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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 2
3 CONCEITOS DE TRABALHO......................................................................... 5
8 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................. 42
1
1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
2
2 O MERCADO DE TRABALHO
Fonte: quantumminds.com
“Em todo ato de trabalhar encontra-se uma força de pensar e de agir que é ine-
rente ao ser humano resultante da sua constituição física, da sua disposição psí-
quica e intelectual” (ZARIFIAN, 2009, p. 1 apud LINZMEYER, 2014).
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Com o propósito de atenuar o sentimento de imobilidade e se adaptar às com-
plexas transformações do mundo do trabalho, surgem as carreiras contemporâneas
(construção e transformação constante), desafiando o paradigma da carreira tradicio-
nal (estabilidade e hierarquia definida). Evidencia-se uma grande preocupação com o
desenvolvimento da carreira, que passa a ser também responsabilidade da pessoa
nas suas relações ampliadas com o mundo sociolaboral e não mais somente das or-
ganizações (LINZMEYER, 2014).
A partir da conscientização da necessidade de gerir a própria carreira, o traba-
lhador inicia um processo evolutivo que segundo Guichard e Huteau (2007, p. 60),
pode ser entendido como “uma progressão do indivíduo na vida profissional” (AR-
THUR, 1994).
3 CONCEITOS DE TRABALHO
Fonte: economia.uol.com
O termo “trabalho” deriva do latim vulgar tripaliare, que significa “martirizar com
o tripalium” - instrumento de tortura composto por três paus (CUNHA, 1986).
5
Os estudos de Lazzareschi (2008), fundamentados em Marx (1867/1989), apre-
sentam o trabalho como atividade exclusivamente humana por ser consciente, delibe-
rada, com o propósito de produzir resultados que possibilitem a satisfação das neces-
sidades de sobrevivência, sociais, culturais, artísticas, espirituais, psíquicas sentidas
ou mesmo criadas pelo ser humano.
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Apesar de a existência social ser muito mais que o trabalho, não existe socie-
dade sem trabalho, no mundo capitalista as atividades de trabalho resultam na produ-
ção de mercadorias e na prestação de serviços para a satisfação das necessidades
sociais, materiais ou não materiais (LAZZARESCHI, 2008; LUKÁCS, 1980).
Com ênfase nas constantes mudanças percebidas, Gorz (1987) apresenta uma
discussão sobre a centralidade da categoria trabalho na contemporaneidade, onde é
questionada a sua referência como dimensão fundamental da vida, concluindo que
indiscutivelmente o trabalho continua um elemento estruturante da pessoa.
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As pesquisas de Emery (1964, 1976), Trist (1978) e Ketchum e Trist (1992)
destacam que um trabalho significativo deve corresponder às motivações intrínsecas
e extrínsecas dos trabalhadores destacando as propriedades de: ser variado, apre-
sentar desafios, possibilitar aprendizagem contínua para estimular a necessidade de
crescimento pessoal, invocar a capacidade de decisão, ser reconhecido e apoiado, ter
consequências sociais positivas protegendo a dignidade pessoal, e possibilitar um fu-
turo desejável (LINZMEYER, 2014)
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3.2 Desafios no trabalho
Fonte: fia.com
Para Hall (2002), “o termo carreira sofre por excesso de significados” (p. 8),
sendo possível identificar os quatro mais utilizados: (a) carreira como avanço (career
as advancement) - mobilidade vertical em qualquer hierarquia organizacional; (b) car-
reira como profissão (career as a profession); (c) carreira como sequência de empre-
gos durante toda a vida, sem preocupação com a ocupação ou o nível hierárquico
(career as a life long sequence of jobs); e (d) carreira como sequência de experiências
relacionada com as funções exercidas ao longo da trajetória profissional (career as a
lifelong sequence of role-related experiences). Ainda o mesmo autor enfatiza que, se
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a carreira for entendida como um processo de vida, o conceito tem como referência a
história de vida da pessoa como um todo, não somente com o trabalho remunerado.
A complexidade com que se transforma o mercado de trabalho ampliou, signi-
ficativamente, o conceito de carreira. Tradicionalmente era compreendida como mobi-
lidade ascendente planejada e linear e conhecida como avanço hierárquico na profis-
são ou número de empregos (HALL, 2002); atualmente é compreendida como um pro-
cesso contínuo que envolve uma sequência de ocupações, empregos, posições, ex-
periências de trabalho formais ou informais, remunerados ou não, que não dependem
da marcação do tempo cronológico (HALL, 2002; MALVEZZI, 1996; SUPER; BOHN,
1980).
Arthur (2008) enfatiza que uma definição apropriada para carreira é “a sequên-
cia evolutiva de experiências de uma pessoa ao longo do tempo” (ARTHUR et al.,
1989, p. 8; GUNZ; PEIPERL, 2007, p. 4).
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toda trajetória profissional envolve necessidades pessoais e organizacionais, difíceis de
dominar porque se transformam rapidamente dependendo do contexto (DUTRA et al.,
2009).
Fonte: aapucrio.com
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Apesar do dinamismo atribuído ao trabalho neste início de século e do surgi-
mento das carreiras contemporâneas, o modelo tradicional ainda é um desejo de mui-
tos trabalhadores que se sentem atraídos pelos padrões de estabilidade e previsibili-
dade. Assim como os novos modelos de carreira não são totalidade no mundo do
trabalho, a carreira tradicional não é mais dominante dentro das organizações (RI-
BEIRO, 2009).
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fazendo com que a pessoa tenha uma maior mobilidade para gerenciar o seu desen-
volvimento profissional, modificando as suas funções em virtude da necessidade e do
desejo de aumentar a empregabilidade (HALL, 1976, 1996, 2002). A carreira proteana
requer empregados com funções autônomas, proativos, que gerenciem a si mesmos,
reconhecendo onde e quando é necessário desenvolver novas habilidades (HALL;
MIRVIS, 1996; HALL; MOSS, 1998).
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Com relação ao desenvolvimento profissional, Arthur e Rousseau (1996, p. 371)
explicam fronteira como “algo a ser atravessado em termos de comportamento de car-
reira ou em gerenciar a complexidade”.
O modelo da carreira sem fronteira, cuja mobilidade física transcende o limite
de um empregador único, propõe uma pluralização do contexto do trabalho que bene-
ficia tanto a pessoa, quanto as organizações (ARTHUR; ROUSSEAU, 1996). A liber-
dade de movimento entre trabalho e organizações permite uma troca de informações
e de conhecimento que beneficia o desenvolvimento de competências individuais, fa-
tor essencial para a superação de desafios e aumento do desempenho pessoal e or-
ganizacional. Neste modelo, caracterizado pela autonomia, mobilidade, transversali-
dade de vínculos, aprendizagem e pela valorização das redes de relacionamento, o
trabalhador pode desenvolver projetos em diversas empresas ao mesmo tempo.
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da qual as pessoas trabalham, simultaneamente, para diferentes organizações ou con-
tratantes individuais, utilizando variadas competências (expertises), formando um port-
fólio de empregadores e clientes (BORGEN; AMUNDSON; REUTER, 2004; INKSON,
2007).
O desenvolvimento da carreira portfólio depende de uma identidade pessoal
flexível, por estar ligada ao olhar do outro não existe espaço para construções indivi-
duais de carreira (LINZMEYER, 2014).
Fonte: blbbrasil.com
Na atual era da informação com os avanços tecnológicos que parecem não ceder
ao ritmo acelerado das diversas transformações, além do aumento da incerteza e da
fragilização das relações profissionais, estas vêm apresentando sinais de fortes mudan-
ças nos últimos anos. Por isso os modelos tradicionais de planos de carreira, ainda ba-
seados na forma de emprego da sociedade industrial, focada na teoria científica, tornam-
se insuficientes ao longo dos últimos anos dando lugar às novas definições (BRITO,
2016).
De acordo com autor citado, o mercado de trabalho exige cada vez mais, altos
níveis de qualificação profissional e desenvolvimento constante de novas competências,
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habilidades e atitudes dos trabalhadores, o que faz oposição àqueles que deixam de
possuir uma vaga de emprego garantida, que ainda busca sustento no processo de se
ter uma carteira profissional assinada, sendo somente de responsabilidade do emprega-
dor o desenvolvimento profissional do empregado. Essa situação pode apresentar para
os trabalhadores certa resistência em se adaptar à realidade do mercado de trabalho,
além de causar nos indivíduos insegurança já que a estabilidade profissional fica preju-
dicada.
Diante desta adversidade, ao utilizar o plano de carreira, esta ferramenta pode
orientar o indivíduo em processo de desenvolvimento profissional para alcançar seu ob-
jetivo previamente determinado. Este posicionamento deve ser disciplinado, persistente
em cumprir as ações necessárias e que com adequado aproveitamento das oportunida-
des diante dos cenários em constantes mudanças e transformações, pode corroborar
para a conquista do objetivo pessoal almejado (BRITO, 2016).
Fonte: upis.br
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valorizar outros tipos de características do trabalhador; como o conhecimento, a criativi-
dade, o bom relacionamento interpessoal, a capacidade de inovar e de se adaptar de
forma flexível às mudanças (BRITO, 2014).
Considerando uma perspectiva mais contemporânea Coelho (2006) apud Souza
(2010) afirma que se pode considerar uma transição para uma terceira fase, na qual,
estudiosos já não descrevem a organização como um instrumento ativo para a formação
da carreira. Surge então uma nova configuração, a chamada Carreira Sem Fronteiras,
que consiste em que cabe ao indivíduo compor sua carreira por meio da ampliação das
suas competências e das experiências acumuladas ao longo da vida. A carreira sem
fronteiras é uma sequência de oportunidades de trabalho que não se limita a um cenário
de um único emprego em uma determinada organização (BRITO, 2014).
Já para Dutra et al. (2009) apud Gomes et al (2012) além da carreira sem frontei-
ras temos também a classificação das Carreiras Inteligentes, voltada para os modelos
baseados em competências individuais na qual o desenvolvimento permite a autogestão
da Carreira; e a Carreira Proteana, que conforme Douglas Hall (1996) é inspirada no
Deus Grego Protheus (que possuía a habilidade de mudar de forma conforme sua ne-
cessidade) na qual se contrapõe ao modelo tradicional de segurança do longo prazo e
substitui pela volatilidade do curto prazo, com mudanças frequentes, inovação, habili-
dade para o aprendizado e para redirecionar a carreira e a capacidade de construir rela-
cionamentos.
Este tipo de profissional proteano deve possuir características de independência,
liberdade e flexibilidade para administrar a sua própria carreira. Após apresentar os dife-
rentes posicionamentos sobre o desenvolvimento dos conceitos sobre o que é um plano
de carreira na linha do tempo, será apresentada a seguir os diferentes posicionamentos
dos atores que fazem parte do plano de carreira (BRITO, 2014).
20
5 DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
Fonte: labs.bawi.io
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5.1 Treinamento e desenvolvimento pessoal
Fonte:metadados.com
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Gil e Arnosti (2007) mostram que para aumentar a produção e o fluxo do conhe-
cimento, a melhor saída hoje é pulverizar a sede corporativa, compartilhando conheci-
mento em pequenos grupos. As novas estruturas organizacionais devem ser capazes de
reagir rapidamente às mudanças. Nesse sentido, é essencial tomar medidas para o co-
nhecimento fluir melhor dentro da organização (MARTINHAGO, 2014).
De acordo com autor citado, técnicas de treinamento e desenvolvimento são ex-
tremamente eficazes para que se tenha um clima de participação e envolvimento das
pessoas com os objetivos que a organização deseja alcançar, e ao mesmo tempo, de-
senvolve o seu capital intelectual, aquelas pessoas-chave que os clientes e fornecedores
sempre perguntam, aquelas que têm as soluções mais criativas, aquelas que represen-
tam referencias ou exemplos para os demais funcionários. Mas para isso, é necessário
definir quais os objetivos e os resultados que se quer chegar.
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dades técnicas para um propósito definido. Por outro lado, o desenvolvimento é um pro-
cesso de longo prazo que utiliza procedimento sistemático e organizado pelo qual a pes-
soa aprende conhecimentos diversos para propósitos genéricos (MARTINHAGO, 2014).
Treinamento e desenvolvimento devem ser utilizados em sua plenitude, em todas
as suas facetas, desenvolver as pessoas, torná-las capacitadas, determinadas, e com
atitude traz diversas vantagens competitivas à organização, segundo autor citado:
• Melhora o custo e a qualidade de produtos e serviços;
• Reforça e amplia competências;
• Acelera a disseminação de conhecimento;
• Aplica novos conhecimentos na melhoria dos relacionamentos internos;
• Estimula a criação de novos produtos.
b) Mentoring.
Enquanto o Coaching está quase sempre ligado à orientação específica que o
superior imediato oferece ao subordinado no dia-a-dia do trabalho, o Mentoring está li-
gado à orientação mais ampla no desenvolvimento da carreira do empregado a partir de
um mentor (MARTINHAGO, 2014).
De acordo com Gil e Arnosti (2007) diante da velocidade com que os aconteci-
mentos e as organizações evoluem, os empregados devem buscar novas fontes de co-
nhecimento e experiências e se preocupar em aprender pelos próprios esforços.
O coaching e o mentoring estão intimamente relacionados com a necessidade das
organizações de enfrentar os desafios globais em termos de qualidade, produtividade e
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competitividade. Isso requer doses volumosas de treinamento e desenvolvimento de to-
das as pessoas e em todos os níveis em que trabalham nas organizações.
Fonte: impulse.net
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efetivamente bem-sucedido, ou seja, precisa apresentar um alto desempenho (MANTO-
VANINI, 2011).
Desempenho é a maneira ou forma de executar um cargo, tarefa ou função, ou
ainda é a ação ou efeito de desempenhar algo, e na concepção de Martins (2002) o
interesse pela mediação do desempenho surgiu primeiramente, como forma de avaliar
os resultados financeiros, e a partir de uma constatação de que somente a mediação
destes não eram suficientes para relatar os resultados de uma organização, este sistema
foi adaptado e disseminado para outras áreas (MANTOVANINI, 2011).
Avaliar consiste em comparar entre o real e o esperado, entre o que foi planejado
e o que se concretizou, a avaliação de desempenho é uma apreciação sistemá-
tica do desempenho de cada pessoa, em função das atividades que ela desem-
penha, das metas e resultados a serem alcançados, das competências que ela
oferece e do potencial de desenvolvimento. É um processo que serve para julgar
ou estimular o valor, a excelência e as competências de uma pessoa e, sobre-
tudo, qual sua contribuição para o negócio da organização (CHIAVENATO, 2008
apud MANTOVANINI, 2011).
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o empregado e seu superior, além de um excelente meio para localizar as problemáticas
das organizações, principalmente pelo desenvolvimento variar de pessoa para pessoa.
Para Gil (2001a) a avaliação de desempenho, através de aplicabilidade de seus
métodos, pode apontar algumas questões organizacionais, como razões do empregado
que possam estar atrapalhando o seu rendimento, além de temas relacionais existentes
na empresa e motivação do empregado. Gil (2001) ainda ressalta que, devido a avalia-
ção de desempenho oferecer várias repostas organizacionais, ela deve ser elaborada
com objetivos bem claros, para que se possa dar o direcionamento adequado aos seus
resultados. Além disso, é importante que o gestor do setor seja participante do processo
de avaliação, pois ele está em contato direto com os colaboradores subordinados a ele.
A participação desses colaboradores no processo de elaboração da avaliação é essen-
cial para empresas que trabalham com metas, já que eles podem negociar seu desem-
penho em um determinado prazo apud MANTOVANINI, 2011).
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A avaliação de desempenho é uma responsabilidade gerencial que procura mo-
nitorar o trabalho de equipe e de cada membro e os resultados alcançados para
compará-los com resultados esperados. Preocupa-se com e eficiência e com a
eficácia, com a qualidade e com a produtividade. (CHIAVENATO, 2003, p. 199
apud MANTOVANINI, 2011).
Chiavenato (1999), diz que avaliar o desempenho humano é uma via de mão du-
pla, onde tanto organização como colaboradores necessitam saber sobre as potenciali-
dades de seus colaboradores e também sobre suas atividades, respectivamente. Por-
tanto um bom programa de avaliação de desempenho deve beneficiar tanto a organiza-
ção como um todo como as pessoas. Para Chiavenato (2003), os principais motivos que
levam uma organização a avaliar o desempenho de seus colaboradores são:
• Proporcionar informações para aumentos salariais, promoções, transferências,
necessidade de treinamento e algumas vezes demissões;
• Proporcionar retroação aos colaboradores sobre suas atividades;
• Proporcionar um conhecimento para o colaborador de como o líder da sua equipe
de trabalho pensa a seu respeito, para facilitar o aconselhamento e condução dos
membros da equipe;
• Conhecer as potencialidades de seus colaboradores, como suas deficiências para
que possa trazer benefícios para ambas as partes.
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como, fornecer elementos que possibilitem promoções, transferência, recompensas, cria
estímulos à maior produtividade.
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também compreender que os indicadores devem interagir para que se constituam em
instrumentos eficazes de gestão (MANTOVANINI, 2011).
A avaliação de desempenho é um instrumento de meritocracia que possibilita re-
conhecer e diferenciar os colaboradores. Dessa forma, é possível identificar os pontos
fortes e os pontos de melhoria de cada colaborador e assim estabelecer um plano de
desenvolvimento individual para a melhora de seu nível de desempenho.
Para Hronec (1994), as metodologias de avaliação de desempenho sempre esti-
veram presentes no processo evolutivo da humanidade. O ser humano está constante-
mente sendo avaliado pelos membros da sociedade em que está inserido. Obviamente,
este processo toma formas variadas de acordo com sua finalidade e objetivos dos avali-
adores.
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7 SISTEMA DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Fonte: impulse.net.br
[…] primeiro, devem ser acordados objetivos entre os vários agentes que com-
põem a organização de modo a avaliar resultados não só individuais, como co-
letivos e organizacionais; segundo dar a possibilidade de refletir sobre os aspec-
tos que podem e devem ser melhorados ao nível das competências individuais
e do desempenho organizacional; e, por último, deve promover formas de moti-
vação. (CARVALHO, 2012, p. 324 apud JUNIOR, 2017).
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mais eficazes para avaliação individual, coletiva e organizacional. Relativamente aos ins-
trumentos de medida, eles devem ser escolhidos discriminadamente para que cumpram
os requisitos que devem cumprir em função dos objetivos e dos intervenientes.
Sendo um processo de diagnóstico e levantamento de informações funcionais, o
SAD deve ser um instrumento competente e efetivo na proporção em que é utilizado pela
gestão para preservar e manter a carreira profissional dos colaboradores, visto que, con-
tribui diretamente na definição de um plano de cargos e salários, remunerações e pro-
moções, formação e desenvolvimento, etc (JUNIOR, 2017).
Para que este sistema funcione efetivamente, os gestores e avaliadores precisam
estar alinhados aos objetivos e estratégias implicadas pela avaliação de desempenho.
Relativamente, Bohlander (2015) apresenta que a gestão de desempenho é o pro-
cesso de criar um ambiente de trabalho no qual as pessoas podem realizar o melhor de
suas habilidades, a fim de alcançar as metas da empresa. Trata-se de um sistema de
trabalho que emana das metas organizacionais.
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O problema de avaliar o desempenho de contingente de pessoas dentro das
organizações conduziu a soluções que se transformaram em métodos de avali-
ação bastante populares. São os chamados métodos tradicionais de avaliação
de desempenho. Esses métodos variam de organização para outra, pois cada
organização tende a construir seu próprio sistema para avaliar o desempenho
das pessoas. Em muitas delas, é comum encontrar vários sistemas específicos,
conforme o nível e as áreas de alocação do pessoal, como: sistema de avaliação
de gerentes, mensalistas, horistas, vendedores etc. Cada sistema atende a de-
terminados objetivos específicos e a determinadas características do pessoal
envolvido. Podem-se tanto utilizar vários sistemas de avaliação do desempenho
como estruturar cada um deles em um método de avaliação, que seja adequado
ao tipo e às características do pessoal envolvido. Essa adequação é importante
para obtenção de resultados do método. (CHIAVENATO, 2004, p.265 apud JU-
NIOR, 2017).
Diante desse conceito, o autor cita os sistemas mais comuns em sua percepção:
(FRANÇA, 2013, p.119-124).
A partir do levantamento dos principais métodos citados pelos autores Chiave-
nato, Gil e França, serão especificados alguns dos sistemas com seus critérios e dimen-
sões.
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O método de avaliação Escalas Gráficas citada pelos três autores é o mais utili-
zado, divulgado e simples. Conforme Chiavenato (2004) sua aplicação requer uma mul-
tiplicidade de cuidados, a fim de neutralizar a subjetividade e o prejulgamento do avalia-
dor, que podem provocar interferência nos resultados.
Segundo Gil (2016) o método das escalas gráficas consiste num formulário de
dupla entrada, no qual as linhas representam os fatores que estão sendo avaliados e as
colunas, os graus de avaliação. Os fatores correspondem às características que se de-
seja avaliar em cada funcionário. Cada fator é definido de maneira clara, sintética e ob-
jetiva. Os graus de variação, por sua vez, indicam quão satisfatório é o desempenho do
funcionário em relação a cada um dos fatores.
38
Fonte: CHIAVENATO (2014).
Outro método citado pelos três autores é a Escolha Forçada. Gil (2016) diz que
o método da escolha forçada consiste em avaliar o desempenho dos funcionários medi-
ante a escolha de frases que descrevem seu desempenho individual. O avaliador recebe
formulários organizados em blocos de duas ou quatro frases. Em cada bloco, ele deverá
forçosamente escolher uma ou duas que melhor se aplicam ao desempenho do funcio-
nário avaliado (JUNIOR, 2017).
Segundo França (2013) esse sistema pretende reduzir a tendência do avaliador
ao apreciar os desempenhos e fixar padrões mais objetivos de comparação entre os
avaliados. Embora seja um sistema suscetível a muitas variações, e largamente aplicado
pelas organizações, o que é mais comum é a escolha feita pelo avaliador entre as opções
de afirmações que mais se aproximem ou se afastem das características de desempe-
nho do avaliado.
Chiavento (2010) também cita que esse método elimina a superficialidade e a
subjetividade, aspectos característicos do método da escala gráfica.
39
Esse método é reconhecido como um sistema que proporciona resultados confiá-
veis e concretos devidamente por reduzir a influência da subjetividade do avaliador. Pos-
suí como desvantagem a sua elaboração. Por avaliar com maior precisão que os outros
métodos, sua confecção é complexa e não proporciona informações sobre outros pontos
positivos e negativos do avaliado, apenas o que está no inquérito (JUNIOR, 2017).
Segundo GIL (2016) esse método apresenta diversas vantagens e também des-
vantagens. Como vantagem:
E como desvantagem:
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