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Rabelo
Legislação Tributária Estadual comum aos Estados Aula 02
Profº. Rabelo
ALUISIO NASCIMENTO - 81280351772
Profº. Rabelo
Legislação Tributária Estadual comum aos Estados Aula 02
Sumário
SUMÁRIO ..................................................................................................................................................2
ICMS .........................................................................................................................................................3
COMPETÊNCIA ............................................................................................................................................... 7
INCIDÊNCIA .................................................................................................................................................... 7
NÃO INCIDÊNCIA .......................................................................................................................................... 15
SUJEITO PASSIVO......................................................................................................................................... 24
LISTA DE QUESTÕES............................................................................................................................... 52
GABARITO .............................................................................................................................................. 62
COMPETÊNCIA ............................................................................................................................................. 64
INCIDÊNCIA .................................................................................................................................................. 64
NÃO INCIDÊNCIA .......................................................................................................................................... 68
SUJEITO PASSIVO......................................................................................................................................... 70
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ICMS
Nessa aula iniciaremos o estudo da Lei Kandir que regulamenta aspectos importantes a respeito do ICMS.
Antes de iniciarmos esse estudo, quero apresentar as classificações tributárias do ICMS que são abordadas no
direito tributário.
Vamos lá?!
➔ Real: É um imposto classificado como real, por ser objetivo, ou seja, não considera as características
pessoais dos contribuintes. Assim, não importa quem seja a pessoa, não importa sua renda, o
contribuinte paga o mesmo valor de ICMS que os outros pagam em relação ao mesmo produto ou
serviço.
➔ Fiscal: Sua principal finalidade é arrecadar recursos para os cofres das Unidades da Federação.
Lembre-se que o imposto não está vinculado a nenhuma atividade estatal. Dessa maneira, sua
arrecadação visa custear as atividades gerais como educação, saúde, segurança pública, pagamento
de pessoal, etc. Cumpre ressaltar que o ICMS vem sendo utilizado pelas Unidades da Federação com
finalidade extrafiscal para atrair investimentos e negócios para seus territórios.
Aproveito para apresentar a arrecadação de ICMS de determinado Estado da Federação para que você
tenha noção da importância arrecadatória do ICMS. Nesse exercício, o ICMS representou mais de 80% das
receitas tributárias daquele Estado.
➔ Indireto: Ele é considerado indireto porque contribuinte repassa o ônus para o consumidor, ou seja,
o contribuinte de direito repassa o encargo tributário para o contribuinte de fato(consumidor).
Quando você vai até um supermercado comprar um quilo de arroz, no preço do produto está incluso
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o ICMS, ou seja, você é quem paga o imposto. O supermercado é apenas o contribuinte de direito,
pois está definido na legislação. Na prática, você é o contribuinte (de fato), pois é você que arca com
o custo do imposto.
➔ Não cumulatividade: A não cumulatividade visa evitar o efeito cascata na tributação, ou seja, cobrar
imposto sobre imposto. Assim, não importa quantas operações tenha com um produto/mercadoria,
a carga tributária será a mesma.
➔ Seletividade: Princípio constitucional que tem por finalidade garantir uma tributação menor sobre os
produtos mais essenciais. A Constituição Federal faculta às Unidades da Federação a aplicação de tal
princípio, informando que o ICMS poderá ser seletivo, ficando a cargo de cada Estado estabelecer, via
legislação própria a aplicação da seletividade. Ressalto que é preciso ficar atento à legislação de cada
Unidade da Federação, pois é possível estar previsto que o ICMS deverá ser seletivo, caso em que não
haverá a facultatividade prevista na Constituição Federal.
Esquematizando:
Real
Fiscal
Indireto
ICMS é um imposto
Em regra, lançado por homologação
Não cumulativo
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Vamos treinar?
RESOLUÇÃO:
Resposta: B
Resposta: Errada
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Conforme estudado nas disposições constitucionais sobre o ICMS na constituição federal (aula 00),
diversas matérias deveriam ser regulamentadas por Lei Complementar. Assim, foi elaborada a Lei
Complementar 87/96 que teve como finalidade a regulamentação do Imposto sobre Operações Relativas à
Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de
Comunicação (ICMS). Por curiosidade, a LC 87/96 ficou conhecida como Lei Kandir, por ter sido elaborada pelo
então ministro do Planejamento Antônio Kandir.
Vamos aproveitar para lembrar quais matérias necessitam ser regulamentadas por Lei Complementar:
Definir contribuintes
Prever casos de manutenção de crédito em remessas para outro Estado ou para o exterior
Dentre as matérias acima apresentadas, as quais devem ser regulamentadas via Lei Complementar, duas
não foram abordadas pela Lei Kandir, vamos conferir quais são:
➔ Até a presente data não foi tratada essa matéria pelo Poder Legislativo brasileiro.
Após essa análise, vamos começar o que interessa para essa nossa aula que é o estudo específico da Lei
Kandir.
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COMPETÊNCIA
A Lei Kandir inicia determinando de quem é a competência para instituição do ICMS. Nesse aspecto, a Lei
Kandir não nos traz nenhuma novidade visto que a própria Constituição Federal já definiu a competência para
instituição desse imposto.
Art. 1º Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir o imposto sobre operações relativas à circulação de
mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação,
ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.
Interessante notar que a Lei Kandir não institui o imposto. Ela atribui a competência aos Estados e ao
Distrito Federal para que esses possam instituí-lo. Assim, os Estados e o Distrito Federal instituirão esse
imposto por meio de leis estaduais ou distritais, de acordo com as normas gerais estabelecidas pela Lei Kandir.
Apesar de a Lei Kandir ser uma Lei Complementar, não há necessidade das leis estaduais ou distritais que
instituam o ICMS serem leis complementares, visto que não há essa determinação na CF.
INCIDÊNCIA
Após informar quem são os Entes competentes para instituir o ICMS, a Lei Kandir apresenta as
hipóteses de incidência do ICMS. Ressalta-se que algumas já constavam na CF. Assim, devemos ficar atentos
aos casos que são novidades.
A Constituição já apresentava a hipótese relativa à circulação de mercadorias. Nessa situação, a Lei Kandir
incluiu o fornecimento de alimentação e bebidas nos bares, restaurantes e estabelecimentos similares.
Antes, havia dúvidas se incidiria o ICMS sobre o valor total cobrado do cliente ou se deveria haver a
exclusão dos valores relativos aos serviços envolvidos nesse fornecimento de alimentação e bebidas. Diante
dessa controvérsia, esse assunto foi objeto de discussão no Judiciário o que ocasionou a elaboração da Súmula
163 do STJ, para afastar qualquer dúvida sobre a cobrança do ICMS. Vamos conferir:
Súmula 163 STJ - O fornecimento de mercadorias com a simultânea prestação de serviços em bares,
restaurantes e estabelecimentos similares constitui fato gerador do ICMS a incidir sobre o valor total da
operação. (Súmula 163, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/06/1996, DJ 11/11/1996)
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Sobre esse assunto, o STF também se manifestou informando que para haver a cobrança do ICMS é
necessário que a lei estadual preveja essa situação como hipótese de incidência.
JURISPRUDÊNCIA CORRELATA
Súmula 574 STF: Sem lei estadual que a estabeleça, é ilegítima a cobrança do imposto de circulação de
mercadorias sobre o fornecimento de alimentação e bebidas em restaurante ou estabelecimento similar.
II - prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens,
mercadorias ou valores;
Hipótese decorrente da própria definição do ICMS que trata da prestação de transporte interestadual e
intermunicipal. Entretanto, vale a ressalva que o ICMS não incide no transporte intramunicipal.
Apesar de não estar expressamente previsto, veremos mais a frente que é possível ser cobrado o ICMS na
ocasião de um transporte internacional.
De fato, caro aluno, a lei só falou de transporte interestadual e intermunicipal. No entanto, mais a frente
a lei nos apresenta o seguinte:
Perceba que a lei foi genérica ao falar de prestação iniciada no exterior. Assim, ela deu margem para que
pudesse ser cobrado ICMS do serviço de transporte ou de comunicação internacional iniciado no exterior ou
prestado no exterior. Aqui cabe uma relevante diferenciação. Primeiro, é mais “aceitável” entender quando se
fala em serviço iniciado no exterior, ou seja, começou no exterior e terminou no território brasileiro. Entretanto,
não é muito “aceitável”, quando estamos estudando essa matéria, a hipótese de incidência do serviço prestado
no exterior. Como seria possível incidir o ICMS nessa hipótese? Vou utilizar dois exemplos para visualizarmos
essa situação.
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EXEMPLO1: RINALDO após morar 3 anos em Buenos Aires, na Argentina, resolve retornar ao Brasil e
tentar nova sorte na capital Brasília. Decidiu que não esperaria as passagens aéreas baixarem os preços e
comprou uma passagem de ônibus partindo de Buenos Aires com destino final Brasília.
➢ Perceba que nessa situação o serviço de transporte iniciou no exterior e finalizou no território
brasileiro. Assim, incide ICMS nessa prestação de serviço.
EXEMPLO2: Após chegar em Brasília, RINALDO contratou uma empresa especializada em mudanças
mobiliárias para transportar todos os móveis da sua antiga casa para Córdoba, na Argentina, visto que ele
vendeu seus bens para um amigo residente nessa outra cidade da Argentina.
➢ Nesse exemplo, mesmo o serviço acontecendo no exterior (Buenos Aires-Córdoba) o RINALDO foi
o tomador do serviço, ou seja, foi beneficiado por essa prestação de serviço. Assim, incide o ICMS
também nessa operação.
Ressalta-se que esses dois exemplos se aplicam também para serviços de comunicação. Além disso,
saliento que você entenderá melhor daqui a pouco quando analisarmos o sujeito passivo (segura ai essa
informação!rs), pois no nosso exemplo 2 a incidência do ICMS só é possível porque o RINALDO está domiciliado
em Brasília (território brasileiro) e por ser o destinatário do serviço realizado.
III - prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a
recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza;
A Lei Kandir informa que se o serviço de comunicação for oneroso ele será tributado pelo ICMS. Basta
lembrar das TV’s por assinatura em que o telespectador paga mensalmente para assisti-las. No entanto, se o
serviço de comunicação for não oneroso (for, portanto, gratuito) não haverá cobrança do ICMS. Nesse caso,
lembre-se dos canais abertos de televisão em que o telespectador não paga nada para poder assisti-los.
As próximas duas situações tratam do fornecimento de mercadoria com prestação de serviços. Nessas
situações devemos ficar atentos à possibilidade de tributação do ISS.
Essa situação fica mais simples de entender pois se refere à uma hipótese do serviço que está sendo
prestado junto com o fornecimento de mercadorias e não estar compreendido na competência tributária dos
Municípios. Nesse caso, vai incidir o ICMS sobre tudo (Mercadoria +Serviço).
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V - fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao imposto sobre serviços, de competência
dos Municípios, quando a lei complementar aplicável expressamente o sujeitar à incidência do imposto
estadual.
Nessa situação, a Lei Kandir “jogou a responsabilidade” para a Lei Complementar relativa ao ISS. Assim,
é a Lei Complementar do ISS (LC 116/03) que sujeitará a mercadoria que foi fornecida junto com a prestação de
serviço à incidência do ICMS.
Não Definido na Lc
ICMS sobre tudo
116/03
Definido na LC
ISS sobre tudo
116/03
Material + Serviço
Adiante, vamos analisar outras situações em que o ICMS incide TAMBÉM, conforme disposto na Lei
Kandir. Apresentarei cada situação e na sequência comentarei os detalhes mais importantes.
I – sobre a entrada de mercadoria ou bem importados do exterior, por pessoa física ou jurídica, ainda que não
seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade;
Hipótese já estudada relativa à incidência do ICMS na importação. Lembrando que não importa a finalidade e
nem quem esteja importando, incide o ICMS na importação. A regra é clara: se importar, tem que pagar!
Conforme adiantamos, é possível a incidência do ICMS nos serviços prestados no exterior ou cuja
prestação se tenha iniciado no exterior. Lembrando que está incluso os serviços de transporte e comunicação.
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III - sobre a entrada, no território do Estado destinatário, de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis
líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados à comercialização ou à
industrialização, decorrentes de operações interestaduais, cabendo o imposto ao Estado onde estiver
localizado o adquirente.
Situação que complementa disposição da CF/88 no que se refere às operações com petróleo, inclusive
lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados à
comercialização ou à industrialização, decorrentes de operações interestaduais. Lembre-se que a CF
estabeleceu que não incidiria o ICMS quando ocorresse a saída desses produtos para outros estados.
Analisando a CF e a Lei Kandir percebe-se a intenção de privilegiar o estado onde ocorra o consumo
relativo a esses bens, destinando o ICMS para esse local.
EXEMPLO: Distribuidora de combustível do Estado de São Paulo revende gasolina para outra
distribuidora de combustíveis localizada no Distrito Federal que comercializará esse combustível para
empresas de transporte rodoviário no Estado de Goiás.
→ Não incidirá o ICMS porque não se encontra na hipótese de incidência, visto que a lei informa que
só incide se o combustível for não destinado à comercialização ou à industrialização, no caso a entrada
do combustível era para posterior comercialização.
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É interessante observar que na saída interestadual não incide ICMS por expressa previsão
constitucional, ou seja, uma imunidade.
Vamos praticar!
Conforme a Lei Complementar n.º 87/1996, incide ICMS sobre a entrada de petróleo quando este
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RESOLUÇÃO:
Excelente questão para fixar o conhecimento das operações interestaduais com energia elétrica e petróleo ( e
seus derivados).
a) ERRADA. Entrada de petróleo quando este for destinado à comercialização ou à industrialização: Não há
incidência do ICMS.
b) ERRADA. Entrada de petróleo quando este não for destinado à comercialização ou à industrialização: Há
incidência do ICMS. O imposto é devido ao estado do adquirente.
c) CERTA. Entrada de petróleo quando este não for destinado à comercialização ou à industrialização, cabendo
o imposto ao estado do adquirente.
d) ERRADA. Entrada de petróleo quando este for destinado à comercialização ou à industrialização: Não há
incidência do ICMS.
e) ERRADA. Entrada de petróleo quando este for destinado à comercialização ou à industrialização: Não há
incidência do ICMS.
Resposta: C
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Sintetizando, temos:
Por fim, é importante conhecermos um conceito que privilegia a essência sobre a forma. Para a lei não
importa a natureza jurídica da operação para que seja caracterizado o fato gerador. Assim, não importa o
negócio jurídico que foi celebrado, se tiver ocorrido uma circulação de mercadoria, por exemplo, ocorrerá o fato
gerador do ICMS, visto que esse é motivo do fato gerador.
Art. 2° ,§ 2º A caracterização do fato gerador independe da natureza jurídica da operação que o constitua.
Vamos praticar!
A Fábrica de Embutidos Paulo Diniz, de Pesqueira − Pernambuco, doou um lote de linguiça para entidade
beneficente do município. Não incide ICMS nessa operação, visto que foi uma doação.
RESOLUÇÃO: O ICMS incide regularmente nessa operação. É importante perceber que o imposto incide na
operação de circulação de mercadorias, e não necessariamente na alienação onerosa. A caracterização do fato
gerador independe da natureza jurídica da operação. Portanto, a simples doação configura fato gerador e torna
a operação sujeita à incidência do ICMS.
Resposta: Errada
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NÃO INCIDÊNCIA
Após estudarmos os casos de incidência do ICMS, vamos passar a estudar os casos de não incidência
previstos na Lei Kandir. Mais uma vez, lembro que algumas situações já estavam previstas na Constituição
Federal. Com isso, devemos ficar atentos aos casos de não incidência previstos na Lei Kandir que não são
decorrentes da CF.
A primeira situação se refere às operações com livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua
impressão.
Vamos conferir:
Trata-se de hipótese de não incidência que decorre da CF, que imunizou as operações com livros, jornais,
periódicos e o papel destinado à sua impressão. A CF proibiu a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios de instituírem impostos sobre esses produtos. Como consequência não é possível tributá-los pelo
ICMS.
Art. 150, CF/88- Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
Ademais, é importante estarmos atualizados com a Jurisprudência do STF com relação aos livros
eletrônicos. Vamos perceber que com a evolução das tecnologias a interpretação da lei precisou ser atualizada
para se alinhar com a realidade atual. Como sabemos, os livros eletrônicos são uma realidade nos dias atuais. E
ai, a não incidência do ICMS abrange os livros eletrônicos ou é restrita aos livros físicos? Para responder essa
pergunta vamos conferir a tese do julgado RE 330817 do STF:
A imunidade tributária constante do artigo 150, VI, “d”, da Constituição Federal, aplica-se ao livro eletrônico (e-
book), inclusive aos suportes exclusivamente utilizados para fixá-lo.
Para que você perceba a implicação da tecnologia na evolução da interpretação das nossas leis, saiba que
o ministro do STF, Marco Aurélio, no julgamento dessa ação, argumentou que o artigo 150, inciso VI, “d”, da
Constituição Federal deve ser interpretado de acordo com os avanços tecnológicos ocorridos desde sua
promulgação, em 1988.
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Agora, quero chamar sua atenção ao fato de que não está incluso na hipótese da não incidência os livros
em branco ou simplesmente pautados, ainda que gravados por meio eletrônico, bem como os utilizados para
escrituração de qualquer natureza, agendas e similares. Dessa maneira, o ICMS incide regularmente sobre
esses produtos.
Prosseguindo, mais uma vez vamos tratar das operações e prestações destinadas ao exterior.
II - operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos primários e produtos
industrializados semi-elaborados, ou serviços;
Parágrafo único. Equipara-se às operações de que trata o inciso II a saída de mercadoria realizada com o fim
específico de exportação para o exterior, destinada a:
Outra hipótese de não incidência decorrente da CF que imunizou as operações e prestações que
destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos primários e produtos industrializados semi-
elaborados, ou serviços, com relação ao ICMS.
A novidade da Lei Kandir foi equiparar à exportação as saídas de mercadoria para outros
estabelecimentos que façam parte da “rota” de exportação. É importante ressaltar que a finalidade desse
deslocamento entre estabelecimentos deve ter como finalidade a exportação das mercadorias. Assim, observa-
se mais uma vez que as operações e prestações destinadas ao exterior recebem um tratamento privilegiado.
Nesse caso, o legislador aplicou uma lógica coerente, visto que, se a CF imunizou as operações e prestações de
exportação, não faria sentido cobrar o ICMS das atividades que tornam possível a realização da exportação.
Tenha em mente que a finalidade é tornar o produto brasileiro mais competitivo no mercado internacional.
Imagine um produtor rural do Estado do Mato Grosso que exporta soja para a Europa e faz essa operação
por meio de navio saindo do porto de Santos. Você pode imaginar que o custo do frete relativo ao transporte
da soja até o porto é incluso no preço da mercadoria. Então, seguindo a ideia de não exportar impostos, a
legislação estabelece que não incide ICMS nesse transporte porque a prestação tem um fim específico de
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exportação. Dessa maneira, o valor do produto exportado não é majorado pela incidência do ICMS na prestação
do serviço de transporte com fim específico de exportação.
JURISPRUDÊNCIA CORRELATA
Súmula 649 do STJ: Não incide ICMS sobre o serviço de transporte interestadual de mercadorias destinadas
ao exterior.
III - operações interestaduais relativas a energia elétrica e petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis
líquidos e gasosos dele derivados, quando destinados à industrialização ou à comercialização;
Mais uma situação de não incidência que está de acordo com a CF/88 com relação ao ICMS nas operações
com energia elétrica e petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados,
quando destinados à industrialização ou à comercialização.
Ressalto que as 04 situações em que a CF/88 estabelece que não incide o ICMS são transcritas pela Lei
Kandir.
Vamos conferir as outras duas situações:
IV - operações com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial;
Logo, se você compra uma joia de ouro, ocorre a tributação pelo ICMS, pois ela é uma mercadoria.
Excelente pergunta. Vamos aproveita-la para ter uma noção sobre esse assunto.
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O ouro é considerado ativo financeiro ou instrumento cambial quando é negociado para especulação e/ou
reserva financeira. Ademais, a Lei nº 7.766, de 11 de maio de 1989 nos fornece uma definição para o ouro ativo
financeiro ou instrumento cambial. Vamos conferi-la:
Art. 1º, Lei 7.766- O ouro em qualquer estado de pureza, em bruto ou refinado, quando destinado ao
mercado financeiro ou à execução da política cambial do País, em operações realizadas com a
interveniência de instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional, na forma e condições
autorizadas pelo Banco Central do Brasil, será desde a extração, inclusive, considerado ativo
financeiro ou instrumento cambial.
A próxima situação se refere mais uma vez ao possível conflito entre o ICMS e o ISS. Já tratamos desse
assunto e sugiro que se atente ao esquema proposto.
V - operações relativas a mercadorias que tenham sido ou que se destinem a ser utilizadas na prestação, pelo
próprio autor da saída, de serviço de qualquer natureza definido em lei complementar como sujeito ao imposto
sobre serviços, de competência dos Municípios, ressalvadas as hipóteses previstas na mesma lei
complementar;
A partir de agora vamos tratar das situações de não incidência que surgem pela primeira vez com a edição
da Lei Kandir.
O negócio jurídico que origina a incidência do ICMS é a circulação de mercadorias. Assim, precisamos
entender a natureza jurídica do que seria um estabelecimento para saber se poderia ser considerado uma
mercadoria capaz de ensejar a cobrança do ICMS. Nesse momento, permita-me utilizar de um dispositivo do
código civil que define o que seria estabelecimento:
De acordo com o art. 1.142 do Código Civil “considera-se estabelecimento todo complexo de bens
organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária”.
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Perceba, então, que o estabelecimento não pode ser equiparado a uma mercadoria visto que ele engloba
todos os bens necessários à consecução dos negócios empresariais. Dessa forma, note que a transferência de
propriedade do estabelecimento remete a uma operação societária.
Resumindo o que foi exposto, a Lei Kandir para dirimir possíveis dúvidas quanto à incidência do ICMS em
operações societárias estabeleceu que não incidiria ICMS na transferência de propriedade de estabelecimento
industrial, comercial ou de outra espécie.
➢ Nesse caso, CLODOALDO poderá ficar tranquilo pois quando ocorre a transferência da propriedade
de estabelecimento industrial, comercial ou de outra espécie não ocorre a incidência do ICMS.
VII - operações decorrentes de alienação fiduciária em garantia, inclusive a operação efetuada pelo credor
em decorrência do inadimplemento do devedor;
Primeiro vamos esclarecer o que é uma alienação fiduciária em garantia. Em resumo, é a transferência da
propriedade do bem pelo devedor ao seu credor para garantir o seu crédito, ou seja, garantir que caso a dívida
não seja quitada o bem dado em garantia será transferido ao credor.
Para facilitar o aprendizado imagine que você quer comprar um carro e recorre a um banco, pois não tem
todo o dinheiro para poder realizar a compra. Assim, você pega uma quantia emprestada e dá ao banco como
garantia o próprio veículo. Quando me refiro dar ao banco o próprio carro, significa que a propriedade do carro
será transferida para o banco, mas o carro continuará em sua posse. Com isso, temos dois sujeitos na operação,
o possuidor direto (pessoa que está em posse do carro) e o possuidor indireto (pessoa que está com a
propriedade do carro). Na hipótese de você não pagar o carro, o banco “tomará” seu carro consolidando a
propriedade do carro, visto que o veículo foi colocado como garantia da dívida.
Após essa breve explicação do que seria uma alienação em garantia, podemos continuar nossa análise da
Lei Kandir. Em síntese, a lei nos informa que na operação de transferência da propriedade do carro para o
credor (o banco na explicação acima) não incide ICMS, além disso, caso o devedor (você, no exemplo) não
pague o empréstimo, não incidirá também o ICMS quando o banco “tomar’ o carro e consolidar a propriedade.
VIII - operações de arrendamento mercantil, não compreendida a venda do bem arrendado ao arrendatário;
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Note que, em regra, não incide o ICMS em nenhum dos dois tipos de arrendamento mercantil. A única
possibilidade de ocorrer é no caso do arrendamento mercantil financeiro caso o arrendatário adquira a
propriedade, pagando o valor residual.
Exemplo: Utilizaremos uma questão cobrada pela FCC. Em 30/11/2017, a Cia. Segura adquiriu um
caminhão por meio de um contrato de arrendamento mercantil. O contrato estabelecia o pagamento de 36
prestações mensais, iguais e consecutivas no valor de R$ 8.000,00 cada, vencendo a primeira prestação em
31/12/2017. O valor presente das prestações, na data de início do contrato, era R$ 245.000,00 (igual ao valor
justo do caminhão nessa data) e a taxa de juros implícita na operação era 0,9% ao mês. A vida útil estimada do
caminhão na data de aquisição foi 6 anos e o valor residual estimado pela empresa foi R$ 29.000,00. A empresa
adota o método das quotas constantes para a despesa de depreciação e pretende ficar com o caminhão no final
do prazo do arrendamento.
➢ Lembram desse tipo de questão? Então, trouxe essa questão da FCC apenas para expor que nessa
operação não incide ICMS. Entretanto, ao final do contrato se a Cia. Segura quiser adquirir a
propriedade do caminhão incidirá regularmente o ICMS.
IX - operações de qualquer natureza de que decorra a transferência de bens móveis salvados de sinistro
para companhias seguradoras.
Inicialmente, informo que bens salvados de sinistros são aqueles acobertados por contrato de seguro. O
exemplo mais comum é o automóvel na qual anualmente as pessoas renovam seus seguros. É com relação a
esses bens que a Lei Kandir estabelece que não incide o ICMS na transferência para companhias seguradoras.
Entenda que essa transferência ocorre quando acontece algum tipo de acidente, incêndio ou evento que
impossibilite a utilização do bem pelo segurado e a seguradora paga o prêmio relativo ao bem, ficando com a
sua propriedade.
Além disso, saiba que, após a transferência do bem sinistrado para a seguradora, não incide ICMS sobre
uma possível alienação pela seguradora. É comum as seguradoras venderem veículos sinistrados para sucatas,
visto que não é mais possível utilizá-lo para nada. A Jurisprudência entende que a alienação de salvados
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configura atividade integrante das operações de seguros e não tem natureza de circulação de mercadoria
para fins de incidência do ICMS. Dessa maneira, foi editada a Súmula Vinculante nº 32.
JURISPRUDÊNCIA CORRELATA
Súmula Vinculante 32: O ICMS não incide sobre alienação de salvados de sinistro pelas seguradoras.
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Vamos praticar!
RESOLUÇÃO:
Não incide ICMS. Trata-se transferência de propriedade de estabelecimento comercial, que é hipótese de não
incidência expressamente prevista na Lei Kandir.
Resposta: Certa
A Empresa Atacadista Sara Meneses, de Parnaíba − PI, vendeu óleo lubrificante derivado de petróleo para
comerciante revendedor do Maranhão.
RESOLUÇÃO:
Não incide ICMS. Trata-se de comercialização interestadual de lubrificante derivado de petróleo que não é
destinado ao consumo, mas sim à revenda. Portanto não ocorre a incidência. Gostaria de lembrá-lo que na
saída interestadual de energia elétrica ou petróleo, incluindo os lubrificantes e combustíveis dele derivados,
não incide ICMS. A possibilidade de incidir o ICMS ocorre na entrada interestadual desses produtos ser forem
destinados ao uso e consumo. Perceba, ainda, que nessa assertiva a operação é para revenda. Logo, não ocorre
a incidência do ICMS tanto na saída como na entrada.
III - operações interestaduais relativas a energia elétrica e petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis
líquidos e gasosos dele derivados, quando destinados à industrialização ou à comercialização;
Resposta: Certa
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A Fábrica de Embutidos Paulo Diniz, de Pesqueira − PE, remeteu um lote de linguiça, com fim específico de
exportação, para empresa comercial exportadora de Vitória − Espírito Santo.
RESOLUÇÃO: Não incide. Trata-se de hipótese de não incidência disposta expressamente na LC 87/97.
Lembre-se do tratamento privilegiado às importações.
II - operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos primários e produtos
industrializados semi-elaborados, ou serviços;
Parágrafo único. Equipara-se às operações de que trata o inciso II a saída de mercadoria realizada com o fim
específico de exportação para o exterior, destinada a: I - empresa comercial exportadora, inclusive tradings ou
outro estabelecimento da mesma empresa;
Resposta: Certa
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SUJEITO PASSIVO
Conforme Art. 121 do CTN, o sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento
de tributo ou penalidade pecuniária.
Ademais, o Código Tributário Nacional dividiu a sujeição passiva principal em duas classes:
➢ Contribuinte → quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo
fato gerador;
➢ Responsável→ quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de
disposição expressa de lei.
Acrescenta-se que o CTN também definiu o que seria sujeito passivo de obrigação principal acessória.
Conforme art. 122 do CTN, o sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às prestações
que constituam o seu objeto. Por exemplo, obrigação de escriturar livros fiscais.
Após essa breve revisão sobre os conceitos relativos à sujeição passiva, vamos conferir quem foi o
“escolhido” para ser o contribuinte do ICMS, conforme a Lei Kandir.
Art. 4º Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que
caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.
Aqui temos a regra geral para quem é definido como contribuinte do ICMS. Segundo a Lei Kandir as
características essenciais são:
EXEMPLO¹: MARIA tem uma loja de roupas no shopping localizado na rodoviária de Goiânia onde
realiza suas vendas durante todo o ano.
EXEMPLO²: Em novembro de 2018, MARIA viajou até São Paulo e comprou centenas de peças de
roupas na 25 de março para vender em Goiânia no mês de dezembro, aproveitando o período das festividades.
➢ MARIA é contribuinte pois realizou operações com volume que caracteriza intuito comercial.
Apesar de haver uma regra geral para caracterizar um contribuinte do ICMS, há situações que mesmo
não havendo a presença dessas características uma pessoa física ou jurídica será contribuinte do imposto.
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Art. 4º, parágrafo único. É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou
intuito comercial:
II - seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior;
IV – adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia elétrica oriundos
de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou à industrialização.
EXEMPLO¹: Paulinho querendo ficar “mais forte” descobriu um site americano que vende suplementos
para o Brasil. Assim, ele fez um pedido de 5 potes de Whey Protein. Ele iria ficar com 2 para seu consumo e ia
tentar vender os outros 3 potes na academia em que ele malha.
➢ Não importa o que Paulinho vai fazer com os potes de Whey Protein (consumir, vender, ou até
mesmo doar), se importar, tem que pagar. É contribuinte do ICMS.
EXEMPLO²: MARINALVA morava em Campo Grande-MS e viajou em seu carro até ao Paraguai para
realizar diversas compras visto que muitos produtos são bem baratos naquele país. MARINALVA se empolgou
e acabou fazendo tantas compras que as mercadorias não couberam em seu carro. Assim, ela contratou uma
empresa transportadora para fazer o transporte das suas mercadorias até a sua casa em Campo Grande-MS.
➢ MARINALVA é contribuinte do ICMS por ser destinatária de serviço cuja prestação se iniciou no
exterior.
EXEMPLO³: João acompanha os leilões que a Receita Federal realiza de produtos aprendidos. Certa
vez, verificou que a Receita Federal iria realizar o leilão de um vídeo game que ele desejava bastante. Assim,
ele pegou todas as suas economias e foi até o evento. Após uma disputa intensa de lances, ele conseguiu se
sagrar vencedor e levou o desejado vídeo game.
EXEMPLO4:Tio Juca é dono de uma pequena frota que realiza transporte escolar de crianças da Escola
Sonho Feliz, na cidade de Goiânia. Preocupado com os altos gastos que está tendo de combustível começa a
pensar em alternativas para diminuir os custos. Ele não encontra uma solução, mas descobre que em
Uberlândia-MG está havendo uma promoção de combustíveis. Ele faz alguns cálculos e vê que compensa
comprar combustível e fazer um pouco de estoque.
➢ O simples fato do Tio Juca ter comprado combustível em outro estado para consumo na sua
atividade já o torna contribuinte do ICMS. Por curiosidade, ele é regular contribuinte do ISS visto
que ele realiza transporte intramunicipal.
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Com habitualidade
Pessoa Física ou Jurídica
Volume intuito comercial
Prestador de serviço de
Contribuinte comunicação
Prestador de Serviço de
Transporte
Na sequência vamos verificar o que dispõe a Lei Kandir a respeito do instituto da responsabilidade
tributária. Lembrando que a atribuição de responsabilidade necessita de disposição expressa de lei.
Art. 5º Lei poderá atribuir a terceiros a responsabilidade pelo pagamento do imposto e acréscimos devidos
pelo contribuinte ou responsável, quando os atos ou omissões daqueles concorrerem para o não
recolhimento do tributo.
A lei Kandir nos informa que Lei poderá atribuir a terceiros a responsabilidade pelo pagamento do
imposto. Que Lei seria essa? Lembre-se que a Lei Kandir é uma lei geral que estabelece as normas gerais
relativas ao ICMS. Assim, quando ela se refere à lei em sentido genérico, entenda a Lei estadual ou distrital que
institui o ICMS em cada Unidade da Federação. Interessante, também, é observar a condição que é imposta
para atribuição da responsabilidade: quando os atos ou omissões daqueles concorrerem para o não
recolhimento do tributo. Dessa maneira, para que seja atribuída a responsabilidade pelo pagamento do
imposto o sujeito precisa concorrer para o não recolhimento do tributo.
Vamos praticar!
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Antônio, empresário em Balsas/MA, preocupado com seu plano de negócios, ficou em dúvida sobre quem seria
o contribuinte do ICMS em determinadas situações. Consultando a Lei estadual nº 7.799/2002, constatou que
o contribuinte é a
a) pessoa física ou jurídica que importe mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a sua finalidade.
b) pessoa jurídica que realize, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial, operações de circulação de bens
próprios, valores ou pessoas.
c) pessoa que, no exterior, tenha contratado e utilizado serviço de taxi entre o aeroporto e o centro da mesma
cidade, e pago com cartão de crédito emitido no Brasil.
d) a pessoa que promova o leilão de veículo devolvido a banco ou a empresa de leasing, em decorrência de
inadimplência em financiamento ou arrendamento.
RESOLUÇÃO:
b) ERRADA. Para ser contribuinte é necessário realizar as operações com habitualidade ou intuito comercial.
Lei Kandir, Art. 4º Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em
volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou prestações de serviços
de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se
iniciem no exterior.
c) ERRADA. Não importa onde tenha sido emitido o cartão de crédito. O serviço foi realizado e tomado no
exterior.
Lei Kandir, Art. 4º, parágrafo único. É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem
habitualidade ou intuito comercial:
Resposta: A
Terminamos a parte teórica da aula. Agora vamos resolver algumas questões de prova!
Grande abraço!!!
Prof. Rabelo
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Questões comentadas
1. CESPE– SEFAZ/CE – 2021)
Julgue o item a seguir, de acordo com a Lei estadual n.º 12.670/1996, que dispõe a respeito do imposto sobre
circulação de mercadorias e prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação (ICMS) no estado do Ceará.
A entrada, no estado, de mercadoria importada por pessoa física pode configurar uma hipótese de incidência
do ICMS, ainda que o importador não seja contribuinte habitual desse imposto.
RESOLUÇÃO: Na importação, não importa a pessoa (física ou jurídica) que estiver importando. Além disso,
não importa qual seja a finalidade do bem importado. Se importar, tem que pagar ICMS.
I – sobre a entrada de mercadoria ou bem importados do exterior, por pessoa física ou jurídica, ainda que
não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade;
Resposta: Certa
A Lei no 10.297, de 26 de dezembro de 1996, estabelece que, no Estado de Santa Catarina, o ICMS NÃO incide
em operações
c) internas, interestaduais ou internacionais, relativas à energia elétrica, petróleo, derivados e gás natural,
quando destinados a contribuinte do imposto.
d) ou prestações que destinem ao exterior mercadorias, exceto produtos primários, produtos industrializados
semielaborados e serviços de comunicação prestados a cidadão estrangeiro, em trânsito no território brasileiro.
e) efetuadas por cooperativas, na comercialização de produtos de origem agropastoril ou artesanal, recebidos
de seus cooperados.
RESOLUÇÃO: Observe que a questão pede a alternativa que representa uma hipótese de Não incidência do
ICMS.
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VIII - operações de arrendamento mercantil, não compreendida a venda do bem arrendado ao arrendatário;
b) ERRADA. De fato, não há incidência do ICMS em operações de qualquer natureza de que decorra a
transferência de propriedade de estabelecimento industrial, comercial ou de outra espécie.
c) ERRADA. Inicialmente, lembre-se que nas operações interestaduais com energia elétrica e/ou petróleo (e
seus derivados) precisamos analisar a finalidade da operação. Se for para uso ou consumo incidirá regularmente
o ICMS. Se for para industrialização ou comercialização não incidirá o ICMS. Lembre-se, ainda, que a incidência
do imposto, se for o caso, é para o estado destinatário.
Considerando que a questão trata do Estado de Santa Catarina precisaríamos definir melhor se o Estado é
Destinatário ou Remetente para considerar se há possibilidade de incidência do ICMS.
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Destaca-se que uma operação interestadual com gás natural é regularmente tributada. Tanto para o Estado de
origem (Alíquota interestadual) como para o Estado do destinatário (Diferencial de Alíquota). Com isso, a
alternativa já está errada por tratar de uma hipótese clara de incidência do ICMS.
Em relação às operações internacionais, se for de exportação; não haverá incidência do ICMS. Se for de
importação; haverá incidência do ICMS.
Por fim, nas operações internas com esses produtos haverá regular tributação. Logo, confirmamos que a
alternativa está errada por abranger situações em que há a regular incidência do ICMS.
d) ERRADA. Não há exceção, em relação à não incidência do ICMS, para prestações que destinem ao exterior
produtos primários, produtos industrializados semielaborados.
II - operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos primários e produtos
industrializados semi-elaborados, ou serviços;
Além disso, não há previsão de não incidência para serviços de comunicação prestados a cidadão estrangeiro,
em trânsito no território brasileiro.
e) ERRADA. Não há previsão de não incidência do ICMS em operações efetuadas por cooperativas, na
comercialização de produtos de origem agropastoril ou artesanal, recebidos de seus cooperados.
Resposta: B
b) fornecimento de mercadorias cumulado com prestação de serviços sujeitos ao ISS por lei, em qualquer
hipótese.
a) ERRADA. Não há incidência do ICMS sobre prestações de comunicação gratuitas. A incidência ocorre sobre
as prestações onerosas de serviços de comunicação.
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III - prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a
recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza;
b) ERRADA. Nem sempre haverá ICMS sobre fornecimento de mercadorias cumulado com prestação de
serviços sujeitos ao ISS por lei. Na realidade, só haverá incidência do ICMS, neste caso, quando a lei do ISS
expressamente sujeitar a mercadoria à incidência do ICMS.
V - fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao imposto sobre serviços, de competência
dos Municípios, quando a lei complementar aplicável expressamente o sujeitar à incidência do imposto
estadual.
II - prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens,
mercadorias ou valores;
d) CERTA. Há incidência do ICMS sobre operações operações relativas à circulação de mercadorias, ainda que
gratuitas. O fato gerador é a circulação de mercadorias, ainda que seja não onerosa. Por exemplo, uma doação.
Art. 2° ,§ 2º A caracterização do fato gerador independe da natureza jurídica da operação que o constitua.
e) ERRADA. Não há incidência do ICMS sobre operações de circulação de produtos primários ao exterior.
II - operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos primários e produtos
industrializados semi-elaborados, ou serviços;
Resposta: D
Conforme a Lei Complementar n.º 87/1996, incide ICMS sobre a entrada de petróleo quando este
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RESOLUÇÃO: Excelente questão para fixar o conhecimento das operações interestaduais com energia elétrica
e petróleo ( e seus derivados).
a) ERRADA. Entrada de petróleo quando este for destinado à comercialização ou à industrialização: Não há
incidência do ICMS.
b) ERRADA. Entrada de petróleo quando este não for destinado à comercialização ou à industrialização: Há
incidência do ICMS. O imposto é devido ao estado do adquirente.
c) CERTA. Entrada de petróleo quando este não for destinado à comercialização ou à industrialização, cabendo
o imposto ao estado do adquirente.
d) ERRADA. Entrada de petróleo quando este for destinado à comercialização ou à industrialização: Não há
incidência do ICMS.
e) ERRADA. Entrada de petróleo quando este for destinado à comercialização ou à industrialização: Não há
incidência do ICMS.
Resposta: C
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d) pessoas físicas que realizem operações de circulação de mercadoria, mesmo sem habitualidade.
e) pessoas físicas que importem mercadorias ou bens do exterior, desde que tenham intuito comercial.
RESOLUÇÃO:
b) CERTA. Pessoas físicas que adquiram em licitação mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados são
também contribuintes.
c) ERRADA. Pessoas físicas que sejam destinatárias de serviços prestados NO EXTERIOR OU CUJA
PRESTAÇÃO SE TENHA INICIADO NO EXTERIOR são também contribuintes.
d) ERRADA. Pessoas físicas que realizem operações de circulação de mercadoria com habitualidade ou em
volume que caracterize intuito comercial são contribuintes.
e) ERRADA. Pessoas físicas que importem mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a sua finalidade.
Resposta: B
Por fim, para que seja posto em prática o exercício da competência tributária, há a necessidade de leis estaduais
instituindo o imposto e prevendo a incidência do ICMS de acordo com as hipóteses estabelecidas pela Lei
Kandir.
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Resposta: Certa
O ICMS não incide sobre operações que destinem mercadorias para o exterior.
De fato, não há incidência do ICMS sobre operações que destinem mercadorias para o exterior.
II - operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos primários e produtos
industrializados semi-elaborados, ou serviços;
Resposta: Certa
Resposta: Certa
a) operações que destinem mercadorias ao exterior, inclusive produtos primários e produtos industrializados
semielaborados.
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b) operações de entrada de bem importado do exterior por pessoa jurídica que não seja contribuinte habitual
do imposto.
c) operações de qualquer natureza, das quais decorra a transferência de propriedade de estabelecimento
industrial.
d) operações com ouro, quando este for definido em lei como instrumento cambial.
e) operações que envolvam livros, jornais, periódicos e o papel destinado à impressão destes..
RESOLUÇÃO:
a) ERRADA. Não há incidência do ICMS sobre operações que destinem mercadorias ao exterior, inclusive
produtos primários e produtos industrializados semielaborados.
II - operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos primários e produtos
industrializados semi-elaborados, ou serviços;
b) ERRADA. De fato, há incidência do ICMS sobre operações de entrada de bem importado do exterior por
pessoa jurídica que não seja contribuinte habitual do imposto. Se importar, tem que pagar!
I – sobre a entrada de mercadoria ou bem importados do exterior, por pessoa física ou jurídica, ainda que não
seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade;
c) ERRADA. Não há incidência do ICMS sobre operações de qualquer natureza, das quais decorra a
transferência de propriedade de estabelecimento industrial.
d) ERRADA. Não há incidência do ICMS sobre operações com ouro, quando este for definido em lei como
instrumento cambial.
IV - operações com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial;
e) ERRADA. Não há incidência do ICMS sobre operações que envolvam livros, jornais, periódicos e o papel
destinado à impressão destes.
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Resposta: B
A Procuradoria-Geral do Município de João Pessoa foi instada a se manifestar sobre a incidência tributária no
caso de serviço de transporte dentro do município e no caso de fornecimento de mercadorias com simultânea
prestação de serviços em restaurantes.
a) o ICMS incidirá no tocante ao fornecimento de mercadorias, e o ISS, sobre os serviços de forma segregada.
Resposta: B
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RESOLUÇÃO: O serviço de comunicação está no campo de incidência do ICMS. Apesar de ser um serviço, ele
não está no campo de incidência do ISSQN.
Além disso, destaca-se que não há incidência do ICMS sobre o serviço de comunicação não oneroso, ou seja, a
incidência ocorre sobre o serviço de comunicação ONEROSO.
Dessa forma, o serviço de comunicação não oneroso não dá ensejo à exigência do ICMS, nem do ISSQN.
III - prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a
recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza;
CF/88
d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de
recepção livre e gratuita;
Resposta: B
Conforme o Regulamento do ICMS – RICMS, aprovado pelo Decreto nº 19.714/2003, o ICMS incide
b) nas prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens
e mercadorias, inclusive valores.
c) sobre a entrada, no território deste Estado, de bem ou mercadoria importados do exterior, por pessoa física
ou jurídica, exceto quando esta não seja contribuinte habitual do imposto.
RESOLUÇÃO:
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a) ERRADA. O imposto incide nas operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o fornecimento de
alimentação e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares. Ademais, não é necessário que o
estabelecimento tenha música ao vivo ou show ao vivo.
II - prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens,
mercadorias ou valores;
c) ERRADA. Fique atento às pegadinhas do examinador, sempre querendo trocar os termos “ainda que” por
“exceto”. Já vimos que na importação não há necessidade do adquirente ser contribuinte habitual do ICMS.
d) ERRADA. Só haverá incidência do ICMS no fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos
ao imposto sobre serviços quando estiver expressamente estabelecido na LC 116/03.
e) ERRADA. Lembre-se que há imunidade do ICMS nos serviços de comunicação na modalidade radiodifusão
sonora (rádio) e de sons e imagens (televisão) de recepção livre e gratuita. Já nos serviços de TV a cabo ou via
satélite mediante assinatura há sim a incidência do imposto.
d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de
recepção livre e gratuita
Resposta: B
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I. Patrícia Mellodi, pessoa física, adquiriu joias italianas, que haviam sido apreendidas pela Receita Federal, em
licitação promovida por esse órgão, em Teresina − PI.
II. Empresa pavimentadora de Oeiras − PI, inscrita como contribuinte do ISS, adquire óleo diesel proveniente
da Bahia, para seu consumo.
III. Clínica de radiologia do Dr. Homero Santos, de Campo Maior − PI, importa aparelho de tomografia da
Alemanha.
IV. Empresa de propaganda e publicidade de Teresina − PI contrata serviço de comunicação prestado por
empresa americana e iniciado naquele país.
De acordo com a legislação, caracterizam-se como contribuintes do ICMS as pessoas das situações descritas
em
a) I e III, apenas.
b) II e III, apenas.
RESOLUÇÃO:
I. Patrícia Mellodi, pessoa física, adquiriu joias italianas, que haviam sido apreendidas pela Receita Federal, em
licitação promovida por esse órgão, em Teresina − PI.
CERTA. A adquirente em licitação de bens apreendidos é, também, contribuinte do ICMS.
II. Empresa pavimentadora de Oeiras − PI, inscrita como contribuinte do ISS, adquire óleo diesel proveniente
da Bahia, para seu consumo.
CERTA. Mesmo que não seja contribuinte do ICMS, na aquisição interestadual de derivado de petróleo para
uso ou consumo é considerada contribuinte.
III. Clínica de radiologia do Dr. Homero Santos, de Campo Maior − PI, importa aparelho de tomografia da
Alemanha.
CERTA. Já sabemos que na importação incide o ICMS, sendo o contribuinte a pessoa física ou jurídica que
realiza a importação.
IV. Empresa de propaganda e publicidade de Teresina − PI contrata serviço de comunicação prestado por
empresa americana e iniciado naquele país.
CERTA. Contribuinte é a pessoa física ou jurídica destinatária do serviço prestado no exterior ou cuja prestação
se tenha iniciado no exterior.
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Lei Kandir, Art. 4º, parágrafo único. É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem
habitualidade ou intuito comercial:
II - seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior;
IV – adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia elétrica oriundos
de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou à industrialização.
Resposta: E
“Art. 3o
− O fato gerador do imposto ocorre:
...
legislação aplicável;”
I. Hospital fluminense adquire medicamentos de outro Estado, para aplicar em tratamento médico.
II. Hotel da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, fornece refeições à delegação do time japonês, durante a Copa do
Mundo, as quais estão inclusas no valor das diárias.
III. Oficina conserta elevador de Hotel da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, cobrando pela mão de obra e pelas
peças substituídas durante o conserto.
IV. Empresa fluminense de preparação de eventos e organização de festas foi contratada por Hotel da Barra da
Tijuca, Rio de Janeiro, para realizar a Festa da Primavera e cobrou R$ 100.000,00 pela organização do evento e
do bufê, em cujo montante já estava incluso o valor do fornecimento da alimentação e das bebidas.
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a) III e IV.
b) I e III.
d) II e III.
e) I e IV.
RESOLUÇÃO:
I. Hospital fluminense adquire medicamentos de outro Estado, para aplicar em tratamento médico.
ERRADA. O hospital não é um contribuinte do ICMS, mas sim do imposto municipal ISSQN. Em razão disso, o
hospital fluminense é considerado um consumidor final para a operação interestadual de aquisição de
medicamentos. Aplicando a regra constitucional, cabe ao estado do destinatário (RJ) o diferencial de alíquotas
do ICMS, que deve ser recolhido pelo remetente e repassado ao RJ conforme a regra do ADCT. No entanto, a
banca considerou não ser possível a identificação do fato gerador, o que discordamos. Talvez a banca estivesse
considerando a aplicação dos remédios em tratamento médico. Realmente, nessa situação não incidiria ICMS,
pois as atividades hospitalares são tributadas pelo ISS.
Mesmo com essas divergências, veremos que é possível encontrar o gabarito mesmo se houvesse dúvida nesse
item.
II. Hotel da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, fornece refeições à delegação do time japonês, durante a Copa do
Mundo, as quais estão inclusas no valor das diárias.
ERRADA. O fornecimento de refeições, que estejam incluídas no valor das diárias, está sujeito apenas ao ISS.
Caso elas fossem cobradas de forma separada das diárias, incidiria o ICMS sobre o fornecimento de alimentos
e o ISS pelo serviço de hospedagem.
Veja o que diz a LC 116/03, que dispõe sobre a lista de serviços do ISS:
9.01 – Hospedagem de qualquer natureza em hotéis, apart-service condominiais, flat, apart-hotéis, hotéis
residência, residence-service, suite service, hotelaria marítima, motéis, pensões e congêneres; ocupação por
temporada com fornecimento de serviço (o valor da alimentação e gorjeta, quando incluído no preço da
diária, fica sujeito ao Imposto Sobre Serviços).
III. Oficina conserta elevador de Hotel da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, cobrando pela mão de obra e pelas
peças substituídas durante o conserto.
CERTA. Nesse caso, há disposição expressa na LC 116/03 que reserva às partes e peças empregadas a incidência
do ICMS.
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14.01 – Lubrificação, limpeza, lustração, revisão, carga e recarga, conserto, restauração, blindagem,
manutenção e conservação de máquinas, veículos, aparelhos, equipamentos, motores, elevadores ou de
qualquer objeto (exceto peças e partes empregadas, que ficam sujeitas ao ICMS).
IV. Empresa fluminense de preparação de eventos e organização de festas foi contratada por Hotel da Barra da
Tijuca, Rio de Janeiro, para realizar a Festa da Primavera e cobrou R$ 100.000,00 pela organização do evento e
do bufê, em cujo montante já estava incluso o valor do fornecimento da alimentação e das bebidas.
CERTA. Aqui temos outra hipótese em que há previsão na LC para a incidência do ICMS juntamente com o ISS.
Veja o que estabelece a LC 116/03.
17.11 – Organização de festas e recepções; bufê (exceto o fornecimento de alimentação e bebidas, que fica
sujeito ao ICMS).
Resposta: A
b) não incide ICMS, pois as empresas, na qualidade de sociedades dedicadas ao comércio varejista de sapatos,
não são contribuintes do referido imposto.
c) não incide ICMS, porque são imunes ao referido imposto as transmissões de bens ou direitos decorrentes de
fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica.
d) incide ICMS, já que, apesar de ter ocorrido uma sucessão empresarial, que é uma operação societária, houve
circulação de mercadoria.
e) incide ICMS, de maneira que o valor recolhido gerará crédito do citado imposto, para compensar com as
vindouras operações relativas à circulação de mercadorias, observando, dessa forma, o princípio da não
cumulatividade.
RESOLUÇÃO:
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b) ERRADA. As empresas comerciantes varejistas de sapatos são contribuintes do imposto. Ademais, não é
por esse motivo que não ocorre a incidência do imposto.
c) ERRADA. Não há qualquer dispositivo constitucional que preveja imunidade de ICMS para transmissão de
bens em operação societária. Na verdade, é uma hipótese de não incidência prevista na Lei Kandir.
a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes;
Resposta: A
a) lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, quando procedentes de outra unidade da
Federação e destinados à comercialização ou à industrialização, cabendo o imposto a este Estado.
b) lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, quando procedentes de outra unidade da
Federação e não destinados à comercialização ou à industrialização, cabendo o imposto a este Estado.
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e) lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, quando procedentes de outra unidade da
Federação e não destinados à comercialização ou à industrialização, devendo o imposto ser recolhido em
partes iguais para as duas unidades da Federação envolvidas na operação.
RESOLUÇÃO:
a) ERRADA. O imposto incide nessa situação quando não é destinado à comercialização ou à industrialização.
III - sobre a entrada, no território do Estado destinatário, de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis
líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados à comercialização ou à
industrialização, decorrentes de operações interestaduais, cabendo o imposto ao Estado onde estiver
localizado o adquirente.
b) CERTA. Como vimos, a incidência a entrada interestadual de petróleo(derivados) e energia elétrica é não é
destinada à comercialização ou à industrialização.
c) ERRADA. Não é para quaisquer lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos. É para os que são derivados
de petróleo.
d) ERRADA. Nessa alternativa temos 2 erros. O primeiro é por abranger todos lubrificantes e combustíveis
líquidos e gasosos, quando sabemos que só se aplica aos derivados de petróleo. Além disso, a incidência ocorre
quando os produtos não são destinados à comercialização ou à industrialização
Resposta: B
c) entrada de mercadoria importada do exterior, por pessoa física ou jurídica, para qualquer finalidade,
inclusive, em se tratando de pessoa física ou jurídica titular de estabelecimento, quando a mercadoria
importada se destine ao uso ou consumo ou ativo permanente do respectivo estabelecimento.
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d) fornecimento de mercadoria com prestação de serviço sujeito ao imposto sobre serviços, de competência
dos municípios, quando a lei complementar aplicável à matéria expressa ou implicitamente o sujeitar à
incidência do imposto estadual.
RESOLUÇÃO:
a) ERRADA. O ICMS incide inclusive sobre a prestação de serviço de alimentação no recinto de bares,
restaurantes e estabelecimentos similares
III - prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a
recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza;
c) CERTA. De fato, não importa se é pessoa física ou jurídica, nem a finalidade da mercadoria importada.
d) ERRADA. A lei complementar relativa ao ISS (LC 116/03) tem que sujeitar expressamente para que seja
possível a incidência do ICMS. Não há possibilidade de sujeição implícita.
V - fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao imposto sobre serviços, de competência
dos Municípios, quando a lei complementar aplicável expressamente o sujeitar à incidência do imposto
estadual.
Resposta: C
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Considerando as alternativas a seguir, assinale qual não retrata hipótese de incidência do ICMS.
b) A entrada de mercadoria ou bem, importados do exterior, por pessoa física que não seja contribuinte
habitual, quando o bem e a mercadoria destinar-se a uso pessoal.
RESOLUÇÃO: A única alternativa que não apresenta uma hipótese de incidência é a alternativa D. Conforme
a Lei Kandir, não incide ICMS sobre operações de qualquer natureza de que decorra a transferência de
propriedade de estabelecimento comercial.
VII - operações decorrentes de alienação fiduciária em garantia, inclusive a operação efetuada pelo credor em
decorrência do inadimplemento do devedor;
Aproveite para verificar a incidência do ICMS nas operações apresentadas nas outras alternativas.
III - prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a
recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza;
I – sobre a entrada de mercadoria ou bem importados do exterior, por pessoa física ou jurídica, ainda que não
seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade;
III - sobre a entrada, no território do Estado destinatário, de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis
líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados à comercialização ou à
industrialização, decorrentes de operações interestaduais, cabendo o imposto ao Estado onde estiver
localizado o adquirente.
Resposta: D
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( ) O imposto incide sobre as prestações onerosas e gratuitas de serviços de comunicação, por qualquer meio,
inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de
qualquer natureza.
( ) O imposto incide sobre a entrada, no território do Estado, de energia elétrica, quando não destinada à
comercialização ou à industrialização, decorrente de operações interestaduais.
( ) O imposto incide sobre o fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não compreendidos na
competência tributária dos Municípios.
a) V – F – F.
b) F – V – V.
c) F – V – F.
d) V – V – V.
e) V – V – F.
RESOLUÇÃO:
(F) O imposto incide sobre as prestações onerosas e gratuitas de serviços de comunicação, por qualquer meio,
inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de
qualquer natureza.
ERRADA. O ICMS não incide sobre as prestações gratuitas de serviços de comunicação.
(V) O imposto incide sobre a entrada, no território do Estado, de energia elétrica, quando não destinada à
comercialização ou à industrialização, decorrente de operações interestaduais.
CERTA. Na entrada interestadual de energia elétrica não destinada à comercialização ou à industrialização
incide ICMS.
(V) O imposto incide sobre o fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não compreendidos na
competência tributária dos Municípios.
CERTA. Exato. Se o serviço não está incluso na competência tributária dos municípios, incide ICMS sobre tudo.
Resposta: B
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Sr. Jorge, empresário do setor de calçados promove a importação de um veículo esportivo de luxo, proveniente
da Itália, que será de sua utilização pessoal e exclusiva, sendo que todo processo fiscal de importação foi
realizado em seu nome. Diante dessa operação, o ICMS
a) será devido, ainda que o adquirente não seja contribuinte habitual do ICMS.
b) não será devido, uma vez que o adquirente (pessoa física) não é contribuinte do ICMS, não realizando a
aquisição do veículo com habitualidade.
c) não será devido, uma vez que o veículo está sendo adquirido para uso pessoal e exclusivo, não sendo
destinado à revenda ou locação.
d) será devido em razão do princípio da capacidade contributiva por se tratar de artigo de luxo.
e) será devido, uma vez que o adquirente é proprietário de empresa comercial, sendo esta contribuinte do
ICMS.
RESOLUÇÃO:
a) CERTA. A incidência do imposto independe da natureza jurídica do importador (pessoa física ou jurídica),
independe de ser contribuinte habitual e também independe da finalidade que o bem ou mercadoria terá. A
regra é clara: se importar, tem que pagar.
I – sobre a entrada de mercadoria ou bem importados do exterior, por pessoa física ou jurídica, ainda que não
seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade;
b) ERRADA. Conforme já vimos, o ICMS na importação é devido seja por pessoa física ou jurídica, ainda que
não seja contribuinte habitual do ICMS.
c) ERRADA. Haverá incidência do ICMS na importação de bem ou mercadoria para qualquer que seja a sua
finalidade.
d) ERRADA. O princípio constitucional da capacidade contributiva é, na verdade, um mandamento ao
legislador ordinário que, ao elaborar as leis que instituam tributos, deve observar esse princípio sempre que
possível com o intuito de garantir a isonomia. Portanto, não é este princípio a razão do ICMS ser devido na
importação, mas sim a previsão legal do ente tributante.
e) ERRADA. Não há necessidade do adquirente ser pessoa jurídica tampouco contribuinte para que haja
incidência do ICMS na importação.
Resposta: A
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I. não incide sobre operações com livros, jornais, periódicos e papel destinado à sua impressão.
III. não incide sobre operações de qualquer natureza de que decorra a transferência de propriedade de
estabelecimento industrial, comercial ou de outra espécie.
a) I.
b) I e III.
c) II.
d) II e III.
e) III.
RESOLUÇÃO:
I. não incide sobre operações com livros, jornais, periódicos e papel destinado à sua impressão.
CERTA. Exatamente, imunidade prevista na constituição e expressamente como não incidência na legislação.
IV - operações com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial;
III. não incide sobre operações de qualquer natureza de que decorra a transferência de propriedade de
estabelecimento industrial, comercial ou de outra espécie.
Resposta: B
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a) a prestação de serviço de transporte interestadual e intramunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens,
mercadorias ou valores.
b) a prestação de serviço de transporte intermunicipal e intramunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens,
mercadorias ou valores.
c) a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja
contribuinte habitual do imposto, exceto a destinada ao ativo fixo do estabelecimento importador.
d) a entrada, no território do Estado, de petróleo, inclusive lubrificante e combustível líquido e gasoso dele
derivados, e de energia elétrica, quando destinados à comercialização ou à industrialização, decorrentes de
operações interestaduais.
RESOLUÇÃO:
a) ERRADA. Não incide ICMS sobre o serviço de transporte intramunicipal.
Resposta: E
I. qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com ou sem habitualidade, operações de circulação de
mercadoria ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.
II. qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito
comercial, operação de circulação de mercadoria que se inicie no exterior.
III. a pessoa, física ou jurídica, que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial, seja destinatária de serviço
prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior.
b) I e III.
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c) II.
d) II e III.
e) III.
RESOLUÇÃO:
I. qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com ou sem habitualidade, operações de circulação de
mercadoria ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.
II. qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito
comercial, operação de circulação de mercadoria que se inicie no exterior.
Lei Kandir, Art. 4º Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em
volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou prestações de serviços
de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se
iniciem no exterior.
III. a pessoa, física ou jurídica, que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial, seja destinatária de serviço
prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior.
CERTA. Essa é uma das previsões para que a pessoa, física ou jurídica, seja considerada, também, contribuinte
do ICMS.
Lei Kandir, Art. 4º, parágrafo único. É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem
habitualidade ou intuito comercial:
II - seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior;
Resposta: D
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Lista de questões
1. CESPE– SEFAZ/CE – 2021)
Julgue o item a seguir, de acordo com a Lei estadual n.º 12.670/1996, que dispõe a respeito do imposto sobre
circulação de mercadorias e prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação (ICMS) no estado do Ceará.
A entrada, no estado, de mercadoria importada por pessoa física pode configurar uma hipótese de incidência
do ICMS, ainda que o importador não seja contribuinte habitual desse imposto.
A Lei no 10.297, de 26 de dezembro de 1996, estabelece que, no Estado de Santa Catarina, o ICMS NÃO incide
em operações
a) de arrendamento mercantil, inclusive na compra e venda do bem arrendado ao arrendatário.
d) ou prestações que destinem ao exterior mercadorias, exceto produtos primários, produtos industrializados
semielaborados e serviços de comunicação prestados a cidadão estrangeiro, em trânsito no território brasileiro.
e) efetuadas por cooperativas, na comercialização de produtos de origem agropastoril ou artesanal, recebidos
de seus cooperados.
b) fornecimento de mercadorias cumulado com prestação de serviços sujeitos ao ISS por lei, em qualquer
hipótese.
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c) pessoas físicas que sejam destinatárias de serviços prestados no Brasil por empresa do exterior.
d) pessoas físicas que realizem operações de circulação de mercadoria, mesmo sem habitualidade.
e) pessoas físicas que importem mercadorias ou bens do exterior, desde que tenham intuito comercial.
É possível a cobrança de ICMS sobre as importações de bens realizadas por pessoas físicas e pessoas jurídicas
não contribuintes habituais do referido imposto, estando a tributação condicionada à edição de lei
complementar estabelecendo normas gerais e de leis estaduais, reveladoras do exercício da competência
tributária.
De acordo com a Lei Orgânica do Distrito Federal e o Código Tributário do Distrito Federal, julgue o item
seguinte.
O ICMS não incide sobre operações que destinem mercadorias para o exterior.
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À luz da legislação que dispõe sobre o ICMS no estado de Alagoas (Lei n.º 5.900/1996), julgue o item seguinte.
No caso de uma empresa alagoana adquirir energia elétrica de outro estado, como insumo à industrialização
ou comercialização, não incidirá ICMS sobre essa operação.
a) operações que destinem mercadorias ao exterior, inclusive produtos primários e produtos industrializados
semielaborados.
b) operações de entrada de bem importado do exterior por pessoa jurídica que não seja contribuinte habitual
do imposto.
e) operações que envolvam livros, jornais, periódicos e o papel destinado à impressão destes..
A Procuradoria-Geral do Município de João Pessoa foi instada a se manifestar sobre a incidência tributária no
caso de serviço de transporte dentro do município e no caso de fornecimento de mercadorias com simultânea
prestação de serviços em restaurantes.
Nessa situação hipotética,
a) o ICMS incidirá no tocante ao fornecimento de mercadorias, e o ISS, sobre os serviços de forma segregada.
De acordo com a Constituição Federal, com a Lei Complementar nº 87/1996 e com a Lei Complementar nº
116/2003, a prestação, não onerosa, de serviços de comunicação
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Conforme o Regulamento do ICMS – RICMS, aprovado pelo Decreto nº 19.714/2003, o ICMS incide
b) nas prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens
e mercadorias, inclusive valores.
c) sobre a entrada, no território deste Estado, de bem ou mercadoria importados do exterior, por pessoa física
ou jurídica, exceto quando esta não seja contribuinte habitual do imposto.
e) nas prestações de serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive rádio e televisão, aberta, a cabo ou
via satélite.
I. Patrícia Mellodi, pessoa física, adquiriu joias italianas, que haviam sido apreendidas pela Receita Federal, em
licitação promovida por esse órgão, em Teresina − PI.
II. Empresa pavimentadora de Oeiras − PI, inscrita como contribuinte do ISS, adquire óleo diesel proveniente
da Bahia, para seu consumo.
III. Clínica de radiologia do Dr. Homero Santos, de Campo Maior − PI, importa aparelho de tomografia da
Alemanha.
IV. Empresa de propaganda e publicidade de Teresina − PI contrata serviço de comunicação prestado por
empresa americana e iniciado naquele país.
De acordo com a legislação, caracterizam-se como contribuintes do ICMS as pessoas das situações descritas
em
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a) I e III, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I, III e IV, apenas.
d) II e IV, apenas.
O Regulamento do ICMS do Estado do Rio de Janeiro, aprovado pelo Decreto no 27.427/2000, no Título I do
Livro I, estabelece:
“Art. 3o
...
IV − no fornecimento de mercadoria com prestação de serviço:
2. compreendido na competência tributária dos municípios, e com indicação expressa de incidência do imposto de
competência estadual, como definido em
legislação aplicável;”
I. Hospital fluminense adquire medicamentos de outro Estado, para aplicar em tratamento médico.
II. Hotel da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, fornece refeições à delegação do time japonês, durante a Copa do
Mundo, as quais estão inclusas no valor das diárias.
III. Oficina conserta elevador de Hotel da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, cobrando pela mão de obra e pelas
peças substituídas durante o conserto.
IV. Empresa fluminense de preparação de eventos e organização de festas foi contratada por Hotel da Barra da
Tijuca, Rio de Janeiro, para realizar a Festa da Primavera e cobrou R$ 100.000,00 pela organização do evento e
do bufê, em cujo montante já estava incluso o valor do fornecimento da alimentação e das bebidas.
b) I e III.
d) II e III.
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e) I e IV.
a) não incide ICMS, tendo em vista que ocorreu uma sucessão empresarial, que é um ato societário, de modo
que não existiu operação comercial relativa à circulação de mercadoria.
b) não incide ICMS, pois as empresas, na qualidade de sociedades dedicadas ao comércio varejista de sapatos,
não são contribuintes do referido imposto.
c) não incide ICMS, porque são imunes ao referido imposto as transmissões de bens ou direitos decorrentes de
fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica.
d) incide ICMS, já que, apesar de ter ocorrido uma sucessão empresarial, que é uma operação societária, houve
circulação de mercadoria.
e) incide ICMS, de maneira que o valor recolhido gerará crédito do citado imposto, para compensar com as
vindouras operações relativas à circulação de mercadorias, observando, dessa forma, o princípio da não
cumulatividade.
Segundo o Decreto nº 14.876/1991 e alterações, incide o imposto sobre a entrada, no território de Pernambuco,
de energia elétrica e petróleo, inclusive sobre
a) lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, quando procedentes de outra unidade da
Federação e destinados à comercialização ou à industrialização, cabendo o imposto a este Estado.
b) lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, quando procedentes de outra unidade da
Federação e não destinados à comercialização ou à industrialização, cabendo o imposto a este Estado.
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e) lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, quando procedentes de outra unidade da
Federação e não destinados à comercialização ou à industrialização, devendo o imposto ser recolhido em
partes iguais para as duas unidades da Federação envolvidas na operação.
c) entrada de mercadoria importada do exterior, por pessoa física ou jurídica, para qualquer finalidade,
inclusive, em se tratando de pessoa física ou jurídica titular de estabelecimento, quando a mercadoria
importada se destine ao uso ou consumo ou ativo permanente do respectivo estabelecimento.
d) fornecimento de mercadoria com prestação de serviço sujeito ao imposto sobre serviços, de competência
dos municípios, quando a lei complementar aplicável à matéria expressa ou implicitamente o sujeitar à
incidência do imposto estadual.
Considerando as alternativas a seguir, assinale qual não retrata hipótese de incidência do ICMS.
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Em relação à hipótese de incidência do ICMS, analise as assertivas abaixo, assinalando V, para verdadeiro, ou
F, para falso.
( ) O imposto incide sobre as prestações onerosas e gratuitas de serviços de comunicação, por qualquer meio,
inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de
qualquer natureza.
( ) O imposto incide sobre a entrada, no território do Estado, de energia elétrica, quando não destinada à
comercialização ou à industrialização, decorrente de operações interestaduais.
( ) O imposto incide sobre o fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não compreendidos na
competência tributária dos Municípios.
a) V – F – F.
b) F – V – V.
c) F – V – F.
d) V – V – V.
e) V – V – F.
Sr. Jorge, empresário do setor de calçados promove a importação de um veículo esportivo de luxo, proveniente
da Itália, que será de sua utilização pessoal e exclusiva, sendo que todo processo fiscal de importação foi
realizado em seu nome. Diante dessa operação, o ICMS
a) será devido, ainda que o adquirente não seja contribuinte habitual do ICMS.
b) não será devido, uma vez que o adquirente (pessoa física) não é contribuinte do ICMS, não realizando a
aquisição do veículo com habitualidade.
c) não será devido, uma vez que o veículo está sendo adquirido para uso pessoal e exclusivo, não sendo
destinado à revenda ou locação.
d) será devido em razão do princípio da capacidade contributiva por se tratar de artigo de luxo.
e) será devido, uma vez que o adquirente é proprietário de empresa comercial, sendo esta contribuinte do
ICMS.
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O ICMS
I. não incide sobre operações com livros, jornais, periódicos e papel destinado à sua impressão.
III. não incide sobre operações de qualquer natureza de que decorra a transferência de propriedade de
estabelecimento industrial, comercial ou de outra espécie.
a) I.
b) I e III.
c) II.
d) II e III.
e) III.
a) a prestação de serviço de transporte interestadual e intramunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens,
mercadorias ou valores.
b) a prestação de serviço de transporte intermunicipal e intramunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens,
mercadorias ou valores.
c) a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja
contribuinte habitual do imposto, exceto a destinada ao ativo fixo do estabelecimento importador.
d) a entrada, no território do Estado, de petróleo, inclusive lubrificante e combustível líquido e gasoso dele
derivados, e de energia elétrica, quando destinados à comercialização ou à industrialização, decorrentes de
operações interestaduais.
e) a prestação onerosa de serviço de comunicação, por qualquer meio.
I. qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com ou sem habitualidade, operações de circulação de
mercadoria ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.
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II. qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito
comercial, operação de circulação de mercadoria que se inicie no exterior.
III. a pessoa, física ou jurídica, que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial, seja destinatária de serviço
prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior.
a) I.
b) I e III.
c) II.
d) II e III.
e) III.
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Gabarito
1. Certa 13. E
2. B 14. A
3. D 15. A
4. C 16. B
5. B 17. C
6. Certa 18. D
7. Certa 19. B
8. Certa 20. A
9. B 21. B
10. B 22. E
11. B 23. D
12. B
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Resumo direcionado
Real
Fiscal
Indireto
ICMS é um imposto
Em regra, lançado por homologação
Não cumulativo
Definir contribuintes
Prever casos de manutenção de crédito em remessas para outro Estado ou para o exterior
Dentre as matérias acima apresentadas, as quais devem ser regulamentadas via Lei Complementar, duas
não foram abordadas pela Lei Kandir, vamos conferir quais são:
- Definir os combustíveis/lubrificantes sobre os quais o ICMS incide uma única vez (ICMS Monofásico):
➔ Até a presente data não foi tratada essa matéria pelo Poder Legislativo brasileiro.
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COMPETÊNCIA
Art. 1º Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir o imposto sobre operações relativas à circulação de
mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação,
ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.
INCIDÊNCIA
II - prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens,
mercadorias ou valores;
III - prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a
recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza;
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V - fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao imposto sobre serviços, de competência
dos Municípios, quando a lei complementar aplicável expressamente o sujeitar à incidência do imposto
estadual.
Não Definido na Lc
ICMS sobre tudo
116/03
Definido na LC
ISS sobre tudo
116/03
Material + Serviço
I – sobre a entrada de mercadoria ou bem importados do exterior, por pessoa física ou jurídica, ainda que não
seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade;
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III - sobre a entrada, no território do Estado destinatário, de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis
líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados à comercialização ou à
industrialização, decorrentes de operações interestaduais, cabendo o imposto ao Estado onde estiver
localizado o adquirente.
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Sintetizando, temos:
Art. 2° ,§ 2º A caracterização do fato gerador independe da natureza jurídica da operação que o constitua.
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NÃO INCIDÊNCIA
II - operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos primários e produtos
industrializados semi-elaborados, ou serviços;
Parágrafo único. Equipara-se às operações de que trata o inciso II a saída de mercadoria realizada com o fim
específico de exportação para o exterior, destinada a:
III - operações interestaduais relativas a energia elétrica e petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis
líquidos e gasosos dele derivados, quando destinados à industrialização ou à comercialização;
IV - operações com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial;
V - operações relativas a mercadorias que tenham sido ou que se destinem a ser utilizadas na prestação, pelo
próprio autor da saída, de serviço de qualquer natureza definido em lei complementar como sujeito ao imposto
sobre serviços, de competência dos Municípios, ressalvadas as hipóteses previstas na mesma lei
complementar;
VII - operações decorrentes de alienação fiduciária em garantia, inclusive a operação efetuada pelo credor
em decorrência do inadimplemento do devedor;
VIII - operações de arrendamento mercantil, não compreendida a venda do bem arrendado ao arrendatário;
IX - operações de qualquer natureza de que decorra a transferência de bens móveis salvados de sinistro
para companhias seguradoras.
JURISPRUDÊNCIA CORRELATA
Súmula 649 do STJ: Não incide ICMS sobre o serviço de transporte interestadual de mercadorias destinadas
ao exterior.
Súmula Vinculante 32: O ICMS não incide sobre alienação de salvados de sinistro pelas seguradoras.
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SUJEITO PASSIVO
➢ Contribuinte → quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo
fato gerador;
➢ Responsável→ quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de
disposição expressa de lei.
Art. 4º Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que
caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.
parágrafo único. É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou intuito
comercial:
II - seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior;
IV – adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia elétrica oriundos
de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou à industrialização.
Com habitualidade
Pessoa Física ou Jurídica
Volume intuito comercial
Prestador de serviço de
Contribuinte comunicação
Prestador de Serviço de
Transporte
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Art. 5º Lei poderá atribuir a terceiros a responsabilidade pelo pagamento do imposto e acréscimos devidos
pelo contribuinte ou responsável, quando os atos ou omissões daqueles concorrerem para o não
recolhimento do tributo.
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