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TRIBUTÁRIO
Direito Tributário na Constituição
Federal: as Limitações ao Poder
de Tributar – Princípios
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
DIREITO TRIBUTÁRIO
Direito Tributário na Constituição Federal: as Limitações ao Poder de Tributar - Princípios
Renato Grilo
Sumário
Direito Tributário na Constituição Federal: as Limitações ao Poder de Tributar -
Princípios........................................................................................................................................... 3
As Limitações ao Poder De Tributar............................................................................................. 3
1. A Apresentação das Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar............................ 4
2. Os Princípios Constitucionais Tributários: o Percurso a Ser Trilhado pelo Ente
Tributante.......................................................................................................................................... 6
3. A Legalidade Tributária. . ............................................................................................................. 8
3. A Irretroatividade Tributária.. .................................................................................................. 22
4. Anterioridade Tributária ou Princípio da Eficácia Diferida. . ............................................. 24
5. Isonomia Tributária................................................................................................................... 32
6. A Vedação ao Confisco. . ............................................................................................................ 33
7. Proibição de Limitações ao Tráfego por meio de Tributos Interestaduais e
Intermunicipais.. ............................................................................................................................. 35
8. Garantias da Federação: Princípios Tributários de Proteção Federativa. . .................... 36
Questões de Concurso..................................................................................................................40
Gabarito............................................................................................................................................ 65
Gabarito Comentado..................................................................................................................... 66
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Na primeira aula, eu disse que o tributo é o objeto da tributação e esta, por sua vez, repre-
senta a atividade do Estado de derivar parte da riqueza que é produzida pela sociedade para a
sua viabilização. Existe o tributo para que o Estado exista e preste serviços públicos.
Já na segunda aula mostramos a lógica existente entre o tributo, a tributação e o Direito
Tributário: a parte fundamental (o tributo), o movimento ou a dinâmica da parte fundamental
na direção do cumprimento de seus objetivos (a tributação) e a regulamentação de como
esse processo se desenvolve por meio do estabelecimento de normas, princípios e regras (o
Direito Tributário).
O Direito Tributário é o sistema de regras e princípios que regula a incidência do tributo
(a dinâmica da “tributação”); portanto, ele regulamenta o modo pelo qual o tributo incidirá
sobre a sociedade.
E o que é “regulamentar”?
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Agora vamos falar sobre o “ladrilho”, ou o “caminho”, ou, ainda, a “trilha” através da qual o
exercício da competência tributária deve caminhar!
A competência tributária é a prerrogativa dada pela Constituição para o ente federativo
instituir o tributo, mas essa a mesma Carta Magna também diz os limites a serem observados
nessa criatividade tributária.
Vale dizer que a prerrogativa é dada para ser exercida com parâmetros principiológicos
e limites valorativos: os primeiros são os princípios constitucionais tributários; os limites de
valor constitucional são as imunidades tributárias, “territórios” eleitos pela Constituição para
não serem tributados.
Além dos princípios norteadores da atividade criativa tributária e limitadores da tributa-
ção, há outros princípios tributários que se referem às relações federativas.
Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar
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Curso de direito tributário completo. 10. ed. São Paulo: Saraiva, 2019), os problemas relacio-
nados à tributação, desde cedo, despertaram a necessidade de compatibilização da arreca-
dação com o respeito à liberdade e ao patrimônio dos contribuintes. Por envolver imposição,
poder e autoridade, a tributação deu ensejo a muitos excessos e arbitrariedades ao longo
da história. Muitas vezes, foi sentida como simples confisco. Não raramente, a cobrança de
tributos envolveu violência, constrangimentos e restrição a direitos. Essa condição de dema-
siada sujeição em que se viam os contribuintes, associada à indignação com as diferenças
sociais e com o destino que era dado aos recursos, despertou movimentos pela preservação
da propriedade e da liberdade, de um lado, e pela participação nas decisões públicas, de outro.
Por exemplo, em 1215, na Inglaterra, os barões e os religiosos impuseram a Magna Carta para
conter o arbítrio do rei, estabelecendo a separação de poderes, a cobrança de apenas três
espécies de tributos e para que, caso existisse a hipótese de uma nova imposição tributária,
haveria a necessidade de autorização por um concílio.
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Para tributar - criar e cobrar os tributos que a CF lhe atribuiu - o ente federativo precisa
fugir ao exagero e trilhar o caminho dos princípios constitucionais tributários, não adentrando
nas “estradas” que a Constituição proibiu (imunidades) e respeitando, mutuamente, os de-
mais entes federativos que trilham o mesmo percurso da tributação (princípios constitucio-
nais tributários de proteção federativa, artigos 151 e 152 da CF).
Os princípios constitucionais tributários de proteção ao contribuinte e de proteção fede-
rativa servem de baliza para a tributação, ditando-lhe as diretrizes que devem ser seguidas e
respeitadas. São como sinalizações em uma estrada: placas que determinam a velocidade, tra-
çados que impedem a ultrapassagem, linhas contínuas que delimitam a faixa de rodagem etc.
Vamos dar uma “passada” geral em alguns desses princípios e depois analisaremos to-
dos, um a um.
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tributos), não pode invadir a competência tributária dos seus pares; é por esse motivo que a
Constituição Federal veda a chamada isenção heterônoma, que ocorre quando um ente (es-
pecificamente, a União) dispensa os contribuintes do pagamento de tributo cuja competência
para a instituição não é sua (CF, art. 151, III). Essa já não é uma proteção constitucional prin-
cipiológica voltada aos contribuintes, mas à garantia de harmonia federativa, em respeito ao
princípio federativo.
3. A Legalidade Tributária
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
(...)
§ 6º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumi-
do, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido
mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias
acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art.
155, § 2º, XII, g.
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A Fixação do Prazo para Pagamento do Tributo Pode Ser Feita Por Ato
Infralegal
O prazo aberto para o pagamento do tributo não é matéria reservada à lei formal, mas à
legislação tributária.
Aqui é necessário fazer um esclarecimento de fundamental importância para a compreen-
são do Direito Tributário, que diz respeito à diferença entre legislação tributária e lei tributária.
A “legislação tributária” é um conceito especial para o Direito Tributário porque ele recebe
uma qualificação legislativa diferenciada.
Geralmente, quando se fala em “legislação administrativa” ou “legislação ambiental”, a
referência é feita ao conjunto de leis formais que regem os ramos do Direito Administrativo e
do Direito Ambiental.
No Direito Tributário, ocorre de modo diferente: o CTN diz, autenticamente, o que é “le-
gislação tributária” e ele não conceitua essa expressão técnica como sendo tão somente o
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conjunto de leis formais, mas, sim, como todo e qualquer ato normativo que regule a forma
como a tributação (criação e cobrança de tributos) se dará.
Vejamos o teor do artigo 96 do CTN:
Art. 96. A expressão “legislação tributária” compreende as leis, os tratados e as convenções in-
ternacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre
tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.
Essa é uma disposição explicativa, que inicia o Livro Segundo do CTN (o de mais impor-
tante leitura). Trata-se de uma disposição normativa explicativa pelo fato de que ela se repe-
tirá em outras 29 vezes no código!
Isso mesmo. O CTN repete a expressão outras 29 vezes. Por isso, ele diz o que é “legis-
lação tributária”.
Como se depreende da leitura do artigo 96 do CTN, a expressão abrange leis formais,
tratados e convenções internacionais (que, quando incorporados, no mais das vezes, corres-
pondem às leis formais), atos infralegais e normas complementares.
Portanto, tudo que for normativo (em sentido amplíssimo) e disser respeito à regulação
da tributação, ou seja, disser respeito ao Direito Tributário, estará dentro do conceito de “le-
gislação tributária”.
Já a “lei tributária” é uma expressão que quer se referir à legalidade estrita tributária, me-
diante a utilização exclusivamente da lei formal – ato legislativo emanado do Poder Legislativo.
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Art. 160. Quando a legislação tributária não fixar o tempo do pagamento, o vencimento do crédito
ocorre trinta dias depois da data em que se considera o sujeito passivo notificado do lançamento.
Parágrafo único. A legislação tributária pode conceder desconto pela antecipação do pagamento,
nas condições que estabeleça.
Ora, se o CTN diz que o “tempo do pagamento” do tributo vem em regra fixado pela “le-
gislação tributária” ou será de trinta dias, ele permite que decretos e normas complementares
(atos infralegais) fixem o prazo para o pagamento do tributo – segundo a dicção do transcrito
art. 96 do CTN.
Nesse sentido, o STF, desde muito, fixou o entendimento de que a data de recolhimento de
texto do CTN.
Portanto, a fixação do prazo para pagamento do tributo pode ser feita por ato infralegal.
Estimado leitor, como eu disse acima, o CTN utiliza 30 vezes a expressão “legislação tri-
butária”: em uma destas, explica o que ela é (Art. 96) e nas outras 29 ocasiões faz a aplicação
prática da expressão.
É o caso do também citado art. 160, o qual permite que a “legislação tributária” estabeleça
o prazo para pagamento do tributo. Também é o caso das obrigações tributárias acessórias,
nos termos do art. 113 do CTN:
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Bem, esse é um tema a ser melhor desenvolvido mais à frente. Contudo, impossível expli-
car de modo satisfatório esse ponto sem introduzir o instituto da obrigação tributária.
A obrigação tributária, conforme regulada pelo CTN, tem três possíveis objetos:
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Já as obrigações acessórias, por sua vez, servem para que se institua uma conduta ou
abstenção de conduta que se revele útil à administração tributária. Não se trata, portanto, de
uma obrigação de dar dinheiro, mas de fazer ou não fazer algo.
Da mesma forma, as obrigações acessórias são autônomas em relação às obrigações
tributárias principais, de modo que uma imobiliária pode ser obrigada a prestar informações
relativas às rendas de alugueis que são repassadas aos donos de imóveis alugados, no in-
teresse do Fisco federal para a cobrança de imposto sobre a renda, mesmo sem realizar o
fato gerador do tributo. Igualmente, uma entidade isenta ou imune pode ser tributariamente
obrigada a manter sua escrita fiscal em dia ou abster-se de determinado comportamento,
atendendo ao interesse da administração tributária.
As obrigações tributárias principais, de dar dinheiro (seja tributo, seja multa tributária),
somente podem ser instituídas em lei.
Contudo, o CTN afirma que “a obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem
por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação
ou da fiscalização dos tributos”.
Ou seja, a obrigação acessória tem como fonte normativa (“decorre”) da “legislação tri-
butária”, de modo que pode também ser instituída por atos infralegais, como decretos ou os
chamados “atos complementares”.
Portanto, as obrigações acessórias podem ser instituídas por ato infralegal.
Uma última observação: o que acontece se o obrigado a fazer algo no interesse da ad-
ministração tributária, nos termos de um decreto tributário, vem a omitir-se?
O CTN, conforme transcrevi acima, traz a solução: “A obrigação acessória, pelo simples fato
da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária”.
Ou seja, o fazer ou não fazer, quando descumpridos, pode ser convertido em obrigação
tributária principal sancionatória, de pagar a multa tributária. Contudo, é importante dizer
que essa conversão da obrigação acessória em obrigação principal de pagar multa tributária,
como expressão do direito sancionatório tributário, depende de lei formal.
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A mera atualização monetária do tributo, geralmente de sua base de cálculo, pode ser
feita mediante ato infralegal, desde que sejam observados os índices oficiais de recomposi-
ção da moeda.
Súmula 160 do STJ: É defeso, ao Município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em per-
centual superior ao índice oficial de correção monetária.
É inconstitucional a majoração do IPTU sem edição de lei em sentido formal, vedada a
atualização, por ato do Executivo, em percentual superior aos índices oficiais.
[RE 648.245, rel. min. Gilmar Mendes, j. 1º-8-2013, P, DJE de 24-2-2014, Tema 211.]
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Observe que afastar o fenômeno inflacionário do tributo não implica majorá-lo, mas re-
presenta apenas a aplicação ao valor dos índices oficiais que recompõem a moeda (“atuali-
zação do valor monetário da respectiva base de cálculo”).
A Majoração ou Redução das Alíquotas do II, IE, IPI E IOF Pode Ser Feita por
Decreto Presidencial ou Portaria do Ministro da Economia
Na aula passada, eu disse que a tributação passa por um estudo de política pública esta-
tal que deve primar por um constante monitoramento, de modo a evitar efeitos indesejados
(como a regressividade ou o efeito de confisco). Contudo, a tributação e o tributo também po-
dem ser utilizados como meios ou mecanismos regulatórios ou indutivos de outras políticas
públicas (que não seja, especificamente, a política pública tributária).
Desse modo, inevitavelmente, todos os tributos têm duas funções ou efeitos: a de trazer
recursos aos cofres públicos, chamada de função ou efeito fiscal do tributo, e a de interferir
em algum nicho econômico, fazendo com que os particulares alterem ou adequem condutas,
chamada de função ou efeito extrafiscal do tributo.
Essa função extrafiscal é muito relacionada a intervenções da União no domínio econô-
mico, por meio dos impostos marcadamente extrafiscais. Todo e qualquer tributo tem uma
consequência extrafiscal. Inevitavelmente, a tributação provoca modificações para além da
entrega do numerário financeiro (aspecto fiscal).
Por exemplo, se a União Federal passar a tributar, mediante imposto de renda, os dividendos (hoje
eles são isentos), haverá um considerável efeito fiscal da medida tributária, uma vez que o volume
de dividendos é grande e muitos recursos ingressarão no caixa público. Contudo, os agentes eco-
nômicos que hoje recebem dividendos isentos certamente buscarão uma forma de tentar ameni-
zar o hipotético fim da isenção fiscal, fazendo surgir os efeitos extrafiscais do imposto.
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Assim, por exemplo, quando se fala em exportação ou importação, tem-se a ideia de in-
corporação de um produto a economia de outro país ou a incorporação na nossa economia
(caso da importação). Essa incorporação interfere diretamente na nossa produtividade in-
terna, indústria, emprego e desenvolvimento nacional. Assim, a alteração na tributação da
importação é capaz de atingir em cheio inúmeros e legítimos interesses nacionais.
De acordo com Leandro Paulsen (op. cit.), encontramos os seguintes dispositivos consti-
tucionais que autorizam de modo inequívoco a utilização extrafiscal de tributos:
• Nas exceções às anterioridades de exercício e/ou nonagesimal mínima e nas atenua-
ções à legalidade relativamente a impostos capazes de atuar como reguladores da pro-
dução de bens (IPI), do comércio internacional (II e IE) e da demanda monetária (IOF),
atribuindo-se ao Executivo prerrogativas para a ágil alteração da legislação respectiva;
• Na previsão de que os impostos sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU)
e territorial rural (ITR) sejam utilizados de modo a induzir o cumprimento da função
social da propriedade (arts. 170, III, e 182, § 4º, II);
• Na previsão de benefícios fiscais de incentivo regional (art. 151, I);
• Na determinação de estímulo ao cooperativismo (arts. 146, III, c, e 174, §2º);
• Na determinação de tratamento diferenciado e favorecido às microempresas e às em-
presas de pequeno porte (art. 146, III, d).
A primeira hipótese apresentada pelo professor é a que nos interessa. A tributação pela
espécie “imposto” da importação, exportação, operações financeiras e industrialização é ex-
tremamente sensível aos interesses geopolíticos brasileiros.
Sabe-se que a “máquina” legislativa não é capaz de dar uma resposta rápida às neces-
sidades prementes que envolvem a tributação da importação, exportação, operações finan-
ceiras e industrialização. Há um inevitável tempo de reflexão que envolve as discussões le-
gislativas, e o País não pode perder o “time” das questões alfandegárias e de interesses mais
imediatos no campo econômico e produtivo.
Diante desse contexto, sabiamente a Constituição Federal permite ao Poder Executivo,
seja por decreto presidencial ou portaria do ministro da economia, a majoração ou redução
das alíquotas do II, IE, IPI e IOF.
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O art. 149 da CF permite que a União institua três tipos de contribuições: interventivas,
corporativas e sociais.
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no do-
mínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento
de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem
prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
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Art. 177: § 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às ati-
vidades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus deriva-
dos e álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos:
(...)
I – a alíquota da contribuição poderá ser:
(...)
b)reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art.
150,III, b; (...).
Portanto, cuidado para não confundir as respectivas autorizações legais. “Alteração”, ain-
da que dentro dos limites e condições legais, não é o mesmo que restabelecimento.
A última mitigação à forma legal dos tributos é bastante interessante: em relação ao ICMS
- COMBUSTÍVEL a fixação da alíquota é feita mediante deliberação dos estados e DF, ou seja,
é uma alíquota que chamo de “alíquota deliberativa”.
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O artigo 155 da CF, que enuncia os impostos de competência dos estados, dispõe, quanto
ao ponto, que:
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
(...)
II – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se ini-
ciem no exterior;
(...)
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
(...)
XII – cabe à lei complementar:
(...)
g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incen-
tivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.
h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única vez, qualquer
que seja a sua finalidade, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, b;
(...)
§ 4º Na hipótese do inciso XII, h, observar-se-á o seguinte:
I – nas operações com os lubrificantes e combustíveis derivados de petróleo, o imposto caberá ao
Estado onde ocorrer o consumo;
II – nas operações interestaduais, entre contribuintes, com gás natural e seus derivados, e lubrifi-
cantes e combustíveis não incluídos no inciso I deste parágrafo, o imposto será repartido entre os
Estados de origem e de destino, mantendo-se a mesma proporcionalidade que ocorre nas opera-
ções com as demais mercadorias;
III – nas operações interestaduais com gás natural e seus derivados, e lubrificantes e combustí-
veis não incluídos no inciso I deste parágrafo, destinadas a não contribuinte, o imposto caberá ao
Estado de origem;
IV – as alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação dos Estados e Distrito Federal,
nos termos do § 2º, XII, g, observando-se o seguinte:
a) serão uniformes em todo o território nacional, podendo ser diferenciadas por produto;
b) poderão ser específicas, por unidade de medida adotada, ou ad valorem, incidindo sobre o valor
da operação ou sobre o preço que o produto ou seu similar alcançaria em uma venda em condições
de livre concorrência;
c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b.
§ 5º As regras necessárias à aplicação do disposto no § 4º, inclusive as relativas à apuração e à
destinação do imposto, serão estabelecidas mediante deliberação dos Estados e do Distrito Fede-
ral, nos termos do § 2º, XII, g.
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Eu costumo dizer que o ICMS assume uma formatação deliberativa, especialmente no que
diz respeito aos favores fiscais. É necessário que haja consenso, acordo entre os entes tribu-
tantes, e não apenas o crivo da legalidade formal.
Assim, tratando-se de ICMS, e para que não ocorra a indesejada guerra fiscal, determi-
nados aspectos do tributo não são suficientemente solucionados com a mera aprovação de
uma lei pela Assembleia Legislativa do estado respectivo. Há uma necessidade adicional: o
consenso federativo entre os demais entes tributantes de ICMS.
A CF previu uma espécie específica de ICMS: o chamado ICMS - COMBUSTÍVEL mono-
fásico. As alíquotas desse tributo serão fixadas em comum acordo entre os entes federa-
tivos estatais.
Trata-se, portanto, da chamada “alíquota deliberativa”, típica de um tributo que é extrema-
mente sensível (ICMS) e que tem a deliberação como sua marca registrada.
Uma questão bastante relevante que surgiu no Direito Tributário brasileiro foi a das cha-
madas “normas tributárias em branco”, nas quais alguns dos elementos do tipo tributário
foram expressamente delegados à complementação por ato infralegal.
O Supremo Tribunal Federal entendeu que sim, desde que haja parâmetros, como um teto
para as alíquotas.
Não viola a legalidade tributária a lei que, prescrevendo o teto, possibilita o ato norma-
tivo infralegal fixar o valor de taxa em proporção razoável com os custos da atuação
estatal, valor esse que não pode ser atualizado por ato do próprio conselho de fiscali-
zação em percentual superior aos índices de correção monetária legalmente previstos.
STF. Plenário. RE 838284/SC, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 19/10/2016 (repercussão
geral) (Info 842 e 844).
Contribuição para o custeio do Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) (...). As Leis
7.787/1989, art. 3º, II, e 8.212/1991, art. 22, II, definem, satisfatoriamente, todos os ele-
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mentos capazes de fazer nascer a obrigação tributária válida. O fato de a lei deixar para
o regulamento a complementação dos conceitos de “atividade preponderante” e “grau
de risco leve, médio e grave” não implica ofensa ao princípio da legalidade genérica, CF,
art. 5º, II, e da legalidade tributária, CF, art. 150, I.
[RE 343.446, rel. min. Carlos Velloso, j. 20-3-2003, P, DJ de 4-4-2003.]
= AI 736.299 AgR, rel. min. Gilmar Mendes, j. 22-2-2011, 2ª T, DJE de 11-3-2011
Por outro lado, caso o legislador faça uma delegação sem qualquer parâmetro ou critério,
não haverá constitucionalidade na delegação legal.
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3. A Irretroatividade Tributária
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
[...]
III – — cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído
ou aumentado; [...]
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Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pen-
dentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início, mas não esteja completa nos
termos do artigo 116.
(...)
Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os
seus efeitos:
I – tratando-se de situação de fato, desde o momento em que o se verifiquem as circunstâncias
materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios;
II – tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente constituída,
nos termos de direito aplicável.
Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos pra-
ticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos
elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabele-
cidos em lei ordinária.
Isso ocorre porque o tributo não é retribuição sancionatória, nos termos do CTN:
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada.
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Esse princípio não encontra muitos paralelos nos demais ramos do Direito. Não há a exi-
gência de anterioridade das leis no Direito Civil, tampouco no Direito Penal. No Direito Eleito-
ral, Paulsen aponta instituto parecido, forte na anterioridade prevista no art. 16 da CF, com a
redação da EC 4/93, a qual determina que a lei que alterar o processo eleitoral não se aplica à
eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se
aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.
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Certo.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
(...)
III – cobrar tributos:
(...)
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
Garante que o contribuinte só estará sujeito, no que diz respeito à instituição e majoração
de tributos (incremento tributário), às leis publicadas até 31 de dezembro do ano anterior.
A anterioridade nonagesimal consta da alínea c ao art. 150, III, acrescida pela EC 42/03,
bem como do § 6º do art. 195 da CF.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
(...)
III – cobrar tributos:
(...)
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou, observado o disposto na alínea b;
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Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
(...)
§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos
noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes apli-
cando o disposto no art. 150, III, “b”.
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aprovar uma redução da carga tributária, embora o constituinte não o obrigue a observar um
prazo mínimo (anterioridade anual e noventena), ele pode livremente estabelecer que a lei, por
exemplo, só valerá 6 meses depois de publicada.
A segunda observação é a seguinte: a lei que cria o tributo ou que incrementa a carga
tributária, em regra, deve observar os prazos definidos pela Constituição, materializados nas
anterioridades anual e na noventena, mas nada impede que o legislador, ao aprovar a lei tribu-
tária mais gravosa, resolva dar ainda mais prazo para que os contribuintes se preparem para a
tributação. Assim, pode ocorrer que a lei que cria o tributo diga que ele só vale dali a um ano.
Se esse prazo atender aos prazos constitucionais do princípio da anterioridade e for além
deles, ótimo. Isso qualifica ainda mais a segurança jurídica e pode ser uma medida adotada
pelo legislador.
Por fim, a terceira observação.
Para o STF, o conceito de “modificação” perpassa a onerosidade efetiva para o contribuin-
te, de modo que a simples modificação em data de pagamento (antecipação) de contribuição
previdenciária não seria suficientemente hábil a avocar a noventena.
Súmula Vinculante 50 do STF: “Norma legal que altera o prazo de recolhimento da obri-
gação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade”.
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Aproveito para colacionar alguns textos de autoria do professor Alexandre Mazza que fa-
cilitam a compreensão e memorização das citadas exceções:
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Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
(...)
§ 6º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumi-
do, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido
mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias
acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art.
155, § 2º, XII, g.
Por exemplo, os proventos da inatividade recebidos por quem tem neoplasia maligna são
isentos; não fosse a isenção, o imposto de renda seria pago sobre referidos proventos, mas o
legislador entendeu por bem instituir a isenção.
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Obs.: Portanto, até que o Pleno do STF diga o contrário, a revogação da isenção (ou de
outro benefício fiscal), que é capaz de restabelecer a cobrança do tributo ou a cobran-
ça majorada do tributo, deve se submeter ao princípio da não surpresa (princípio da
anterioridade ou da eficácia tributária diferida).
Por fim, destaco um último precedente do STF a respeito do tema do princípio da anterio-
ridade, segundo o qual “A postergação de hipótese de redução de imposto não se equipara a
aumento do tributo, pelo que não atrai a incidência da anterioridade nonagesimal prevista no
art. 150, III, “c”, da Carta Política”.
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5. Isonomia Tributária
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
(...)
II – instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente,
proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, inde-
pendentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
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6. A Vedação ao Confisco
A tributação deve evitar tributar abaixo dos valores essenciais à garantia do mínimo exis-
tencial e respeitar o limite do efeito confiscatório.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
(...)
IV – utilizar tributo com efeito de confisco;
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vel para que o boi possa se recompor até a sugada do dia vindouro. Se o morcego exceder tal
limite, o boi não irá se restabelecer do sangue que lhe foi retirado e terminará morto; sucessi-
vamente faltará alimento também ao morcego, tendo o mesmo destino do boi.
O Estado deve pautar sua arrecadação pela moderação na imposição tributária, me-
diante mecanismos responsáveis que permitam a sobrevivência do particular e do desen-
volvimento econômico.
Isso significa que a cláusula constitucional da vedação ao confisco (Art. 150, IV, da CF/88)
tem o duplo efeito de proteger o contribuinte e informar um limite ao Estado, além do qual há
inviabilização da atividade produtiva.
A respeito do tema, indispensável a leitura dos precedentes do STF a seguir colacionados.
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fiscais), não pode agir imoderadamente, pois a atividade governamental acha-se essen-
cialmente condicionada pelo princípio da razoabilidade que se qualifica como verda-
deiro parâmetro de aferição da constitucionalidade material dos atos estatais.
[ADI 1.075 MC, rel. min. Celso de Mello, j. 17-6-1998, P, DJ de 24-11-2006.]
A aplicação da multa moratória tem o objetivo de sancionar o contribuinte que não
cumpre suas obrigações tributárias, prestigiando a conduta daqueles que pagam em dia
seus tributos aos cofres públicos. Assim, para que a multa moratória cumpra sua função
de desencorajar a elisão fiscal, de um lado não pode ser pífia, mas, de outro, não pode ter
um importe que lhe confira característica confiscatória, inviabilizando inclusive o recolhi-
mento de futuros tributos. O acórdão recorrido encontra amparo na jurisprudência desta
Suprema Corte, segundo a qual não é confiscatória a multa moratória no importe de 20%.
[RE 582.461, rel. min. Gilmar Mendes, j. 18-5-2011, P, DJE de 18-8-2011, Tema 214.]
O entendimento desta Corte é no sentido de que a abusividade da multa punitiva apenas
se revela naquelas arbitradas acima do montante de 100% do valor do tributo.
[AI 851.038 AgR, rel. min. Roberto Barroso, j. 10-2-2015, 1ª T, DJE de 12-3-2015.]
A multa punitiva é aplicada em situações nas quais se verifica o descumprimento volun-
tário da obrigação tributária prevista na legislação pertinente. Trata-se da sanção pre-
vista para coibir a prática de ilícitos tributários. Nessas circunstâncias, conferindo espe-
cial relevo ao caráter pedagógico da sanção, que visa desestimular a burla à atuação da
administração tributária, deve ser reconhecida a possibilidade de aplicação da multa em
percentuais mais rigorosos. Nesses casos, a Corte vem adotando como limite o valor
devido pela obrigação principal.
[RE 602.686 AgR-segundo, rel. min. Roberto Barroso, j. 9-12-2014, 1ª T, DJE de 5-2-2015.]
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Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
(...)
V – estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou
intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder
Público;
O pedágio cobrado pela efetiva utilização de rodovias conservadas pelo poder público,
cuja cobrança está autorizada pelo inciso V, parte final, do art. 150 da Constituição de
1988, não tem natureza jurídica de taxa, mas sim de preço público, não estando a sua
instituição, consequentemente, sujeita ao princípio da legalidade estrita (STF, ADI 800,
Ministro TEORI ZAVASCKI).
A uniformidade geográfica garante que a União aja com isonomia fiscal não apenas em
relação aos contribuintes, mas também em face dos demais entes federativos.
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Salvo questões que justifiquem o agir discriminado da União, diante da isonomia material
e a imperiosa necessidade de levar desenvolvimento a determinadas regiões, deve ser preser-
vada a isonomia fiscal federativa.
Seguem dois exemplos da jurisprudência relacionados a atuações positivas da União.
O inciso II do art. 151 também afirma o princípio federativo, impedindo que a União se
imponha perante os demais entes federados mediante tributação privilegiada em detrimento
dos interesses dos estados e dos municípios. Não fosse assim, as obrigações federais seriam
favorecidas, visto que, oneradas mais drasticamente as obrigações estaduais e municipais, o
investidor as preteriria, preferindo naturalmente as federais.
No que diz respeito à vedação às isenções heterônomas, a lei federal não pode conceder
isenções de tributos estaduais e municipais. Não pode também isentar a própria União e suas
autarquias de taxas estaduais, como as custas judiciais.
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Súmula 178 do STJ: “O INSS não goza de isenção do pagamento de custas e emolumen-
tos, nas ações acidentárias e de benefícios propostas na Justiça Estadual”.
Não obstante, deve-se diferenciar a posição da União, enquanto ente federativo tributante,
daquela posição que assume na condição de representante da República Federativa do Brasil.
A cláusula de vedação inscrita no art. 151, III, da Constituição – que proíbe a conces-
são de isenções tributárias heterônomas – é inoponível ao Estado Federal brasileiro
(vale dizer, à República Federativa do Brasil), incidindo, unicamente, no plano das rela-
ções institucionais domésticas que se estabelecem entre as pessoas políticas de direito
público interno (...). Nada impede, portanto, que o Estado Federal brasileiro celebre tra-
tados internacionais que veiculem cláusulas de exoneração tributária em matéria de
tributos locais (como o ISS, p. ex.), pois a República Federativa do Brasil, ao exercer o
seu treaty-making power, estará praticando ato legítimo que se inclui na esfera de suas
prerrogativas como pessoa jurídica de direito internacional público, que detém – em
face das unidades meramente federadas – o monopólio da soberania e da personali-
dade internacional.
[RE 543.943 AgR, rel. min. Celso de Mello, j. 30-11-2010, 2ª T, DJE de 15-2-2011.]
A isenção de tributos estaduais prevista no Acordo Geral de Tarifas e Comércio para as
mercadorias importadas dos países signatários, quando o similar nacional tiver o mesmo
benefício, foi recepcionada pela Constituição da República de 1988. O art. 98 do CTN
“possui caráter nacional, com eficácia para a União, os Estados e os Municípios” (voto do
eminente ministro Ilmar Galvão). No direito internacional, apenas a República Federativa
do Brasil tem competência para firmar tratados (art. 52, § 2º, da CF), dela não dispondo a
União, os Estados-membros ou os Municípios. O presidente da República não subscreve
tratados como chefe de Governo, mas como chefe de Estado, o que descaracteriza a exis-
tência de uma isenção heterônoma, vedada pelo art. 151, III, da Constituição.
[RE 229.096, rel. p/ o ac. min. Cármen Lúcia, j. 16-8-2007, P, DJE de 11-4-2008.]
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Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributá-
ria entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (CESPE/2019/TCE-RO/PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS) A
respeito dos princípios tributários, assinale a opção correta.
a) De acordo com o princípio da legalidade tributária, em sua vertente reserva legal, o imposto
sobre grandes fortunas (IGF), os empréstimos compulsórios e os impostos e contribuições
residuais devem ser instituídos por lei complementar.
b) A instituição de imposto que incidirá sobre o transporte interestadual viola o princípio da
liberdade de tráfego.
c) Conforme o princípio da retroatividade in bonam partem, por meio de ato infralegal é pos-
sível reduzir tributo ou penalidade.
d) Em atenção ao princípio da progressividade tributária, é constitucional lei que estabelece
alíquotas progressivas para o imposto sobre transmissão de bens imóveis (ITBI) com base no
valor venal do imóvel.
e) O princípio da anterioridade tributária aplica-se à revogação de tributos ou diminuição
de alíquotas.
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( ) O Princípio da não limitação do tráfego de pessoas e bens e a ressalva o pedágio deter-
mina que a imposição de um determinado tributo não pode ter consequência o desapa-
recimento total de um determinado bem.
Assinale a correta:
a) V, F, V, F.
b) F, F, V, V.
c) F, V, V, F.
d) V, V, F, V.
e) V, F, F, V.
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c) I e IV.
d) III e IV.
e) II e III.
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d) o princípio da anterioridade, tal como previsto no texto constitucional vigente, impede que
qualquer imposto seja cobrado no mesmo exercício em que haja sido publicada a lei que o
instituiu ou aumentou e antes de decorridos noventa dias da data daquela publicação.
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c) constitucional, pois o princípio da legalidade estrita terá sido integralmente respeitado pela
aprovação da lei municipal, considerando a distribuição constitucional de competência exclu-
siva aos municípios para a cobrança de taxas.
d) inconstitucional, pois o princípio da legalidade desautoriza a cobrança de tributos sobre
fatos geradores ocorridos antes de decorridos 90 (noventa) dias da data em que haja sido
publicada a lei que os instituiu.
e) inconstitucional, pois o princípio da irretroatividade em matéria tributária veda a cobrança
de tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os
houver instituído.
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c) A União pode conceder tal isenção, desde que por meio de resolução do Senado Federal
aprovada por maioria absoluta dos senadores.
d) O Estado ABC, e não a União, é o ente federado competente para conceder tais isenções
relativas a tributo de competência dos Municípios situados no território estadual.
e) A União não pode conceder tal isenção, por violar a autonomia municipal.
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c) é lícito à União tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios.
d) é lícito à União instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Fe-
deral ou dos Municípios.
e) é lícito à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional, vedada
a concessão de incentivos fiscais de qualquer natureza.
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De acordo com o Supremo Tribunal Federal, a norma legal que altera o prazo de recolhimento
da obrigação tributária deve observar o princípio da anterioridade que for aplicável ao respec-
tivo tributo.
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ou aumentou. Entretanto, o Código Tributário Nacional admite a aplicação retroativa de lei que
estabeleça penalidade menos severa que a prevista na norma vigente ao tempo da prática do
ato a que se refere, desde que não tenha havido julgamento definitivo.
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c) deve ser observada no caso de instituição de tributos, mas admite exceções nos casos
de aumento.
d) deve ser observada nos casos de instituição ou aumento de tributos, compreendendo-se,
neste último caso, a atualização monetária mediante índice que reflita corretamente a perda
do poder aquisitivo da moeda.
e) caracteriza-se como um princípio, portanto. além das exceções previstas na Constituição,
admite uma aplicação em diferentes graus. segundo um exame de proporcionalidade.
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GABARITO
1. a 28. b
2. d 29. b
3. b 30. c
4. d 31. b
5. e 32. E
6. c 33. a
7. c 34. c
8. b 35. e
9. c 36. d
10. a 37. b
11. d 38. c
12. b 39. d
13. c 40. a
14. a 41. C
15. e 42. C
16. b 43. C
17. b 44. E
18. E 45. d
19. c 46. C
20. a 47. d
21. e 48. d
22. b 49. b
23. e 50. c
24. c
25. d
26. C
27. b
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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (CESPE/2019/TCE-RO/PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS) A
respeito dos princípios tributários, assinale a opção correta.
a) De acordo com o princípio da legalidade tributária, em sua vertente reserva legal, o imposto
sobre grandes fortunas (IGF), os empréstimos compulsórios e os impostos e contribuições
residuais devem ser instituídos por lei complementar.
b) A instituição de imposto que incidirá sobre o transporte interestadual viola o princípio da
liberdade de tráfego.
c) Conforme o princípio da retroatividade in bonam partem, por meio de ato infralegal é pos-
sível reduzir tributo ou penalidade.
d) Em atenção ao princípio da progressividade tributária, é constitucional lei que estabelece
alíquotas progressivas para o imposto sobre transmissão de bens imóveis (ITBI) com base no
valor venal do imóvel.
e) O princípio da anterioridade tributária aplica-se à revogação de tributos ou diminuição
de alíquotas.
Letra a.
a) CF/1988.
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I – para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa
ou sua iminência;
II – no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observa-
do o disposto no art. 150, III, “b”.
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
VII – grandes fortunas, nos termos de lei complementar.
Art. 154. A União poderá instituir:
I – mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumu-
lativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da segu-
ridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.
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(...), é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: V - estabelecer limitações
ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada
a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;
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Letra d.
a) CF, Art. 150.
Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios: (...) VI - instituir impostos sobre: c) patrimônio, renda ou serviços
dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das
instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
É vedado à União: III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal
ou dos Municípios.
c)
d) Art. 170.
A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim
assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguin-
tes princípios: IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as
leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País
e) Art. 173.
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sória foi publicada no Diário Oficial da União em 10/2/2019, com vigência imediata. Posterior-
mente, o Congresso Nacional modificou a medida provisória, prevendo o aumento da alíquota
da contribuição de 7% para 8%. A lei de conversão foi sancionada e publicada em 10/4/2019.
Considerando-se essa situação hipotética, é correto afirmar que o pagamento mensal e o
aumento de alíquota somente são exigíveis a partir de
a) maio de 2019 e julho de 2019, respectivamente.
b) fevereiro de 2019 e julho de 2019, respectivamente.
c) fevereiro de 2019 e janeiro de 2020, respectivamente.
d) julho de 2019.
e) fevereiro de 2019 e maio de 2019, respectivamente.
Letra b.
Art. 195, § 6º, da CF - As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas
após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado,
não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, “b”.
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c) Caso fosse estabelecida por meio de lei, a modificação não estaria sujeita a qualquer limi-
tação de índice, podendo inclusive superar ou ser inferior ao valor venal efetivo dos imóveis
indicado em estudo técnico do Poder Executivo.
d) É inconstitucional a majoração do IPTU sem edição de lei em sentido formal, vedada a
atualização, por ato do Executivo, em percentual superior aos índices oficiais.
e) Embora não seja possível a majoração do IPTU sem edição de lei em sentido formal, o Pre-
feito poderia ter alcançado o mesmo objetivo por meio da majoração por decreto das alíquo-
tas aplicáveis, conforme as características de cada imóvel.
Letra d.
Súmula 160 STJ - É defeso, ao município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percen-
tual superior ao índice oficial de correção monetária.
Letra e.
Súmula Vinculante 50, STF: Norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação
tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade.
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Letra c.
(Falsa) A assertiva reflete o conceito do princípio da legalidade tributária.
(Verdadeira).
(Verdadeira).
(Falsa) A assertiva reflete o conceito da vedação ao efeito de confisco.
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I – Conforme o princípio da legalidade, todos os tributos devem ser criados por lei, exis-
tindo, todavia, tributos que podem ter suas alíquotas majoradas por ato do poder exe-
cutivo, a exemplo do ICMS-COMBUSTÍVEL.
II – Segundo a Constituição Federal, os impostos e taxas terão caráter pessoal e serão
graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte.
III – Viola o princípio da isonomia a isenção de IPTU exclusivamente em decorrência da
qualidade de servidor público do contribuinte.
Letra c.
I – ENUNCIADO CERTO
CF, art. 155.
II – ENUNCIADO ERRADO
CF, art. 145.
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capaci-
dade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir
efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o
patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios:
II – instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente,
proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, inde-
pendentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
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Letra b.
CF/88
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b) cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos depois do início da vigência da lei
que os houver instituído ou aumentado.
c) estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens por meio de tributos interestaduais
ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas
pelo poder público.
d) instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equiva-
lente, permitida a distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida,
independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos.
e) cobrar tributos antes de decorridos cento e vinte dias da data em que haja sido publicada a
lei que os instituiu ou aumentou, observado o mesmo exercício financeiro.
letra c.
CF, Art. 150.
Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios:
V – estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais
ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo
Poder Público;
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Letra a.
Letra A: Art. 149, caput, §1º c/c art. 195, §6º, CRFB/88.
Letra B: Incorreta: art. 149, caput, §1º c/c art. 146, III c/c art. 150, I, CRFB/88.
Letra C: Incorreta: art. 149, §1º, parte final, CRFB/88.
Letra D: Incorreta: tem, sim, natureza tributária e é permitida pelo art. 149, §1º, CRFB/88.
Letra E: Incorreta: Art. 149, §1º, CRFB.
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e) não é o poder público autorizado a interferir nas relações econômicas por meios tributários,
motivo pelo qual o objetivo almejado pela União deverá ser implementado por intermédio de
outros instrumentos, cabendo aos tributos apenas a função arrecadatória.
Letra d.
CF, Art. 151.
É vedado à União:
I – instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção
ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro,
admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento
socioeconômico entre as diferentes regiões do País;
Letra b.
CF. Art. 150.
Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir impostos sobre: a) patrimônio, renda ou serviços,
uns dos outros;
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É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre
bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.
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Letra c.
Não viola a legalidade tributária a lei que, prescrevendo o teto, possibilita o ato norma-
tivo infralegal fixar o valor de taxa em proporção razoável com os custos da atuação
estatal, valor esse que não pode ser atualizado por ato do próprio conselho de fiscali-
zação em percentual superior aos índices de correção monetária legalmente previstos.
STF. Plenário. RE 838284/SC, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 19/10/2016 (repercussão
geral) (Info 842 e 844).
Letra a.
I - Correto. Art. 145, §1º da CF:
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Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacida-
de econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir
efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o
patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte
Letra e.
a) Art. 150.
Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar tributos: a) em relação a fatos geradores ocorridos
antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;
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Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir impostos sobre: a) patrimônio, renda ou serviços,
uns dos outros;
Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar tributos: c) antes de decorridos noventa dias da data
em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;
Letra b.
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Letra b.
a) Incorreta. A imunidade é para os impostos, e não para outras espécies tributárias, como é
o caso das taxas.
b) Correta. CF, Art. 150
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Errado.
Súmula Vinculante 50. Norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tri-
butária não se sujeita ao princípio da anterioridade.
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Letra c.
Exceções ao Princípio da Anterioridade:
a. II, IE, IPI, IOF;
b. IEG;
c. Empréstimos compulsórios;
d. CIDE e ICMS combustível;
e. Contribuição para seguridade social.
Exceções ao Princípio nonagesimal:
a. II, IE, IOF;
b. IEG;
c. Empréstimos compulsórios
d. IR;
e. Base de cálculo do IPTU e IPVA.
Letra a.
a) Art. 146. “Cabe à LC: II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; ”
b) Art. 154.
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c) Art. 151. “É vedado à União: III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados,
do DF ou dos Municípios. ”
d) Art. 146. “Cabe à LC: III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária,
especialmente sobre: ”
e) Art. 146. “Cabe à LC: I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre
a União, os Estados, o DF e os Municípios; ”
Letra e.
CF, art. 150.
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Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
DF e aos Municípios:
III – cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído
ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou, observado o disposto na alínea b;
Letra b.
a) Enunciado 41 da súmula vinculante:
Norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária não se sujeita ao
princípio da anterioridade.
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Letra e.
Vedação à isenção heterônoma, CF, art. 151, III:
É vedado à União “instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal
ou dos Municípios’’. Nesse sentido, mutatis mutandi, também não podem os Estados conceder
isenção de tributos municipais.
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a) a anterioridade aplicável ao direito penal tem igual aplicação na seara tributária, sendo veda-
da qualquer alteração na legislação tributária, ainda que não corresponda a aumento do tributo.
b) é vedada a cobrança de tributos antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido
publicada lei que os instituiu, aumentou ou reduziu.
c) a imunidade religiosa é consectária da garantia fundamental da liberdade religiosa, que tem
alcance além do templo religioso.
d) a vedação do não-confisco ao Estado, no exercício de seu poder de tributar, limita a perda
de bens no âmbito criminal.
e) as regras de imunidade tributária devem ser interpretadas restritivamente, na medida em
que correspondem a benefícios fiscais aos contribuintes.
Letra c.
a) Súmula Vinculante 50:
Norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária não se sujeita ao
princípio da anterioridade.
b) a vedação não se aplica contra o contribuinte, de modo que a redução do tributo não ob-
serva o princípio da anterioridade.
c) correta. Esse é o valor constitucional que a imunidade preserva e enaltece.
d) a vedação não tem aplicabilidade no âmbito penal, é uma vedação à tributação.
e) CTN. Art. 111. “Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre: II -
outorga de isenção; ”
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Letra d.
CTN. Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:
[...]
§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atuali-
zação do valor monetário da respectiva base de cálculo.
Certo.
Atenção para o termo cobrado pela banca Cespe. O enunciado se refere ao princípio da no-
ventena, que é expressão do princípio da anterioridade, também conhecido como princípio da
eficácia diferida.
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a) O Poder Executivo pode criar multas em percentuais que excedam o valor do tributo cobra-
do, visto que a imposição de multa tem o duplo objetivo de educar o contribuinte e de ressarcir
o Poder Público.
b) A multa correspondente a 90% do valor do tributo devido não tem caráter confiscatório.
c) A falta de atualização monetária da tabela de incidência do imposto de renda na fonte sobre
os salários tem natureza de confisco.
d) É possível a cobrança de multa confiscatória desde que observado o princípio da praticida-
de da arrecadação e da prevalência do interesse público sobre o privado.
Letra b.
a) incorreta. O STF tem entendido no sentido de que a multa que ultrapasse o valor do tributo
devido violará o princípio do não confisco. (STF. 2ª Turma. RE 754.554/GO, rel. Min. Celso de
Mello, j. 21.08.2013; STF. 1ª Turma. RE 833.106/GO, rel. Min. Marco Aurélio, j. 02.10.2014)
b) correta. A multa de 90% do valor do tributo devido não tem caráter confiscatório.
c) incorreta. A vedação constitucional de tributo confiscatório e a necessidade de se observar
o princípio da capacidade contributiva são questões cuja análise dependem da situação indi-
vidual do contribuinte, principalmente em razão da possibilidade de se proceder a deduções
fiscais, como se dá no imposto sobre a renda. Precedentes. [...] (STF. Plenário. RE 388.312/
MG, rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Cármen Lúcia, j. 01.08.2011)
d) incorreta. O STF tem entendimento consolidado no sentido de que à multa tributária tam-
bém se aplica o princípio do não confisco (STF. Plenário. ADI 551/RJ, rel. Min. Ilmar Galvão, j.
24.10.2002).
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d) é lícito à União instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Fe-
deral ou dos Municípios.
e) é lícito à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional, vedada
a concessão de incentivos fiscais de qualquer natureza.
Letra b.
a) Errada. CF, Art. 150:
Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios:
[...]
VI – instituir impostos sobre:
a)patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
[...]
§ 2º A vedação do inciso VI, “a”, é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas
pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas fina-
lidades essenciais ou às delas decorrentes.
c,d,e) Incorretas.
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a) permitido à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir tratamento
desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer
distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente
da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos.
b) vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer limitações
ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressal-
vada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público.
c) permitido à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributos em
relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver insti-
tuído ou aumentado.
d) vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir tributo que não
seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em re-
lação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, não admitida a
concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento so-
cioeconômico entre as diferentes regiões do País.
e) permitido à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos so-
bre fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais
ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasi-
leiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa
de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.
Letra b.
a) Errada. CF, Art. 150.
Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios: II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se en-
contrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional
ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos
ou direitos;
Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado a União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios: V- estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por
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Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios: III - Cobrar tributos: a) em relação a fatos geradores ocorridos
antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;
É vedado à União: I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que
implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detri-
mento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do
desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País”
Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios: e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no
Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral in-
terpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os
contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. (Incluída
pela EC n. 75)
Letra c.
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CF/88.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
II – instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente,
proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, inde-
pendentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
IV – utilizar tributo com efeito de confisco;
V – estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais
ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo
Poder Público;
Letra b.
a) Errada. O IPI não se sujeita à anterioridade anual, podendo ser cobrado no mesmo exercício
financeiro em que instituído.
b) Correta. O IPI não é exceção ao princípio da anterioridade nonagesimal.
c) Errada. A CF permite que o Executivo altere, mediante decreto, as alíquotas dos Impostos
sobre Importação, Exportação, Produtos Industrializados e Operações Financeiras.
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d) Errada. A irretroatividade da lei tributária é princípio que não é excepcionado no texto cons-
titucional.
e) Errada. O IPI se sujeita ao princípio do não confisco. Em verdade, o não confisco é um man-
damento direcionado à tributação, e não apenas a um ou outro tributo.
Errado.
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Letra a.
a) Correta.
b) Errada. O artigo 150, IV, da CF, ao vedar o efeito confiscatório dos tributos, não faz qualquer
ressalva quanto ao IGF.
c) Errada.
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Letra c.
Irretroatividade NÃO POSSUI exceções:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III – cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído
ou aumentado;
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Letra e.
Exceções ao Princípio da Anterioridade:
a. II, IE, IPI, IOF;
b. IEG;
c. Empréstimos compulsórios;
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Letra d.
Exceções ao Princípio da Anterioridade:
a. II, IE, IPI, IOF;
b. IEG;
c. Empréstimos compulsórios;
d. CIDE e ICMS combustível;
e. Contribuição para seguridade social.
Exceções ao Princípio nonagesimal:
a. II, IE, IOF;
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b. IEG;
c. Empréstimos compulsórios;
d. IR;
e. Base de cálculo do IPTU e IPVA.
Letra b.
Súmula Vinculante 50: Norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tri-
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d) Apreender as mercadorias é correto, mas impedir a empresa de emitir notas fiscais ou ven-
der produtos não.
e) Nenhuma das alternativas acima é Correta.
Letra c.
Súmula 323 STF: É inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para
pagamento de tributos
DIREITO TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. SANÇÃO
POLÍTICA COMO MEIO COERCITIVO PARA PAGAMENTO DE TRIBUTOS. INCONSTITUCIO-
NALIDADE. PRECEDENTES. 1. Nos termos da jurisprudência da Corte, é inconstitucional
a sanção política visando ao recolhimento de tributo, tal como ocorre com o ato de con-
dicionar a expedição de notas fiscais à prestação de fiança, garantia real ou fidejussória
por parte do contribuinte(AI n. 623.739-AgR, Relator o Ministro Roberto Barroso, Pri-
meira Turma, DJe 26.8.2015).
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Letra d.
a) Errado, pois foi o caso de afirmação do princípio da isonomia material.
b) Disposição normativa inexistente no CTN.
c) Errado, pois os benefícios devem ser precedidos das deliberações da CONFAZ (CF, art.
155 §2 XII g).
d) Certo. Art. 146-A.
Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir
desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por lei, estabelecer nor-
mas de igual objetivo.
e) Errado, de acordo com o STF, pois não cabe ao Poder Judiciário agir como legislador posi-
tivo no campo da tributação.
Letra a.
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Certo.
O princípio da vedação do confisco, previsto no art. 150, IV, da Constituição Federal, também
se aplica às multas. Precedentes: RE n. 523.471-AgR, Segunda Turma Relator o Ministro JOA-
QUIM BARBOSA, DJe de 23.04.2010 e AI n. 482.281-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro
RICARDO LEWANDOWSKI, DJe de 21.08.2009.
Certo.
CTN:
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A Seção, por maioria, decidiu que o artigo 106 do CTN admite a retroatividade, em favor
do contribuinte, da lei mais benigna nos casos não definitivamente julgados. Em execu-
ção fiscal, entende-se por caso não definitivamente julgadoaquele em que ainda não há
decisão final na arrematação, adjudicação, remissão ou extinção do processo. É irrele-
vante a interposição ou não dos embargos do devedor e se estes foram ou não julga-
dos. Logo aplica-se, na espécie, a Lei Estadual n. 9.399, de 21/11/1996, que alterou o
art. 87 da Lei Estadual n. 6.374/89, reduzindo a multa moratória de 30 para 20%. EREsp
184.642-SP, Rel. Min. Garcia Vieira, julgado em 26/5/1999.
Certo.
CTN:
Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se: I – da validade jurídica dos
atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da nature-
za do seu objeto ou dos seus efeitos; II – dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.
Errado.
Questão bastante perspicaz. Como dissemos, não é TODA ALTERAÇÃO, mas apenas as alte-
rações que CRIAM ou INCREMENTAM a carga tributária. Se houver redução ou extinção de
tributos, fatos que se amoldam no conceito de “alteração”, pode haver a aplicação imediata.
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Letra d.
Certo.
CF:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
(...)
CTN:
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II – a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
(...)
V – a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para
outras infrações nela definidas;
Letra d.
a) art. 112 do CTN:
Art. 112. A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se da maneira
mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto: I - à capitulação legal do fato; II - à natureza
ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos; III - à autoria,
imputabilidade, ou punibilidade; IV - à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação.
b) em verdade, a frase está invertida. A Lei tributária, em regra, não deve viger enquanto não
atendido o princípio da anterioridade.
c) CTN, Art. 103.
Salvo disposição em contrário, entram em vigor: I - os atos administrativos a que se refere o inciso
I do artigo 100, na data da sua publicação;
Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e
dos decretos: I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas;
Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pen-
dentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa nos
termos do artigo 116.
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e) Assertiva bastante interessante e foi mais por causa dela que coloquei essa clássica ques-
tão. Revogação não é o termo técnico para, após a vigência da EC 32, caracterizar a relação
entre uma efêmera medida provisória, para a qual a CF predetermina o prazo de vigência, e
uma lei.
Letra d.
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Letra b.
1. A Lei paulista 11.813/04 apenas prorrogou a cobrança do ICMS com a alíquota majo-
rada de 17 para 18%, criada pela Lei paulista 11.601/2003. 2. O prazo nonagesimal pre-
visto no art. 150, III, c, da Constituição Federal somente deve ser utilizado nos casos de
criação ou majoração de tributos, não na hipótese de simples prorrogação de alíquota já
aplicada anteriormente. 3. Recurso extraordinário conhecido e provido para possibilitar
a prorrogação da cobrança do ICMS com a alíquota majorada.
RE 584100 / SP - Relator(a): Min. ELLEN GRACIE. Julgamento: 25/11/2009
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b) tem aplicabilidade imediata, por ser o IPI um tributo regulatório e pelo fato de que o Decre-
to- Lei que o criou (DL n. 1.191/1971) ter autorizado o Poder Executivo a reduzir suas alíquo-
tas a zero; majorá-las, acrescentando até 30 unidades ao percentual de incidência fixado na
lei, e, ainda, alterar a base de cálculo em relação a determinados produtos, podendo, para esse
fim, fixar-lhes valor tributável mínimo.
c) submete-se, dentre outros, ao princípio constitucional da anterioridade nonagesimal, ou
seja, fica suspenso até que tenha transcorrido o prazo de noventa dias da sua publicação.
d) fica suspenso, por força da anterioridade nonagesimal, até que tenha transcorrido o prazo de
noventa dias da sua publicação. Contudo, a suspensão somente opera efeitos ex tunc caso haja
pedido liminar formulado no sentido de reparar dano, e não para prevenir risco ao contribuinte.
e) não se submete ao princípio constitucional da anterioridade nonagesimal, eis que a
Constituição Federal foi clara ao prever tal comando para a lei (antes de decorridos 90
dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou). Assim, como
o texto constitucional fala em “lei”, o aumento das alíquotas por decreto não está sujeito à
espera nonagesimal.
Letra c.
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mal. [“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado
à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:... III - cobrar tributos:... b) no
mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumen-
tou; c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que
os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;... § 1º A vedação do inciso
III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a
vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e
V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e
156, I.... Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:... IV - produtos industriali-
zados;... § 1º - É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites esta-
belecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V”].
ADI 4661 MC/DF, rel. Min. Marco Aurélio, 20.10.2011.
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