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JURÍDICAS
CARREIRAS JURÍDICAS
DIREITO TRIBUTÁRIO
CAPÍTULO 14
Recado para você que está assistindo às videoaulas
Prezado aluno, a princípio, estamos trazendo algumas informações relevantes para você
que está assistindo às nossas videoaulas e complementará os estudos através do conteúdo do
nosso CERS Book. Portanto, você deve estar atento que:
O CERS book foi desenvolvido para complementar a aula do professor e te dar um suporte
nas revisões!
Um mesmo capítulo pode servir para mais de uma aula, contendo dois ou mais temas,
razão pela qual pode ser eventualmente repetido;
A ordem dos capítulos não necessariamente é igual à das aulas, então não estranhe se o
capítulo 03 vier na aula 01, por exemplo. Isto acontece porque a metodologia do CERS é baseada
no estudo dos principais temas mais recorrentes na sua prova de concurso público, por isso,
nem todos os assuntos apresentados seguem a ordem natural, seja doutrinária ou legislativa;
1
Assim, os assuntos de Direito Tributário estão distribuídos da seguinte forma:
CAPÍTULOS
2
SOBRE ESTE CAPÍTULO
Este capítulo apresenta o conteúdo mais importante para concursos públicos acerca do
tema processo judicial tributário, a legislação aplicável e as principais disposições
doutrinárias e jurisprudenciais relevantes ao seu estudo.
Nele, você conhecerá detalhes das ações de iniciativa da Administração Tributária, quais
sejam, a Execução Fiscal e a Medida Cautelar Fiscal. Além disso, trataremos das ações de
iniciativa do contribuinte, a saber: Mandado de Segurança, Ação de repetição de indébito,
Ação anulatória de lançamento tributário, Ação declaratória de inexistência de relação
jurídica, Ação de consignação em pagamento, Ação declaratória de constitucionalidade e
ação direta de inconstitucionalidade.
No Direito Tributário você deve privilegiar o estudo da Lei Seca, sendo certo que o
Examinador tem predileção por disposições objetivas da letra da lei. Todavia, não deve-
se olvidar da doutrina, especialmente quanto às questões conceituais, e da jurisprudência
relativa aos diversos temas que abrangem o plexo de relações jurídicas entre Estado e
contribuinte.
3
SUMÁRIO
Capítulo 14 ................................................................................................................................................ 5
GABARITO ............................................................................................................................................... 69
JURISPRUDÊNCIA................................................................................................................................... 76
4
DIREITO TRIBUTÁRIO
Capítulo 14
Este capítulo apresenta o conteúdo mais importante para concursos públicos acerca do
tema processo judicial tributário, a legislação aplicável e as principais disposições doutrinárias e
jurisprudenciais relevantes ao seu estudo.
Nele, você conhecerá detalhes das ações de iniciativa da Administração Tributária, quais
sejam, a Execução Fiscal e a Medida Cautelar Fiscal. Além disso, trataremos das ações de
iniciativa do contribuinte, a saber: Mandado de Segurança, Ação de repetição de indébito, Ação
anulatória de lançamento tributário, Ação declaratória de inexistência de relação jurídica, Ação
de consignação em pagamento, Ação declaratória de constitucionalidade e ação direta de
inconstitucionalidade.
As peculiaridades persentes nas ações judiciais que têm por objeto relações jurídico-
tributárias não são suficientes para que falar em um “processo judicial tributário” como disciplina
autônoma.
De acordo com Kiyoshi Harada (2018), o processo judicial tributário se presta a proteger o
contribuinte de eventuais arbitrariedades perpetradas pelo Poder Público. Isso porque apesar
de a atividade administrativa ser plenamente vinculada (art. 3º do CTN), a Administração
5
trilateral, isto é, formado pela relação jurídica que se estabelece entre as
Trata-se do princípio da inafastabilidade da jurisdição, definido pelo art. 5º, inciso XXXV,
da Constituição Federal de 1988 (“a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou
ameaça a direito”) e elevado ao patamar de cláusula pétrea (art. 60, § 4º, inciso I, da CF/1988).
Em outro sentido, Regina Helena Costa (2018) observa que nas relações jurídico-tributárias,
seja qual for o seu objeto – pagamento de tributo, cumprimento de comportamento comissivo
Danilo Botelho de Carvalho (2015) aduz que o processo judicial fiscal pode ter natureza
declaratória (ao julgar a existência, ou não, da relação jurídico-tributária), constitutiva negativa
(ao anular um débito fiscal), condenatória (ao impor a repetição de indébito) ou mandamental
(no caso do mandato de segurança), mas não constitutiva (haja vista que esta é própria do
processo administrativo).
Ambas as partes podem propor ações judiciais fiscais, sendo necessária uma divisão:
Mandado de Segurança;
6
Ação declaratória de inexistência de relação jurídica;
7
Execução Fiscal
Ações de iniciativa da
Administração Tributária
Mandado de Segurança
Ação de consignação em
pagamento
Ação declaratória de
constitucionalidade e ação
direta de inconstitucionalidade
Você já sabe que o Fisco, no Brasil, não depende do Judiciário para constituir seus créditos.
A ele cabe, por iniciativa própria, a apuração dos tributos devidos por meio do lançamento,
8
notificando os contribuintes a efetuar o respectivo pagamento ou a se defenderem. Também
De acordo com o artigo 38 da Lei de Execução Fiscal, a discussão judicial da Dívida Ativa
da Fazenda Pública só é admissível nos seguintes casos:
(1) execução;
9
De partida, convém destacar que a execução fiscal se aplica tanto a débitos tributários
quanto não-tributários (neste segundo caso, pode-se citar como exemplo uma ação ajuizada
pelo PROCON). Inteligência do art. 2º da LEF.
O principal diploma legal sobre o tema é a Lei de Execução Fiscal (LEF – Lei nº Lei nº
6.830/80). Subsidiariamente, porém, aplica-se o Código de Processo Civil (art. 1º da LEF).
Segundo a referida lei, a Dívida Ativa da Fazenda Pública é “definida como tributária ou
não tributária na Lei n. 4.320, de 17 de março de 1964, com as alterações posteriores, que estatui
normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da
União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal”.
destinado à cobrança judicial de créditos não pagos, a chamada Certidão de Dívida Ativa
(CDA), que no ordenamento jurídico brasileiro o único título executivo extrajudicial
Anteriormente, era permitida a delegação de competência da justiça federal para a estadual (nas
Comarcas do interior em que não havia Vara da Justiça Federal), a teor do art. 15 da Lei nº
5.010/1966. Todavia, essa norma foi revogada pelo art. 114 da Lei nº 13.043/2014.
CUIDADO! De acordo com o art. 75 da Lei nº 13.043/2014, a revogação não tem efeitos
retroativos. Logo, as execuções fiscais federais ajuizadas na Justiça Estadual antes da vigência
dessa lei mantêm seu andamento processual normal.
10
A legitimidade ativa para a propositura da ação é dos entes que compõem o conceito
de Fazenda Pública. Por não estarem inseridas nesse contexto, as empresas públicas e as
sociedades de economia mista não podem ajuizar execução fiscal para a cobrança dos seus
créditos, com a exceção da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (que o STF já entendeu
que possui regime de Fazenda Pública) e a Caixa Econômica Federal, que está legitimada a
Ademais, os Conselhos Profissionais também podem ajuizar execução fiscal para a cobrança
A Lei de Execução Fiscal, em seu artigo 4º, permite que o procedimento seja movido não
apenas em face do devedor, mas também contra alguns terceiros, quais sejam:
(1) O devedor;
(2) O fiador;
(3) O espólio;
(4) A massa;
(5) O responsável, nos termos da lei, por dívidas, tributárias ou não, de pessoas físicas ou
pessoas jurídicas de direito privado1;
1
Vide questão 12
2
Vide questões 1 e 3
11
O simples inadimplemento tributário não autoriza o redirecionamento da execução fiscal.
O que o permite é, por exemplo, a dissolução irregular da sociedade, nos termos da Súmula
435 do STJ. Uma vez incluído no polo passivo da demanda o sócio/gerente, a legitimidade
A petição inicial deve observar menos requisitos que os exigidos pelo Código de Processo
Civil. Deveras, a exordial apresentada na ação de execução fiscal precisa indicar somente (1) o
Juiz a quem é dirigida; (2) o pedido; (3) o requerimento para citação; (4) a Certidão da Dívida
Ativa, sendo o valor da causa o valor nela constante, acrescido dos encargos legais. Inteligência
do art. 6º da LEF.
Nos termos da Súmula 106 do STJ, proposta a ação no prazo fixado para o seu exercício, a
demora na citação, por motivos inerentes ao mecanismo da Justiça, não justifica o acolhimento
3
Vide questão 7
12
Aliás, diferentemente do que ocorre nas demais ações judiciais, na execução fiscal não é
necessário indicar, já na petição inicial, o CPF, RG ou CNPJ do executado. Esses dados podem
ser confirmados e informados posteriormente, quando houver certeza sobre sua exatidão.
Nesse sentido:
Súmula nº 558/STJ: “Em ações de execução fiscal, a petição inicial não pode ser
A VUNESP cobrou esse assunto em certame realizado em 2019 para o cargo de Juiz de Direito
Substituto do TJ-AC. Vejamos.
Conforme prevê a Lei n° 6.830/1980, a petição inicial da execução fiscal indicará apenas
A) o juiz a quem é dirigida, o pedido, o requerimento para a citação e a descrição dos fatos
que levam à execução.
B) a qualificação das partes, o juiz a quem é dirigida e a descrição dos fatos que levam à
execução.
C) a qualificação das partes, a descrição dos fatos que levam à execução, a legislação aplicável
e o valor da causa.
4
Vide questão 5
13
D) o juiz a quem é dirigida, o pedido e o requerimento para a citação.
O gabarito é a letra D. Por muito tempo houve divergência acerca da exigência do CPF/CNPJ
na petição inicial da Execução Fiscal. Essa polêmica surgiu porque o art. 15 da Lei 11.419/06 que
trata do processo informatizado, exige esta informação (salvo impossibilidade que comprometa
o acesso à justiça). Ocorre que o STJ, na Súmula 558 acima transcrita, entendeu que este
dispositivo não alterou o art. 6º, da Lei 6.830/80, que não exige o CPF/CNJP.
Portanto, nas ações de execução fiscal, a falta de indicação do CPF e/ou RG ou CNPJ da parte
A inicial é deferida por meio de despacho, em que deve constar ordem para:
1. Citação (em regra, é feita pelos Correios com AR. Excepcionalmente, por oficial de justiça
ou por edital. Se o executado for citado por hora certa ou por edital e permanecer revel,
será nomeado curador especial com legitimidade para apresentar embargos);
Ressalte-se que é possível a reunião de execuções fiscais após a sua propositura, mas não
se trata de um direito subjetivo da parte, mas uma faculdade do juiz.
interrompida pelo despacho do juiz que ordena a citação em execução fiscal), o executado deve
receber o prazo de 05 (cinco) dias para efetuar o pagamento da dívida (valor principal + juros,
multa e demais encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa) ou a garantia da execução.
14
A garantia pode ser feita por meio de depósito em dinheiro, fiança bancária, seguro
garantia, nomeação de bens à penhora ou indicação à penhora de bens oferecidos por terceiros
e aceitos pela Fazenda Pública – com a ressalva de que a indicação ou nomeação de imóveis
passo que o Poder Público pode substituir bens penhorados por outros em melhor posição na
ordem legal do art. 11 da LEF e requerer o reforço da penhora. Pode, ainda, a Fazenda Pública,
mediante petição instruída com os documentos pertinentes, tem por objeto matérias que
possam ser apreciadas de plano, independentemente de dilação probatória, como as
Consoante precedente do Superior Tribunal de Justiça (REsp 1.136.144/RJ, Rel. Min. Luiz
Fux, Primeira Seção, julgado em 09/12/2009, DJe 01/02/2010, paradigma do Tema Repetitivo
15
aos pressupostos processuais e às condições da ação executiva, contanto que não demandem
dilação probatória.
execução fiscal relativamente às matérias conhecíveis de ofício que não demandem dilação
probatória”5.
5
Vide questão 11
6
Vide questão 9
16
conforme o art. 774 do CPC (Lei n. 13.105/15), também aplicável à execução
fiscal”.
O autor aponta ainda que, caso o executado não pague nem indique bens à penhora ou
sistema BacenJud para tanto. Identificam-se, assim, eventuais ativos financeiros do executado
que não tenham sido oferecidos à penhora, com destaque para os depósitos em dinheiro,
Tal como exige o constituinte, a ação de execução fiscal permite ao executado o direito ao
contraditório e à ampla defesa. O mecanismo adequado para sua manifestação nos autos
consiste nos embargos à execução, que devem ser opostos no prazo de 30 (trinta) dias,
contados a partir da data: (1) do depósito; (2) da juntada da prova da fiança bancária ou do
seguro garantia; (3) da intimação da penhora (e não da juntada do mandado de intimação,
como prevê o Código de Processo Civil). Inteligência do art. 16 da Lei de Execução Fiscal.
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penhora, e não a da juntada aos autos do mandado cumprido. 4. Recurso
imposição não se aplica ao devedor não possui patrimônio suficiente para garantir do crédito
exequendo. O decisum se baseia no conceito de acesso à justiça, resguardado como direito
A Primeira Turma destacou que a simples concessão de gratuidade judiciária não implica
In casu, a controvérsia deve ser resolvida não sob esse ângulo (do
executado ser beneficiário, ou não, da justiça gratuita), mas sim, pelo lado
para segurar o Juízo, e negar o direito de defesa ao "pobre". [...] (STJ, REsp
1.487.772/SE, Rel. Min. Gurgel De Faria, Primeira Turma, julgado em
Após os embargos à execução, a Fazenda Pública deve ser intimada para oferecer
impugnação no prazo de 30 (trinta) dias (todas as intimações à Fazenda devem ser feitas
pessoalmente – art. 25 da LEF), sendo designada, após, a audiência de instrução e julgamento
LEF).
É fundamental que você atente que a cobrança judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública
não é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, concordata, liquidação,
inventário ou arrolamento.
Estados, Distrito
Municípios e suas
Federal e Territórios e
União e suas autarquias,
suas autarquias,
autarquias conjuntamente e pro
conjuntamente e pro
rata
rata
7
Vide questão 6
19
Este dispositivo foi cobrado em concurso público realizado pela CESPE no ano de 2019 para o
TJ-PR no cargo de Juiz Substituto da seguinte maneira:
Considerando que, em caso de cobrança judicial de dívida ativa da fazenda pública por meio
de execução fiscal, haja o registro de penhoras feitas por credores distintos sobre um mesmo
bem e não se caracterize hipótese de falência ou recuperação judicial, assinale a opção correta,
de acordo com o previsto na Lei de Execuções Fiscais — Lei n.º 6.830/1980.
D) Os créditos da fazenda pública devem ser apurados primeiramente, sendo feita a repartição
entre os entes públicos federais, estaduais e municipais com base no critério pro rata.
Alternativa B correta. O art. 29, da LEF prevê que a cobrança judicial da dívida ativa não se
sujeita a concurso de credores. Só haverá concurso nas hipóteses em que os credores são
pessoas jurídicas de direito público.
Letra C incorreta. Como dito, a Fazenda não se sujeita a concurso de credores quando se tratar
de entes privados.
20
A letra D está incorreta. A fazenda somente se sujeita a concurso de preferência entre pessoas
jurídicas de direito público, nos termos do art. 29, parágrafo único, CTN. No entanto, a União
tem preferência e reparte com base no critério pro rata.
ou a concordância da Fazenda Pública, uma vez que os créditos tributários, em regra, preferem
aos demais. Art. 31 da LEF.
forma do art. 34 da LEF: para execuções de valor igual ou inferior a 50 (cinquenta) Obrigações
Reajustáveis do Tesouro Nacional (ORTN), admitem-se apenas embargos infringentes e de
declaração.
A propósito, a norma expressa pela Lei de Execução Fiscal afasta até mesmo a impetração
Rel. Min. Sérgio Kukina, Primeira Seção, julgado em 10/04/2019, DJe 20/05/2019 – Tema IAC 3).
637.975/SP AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, julgado em 20/04/2010, DJe
8
STJ. 3ª Turma. REsp 1661481-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 10/03/2020 (Info 667).
21
28/05/2010): "é compatível com a Constituição o art. 34 da Lei 6.830/1980, que afirma incabível
acaso interposto.
recair a penhora.
Da referida suspensão deverá ser intimada a Fazenda Pública. Decorrido o prazo sem que
nada seja requerido que permita o prosseguimento, o juiz procede ao chamado arquivamento
administrativo dos autos, ou seja, ao arquivamento na própria Vara, sem baixa na distribuição.
Cuida-se de uma espécie de sobrestamento qualificado.
A execução pode retomar seu curso a qualquer tempo a pedido da Fazenda exequente.
Mas, se o feito ficar parado por mais de cinco anos, o juiz deverá intimar a Fazenda para que
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diga se ocorreu alguma causa de suspensão ou interrupção do prazo, como o parcelamento do
A respeito da matéria, o STJ editou a Súmula 314: “Em execução fiscal, não localizados bens
penhoráveis, suspende-se o processo por um ano, findo o qual inicia-se o prazo da prescrição
quinquenal intercorrente”.
fato e de direito da responsabilidade daquele contra o qual pretende que a execução prossiga.
Para facilitar o entendimento, atente ao que ensina Pausen (2020) sobre o tema: As causas
mais recorrentes de redirecionamento são a responsabilidade dos gestores por infração à lei ou
procedimento depende de constar o nome da segunda no título executivo ou não, bem como
de se tratar ou não das hipóteses de responsabilidade dos arts. 134 e 135.
do CPC/2015) não se instaura no processo executivo fiscal nos casos em que a Fazenda
exequente pretende alcançar pessoa jurídica distinta daquela contra a qual, originalmente, foi
ajuizada a execução, mas cujo nome consta na Certidão de Dívida Ativa, após regular
procedimento administrativo, ou, mesmo o nome não estando no título executivo, o fisco
9
STJ, Primeira Turma, REsp 1775269/PR, rel. Min. GURGEL DE FARIA, mar. 2019.
23
No caso de responsabilidade tributária em face de empresas do mesmo grupo econômico,
atente também que “o só fato de integrar grupo econômico não torna uma pessoa jurídica
responsável pelos tributos inadimplidos pelas outras”.
Leandro Paulsen (2020) aponta que, efetivamente, não se pode produzir confusões entre
pessoas jurídicas distintas, cada qual titular dos seus próprios direitos e obrigações.
devedora10”;
10
STJ, Primeira Turma, REsp 1775269/PR, rel. Min. GURGEL DE FARIA, mar. 2019.
24
135, todos do CTN, não se apresenta impositiva a instauração do
Por fim, ressalte-se que a intervenção do Ministério Público nas ações de execução fiscal
não é necessária.
Entenda que a Medida Cautelar Fiscal é cabível quando o sujeito passivo da obrigação
tributária age de modo a dificultar a satisfação do crédito tributário, é um instrumento
A competência para processar e julgar a cautelar fiscal é do juízo da execução, ainda que
a execução esteja tramitando no Tribunal.
Pode ser instaurado antes (procedimento preparatório) ou durante a execução fiscal judicial
(inclusive em fase recursal) contanto que o crédito (tributário ou não) já esteja constituído (art.
1º da Lei nº 8.297/1992).
11
STJ, Segunda Turma, REsp 1.786.311/PR, rel. Min. FRANCISCO FALCÃO, maio 2019.
25
Se concedida em caráter preparatório, a Fazenda Pública assume o dever de propor a execução
Sem domicílio certo que intenta se ausentar ou alienar bens que possui, ou deixa de
adimplemento da obrigação;
Notificado pela Fazenda Pública para que proceda ao recolhimento do crédito fiscal:
Possui débitos, inscritos ou não em Dívida Ativa, que somados ultrapassem 30%
(trinta por cento) do seu patrimônio conhecido;
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Pratica outros atos que dificultem ou impeçam a satisfação do crédito.
devedor uma pessoa jurídica, a indisponibilidade atinge apenas os bens do ativo permanente e,
se o caso, os do acionista controlador e dos responsáveis por fazer a empresa cumprir suas
A petição inicial proposta pela Fazenda Pública precisa indicar: (1) o Juiz a quem é dirigida;
(2) a qualificação e o endereço, se conhecido, do requerido; (3) as provas que serão produzidas;
(4) o requerimento para citação.
Tal como exige o constituinte, a medida cautelar fiscal também permite ao requerido o
direito ao contraditório e à ampla defesa. O mecanismo adequado para sua manifestação nos
autos é a contestação, que pode ser apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, contados a
partir da juntada aos autos do mandado de citação ou de execução da medida, sob pena de o
requerido ser considerado revel. Art. 8º da Lei nº 8.297/1992.
Havendo revelia, o juiz deve julgar definitivamente a medida em 10 (dez) dias; sendo o
requerido contestante, é designada audiência de instrução e julgamento. Em todo caso, da
sentença cabe recurso de apelação, sem efeito suspensivo. Arts. 9º e 17 da Lei nº 8.297/1992.
Leandro Pausen (2020) esclarece que a ação cautelar fiscal também pode ser ajuizada no
12
Vide questão 10
13
Vide questão 14
27
“Cabe destacar, nos termos do art. 781 do CPC (Lei n. 13.105/15), que, na
execução fiscal, o Fisco pode escolher qualquer dos domicílios do réu ou,
ainda, ajuizar a ação ‘no foro do lugar em que se praticou o ato ou em que
ocorreu o fato que deu origem ao título, mesmo que nele não mais resida
o executado’. O Fisco não está adstrito à autonomia dos estabelecimentos,
a indisponibilidade de bens do devedor sempre que tenha ele deixado de atender à notificação
para efetuar o pagamento de crédito tributário já inscrito em dívida ativa.
A base legal para tanto está no art. 20-B da Lei n. 10.522/02, acrescido pela referida lei de
2018, que determina a notificação para pagamento em cinco dias, passados os quais a Fazenda
Pública poderá tanto comunicar a inscrição em dívida ativa aos serviços de proteção ao crédito
que mantêm cadastros de inadimplentes como averbar a certidão de dívida ativa nos órgãos de
registros de bens e direitos, tornando-os indisponíveis.
(2020), mesmo nessa situação, permanece servindo ao fim de alcançar outros bens e direitos
que, não sujeitos a registro, possam ser encontrados e vir a cumprir o fim de assegurar e de
14
STJ, Segunda Turma, rela. Mina. ELIANA CALMON, REsp 1.128.139, 2009.
28
Este assunto foi cobrado pela CESPE em 2018 no certame do TJ-CE para Juiz Substituto.
Considerando as disposições da Lei n.º 8.397/1992 acerca de medida cautelar fiscal, assinale a
opção correta.
A) Na hipótese de o devedor ser pessoa jurídica, a indisponibilidade de bens não recairá sobre
bens do ativo permanente.
A questão pode ser respondida em sua integralidade com base na Lei n. 8.397/1992.
A letra A está errada. Prevê o Art. 4º. § 1. Na hipótese de pessoa jurídica, a indisponibilidade
recairá somente sobre os bens do ativo permanente, podendo, ainda, ser estendida aos bens
do acionista controlador e aos dos que em razão do contrato social ou estatuto tenham poderes
para fazer a empresa cumprir suas obrigações fiscais.
29
III - as provas que serão produzidas;
A letra C está incorreta, nos termos do Art. 12. Parágrafo único: "Salvo decisão em contrário, a
medida cautelar fiscal conservará sua eficácia durante o período de suspensão do crédito
tributário ou não tributário".
Art. 15. O indeferimento da medida cautelar fiscal não obsta a que a Fazenda Pública intente a
execução judicial da Dívida Ativa, nem influi no julgamento desta, salvo se o Juiz, no
procedimento cautelar fiscal, acolher alegação de pagamento, de compensação, de transação,
de remissão, de prescrição ou decadência, de conversão do depósito em renda, ou qualquer
outra modalidade de extinção da pretensão deduzida.
Por fim, correta a assertiva E, conforme previsão do Art. 4º que dispõe que a decretação da
medida cautelar fiscal produzirá, de imediato, a indisponibilidade dos bens do requerido, até o
limite da satisfação da obrigação.
por autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público
(art. 5º, inciso LXIX, da CF/1988). Seu processamento é regido pela Lei nº 12.016/2009.
30
A propositura de mandado de segurança importa em renúncia ao poder de recorrer na
esfera administrativa e em desistência do recurso eventualmente interposto. Inteligência do
CUIDADO! Conforme já visto neste capítulo, o mandado de segurança não é cabível contra
o tema, confira-se também: STJ, IAC no RMS 53.720/SP, Rel. Min. Sérgio Kukina, Primeira Seção,
julgado em 10/04/2019, DJe 20/05/2019 – Tema IAC 3.
O mandado de segurança é especialmente útil para questões urgentes, tendo em vista que
o writ é julgado com prioridade sobre os demais feitos. Nos termos da Súmula 625 do STF, a
controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de mandado de segurança.
31
O prazo decadencial para impetração também é curto, limitando-se a 120 (cento e vinte
dias), contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado (art. 23 da Lei nº 12.016/2009).
Sobre o tema destaca-se para o seu concurso a Súmula 627 do Supremo Tribunal Federal, que
disciplina que, no mandado de segurança contra a nomeação de magistrado da competência
do presidente da república, este é considerado autoridade coatora, ainda que o fundamento da
Aluno, ainda para a sua prova, ressalte-se que não cabe mandado de segurança contra
ato judicial passível de recurso ou correição. Nesse caso (MS contra ato judicial) não há
necessidade de notificação da pessoa jurídica de direito público a que pertence o juízo que
praticou o ato impugnado.
Nos termos do art. 5º da Lei nº 12.016/2009, não pode ser concedido quando se tratar:
Ainda, prevê o art. 7º da Lei nº 12.016/2009 que o juiz, ao despachar a inicial, deve ordenar:
32
A notificação da autoridade coatora, para que preste as informações no prazo de
10 (dez) dias;
no feito, caso seja de seu interesse (sua participação é facultativa, somente a ciência
é obrigatória);
Findo o prazo para que o coator preste informações, o juiz deve ouvir o representante do
Ministério Público, que manifesta sua opinião no prazo improrrogável de 10 (dez) dias.
Conclusos os autos, o juiz precisa proferir decisão no prazo de 30 (trinta) dias, cabendo apelação
Atente ao entendimento sumulado do STJ sobre o tema, sabendo que sua presença em
Restou decidido pelo STJ, em sede de recurso repetitivo, que “Não é cabível mandado de
segurança contra decisão proferida em execução fiscal no contexto do art. 34 da Lei n. 6.830/80,
ou seja, das sentenças abaixo da alçada que não admitem apelação, mas apenas embargos
infringentes e embargos declaratórios para o próprio juízo monocrático”.
15
Vide questões 4, 13 e 15
16
Vide questão 2
33
O STF reafirmou, na sistemática da repercussão geral no RE n. 669.367, de relatoria do
Ministro Luiz Fux, seu entendimento no sentido de que o impetrante pode desistir livremente
do mandado de segurança, a qualquer tempo.
Segundo a Corte:
após a sentença de mérito, ainda que seja favorável ao impetrante, sem anuência do
impetrado. Se houver depósito vinculado ao mandado de segurança, contudo, a extinção do
processo sem julgamento de mérito implicará sua conversão em pagamento definitivo, conforme
orientação do STJ17.
No ponto, preconiza o art. 165 do CTN que a restituição se dá nos seguintes casos:
17
STJ, Primeira Seção, rel. Min. HUMBERTO MARTINS, EREsp 548.224/CE, nov. 2007
34
2. Erro na edificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no
A teor do art. 166 do CTN, a restituição de tributos indiretos pode ser feita apenas em
duas hipóteses:
35
Quando o contribuinte de direito comprovar que não transferiu o encargo financeiro
do tributo;
Conforme o art. 168 do CTN, assim como o direito de cobrar, o de pleitear a restituição
se extingue em 05 (cinco) anos, contados a partir das seguintes datas:
crédito);
Nas demais hipóteses do art. 165 do CTN, da data em que se tornar definitiva a
Nos casos em que a Fazenda Pública é notadamente contrária ao pleito que o obrigado
deseja formular, é possível a este ajuizar a ação de repetição de indébito mesmo sem anterior
pleito administrativo, no prazo de cinco (5) anos. No entanto, se optar por formular o pedido
inicialmente na via administrativa e este vier a ser indeferido, prescreve em dois (2) anos a
36
Ademais, dispõe o parágrafo único do artigo 169 do Código Tributário Nacional que o
prazo prescricional é interrompido pelo início da ação judicial, recomeçando pela metade
(dois anos e meio) a partir da intimação válida da Fazenda Pública.
Prazos
prescricionais na Com prévio processo administrativo: 02 anos em
repetição de favor do obrigado (apara anular a decisão)
indébito
Após o ajuizamento da ação judicial pelo
obrigado: 02 anos e meio em favor da Fazenda
(para cobrar o tributo)
Preceitua a Súmula nº 461/STJ, “o contribuinte pode optar por receber, por meio de
18
Vide questão 8
37
mediante compensação somente é possível se houver lei autorizativa na
diversa (...). Nesse contexto, uma vez ausente norma regulamentar do art.
170 do CTN que autorize a compensação de tributos com precatório de
ente diverso, não se aplica a sistemática do art. 78, § 2°, do ADCT, o qual
confere poder liberatório do pagamento de tributos da entidade devedora.
o ‘quantum’ respectivo”.
Súmula nº 188/STJ: “Os juros moratórios, na repetição do indébito tributário, são devidos
a partir do trânsito em julgado da sentença”.
legítima a incidência da taxa Selic, em ambas as hipóteses, quando prevista na legislação local,
vedada sua cumulação com quaisquer outros índices”.
38
14.5 Ação Anulatória de Lançamento Tributário
Pode ser proposta a qualquer tempo a partir do momento em que lançado o crédito –
encargos.
39
É uma ação de procedimento comum, sendo-lhe aplicáveis, portanto, as normas do
Código de Processo Civil. Em consequência, é possível o julgamento antecipado da lide (art. 355
do CPC), bem como os recursos tradicionais: agravos de instrumento contra decisões e apelação
em face da sentença, além de recursos especial e extraordinário, nas hipóteses dos arts. 105,
inciso III e 103, inciso III, ambos da Constituição Federal de 1988.
comento tem como finalidade afastar, de forma oficial, um vínculo jurídico com a Administração
Tributária, de modo a impedir o lançamento:
Pode ser processada pelo rito ordinário ou sumário (de acordo com o valor atribuído à
causa), independentemente de depósito do valor exigido pelo Fisco – vale salientar, contudo,
que o depósito integral suspende a exigibilidade do crédito tributário, ex vi do art. 151, inciso
II, do CTN). Também é permitida sua cumulação com a repetição de indébito em um único feito,
para fins de economia processual.
40
14.7 Ação de Consignação em Pagamento
É prevista pelo art. 164 do CTN, que preconiza que o valor do crédito tributário pode ser
consignado judicialmente em caso de:
C. Exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico
sobre um mesmo fato gerador.
É um procedimento especial regido pelos artigos 539 a 549 do Código de Processo Civil.
A petição inicial deve conter os pedidos para depósito (no prazo de 05 dias, a contar do
deferimento) e para citação da requerida para levantar o valor depositado ou oferecer
contestação (art. 542 do CPC). O consignante deposita apenas o valor que entende como
devido. Realizado o depósito, é fornecido prazo para que a Fazenda Pública manifeste recusa
Embora o artigo 539, § 1º, do Código de Processo Civil defina o prazo de 10 (dez) dias para a
dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da
intimação pessoal”.
41
Em caso de contestação, a Fazenda Pública pode alegar:
CTN.
para propor as ações são as pessoas constantes no rol taxativo do art. 103 da CF/1988:
Presidente da República;
42
A Mesa da Câmara dos Deputados;
O Procurador-Geral da República;
se da declaração de inconstitucionalidade;
(2) havendo alguma interpretação possível que permita que se afirme a compatibilidade
da norma com a Constituição, deve o intérprete optar pela interpretação legitimadora,
43
QUADRO SINÓPTICO
AÇÕES DE INICIATIVA DA
Execução Fiscal
ADMINISTRAÇÃO
Medida Cautelar Fiscal
TRIBUTÁRIA
Mandado de Segurança;
Ação de Repetição de Indébito;
Ação Anulatória de Lançamento Tributário;
AÇÕES DE INICIATIVA DO
Ação Declaratória de Inexistência de Relação Jurídica;
CONTRIBUINTE
Ação de Consignação em Pagamento;
Ação Declaratória de Constitucionalidade
Ação Direta de Inconstitucionalidade.
O principal diploma legal sobre o tema é a Lei de
Execução Fiscal (LEF – Lei nº Lei nº 6.830/80).
Subsidiariamente aplica-se o Código de Processo Civil (
Sujeitos passivos: devedor e terceiros indicados no art. 4
º da LEF.
Deferida a inicial, procede-se à penhora e à citação do
executado.
Defesa: embargos à execução, que devem ser opostos no
AÇÃO DE EXECUÇÃO FISCAL
prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir da data:
(1) do depósito;
(2) da juntada da prova da fiança bancária ou do seguro
garantia;
(3) da intimação da penhora. Em regra, os embargos só
podem ser opostos se houver garantia à execução –
exceção: precedente do STJ (“pobre”).
A execução fiscal admite a exceção de pré-executividade.
44
Após os embargos à execução, a Fazenda Pública deve
ser intimada para oferecer impugnação no prazo de 30
(trinta) dias
Proferida a sentença de primeira instância, os recursos
dependem do valor executado, na forma do art. 34 da LEF:
para execuções de valor igual ou inferior a 50 (cinquenta)
Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional (ORTN),
admitem-se apenas embargos infringentes e de declaração.
Cabível quando o sujeito passivo da obrigação tributária
age de modo a dificultar a satisfação do crédito tributário,
é um instrumento regulado pela Lei nº 8.297/1992, com as
alterações da Lei nº 9.532/1997.
Pode ser instaurado antes (procedimento preparatório) ou
durante a execução fiscal judicial (inclusive em fase recursal)
contanto que o crédito (tributário ou não) já esteja
constituído.
Consequência da decretação da medida cautelar fiscal é
a imediata indisponibilidade dos bens do requerido, até
MEDIDA CAUTELAR FISCAL o limite da satisfação da obrigação.
A medida será concedida em caráter liminar,
independentemente de justificação prévia e caução por
parte do requerente.
Defesa: contestação, que pode ser apresentada no prazo
de 15 (quinze) dias, contados a partir da juntada aos autos
do mandado de citação ou de execução da medida.
Havendo revelia, o juiz deve julgar definitivamente a
medida em 10 (dez) dias; sendo o requerido contestante, é
designada audiência de instrução e julgamento. Em todo
caso, da sentença cabe recurso de apelação.
É a ação constitucional destinada a proteger direito
líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou
MANDADO DE SEGURANÇA habeas data, em caso de ilegalidade ou abuso de poder
praticados por autoridade pública ou agente de pessoa
jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
45
Seu processamento é regido pela Lei nº 12.016/2009.
A propositura de mandado de segurança importa em
renúncia ao poder de recorrer na esfera administrativa e em
desistência do recurso eventualmente interposto.
Se um pagamento é considerado indevido ou maior que
o devido, o montante pago a título de tributo deve ser
parcial ou integralmente restituído. A repetição se dá nos
seguintes casos:
(1) cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido
ou maior que o devido em face da legislação tributária
aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato
gerador efetivamente ocorrido;
(2) erro na edificação do sujeito passivo, na determinação
da alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou
na elaboração ou conferência de qualquer documento
relativo ao pagamento;
AÇÃO DE REPETIÇÃO DE
(3) reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão
INDÉBITO
condenatória.
A propositura da ação judicial de repetição de indébito
importa em renúncia ao poder de recorrer na esfera
administrativa e em desistência do recurso eventualmente
interposto.
Prazos prescricionais na repetição de indébito
o Sem prévio processo administrativo: 05 anos
o Com prévio processo administrativo: 02 anos em favor
do obrigado (apara anular a decisão)
o Após o ajuizamento da ação judicial pelo obrigado: 02
anos e meio em favor da Fazenda (para cobrar o
tributo).
Tem como finalidade invalidar o lançamento ou decisão
administrativa relativa ao crédito tributário.
AÇÃO ANULATÓRIA DE
Pode ser proposta a qualquer tempo a partir do momento
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO
em que lançado o crédito, independentemente de depósito
judicial da quantia objurgada.
46
É uma ação de procedimento comum, sendo-lhe
aplicáveis, portanto, as normas do Código de Processo Civil.
Tem como finalidade afastar o vínculo jurídico com a
Administração Tributária, de modo a impedir o
lançamento.
AÇÃO DECLARATÓRIA DE
Pode ser processada pelo rito ordinário ou sumário (de
INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO
acordo com o valor atribuído à causa), independentemente
JURÍDICA
de depósito do valor exigido pelo Fisco.
É uma ação de procedimento comum, sendo-lhe
aplicáveis, portanto, as normas do Código de Processo Civil.
O valor do crédito tributário pode ser consignado
judicialmente em caso de:
(1) recusa de recebimento, ou subordinação deste ao
pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao
cumprimento de obrigação acessória;
(2) subordinação do recebimento ao cumprimento de
exigências administrativas sem fundamento legal;
(3) exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito
público, de tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador.
É um procedimento especial regido pelos artigos 539 a
549 do Código de Processo Civil.
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM A petição inicial deve conter os pedidos para depósito (no
PAGAMENTO prazo de 05 dias, a contar do deferimento) e para citação
da requerida para levantar o valor depositado ou oferecer
contestação.
O consignante deposita apenas o valor que entende como
devido.
Realizado o depósito, é fornecido prazo para que a
Fazenda Pública manifeste recusa ou aceite a proposta do
requerente.
Julgada procedente a consignação, extingue-se o crédito
tributário (não há suspensão, porque o sujeito passivo não
impugna o valor depositado em consignação) e a
importância consignada é convertida em renda; em caso de
47
total ou parcial improcedência, cobra-se o crédito acrescido
de juros de mora, sem prejuízo das penalidades cabíveis.
Malgrado proibido no âmbito do processo
administrativo tributário, o controle de constitucionalidade
AÇÃO DECLARATÓRIA DE é plenamente possível na seara judicial.
CONSTITUCIONALIDADE E Regidas tanto pela Lei nº 9.868/1999 quanto pela
AÇÃO DIRETA DE CF/1988.
INCONSTITUCIONALIDADE Legitimados: art. 103 da CF/1988.
Para se declarar a inconstitucionalidade, é necessária a
observância da cláusula de reserva de Plenário.
48
QUESTÕES COMENTADAS
Questão 1
(FCC - 2020 - TJ-MS - Juiz Substituto) A empresa Móveis Ltda., empresa de grande porte, em
boa saúde financeira e com vários estabelecimentos, vende um de seus estabelecimentos para
a empresa Sofás Ltda., em 10/01/2015. A atividade do estabelecimento é mantida, assim como
a da empresa Móveis Ltda. No instrumento do trespasse, a empresa Móveis Ltda. se compromete
a pagar todos os tributos referentes aos fatos geradores ocorridos até o dia 31/12/2014. Em
janeiro de 2018, houve uma fiscalização na qual foi lançado tributo referente a fatos geradores
de agosto de 2014 referentes ao estabelecimento em questão. Após o contencioso
administrativo, o tributo é inscrito em dívida ativa. A respeito desses fatos, à luz do Código
Tributário Nacional,
A) ambas as empresas poderão ser cobradas em ação de execução fiscal, mas Sofás Ltda.
somente subsidiariamente.
B) somente a empresa Móveis Ltda. poderá ser cobrada em ação de execução fiscal, pois assim
se comprometeu no trespasse.
C) somente a empresa Sofás Ltda. poderá ser cobrada em ação de execução fiscal, pois era a
empresa titular do estabelecimento no momento da fiscalização.
D) somente a empresa Móveis Ltda. poderá ser cobrada em ação de execução fiscal, pois era a
titular do estabelecimento no momento da ocorrência do fato gerador.
E) somente a empresa Sofás Ltda. poderá ser cobrada em ação de execução fiscal, pois houve
substituição tributária.
Comentário:
49
o evento apenas transfere o ônus tributário para o terceiro, transferência esta que deverá ser
embasada por meio de lei.
Como os fatos geradores verificados por meio de fiscalização se deram antes do trespasse, está
clara a sucessão por transferência operada pelo art. 133 do CTN, mais precisamente o inciso II,
já que o alienante prosseguiu na exploração da atividade.
Art. 133 CTN. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer
título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar
a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual,
responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data
do ato:
Questão 2
50
(FCC - 2020 - TJ-MS - Juiz Substituto) A respeito do contencioso tributário no âmbito judicial,
é correto afirmar:
B) O contribuinte pode optar por receber o indébito tributário por compensação ou por
precatório, quando o indébito tributário for reconhecido em sentença declaratória,
independentemente de autorização legal do ente tributante.
D) É incompatível com a Constituição o artigo da Lei de Execução Fiscal que afirma incabível o
recurso de apelação em casos de execução fiscal cujo valor seja inferior a 50 ORTN, por limitar
ao contribuinte o acesso ao segundo grau de jurisdição.
Comentário:
A assertiva A está incorreta. Os embargos não são o único meio de defesa. A jurisprudência é
pacífica quanto ao cabimento de exceção de pré-executividade (Súmula 393, STJ), que dispensa
a garantia do juízo.
Errada a letra B. Nos termos do art. 170, CTN, para ser possível compensação tributária é
essencial que exista previsão legal.
Incorreta a alternativa D. O STF já se manifestou sobre esse dispositivo da LEF, e entendeu ser
constitucional (Tema 408, da Repercussão Geral).
51
Letra E incorreta. Nos termos do art. 174, parágrafo único, I, CTN, o que interrompe a prescrição
é o despacho que ordenar a citação.
Questão 3
(CESPE - 2019 - TJ-PA - Juiz de Direito Substituto) Foi movido um processo de execução fiscal
contra uma empresa em liquidação, e o liquidante, antes de garantidos os créditos da fazenda
pública, deu em garantia um bem por ele administrado, sem a prova de quitação da dívida ativa
e sem a concordância da fazenda pública.
Comentário:
Embora raro, é possível que o liquidante ou administrador judicial da sociedade dê um bem por
ele administrado como garantia para agilizar a venda de um ativo, mesmo sem ter a autorização
judicial ou a concordância expressa da fazenda pública. Neste caso ele ficará SOLIDARIAMENTE
responsável pelo valor deste bem.
52
alienarem ou derem em garantia quaisquer dos bens administrados, respondem, solidariamente,
pelo valor desses bens.
Questão 4
(VUNESP - 2019 - TJ-RO - Juiz de Direito Substituto) A empresa importadora RST S/A, ao
realizar a importação de dois equinos, é surpreendida pela retenção dos animais pela Alfândega
da Receita Federal do Brasil no aeroporto de Viracopos, em Campinas. A alegação dos auditores
da Alfândega para a retenção é a de que as declarações de importação teriam sido realizadas
com valor subfaturado, considerando que os animais são de raça valiosa. Além disso, os
auditores alegam problemas formais para o desembaraço da mercadoria, considerando a
inexistência das licenças de importação necessárias por se tratar de importação de animais vivos.
Assim, além da retenção das mercadorias, os auditores aplicam auto de infração no valor de R$
104.000,00, relativamente aos tributos que entendem devidos e às respectivas multas. Contra a
autuação, a empresa tem à sua disposição a possibilidade de ingressar com recurso
administrativo com efeito suspensivo. Contra a retenção dos animais, porém, a empresa se vê
sem alternativas a não ser ingressar com mandado de segurança contra o Secretário da Receita
Federal do Brasil, solicitando na ação (i) a concessão de mandado para que o Secretário se
abstenha de cobrar os impostos supostamente devidos; e (ii) a liberação dos animais, com a sua
consequente importação. A empresa solicita ainda a concessão de medida liminar inauldita altera
pars no mandado de segurança, alegando que os animais participarão de competição de
equitação no final de semana imediatamente posterior ao protocolo da ação, evidenciando-se
o risco de perda de eficácia da medida em caso de demora no seu deferimento.
53
porém, possível a proposição de mandado de segurança visando a liberação de mercadorias do
exterior.
D) Não é cabível o mandado de segurança em face da autuação, por se tratar de decisão sujeita
a recurso administrativo com efeito suspensivo, não sendo também possível a concessão da
medida liminar no caso hipotético para a liberação dos animais, em que pese a urgência.
E) Não é possível a concessão da liminar, por não ser viável a concessão deste tipo de medida
sem oitiva da parte contrária, ou seja, inaudita altera pars, em mandado de segurança proposto
contra autoridade pública fazendária.
Comentário:
Art. 6º - A petição inicial, que deverá preencher os requisitos estabelecidos pela lei processual,
será apresentada em 2 (duas) vias com os documentos que instruírem a primeira reproduzidos
na segunda e indicará, além da autoridade coatora, a pessoa jurídica que esta integra, à qual se
acha vinculada ou da qual exerce atribuições.
§3º - Considera-se autoridade coatora aquela que tenha praticado o ato impugnado ou da qual
emane a ordem para a sua prática."
Neste caso, há erro com relação à autoridade coatora, posto que não foi o Secretário da Receita
Federal do Brasil quem praticou o ato impugnado.
A autoridade coatora seria o Inspetor da Receita Federal e não o titular da Alfândega da Receita
Federal em Viracopos.
Também incorreto o previsto na assertiva C. Nos termos do art. 7º, §2º, da Lei nº 12.016/09:
“Não será concedida medida liminar que tenha por objeto a compensação de créditos
tributários, a entrega de mercadorias e bens provenientes do exterior, a reclassificação ou
equiparação de servidores públicos e a concessão de aumento ou a extensão de vantagens ou
pagamento de qualquer natureza."
Além disso, nos termos do Art. 5º, I, da Lei nº 12.016/09: “Não se concederá mandado de
segurança quando se tratar: I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito
suspensivo, independentemente de caução;"
55
Por fim, incorreta a letra E. Não é cabível a liminar, pois nos termos art. 7º, §2º, da Lei nº
12.016,/009 não será concedida medida liminar que tenha por objeto a compensação de créditos
tributários, a entrega de mercadorias e bens provenientes do exterior, a reclassificação ou
equiparação de servidores públicos e a concessão de aumento ou a extensão de vantagens ou
pagamento de qualquer natureza.
Questão 5
(VUNESP - 2019 - TJ-AC - Juiz de Direito Substituto) Conforme prevê a Lei n° 6.830/1980, a
petição inicial da execução fiscal indicará apenas
A) o juiz a quem é dirigida, o pedido, o requerimento para a citação e a descrição dos fatos
que levam à execução.
B) a qualificação das partes, o juiz a quem é dirigida e a descrição dos fatos que levam à
execução.
C) a qualificação das partes, a descrição dos fatos que levam à execução, a legislação aplicável
e o valor da causa.
Comentário:
O gabarito é a letra D. Por muito tempo houve divergência acerca da exigência do CPF/CNPJ
na petição inicial da Execução Fiscal. Essa polêmica surgiu porque o art. 15 da Lei 11.419/06 que
trata do processo informatizado, exige esta informação (salvo impossibilidade que comprometa
o acesso à justiça). Ocorre que o STJ, na Súmula 558, entendeu que este dispositivo não alterou
o art. 6º, da Lei 6.830/80, que não exige o CPF/CNJP.
Súmula 558: Em ações de execução fiscal, a petição inicial não pode ser indeferida sob o
argumento da falta de indicação do CPF e/ou RG ou CNPJ da parte executada.
Portanto, nas ações de execução fiscal, a falta de indicação do CPF e/ou RG ou CNPJ da parte
executada não é causa de indeferimento da petição inicial.
56
Questão 6
(CESPE - 2019 - TJ-PR - Juiz Substituto) Considerando que, em caso de cobrança judicial de
dívida ativa da fazenda pública por meio de execução fiscal, haja o registro de penhoras feitas
por credores distintos sobre um mesmo bem e não se caracterize hipótese de falência ou
recuperação judicial, assinale a opção correta, de acordo com o previsto na Lei de Execuções
Fiscais — Lei n.º 6.830/1980.
D) Os créditos da fazenda pública devem ser apurados primeiramente, sendo feita a repartição
entre os entes públicos federais, estaduais e municipais com base no critério pro rata.
Comentário:
Alternativa B correta. O art. 29, da LEF prevê que a cobrança judicial da dívida ativa não se
sujeita a concurso de credores. Só haverá concurso nas hipóteses em que os credores são
pessoas jurídicas de direito público.
Letra C incorreta. Como dito, a Fazenda não se sujeita a concurso de credores quando se tratar
de entes privados.
A letra D está incorreta. A fazenda somente se sujeita a concurso de preferência entre pessoas
jurídicas de direito público, nos termos do art. 29, parágrafo único, CTN. No entanto, a União
tem preferência e reparte com base no critério pro rata.
57
Questão 7
(VUNESP - 2018 - TJ-SP - Juiz Substituto) Com relação à prescrição intercorrente, é correto
afirmar que o Superior Tribunal de Justiça consolidou entendimento no sentido de que
A) a constrição patrimonial e a citação, ainda que por edital, são aptas a interromper o curso
da prescrição intercorrente, suficiente para tal finalidade o mero peticionamento do exequente
requerendo diligência para a realização daqueles atos.
C) a prescrição não pode ser reconhecida de ofício, independentemente de ter ocorrido antes
do ajuizamento ou no curso da execução fiscal.
Comentário:
A assertiva A está incorreta. Uma das teses fixadas no REsp 1.340.553 foi no sentido de que
apenas a efetiva constrição patrimonial e citação são aptas a interromper a prescrição. O mero
peticionamento não gera esse efeito, mas, restando frutífera a diligência requerida (constrição
ou citação), a interrupção retroage à data da petição.
A letra B está correta já que traz o entendimento fixado pelo STJ no julgamento do Recurso
Especial 1.340.553 (STJ. 1ª Seção. REsp 1.340.553/RS, rel. Min. Campbell Marques, j. 12.09.2018)
no âmbito dos recursos repetitivos.
Letra C errada. O juiz pode reconhecer a prescrição de ofício, tenha ela ocorrido antes (art. 332,
§1º, CPC) ou depois (art. 40, §4º, Lei n. 6.830/80) do ajuizamento.
58
A letra D está incorreta por contrariar a súmula 106 do STJ segundo a qual "Proposta a ação no
prazo fixado para o seu exercício, a demora na citação, por motivos inerentes ao mecanismo da
Justiça, não justifica o acolhimento da arguição de prescrição ou decadência".
Questão 8
(FEPESE - 2018 - PGE-SC - Procurador do Estado) Assinale a alternativa correta acerca do
processo tributário.
B) O mandado de segurança não constitui via processual adequada para a declaração do direito
à compensação tributária.
Comentário:
Este quesito deve ser respondido com base no entendimento sumulado dos Tribunais
Superiores. Vejamos:
Letra B errada. Segundo a súmula nº 213 do STJ: "O mandado de segurança constitui ação
adequada para a declaração do direito à compensação tributária".
Também incorreta a assertiva C segundo previsão da Súmula nº 460 do STJ: "É incabível o
mandado de segurança para convalidar a compensação tributária realizada pelo contribuinte".
59
Errada a letra D. Segundo a súmula nº 559 do STJ: "Em ações de execução fiscal, é desnecessária
a instrução da petição inicial com o demonstrativo de cálculo do débito, por tratar-se de
requisito não previsto no artigo 6º da Lei n. 6830/80".
Com efeito, o artigo 6º da LEF dispõe que "A petição inicial indicará apenas: I - o Juiz a quem
é dirigida; II - o pedido; e III - o requerimento para a citação.
Por fim, correta a assertiva E, compatível com a Súmula nº 461 do STJ que prevê: "O contribuinte
pode optar por receber, por meio de precatório ou por compensação, o indébito tributário
certificado por sentença declaratória transitada em julgado".
Questão 9
(TRF - 2ª Região - 2018 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto) Sobre a ação de execução
fiscal de crédito tributário, à luz da jurisprudência atual do STJ, assinale a alternativa correta:
A) as execuções fiscais de divida ativa tributária da União relativas a débitos iguais ou inferiores
a R$ 10.000,00 (dez mil reais), em razão do baixo valor, devem ser extintas sem resolução do
mérito, por falta de interesse de agir.
Comentário:
Letra A incorreta. Com fulcro no Art. 20, Lei 10.522/02, serão arquivados, sem baixa na
distribuição, mediante requerimento do Procurador da Fazenda Nacional, os autos das
execuções fiscais de débitos inscritos como Dívida Ativa da União pela Procuradoria-Geral da
Fazenda Nacional ou por ela cobrados, de valor consolidado igual ou inferior a R$ 10.000,00.
60
Errada a assertiva B. Havendo depósito do montante integral do débito, conforme artigo 151,
inciso II do CTN, o crédito tributário será suspenso, razão pela qual não poderá o Fisco ajuizar
Execução Fiscal, pois o título executivo extrajudicial (CDA) será considerado inexigível.
Súmula 112, STJ: O depósito somente suspende a exigibilidade do crédito tributário se for
integral e em dinheiro.
Informativo 442, STJ- Deve-se, então, reformar a decisão que extinguiu o feito com base nos
arts. 267, VI, e 618, I, do CPC, pois a suspensão da exigibilidade do crédito tributário,
aperfeiçoada após a propositura da ação, apenas obsta o curso do feito executivo e não o
extingue. Não se pode confundir a hipótese do art. 174, IV, do CTN (curso interruptivo do prazo
prescricional) com as modalidades suspensivas da exigibilidade do crédito tributário (art. 151 do
CTN). Precedentes citados: REsp 911.360-RS, DJe 4/3/2009; REsp 608.149-PR, DJ 29/11/2004, e
REsp 430.585-RS, DJ 20/9/2004. REsp 957.509-RS, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 9/8/2010.
Questão 10
(CESPE - 2018 - TJ-CE - Juiz Substituto) Considerando as disposições da Lei n.º 8.397/1992
acerca de medida cautelar fiscal, assinale a opção correta.
A) Na hipótese de o devedor ser pessoa jurídica, a indisponibilidade de bens não recairá sobre
bens do ativo permanente.
61
B) A petição inicial deverá vir acompanhada de prova pré-constituída, sendo inadmissível a
dilação probatória.
Comentário:
A questão pode ser respondida em sua integralidade com base na Lei n. 8.397/1992.
A letra A está errada. Prevê o Art. 4º. § 1. Na hipótese de pessoa jurídica, a indisponibilidade
recairá somente sobre os bens do ativo permanente, podendo, ainda, ser estendida aos bens
do acionista controlador e aos dos que em razão do contrato social ou estatuto tenham poderes
para fazer a empresa cumprir suas obrigações fiscais.
A letra C está incorreta, nos termos do Art. 12. Parágrafo único: "Salvo decisão em contrário, a
medida cautelar fiscal conservará sua eficácia durante o período de suspensão do crédito
tributário ou não tributário".
Art. 15. O indeferimento da medida cautelar fiscal não obsta a que a Fazenda Pública intente a
execução judicial da Dívida Ativa, nem influi no julgamento desta, salvo se o Juiz, no
procedimento cautelar fiscal, acolher alegação de pagamento, de compensação, de transação,
de remissão, de prescrição ou decadência, de conversão do depósito em renda, ou qualquer
outra modalidade de extinção da pretensão deduzida.
62
Por fim, correta a assertiva E, conforme previsão do Art. 4º que dispõe que a decretação da
medida cautelar fiscal produzirá, de imediato, a indisponibilidade dos bens do requerido, até o
limite da satisfação da obrigação.
Questão 11
(VUNESP - 2018 - PGE-SP - Procurador do Estado) Em execução fiscal, Antônio, sócio-gerente
de empresa contribuinte encerrada de forma irregular, é responsabilizado, nos termos do art.
135, III, do Código Tributário Nacional, por crédito tributário, cujo fato gerador ocorrera quatro
anos antes da citação pessoal de Antônio. Como defesa, Antônio aduz, em exceção de pré-
executividade, que o inadimplemento do crédito tributário exequendo não decorreu de fato que
lhe pudesse ser imputado.
Com base na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, é correto afirmar que a exceção de
pré-executividade
A) é cabível para excluir o sócio, pois a execução fiscal fora ajuizada contra a empresa
contribuinte, sendo inviável a responsabilização posterior ao ajuizamento.
B) não é cabível, pois, em se tratando de matéria de defesa do sócio responsabilizado, pode ser
aduzida somente por meio de recurso contra o despacho que o incluiu no polo passivo da
execução.
D) é cabível, desde que o crédito exequendo tenha sido constituído de ofício, circunstância em
que a ausência de culpa do responsável pode ser alegada por qualquer meio processual.
E) não é cabível, pois tem por causa matéria de fato, insuscetível de conhecimento de ofício
pelo juiz, demandando prova que não pode ser produzida pelo meio processual utilizado.
Comentário:
63
O gabarito da questão é a letra E em conformidade com a súmula 393 do STJ, segundo a qual
"a exceção de pré-executividade é admissível na execução fiscal relativamente às matérias
conhecíveis de ofício que não demandem dilação probatória".
Questão 12
(CESPE - 2018 - PGE-PE - Procurador do Estado) De acordo com a Lei n.º 6.830/1980, a PGE/PE
pode promover execução fiscal contra
C) o depositário e o espólio.
Comentário:
V - o responsável, nos termos da lei, por dívidas, tributárias ou não, de pessoas físicas ou pessoas
jurídicas de direito privado.
Questão 13
(VUNESP - 2017 - DPE-RO - Defensor Público Substituto - Texto associado) A empresa ABC
Ltda. discorda da legalidade da cobrança de tributo específico que vem sendo recolhido por ela
há três anos e gostaria de deixar de realizar novos recolhimentos a esse título e de obter
autorização para a compensação dos valores recolhidos no passado com outros tributos
vincendos devidos pela própria empresa.
D) Caso haja ação de caráter coletivo promovida por entidade associativa contra a cobrança do
tributo em questão, a empresa poderá se beneficiar de eventual decisão favorável na ação, ainda
que não tenha constado da relação nominal de associados que instruiu a petição inicial no
momento da propositura da ação.
E) Após constituído o crédito tributário, em caso de não pagamento da dívida pela empresa, a
Fazenda Pública poderá propor medida cautelar fiscal, a qual, se decretada pelo juiz, produzirá
a indisponibilidade dos bens do ativo circulante da empresa.
Comentário:
Art. 19. A sentença ou o acórdão que denegar mandado de segurança, sem decidir o mérito,
não impedirá que o requerente, por ação própria, pleiteie os seus direitos e os respectivos
efeitos patrimoniais.
Incorreta a letra B nos termos da Súmula 213 do STJ, segundo a qual "o mandado de segurança
constitui ação adequada para a declaração do direito à compensação tributária".
Nesse sentido:
Súmula 212 STJ: A compensação de créditos tributários não pode ser deferida por medida
liminar.
Súmula 213 do STJ: O mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração do
direito à compensação tributária.
65
A letra D está incorreta. Nesse sentido, observe a Tese de Repercussão Geral:
"A eficácia subjetiva da coisa julgada formada a partir de ação coletiva, de rito ordinário, ajuizada
por associação civil na defesa de interesses dos associados, somente alcança os filiados,
residentes no âmbito da jurisdição do órgão julgador, que o fossem em momento anterior ou
até a data da propositura da demanda, constantes da relação jurídica juntada à inicial do
processo de conhecimento”. (RE 612043, Relator Ministro Marco Aurélio, Tribunal Pleno,
julgamento em 10.5.2017, DJe de 6.10.2017 - tema 499)
Por fim, errado o que se afirma na letra E, conforme dispõe a Lei 8397/92:
Questão 14
(CESPE - 2017 - DPU - Defensor Público Federal) A respeito das normas gerais de direito
tributário, julgue o seguinte item.
Certo
Errado
Comentário:
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;"
Questão 15
(FMP Concursos - 2017 - PGE-AC - Procurador do Estado) Sobre eventual mandado de
segurança em matéria tributária, é CORRETO afirmar que
A) só cabe para discutir eventos futuros, pois é proibida sua utilização como substitutivo da
ação de repetição de indébito.
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B) é possível utilizar-se para desconstituir auto de infração, mas somente até 120 dias do ato
coator, ou seja, da autuação fiscal, mesmo que haja recurso administrativo.
C) a liminar pode suspender a exigibilidade do tributo, mas desde que se tenham esgotado
todas as tentativas de anulação auto de infração administrativamente.
D) caso o pedido seja de compensação com pagamento indevido usualmente inadmitido pelo
Fisco, o mandamus é preventivo porque o ato coator, a negativa, ainda está por ocorrer, não se
computando o prazo decadencial de 120 dias.
Comentário:
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GABARITO
Questão 1 – A
Questão 2 – C
Questão 3 - C
Questão 4 - A
Questão 5 - D
Questão 6 - B
Questão 7 - B
Questão 8 - E
Questão 9 - D
Questão 10 - E
Questão 11 – E
Questão 12 – D
Questão 13 - C
Questão 14 - Errado
Questão 15 - D
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QUESTÃO DESAFIO
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GABARITO QUESTÃO DESAFIO
Resposta ideal:
O Mandado de Segurança não é cabível para obter repetição de indébito, pois tal medida
não produz efeitos patrimoniais em relação a período pretérito, conforme Súmula 271, do
STF.
Não é cabível MS
O Mandado de Segurança está previsto na Constituição Federal no art. 5º, LXIX e na Lei nº
12.016/2009, servindo para o Direito Tributário como meio para proteger o direito líquido e
Segundo o autor Marcus Abraham (ABRAHAM, Marcus. Curso de Direito Financeiro Brasileiro .
5. ed. Rio de Janeiro: Forense , 2018. p. 422-422.), “Diante de um conflito de interesses em
matéria tributária, o mandado de segurança pode ser interposto de duas formas: a) repressiva
(suspensiva): quando o ato coator já estiver produzindo efeitos, como no caso de recusa pela
preventiva: quando o ato coator estiver na iminência de ocorrer, como para que seja impedida
a autoridade tributária que está em vias de apreender mercadorias do contribuinte com o
No âmbito do Mandado de Segurança, o STF aditou a súmula 269 afirmando que o Mandado
de Segurança não é substitutivo de ação de cobrança. No caso em tela, a ação de repetição de
indébito tributário é uma forma de cobrar o sujeito ativo da relação tributária, sendo este um
dos motivos da impossibilidade de usar tal medida quando for esse o objetivo.
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Súmula 271, do STF
A Súmula 271 do STF lembra que a concessão de mandado de segurança não produz efeitos
patrimoniais em relação a período pretérito, os quais devem ser reclamados administrativamente
Ainda o autor Marcus Abraham comenta (ABRAHAM, Marcus. Curso de Direito Financeiro
Brasileiro . 5. ed. Rio de Janeiro: Forense , 2018. p. 423-423.): “Ademais, é também incabível a
utilização do mandado de segurança para repetição do indébito tributário (Súmulas 269 e 271,
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LEGISLAÇÃO COMPILADA
EXECUÇÃO FISCAL
Lei 6.830/1980: rege todos os aspectos da Execução Fiscal. Todos os seus dispositivos
são importantes e merecem atenção em razão de sua alta recorrência em certames
públicos.
CTN: Arts. 134, 135
Súmulas do STJ: 314, 409, 414, 430, 435, 521, 558, 559
O arquivamento provisório previsto no art. 20 da Lei n. 10.522/2002, dirigido aos débitos inscritos como dívida
ativa da União pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional ou por ela cobrados, não se aplica às execuções fiscais
movidas pelos conselhos de fiscalização profissional ou pelas autarquias federais.
Em ações de execução fiscal, é desnecessária a instrução da petição inicial com o demonstrativo de cálculo do
débito, por tratar-se de requisito não previsto no art. 6º da Lei nº 6.830/1980.
Em ações de execução fiscal, a petição inicial não pode ser indeferida sob o argumento da falta de indicação do
CPF e/ou RG ou CNPJ da parte executada.
A legitimidade para a execução fiscal de multa pendente de pagamento imposta em sentença condenatória é
exclusiva da Procuradoria da Fazenda Pública.
Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação
aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente.
73
O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a responsabilidade solidária do sócio-
gerente.
A citação por edital na execução fiscal é cabível quando frustradas as demais modalidades.
Em execução fiscal, a prescrição pode ser decretada de ofício (art. 219, §5º do CPC).
Em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis, suspende-se o processo por um ano, findo o qual se inicia
o prazo da prescrição quinquenal intercorrente.
MANDADO DE SEGURANÇA
A suspensão da liminar em mandado de segurança, salvo determinação em contrário da decisão que a deferir,
vigorará até o trânsito em julgado da decisão definitiva de concessão da segurança ou, havendo recurso, até a sua
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manutenção pelo Supremo Tribunal Federal, desde que o objeto da liminar deferida coincida, total ou parcialmente,
com o da impetração.
O mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração do direito à compensação tributária”.
É incabível o mandado de segurança para convalidar a compensação tributária realizada pelo contribuinte” .
O pedido administrativo de compensação ou de restituição não interrompe o prazo prescricional para a ação de
repetição de indébito tributário de que trata o art. 168 do CTN nem o da execução de título judicial contra a
Fazenda Pública. STJ. 1ª Seção. Aprovada em 12/12/2018, DJe 17/12/2018.
CPC: Art. 19
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JURISPRUDÊNCIA
EXECUÇÃO FISCAL
A execução fiscal pode ser redirecionada em desfavor da empresa sucessora para cobrança de
crédito tributário relativo a fato gerador ocorrido posteriormente à incorporação empresarial e
ainda lançado em nome da sucedida, sem necessidade de modificação da Certidão de Dívida Ativa,
quando verificado que esse negócio jurídico não foi informado oportunamente ao fisco” (REsp
1848993/SP, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 26/08/2020, DJe
09/09/2020)
A Corte entendeu que, se a sucessão empresarial por incorporação não foi informada ao fisco, a execução de
crédito tributário anterior lançado para a empresa sucedida pode ser redirecionada para a sociedade incorporadora
sem a necessidade de alteração da CDA. A interpretação conjunta dos artigos 1.118 do Código Civil e 123 do CTN
- Código Tributário Nacional revela que o negócio jurídico que culmina na extinção da pessoa jurídica por
incorporação empresarial apenas surte seus efeitos na esfera tributária depois da comunicação ao fisco. Se a
incorporação não foi oportunamente informada, é de se considerar válido o lançamento realizado contra a
contribuinte original que veio a ser incorporada, não havendo a necessidade de modificação desse ato
administrativo para fazer constar o nome da empresa incorporadora, sob pena de permitir que esta última se
beneficie de sua própria omissão.
A questão decidida na ação cautelar de caução prévia tem natureza jurídica de incidente
processual inerente à execução fiscal, não guardando autonomia a ensejar condenação em
honorários advocatícios em desfavor de qualquer das partes. STJ. 1ª Turma. AREsp 1521312-MS,
Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 09/06/2020 (Info 675).
Não se pode atribuir ao Fisco a causalidade pela cautelar de caução prévia à execução fiscal sob risco de imputar
ao credor a obrigatoriedade da propositura imediata da ação executiva, retirando-se dele a discricionariedade da
escolha do momento oportuno para a sua proposição e influindo diretamente na liberdade de exercício de seu
direito de ação. Além disso, não se pode condenar o devedor a pagar honorários considerando que ele tem o
direito de ofertar bens à penhora na execução fiscal. Logo, ele também tem o direito de se adiantar e oferecer essa
garantia antes mesmo de o Fisco decidir propor a execução fiscal, antecipando essa fase processual.
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Coexistindo execução fiscal e execução civil, contra o mesmo devedor, com pluralidade de
penhoras recaindo sobre o mesmo bem, o produto da venda judicial, por força de lei, deve
satisfazer o crédito fiscal em primeiro lugar (STJ. 3ª Turma. REsp 1.661.481-SP, Rel. Min. Nancy
Andrighi, julgado em 10/03/2020 - Info 667).
Os créditos titularizados pela Fazenda Nacional têm natureza tributária e, por força de lei, não se sujeitam a
concurso de credores e detém preferência sobre os créditos comuns. Nesse sentido, posicionam-se os arts. 186 e
187 do CTN ao prever que o crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de
sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho e a
cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação
judicial, concordata, inventário ou arrolamento.
a norma contida no artigo 4º, parágrafo 1º, da Lei da Medida Cautelar Fiscal, que limita a decretação de
indisponibilidade apenas aos bens do ativo imobilizado, possui a finalidade de ‘proteção da empresa’. Todavia, de
acordo com o julgado acima, essa norma deve ser afastada diante da constatação de situações fraudulentas ou
abusivas. Nesses casos, o poder geral de cautela permite ao magistrado, dentro das condições e limites impostos
pela legislação e com observância da proporcionalidade, como ocorre com o regular ato de penhora no processo
executivo, decretar a indisponibilidade de todos os bens dos devedores e, eventualmente, dos sócios.
MANDADO DE SEGURANÇA
O Secretário de Estado da Fazenda não possui legitimidade para figurar, como autoridade coatora,
em mandado de segurança que visa afastar exigência fiscal supostamente ilegítima. (RMS
54.823/PB, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, julgado em 26/05/2020, DJe
05/06/2020)
Sobre a teoria da encampação - que mitiga a indicação errônea da autoridade coatora, em mandado de segurança
o STJ firmou o entendimento de que tal teoria apenas se aplica ao mandado de segurança, quando preenchidos
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os seguintes requisitos, cumulativamente: (a) existência de subordinação hierárquica entre a autoridade que
efetivamente praticou o ato e aquela apontada como coatora, na petição inicial; (b) manifestação a respeito do
mérito, nas informações prestadas; (c) ausência de modificação de competência, estabelecida na Constituição, para
o julgamento do writ, requisito que, no caso em análise, não foi atendido.
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MAPA MENTAL
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDRE, Ricardo. Direito tributário. 11ª ed. rev., atual. e ampl. Salvador: Juspodivm, 2017.
COSTA, Regina Helena. Curso de direito tributário.– 8. ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2018.
HARADA, Kiyoshi. Direito Financeiro e Tributário - 28. ed. - São Paulo: Atlas, 2019.
MELO FILHO, João Aurino de. Racionalidade legislativa do processo tributário. 1ª Edição. Juspodivm, 2018.
NOVAIS, Rafael. Direito Tributário Facilitado. – 3. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018
PAULSEN, Leandro. Constituição e código tributário comentados à luz da doutrina e da jurisprudência. – 20.
ed. – São Paulo: Saraiva, 2019.
PETRY, Rodrigo Caramori. A anterioridade tributária nonagesimal: análise de sua aplicação prática para as
contribuições e outros tributos. Porto Alegre, Síntese, Instituto de Estudos Tributários, 2011.
SABBAG, Eduardo. Código Tributário Nacional Comentado– 2. ed. rev., atual. e ampl. – São Paulo: MÉTODO, 2018.
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