registro competente.
2. Livro Razão
A pessoa jurídica tributada com base no lucro real deverá manter, em boa ordem e
segundo as normas contábeis recomendadas, Livro Razão ou fichas utilizadas para
resumir e totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no Livro Diário,
mantidas as demais exigências e condições previstas na legislação.
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 56
No caso de pessoa física equiparada à pessoa jurídica pela prática das operações
imobiliárias, a autenticação do livro para registro permanente de estoque será efetuada
pelo órgão da Secretaria da Receita Federal.
No Livro de Inventário deverão ser arrolados, com especificações que facilitem sua
identificação, as mercadorias, os produtos manufaturados, as matérias-primas, os
produtos em fabricação e os bens em almoxarifado existentes na data do Balanço
Patrimonial, levantados ao fim de cada período de apuração.
Para os contribuintes que apuram o Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica pela
sistemática do lucro real, a ECF é o Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur).
O imposto, devido no decorrer do ano calendário, será determinado com base nos
critérios do Lucro Arbitrado, quando:
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O contribuinte que optar pelo lucro Real deverá manter escriturado o Livro Diário com
as respectivas demonstrações financeiras, Livro Razão, Livro de Inventário, Livro de
Apuração do Lucro Real – LALUR, e demais exigências fiscais.
A maioria dos contribuintes já se utiliza dos recursos de informática para efetuar tanto
a escrituração fiscal como a contábil, as imagens em papel simplesmente reproduzem
as informações oriundas do meio eletrônico.
A facilidade de acesso à escrituração, ainda que não disponível em tempo real, amplia
as possibilidades de seleção de contribuintes e, quando da realização de auditorias,
gera expressiva redução no tempo de sua execução.
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 58
Desta forma, os livros e documentos abrangidos pelo SPED serão assinados de forma
digital pelo contribuinte, por seu representante legal ou por quem à legislação
pertinente indicar, seguindo as Normas da ICP-Brasil.
Na prática, o certificado digital funciona como uma carteira de identidade virtual que
permite a identificação segura de uma mensagem ou transação em rede de
computadores.
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 59
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 60
Assim, uma nova visão da profissão contábil é necessária e requerida pela sociedade,
pois a complexidade das relações sociais e econômicas torna o mundo dos negócios
mais competitivo e exige dos profissionais contábeis a mesma evolução.
O novo Código Civil, na Seção III - Do Contabilista e outros Auxiliares, trata das
responsabilidades civis dos contadores (prepostos), definindo que são eles os
responsáveis pelos atos relativos à escrituração contábil e fiscal praticados e ao mesmo
tempo, respondem solidariamente quando praticarem atos que causem danos aos
terceiros, como os clientes, por exemplo.
Forma de escrituração que deve ser feita em idioma e moeda corrente nacionais e em
forma contábil, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco,
nem entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens.
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 61
O novo Código Civil, na Seção III - Do Contabilista e outros Auxiliares, tratam das
responsabilidades civis dos contadores (prepostos), definindo que são os mesmos
responsáveis pelos atos relativos à escrituração contábil e fiscal praticados e ao mesmo
tempo, respondendo solidariamente quando praticarem atos que causem danos a
terceiros (clientes por exemplo). Nesse sentido mencionam os artigos 1.177 e 1.178:
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 62
escrito, cujo instrumento pode ser suprido pela certidão ou cópia autêntica do
seu teor.
No entanto, cabe ressaltar que o exercício da profissão contábil também está sujeita às
normas do Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078 de 11 de setembro de 1990)
que, entre outras regras, estabelece em seu artigo 14, parágrafo quarto, que "A
responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação
de culpa."
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 64
sociedade (art. 135, CTN). O sócio deve responder pelos débitos fiscais do
período em que exerceu a administração da sociedade apenas se ficar provado
que agiu com dolo ou fraude e que a sociedade, em razão de dificuldade
econômica decorrente desse ato, não pôde cumprir o débito fiscal. O mero
inadimplemento tributário não enseja o redirecionamento da execução fiscal.
Isso posto, a Seção deu provimento aos embargos. Precedentes citados: REsp
908.995-PR, DJ 25/3/2008, e AgRg no REsp 961.846-RS, DJ 16/10/2007. EAG
494.887-RS, Rel. Min. Humberto Martins, julgados em 23/4/2008.
Nesta regra, há exceções, como expresso pelo próprio STJ na seguinte súmula:
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 65
7. A Contabilidade Comercial
Entretanto, pela nova redação do Regulamento, dada ao inciso II, § 5º do artigo 201
pelo Decreto 4729/2003, são tributáveis os valores totais pagos ou creditados aos
sócios, ainda que a título de antecipação de lucro da pessoa jurídica, quando não
houver discriminação entre a remuneração decorrente do trabalho e a proveniente do
capital social ou tratar-se de adiantamento de resultado ainda não apurado por meio de
demonstração de resultado do exercício.
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 66
ou creditados pelas pessoas jurídicas tributadas com base no Lucro Real, Presumido
ou Arbitrado, não ficarão sujeitos à incidência do imposto de renda na fonte, nem
integrarão a base de cálculo do imposto de renda do beneficiário, pessoa física ou
jurídica, domiciliada no País ou no exterior.
Mas nem tudo são flores quando o assunto é a distribuição de lucros. O art. 17 da Lei
11.051/2004, dispõe que as pessoas jurídicas, enquanto estiverem em débito, não
garantido, para com a União e suas autarquias de Previdência e Assistência Social, por
falta de recolhimento de imposto, taxa ou contribuição, no prazo legal, não poderão:
Balanço Patrimonial;
Demonstração de resultados acumulados;
Demonstração do resultado desde o último exercício social;
Relatório gerencial de fluxo de caixa e de sua projeção;
Os livros obrigatórios e documentos contábeis que lhe forem exigidos por lei;
O art. 168, da mesma lei, dispõe que praticar, antes ou depois da sentença que decretar
a falência, conceder a recuperação judicial ou homologar a recuperação extrajudicial,
ato fraudulento de que resulte ou possa resultar prejuízo aos credores, com o fim de
obter ou assegurar vantagem indevida para si ou para outrem. Pena: Reclusão, de 3
(três) a 6 (seis) anos, e multa.
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 67
Uma entidade deve selecionar e aplicar as políticas contábeis de forma uniforme para
as transações que forem semelhantes, outros eventos e condições, a menos que um
Pronunciamento, Interpretação ou Orientação especificamente exija ou permita a
categorização de itens para os quais possam ser aplicadas diferentes políticas.
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 68
a) A natureza do erro;
b) O montante da retificação para cada período anterior apresentado;
c) O montante da retificação no início do período anterior mais antigo apresentado; e
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 69
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 70
É possível depreciar os bens segundo laudo técnico que estabeleça a vida útil do
mesmo.
Não é exigida essa comprovação se forem usadas taxas inferiores àquelas prescritas na
legislação tributária.
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 71
8. A Contabilidade e os Custos
Sua existência não é mero caso fortuito, mas uma necessidade legal e tributária.
I - ...
I - ...
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 72
de custo não será levada em conta para a distribuição de lucros, nem para as
percentagens referentes a fundos de reserva;
Todos os valores apurados devem ter respaldo contábil, ou seja, documental. Não se
admite “custos estimados”, salvo em relação á metodologia de “custos padrão”,
ajustados periodicamente á efetiva realidade. Sobre “custos padrão”, acesse o tópico
respectivo.
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 73
Desta forma, pela transferência de custos (materiais, mão de obra direta e gastos
gerais), se apura, contabilmente, o valor de estoques no final do período.
Isto significa que todos os custos devem compreender a formação dos estoques, para
que a baixa dos mesmos se dê em montante efetivo, real.
Portanto, não se admite que apenas parte dos custos sejam alocados aos estoques, e
outra parte vá diretamente a resultado do exercício.
Esta sistemática, exigida pela legislação fiscal, é denominada “custo por absorção”,
por absorver todos os custos de produção de bens e serviços.
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 74
Uma característica específica de contas de custos, é de que cada grupo de contas tem
uma conta redutora (credora), denominada “transferência de custos”.
O contabilista responsável deve estar atento para que esta transferência ocorra no
montante exato do total dos custos do período, de forma que o somatório dos débitos
das contas de custos seja igual aos somatórios:
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 75
Os custos e os riscos de navegar sem a bússola contábil são, com certeza, maiores do
que manter uma estrutura de controle e informações geradas pela escrituração regular
do empreendimento.
O primeiro passo para uma contabilidade verdadeiramente gerencial, é que esta seja
atualizada, conciliada e mantida com respeito às boas técnicas contábeis. Desta forma,
pressupõe-se, entre outros, que uma contabilidade para uso gerencial deva ter:
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 76
Realidade presente na maioria das empresas brasileiras, que ninguém pode negar, é a
existência de controles financeiros à parte, visando ocultar o chamado “caixa dois”,
que são os recursos advindos do faturamento “sem nota fiscal”.
Desta forma, ao não emitir uma nota fiscal de serviços, por exemplo, uma empresa
deixa de pagar, além do ISS, o PIS, COFINS, IRPJ e a CSLL. Nos casos em que há
retenção do INSS (11%), deixa-se de reter tal valor. Assim, por uma via tortuosa, as
empresas buscam obter uma tributação mais compatível com suas atividades
operacionais.
Não cabe a este autor censurar tais empresas ou gestores, pois é sabido que a carga
tributária brasileira é insuportável. Evidentemente, o risco de manter-se o caixa dois é
duplo: além das consequências fiscais e penais (multas pesadíssimas e crime
tributário), é sabido que nas empresas que tem “caixa dois” o índice de desvios
(incluindo dinheiro, estoques e outros recursos) é maior que nas empresas onde todas
as operações são registradas contabilmente. Existe até um apelido para este último
problema: “Caixa Três” - significando o desvio de capitais para fora da empresa, sem
o conhecimento ou consentimento dos sócios ou acionistas.
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 77
Mas, para ser útil, a contabilidade deve informar todos os fatos econômicos e
financeiros da entidade. Se houver caixa dois, então há necessidade de ajustarem-se as
informações antes de usar os dados financeiros oriundos da contabilidade “oficial”. No
mínimo, somar as receitas/despesas/custos às contas contábeis respectivas para a
montagem de um relatório gerencial mais fidedigno à realidade.
Esta obra procurará indicar como a contabilidade pode ser útil, tanto na fase de
elaboração do orçamento quanto no acompanhamento de sua execução.
O que não é saudável é que o orçamento (seja detalhado ou não) exija da contabilidade
informações que esta, por estar “simplificada”, não esteja em condições de fornecer
com rapidez e precisão.
Uma execução orçamentária nunca deveria ser uma mera comparação numérica. Mas,
a partir desta comparação há uma base para análise visando correção dos rumos ou se
perseguir outros objetivos orçamentários.
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 78
Desta forma, mesmo que o controle orçamentário seja executado mais sobre os itens
numéricos, ainda assim se prestará a uma avaliação da gestão de curto prazo. A médio
e longo prazo (neste conceito, de 6 a 24 meses – médio prazo; e de 24 meses em diante
como longo prazo) – as avaliações terão que considerar também outras
particularidades, como a qualidade dos gastos, o nível de retorno tecnológico, a
motivação das equipes, etc.
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 79
Associações
Associações são pessoas jurídicas formadas pela união de pessoas que se organizam
para a realização de atividades não econômicas, ou seja, sem finalidades lucrativas.
Nessas entidades, o fator preponderante são as pessoas que as compõem.
a) Aquelas que têm por fim o interesse pessoal dos próprios associados, sem
objetivo de lucro, como as sociedades recreativas ou literárias.
b) As que têm objeto principal a realização de uma obra estranha ao interesse
pessoal dos associados, e que fique sob a dependência da associação ou se
torne dela autônoma, por exemplo, as associações beneficentes. Embora seus
associados possam visar interesse pessoal, sua finalidade primordial é a de
prover uma obra de caridade em benefício de terceiros.
c) As associações que têm por finalidade principal ficarem subordinadas a uma
obra dirigida autonomamente por terceiras pessoas.
Fundações
Fundações são entes jurídicos que têm como fator preponderante o patrimônio. Este
ganha personalidade jurídica e deverá ser administrado de modo a atingir o
cumprimento das finalidades estipuladas pelo seu instituidor. Estão disciplinadas pelos
artigos 62 a 69 da Lei 10.406/2002;
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 80
O fator primordial da fundação é o patrimônio, sendo que este deve ser formado por
bens livres, ou seja, legalmente disponíveis ou desonerados. Deverá ainda ser
suficiente para a manutenção da entidade e desenvolvimento de suas finalidades
estatutárias. Quando o patrimônio for insuficiente para a constituição da fundação, este
será incorporado em outra fundação com finalidades estatutárias iguais ou
semelhantes, a não ser que o instituidor tenha disposto de outra forma no ato de
instituição (escritura pública ou testamento).
Cooperativas Sociais
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 81
Organizações Sociais
São qualificáveis como organizações sociais pessoas jurídicas de direito privado, sem
fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao
desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e
à saúde, atendidos aos requisitos previstos na Lei 9.637/1998.
A Lei 9.790/1999 traz uma novidade importante: pela primeira vez, o Estado
reconhece a existência de uma esfera pública em emersão, que é pública não pela sua
origem, mas pela sua finalidade, ou seja, é pública mesmo não sendo estatal.
As entidades sem finalidade de lucro são aquelas em que o resultado positivo não é
destinado aos detentores do patrimônio líquido e o lucro ou prejuízo são denominados,
respectivamente, de superávit ou déficit.
Tais entidades, mesmo aquelas que tenham sede no exterior, mas que atuem no Brasil,
devem seguir as normas contábeis brasileiras.
As normas contábeis reconhecem que essas entidades são diferentes das demais e
recomendam a adoção de terminologias específicas para as contas de Lucros ou
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 82
A estrutura patrimonial definida pela Lei das Sociedades por Ações (Lei 6.404/1976) é
a base da contabilidade do terceiro setor.
Patrimônio Social
Fundos Especificados
Na prática existirão, em uma entidade, vários tipos de "fundos" como, por exemplo,
"Fundo para Construção de Sede Social", "Fundo para Bolsas de Estudos", "Fundo de
Pesquisas", etc.
Outras Características
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12.1. Finanças
A palavra “arte” implica que existem algumas oportunidades para ser criativo na
administração de dinheiro. E a palavra “ciência” implica que existem alguns fatos
comprovados subjacentes às decisões financeiras.
O mercado financeiro, assim como qualquer mercado (de peixe, barraquinhas, etc.), é
apenas uma forma de reunir compradores e vendedores. Nos mercados financeiros, os
produtos vendidos e comprados são títulos de dívida e ações. Os mercados financeiros,
no entanto, são diferentes entre si em alguns detalhes.
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 85
O mercado primário refere-se à venda original dos títulos por governos e empresas. O
mercado secundário é aquele onde os títulos são comprados e vendidos após a venda
original. Existem dois tipos de mercado secundário: bolsas organizadas e mercados de
balcão.
Um corretor de imóveis, por exemplo, normalmente não compra e vende casas, ele
apenas intermedia uma ação entre as duas pontas.
A expressão mercado de balcão refere-se aos tempos antigos, quando os títulos eram
literalmente comprados e vendidos em balcões de escritórios por todo o país. Hoje,
uma parcela significativa do mercado de ações e quase todo o mercado de dívidas a
longo prazo não têm localização central; os distribuidores estão ligados
eletronicamente.
O primeiro objetivo de uma bolsa de valores, por outro lado, é juntar os que desejam
vender àqueles que desejam comprar. Os distribuidores desempenham papel limitado.
Além das bolsas de valores, existe um grande mercado de balcão para negociação de
ações. A NASDAQ (National Association of Securities Dealers Automated
Quotations) que tem um número de empresas três vezes maior do aquele registrado na
NYSE, mas o valor total das ações do NASDAQ corresponde a apenas 20% do valor
total das ações da NYSE.
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 86
Da mesma forma, a mesma metodologia pode e deve ser utilizada pelos usuários
internos, ou seja, os responsáveis pela gestão da empresa. Em termos práticos, a
metodologia de análise de balanço aplicada pela própria empresa torna-se mais rica em
utilidade, uma vez que as informações apresentam-se com maior grau de detalhamento
e há um conhecimento mais objetivo, específico e direto das relações de causa e efeito
das transações dos seus eventos econômicos.
Tanto a prática como a literatura têm revelado que a análise financeira e de balanços é
uma das tarefas mais difíceis e complexas entre as inúmeras que os contadores
possuem na missão de contribuir para o desenvolvimento das empresas.
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 87
Enfim, é possível sintetizar ainda uma série de razões para realçar quão importante é
esta análise para as empresas:
Uma empresa utiliza, para sustentar seu processo produtivo, recursos ditos
permanentes que têm um período de renovação mais lento, tais como imóveis,
máquinas, instalações e também recursos de renovação mais acelerada, como os
estoques, disponibilidades financeiras e as contas a receber que formam o seu capital
circulante.
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 88
Quando o capital circulante líquido – CCL é positivo, significa que o maior valor está
localizado no ativo circulante e portando os bens de curto prazo são maiores que as
obrigações, também de curto prazo. Neste caso a empresa está financiando parte de
seu capital de giro com recursos de longo prazo.
Por outro lado, quando o CCL é negativo, as obrigações sobrepõem-se aos recursos de
curto prazo, então denota uma situação em que a empresa está financiando parte de
seus ativos permanentes com a utilização de recursos de curto prazo.
Além do CCL, existe uma relação grande de índices que visam unicamente demonstrar
a real situação contábil e financeira da entidade, dentre os quais destaco:
Tais indicadores são extraídos tão somente do balanço patrimonial, razão pela qual são
considerados indicadores estáticos, já que qualquer pequena mudança no momento
imediatamente posterior ao do cálculo acarretara na alteração sumária do resultado
apurado.
Quer dizer que o simples fato de comprar uma mercadoria a vista ou para pagamento a
curto prazo, bem como o recebimento de qualquer valor, irá alterar o resultado ora
obtido.
De modo geral, as alterações se processam de forma gradual, razão pela qual estes
indicadores devem estar sempre atualizados, pois o acompanhamento sistemático
destes sinalizadores é de vital importância para a alta administração.
b) Índices de Estrutura
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d) Índices de Rentabilidade
Os investidores esperam que a empresa seja capaz de gerar lucros, e mais ainda, que
estes lucros atinjam um determinado nível mínimo de rentabilidade.
Lucro (ou Prejuízo) – Pode-se dizer que seja o valor que sobra das receitas, depois
de abatidos todos os custos, despesas e os impostos.
Índices de Lucratividade – Fornecem uma medida comparativa desses lucros.
Rentabilidade – Está associada aos ganhos obtidos pela empresa e seus
investidores pela aplicação de recursos no negócio.
Enfim, as formas de análise das informações contábeis podem ser realizadas das mais
diversas maneiras e com uma gama imensa de fórmulas e metodologias diferenciadas.
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O objetivo geral de uma auditoria das demonstrações financeiras é fazer com que o
auditor expresse uma opinião sobre se as demonstrações financeiras estão
razoavelmente apresentadas de acordo com os princípios de contabilidade geralmente
aceitos.
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Embora, na maioria das vezes, as normas de auditoria sejam meros guias de orientação
geral, e não um manual analítico de procedimentos a serem seguidos pelo auditor, elas
fixam limites nítidos de responsabilidades, bem como dão orientação útil quanto ao
comportamento do auditor em relação à capacitação profissional e aos aspectos
técnicos requeridos para a execução de seu trabalho.
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 93
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I - Verificar:
a) Se as demonstrações contábeis e o parecer de auditoria foram divulgados nos
jornais em que seja obrigatória a sua publicação e se estes correspondem às
demonstrações contábeis auditadas e ao relatório ou parecer originalmente emitido;
b) Se as informações e análises contábeis e financeiras apresentadas no relatório da
administração da entidade estão em consonância com as demonstrações contábeis
auditadas;
c) Se as destinações do resultado da entidade estão de acordo com as disposições da
lei societária, com o seu estatuto social e com as normas emanadas da CVM; e
d) O eventual descumprimento das disposições legais e regulamentares aplicáveis às
atividades da entidade auditada e/ou relativas à sua condição de entidade integrante
do mercado de valores mobiliários, que tenham, ou possam vir a ter reflexos
relevantes nas demonstrações contábeis ou nas operações da entidade auditada.
III - Conservar em boa guarda pelo prazo mínimo de cinco anos, ou por prazo superior
por determinação expressa desta Comissão em caso de Inquérito Administrativo, toda
a documentação, correspondência, papéis de trabalho, relatórios e pareceres
relacionados com o exercício de suas funções;
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 95
NBC PA 13, é um dos requisitos para a inscrição do Contador no CNAI, com vistas à
atuação na área da Auditoria Independente.
O Exame é administrado por uma comissão formada por contadores indicados pelo
próprio CFC e pelo IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil.
Portanto, é necessário que o auditor siga, as normas e procedimentos, até porque vão
nortear e servir de segurança para o profissional.
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 96
Em todos os casos em que não for possível obter segurança razoável e a opinião com
ressalva no relatório do auditor for insuficiente nas circunstâncias para atender aos
usuários previstos das demonstrações contábeis, as Normas Brasileiras de
Contabilidade requerem que o auditor se abstenha de emitir sua opinião ou renuncie ao
trabalho, quando a renúncia for possível de acordo com lei ou regulamentação
aplicável.
Para obter segurança razoável, o auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e
suficiente para reduzir o risco de auditoria a um nível baixo aceitável e, com isso,
possibilitar a ele obter conclusões razoáveis e nelas basear a sua opinião.
Em algumas situações, porém, lei e regulamento aplicáveis podem exigir que o auditor
forneça opinião sobre outros assuntos específicos, tais como a eficácia do controle
interno ou a compatibilidade de um relatório separado da administração junto com as
demonstrações contábeis.
O relatório do auditor deve ser por escrito e a sua divisão ocorre da forma a seguir
exposta.
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 97
O último parágrafo é aquele em que o auditor expressa suas opiniões quanto aos
trabalhos realizados, e dependendo desses resultados sua opinião poderá ou não ser
modificada.
Portanto, o auditor deve expressar uma opinião não modificada somente quando
concluir que as demonstrações contábeis são de acordo, em seus aspectos relevantes,
com todas as normas contábeis vigentes.
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 98
O parecer com ressalva é emitido quando o auditor conclui que o efeito de qualquer
discordância ou restrição na extensão de um trabalho não é de tal magnitude que
requeira parecer adverso ou abstenção de opinião.
Para que o auditor emita um parecer com ressalvas, ele se baseia em suas análises
onde existem pontos de discordância, sendo como motivos a não obediência aos
princípios de contabilidade e também lançamentos com erros de valores, de forma que
não se apresenta a realidade da entidade.
Nesse tipo de parecer cabe dizer ainda que podem ser redigidos parágrafos com
ênfase, são casos raros em que o auditor pretende emitir um parecer sem ressalvas, no
entanto, quer chamar a atenção a algum item considerado importante.
A nova legislação traz como sendo uma opinião com ressalva, aquela em que o auditor
encontra distorções ou não consegue identificar informações que individualmente ou
em conjunto podem ser consideradas relevantes, mas não generalizadas.
Assim, recomenda-se ao auditor que faça uma explicação em seu parágrafo de opinião
quanto aos motivos da opinião adversa que serão citados em parágrafo adicional.
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 99
Quando o auditor não conseguir obter comprovação suficiente para fundamentar sua
opinião sobre as demonstrações financeiras tomadas em conjunto, ele deve declarar
que está impossibilitado de expressar sua opinião sobre estas.
Existem ainda, os parágrafos de outros assuntos que são caracterizados pelo parágrafo
incluído no relatório de auditoria que se refere a um assunto não apresentado ou não
divulgado nas demonstrações contábeis e que, de acordo com o julgamento do auditor,
é relevante para os usuários entenderem a auditoria, a responsabilidade do auditor ou o
relatório de auditoria. Não se trata de um parágrafo de ênfase.
Nas raras circunstâncias em que não for possível ao auditor renunciar ao trabalho,
embora o possível efeito de uma insuficiência de obter evidência de auditoria
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 100
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 101
Tem como atribuição a adequação dos saldos contábeis, com base nos princípios,
postulados e convenções contábeis e legislação tributária, com o intuito de evitar o
pagamento indevido ou a maior de tributos, bem assim visando à economia de
tributos.
Expor o risco fiscal e tributário nesse diagnóstico empresarial é importante para que a
empresa veja a importância da elaboração e da execução de um planejamento
tributário por elisão fiscal, contribuindo para que o seu crescimento seja contínuo e
sustentável.
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 102
Exemplo: Substituir a maior parte do valor do pró-labore dos sócios de uma empresa,
por distribuição de lucros, pois a partir de janeiro/1996 eles não sofrem incidência do
IR nem na fonte nem na declaração. Dessa forma, evita-se a incidência do INSS (20%)
e do IR na Fonte (27,5%) sobre o valor retirado como lucros em substituição do pró-
labore.
Exemplo: ao preencher sua Declaração de Renda, você pode optar por deduzir até 20%
da renda tributável como desconto padrão (com limite anual fixado) ou efetuar as
deduções de dependentes, despesas médicas, plano de previdência privada, etc. Você
certamente escolherá o maior valor, que lhe permitirá uma maior dedução da base de
cálculo, para gerar um menor Imposto de Renda a pagar (ou um maior valor a
restituir).
Exemplo: transferir o faturamento da empresa do dia 30 (ou 31) para o 1º dia do mês
subsequente. Com isto, ganha-se 30 dias adicionais para pagamento do PIS, COFINS,
SIMPLES, ICMS, ISS, IRPJ e CSLL (Lucro Real por estimativa), se for final de
trimestre até 90 dias do IRPJ e CSLL (Lucro Presumido ou Lucro Real trimestral) e
até 30 dias se a empresa pagar IPI.
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 103
Conclui-se desta forma que, planejamento tributário é saúde para o bolso, pois
representa maior capitalização do negócio, possibilidade de menores preços e ainda
facilita a geração de novos empregos, pois os recursos economizados poderão
possibilitar novos investimentos.
Investigar no setor de contas a receber se há duplicatas que podem ser deduzidas como
perda por inadimplência do cliente, gerando menos desembolso de IRPJ e CSSL (24%
a 34% sobre o valor das duplicatas consideradas pela legislação como perda).
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 104
Averiguar se os tributos – valor principal + multas + juros, mesmos que não pagos
estão sendo lançados em contas de resultado - despesas. Muitas vezes, os juros e
multas e os próprios tributos em atraso são contabilizados apenas na ocasião do
pagamento, a consequência é que a empresa paga IRPJ e CSSL sobre tributos não
contabilizados como despesa pelo regime de competência.
Conferir a correta contabilização das Provisões de Férias e 13º salários, as quais são
dedutíveis para IRPJ e CSSL, com os respectivos encargos: FGTS + INSS.
Constatar outras despesas trabalhistas tais como reclamatórias, participação nos lucros
das empresas, dentre outras.
Conferir se as receitas lançadas nos livros fiscais de saída (ISS, ICMS e IPI) estão de
acordo com a contabilidade. Em alguns casos, a receita consignada na contabilidade é
maior do que a existente nos citados livros, em função de erros provocados pela
contabilização de doações e outras notas fiscais que não se configuram como receitas.
Averiguar se as vendas são efetuadas com condições suspensivas, as quais não devem
ser contabilizadas no resultado.
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 105
Evitar que empresa assuma o ônus do pagamento do imposto + juros e multas, pela
não retenção dos tributos citados no item anterior.
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Não sendo registrados esses livros ou escriturações digitais a empresa pode sofrer
sanções do fisco, como o arbitramento de suas receitas ou do seu lucro, e ainda multas
previstas na legislação.
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 108
A auditoria não tem poder de mando ou de decisão. Expõe, orienta, aconselha, emite
parecer e opinião abalizada, exclusivamente, sobre o objeto de seu trabalho.
A Auditoria Gerencial, quer seja exercida por integrantes da organização, sem vínculo
de subordinação com a área auditada, ou terceirizada, desde que a empresa de
auditoria não seja economicamente dependente de sua cliente, é um instrumento de
assessoria ao administrador.
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 109
1. Furto - Apropriação de coisa alheia móvel, de maneira disfarçada, para ficar como
se sua fosse. Ato criminoso: apropriação de uma coisa alheia móvel ficando o agente
com esta coisa com a intenção de usá-lo como sua propriedade. O indivíduo age
disfarçadamente. Ex. um empregado leva uma máquina da empresa para casa.
2. Roubo - Apropriação de coisa alheia móvel, o indivíduo obtém por força (violência
física ou moral), para ficar como se sua fosse. Ex. Violência Física: uma empresa tem
sua tesouraria e deixa uma certa quantia em dinheiro, o qual é roubado. Ex.: Violência
Moral: funcionário descobre algo importe sobre seu diretor e ameaça contar se não lhe
der aumento ou empréstimo (chantagem).
4. Sabotagem - Ocorre quando alguém planeja dar um prejuízo à empresa, sem tirar
nada para si, é a finalidade apenas de prejudicar. Crime doloso, subversivo. Alguém
pratica uma ação ou omissão para dar prejuízo à empresa. Ex. deixar frouxo o parafuso
de uma máquina com o intuito de quebrá-la.
5. Desperdício voluntário - Na empresa nada deve ser desperdiçado, tudo deve ser
usado economicamente. Exemplo: desperdício de alimentos, água, energia, a sobra de
matéria prima.
6. Desvio de valores - É mudar a destinação da verba pública a privada. Tanto pode ser
dinheiro, como qualquer coisa material. Exemplos: caixa, na tesouraria; pagamento a
menor e sonegação de tributos. Posteriormente a empresa tem que pagar os tributos
sonegados com juros e correção monetária, e o prejuízo é enorme. As perdas devem
ser combatidas pelos controles internos.
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O que cria campo aberto para a prática das fraudes nas empresas:
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Contabilidade e Governança Corporativa – Pág. 113
Até 10.11.2017, referido desconto era obrigatório (artigos 578 e 579 da CLT), cabendo
ao empregador o seu desconto e recolhimento ao sindicato respectivo da categoria
profissional do empregado, independentemente de autorização do empregado.
A empresa deve fazer prevenção de riscos trabalhistas, de forma regular, seja através
de auditoria interna ou externa.
Produção – operacional
Informática
Transportes
Serviços de manutenção
Outros serviços externos
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Principais reclamações:
Desta forma, destaca-se que as principais rotinas de análise das relações trabalhistas
são:
1. Documentação
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Plantão à distância;
Banco de horas;
Jornada de telefonista;
3. Folha de Pagamento
Salário Família;
Equiparação Salarial;
Ajuste Salarial;
4. INSS
Recolhimento do FGTS;
Salário Maternidade;
Aposentadoria especial;
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6. Autônomos
Base de cálculo para recolhimento IRRF, INSS; Retenção INSS 11%; Folha de
Pagamentos de Autônomos, outros.
Cálculos na demissão, aviso prévio, férias, 13º salário, multas, fraudes, Salário-
Família, médias, outros.
8. Reclamatórias
9. Férias
Férias não gozadas e pagas; Cálculo da média variável; Férias na rescisão; Integração
de férias na folha de pagamento; Antecipação; outros procedimentos.
11. Outros
Identificar projeto;
Avaliar os riscos;
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Tipos de Fraudes.
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