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Autor:
Antonio Daud
25 de Agosto de 2022
Sumário
1 - Considerações Iniciais............................................................................................................................... 4
2.2.1 – Estágio........................................................................................................................................ 12
3.1.2. Gerentes....................................................................................................................................... 26
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TRT-PB 13ª Região (Técnico Judiciário - Área Administrativa) Noções de Direito do Trabalho - 2022 (Pós-Edital)
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1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Oi amigos (as),
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Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras
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Relação de trabalho é uma expressão ampla, que engloba os mais diversos tipos de labor do ser humano.
Conforme detalhado no sumário de nossa aula, a expressão abrange, por exemplo, as relações
empregatícias, estagiários, trabalhadores avulsos, trabalhadores autônomos, etc.
Já a relação de emprego tem lugar quando estão presentes os seus pressupostos (elementos) fático-
jurídicos indispensáveis. É uma espécie de gênero relações de trabalho.
Relações de Trabalho
Relações de emprego
Trabalhador avulso
Trabalhador autônomo
Empregado urbano
Trabalhador eventual
Empregado rural
Estagiário
Empregado doméstico
etc.
Aprendiz
etc.
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É importante decorar o artigo 3º da CLT, principalmente se o assunto “relação de emprego” cair em provas
discursivas:
CLT, art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a
empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
Subordinação jurídica
➢ Pessoa Física
Para que se possa falar em relação de emprego deve haver a prestação de serviço por pessoa física. Assim,
se existe prestação de serviço de pessoa jurídica para pessoa jurídica, não caberá aplicação das normas
justrabalhistas.
É importante frisar que existem tentativas de mascaramento de típicas relações de emprego, onde se tenta
camuflar o vínculo empregatício com o uso artificial de pessoa jurídica.
Com fundamento no princípio da primazia da realidade pode-se desconstituir tais situações (com utilização
de pessoa jurídica) e reconhecer o vínculo empregatício. Neste sentido Mauricio Godinho Delgado 1:
1
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 13 ed. São Paulo: LTr, 2013, p. 283.
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➢ Pessoalidade
A pessoalidade tem lugar quando o prestador de serviços é sempre o mesmo, havendo, então, prestação de
serviço intuitu personae.
A pessoalidade se faz presente quando o prestador de serviços não pode se fazer substituir por terceiros, o
que confere vínculo com caráter de infungibilidade.
Recorrendo ao dicionário (para facilitar a compreensão), vemos que fungível é o bem que pode ser
substituído por outro de mesma espécie, como o dinheiro.
Como o empregado não pode deixar de ir trabalhar em determinado dia e mandar um amigo ou parente em
seu lugar, tem-se que o vínculo empregatício possui caráter de infungibilidade (em relação ao prestador de
serviços – empregado).
Destaquei ao final da frase que a infungibilidade se dá em relação ao prestador de serviços, porque no outro
pólo da relação de emprego (o empregador) não existe a infungibilidade (no caso, haveria fungibilidade).
Tanto é que, mesmo havendo sucessão de empregadores (como vimos na aula 01), isto não afeta os
contratos de trabalho:
CLT, art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará
os contratos de trabalho dos respectivos empregados.
pessoalidade,
prestação de
empregado infungibilidade
serviços intuitu
personae
exemplo: sucessão
empregador fungibilidade
de empregadores
Ainda quanto à pessoalidade é de se ressaltar que existem afastamentos legais (mandato de dirigente
sindical, férias, licenças, etc.) e, nestes casos, apesar do contrato de trabalho ser interrompido (ou suspenso)
isto não prejudica a pessoalidade do trabalhador.
➢ Subordinação
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A subordinação é tida como o elemento mais marcante para a configuração da relação de emprego, e ela se
verifica quando o empregador tem poder diretivo sobre o trabalho do empregado, dirigindo, coordenando
e fiscalizando a prestação dos serviços executados pelo trabalhador.
A subordinação (ou dependência) seria técnica porque seria do empregador o conhecimento técnico do
processo produtivo; seria econômica porque o empregado dependeria do poder econômico do empregador;
por fim, seria jurídica porque o contrato de trabalho, assim como o poder diretivo do empregador, tem
caráter jurídico.
Atualmente há consenso doutrinário de que a subordinação da relação empregatícia tem viés jurídico.
CLT, art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza
não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
O artigo fala em “dependência”, que era o enfoque doutrinário nas ópticas de dependência técnica e
econômica, e hoje o mais adequado é falar-se em subordinação [jurídica, no caso].
Ainda quanto à subordinação na Consolidação das Leis do Trabalho é relevante mencionar seu artigo 6º,
alterado em 2011:
CLT, art. 6º, parágrafo único. Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle
e supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos
de comando, controle e supervisão do trabalho alheio.
A alteração da CLT em estudo teve como objetivo equiparar os efeitos jurídicos da subordinação (jurídica)
exercida por meios telemáticos e informatizados à exercida por meios pessoais e diretos.
➢ Onerosidade
Na relação de emprego o trabalhador coloca sua força de trabalho à disposição do empregador para receber
contraprestação salarial. Deste modo, a relação empregatícia é onerosa.
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A resposta é negativa. O atraso (ou inadimplemento) do salário não retira o caráter oneroso da relação de
emprego.
Nos casos onde o empregador não paga salários, ou até mesmo impõe uma situação de servidão disfarçada
(onde há prestação de serviços sem a contraprestação salarial) deve-se analisar o animus contrahendi.
Podemos definir o animus contrahendi como a intenção das partes (notadamente do prestador dos serviços)
ao firmar a relação de trabalho: o empregado disponibilizou sua força de trabalho com interesse econômico,
objetivando receber salário?
Se a resposta for positiva, configurar-se-á a onerosidade (mesmo que no caso fático o empregador não tenha
cumprido sua parte – pagamento do salário).
Se a resposta for negativa, ou seja, a pessoa realizou o trabalho sem intenção onerosa, não poderemos
entender a relação como um vínculo de emprego. Este é o caso do trabalho voluntário, como veremos no
próximo tópico desta aula.
➢ Não eventualidade
Se a pessoa trabalha de modo apenas eventual, teremos uma relação de trabalho, mas não poderemos
enxergá-la como relação de emprego. Este seria o caso de um trabalhador eventual, como veremos adiante,
cujo labor é prestado de forma esporádica.
Para configuração da relação de emprego a prestação laboral deve ser não eventual, ou seja, o trabalhador
deve disponibilizar sua força de trabalho de forma permanente.
Para que se considere a relação permanente, é impositivo que o trabalho seja prestado
todos os dias?
A resposta é negativa.
Vamos ao exemplo dos bares e restaurantes. Neste segmento econômico é comum encontrar
estabelecimentos que só abrem de quarta-feira a sábado, ou até mesmo somente em finais de semana. Em
outros casos, até abrem todos os dias, mas como o público frequentador é muito maior aos sábados e
domingos, uma parte dos empregados não labora em todos os dias da semana.
Apesar de não trabalharem todos os dias, existe a prestação laboral em caráter permanente, ao longo do
tempo, para o mesmo empregador. Assim, não podemos dizer que este trabalho seja esporádico; ele tem
caráter de permanência.
Atentem para o fato de que a permanência (aludida no parágrafo anterior) não é sinônima de continuidade.
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A continuidade está expressa na LC 150/15 (que dispõe sobre a profissão do empregado doméstico, objeto
de estudo em tópico específico desta aula):
CLT, art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a
empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
≠
LC 150/2015, art. 1º Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma
contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito
residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei.
Resumindo, quando estivermos tratando dos elementos fático-jurídicos dos empregados em geral
precisamos ter em mente a ideia de não eventualidade (e não da continuidade).
Em que pese esta distinção teórica, vez ou outra as Bancas entendem que a continuidade é elemento fático-
jurídico nas relações de emprego em geral, como na questão abaixo, cujo gabarito foi (C):
Sobre a distinção entre eventual e não eventual é oportuno citar a seguinte passagem da obra de Valentin
Carrion2
Acerca das atividades que se repetem “periódica e sistematicamente”, como ressaltou o autor, é
interessante notar que abrangem atividades-fim e atividades-meio.
2
CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 37 ed. Atualizada por Eduardo Carrion. São Paulo: Saraiva,
2012, p. 44.
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Assim, a repetibilidade (ou habitualidade) que confere o caráter de permanência da atividade desenvolvida
pode se dar tanto nas atividades-fim - como a elaboração do produto ou serviço que a empresa produz -
quanto nas atividades-meio - como a realização de limpeza ou serviço de manutenção das instalações do
estabelecimento.
Ainda sobre a não eventualidade, é de se ressaltar, mais uma vez, que ela pode restar configurada mesmo
quando o empregado não labore todos os dias da semana.
Por que toquei neste assunto novamente? Para tecer um último comentário: a mesma pessoa física pode ter
mais de uma relação de emprego, com empregadores distintos (mantendo com ambos, no caso, a não
eventualidade).
Neste contexto, nota-se que não se exige exclusividade na prestação de serviços para o reconhecimento do
vínculo de emprego: estando presentes todos os elementos fático jurídicos da relação de emprego (entre
eles a não eventualidade), a mesma pessoa física poderá ter relação de emprego com mais de um
empregador.
Para finalizar este tópico vamos retomar então este aspecto relevante: o trabalho em jornada menor que a
legal, ou então em poucos dias na semana não desconstitui a permanência, que é a prestação laboral
permanente ao longo do tempo, com ânimo definitivo.
➢ Alteridade
A alteridade, também chamada de princípio da alteridade, é um requisito existente nas relações de emprego.
A alteridade se relaciona ao risco do negócio, que deve ser assumido pelo empregador. Nesta linha, não se
admite que sejam transferidos ao empregado os riscos do empreendimento, pois estes devem ser
suportados pelo empregador.
Estudaremos agora as relações de trabalho lato sensu, conceito que abarca relações de trabalho que não
configuram relação de emprego.
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Relações de Trabalho
Relações de emprego
Trabalhador avulso
Trabalhador autônomo
Empregado urbano
Trabalhador eventual
Empregado rural
Estagiário
Empregado doméstico
etc.
Aprendiz
etc.
2.2.1 – Estágio
INCIDÊNCIA EM PROVA: BAIXA
O estágio é regulado pela Lei 11.788/08, que define estágio como “ato educativo escolar supervisionado,
desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que
estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de
ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da
educação de jovens e adultos”.
Atendidos os requisitos formais e materiais da Lei 11.788/08, o estagiário não será considerado empregado.
Assim, para que de fato não haja vínculo empregatício entre o estagiário e a parte concedente do
estágio deve-se seguir todos os preceitos da lei supracitada.
Lei 11.788/08, art. 3º O estágio (...) não cria vínculo empregatício de qualquer natureza,
observados os seguintes requisitos:
Percebam então que o estágio subentende uma relação trilateral, com a participação do estagiário, do
concedente do estágio e de instituição de ensino.
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Estagiário
Deste modo, se, por exemplo, não há formalização de termo de compromisso ou não há participação de
instituição de ensino, estaremos diante de um vínculo empregatício, e não de estágio.
No próprio dizer da lei, caso seja verificado que não estão sendo respeitados os requisitos estudados acima,
caracterizar-se-á a relação de emprego:
Lei 11.788/08, art. 3º, § 2º O descumprimento de qualquer dos incisos deste artigo ou de
qualquer obrigação contida no termo de compromisso caracteriza vínculo de emprego do
educando com a parte concedente do estágio para todos os fins da legislação trabalhista e
previdenciária.
Lei 11.788/08, art. 15. A manutenção de estagiários em desconformidade com esta Lei
caracteriza vínculo de emprego do educando com a parte concedente do estágio para
todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária.
Há toda essa ênfase legal quantos aos requisitos do estágio porque, na prática, é comum encontrar
verdadeiros empregados que estão sendo admitidos como “estagiários”, como o objetivo de retirar destas
pessoas os direitos trabalhistas assegurados pela CF/88 e CLT (férias, FGTS, 13º, etc.).
A duração do estágio, na mesma parte concedente, não poderá exceder 2 (dois) anos, exceto quando se
tratar de estagiário portador de deficiência.
Com relação aos elementos fático-jurídicos característicos da relação empregatícia, podemos perceber que
no estágio remunerado não se pode falar em ausência de determinado requisito que justifique nitidamente
a ausência de vínculo de emprego.
Bem, apesar de haver pessoalidade, onerosidade (quando o estágio é remunerado), subordinação e não
eventualidade, se atendidos os requisitos da lei 11.788/08 este diploma retirou do estágio a proteção
trabalhista.
Isto porque o estágio não foi concebido para que a pessoa (estagiário) labore em prol da atividade
empresarial pura e simplesmente, mas sim com o objetivo de integrar o itinerário formativo do educando.
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Consta também da lei que estágios superiores a 1 ano dão direito, ao estagiário, do gozo de recesso de 30
dias, nos seguintes termos:
Lei 11.788/08, art. 13 É assegurado ao estagiário, sempre que o estágio tenha duração igual
ou superior a 1 (um) ano, período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado
preferencialmente durante suas férias escolares.
Como o estagiário não é empregado regido pela CLT, é de se notar que a previsão normativa é de “recesso”
de 30 (trinta) dias - e não de “férias”.
Além das 3 partes já mencionadas (estagiário, concedente do estágio e instituição de ensino), é possível que
também participem do estágio os agentes de integração, que têm funções auxiliares no processo de
contratação e realização do estágio.
Estes agentes de integração (públicos ou privados) terão a função de interlocutor, auxiliando no processo de
contratação dos estagiários pelas empresas interessadas.
V – cadastrar os estudantes.
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O trabalhador autônomo labora sem subordinação, e a falta deste elemento fático-jurídico é que não
permite falar-se em relação empregatícia.
A expressão “autônomo” representa este fato, no sentido de que o profissional possui autonomia para
exercer suas funções (ou seja, não está sob o poder de direção de um empregador).
Exemplos de trabalho autônomo são a empreitada (de obra, onde o empreiteiro fornece mão de obra e/ou
materiais), regulada pelos artigos 610 a 626 do Código Civil (Lei 10.406/02), e a profissão de representante
comercial autônomo, regulada pela Lei 4.886/65:
Relembrando, a pessoalidade se faz presente quando o prestador de serviços não pode se fazer substituir
por terceiros, o que confere vínculo com caráter de infungibilidade.
“Um serviço cotidiano de transporte escolar, por exemplo, pode ser contratado ao
motorista do veículo, que se compromete a cumprir os roteiros e horários pre-fixados,
ainda que se fazendo substituir eventualmente por outro(s) motorista(s). A falta de
pessoalidade, aqui, soma-se à ausência de subordinação, para distanciar essa relação
jurídica de trabalho da figura empregatícia da CLT (...). O trabalho autônomo pode,
contudo, ser pactuado com cláusula de rígida pessoalidade – sem prejuízo da absoluta
ausência de subordinação. É o que tende a ocorrer com a prestação de serviços contratada
3
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 13 ed. São Paulo: LTr, 2013, p. 340.
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A CLT, após a Lei 13.467, passou a prever a figura do trabalhador autônomo exclusivo, que poderá prestar
serviços para um único empregador de forma contínua, tendo afastada a caracterização do vínculo
empregatício.
A lição clássica de trabalho autônomo indica que é a situação em que a pessoa labora sem subordinação, e
a falta deste elemento fático-jurídico é que não permite falar-se em relação empregatícia.
Assim, buscando afastar o vínculo empregatício na situação em que há autonomia daquele que labora
apenas para um tomador de serviços, foi inserido o seguinte dispositivo na CLT:
CLT, art. 442-B. A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades
legais, com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de
empregado prevista no art. 3º desta Consolidação [requisitos da relação de emprego].
Tal previsão abre margem para que empresas contratem trabalhadores para atuarem com continuidade e
exclusividade àquele empregador, tendo afastado, por uma opção do legislador, a caracterização do vínculo
de emprego.
Todavia, para que tal contratação se dê legalmente, é necessário que realmente inexista subordinação em
relação ao tomador dos serviços. Assim, caberá à Justiça do Trabalho avaliar, nos casos que lhe forem
submetidos, a efetiva inexistência da subordinação nessas relações de emprego, ante o princípio da primazia
da realidade.
Quando falamos em trabalhador eventual temos que lembrar a ausência do elemento fático-jurídico não
eventualidade. Em outras palavras, estaremos diante da eventualidade na prestação dos serviços.
Como o próprio nome faz crer, esta pessoa trabalha de forma eventual, esporádica, e por isso não se
configura o vínculo empregatício.
Segue um trecho do livro do Ministro Godinho4 em que o autor propõe a caracterização do trabalho de
natureza eventual – o(a) concurseiro(a) já enxerga isso como 5 alternativas de uma questão de múltipla
escolha ;-)
4
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 288.
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2.2.4 – Cooperados
INCIDÊNCIA EM PROVA: BAIXÍSSIMA
O cooperativismo surgiu para que pessoas que desenvolvem atividades semelhantes possam ter melhores
condições de oferecer seus produtos e serviços (ganhando em escala, unindo esforços para obter acesso a
empréstimos, utilizando espaços comuns no processo produtivo, etc.).
Assim, produtores de hortifrutigranjeiros, por exemplo, podem se estruturar em cooperativa para negociar
em condição mais vantajosa com os revendedores de seus produtos, podem construir espaço de uso comum
para estocar e produzir, podem comprar insumos de forma centralizada com preços mais baixos, entre
outros benefícios.
O problema que ocorre na prática é a tentativa de mascarar relação de emprego sob a roupagem de
cooperados. Assim, caso estejam presentes os elementos fático-jurídicos da relação de emprego estará
descaracterizada a situação de cooperado.
5
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao Direito do Trabalho. 37 ed. São Paulo: LTr, 2012, p. 178.
17
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CLT, art. 442, parágrafo único6 - Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade
cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes
e os tomadores de serviços daquela.
A CLT fala em “qualquer que seja o ramo de atividade” porque podem existir cooperativas de produtores, de
médicos, artesãos, taxistas, etc.
Conforme ensina Mauricio Godinho Delgado7, a verdadeira relação cooperativista, para se configurar, deve
atender aos princípios da dupla qualidade e da retribuição pessoal diferenciada.
Este princípio se relaciona à necessidade de que o filiado à cooperativa (o cooperado, no caso) tenha
benefícios desta situação, ou seja, a cooperativa deve prestar serviços que beneficiem seus associados.
Nesta linha, o cooperado se utiliza da cooperativa para vender produtos ou serviços e também é cliente da
própria cooperativa, no sentido de receber benefícios de tal condição. Esta é a dupla qualidade a que alude
o princípio em estudo.
Assim, o profissional cooperado tem retribuição pessoal diferenciada justamente por ser cooperado,
condição esta que deve conferir à pessoa vantagens econômicas superiores às que obteria caso atuasse
isoladamente, sem o auxílio da cooperativa.
6
O dispositivo continua vigente, mesmo havendo uma nova lei que regula especificamente as Cooperativas de Trabalho – Lei
12.690/2012.
7
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 331.
8
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 331.
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O trabalhador avulso pode ser enquadrado como uma espécie de trabalhador eventual, havendo, é claro,
dessemelhanças que justificam seu estudo em tópico apartado.
Podemos citar como exemplo de avulso os trabalhadores que realizam carga e descarga de mercadorias em
navios e armazéns de portos.
Assim como o trabalhador eventual, no caso dos avulsos não temos o elemento fático-jurídico não
eventualidade, visto que o avulso presta serviços a diversos tomadores em curtos intervalos de tempo. Em
outras palavras, no caso dos avulsos temos a eventualidade na prestação dos serviços.
Uma diferença marcante na atuação dos avulsos é que estes realizam tarefas para os tomadores com a
intermediação de uma entidade representativa, que é chamada de Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO):
Lei 12.815/2013, art. 32. Os operadores portuários, devem constituir, em cada porto
organizado, um órgão de gestão de mão-de-obra do trabalho portuário (...)
A Lei 12.815/2013 (resultante da conversão da MP 595/2012) determina que o OGMO tenha atribuições de
administrar o fornecimento da mão de obra dos avulsos, selecionar, registrar e manter o cadastro dos
avulsos, arrecadar e repassar a eles a remuneração paga pelos operadores portuários, etc.
A categoria dos avulsos tem, historicamente, obtido conquistas por meio de movimentos sindicais e
organização coletiva, tanto é que têm direito a uma série de proteções e direitos não estendidos a categorias
cujos vínculos não sejam de emprego.
CF/88, art. 7º, XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício
permanente e o trabalhador avulso.
Deste modo, os avulsos, apesar de não constituírem vínculo empregatício (pela eventualidade de seu
trabalho) têm direito a FGTS, repouso semanal, 13º, adicional de trabalho noturno, etc.
Quanto à igualdade de direitos, é importante destacar entendimento do STF, de junho de 2020, no bojo do
Recurso Extraordinário (RE) 597124, com repercussão geral reconhecida (Tema 222). Para o STF, se, em
determinado porto, houver o pagamento de adicional de risco a trabalhadores com vínculos permanentes,
os trabalhadores avulsos também têm direito ao mesmo adicional de risco. Assim, fixou-se a seguinte tese:
Sempre que for pago ao trabalhador com vínculo permanente, o adicional de risco é devido,
nos mesmos termos, ao trabalhador portuário avulso.
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Além dos avulsos portuários (que laboram nos portos e cercanias) existe também trabalho avulso em regiões
do interior, situação regulamentada pela Lei 12.023/09, que dispõe sobre as atividades de movimentação de
mercadorias em geral e sobre o trabalho avulso.
De acordo com esta lei os avulsos regidos por ela (o que exclui os avulsos portuários, regidos por lei própria)
realizarão atividades de movimentação de mercadorias em geral, desenvolvidas em áreas urbanas ou rurais
sem vínculo empregatício, mediante intermediação obrigatória do sindicato da categoria, por meio de
Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho para execução das atividades.
Assim como ocorreu no trabalho avulso portuário, em que o OGMO recebe a remuneração do tomador de
serviços e a repassa aos avulsos, na Lei 12.023/09 a sistemática é a mesma: o sindicato da categoria recebe
os valores pagos pelo tomador de serviços e tem a atribuição de repassá-los aos beneficiários.
O trabalho voluntário é regido pela Lei 9.608/98, que dispõe sobre o serviço voluntário e dá outras
providências:
Lei 9.608/98, art. 1º Considera-se serviço voluntário, para os fins desta Lei, a atividade não
remunerada prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza ou a
instituição privada de fins não lucrativos que tenha objetivos cívicos, culturais,
educacionais, científicos, recreativos ou de assistência à pessoa.
Parágrafo único. O serviço voluntário não gera vínculo empregatício, nem obrigação de
natureza trabalhista previdenciária ou afim.
Neste caso haverá a falta do elemento fático-jurídico onerosidade, típico da relação de emprego.
Lembrando o que comentamos sobre a onerosidade, nos casos onde o empregador não paga salários, deve-
se analisar o animus contrahendi (intenção do prestador dos serviços ao firmar a relação de trabalho): o
trabalhador disponibilizou sua força de trabalho com interesse econômico, objetivando receber salário?
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Se a resposta for afirmativa, podemos estar diante de relação de emprego dissimulada. Exemplo: há casos
de fiscalização do MTb em empresa onde todos os empregados eram “voluntários”: laboravam com
pessoalidade, onerosidade, subordinação e não eventualidade, mas tinham assinado um termo de adesão
ao voluntariado (como exigido pela Lei 9.608/98) e recebiam uma “ajuda de custo” de um salário mínimo
por mês
A empresa foi autuada e notificada para registrar todos como empregados (retroativamente ao início da
prestação laboral), recolher o FGTS em atraso, etc.
Antes de encerrar este tópico, relembro que o exercício de um trabalho voluntário deve ser precedido da
celebração de um termo de adesão (que se difere de um “contrato de trabalho”):
Como diz o Ministro Godinho (Contrato de Trabalho e afins: comparações e distinções, Rev. Trib. Reg. Trab.
3ª Reg., Jan./Jun.2000), em distintos segmentos do direito há exemplos marcantes de contratos de atividade,
nos quais há trabalho prestado, mas não se confundem com o vínculo empregatício.
Um dos contratos típicos do Direito Civil é o contrato de empreitada, previsto no CCB, art. 610 e seguintes.
Segundo Carlos Roberto Gonçalves9:
Empreitada (locatio operis) é contrato em que uma das partes (o empreiteiro), mediante
remuneração a ser paga pelo outra contraente (o dono da obra), obriga-se a realizar
9
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. 4ª edição. p. 343.
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Constitui, também, uma prestação de serviço (locatio operarum), mas de natureza especial.
É um contrato bastante utilizado no ramo da construção civil. Neste ajuste, uma parte (dono da obra)
contrata os serviços da outra (o empreiteiro) para realizar uma obra. O empreiteiro, por sua vez, pode
contratar terceiros para executar a obra.
Estes terceiros contratados pelo empreiteiro podem ser pessoas físicas (celebrando com eles contratos de
trabalho) ou empresas (celebrando com estas empresas contratos de subempreitada, por exemplo).
Portanto, sendo o dono da obra uma empresa construtora ou uma incorporadora este será
corresponsabilizado pelas obrigações trabalhistas do empreiteiro. Não sendo estes dois casos, o dono da
obra não poderá ser responsabilizado pela inadimplência do empreiteiro.
Em maio de 2017, a SDI-1 do TST reforçou o entendimento, fixando ainda as seguintes teses, com destaque
para o item IV:
III) Não é compatível com a diretriz sufragada na Orientação Jurisprudencial 191 da SDI-1
do TST jurisprudência de Tribunal Regional do Trabalho que amplia a responsabilidade
trabalhista do dono da obra, excepcionando apenas "a pessoa física ou micro e pequenas
empresas, na forma da lei, que não exerçam atividade econômica vinculada ao objeto
contratado" (decidido por unanimidade);
IV) Exceto ente público da Administração Direta e Indireta, se houver inadimplemento das
obrigações trabalhistas contraídas por empreiteiro que contratar, sem idoneidade
econômico-financeira, o dono da obra responderá subsidiariamente por tais obrigações,
em face de aplicação analógica do artigo 455 da CLT e culpa in eligendo (decidido por
maioria, vencido o ministro Márcio Eurico Vitral Amaro).
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Em setembro de 2019, foi publicada a Lei 13.877, deixando claro que, atendidos alguns requisitos, dirigentes
e assessores de partidos políticos não possuem vínculo empregatício. Esta é, portanto, mais uma situação
de afastamento do vínculo empregatício por decisão do legislador.
Tal conclusão decorre da inserção do art. 44-A na lei dos partidos políticos (Lei 9.096/1995) e da alínea ‘f’ no
art. 7º da CLT:
Lei 9.096/1995, art. 44-A. As atividades de direção exercidas nos órgãos partidários e em
suas fundações e institutos, bem como as de assessoramento e as de apoio político-
partidário, assim definidas em normas internas de organização, não geram vínculo de
emprego, não sendo aplicável o regime jurídico previsto na Consolidação das Leis do
Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, quando
remuneradas com valor mensal igual ou superior a 2 (duas) vezes o limite máximo do
benefício do Regime Geral de Previdência Social.
CLT, art. 7º. Os preceitos constantes da presente Consolidação salvo quando fôr em cada
caso, expressamente determinado em contrário, não se aplicam: (..)
Percebam, a partir da parte final do art. 44-A transcrito acima, que a descaracterização do vínculo
empregatício exige uma condição: remuneração do trabalhador igual ou superior ao dobro do teto do RGPS.
CLT, art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza
não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
Lembremos que a “dependência” aludida na CLT, hoje, se traduz na subordinação. Vejamos uma questão de
prova sobre a figura jurídica do empregado:
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Além disso, a questão propõe que a configuração de emprego demande “habitualidade”, enquanto o
elemento fático-jurídico ínsito ao caráter permanente da relação empregatícia é adequadamente nominado
não eventualidade.
Subordinação jurídica
Quanto aos diferentes tipos de trabalho, a Constituição de 1988 possui dispositivo referente à não
discriminação, no sentido de assegurar como direito dos trabalhadores urbanos e rurais:
CF/88, art. 7º, XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou
entre os profissionais respectivos;
Frise-se que neste aspecto a CF/88 não inovou, pois já havia tal previsão em Constituições anteriores e na
CLT:
CLT, art. 3º, parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à
condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual.
Também é importante mencionar que, mesmo nos casos em que o empregado preste serviços em sua
residência, isto não obsta o reconhecimento da relação de emprego. Neste aspecto, a CLT foi alterada em
2011 e atualmente seu artigo 6º conta com a seguinte redação:
Exemplo: em determinada empresa do setor de confecções encontrei diversas pessoas que laboravam em
suas próprias casas (costureiras), recebendo as peças de vestuário pré-prontas da fábrica para fazer o
acabamento. No caso havia pessoalidade, onerosidade, não eventualidade e subordinação (pressupostos da
relação de emprego), e com isso não restava dúvida de que havia a relação de emprego.
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Deste modo, o tratamento a ser dado ao empregado que executa suas tarefas no seu domicílio deve ser o
mesmo dos empregados em geral; a questão abaixo, incorreta, tentou confundir a situação do empregado
a domicílio com o doméstico, que são situações completamente distintas:
Ainda quanto à parte final do artigo 6º da Consolidação, alterado em 2011, precisamos falar sobre o trabalho
a distância.
A alteração da CLT em estudo teve como objetivo equiparar os efeitos jurídicos da subordinação (jurídica)
exercida por meios telemáticos e informatizados à exercida por meios pessoais e diretos, nos seguintes
termos:
CLT, art. 6º, parágrafo único. Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle
e supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos
de comando, controle e supervisão do trabalho alheio.
Quanto à configuração do vínculo empregatício, ressalte-se que não é exigida exclusividade na prestação dos
serviços. Assim, estando presentes os elementos fático-jurídicos da relação de emprego, é irrelevante se o
empregado labora para apenas um empregador, ou se presta serviços para vários.
Não são relevantes para caracterização do vínculo de emprego o local e nem a exclusividade na
prestação dos serviços!
A expressão “altos empregados” abrange as situações nas quais o pressuposto da relação de emprego
subordinação é mitigada, tendo em vista as peculiaridades do exercente das funções de chefia e/ou cargos
de elevada fidúcia (confiança).
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No cotidiano das relações de emprego, há variados níveis desta redução da subordinação. Seguindo a
sugestão da Profa. Vólia Bomfim10 vamos aqui dividir o estudo em grupos de trabalhadores.
Estes empregados possuem algumas atribuições de gestão, como a emissão de ordens a outros empregados,
contratar, representar o empregador etc.
Entre outras diferenças, eles estão sujeitos à alteração unilateral de local de prestação de serviços (pelo
empregador, quando houver comprovada necessidade):
CLT, art. 469 - Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para
localidade diversa da que resultar do contrato (...)
Seguindo adiante, podemos incluir neste tópico alguns exercentes de função de confiança do setor bancário
que, quando desempenharem suas funções com poderes de gestão elevados e distinção remuneratória,
também terão alguns direitos trabalhistas mitigados (atenuados).
CLT, art. 224 - § 2º - As disposições deste artigo [duração do trabalho dos bancários] não se
aplicam aos que exercem funções de direção, gerência, fiscalização, chefia e equivalentes,
ou que desempenhem outros cargos de confiança, desde que o valor da gratificação não
seja inferior a 1/3 (um terço) do salário do cargo efetivo11.
3.1.2. Gerentes
Estão incluídos no conceito os gerentes, conforme definido na CLT. Estes possuem um poder de gestão mais
elevado que o grupo anterior. A estes empregados não se aplica a limitação de jornada, conforme
observamos a seguir:
CLT, art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo [Da Duração do
Trabalho]:
(...)
10
CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 14ª ed. Ed. Método. 2017. p. 307
11
No art. 62, II, da CLT se enquadra o gerente geral das agências bancárias, que deixará de contar com as regras protetivas do
Capítulo [Da Duração do Trabalho] se receber adicional de função não inferior a 40%. Já no art. 224, §2º, da CLT se enquadram os
demais gerentes (gerente de contas, gerente de relacionamento, etc.).
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Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados
mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança,
compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo
salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento).
Deste modo, não basta que o gerente (ou equiparados) seja designado como tal para serem entendidos
como alto funcionário: deve haver poder de gestão e padrão salarial diferenciado.
Continuando, podemos incluir neste tópico do curso os diretores de sociedades anônimas, que são
recrutados externamente (fora da empresa) para dirigi-la ou, então, são empregados efetivos eleitos para
geri-la.
O empregado eleito para ocupar cargo de diretor tem o respectivo contrato de trabalho
suspenso, não se computando o tempo de serviço desse período, salvo se permanecer a
subordinação jurídica inerente à relação de emprego.
Importante mencionar, ainda, os casos em que pessoas são incluídas na sociedade como sócios e que, na
verdade, prestam serviços com habitualidade, onerosidade, subordinação e pessoalidade.
É o caso, por exemplo, de clínicas onde os veterinários não são registrados: todos são admitidos como
“sócios”, cada um com 1% do capital social; quando o veterinário se desliga do empreendimento, é feita
alteração do contrato social retirando o mesmo e incluindo outro “sócio”, também com 1% do capital, de
modo que nenhum deles possui qualquer poder diretivo ou ingerência sobre a sociedade, não participam de
distribuição de lucros, enfim, a sociedade pode se configurar como ato simulado.
Nestes casos é possível reconhecer-se relação de emprego, com fundamento no artigo 9º da CLT:
CLT, art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar,
impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação.
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A Lei 13.467 (reforma trabalhista) criou uma outra distinção para os chamados “altos empregados”. Segundo
a alteração promovida na CLT, empregados que percebem salário igual ou superior a duas vezes o teto dos
benefícios do RGPS (em torno de R$ 11 mil) e têm nível superior terão relações contratuais regulamentadas,
de forma preponderante, por simples acordo individual.
O legislador presumiu que estes altos empregados não estão em situação de hipossuficiência, de sorte que
eles possuiriam condições de negociar em condições de igualdade diretamente com seus empregadores. Por
este motivo, alguns têm chamados tais trabalhadores de hiperssuficientes.
Assim, para estes empregados (nível superior + dobro do teto do RGPS), a CLT confere a faculdade de o
empregado negociar livremente, por meio de acordo individual, com seu empregador, a respeito de
determinados direitos (a exemplo daqueles listados no art. 611-A da CLT):
CLT, art. 444, parágrafo único. A livre estipulação a que se refere o caput deste artigo aplica-
se às hipóteses previstas no art. 611-A desta Consolidação [prevalência do negociado sobre
o legislado], com a mesma eficácia legal e preponderância sobre os instrumentos
coletivos, no caso de empregado portador de diploma de nível superior e que perceba
salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime
Geral de Previdência Social.
Agora vejam os termos em que a “livre negociação” foi prevista no referido caput (que não foi alterado pela
Lei 13.467):
CLT, art. 444. As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das
partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao
trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades
competente
Como o assunto é relativamente recente, é preciso deixar claro que os limites aceitáveis desta livre
negociação ainda não estão claros, devendo ser objeto de acalorados debates nos próximos tempos.
O empregado rural é enquadrado nesta condição de acordo com seu empregador ser ou não considerado
como empregador rural.
À primeira vista parece simples diferenciar empregado rural do empregado urbano, mas veremos que o tipo
de atividade exercida não é determinante para este enquadramento.
De acordo com a Lei 5.889/73 (que estatui normas reguladoras do trabalho rural),
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Lei 5.889/73, art. 2º Empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou
prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual a empregador rural, sob a
dependência deste e mediante salário.
Deste dispositivo podemos verificar os elementos fático-jurídicos da relação de emprego (pessoa física,
pessoalidade, onerosidade, não eventualidade e subordinação), além da indicação de outros 2 elementos
que se relacionam ao empregado rural: a prestação de serviços a empregador rural e o labor prestado em
propriedade rural ou prédio rústico.
Lei 5.889/73, art. 3º - Considera-se empregador rural, para os efeitos desta Lei, a pessoa
física ou jurídica, proprietário ou não, que explore atividade agro-econômica, em caráter
permanente ou temporário, diretamente ou através de prepostos e com auxílio de
empregados.
Quanto ao local de prestação de serviços, propriedade rural é aquela localizada na área rural, e o prédio
rústico pode ser definido como local onde se exercem atividades agropastoris (e que pode se localizar na
área urbana).
Deste modo, além dos pressupostos característicos da relação de emprego urbana (pessoa física,
pessoalidade, onerosidade, não eventualidade e subordinação) a identificação do rurícola depende também
de haver:
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Ressaltamos, ainda, o cancelamento das OJs 315 e 419 ao final de 2015, por perda de consenso a respeito
do assunto:
Quanto à legislação aplicável ao empregado rural (rurícola), a Lei 5.889/73 estende as disposições da CLT no
que esta não colidir com seu próprio regramento:
Lei 5.889/73, art. 1º As relações de trabalho rural serão reguladas por esta Lei e, no que
com ela não colidirem, pelas normas da Consolidação das Leis do Trabalho.
Além disso, é bom relembrar que o artigo 7º da Constituição Federal também se aplica aos rurícolas, por
força de seu caput:
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social (...)
Veremos as demais disposições da Lei 5.889/73 nas aulas próprias (remuneração, jornada de trabalho etc).
Esta categoria é agora regulada pela LC 150/2015, que revogou a Lei 5.859/72.
Conforme a citada Lei, é considerado empregado doméstico aquele que presta serviços de natureza contínua
e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família no âmbito residencial destas.
Percebam então que, assim como no caso do rurícola, aqui também temos elementos fático-jurídicos
diferenciados característicos da relação de emprego doméstico.
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Subordinação
jurídica
Enquanto no vínculo empregatício urbano e rural falamos em não eventualidade, aqui tem lugar a
continuidade.
Ainda não há Súmula ou Orientação Jurisprudencial do TST sobre o tema, mas a doutrina dominante entende
que continuidade não é sinônimo de não eventualidade.
A nova Lei definiu que será considerado doméstico aquele que trabalhar mais de dois dias por semana à
mesma pessoa ou família, encerrando a divergência que havia a respeito.
Vimos quanto ao empregado urbano que seu empregador pode ter ou não finalidade lucrativa, e que isto
seria indiferente para a configuração do vínculo de emprego.
No caso do trabalho doméstico a situação muda de figura: só podemos falar em empregado doméstico
quando o serviço seja prestado com finalidade não lucrativa (a pessoa ou família).
Assim, para que configuremos o labor doméstico os serviços prestados não podem ter a finalidade de
produzir mercadorias ou serviços para revenda.
Se o caseiro da chácara (ambiente urbano ou rural) cuida da horta, do galinheiro, do pomar e o produto
destas atividades se destina ao consumo da família, ele poderá se enquadrar como doméstico (atendidos os
demais requisitos). Se as frutas, hortaliças e ovos são comercializados, o caseiro é força de trabalho utilizado
em processo produtivo, então não será doméstico.
Acerca do tipo de trabalho, vejam na definição da lei que este requisito não é distintivo, motivo pelo qual a
prestação de labor sem finalidade lucrativa no âmbito residencial, como os prestados por enfermeira
particular, mordomo, caseiro, cozinheira, etc., podem, todos, enquadrar-se como doméstico.
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Desta forma, podemos dizer que a natureza do serviço prestado não é relevante para a caracterização do
vínculo empregatício.
Em relação ao empregador doméstico, percebam que este é pessoa física ou família: é inadmissível em nosso
ordenamento empregador doméstico pessoa jurídica.
Além de pessoa física e família, a doutrina admite que grupo unitário de pessoas (como república estudantil)
possa tomar trabalho doméstico.
O gabarito é (C), pois Helena labora em âmbito residencial do grupo estudantil, sem finalidade lucrativa.
Já as outras laboram para um pensionato (que é um empreendimento com fins lucrativos), e por isso não
são domésticas. Falaremos sobre estabilidade em outra aula, mas quem conseguiu caracterizar o doméstico
já teria condições de acertar a questão.
Assim, adaptando o esquema anterior do empregado urbano teríamos os seguintes pressupostos do vínculo
de emprego doméstico:
Continuidade
Onerosidade
Empregado doméstico Não eventualidade
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3.4 – Aprendiz
INCIDÊNCIA EM PROVA: BAIXÍSSIMA
Comentaremos nesta seção da aula os tópicos mais relevantes da Consolidação das Leis do Trabalho e do
Decreto 9.579/2018, que, entre outros assuntos, regulamenta a contratação de aprendizes.
Aprendiz é o maior de 14 e menor de 24 anos que celebra contrato de aprendizagem (a idade máxima não
se aplica a aprendizes portadores de deficiência).
Conforme artigo 428 da CLT, contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por
escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 e menor
de 24 anos inscrito em programa de aprendizagem formação técnico-profissional metódica, compatível com
o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligência as tarefas
necessárias a essa formação.
CLT, art. 428, § 4º A formação técnico-profissional a que se refere o caput deste artigo
caracteriza-se por atividades teóricas e práticas, metodicamente organizadas em tarefas
de complexidade progressiva desenvolvidas no ambiente de trabalho.
Aprendiz
Instituição de ensino de
aprendizagem (Sistema “S” Aprendizagem Empregador
ou similares)
Como o aprendiz é empregado, deve-se anotar esta condição em sua Carteira de Trabalho e Previdência
Social (CTPS):
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Nos casos em que as formalidades não sejam cumpridas (exemplos: não há instituição de ensino que oriente
a formação, o aprendiz não concluiu o ensino médio e não vai à escola) poderemos estar diante de uma
fraude trabalhista.
Quando isso é verificado o pretenso contrato de aprendizagem será nulo (lembremo-nos do princípio da
primazia da realidade sobre a forma):
CLT, art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar,
impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação.
Como vimos, já existe o vínculo de natureza empregatícia e, com a nulidade, este vínculo deixará de ser de
natureza especial (aprendizagem) e passará a ser um contrato empregatício “normal”, com prazo
indeterminado.
Neste aspecto, frise-se que, após a MP 1.116, de maio de 2022, a duração máxima do contrato de
aprendizagem será em regra de 3 anos, admitindo-se as seguintes exceções (CLT, art. 428, §3º):
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Verifica-se que a base de cálculo para encontrar a quantidade de aprendizes a serem contratados não é a
quantidade total de empregados, mas apenas aqueles cujas funções demandem formação profissional.
Para a definição das funções que demandem formação profissional, deverá ser considerada a Classificação
Brasileira de Ocupações (CBO), elaborada pelo Ministério do Trabalho, estando excluídas funções de direção,
chefia, gerência e outras que demandem, para o seu exercício, habilitação profissional de nível técnico ou
superior.
Decreto 9.579/2018, art. 51, § 1º Para o cálculo da porcentagem a que se refere o caput
[5% a 15%], as frações de unidade serão arredondadas para o número inteiro subsequente,
hipótese que permite a admissão de aprendiz.
Assim, se a empresa possui 25 empregados cujas funções demandem formação profissional, a cota mínima
legal será 25 x 5% = 1,25 ›› 2 aprendizes
Uma dúvida frequente é a seguinte: como há proibição de trabalho de menores em ambiente insalubre e
perigoso, as funções onde há insalubridade e periculosidade integrarão a base de cálculo da aprendizagem?
A resposta é sim, integrarão!
Isto quando estas funções demandem formação profissional, casos em que o aprendiz não será contratado
para exercer tais funções no ambiente impróprio (pode-se, por exemplo, realizar a parte prática da
aprendizagem em ambiente simulado):
Decreto 9.579/2018, art. 51, § 2º Deverão ser incluídas na base de cálculo todas as funções
que demandem formação profissional, independentemente de serem proibidas para
menores de dezoito anos.
Em relação à cota obrigatória, a CLT, alterada pela Lei 13.420/2017 (que buscou incentivar o esporte), prevê
que até 10% da cota possa ser destinada nas seguintes áreas:
CLT, art. 429, § 1º-B Os estabelecimentos a que se refere o caput poderão destinar o
equivalente a até 10% (dez por cento) de sua cota de aprendizes à formação técnico-
profissional metódica em áreas relacionadas a práticas de atividades desportivas, à
prestação de serviços relacionados à infraestrutura, incluindo as atividades de construção,
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Aprendizagem Estágio
De trabalho lato sensu (não é
Relação De emprego
relação de emprego)
Aprendiz, empregador e
entidade qualificada em Estagiário, concedente de estágio e
Agentes envolvidos
formação técnico-profissional instituição de ensino
metódica
Contrato escrito de
Formalização aprendizagem (é contrato Termo de Compromisso
especial de trabalho)
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Os agentes públicos como Auditores-Fiscais do Trabalho, Analistas e Técnicos Judiciários são servidores
públicos, regidos por estatuto (no caso, a Lei 8.112/90), ou seja, são leis próprias que disciplinam suas
relações jurídicas. Estudamos tais relações em Direito Administrativo.
Já o empregado público (na esfera federal) é regido pela Lei 9.962/00, que disciplina o regime de emprego
público do pessoal da Administração federal direta, autárquica e fundacional, e dá outras providências.
Lei 9.962/00, art. 1º O pessoal admitido para emprego público na Administração federal
direta, autárquica e fundacional terá sua relação de trabalho regida pela Consolidação das
Leis do Trabalho (...) e legislação trabalhista correlata, naquilo que a lei não dispuser em
contrário.
Não há histórico de questões de concurso sobre o tema, então não iremos nos aprofundar na problemática
existente sobre o regime jurídico único (RJU). O assunto envolve a alteração do artigo 39 da CF/88.
Convém também trazer à aula a disposição da nossa Constituição, que condiciona a investidura em emprego
público à prévia aprovação em concurso público:
CF/88, art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...)
Sobre o assunto admissão sem concurso público, é importante conhecer a SUM-363 do TST, no sentido de
que a admissão de servidor sem concurso público encontra óbices no texto constitucional, sendo, portanto,
nula. Todavia, algumas repercussões trabalhistas continuam asseguradas ao obreiro, uma vez que tais
contratações geram efeitos, como o pagamento da remuneração e do FGTS:
Além disso, é importante ter conhecimento da Súmula 430, publicada em 2012, que convalida os efeitos do
contrato de trabalho do admitido sem concurso quando o vínculo permanece após a privatização da
entidade:
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É basicamente o seguinte: a Constituição exige aprovação prévia em concurso público para a investidura em
cargo público (inclusive na Administração Indireta – autarquias, fundações, empresas públicas, etc.).
O que a Súmula dispõe é que, quando o empregado é admitido sem concurso e a entidade é privatizada,
convalidam-se os efeitos da admissão irregular.
A convalidação significa regularizar o ato (a admissão, no caso), de modo que ele continue válido e produza
seus efeitos regulares (seria a continuidade da existência do vínculo empregatício, nesta situação fática).
Em síntese:
3.6 – Teletrabalhador
INCIDÊNCIA EM PROVA: MÉDIA
A CLT, com o advento da Lei 13.467/2017, passou a prever regras específicas para o teletrabalho (também
chamado de home-office).
Nesta modalidade, por meio dos recursos tecnológicos (internet, aplicativos de comunicação etc) o
empregado trabalha à distância, mas não chega a ser considerado trabalhador externo. Em muitos casos, o
empregado trabalha da sua própria residência.
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Como será detalhado em outros momentos do curso, atendidos alguns requisitos, o teletrabalhador foi
excluído do controle de jornada, não possuindo, por exemplo, direito a horas extras, como regra geral (CLT,
art. 62, III).
O teletrabalho é um dos temas em que o negociado irá se sobrepor ao legislado (CLT, art. 611-A, VIII).
Por fim, é preciso ressaltar que a contrato de trabalho dos teletrabalhadores deve constar expressamente
tal situação (de que laboram sob o regime de teletrabalho) - CLT, art. 75-C, caput.
A reforma trabalhista criou a modalidade de trabalho intermitente, que é a modalidade de emprego em que
há alternância de períodos de trabalho e de inatividade, independentemente do tipo de atividade do
empregador ou da função do empregado.
Assim, o empregador pactua com o empregado intermitente uma remuneração, todavia ela será devida
apenas nas situações em que o empregado for convocado a trabalhar.
Exemplo 1: um buffet contrata vinte garçons sob regime de trabalho intermitente. Tais empregados não
comparecem ao local de trabalho, a menos que sejam convocados para auxiliarem na organização de
determinado evento. Assim, em determinado sábado, o buffet convoca dez garçons para servirem comes e
bebes em uma festa de casamento para 200 convidados, com jornada de trabalho das 19 às 02hs. Nesta
ocasião, o buffet deverá remunerar os 10 garçons que prestarem serviços (e não remunera os demais). No
sábado seguinte, ao organizar uma festa para 400 convidados, o buffet convoca todos os 20 garçons,
remunerando todos os que lhe prestarem serviços. Em outra semana, caso o buffet não tenha festas a
organizar, não convoca nenhum deles (e, por conseguinte, não os remunera).
Exemplo 2: determinado restaurante contrata um garçom para trabalhar, de forma intermitente, durante o
horário das refeições (almoço e jantar). Assim, o garçom labora das 11hs às 14hs (todos os dias) e das 19hs
às 22hs, de quinta a sábado. Este mesmo garçom pode ainda ser convocado pelo empregador para laborar
em outros dias de maior movimento.
Notem que esta modalidade confere bastante flexibilidade ao empregador, que não se compromete em ter
à sua disposição empregados durante momentos de baixa demanda da atividade empresarial, reduzindo-se,
assim, sua folha de pagamento.
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Assim, o empregador ganhou a liberdade para ter empregados, mas só convocá-los a trabalhar em
momentos específicos que realmente necessitar. Podemos perceber, portanto, que o trabalho intermitente
representa uma mitigação da alteridade, transferindo ao empregado alguns dos riscos do negócio.
Do lado do empregado, embora possa ter outros vínculos empregatícios e, em tese, possa escolher quando
atender ou não à convocação do empregador, ele não tem qualquer garantia de quanto tempo trabalhará
no mês ou de sua remuneração total, colocando-o em situação de insegurança.
O período de inatividade não será considerado tempo à disposição do empregador e, portanto, não haverá
remuneração, de modo que não há necessariamente continuidade na prestação de serviços.
Ao longo do curso, iremos detalhar as regras específicas desta modalidade contratual (contratação, jornada
de trabalho, remuneração etc), mas já adianto que, como todo empregado, o intermitente faz jus, além da
sua remuneração, à percepção de férias (acrescidas do terço constitucional), 13º salário, repouso semanal
remunerado e adicionais legais, além do recolhimento ao FGTS e outros direitos.
O trabalhador temporário é aquele que possui vínculo com a empresa de trabalho temporário, e presta
serviços para outra empresa – a tomadora de serviços.
O trabalho temporário é regido pela Lei 6.019/74, de onde podemos extrair o conceito de trabalho
temporário:
Lei 6.019/74, art. 2º - Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física contratada
por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa
tomadora de serviços, para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal
permanente ou à demanda complementar de serviços.
É nesta mesma lei onde consta a definição de empresa de trabalho temporário (ETT):
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O trabalho temporário, assim, se destina a permitir que a empresa de trabalho temporário forneça
trabalhadores a outras empresas, sendo relação excepcional que só é admitida nas estritas hipóteses do art.
2º da Lei 6.019/74.
Como a empresa de trabalho temporário não é contratada para realizar serviços, mas sim intermediar mão
de obra, percebam que este é um caso em que o trabalhador da empresa prestadora será alocado na
dinâmica industrial da tomadora, ou seja, realizará suas atividades de forma subordinada à tomadora.
Segue abaixo um esquema que representa a vinculação jurídica entre os agentes envolvidos no trabalho
temporário:
Trabalho subordinado
(entretanto não há vínculo de Relação de trabalho
emprego)
Trabalhador temporário
Como a utilização do trabalho temporário pela tomadora se dá em circunstâncias restritas, a Lei estipula
limite máximo de tempo em que um mesmo empregado da prestadora pode laborar na tomadora de
serviços:
Lei 6.019/74, art. 10, § 1º O contrato de trabalho temporário, com relação ao mesmo
empregador, não poderá exceder ao prazo de cento e oitenta dias, consecutivos ou não.
Caso a tomadora se interesse por contratar o temporário (que originalmente era empregado da empresa de
trabalho temporário) isto deve ser permitido, não sendo admitida cláusula de reserva:
Lei 6.019/74, art. 11, parágrafo único. Será nula de pleno direito qualquer cláusula de
reserva, proibindo a contratação do trabalhador pela empresa tomadora ou cliente ao fim
do prazo em que tenha sido colocado à sua disposição pela empresa de trabalho
temporário.
O conhecimento destas regras acerca do trabalhador temporário foi objeto de cobrança, pela FCC, na
questão abaixo:
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(C) Será nula de pleno direito qualquer cláusula de reserva, proibindo a contratação do trabalhador pela
empresa tomadora ou cliente ao fim do prazo em que tenha sido colocado à sua disposição pela empresa de
trabalho temporário.
(D) O contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora ou cliente, com relação a um
mesmo empregado, não poderá exceder de seis meses, salvo mediante autorização do Ministério do Trabalho.
(E) O contrato de trabalho celebrado entre a empresa de trabalho temporário e cada um dos assalariados
colocados à disposição da empresa tomadora ou cliente poderá ser celebrado verbalmente ou por escrito,
sendo vedada a modalidade de contrato tácito.
Aprendemos anteriormente que empregado é sempre pessoa física, e empregador pode ser pessoa física ou
jurídica.
Com isso pode-se concluir que a definição da CLT, no sentido de que “empregador é empresa”, na verdade,
não foi muito adequada.
Assim, é importante frisarmos que empregador pode ser pessoa física ou jurídica, mas se na prova a banca
colocar o texto literal do artigo 2º, provavelmente a alternativa estará correta!
Por outro lado, alguns entendem que a definição da CLT reforça a idéia de despersonalização do
empregador, a partir da qual se ressalta que a alteração de propriedade da empresa não afeta os contratos
de trabalho de seus empregados (esta interpretação se alinha à sucessão de empregadores).
CLT, art. 2º, § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de
outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo
12
RR-100-466.2014.5.09.0009, DEJT 30.9.2016.
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No caso de estarem presentes os elementos acima, haverá relação de emprego e poderemos falar,
consequentemente, de empregado e de empregador.
Arrematando o que acabamos de estudar, vejamos a conceituação de empregador proposta por Mauricio
Godinho Delgado13:
A despersonalização, como vimos acima, mantém o contrato de trabalho válido mesmo quando há
modificação do sujeito passivo (empregador), como ocorre na sucessão trabalhista:
CLT, art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará
os contratos de trabalho dos respectivos empregados.
Já a assunção dos riscos (alteridade) é efeito jurídico decorrente do risco do empreendimento, que deve ser
suportado pelo empregador: caso a atividade empresarial apresente resultados negativos (prejuízo), o
empregador deve assumi-los integralmente, não podendo transferir o risco para os empregados.
Exemplo: a empresa enfrenta forte concorrência e começa a operar com resultado negativo (despesas
maiores que as receitas). Mesmo nestes casos o empregador deve pagar os salários (e demais direitos) aos
seus empregados, visto que ele é que deve assumir integralmente o risco da atividade.
➢ Microempreendedor individual
Este assunto ainda não foi explorado em provas, mas considerei interessante inseri-lo na aula em face de sua
situação peculiar.
13
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit. p. 400.
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O objetivo da criação do MEI foi legalizar pequenos empresários (cabeleireiros, feirantes, eletricistas,
camelôs, etc.), permitindo-lhes inscrição no Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas, redução de tributos
incidentes sobre a atividade, simplificação de trâmites burocráticos, emissão de notas fiscais e acesso
facilitado a crédito.
Lei Complementar 128/08, art. 18-A. O Microempreendedor Individual - MEI poderá optar
pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em
valores fixos mensais, independentemente da receita bruta por ele auferida no mês, na
forma prevista neste artigo.
Pois bem. O MEI, em que pese não ter sócios e nem ser considerado empresa, foi autorizado por lei a possuir
1 (um) empregado, nas seguintes condições:
Lei Complementar 123/08, art. 18-C. Observado o disposto no art. 18-A, e seus parágrafos
[tratam de obrigações tributárias], desta Lei Complementar, poderá se enquadrar como
MEI o empresário individual que possua um único empregado que receba exclusivamente
1 (um) salário mínimo ou o piso salarial da categoria profissional.
Ainda sobre a condição do MEI, cite-se que a Lei 8.213/91 (Plano de Benefícios da Previdência Social), inclui,
para a empregada do MEI, a mesma regra existente para o trabalhador avulso (que não possui empregador)
no tocante ao salário-maternidade:
14
Lei 10.406/02, art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a
produção ou a circulação de bens ou de serviços.
15
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao Direito do Trabalho. 37 ed. São Paulo: LTr, 2012, p. 140.
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“Como por lei não é empregador mesmo que tenha um empregado, o seu enquadramento
jurídico na classificação tradicional do direito do trabalho (...) pode ser explicada como
figura especial sui generis de empregador com algumas concessões legais de estímulo a
suas atividades, em especial quanto às obrigações tributárias. Logo, não se figura emprego
entre o empregado único e o microempreendedor.”
A figura do MEI, portanto, demanda análise apurada das reais condições em que exerce suas atividades,
podendo enquadrar-se tanto como empregador quanto como empregado.
O MEI poderá ser considerado autêntico empregador se descumprir as condições estabelecidas na Lei
Complementar 128/08 (ter mais de um empregado, seu empregado receber mais do que o piso salarial da
categoria, ultrapassar o faturamento máximo, etc.).
O pretenso MEI poderá, também, ter sua condição de empregado reconhecida, caso despontem todos os
elementos fático-jurídicos da relação de emprego.
Exemplo: a fiscalização trabalhista já encontrou obra de construção civil em que os pedreiros e serventes de
pedreiro não estavam registrados pela construtora; esta última alegou que tinha contratos de prestação de
serviços com os trabalhadores, que eram “MEI”
É claro que não é este o objetivo da lei, e a empresa foi autuada e notificada a registrar todos como
empregados: é a aplicação do princípio da primazia da realidade sobre a forma que, em questões de prova,
surge em questões desta maneira:
O conceito de grupo econômico surgiu para que aumentassem as chances de garantir o crédito trabalhista
(valores devidos aos empregados).
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Podemos identificar o conceito de grupo econômico no artigo 2º, §§ 2º e 3º, da CLT (alterados pela Lei
13.467/2017):
CLT, art. 2º, § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de
outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo
econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação
de emprego.
Exemplo: imaginemos a situação de um grupo empresarial formado por dois supermercados e dois postos
de combustível, sendo que um destes últimos faliu e não tem patrimônio suficiente para honrar os valores
devidos a seus empregados:
Posto de Posto de
Supermercado X «» Supermercado Y «» «»
combustível 1 combustível 2
Empregados do
posto 2
Verificando-se, no caso exemplificativo, que de fato existe o grupo econômico para fins trabalhistas
(conforme definido no artigo 2º, §§ 2º e 3º, da CLT), os valores devidos aos empregados do posto 2 poderão
ser exigidos de quaisquer das empresas integrantes do grupo.
Neste contexto, podemos concluir que há responsabilidade solidária de empresas do mesmo grupo
econômico quanto aos créditos trabalhistas. Este é o conceito de solidariedade passiva.
Ressalte-se que estudaremos os efeitos do grupo econômico no âmbito do direito do trabalho, não sendo
correto estender este conceito da CLT a outros ramos do direito (como o tributário e o civil, por exemplo).
Assim, para verificarmos se há grupo econômico para fins trabalhistas devemos observar os requisitos do
artigo 2º, §§ 2º e 3º, da CLT, não sendo necessário que haja formas jurídicas exigidas em outros ramos do
direito, como a existência de holdings ou pools de empresas.
Segue uma questão de concurso onde a Banca sugere (incorretamente) que o grupo econômico para fins
trabalhistas demandaria requisitos não exigidos pelo artigo 2º, §§ 2º e 3º, da CLT:
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Em relação à caracterização do grupo econômico, a Lei 13.467, de julho de 2017, estabeleceu na CLT
possibilidades adicionais para a caracterização do grupo econômico.
Nesse sentido, pode-se inferir que a CLT passa a permitir também a formação do chamado “grupo por
coordenação”, além do “grupo por subordinação”, que já era expressamente previsto no texto celetista.
Até então, havia um embate doutrinário entre os defensores do grupo por subordinação e do grupo por
coordenação.
A corrente defensora do grupo econômico por subordinação (ou “grupo vertical”) dizia que restaria
configurado o grupo econômico para fins trabalhistas se houvesse subordinação jurídica entre as empresas,
pois a CLT fala em “sob a direção, controle ou administração de outra”. Exemplo desse arranjo consiste na
holding que detém a propriedade e, portanto, controla três empresas de certo grupo.
A outra corrente (que já era dominante na doutrina e na jurisprudência), de outro lado, entende que, para a
caracterização do grupo econômico, basta a existência de coordenação interempresarial, ou seja, não há
necessidade de subordinação (assimetria) entre as empresas para formação do grupo, podendo haver grupo
por mera coordenação (ou “grupo horizontal”).
Por exemplo, pessoas jurídicas que, embora não sejam controladas, administradas ou dirigidas umas pelas
outras, optem por atuar em conjunto por meio de outro arranjo empresarial. Com a reforma trabalhista, o
grupo por coordenação foi alçado ao texto celetista.
Antes Depois
CLT, art. 2º, § 2º - Sempre que uma ou mais empresas, CLT, art. 2º, § 2º Sempre que uma ou mais
tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica empresas, tendo, embora, cada uma delas,
própria, estiverem sob a direção, controle ou personalidade jurídica própria, estiverem sob a
administração de outra, constituindo grupo industrial, direção, controle ou administração de outra, ou
comercial ou de qualquer outra atividade econômica, ainda quando, mesmo guardando cada uma
serão, para os efeitos da relação de emprego, sua autonomia, integrem grupo econômico,
solidariamente responsáveis a empresa principal e serão responsáveis solidariamente pelas
cada uma das subordinadas. obrigações decorrentes da relação de emprego.
Retomando o assunto, vamos ver que foram inseridos requisitos adicionais para a caracterização do grupo
por coordenação. Assim, não basta a existência de empresas com objetivos comuns. Para a caracterização
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do grupo econômico por coordenação, para fins trabalhistas, é necessário que exista atuação conjunta entre
as empresas.
Do contrário, teremos uma situação absurda, como por exemplo na franquia (franchising), em que a unidade
central (franqueadora) poderia ser acionada como responsável solidária pelas dívidas trabalhistas de uma
das empresas franqueadas.
Como exemplo, temos o julgado abaixo em que o TST impede a caracterização do grupo em tal situação:
O contrato mercantil de franchising, de que trata a Lei nº 8.955/94, em especial o art. 2º,
caracterizado entre as empresas-demandadas, autônomas, com personalidades jurídicas
próprias e diversidade de sócios, impede a caracterização do grupo econômico, e, por
conseqüência, o reconhecimento da responsabilidade solidária prevista no artigo 2º, § 2º
da CLT.
Nesse exato sentido, o §3º, inserido pela reforma trabalhista exige elementos adicionais para a
caracterização do grupo por coordenação:
CLT, art. 2º, § 3º Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo
necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a
efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes.
Até então, havendo quadro societário idêntico entre duas ou mais empresas, embora não houvesse direção,
controle ou administração comum, o Poder Judiciário vez ou outra reconhecia o grupo para fins trabalhistas.
A partir da reforma trabalhista, o legislador deixa claro que não basta a mera identidade de sócios para o
surgimento do grupo econômico. Para que reste caracterizado o grupo por coordenação para fins
trabalhistas, deve haver:
Assim, deve existir, por exemplo, interesses em comum entre as empresas e atuação conjunta, como, por
exemplo, por meio de um setor de RH comum às empresas, atividades empresariais conjuntas etc.
No exemplo do início deste tópico, para a caracterização do grupo, os dois supermercados e os postos de
combustível, caso não estivessem subordinadas umas às outras, teriam que agir conjuntamente, por
exemplo por meio de promoções, ações conjuntas de publicidade etc.
Os requisitos para a caracterização do grupo (§§2º e 3º) foram cobrados na questão abaixo, gabarito (E):
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De acordo com a nova redação dada à CLT, por força da Lei no 13.467/2017, para a caracterização de grupo
econômico e, consequentemente, sua responsabilidade solidária pelas obrigações decorrentes da relação de
emprego, deve ser considerado, dentre outros requisitos, a
(A) mera identidade de sócios.
(B) demonstração do interesse independente do grupo.
(C) efetiva comunhão de interesses, desde que não ligados a meramente financeiro.
(D) atuação autônoma das empresas integrantes do grupo.
(E) existência de personalidade jurídicas próprias e, as empresas estiverem sob a direção, controle ou
administração de outra empresa do grupo.
Criticando a redação do §3º acima, o Ministro Godinho alerta para a necessidade de se interpretar de forma
sistemática o dispositivo, nos seguintes termos16:
Ou seja: a nova exceção legal tem de ser bem compreendida, a fim de que não produz
injustificável regressão jurídica, instigando o esvaziamento do instituto regulado pelo art.
2º, §2º, da CLT (isto é, do grupo econômico justrabalhista por simples coordenação
interempresarial).
Nessa linha, é preciso que fique claro que qualquer participação societária que não seja
irrisória, minúscula, insignificante, evidencia, sim, por si somente, a óbvia demonstração
do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesse e a atuação conjunta das
empresas componentes do grupo econômico para fins justrabalhistas.
Seguindo adiante, antes da reforma trabalhista era apontado um outro efeito do grupo econômico para fins
trabalhistas: a solidariedade ativa, segundo a qual o empregado de uma empresa do grupo econômico
poderia prestar serviços a outra(s) empresas do grupo sem que isso gerasse, necessariamente, mais de um
contrato de trabalho.
Assim, no exemplo anterior, caso um empregado do posto 2 fosse designado para realizar, por exemplo,
limpeza nos postos de combustível e em um dos supermercados, isso, por si só, não iria caracterizar a
coexistência de mais de um contrato de trabalho. Tal entendimento (da solidariedade ativa) vinha sendo
fundamentado na jurisprudência do TST:
16
DELGADO, Maurício Godinho. DELGADO, Gabriela Neves. A Reforma Trabalhista no Brasil: com os comentários à Lei n.
13.467/2017. 1ª ed. São Paulo: LTr, 2017. P. 101
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Para finalizar, destaco que, com a reforma trabalhista, o legislador buscou restringir a solidariedade do grupo
econômico somente para as “obrigações decorrentes da relação de emprego”, de forma a esvaziar a
solidariedade ativa.
Com relação à natureza do grupo que responderá solidariamente pelos créditos trabalhistas, observem que
a lei fala de grupo econômico, e por isso nem todos os empregadores poderão constituir grupo econômico:
CLT, art. 2º, § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de
outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo
econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de
emprego.
Além da previsão celetista, ressalte-se que o conceito de grupo econômico trabalhista também foi
materializado na Lei 5.889/73 (Lei do Trabalho Rural):
Lei 5.889/73, art. 3º, § 2º Sempre que uma ou mais empresas, embora tendo cada uma
delas personalidade jurídica própria, estiverem sob direção, controle ou administração de
outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo
econômico ou financeiro rural, serão responsáveis solidariamente nas obrigações
decorrentes da relação de emprego.
CLT, art. 10 - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos
adquiridos por seus empregados.
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CLT, art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará
os contratos de trabalho dos respectivos empregados.
Podemos verificar, então, que nos casos em que haja mudança na propriedade da empresa haverá a
transferência dos créditos e dívidas trabalhistas.
Assim, por exemplo, se uma livraria é vendida para outros proprietários, isto não irá prejudicar a
continuidade dos contratos de trabalho dos empregados do estabelecimento. Caso haja dívida trabalhista,
ela permanecerá existindo.
Outro exemplo: se a livraria estava juridicamente constituída como sociedade limitada, e posteriormente
passou a se estruturar como sociedade anônima, este fato também não afetará os contratos de trabalho
existentes.
Além disso, podemos enxergar a sucessão nos casos em que a empresa sofre fusão, cisão ou incorporação:
no caso da nossa livraria, poderíamos imaginar sua fusão com outra empresa, dando lugar a nova pessoa
jurídica, situação que, da mesma forma, não afetará a continuidade dos contratos de trabalho.
É interessante notar que a sucessão terá lugar quando haja transferência de unidade econômico-jurídica, e
alterações singulares não ensejarão a sucessão trabalhista.
Se, por exemplo, uma empresa gráfica (que edita e publica livros) possui uma matriz e uma filial, e sua filial
é transferida a terceiros, poderemos verificar a sucessão trabalhista em relação aos empregados da filial.
Entretanto, se algumas máquinas da filial são vendidas para outra empresa, não poderemos, em princípio,
falar em sucessão trabalhista pela venda do maquinário, pois neste caso não estará havendo transferência
de unidade econômico-jurídica, mas apenas de suas máquinas.
Importante mencionar, porém, que a CLT dispõe que “qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa
não afetará os direitos adquiridos por seus empregados”, e isso permite a interpretação de que alterações
significativas poderão configurar a sucessão (mesmo quando não haja a transferência de toda a unidade
econômico-jurídica), desde que estas alterações sejam significativas a ponto de afetar os contratos de
trabalho.
No exemplo acima (da venda do maquinário), caso se verifique que não houve a transferência de
propriedade da totalidade da filial, mas todas as suas máquinas foram vendidas a terceira empresa, sendo o
principal patrimônio do estabelecimento, e que isto afetará de modo significativo os contratos de trabalho,
pode-se configurar a sucessão trabalhista.
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Além disso, a doutrina também considera como requisito da sucessão trabalhista a continuidade da
atividade empresarial. Assim, estamos diante de sucessão empresarial quando o estabelecimento ou
empresa sejam transferidos e continuem a funcionar.
Buscando dar uma resposta exata a esta pergunta, a reforma trabalhista, inseriu na CLT a regra quanto à
responsabilidade do sucessor e do sucedido no caso de sucessão empresarial (conforme já vinha entendendo
o TST):
Portanto, em regra, o sucedido não responde pelos débitos trabalhistas dos contratos em vigor à época da
sucessão, mesmo aqueles contraídos antes da sucessão (em regra, apenas o sucessor responderá).
Por exemplo: na livraria que foi vendida para outros proprietários, os novos proprietários (sucessores) irão
responder pelas verbas trabalhistas dos contratos que estavam em vigor, mesmo que sejam dívidas
anteriores à venda.
Este tipo de cláusula tem validade no direito civil, à medida que permitirá ao adquirente da empresa acionar
o vendedor na Justiça caso tenha que assumir dívidas antigas.
No âmbito do direito do trabalho, entretanto, esta cláusula não possuirá validade, e o adquirente responderá
pelas dívidas existentes, mesmo que originadas antes da transferência de propriedade (houve a sucessão de
empregadores). Nestes casos, a empresa sucedida será subsidiariamente responsável pelos créditos
trabalhistas existentes à época da mudança de propriedade.
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Sobre a responsabilidade de empregadores sucessor e sucedido, Mauricio Godinho Delgado17 ensina que
Por outro lado, no caso de sucessão fraudulenta, a empresa sucedida também será alcançada, como já vinha
entendendo a jurisprudência do TST. Todavia, a ciência da Lei 13.467 é pela responsabilidade solidária da
sucedida (e não mais subsidiária como vinha entendendo o TST):
CLT, art. 448-A, parágrafo único. A empresa sucedida responderá solidariamente com a
sucessora quando ficar comprovada fraude na transferência.
responsabilidade
típica
exclusiva do sucessor
Sucessão
corresponsabilização sucessor e sucedida
com fraude
da empresa sucedida, são responsáveis
comprovada
de modo que solidários
Além disso, a jurisprudência, com fundamento nos mencionados artigos 10 e 448 da CLT, tem enxergado a
responsabilidade subsidiária do empregador sucedido nas situações que coloquem em risco as verbas
devidas aos empregados, ampliando a as possibilidades de responsabilização subsidiária do sucedido,
mesmo sem indícios de fraude.
Quanto a isto, o Ministro18 destaca o cabimento da responsabilidade subsidiária nos casos em que
17
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit. p. 429.
18
Idem, ibidem.
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desde que a modificação ou transferência empresariais tenham sido aptas a afetar (arts.
10 e 448) os contratos de trabalho. Ou seja, as situações de sucessão trabalhista
propiciadoras de um comprometimento das garantias empresariais deferidas aos contratos
de trabalho seriam, sim, aptas a provocar a incidência da responsabilização subsidiária da
empresa sucedida. Isso significa que a jurisprudência tem ampliado as possibilidades de
responsabilização subsidiária do antigo titular do empreendimento por além das situações
de fraude comprovada no contexto sucessório (art. 9º, CLT19; art. 159, CCB/1916, e art. 186,
CCB/2003 combinados com art. 8º, parágrafo único, CLT). Mesmo que não haja fraude,
porém comprometimento das garantias empresariais deferidas aos contratos de trabalho,
incidiria a responsabilidade subsidiária da empresa sucedida.”
Seguindo adiante, outros aspectos a se considerar na sucessão seriam a possibilidade de o empregado não
aceitar a sucessão trabalhista e, também, a continuidade de contagem de tempo de serviço e demais
aspectos concernentes à prestação laboral após o procedimento sucessório.
“A CLT tem por objetivo (...) b) a continuidade no emprego (art. 448); c) os direitos
adquiridos (...). Garantem-se, assim, o tempo de serviço anterior para efeitos de
indenização, férias, etc.; a inalterabilidade contratual (salário, hierarquia, jornada, direito
à promoção, etc.) e demais direitos.”
19
CLT, art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos
preceitos contidos na presente Consolidação.
20
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 27 ed. São Paulo: Atlas, 2011, p. 212.
21
CARRION, Valentim. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 37 ed. Atualizada por Eduardo Carrion. São Paulo: Saraiva,
2012, p. 343-344.
22
Idem, p. 89.
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A) Falência
Uma restrição legal imposta à sucessão de empregadores, que pode ser explorada em provas, é a que ocorre
nos casos de falência.
A Lei 11.101/05, conhecida como Lei de Falências e Recuperação Judicial, dispôs que no caso de falência não
incidirá a sucessão de empregadores. Seguem abaixo os dispositivos:
Lei 11.101/05, art. 141, II – o objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e não haverá
sucessão do arrematante nas obrigações do devedor, inclusive as de natureza tributária, as
derivadas da legislação do trabalho e as decorrentes de acidentes de trabalho.
Lei 11.101/05, art. 141, § 2º Empregados do devedor contratados pelo arrematante serão
admitidos mediante novos contratos de trabalho e o arrematante não responde por
obrigações decorrentes do contrato anterior.
É de ressaltar, entretanto, que a própria Lei 11.101/05 não inviabiliza a figura sucessória nos casos de
recuperação extrajudicial:
Lei 11.101/05, art. 161, §1º Estão sujeitos à recuperação extrajudicial todos os créditos
existentes na data do pedido, exceto os créditos de natureza tributária e aqueles previstos
no § 3º do art. 49 e no inciso II do caput do art. 86 desta Lei, e a sujeição dos créditos de
natureza trabalhista e por acidentes de trabalho exige negociação coletiva com o sindicato
da respectiva categoria profissional (N.R.)
Vamos supor o seguinte exemplo. Uma empresa adquire outra, a qual era integrante de um grupo
econômico. Percebam que a empresa adquirente não adquiriu as demais empresas do grupo, mas apenas
uma delas. Neste caso, o TST entende que este adquirente, em regra, não responde pelas dívidas trabalhistas
das outras empresas do grupo:
23
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Op. cit. p. 241-242.
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C) Desmembramento de Municípios
Em caso de criação de novo município, por desmembramento, cada uma das novas
entidades responsabiliza-se pelos direitos trabalhistas do empregado no período em que
figurarem como real empregador.
Portanto, podemos dizer o município que deu origem ao novo (“Município-mãe”) será o responsável pelos
débitos até a emancipação. Por sua vez, o novo município, resultante do desmembramento, será responsável
pelo período posterior.
A primeira, acolhida por parte da doutrina e por alguns julgados, defende que a transferência da titularidade
de cartório extraoficial não gera a sucessão trabalhista, já que o novo titular assumiria, por concurso público,
o cargo, não o patrimônio do antigo empregador.
Já a segunda, que tem prevalecido (inclusive pela jurisprudência do TST25), é a de que é possível a sucessão
trabalhista a cada modificação da titularidade do cartório extrajudicial. Para essa corrente, majoritária, ao
continuar a prestação dos serviços, o notário assume os riscos do empreendimento, já que é uma atividade
de caráter privado, por delegação do poder público.
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Outra regra prevista na CLT pela reforma trabalhista foi a responsabilidade dos sócios, em relação às dívidas
trabalhistas da empresa.
Foi definida, ainda, até quando respondem os antigos sócios da empresam (chamados “sócios retirantes”),
além dos atuais sócios, aplicando regra do Código Civil26.
Exemplo: Alice é empregada da empresa SomoMais Ltda há cinco anos. A empresa tem como sócios, desde
sua constituição, os irmãos Huguinho, Zezinho e Luisinho. Em determinado momento, Huguinho se
desentende com seus irmãos e se retira da sociedade. Para formalizar sua retirada, averba a modificação do
contrato social da empresa na junta comercial.
Passado algum tempo, a empresa dispensa Alice e esta observa que ao longo de todo o contrato não lhe foi
pago o adicional de insalubridade a que tinha direito.
Pergunta: Alice poderá também cobrar o adicional não pago dos sócios da empresa? E do sócio que havia se
retirado (Huguinho)?
CLT, art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas
da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas
até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem
de preferência:
I - a empresa devedora;
II - os sócios atuais; e
Portanto, Alice pode cobrar de Huguinho (sócio retirante), de forma subsidiária, o adicional referente ao
período em que este figurou como sócio, desde que a ação trabalhista seja ajuizada até dois anos da
averbação da sua retirada do quadro societário daquela empresa.
Segundo a ordem de preferência, de acordo com o nosso exemplo, primeiramente responderia a empresa,
SomosMais Ltda. Caso a dívida não seja satisfeita, cobra-se dos sócios atuais (Zezinho e Luisinho) e, em última
hipótese, cobra-se do sócio retirante (Huguinho).
26
CCB, art. 1.003. A cessão total ou parcial de quota, sem a correspondente modificação do contrato social com o consentimento
dos demais sócios, não terá eficácia quanto a estes e à sociedade.
Parágrafo único. Até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, responde o cedente solidariamente com o
cessionário, perante a sociedade e terceiros, pelas obrigações que tinha como sócio.
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Em relação aos sócios retirantes, o marco temporal para a contagem dos 2 anos é a averbação da alteração
do quadro societário27. Até que a averbação ocorra, não é iniciada a contagem deste prazo.
O Ministro Godinho destaca que pouco importa o ingresso do sócio retirante no processo judicial,
importando tão-somente a data do ajuizamento da ação28:
não importa a data de inserção do sócio no pólo passivo do processo judicial contra a
entidade societária, mesmo que essa inserção aconteça vários anos após o início desse
processo trabalhista; o que importa é que a respectiva ação seja ajuizada, para fins de
futura e potencial responsabilização do sócio até, no máximo, ‘dois anos depois de
averbada a modificação do contrato’
Para se cobrar dos sócios (atuais e retirantes), utiliza-se o art. 855-A da CLT, que regulamenta a
desconsideração da personalidade jurídica no âmbito trabalhista.
Neste caso, ele responderá de forma solidária com os sócios atuais. Por exemplo, foi feita a averbação da
retirada de Luisinho no cartório, mas, na prática, ele continua atuando como sócio. Assim, Alice cobraria
primeiramente da empresa e, caso não satisfeita a dívida, poderia cobrar de qualquer dos três irmãos, de
forma solidária, como prevê a CLT:
CLT, art. 10-A, parágrafo único. O sócio retirante responderá solidariamente com os
demais quando ficar comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação
do contrato.
27
Resumidamente, destaco que, em primeiro lugar, é feita a alteração no quadro societário. Em segundo, esta alteração precisa ser
averbada na junta comercial ou no cartório de pessoas jurídicas.
28
DELGADO, Maurício Godinho. DELGADO, Gabriela Neves. A Reforma Trabalhista no Brasil: com os comentários à Lei n.
13.467/2017. 1ª ed. São Paulo: LTr, 2017. P. 110
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responsabilidade subsidiária
retirada típica até 2 anos da averbação da
sua retirada
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QUESTÕES COMENTADAS
Comentários:
Segundo a CLT, mesmo quando o autônomo presta serviços de forma exclusiva ao tomador de serviços (ou
seja, aquele trabalhador que não labora para outros tomadores), não haverá caracterização da relação de
emprego, caso cumpridas todas as formalidades legais:
CLT, art. 442-B. A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades
legais, com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de
empregado prevista no art. 3º desta Consolidação.
Gabarito: (E)
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Comentários:
Gabarito (A)
Comentários:
Subordinação
jurídica
Gabarito (C)
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Mário presta serviços com subordinação, mas sem continuidade, havendo alternância de períodos de
prestação de serviços e inatividade, determinados em horas, dias ou meses. Ênio assume os riscos de sua
atividade econômica, não possui subordinação e presta serviços sem exclusividade, de forma contínua ou
não. Finalmente, Joaquim foi contratado verbalmente, possuindo subordinação, horário de trabalho a
cumprir e salário fixo mensal, prestando serviços no local do contratante. Considerando a legislação vigente
e as alterações introduzidas pela Lei nº 13.467/2017, as modalidades de trabalho de Mario, Ênio e Joaquim
são classificadas, respectivamente, como sendo
(A) trabalho em regime de tempo parcial, avulsa e contrato individual de trabalho.
(B) autônoma, intermitente e contrato individual de trabalho.
(C) contrato individual de trabalho, intermitente e autônoma.
(D) avulsa, autônoma e intermitente.
(E) intermitente, autônoma e contrato individual de trabalho.
Comentários:
Gabarito: (E).
Comentários:
A questão aborda os requisitos da relação de emprego atinentes à figura do empregado, previstos no caput
do art. 3º da CLT:
CLT, art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza
não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
Gabarito: (A)
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Comentários:
A letra (B), incorreta, por dois motivos. Primeiramente, empregado é apenas pessoa física (ou, como alguns
chamam, ‘pessoal natural’). Além disso, os serviços prestados pelo empregado não têm natureza exclusiva.
A letra (C), incorreta, já que o empregador necessariamente assume os riscos da atividade econômica (CLT,
art. 2º, caput), de onde se extrai o elemento da alteridade.
Gabarito: (A).
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A Consolidação das Leis do Trabalho elenca na combinação dos artigos 2º e 3º os requisitos fáticos e jurídicos
da relação de emprego. Nesse sentido,
(A) tornando-se inviável a prestação pessoal do trabalho, no curso do contrato, por certo período, o
empregado poderá se fazer substituir por outro trabalhador.
(B) um trabalhador urbano que preste serviço ao tomador com finalidade lucrativa, mesmo que por diversos
meses seguidos, mas apenas em domingos ou finais de semana, configura-se como trabalhador eventual.
(C) considerando que nem todo trabalho é passível de mensuração econômica, não se pode estabelecer que
a onerosidade constitui-se em um elemento fático-jurídico da relação de emprego.
(D) somente o empregador é que, indistintamente, pode ser pessoa física ou jurídica, com ou sem finalidade
lucrativa, jamais o empregado.
(E) na hipótese de trabalhador intelectual, a subordinação está relacionada ao poder de direção do
empregador, mantendo o empregado a autonomia da vontade sobre a atividade desempenhada, sem se
reportar ao empregador.
Comentários:
Com fundamento nos elementos fático-jurídicos da relação de emprego (CLT, arts. 2º e 3º):
Subordinação jurídica
Gabarito: (D).
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Comentários:
Como lemos na letra (A), trabalho é gênero do qual são espécies, por exemplo: o emprego, o estágio, o cargo
público, o autônomo etc.
A alternativa (B) está incorreta, pois pessoa jurídica não pode ser considerada empregada (apenas pessoas
naturais – também chamada de físicas).
A alternativa (C) está igualmente incorreta, já que é expressamente vedada a realização de revistas íntimas:
CLT, Art. 373-A. Ressalvadas as disposições legais destinadas a corrigir as distorções que
afetam o acesso da mulher ao mercado de trabalho e certas especificidades estabelecidas
nos acordos trabalhistas, é vedado:
(...)
A alternativa (D) também está incorreta. O contrato de trabalho pode ser verbal e, até mesmo, tácito (CLT,
arts. 442 e 443).
Por fim, a alternativa (E) está incorreta, já que a exclusividade não é um requisito da relação de emprego
(que se forma no contrato de trabalho). Estando presentes todos os elementos fático jurídicos da relação de
emprego, a mesma pessoa física poderá ter relação de emprego com mais de um empregador.
Gabarito: (A).
Comentários:
A alternativa (A) está incorreta, já que o poder de direção do empregador é limitado. Ele encontra limites na
própria legislação e nas demais fontes do Direito do Trabalho.
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A alternativa (B) está incorreta, já que o objeto imediato do contrato de trabalho é que consiste na prestação
de serviços pelo empregado. Já o objeto mediato ou remoto é o bem jurídico tutelado, ou seja, o trabalho
em si.
A alternativa (C) está incorreta, já que o contrato de trabalho é de atividade porque representa uma
prestação de fazer (o labor). A obrigação do empregado é dispor de sua energia nas tarefas designadas pelo
empregador, não sendo possível se falar em contrato de resultado. O risco do empreendimento deve ser
suportado pelo empregador, que assumirá lucros e prejuízos do negócio.
De fato, a subordinação é um requisito da relação de emprego (CLT, art. 3º). Entretanto, a continuidade é
requisito apenas da relação de emprego doméstico (LC 150, art. 1º).
Gabarito: (E).
Comentários:
Gabarito: (D).
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Comentários:
De fato, relação de trabalho é uma expressão ampla, que engloba os mais diversos tipos de labor do ser
humano. Conforme detalhado no sumário de nossa aula, a expressão abrange, por exemplo, as relações
empregatícias, estagiários, trabalhadores avulsos, trabalhadores autônomos, etc.
A relação de emprego, por sua vez, tem lugar quando estão presentes os seus pressupostos (elementos)
fático-jurídicos indispensáveis. É uma espécie de gênero relações de trabalho, como aduzido na questão.
Gabarito: (A).
Comentários:
Como citado na letra (C), não se exige exclusividade na prestação de serviços para o reconhecimento do
vínculo de emprego: estando presentes todos os elementos fático jurídicos da relação de emprego (entre
eles a não eventualidade), a mesma pessoa física poderá ter relação de emprego com mais de um
empregador.
Gabarito: (C).
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(B) entregar ao tomador de serviços as escalas de trabalho, a quem caberá informá-la aos trabalhadores com
antecedência de 24 horas.
(C) recolher os valores devidos ao FGTS, acrescidos dos percentuais relativos ao 13º salário, férias, encargos
fiscais, sociais e previdenciários, observando o prazo legal.
(D) firmar acordo coletivo de trabalho com os tomadores de serviço contendo previsão expressa do direito
a horas extras, sem o que não será efetuado o pagamento de eventuais horas extras prestadas pelos
trabalhadores.
(E) firmar documento específico indicando a cada trabalhador avulso o prazo que o mesmo terá para levantar
as parcelas referentes ao 13º salário e às férias e o FGTS depositados na respectiva conta individual vinculada.
Comentários:
Conforme art. 5º da Lei nº 12.023/2009 (que dispõe sobre as atividades de movimentação de mercadorias
em geral e sobre o trabalho avulso):
III – repassar aos respectivos beneficiários, no prazo máximo de 72 (setenta e duas) horas
úteis, contadas a partir do seu arrecadamento, os valores devidos e pagos pelos tomadores
do serviço, relativos à remuneração do trabalhador avulso;
Tais deveres não podem ser confundidos com as atribuições do tomador de serviços:
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III – recolher os valores devidos ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, acrescido
dos percentuais relativos ao 13o salário, férias, encargos fiscais, sociais e previdenciários,
observando o prazo legal.
Gabarito: (A).
Comentários:
Gabarito: (E).
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Dentre os requisitos legais previstos na Consolidação das Leis do Trabalho que caracterizam a relação
empregatícia, NÃO está inserida a
(A) subordinação jurídica do trabalhador ao empregador.
(B) infungibilidade em relação ao obreiro.
(C) eventualidade dos serviços prestados.
(D) onerosidade da relação contratual.
(E) prestação dos serviços por pessoa física ou natural.
Comentários:
Nosso gabarito é a Letra (C), pois é a única opção que não representa um requisito da relação de EMPREGO.
Gabarito: (C).
Comentários:
O Gabarito preliminar foi (E), já que a relação de trabalho temporário é realmente triangular, com a presença
de três polos. Entretanto, no gabarito definitivo, a FCC decidiu anular esta questão, muito provavelmente
devido à alternativa B também estar correta.
O trabalhador temporário é aquele que possui vínculo de emprego com empresa de trabalho temporário e
presta serviços para outra empresa – a tomadora de serviços. O trabalho temporário, assim, se destina a
permitir que a empresa de trabalho temporário forneça seus empregados a outras empresas, sendo relação
excepcional que só é admitida nas estritas hipóteses do art. 2º da Lei 6.019/74.
Por fim, em relação à alternativa B, vale ressaltar que o prestador autônomo assume os riscos da atividade
desenvolvida, já que atua por conta própria.
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Comentários:
Relação de trabalho é uma expressão ampla, que engloba os mais diversos tipos de labor do ser humano.
Conforme detalhado no sumário de nossa aula, a expressão abrange, por exemplo, as relações
empregatícias, estagiários, trabalhadores avulsos, trabalhadores autônomos, etc.
Já a relação de emprego tem lugar quando estão presentes os seus pressupostos (elementos) fático-jurídicos
indispensáveis. É uma espécie de gênero relações de trabalho.
Atendidos os requisitos formais e materiais da Lei 11.788/08, o estagiário não será considerado empregado.
Assim, para que de fato não haja vínculo empregatício entre o estagiário e a parte concedente do estágio
deve-se seguir todos os preceitos da lei supracitada.
Lei 11.788/08, art. 3º O estágio (...) não cria vínculo empregatício de qualquer natureza,
observados os seguintes requisitos (...).
A alternativa (B) citou o empreiteiro autônomo, situação na qual não existe relação de emprego: a
empreitada de mão de obra é regida pelo Código Civil (Lei 10.406/02).
Por sua vez, o trabalho voluntário, citado na alternativa (C), deixa de ser relação de empregado por não
haver o caráter contraprestativo, ou seja, não existe a onerosidade característica de uma relação de
emprego.
Já a alternativa (D), que é o gabarito, menciona um trabalho prestado com remuneração e não
eventualidade. É bem verdade que os outros requisitos não ficaram claros, mas sem dúvida, por eliminação,
é essa a alternativa que mais se encaixa no conceito de relação de emprego.
Por fim, na alternativa (E) a questão citou o associado de cooperativa que, em regra, não é empregado – é,
sim, um cooperado.
Gabarito: (D).
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Comentários:
A alteridade, também chamada de princípio da alteridade, é um requisito existente nas relações de emprego.
A alteridade se relaciona ao risco do negócio, que deve ser assumido pelo empregador. Nesta linha, não se
admite que sejam transferidos ao empregado os riscos do empreendimento, pois estes devem ser
suportados pelo empregador.
Gabarito: (B).
Comentários:
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CLT, art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza
não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
Subordinação jurídica
A mesma pessoa física pode ter mais de uma relação de emprego, com empregadores distintos (mantendo
com ambos, no caso, a não eventualidade).
Neste contexto, nota-se que não se exige exclusividade na prestação de serviços para o reconhecimento do
vínculo de emprego: estando presentes todos os elementos fático jurídicos da relação de emprego (entre
eles a não eventualidade), a mesma pessoa física poderá ter relação de emprego com mais de um
empregador.
Gabarito: (A).
Comentários:
CLT, art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza
não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
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A continuidade está expressa na LC 150/2015 (que dispõe sobre a profissão do empregado doméstico).
Apesar da diferença conceitual entre as expressões não eventualidade e continuidade, a Banca FCC tem
utilizado a expressão continuidade como elemento fático-jurídico das relações de emprego em geral.
Gabarito: (C).
Comentários:
Alternativa (A) é nosso gabarito, pois nada impede que a mesma pessoa labore para mais de um
empregador.
Como mencionado anteriormente, existe diferenciação teórica entre não eventualidade e continuidade.
Entretanto, a Banca FCC tem utilizado a expressão continuidade (prevista na Lei dos Domésticos) como
elemento fático-jurídico das relações de emprego em geral.
Gabarito: (A).
Comentários:
Se existe eventualidade, como sugerido na alternativa (A), não estaremos diante de relação de emprego.
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A alternativa (B) também está incorreta porque existem empregados não sujeitos a controle de horário,
como gerentes e os que exercem atividade externa incompatível com tal controle.
A remuneração por produtividade, citada na alternativa (C), também não é pressuposto de relação de
emprego, pois é perfeitamente possível (e até normal) que o salário do empregado seja composto
unicamente por parcela fixa.
Por fim, a alternativa (E) está incorreta tendo em vista que não se exige exclusividade na prestação dos
serviços para a caracterização de relação de emprego.
Gabarito: (D).
Comentários:
Relação de trabalho é uma expressão ampla, que engloba os mais diversos tipos de labor do ser humano.
Conforme detalhado no sumário de nossa aula, a expressão abrange, por exemplo, as relações
empregatícias, estagiários, trabalhadores avulsos, trabalhadores autônomos, etc.
Já a relação de emprego tem lugar quando estão presentes os seus pressupostos (elementos) fático-jurídicos
indispensáveis. É uma espécie de gênero relações de trabalho.
A alternativa (C) está incorreta porque um dos elementos fático-jurídicos da relação de emprego é a não
eventualidade; se o trabalho é eventual, tratar-se-á de relação de trabalho, mas não de emprego.
A alternativa (D) está incorreta porque irá se tratar, sim, de relação contratual.
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Por fim, a alternativa (E) tem 2 erros: um porque o avulso não é empregado (é uma relação de trabalho em
sentido amplo) e outro porque existe igualdade de direitos, como previsto na Constituição:
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
(...)
Gabarito: (A).
Comentários:
A alternativa (A) está incorreta porque não se exige finalidade lucrativa para o reconhecimento da condição
de empregador:
CLT, art. 3º, parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à
condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual.
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CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
(...)
A alteridade, também chamada de princípio da alteridade, é um requisito existente nas relações de emprego.
Sobre ela é que se fundamenta a alternativa (C), incorreta.
A alteridade se relaciona ao risco do negócio, que deve ser assumido pelo empregador. Nesta linha, não se
admite que sejam transferidos ao empregado os riscos do empreendimento, pois estes devem ser
suportados pelo empregador.
Por fim, a alternativa (E) está correta, em face da seguinte previsão celetista:
CLT, art. 2º, § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de
outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo
econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação
de emprego.
Gabarito: (E).
Comentários:
A questão versa sobre os pressupostos para formação da relação de emprego, distinguindo-a da relação de
trabalho. Vamos por eliminação!
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No trabalho realizado de forma eventual – letra (A) – falta o requisito da não-eventualidade para
configuração da relação de emprego.
Já no caso dos autônomos – letra (B) – falta o requisito da subordinação, impedindo a formação de vínculo
empregatício. Notem que o próprio termo “autônomo” indica que esses profissionais possuem “autonomia”,
isto é, presta serviços de forma não subordinada a outrem.
Também no caso do estágio – letra (D) –, caso sejam respeitadas todas as condições impostas pela Lei
11.788/08, teremos efetivamente uma relação de trabalho sem formação de vínculo empregatício, visto que
o objetivo é a preparação do estagiário para o mercado de trabalho.
E, ainda, no caso do trabalho voluntário – letra (E) – não há igualmente formação de vínculo empregatício,
visto que não se encontra presente o requisito da onerosidade, conforme Lei 9.608/98, art. 1º, parágrafo
único.
Portanto, como nas letras (A), (B), (D) e (E) faltam algum dos requisitos para formação do vínculo
empregatício, por eliminação marcamos a letra (C). Além disso, o contrato de trabalho, ainda que tácito, ou
verbal, dá origem à relação de emprego, caso presentes os requisitos formadores.
Gabarito: (C).
Comentários:
CLT, art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza
não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
A alteridade, também chamada de princípio da alteridade, é um requisito existente nas relações de emprego.
Encontra-se presente no seguinte dispositivo da CLT:
Frise-se, mais uma vez, que não se exige exclusividade na prestação de serviços para o reconhecimento do
vínculo de emprego: estando presentes todos os elementos fático jurídicos da relação de emprego (entre
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eles a não eventualidade), a mesma pessoa física poderá ter relação de emprego com mais de um
empregador.
Gabarito: (D).
Comentários:
Alternativa (A): está incorreta porque a empresa individual não pode ser considerada empregado, já que
apenas pessoas naturais (físicas) podem ser empregados. Não se esqueçam de que empregado sempre é
pessoa física. Na verdade, o examinador trocou trechos do caput do art. 2º com o art. 3º da CLT;
Alternativa (B): como visto, relação de trabalho não se confunde com relação de emprego, já que esta é uma
espécie do gênero relação de trabalho. Para a formação da relação de emprego são necessários todos os
pressupostos comentados até aqui (não eventualidade, onerosidade, subordinação, pessoalidade quanto ao
empregado e alteridade);
Alternativa (C): está correta, pois o trabalhador autônomo, apesar de não ser considerado empregado (pois
lhe falta o requisito da subordinação), presta serviços a outrem, de onde se conclui que é uma relação de
trabalho, não empregatícia;
Alternativa (D): está incorreta, visto que a exclusividade não é um requisito para a formação da relação de
emprego. Todos os demais pressupostos citados na alternativa estão corretos;
Alternativa (E): a alternativa começa muito bem, mas peca ao final, ao afirmar que não existe equiparação
do empregador por vedação legal. Ora, é justamente no sentido oposto que dispõe o § 1º do art. 2º da CLT:
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recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como
empregados.
Gabarito: (C).
Comentários:
Os elementos fático-jurídicos componentes da relação de emprego são o trabalho prestado por pessoa
física, pessoalidade, subordinação, onerosidade e não eventualidade.
Também é interessante notar que a pessoalidade atinge a figura do empregado, mas não a do empregador.
Como o empregado não pode deixar de ir trabalhar em determinado dia e mandar um amigo ou parente em
seu lugar, tem-se que o vínculo empregatício possui caráter de infungibilidade (em relação ao prestador de
serviços – empregado).
A alteridade, por sua vez, também é enquadrada como elemento fático-jurídico componentes da relação de
emprego, visto que os riscos do empreendimento devem ser do empregador.
Gabarito: (D).
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Comentários:
Não há como considerar pessoa jurídica como empregado, e por isso a proposição I está errada e, portanto,
o gabarito é letra (E). Empregado sempre é pessoa física.
Gabarito: (E).
Comentários:
Havendo pessoalidade, subordinação, onerosidade e não eventualidade estaremos diante de uma relação
de emprego, independentemente de a pessoa física prestar serviços a um ou a mais de um empregador.
Assim, a alternativa (D) está correta.
Um dos elementos da relação de emprego é a onerosidade, e por isso a alternativa (A) está errada.
Não há qualquer previsão normativa ou jurisprudencial sobre prestar contas em relação de emprego, então
a alternativa (B) é incorreta.
As alternativas (C) e (E) estão erradas porque, como vimos anteriormente, empregado é pessoa física.
Gabarito: (D).
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Comentários:
Questão interessante sobre trabalho intermitente, que aborda a possibilidade de recusa à convocação
patronal. Como se sabe, embora exista subordinação no trabalho intermitente, o empregado poderá optar
por não atender à convocação do empregador:
CLT, art. 452-A, § 3º A recusa da oferta não descaracteriza a subordinação para fins do
contrato de trabalho intermitente.
Gabarito (A)
Comentários:
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Como vimos, segundo o art. 3º da CLT, o empregado deve ser necessariamente pessoa física (diferentemente
do empregador) e não há que se falar em exclusividade em uma relação de emprego. Além disso, a ausência
do empregado no local de trabalho não afasta a caracterização da relação do emprego, já que podemos ter,
até mesmo, teletrabalho (ou “trabalho à distância” - CLT, art. 6º).
Além disso, ressalto que a subordinação é, de fato, o elemento mais marcante da relação de emprego
(muitos estudiosos chamam “emprego” de “trabalho subordinado”).
Por fim, é lícito que o estagiário receba sua bolsa (Lei 11.788/2008, art. 12) e isto, por si só, não transforma
a relação de estágio em relação de emprego.
Gabarito: (E).
Comentários:
O caso do item I, Ulisses, é de um trabalhador temporário, conforme definições contidas na respectiva lei,
Lei 6.019/74, arts. 2º e 10:
Lei 6.019/74, art. 2º - Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física contratada
por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa
tomadora de serviços, para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal
permanente ou à demanda complementar de serviços.
Lei 6.019, art. 10, § 1º O contrato de trabalho temporário, com relação ao mesmo
empregador, não poderá exceder ao prazo de cento e oitenta dias, consecutivos ou não.
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Já o item II, Isis, trata de uma trabalhadora eventual, que labora sem ânimo definitivo e sem fixação jurídica
ao empregador.
Por fim, o item III, Hermes, exemplifica caso de trabalho voluntário, conforme Lei 9.608/98, arts. 1º e 3º:
Lei 9.608/98, art. 1o Considera-se serviço voluntário, para os fins desta Lei, a atividade não
remunerada prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza ou a
instituição privada de fins não lucrativos que tenha objetivos cívicos, culturais,
educacionais, científicos, recreativos ou de assistência à pessoa.
Art. 3º O prestador do serviço voluntário poderá ser ressarcido pelas despesas que
comprovadamente realizar no desempenho das atividades voluntárias.
Gabarito: (E).
Comentários:
A letra (C) está incorreta, já que é vedado o estabelecimento de cláusula de reserva no trabalho temporário:
Lei 6.019, art. 11, parágrafo único. Será nula de pleno direito qualquer cláusula de reserva,
proibindo a contratação do trabalhador pela empresa tomadora ou cliente ao fim do prazo
em que tenha sido colocado à sua disposição pela empresa de trabalho temporário.
Gabarito: (C).
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A relação de trabalho temporário é desenvolvida entre uma empresa tomadora de serviços, uma empresa
de trabalho temporário e o trabalhador temporário. Há, portanto, uma intermediação de mão de obra que
rompe com a tradicional simetria da relação mantida entre empregado e empregador. Nesse contexto,
considere:
I. O contrato entre a empresa de trabalho temporário e o trabalhador temporário pode conter cláusula de
reserva proibindo a contratação deste pela empresa tomadora ou cliente ao fim do prazo em que esteve à
sua disposição.
II. O trabalho é prestado indistintamente em favor da empresa de trabalho temporário e da empresa
tomadora ou cliente.
III. A direção da prestação pessoal de serviços fica a cargo da tomadora dos serviços.
IV. A responsabilidade pelo pagamento dos salários e pelos direitos assegurados em lei ao trabalhador
temporário permanece com a empresa de trabalho temporário.
V. Ao colocar à disposição da empresa tomadora ou cliente a mão de obra do trabalhador temporário, a
empresa de trabalho temporário abre mão do vínculo de subordinação, não havendo possibilidade de
caracterização de prática de justa causa pelo trabalhador em relação a ela.
Está correto o que consta APENAS em
(A) I e II.
(B) I, III e V.
(C) II e V.
(D) III e IV.
(E) II, III e V.
Comentários:
A assertiva I está incorreta. Caso a tomadora se interesse por contratar o temporário (que originalmente era
empregado da empresa de trabalho temporário) isto deve ser permitido, não sendo admitida cláusula de
reserva:
Lei 6.019/74, art. 11, parágrafo único. Será nula de pleno direito qualquer cláusula de
reserva, proibindo a contratação do trabalhador pela empresa tomadora ou cliente ao fim
do prazo em que tenha sido colocado à sua disposição pela empresa de trabalho
temporário.
A assertiva II está incorreta, pois o trabalho temporário é prestado em favor da empresa tomadora dos
serviços. Se fosse prestado em favor da própria empresa de trabalho temporário, seria uma relação de
trabalho comum (bilateral).
A assertiva III está correta, já que a direção da prestação dos serviços é feita pela empresa tomadora dos
serviços e esta pode se dar de forma pessoal (único caso de terceirização em que pode haver pessoalidade).
A assertiva IV está correta, pois os pagamentos são feitos pela empresa de trabalho temporário, não pela
tomadora.
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A assertiva V está incorreta, pois o dever de subordinação (e demais deveres do empregado) se dá tanto em
relação à empresa tomadora quanto em relação à empresa de trabalho temporário:
Lei 6019, art. 13 - Constituem justa causa para rescisão do contrato do trabalhador
temporário os atos e circunstâncias mencionados nos artigos 482 e 483, da Consolidação
das Leis do Trabalho, ocorrentes entre o trabalhador e a empresa de trabalho temporário
ou entre aquele e a empresa cliente onde estiver prestando serviço.
Gabarito: (D).
Comentários:
Questão difícil que explorou alguns artigos da Lei 6.019/74 raramente - ou nunca antes - exigidos em
concursos.
A alternativa (A) está incorreta porque a Lei não restringe às atividades-meio a contratação dos temporários:
Lei 6.019/74, art. 2º - Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física contratada
por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa
tomadora de serviços, para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal
permanente ou à demanda complementar de serviços.
A alternativa (B) foi considerada incorreta por estar incompleta; segundo a Lei do Trabalho Temporário,
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Sobre a alternativa (C), a lei exige formalização escrita do contrato (de natureza civil) entre a empresa
terceirizante e a tomadora dos serviços:
Por fim, a alternativa (E) está incorreta em face do limite máximo do contrato de trabalho temporário entre
terceirizante e tomadora em relação a um mesmo empregado:
Lei 6.019/74, art. 10, §1º - O contrato de trabalho temporário, com relação ao mesmo
empregador, não poderá exceder ao prazo de cento e oitenta dias, consecutivos ou não.
Gabarito: (D).
Comentários:
A Alternativa (C) está correta, tendo em vista que a Lei 6.019/74, que dispõe sobre o trabalho temporário,
não admite tal cláusula nos contratos:
Lei 6.019/74, art. 11, parágrafo único. Será nula de pleno direito qualquer cláusula de
reserva, proibindo a contratação do trabalhador pela empresa tomadora ou cliente ao fim
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do prazo em que tenha sido colocado à sua disposição pela empresa de trabalho
temporário.
Em relação à jornada do trabalhador temporário, citada na alternativa (A), a mesma é de 8 (oito) horas:
(...)
Sobre este dispositivo legal é de se notar que o mesmo deve ser interpretado de acordo com a atual
Constituição Federal29, que prevê duração do trabalho diário de 08 (oito) horas e semanal de 44 (quarenta e
quatro), além do adicional mínimo de 50%.
Sobre a alternativa (B), incorreta à época da prova, já que a Lei 6.019/74 conceituava a empresa de trabalho
temporário como sendo:
A letra (B) estava incorreta à época da prova, tendo em vista que a redação anterior deste art. 4º vedava
trabalho temporário no meio rural.
A alternativa (D), também incorreta, errou no prazo máximo admitido pela Lei para que um mesmo
empregado da empresa de trabalho temporário preste serviço a uma tomadora:
Lei 6.019/74, art. 10, §1º O contrato de trabalho temporário, com relação ao mesmo
empregador, não poderá exceder ao prazo de cento e oitenta dias, consecutivos ou não.
A alternativa (E), por fim, errou ao sugerir que o contrato de trabalho entre a empresa de trabalho
temporário e o trabalhador temporário possa ser verbal:
29
CF/88, Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação
de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
(...)
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal;
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Esta é, portanto, uma exceção à regra geral celetista que admite os contratos verbais ou escritos, expressos
ou tácitos30.
Gabarito: (C).
Comentários:
Lei 6.019/74, art. 2º - Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física contratada
por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa
tomadora de serviços, para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal
permanente ou à demanda complementar de serviços.
Gabarito: (B).
30
CLT, art. 442 - Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego.
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Comentários:
O menor pode receber salário, mas, quando se tratar de quitação das verbas rescisórias, ele deve ser
assistido pelo responsável legal:
CLT, art. 439 - É lícito ao menor firmar recibo pelo pagamento dos salários. Tratando-se,
porém, de rescisão do contrato de trabalho, é vedado ao menor de 18 (dezoito) anos dar,
sem assistência dos seus responsáveis legais, quitação ao empregador pelo recebimento
da indenização que lhe for devida.
A alternativa (A) está incorreta porque a CF/88 dispõe sobre proibição dos referidos trabalhos aos menores
de 18 anos:
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
(...)
A alternativa (B) está incorreta porque o contrato de aprendizagem pode ser celebrado com o maior de 14
e menor de 24 (não se aplicando o limite máximo aos portadores de deficiência):
CLT, art. 428. Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por
escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao
maior de 14 (quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos inscrito em programa de
aprendizagem formação técnico-profissional (...).
Sobre a alternativa (C), a CLT não permite prorrogação e nem compensação de jornada de aprendizes:
CLT, art. 432. A duração do trabalho do aprendiz não excederá de seis horas diárias, sendo
vedadas a prorrogação e a compensação de jornada.
Por fim, a alternativa (D) está incorreta porque existem outras hipóteses legais de extinção antecipada do
contrato de aprendizagem, a saber:
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IV – a pedido do aprendiz.
Gabarito: (E).
Comentários:
Alternativa incorreta, pois não existe previsão legal neste sentido; estando presentes os pressupostos da
relação de emprego, caracterizar-se-á o vínculo, independente de relação de parentesco:
CLT, art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza
não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
Subordinação jurídica
Gabarito: E.
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(A) nenhuma das empregadas são domésticas, mas ambas terão direito a estabilidade provisória decorrente
da gestação.
(B) ambas são empregadas domésticas e terão direito a estabilidade provisória decorrente da gestação.
(C) somente Helena é empregada doméstica, mas ambas terão direito a estabilidade provisória decorrente
da gestação.
(D) somente Abigail é empregada doméstica, mas ambas terão direito a estabilidade provisória decorrente
da gestação.
(E) ambas são empregadas domésticas, mas não terão direito a estabilidade provisória decorrente da
gestação.
Comentários:
O gabarito é (C), pois Helena labora em âmbito residencial do grupo estudantil, sem finalidade lucrativa.
Já as outras laboram para um pensionato (que é um empreendimento com fins lucrativos), e por isso não
são domésticas. Falaremos sobre estabilidade em outra aula, mas quem conseguiu caracterizar o doméstico
já teria condições de acertar a questão.
Continuidade
Onerosidade
Empregado doméstico Não eventualidade
Gabarito: (C).
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Este contrato é um contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o
empregador se compromete a assegurar ao aprendiz formação técnico-profissional metódica, compatível
com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico. Este contrato pode ser celebrado com pessoa maior
de 14 anos e menor de
(A) 26 anos.
(B) 24 anos.
(C) 22 anos.
(D) 21 anos.
(E) 18 anos.
Comentários:
O gabarito é (B), pois aprendiz é o maior de 14 e menor de 24 anos que celebra contrato de aprendizagem
(a idade máxima não se aplica a aprendizes portadores de deficiência, especialmente).
Conforme artigo 428 da CLT, contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por
escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 e menor
de 24 anos inscrito em programa de aprendizagem formação técnico-profissional metódica, compatível com
o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligência as tarefas
necessárias a essa formação.
Gabarito: (B).
Comentários:
O correto é (D), pois o estivador é um trabalhador avulso (portuário), a demanda complementar de serviços
é hipótese permissiva do trabalho temporário (vide artigo abaixo) e o trabalho residencial com finalidade
não lucrativa se relaciona ao empregado doméstico.
Lei 6.019/74, art. 2º - Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física contratada
por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa
tomadora de serviços, para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal
permanente ou à demanda complementar de serviços.
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Gabarito: (D).
Comentários:
A letra (A), incorreta, já que não é dispensada a comprovação da escolaridade do aprendiz com deficiência:
A letra (B), incorreta, tendo em vista o limite máximo de idade dos aprendizes:
CLT, Art. 428. Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por
escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao
maior de 14 (quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos inscrito em programa de
aprendizagem formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu
desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligência
as tarefas necessárias a essa formação
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A letra (C) está correta. A legislação prevê uma obrigatoriedade de as empresas contratarem aprendizes.
Nesse sentido, ao regulamentar o caput do art. 429 da CLT, o Decreto da Aprendizagem prevê a ‘cota de
aprendizagem’, entre 5% e 15%:
Em relação a esta obrigação, a CLT, alterada pela Lei 13.420/2017 (que buscou incentivar o esporte), prevê
que até 10% da cota possa ser destinada nas seguintes áreas:
CLT, art. 429, § 1º-B Os estabelecimentos a que se refere o caput poderão destinar o
equivalente a até 10% (dez por cento) de sua cota de aprendizes à formação técnico-
profissional metódica em áreas relacionadas a práticas de atividades desportivas, à
prestação de serviços relacionados à infraestrutura, incluindo as atividades de construção,
ampliação, recuperação e manutenção de instalações esportivas e à organização e
promoção de eventos esportivos.
CLT, art. 432. A duração do trabalho do aprendiz não excederá de seis horas diárias, sendo
vedadas a prorrogação e a compensação de jornada.
§ 1º O limite previsto neste artigo poderá ser de até oito horas diárias para os aprendizes
que já tiverem completado o ensino fundamental, se nelas forem computadas as horas
destinadas à aprendizagem teórica.
A letra (E), incorreta, já que, como regra geral, é de 24 anos a idade máxima do aprendiz:
IV – a pedido do aprendiz.
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Gabarito: (C).
Comentários:
As instituições que, embora não explorem atividade econômica, admitam trabalhadores como empregados,
serão equiparadas a empregadores:
Gabarito: (A).
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Comentários:
Nem sempre o empregador será pessoa jurídica, podendo ser pessoa física ou ente sem personalidade
jurídica própria. Relembrando a definição constante da CLT:
Gabarito: (E).
Comentários:
CLT, art. 442-A. Para fins de contratação, o empregador não exigirá do candidato a
emprego comprovação de experiência prévia por tempo superior a 6 (seis) meses no
mesmo tipo de atividade.
A alternativa (B) está incorreta porque os contratos a prazo determinado são uma exceção, somente sendo
admitidos quando a lei autorizar. Além disso, eles podem ser tácitos ou expressos (neste último caso, escritos
ou verbais):
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A alternativa (C), por sua vez, errou no prazo máximo e na prorrogação dos contratos a termo:
CLT, art. 445 - O contrato de trabalho por prazo determinado não poderá ser estipulado
por mais de 2 (dois) anos, observada a regra do art. 451.
CLT, art. 451 - O contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita ou expressamente,
for prorrogado mais de uma vez passará a vigorar sem determinação de prazo.
O prazo máximo do contrato de experiência (que é um contrato por prazo determinado) é de 90 dias, e por
isso a alternativa (D) está errada:
CLT, art. 445, parágrafo único. O contrato de experiência não poderá exceder de 90
(noventa) dias.
A alternativa (E) inverteu a regra do art. 448 da CLT, recorrente em provas de concurso público:
CLT, art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará
os contratos de trabalho dos respectivos empregados.
Gabarito: (A).
Comentários:
Assertiva (A) incorreta: apesar de a exclusividade não ser pressuposto da relação de emprego, subordinação,
onerosidade, não eventualidade e também pessoalidade são requisitos;
Assertiva (B) incorreta: em decorrência do requisito da alteridade, os riscos da atividade econômica são
integralmente assumidos pelo empregador, não sendo compartilhados com o empregado;
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Assertivas (C) e (D) incorretas: os profissionais liberais e as instituições beneficentes ou sem fins lucrativos,
apesar de não se enquadrarem como empresa, equiparam-se à figura do empregador caso admitam
trabalhadores como empregados:
Assertiva (E) correta: a assertiva versa sobre a desnecessidade da presença física do empregado nos
estabelecimentos do empregador para fins de caracterização da relação de emprego. Nesse sentido, destaca-
se a possibilidade de relação de um empregado desenvolver suas atividades por meio de tele-trabalho.
Vejamos o que dispõe a CLT:
Gabarito: (E).
Comentários:
Gabarito: (E).
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a) não há necessidade da concordância de Ana para que as férias sejam usufruídas em até três períodos,
sendo que um deles não poderá ser inferior a 15 dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a 5
dias corridos, cada um.
b) não há necessidade da concordância de Ana para que as férias sejam usufruídas em até três períodos,
sendo que um deles não poderá ser inferior a 14 dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a 5
dias corridos, cada um.
c) desde que haja concordância de Ana, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um
deles não poderá ser inferior a 15 dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a 5 dias corridos, cada
um.
d) desde que haja concordância de Ana, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que
um deles não poderá ser inferior a 14 dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a 5 dias corridos,
cada um.
e) desde que haja concordância de Ana, as férias poderão ser usufruídas em até dois períodos, sendo que
um deles não poderá ser inferior a 14 dias corridos.
Comentários:
A letra (d) está correta, estando a redação da alternativa de acordo com o disposto no § 1º do art. 134 da
CLT, alterado pela Reforma Trabalhista:
Art. 134, § 1o Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas
em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos
e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um.
Em síntese:
Gabarito (D)
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A empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora quando ficar comprovada fraude na
transferência.
(B) a mera identidade de sócios, por si só, caracteriza grupo econômico, independentemente da
demonstração do interesse integrado, efetiva comunhão de interesses e atuação conjunta das empresas
dele integrantes.
(C) não é possível o reconhecimento de existência de grupo econômico se as empresas não estiverem sob a
direção, controle ou administração de outra.
(D) as empresas integrantes do mesmo grupo econômico sempre serão responsáveis subsidiariamente pelas
obrigações decorrentes da relação de emprego.
(E) sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria,
estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma
sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes
da relação de emprego.
Comentários:
A letra (A) está incorreta, já que, regra geral, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em
que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor (CLT, art.
448-A, caput).
A letra (B), incorreta, na medida em que a mera identidade de sócios não caracteriza grupo econômico:
CLT, art. 2º, § 3o Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo
necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a
efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes.
A letra (C) está incorreta, dada a existência também do grupo econômico por coordenação (ou horizontal).
Nesta modalidade, as empresas não estão sob “direção, controle ou administração de outra” (grupo por
subordinação), mas guardam autonomia e, satisfeitos requisitos previstos no §3º do art. 2º da CLT, também
são consideradas pertencentes a um grupo econômico para fins trabalhistas. Logo abaixo transcrevemos o
dispositivo celetista relacionado.
A letra (D) está incorreta e a letra (E), correta, tendo em vista o regramento quanto ao grupo econômico
celetista:
CLT, art. 2º, §2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de
outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo
econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de
emprego.
Gabarito (E)
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A empresa Marco Inicial Engenharia Ltda. foi vendida em agosto de 2017. Por ocasião da venda, a empresa
estava em situação financeira difícil e, há mais de um ano, não recolhia o FGTS dos empregados, estando
também atrasado o pagamento do 13º salário de 2016. Havia, ainda, muitas horas extras sem pagamento e
sem a devida compensação. Os novos proprietários que assumiram a direção da empresa não quitaram os
direitos anteriores dos trabalhadores e, pior, passaram a atrasar o pagamento dos salários, sendo que desde
janeiro de 2018 deixaram de quitar os salários. Alguns trabalhadores resolveram ingressar em juízo
pleiteando a rescisão indireta dos contratos de trabalho, cobrando os direitos não quitados e, buscando
informações sobre os novos proprietários e sobre a venda da empresa, verificaram que estes não têm
qualquer patrimônio pessoal, o que os levou a suspeitar de fraude na transferência da empresa. A
responsabilidade pelos direitos trabalhistas, nesse caso, é dos
(A) antigos proprietários, que, na condição de empregadores originais, poderão cobrar dos novos
proprietários as obrigações contraídas após a sucessão da empresa.
(B) novos proprietários, mas de forma parcial, pois, na condição de sucessores, respondem pelas obrigações
trabalhistas contraídas após a aquisição da empresa, sendo que os direitos anteriores à venda são de
responsabilidade dos sucedidos.
(C) antigos proprietários, pois, havendo fraude na transferência da empresa, não há que se falar em sucessão.
(D) novos proprietários, na condição de sucessores, sendo que os antigos proprietários, sucedidos, têm
responsabilidade solidária com os sucessores se ficar comprovada fraude na transferência.
(E) novos proprietários, na condição de sucessores, sendo que os antigos proprietários, sucedidos, têm
responsabilidade subsidiária com os sucessores se ficar comprovada fraude na transferência.
Comentários:
Apesar de tentar confundir o candidato mencionando a figura dos sócios, a questão exigiu conhecimento da
sucessão trabalhista.
Neste cenário, após a reforma trabalhista, o sucessor responde integralmente como regra geral. No entanto,
caso fique comprovada a fraude na transferência da empresa Marco Inicial Ltda., o sucessor passa a
responder de modo solidário com o sucedido:
CLT, art. 448-A, parágrafo único. A empresa sucedida responderá solidariamente com a
sucessora quando ficar comprovada fraude na transferência.
Gabarito (D)
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I. As empresas que integram um grupo econômico respondem solidariamente pelas obrigações decorrentes
da relação de emprego, quando, mesmo guardando cada uma delas personalidade jurídica própria,
estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, exceto se possuírem cada uma sua autonomia.
II. Para a configuração do grupo econômico, é necessário que haja identidade de sócios, independentemente
da demonstração de interesse integrado, comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele
integrantes.
III. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao
período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a
modificação do contrato, observada a ordem de preferência.
IV. O sócio retirante responderá subsidiariamente com os demais quando ficar comprovada fraude na
alteração societária decorrente da modificação do contrato.
Está correto o que consta de
(A) II, apenas.
(B) I e III, apenas.
(C) I e IV, apenas.
(D) III, apenas.
(E) I, II, III e IV.
Comentários:
O erro do item I está na parte final da frase, pois a reforma trabalhista deixou ainda mais clara a possibilidade
de existir grupo econômico com autonomia das empresas (grupo por coordenação). Nesta situação, muito
embora não exista direção, controle ou administração de uma empresa em outra (grupo por subordinação),
há laços interempresariais (atuação conjunta, interesse comum etc) que ligam duas ou mais empresas,
caracterizando o grupo econômico trabalhista:
CLT, art. 2º, § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de
outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo
econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de
emprego.
CLT, art. 2º, § 3º Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo
necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a
efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes.
O item III está correto e o IV, incorreto, nos termos do art. 10-A da CLT:
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CLT, art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas
da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas
até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem
de preferência:
I - a empresa devedora;
II - os sócios atuais; e
parágrafo único. O sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando ficar
comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato.
Não sendo o caso de fraude, o sócio que se retira de uma sociedade responde de modo subsidiário,
observada a ordem de preferência: empresa; sócios atuais; sócios retirantes.
Gabarito (D)
Comentários:
A questão aborda a regra geral quanto à responsabilidade do sócio que se retira de uma sociedade, regulada
pelo art. 10-A da CLT, inserido pela reforma trabalhista:
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CLT, art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas
da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas
até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem
de preferência:
I - a empresa devedora;
II - os sócios atuais; e
Em relação à letra (C), incorreta, reparem que a responsabilidade do sócio-retirante alcança não apenas o
“período dos últimos dois anos em que figurou como sócio”, mas todo o “período em que figurou como
sócio”.
Gabarito (A)
Comentários:
A letra (A) está incorreta. A mera identidade de sócios não é suficiente para caracterizar o grupo econômico:
CLT, art. 2º, § 3º Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo
necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a
efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes.
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CLT, art. 2º, § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de
outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo
econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação
de emprego.
A letra (C) está incorreta. Em regra, o sucessor é quem responderá pelas obrigações trabalhistas, inclusive
em relação àquelas contraídas antes da sucessão:
A letra (D), correta, pois de fato é solidária a responsabilidade trabalhista em um grupo econômico, nos
termos do art. 2º, §2º, da CLT.
A letra (E), incorreta, na medida em que, havendo fraude na alteração societária, o sócio que se retirou
responde solidariamente com os atuais sócios:
CLT, art. 10-A, parágrafo único. O sócio retirante responderá solidariamente com os
demais quando ficar comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação
do contrato.
Gabarito (D)
Comentários:
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Letra (A) está correta, consoante a ordem de preferência esculpida no art. 10-A da CLT (inserido pela
‘reforma trabalhista’):
CLT, art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas
da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas
até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem
de preferência:
I - a empresa devedora;
II - os sócios atuais; e
Saindo da ordem das alternativas, mas sem fugir do assunto, aproveito para comentar que a letra (D) está
incorreta. Constatada fraude, o sócio retirante passa a responder de modo solidário (e não de forma
exclusiva):
CLT, art. 10-A, parágrafo único. O sócio retirante responderá solidariamente com os
demais quando ficar comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação
do contrato.
A letra (B) foi dada como incorreta, tendo em vista o que atualmente dispõe o art. 2º, §2º, da CLT. Após a
‘reforma trabalhista’, houve uma ampliação da caracterização do grupo econômico prevista na CLT, de forma
que há grupo econômico decorrente da “direção, controle ou administração” de uma empresa em outra,
mas também pela atuação conjunta de empresas que guardam a própria autonomia (“guardando cada uma
sua autonomia”):
CLT, art. 2º, § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de
outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo
econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação
de emprego.
Portanto, nem sempre o grupo econômico caracteriza-se como empregador único, com atuação conjunta e
comum, como dá a entender a alternativa.
A letra (C) está incorreta em razão da sua parte final. De fato, é subsidiária a responsabilidade da contratante
pelas obrigações trabalhistas em uma terceirização regular:
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No entanto, após a ‘reforma trabalhista’, os serviços terceirizados não mais necessitam ser determinados e
específicos. Assim, não se requer que os serviços sejam determinados e específicos para implicar a
responsabilidade subsidiária. Veja como era a redação anterior do dispositivo legal correlato:
Lei 6.019, art. 4º-A. Empresa prestadora de serviços a terceiros é a pessoa jurídica de
direito privado destinada a prestar à contratante serviços determinados e específicos.
A letra (E), incorreta, uma vez que, no caso de sucessão fraudulenta, a empresa sucedida será alcançada de
forma solidária com a sucessora:
CLT, art. 448-A, parágrafo único. A empresa sucedida responderá solidariamente com a
sucessora quando ficar comprovada fraude na transferência.
Gabarito: (A).
31
Lei 8.212/1991, art. 31. A empresa contratante de serviços executados mediante cessão de mão de obra, inclusive em regime
de trabalho temporário, deverá reter 11% (onze por cento) do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e
recolher, em nome da empresa cedente da mão de obra, a importância retida até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da
emissão da respectiva nota fiscal ou fatura, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele
dia, observado o disposto no § 5º do art. 33 desta Lei.
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(E) há formação de grupo econômico em razão da existência de sócios comuns e de interesses integrados,
sendo que as empresas são subsidiariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes da relação de
emprego.
Comentários:
CLT, art. 2º, §3º Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo
necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a
efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes.
Pode-se depreender a existência dos requisitos do grupo por coordenação uma vez que todos os eventos de
uma empresa resultam em pacotes turísticos da outra empresa, a qual, por sua vez, é dependente desta
atuação.
Gabarito: (C).
Comentários:
Nos termos da regra geral quanto à responsabilidade do sócio-retirante prevista na CLT (alteração societária
não fraudulenta):
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CLT, art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas
da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas
até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem
de preferência:
I - a empresa devedora;
II - os sócios atuais; e
De acordo com a ordem de preferência do dispositivo acima, a questão mencionou que tanto a empresa
quanto os atuais sócios não possuem patrimônio para saldar a dívida. Tal situação atrai a responsabilização
do sócio-retirante, caso a ação tenha sido ajuizada até 2 anos após a averbação da alteração no contrato
social.
Gabarito: (B).
Comentários:
Em regra, não responde a empresa que não adquire empresa integrante do mesmo grupo econômico da
empresa adquirida.
Entretanto, o enunciando mencionou que a empresa não adquirida (empresa “C”) era “reconhecidamente
inidônea”, o que nos leva a entender que a sucessão operou-se com má-fé ou para fraudar os direitos dos
empregados da empresa “C”. Assim, a empresa adquirente (empresa “A”) poderá responder pelos débitos
trabalhistas de “C”. Segue abaixo a literalidade da OJ 411:
110
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Gabarito: (C).
Comentários:
Como a própria questão mencionou a existência de grupo econômico, concluímos que a responsabilidade
será de ambas as empresas pertencentes ao grupo (“Delta Operadora Cambial” e “Delta
Empreendimentos”), de forma solidária, segundo disposto na CLT:
CLT, art. 2º, § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de
outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo
econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação
de emprego.
Gabarito: (A).
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Comentários:
Vejam que mesmo após a transferência, a atividade anterior continuou a ser explorada e os empregados
continuaram a prestar serviços, operando-se a sucessão trabalhista, como a própria questão noticiou.
Dessa sorte, sabemos que a alteração empresarial não afeta ou altera os contratos de trabalho em vigor:
CLT, art. 10 - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos
adquiridos por seus empregados.
CLT, art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará
os contratos de trabalho dos respectivos empregados.
Por consequência, as obrigações relativas aos contratos de trabalho em vigor (sejam pretéritas, presentes
ou futuras), recairão sobre a empresa sucessora, como regra geral:
Gabarito: (C).
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(C) passarão por obrigatória repactuação com o novo empregador quanto às cláusulas e condições
estabelecidas originalmente.
(D) serão automaticamente extintos, fazendo surgir novas relações contratuais com a empresa sucessora.
(E) permanecem vigentes e inalterados pelo prazo de um ano, mas a transferência de obrigações trabalhistas
dependerá das condições em que a sucessão foi pactuada.
Comentários:
A questão aborda caso de sucessão trabalhista, a qual, segundo art. 448 da CLT, não provoca alterações nos
contratos de trabalho em vigor:
CLT, art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará
os contratos de trabalho dos respectivos empregados.
Gabarito: (A).
Comentários:
Podemos identificar a existência de grupo econômico no enunciado da questão. Neste caso, segundo artigo
2º, § 2º, da CLT, as empresas do grupo serão responsáveis solidárias:
CLT, art. 2º, § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de
outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo
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Gabarito: (E).
Comentários:
Além da previsão celetista, há previsão do grupo econômico trabalhista também na Lei do Trabalho Rural
(Lei 5.889/73):
Lei 5.889/73, art. 3º, § 2º Sempre que uma ou mais empresas, embora tendo cada uma
delas personalidade jurídica própria, estiverem sob direção, controle ou administração de
outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo
econômico ou financeiro rural, serão responsáveis solidariamente nas obrigações
decorrentes da relação de emprego.
Gabarito: (E).
Comentários:
CLT, art. 2º, § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de
outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo
econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação
de emprego.
Gabarito: (E).
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( ) Em qualquer caso de aquisição de empresa pertencente a grupo econômico, o sucessor sempre responde
solidariamente por débitos trabalhistas de empresa não adquirida que pertença ao mesmo grupo de
empresas.
Comentários:
Gabarito: (E).
Comentários:
Assim como no grupo econômico, trata-se de mais uma forma que via a aumentar as chances de recebimento
dos créditos trabalhistas.
Gabarito: (E).
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(C) Paula, empregada de banco, que vende valores mobiliários de empresa pertencente ao mesmo grupo
econômico de seu empregador, pretende a integração na sua remuneração da vantagem pecuniária auferida
em decorrência dessa atividade. No entanto, considerando tratar-se de atividades correlatas, ligadas à
atividade bancária em geral, não procede a pretensão de Paula.
(D) o sucessor responde solidariamente por débitos trabalhistas de empresa não adquirida, integrante do
mesmo grupo econômico da empresa sucedida, tendo em vista que, com a sucessão, o sucessor assume
todas as dívidas do sucedido.
(E) a responsabilidade solidária decorrente da existência de grupo econômico somente pode ser reconhecida
judicialmente, e desde que o trabalhador ajuíze a ação em face de todas as empresas integrantes do grupo
econômico.
Comentários:
A letra (A) está incorreta com o que dispõe a SUM-129, já que, ante a ausência de previsão, a presunção é
pela solidariedade ativa (ou seja, apenas um contrato de trabalho):
Por fim, a letra (E) está incorreta, já que a SUM-205, que previa a necessidade de ajuizamento em face de
todas as empresas, encontra-se cancelada:
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Súmula 205 TST: O responsável solidário, integrante do grupo econômico, que não
participou da relação processual como reclamado e que, portanto, não consta no título
executivo judicial como devedor, não pode ser sujeito passivo na execução
Gabarito: (B).
Comentários:
A solidariedade no direito do trabalho decorre da existência de grupo econômico. Com relação à natureza
do grupo que responderá solidariamente pelos créditos trabalhistas, observem que a lei fala de natureza
econômica, e por isso nem todos os empregadores poderão constituir grupo econômico:
CLT, art. 2º, § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de
outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo
econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação
de emprego.
A questão é anterior à reforma trabalhista. Atualmente, é preciso levar em consideração, também, o que diz
o §3º do mesmo artigo, a respeito da atuação conjunta e dos interesses comuns:
CLT, art. 2º, § 3º Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo
necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a
efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes.
Gabarito: (B).
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Comentários:
A assertiva I, correta, nos traz praticamente a literalidade do art. 2º, § 1º, da CLT. Vejamos:
A assertiva II está incorreta, pois dispõe exatamente no sentido contrário ao do art. 2º, § 2º, da CLT, que
prevê a solidariedade das empresas de um mesmo grupo econômico pelos créditos trabalhistas. Vejamos:
CLT, art. 2º, § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de
outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo
econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação
de emprego.
A assertiva III, correta, tem como objeto os direitos sociais assegurados aos trabalhadores domésticos. A
Constituição assegura vários direitos aos domésticos no parágrafo único do art. 7º, dentre os quais estão sim
férias, décimo terceiro e aviso-prévio.
A assertiva IV está incorreta, uma vez que no trabalho temporário estão presentes todos os requisitos da
relação de emprego, inclusive subordinação e onerosidade.
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A assertiva V está correta porque o Constituinte realmente assegurou os mesmos direitos dos trabalhadores
urbanos aos rurais por meio do caput do art. 7º:
CF, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social: (..)
Gabarito: (E).
Comentários:
A alternativa (A) está incorreta porque se trata de responsabilidade solidária de grupo econômico:
CLT, art. 2º, § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de
outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo
econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação
de emprego.
Na alternativa (B) foi tratado de alteração subjetiva do empregador – sucessão trabalhista -, na qual os
contratos permanecem inalterados (não há interrupção ou extinção dos vínculos):
CLT, art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará
os contratos de trabalho dos respectivos empregados.
A alternativa (C) está correta. A alteridade, também chamada de princípio da alteridade, é um requisito
existente nas relações de emprego.
A alteridade se relaciona ao risco do negócio, que deve ser assumido pelo empregador. Nesta linha, não se
admite que sejam transferidos ao empregado os riscos do empreendimento, pois estes devem ser
suportados pelo empregador.
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Na alternativa (D) há dois erros. Primeiramente, no grupo econômico existe a responsabilidade solidária,
como visto acima. Em segundo lugar, na sucessão de empregadores, entre outras situações específicas,
havendo fraude comprovada, haverá a responsabilidade solidária do empregador sucedido.
Por fim, a alternativa (E) colidiu com a previsão celetista da equiparação a empregador:
Gabarito: (C).
Comentários:
O conceito de grupo econômico surgiu para que aumentassem as chances de garantir o crédito trabalhista
(valores devidos aos empregados). Podemos identificar o conceito de grupo econômico no artigo 2º, §§ 2º
e 3º, da CLT:
CLT, art. 2º, § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de
outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo
econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação
de emprego.
Gabarito: (D).
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Comentários:
Esta questão se resolve com o conhecimento de dois dispositivos da CLT que são estudados nos tópicos
“Sucessão de empregadores” e “Grupo econômico”:
CLT, art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará
os contratos de trabalho dos respectivos empregados.
(..)
CLT, art. 2º, § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de
outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo
econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de
emprego.
Gabarito: (A).
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Comentários:
O gabarito é a assertiva (D), com base no art. 2º, § 2º da CLT (recorrente em provas):
CLT, art. 2º, § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de
outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo
econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação
de emprego.
Gabarito: (D).
Comentários:
Gabarito: (D).
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Diana trabalhou por dois anos para a empresa Delta Administradora de Créditos, controlada e administrada
pelo Banco Delta, formando grupo econômico. Houve a dispensa sem justa causa e a empregada não recebeu
as verbas rescisórias devidas.
Nessa situação, quanto à dívida trabalhista é correto afirmar que
(A) a CLT não prevê nenhum tipo de responsabilidade de empresas que pertençam ao mesmo grupo
econômico por débitos trabalhistas, ficando a critério do juiz a aplicação de normas do direito comum.
(B) a empresa Delta Administradora de Crédito será a única responsável pelo pagamento por ser a real
empregadora de Diana.
(C) o Banco Delta somente responderá pelo débito de forma subsidiária, caso ocorra a falência da empresa
Delta Administradora de Créditos.
(D) o Banco Delta responderá solidariamente em razão da formação do grupo econômico por expressa
determinação da CLT.
(E) a responsabilidade do Banco Delta será subsidiária por determinação prevista na CLT, após esgotado o
patrimônio da empresa Delta Administradora de Créditos.
Comentários:
Conforme comentado no tópico 4.1 desta aula, quando existe um grupo econômico, há solidariedade entre
as empresas do mesmo grupo.
Em decorrência desta solidariedade, não só o empregador responde pelos créditos trabalhistas, mas também
todas as empresas integrantes daquele grupo. Portanto, no caso, o empregado pode cobrar seus créditos
trabalhistas, tanto da Delta Administradora de Crédito, quanto do Banco Delta. Tudo isto decorre do seguinte
dispositivo da CLT:
CLT, art. 2º, § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de
outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo
econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação
de emprego.
Gabarito: (D).
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(D) O empregador não poderá fazer distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador,
nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual.
(E) As alterações na estrutura jurídica da empresa, como, por exemplo, a mudança do quadro societário, não
afetarão os direitos adquiridos por seus empregados.
Comentários:
A assertiva (A) está incorreta, pois no caso do grupo econômico há solidariedade e não subsidiariedade.
A assertiva (B) dispõe acerca do princípio da alteridade, o qual prevê que o risco do negócio deve ser
assumido pelo empregador. Nesta linha, não se admite que sejam transferidos ao empregado os riscos do
empreendimento, pois estes devem ser suportados pelo empregador.
As assertivas (C) e (D) trazem o conceito de empregado e a vedação à discriminação da natureza do trabalho
dispostos no art. 3º da CLT:
CLT, art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza
não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
CLT, art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará
os contratos de trabalho dos respectivos empregados.
Gabarito: (A).
Comentários:
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Conforme comentado no tópico 4.1 desta aula, quando existe um grupo econômico, há solidariedade entre
as empresas do mesmo grupo.
Em decorrência desta solidariedade, não só o próprio empregador responde pelos créditos trabalhistas, mas
também todas as empresas integrantes daquele grupo. Tudo isto decorre do art. 2º, §2º, da CLT.
Gabarito: (D).
Comentários:
A letra (A) está correta, de acordo com o regramento da sucessão de empregadores (artigos 10 e 448 da
CLT):
CLT, art. 10 - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos
adquiridos por seus empregados.
CLT, art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará
os contratos de trabalho dos respectivos empregados.
Gabarito: (A).
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(C) as cláusulas e condições estabelecidas no contrato de trabalho serão obrigatoriamente repactuadas entre
os empregados e o novo empregador individual.
(D) a transferência de obrigações trabalhistas dependerá das condições em que a sucessão foi pactuada.
(E) os contratos se manterão inalterados e seguirão seu curso normal.
Comentários:
No caso de sucessão trabalhista, os contratos de trabalho vigentes seguem seu curso normal (não são
afetados).
Gabarito: (E).
Comentários:
Entre as empresas do mesmo grupo econômico a responsabilidade trabalhista é solidária (CLT, art. 2º, §2º).
Gabarito: (D).
Comentários:
O objetivo de se reconhecer o grupo econômico é justamente permitir que haja responsabilidade solidária
entre as empresas, de modo a aumentar as possibilidades de cobrança dos créditos trabalhistas.
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Verificando-se no caso concreto que de fato existe o grupo econômico para fins trabalhistas, os valores
devidos ao empregado de uma empresa poderão ser exigidos de quaisquer das empresas integrantes do
grupo.
Comentários:
Vimos que a identificação do grupo econômico para fins trabalhista não requer as formalidades exigidas em
outros ramos do direito, bastando que se verifique a relação integração interempresarial. Portanto, a
proposição I está incorreta.
Como estudado, as empresas integrantes de grupo desenvolvem atividades econômicas, não sendo incluídas
associações, entidades beneficentes, empregador doméstico etc.
Gabarito: (E).
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(B) está caracterizada a existência de mais de um contrato de trabalho, limitado em três, tendo em vista que
as empresas possuem personalidades jurídicas distintas.
(C) está caracterizada a existência de mais de um contrato de trabalho, limitado em dois, tendo em vista que
as empresas possuem personalidades jurídicas distintas.
(D) está caracterizada a existência de mais de um contrato de trabalho, sem limitação, em razão da prestação
de serviços acontecer durante a mesma jornada de trabalho.
(E) está caracterizada a existência de mais de um contrato de trabalho, sem limitação, tendo em vista que as
empresas possuem personalidades jurídicas distintas.
Comentários:
A questão se relaciona ao conceito de empregador único (solidariedade ativa do grupo econômico), com
fundamento na Súmula 129 do TST:
Gabarito: (A).
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LISTA DE QUESTÕES
Relação de trabalho e relação de emprego
1. Daud
A contratação de trabalhador autônomo, desde que cumpridas as formalidades previstas em lei, afasta a
caracterização do vínculo empregatício, salvo previsão de cláusula contratual impedindo o trabalhador de
prestar serviços a outros tomadores.
2. FCC/TRT15 – Técnico – Área Administrativa - 2018
Cícero é policial militar e cumpre escala 12 × 36 horas no seu batalhão. Nas folgas, presta serviço como
segurança de um supermercado, recebendo ordens do gerente e um valor fixo mensal, não podendo se fazer
substituir no desempenho de suas funções. Nesse caso, de acordo com o entendimento sumulado do TST,
(A) Cícero poderá ter o vínculo de emprego reconhecido, desde que presentes os requisitos legais,
independentemente do eventual cabimento de penalidade disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar.
(B) haverá a imediata exoneração de Cícero de suas funções como policial militar, não ocorrendo também o
reconhecimento do vínculo de emprego.
(C) Cícero não poderá ter o vínculo empregatício reconhecido, mesmo que presentes os requisitos legais, por
ser servidor público militar, o que impede o contrato de emprego com empresa privada.
(D) trata-se de trabalho proibido, portanto, não gera vínculo empregatício, além de Cícero vir a sofrer
penalidade administrativa prevista no Estatuto do Policial Militar.
(E) Cícero poderá ter o vínculo de emprego reconhecido, desde que presentes os requisitos legais, ficando
impedida a Administração pública, neste caso, de aplicar penalidade disciplinar prevista no Estatuto do
Policial Militar.
3. FCC/TRT-PE – Técnico – Área Administrativa – 2018
O requisito essencial previsto em lei para caracterizar uma relação como sendo de emprego e que não precisa
se verificar em qualquer relação de trabalho é a
(A) exclusividade.
(B) ausência de onerosidade.
(C) subordinação jurídica.
(D) boa-fé contratual objetiva.
(E) autonomia privada coletiva.
4. FCC/TRT-RN – Técnico Administrativo - 2017
Mário presta serviços com subordinação, mas sem continuidade, havendo alternância de períodos de
prestação de serviços e inatividade, determinados em horas, dias ou meses. Ênio assume os riscos de sua
atividade econômica, não possui subordinação e presta serviços sem exclusividade, de forma contínua ou
não. Finalmente, Joaquim foi contratado verbalmente, possuindo subordinação, horário de trabalho a
cumprir e salário fixo mensal, prestando serviços no local do contratante. Considerando a legislação vigente
e as alterações introduzidas pela Lei nº 13.467/2017, as modalidades de trabalho de Mario, Ênio e Joaquim
são classificadas, respectivamente, como sendo
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(D) o vínculo de emprego entre a empresa Indústria Mundo Novo Ltda. e Anacleto somente pode ser
reconhecido nos períodos em que Anacleto não estava escalado na corporação e em que houve trabalho
efetivo em favor da empresa Indústria Mundo Novo Ltda.
(E) estando presentes as características da relação de emprego, é legítimo o reconhecimento do vínculo de
emprego entre a empresa Indústria Mundo Novo Ltda. e Anacleto, independentemente do eventual
cabimento de penalidade disciplinar prevista no estatuto do policial militar.
15. FCC/TRT4 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2015
A relação de trabalho é o gênero do qual a relação de emprego é uma espécie.
Dentre os requisitos legais previstos na Consolidação das Leis do Trabalho que caracterizam a relação
empregatícia, NÃO está inserida a
(A) subordinação jurídica do trabalhador ao empregador.
(B) infungibilidade em relação ao obreiro.
(C) eventualidade dos serviços prestados.
(D) onerosidade da relação contratual.
(E) prestação dos serviços por pessoa física ou natural.
16. FCC/TRT4 – Analista Judiciário – Avaliador Federal - 2015
Na análise da dicotomia entre relação de trabalho versus relação de emprego é correto afirmar que
(A) toda relação de trabalho corresponde a uma relação de emprego, mas o contrário nem sempre é
verdadeiro.
(B) na relação de trabalho autônomo o prestador de serviços assume o risco da atividade desenvolvida.
(C) não há previsão constitucional que assegure a igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo
empregatício permanente e o trabalhador avulso.
(D) as relações de trabalho autônomo, temporário e não eventual se assemelham as relações de trabalho
avulso em todas as suas características.
(E) a relação de trabalho temporário é uma relação triangular na qual há intermediação de mão de obra que
rompe com a simetria da relação entre empregado e empregador.
17. FCC/TRT5 – Técnico Judiciário – Área Administrativa - 2013
A relação de trabalho é diversa da relação de emprego, visto que essa última deve conter requisitos previstos
na legislação trabalhista para sua configuração. Segundo esses requisitos, haverá relação de emprego, na
situação de
(A) contrato de estágio.
(B) empreiteiro de construção civil autônomo.
(C) trabalho voluntário para instituição de caridade.
(D) acompanhante de idoso, remunerado e com trabalho diário.
(E) associado de cooperativa.
18. FCC/TRT5 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2013
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Os salários devem ser pagos ao empregado, independentemente da empresa ter auferido lucros ou
prejuízos, uma vez que os riscos da atividade econômica pertencem única e exclusivamente ao empregador.
Tal assertiva baseia-se no requisito caracterizador da relação de emprego denominado
(A) pessoalidade.
(B) alteridade.
(C) não eventualidade.
(D) onerosidade.
(E) subordinação.
19. FCC/TRT5 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2013
A Consolidação das Leis do Trabalho − CLT prevê requisitos indispensáveis para configuração do contrato
individual de trabalho, que é o acordo tácito ou expresso, correspondente a uma relação de emprego. Assim,
conforme normas legais, NÃO é requisito da relação de emprego:
(A) exclusividade na prestação dos serviços.
(B) não eventualidade dos serviços.
(C) onerosidade dos serviços prestados.
(D) prestação pessoal dos serviços.
(E) subordinação jurídica do empregado ao empregador.
20. FCC/TRT9 – Técnico Judiciário – Área Administrativa - 2013
Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços a empregador com as características de
(A) impessoalidade, continuidade, onerosidade e independência jurídica.
(B) pessoalidade, continuidade, exclusividade e subordinação.
(C) pessoalidade, continuidade, onerosidade e subordinação.
(D) pessoalidade, continuidade, confidencialidade e subordinação.
(E) pessoalidade, continuidade, onerosidade e independência jurídica.
21. FCC/TRT9 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2013
Conforme previsto em lei, a existência da relação de emprego somente se verifica quando estiverem
presentes algumas características, dentre as quais NÃO se inclui a
(A) exclusividade.
(B) continuidade.
(C) pessoalidade.
(D) onerosidade.
(E) subordinação.
22. FCC/TRT12 – Técnico Judiciário – Área Administrativa - 2013
Considerando-se que a CLT prevê requisitos para a configuração da relação de emprego, é um dos elementos
essenciais da relação entre empregado e empregador, previsto na CLT:
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(B) é obrigatório que o empregado exerça seus serviços no estabelecimento do empregador para que possa
ser verificado o requisito da subordinação.
(C) um dos requisitos essenciais para caracterização da relação de emprego é a exclusividade na prestação
dos serviços para determinado empregador.
(D) o estagiário que recebe bolsa de estudos em dinheiro do contratante será considerado empregado.
(E) o elemento fundamental que distingue o empregado em relação ao trabalhador autônomo é a
subordinação jurídica.
33. FCC/TRT20 – Analista Judiciário – Área Judiciária – 2016 (adaptada)
Considere:
I. Ulisses presta serviços por três meses para a empresa Ajax Estruturas S/A para suprir necessidade
transitória de substituição do seu pessoal regular e permanente, por intermédio da empresa Delta Mão de
Obra Ltda.
II. Isis trabalha na produção de uma peça teatral durante a temporada de oito meses no teatro municipal,
com ajuste de pagamento por obra certa.
III. Hermes é psicoterapeuta e faz palestras e consultas em centro de apoio à criança com deficiência motora,
realizando dois plantões semanais de doze horas cada um, com ajuste apenas do ressarcimento das despesas
que comprovadamente realizou no desempenho de suas atividades.
A relação de trabalho apresentada no item I, II e III corresponde, respectivamente, a
(A) autônomo; eventual; avulso.
(B) terceirizado; avulso; autônomo.
(C) avulso; eventual; terceirizado.
(D) voluntário; aprendiz; autônomo.
(E) temporário; eventual; voluntário.
34. FCC/TRT14 – Analista Judiciário – Avaliador Federal – 2016 (adaptada)
Quanto à relação de trabalho temporário, nos termos da legislação que disciplina tal atividade, é INCORRETO
afirmar:
(A) Há um vínculo jurídico de natureza civil entre a empresa cliente tomadora dos serviços e a empresa de
trabalho temporário registrada no Ministério do Trabalho e Emprego por meio de contrato obrigatoriamente
escrito.
(B) Forma-se um vínculo de natureza trabalhista entre o trabalhador temporário e a empresa fornecedora,
que o assalaria e responde diretamente pelos direitos assegurados em Clei.
(C) É lícito estabelecer cláusula de reserva, vedando a contratação do trabalhador pela empresa tomadora
ou cliente ao final do prazo em que tenha sido colocado à sua disposição pela empresa de trabalho
temporário.
(D) Fica assegurada ao trabalhador temporário a remuneração equivalente à percebida pelos empregados
da mesma categoria da empresa tomadora ou cliente, calculados à base horária, garantida, em qualquer
hipótese, a percepção do salário mínimo.
(E) Trabalho temporário é permitido para atender à necessidade transitória de substituição de pessoal
regular e permanente ou à demanda complementar de serviços da empresa tomadora.
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(B) A empresa de trabalho temporário é a pessoa física ou jurídica, urbana ou rural, cuja atividade consiste
em colocar à disposição de outras empresas, temporariamente, trabalhadores devidamente qualificados,
por ela remunerados e assistidos.
(C) Será nula de pleno direito qualquer cláusula de reserva, proibindo a contratação do trabalhador pela
empresa tomadora ou cliente ao fim do prazo em que tenha sido colocado à sua disposição pela empresa de
trabalho temporário.
(D) O contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora ou cliente, com relação a um
mesmo empregado, não poderá exceder de seis meses, salvo mediante autorização do Ministério do
Trabalho.
(E) O contrato de trabalho celebrado entre a empresa de trabalho temporário e cada um dos assalariados
colocados à disposição da empresa tomadora ou cliente poderá ser celebrado verbalmente ou por escrito,
sendo vedada a modalidade de contrato tácito.
38. FCC/TRT18 – Analista Judiciário – Área Judiciária – 2013 (adaptada)
O trabalho prestado por pessoa física a uma empresa, para atender a necessidade transitória de substituição
de seu pessoal regular e permanente ou à demanda complementar de serviços, é o conceito legal de trabalho
(A) autônomo.
(B) temporário.
(C) cooperado.
(D) eventual.
(E) avulso.
39. FCC/TRT1 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2013
Em relação ao trabalho do menor, é correto afirmar:
(A) É proibido o trabalho perigoso, insalubre e noturno do menor de vinte e um anos de acordo com a
Constituição Federal.
(B) O contrato de aprendizagem pode ser celebrado com aprendiz com idade entre quatorze e dezoito anos.
(C) É permitida a compensação de jornada para os aprendizes.
(D) O contrato de aprendizagem não pode ser extinto antecipadamente, salvo se houver prática de falta
grave por parte do aprendiz.
(E) É lícito ao menor firmar recibo pelo pagamento dos salários. Tratando-se, porém de rescisão do contrato
de trabalho, é vedado ao menor de dezoito anos dar, sem assistência dos pais ou responsáveis legais,
quitação ao empregador pelo recebimento de indenização que lhe for devida.
40. FCC/TRT11 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2012
O filho não poderá ser considerado empregado do pai em razão do grau de parentesco, ainda que presentes
os requisitos caracterizadores da relação de emprego.
41. FCC/TRT14 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2011
Karina e Mariana residem no pensionato de Ester, local em que dormem e realizam as suas refeições, já que
Gabriela, proprietária do pensionato, contratou Abigail para exercer as funções de cozinheira. Jaqueline
reside em uma república estudantil que possui como funcionária Helena, responsável pela limpeza da
república, além de cozinhar para os estudantes moradores. Abigail e Helena estão grávidas. Neste caso,
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(A) nenhuma das empregadas são domésticas, mas ambas terão direito a estabilidade provisória decorrente
da gestação.
(B) ambas são empregadas domésticas e terão direito a estabilidade provisória decorrente da gestação.
(C) somente Helena é empregada doméstica, mas ambas terão direito a estabilidade provisória decorrente
da gestação.
(D) somente Abigail é empregada doméstica, mas ambas terão direito a estabilidade provisória decorrente
da gestação.
(E) ambas são empregadas domésticas, mas não terão direito a estabilidade provisória decorrente da
gestação.
42. FCC/TRT14 – Analista Judiciário – Área Execução de Mandados - 2011
Com relação à proteção ao trabalho do menor, a Consolidação das Leis do Trabalho prevê o contrato de
aprendizagem.
Este contrato é um contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o
empregador se compromete a assegurar ao aprendiz formação técnico-profissional metódica, compatível
com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico. Este contrato pode ser celebrado com pessoa maior
de 14 anos e menor de
(A) 26 anos.
(B) 24 anos.
(C) 22 anos.
(D) 21 anos.
(E) 18 anos.
43. FCC/TRT7 – Técnico Judiciário – Área Administrativa – 2009 (adaptada)
Jair trabalha como estivador no Porto de Santos; Patrícia foi contratada para trabalhar em uma loja de
shopping na época do Natal, pois nessa época há demanda complementar de serviços; e Ana presta serviços
de natureza contínua e de finalidade não lucrativa na residência de Lúcia. É correto afirmar que Jair é
(A) trabalhador avulso, Patrícia é empregada avulsa e Ana é trabalhadora temporária.
(B) trabalhador temporário, Patrícia é trabalhadora avulsa e Ana é empregada doméstica.
(C) empregado doméstico, Patrícia é trabalhadora avulsa e Ana é trabalhadora temporária.
(D) trabalhador avulso, Patrícia é trabalhadora temporária e Ana é empregada doméstica.
(E) empregado temporário, Patrícia é trabalhadora temporária e Ana é trabalhadora doméstica.
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(B) considerada como formação técnico profissional metódica, a aprendizagem pode ser desenvolvida entre
os 14 e os 18 anos, sendo que a validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação na Carteira de
Trabalho e Previdência Social, matrícula e frequência do aprendiz na escola.
(C) os estabelecimentos poderão destinar o equivalente a até 10% de sua cota de aprendizes à formação
técnico-profissional metódica em áreas relacionadas a práticas de atividades desportivas, à prestação de
serviços relacionados à infraestrutura, incluindo as atividades de construção, ampliação, recuperação e
manutenção de instalações esportivas e à organização e promoção de eventos esportivos.
(D) a duração do trabalho do aprendiz não excederá de oito horas diárias, sendo vedadas a prorrogação e a
compensação de jornada.
(E) o contrato de aprendizagem extinguir-se-á no seu termo ou quando o aprendiz completar 18 anos, ou no
caso de desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz, salvo para o aprendiz com deficiência quando
desprovido de recursos de acessibilidade, de tecnologias assistivas e de apoio necessário ao desempenho de
suas atividades.
45. FCC/TRT3 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2015
Maria, durante três anos, prestou serviços ao Clube de Mães Madalena Arraes, que é uma entidade sem fins
lucrativos instituída para desenvolver atividades culturais e filantrópicas com a comunidade carente.
Cumpria jornada de trabalho diário das 8 às 17 horas, com uma hora de intervalo para repouso e
alimentação, devidamente controlada, e, enquanto estava trabalhando era obrigada a usar uniforme.
Entregava relatórios semanais sobre as suas atividades e os resultados obtidos com as crianças e recebia
mensalmente um valor fixo pelo trabalho prestado. Em relação à situação descrita,
(A) presentes as características da relação de emprego na relação mantida entre Maria e o Clube de Mães,
deve ser reconhecido o vínculo de emprego entre as partes, não sendo óbice para tal reconhecimento o fato
de o Clube de Mães ser entidade filantrópica sem finalidade lucrativa.
(B) embora presentes as características da relação de emprego, o fato de o Clube de Mães ser entidade
filantrópica sem finalidade lucrativa impede o reconhecimento do vínculo de emprego entre as partes.
(C) somente seria possível o reconhecimento do vínculo de emprego entre as partes se presente a
subordinação de Maria em relação ao Clube de Mães, o que não se verifica no presente caso.
(D) os serviços prestados à entidade sem fins lucrativos, desde que instituída para desenvolver atividades
culturais e filantrópicas, não caracteriza vínculo de emprego, mas sim trabalho voluntário, sendo irrelevante
estarem presentes as características da relação de emprego.
(E) a finalidade lucrativa do empregador e o recebi- mento de participação do trabalhador nesse lucro é
essencial para a caracterização do vínculo de emprego.
46. FCC/TRT1 – Técnico Judiciário – Área Administrativa - 2013
A respeito da relação de emprego e dos seus sujeitos, é INCORRETO afirmar:
(A) A relação de emprego se desenvolve com pessoalidade, ou seja, o empregado tem que prestar o serviço
pessoalmente, não podendo mandar qualquer pessoa trabalhar em seu lugar.
(B) Empregado é sempre pessoa física.
(C) Entidade beneficente, sem finalidade lucrativa, pode ser empregadora.
(D) Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho
intelectual, técnico e manual.
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a) não há necessidade da concordância de Ana para que as férias sejam usufruídas em até três períodos,
sendo que um deles não poderá ser inferior a 15 dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a 5
dias corridos, cada um.
b) não há necessidade da concordância de Ana para que as férias sejam usufruídas em até três períodos,
sendo que um deles não poderá ser inferior a 14 dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a 5
dias corridos, cada um.
c) desde que haja concordância de Ana, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um
deles não poderá ser inferior a 15 dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a 5 dias corridos, cada
um.
d) desde que haja concordância de Ana, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que
um deles não poderá ser inferior a 14 dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a 5 dias corridos,
cada um.
e) desde que haja concordância de Ana, as férias poderão ser usufruídas em até dois períodos, sendo que
um deles não poderá ser inferior a 14 dias corridos.
51. FCC/TRT2 – Oficial de Justiça Avaliador Federal - 2018
Luiz, empregado da empresa Alfa, ingressou com reclamação trabalhista contra a mesma e também contra
as empresas Beta e Gama, que não estão sob a direção, controle ou administração de outra, ao argumento
de que integram grupo econômico, pois possuem identidade de sócios. Na mesma reclamação trabalhista,
Luiz pede o reconhecimento de sucessão por parte da empresa Delta. Neste caso, nos termos da lei vigente,
(A) caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores, as obrigações trabalhistas, salvo as contraídas
à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor.
A empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora quando ficar comprovada fraude na
transferência.
(B) a mera identidade de sócios, por si só, caracteriza grupo econômico, independentemente da
demonstração do interesse integrado, efetiva comunhão de interesses e atuação conjunta das empresas
dele integrantes.
(C) não é possível o reconhecimento de existência de grupo econômico se as empresas não estiverem sob a
direção, controle ou administração de outra.
(D) as empresas integrantes do mesmo grupo econômico sempre serão responsáveis subsidiariamente pelas
obrigações decorrentes da relação de emprego.
(E) sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria,
estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma
sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes
da relação de emprego.
52. FCC/TRT15 – Oficial de Justiça Avaliador Federal - 2018
A empresa Marco Inicial Engenharia Ltda. foi vendida em agosto de 2017. Por ocasião da venda, a empresa
estava em situação financeira difícil e, há mais de um ano, não recolhia o FGTS dos empregados, estando
também atrasado o pagamento do 13º salário de 2016. Havia, ainda, muitas horas extras sem pagamento e
sem a devida compensação. Os novos proprietários que assumiram a direção da empresa não quitaram os
direitos anteriores dos trabalhadores e, pior, passaram a atrasar o pagamento dos salários, sendo que desde
janeiro de 2018 deixaram de quitar os salários. Alguns trabalhadores resolveram ingressar em juízo
pleiteando a rescisão indireta dos contratos de trabalho, cobrando os direitos não quitados e, buscando
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informações sobre os novos proprietários e sobre a venda da empresa, verificaram que estes não têm
qualquer patrimônio pessoal, o que os levou a suspeitar de fraude na transferência da empresa. A
responsabilidade pelos direitos trabalhistas, nesse caso, é dos
(A) antigos proprietários, que, na condição de empregadores originais, poderão cobrar dos novos
proprietários as obrigações contraídas após a sucessão da empresa.
(B) novos proprietários, mas de forma parcial, pois, na condição de sucessores, respondem pelas obrigações
trabalhistas contraídas após a aquisição da empresa, sendo que os direitos anteriores à venda são de
responsabilidade dos sucedidos.
(C) antigos proprietários, pois, havendo fraude na transferência da empresa, não há que se falar em sucessão.
(D) novos proprietários, na condição de sucessores, sendo que os antigos proprietários, sucedidos, têm
responsabilidade solidária com os sucessores se ficar comprovada fraude na transferência.
(E) novos proprietários, na condição de sucessores, sendo que os antigos proprietários, sucedidos, têm
responsabilidade subsidiária com os sucessores se ficar comprovada fraude na transferência.
53. FCC/TRT15 – Analista – Área Administrativa - 2018
Sobre grupo econômico e implicações no contrato de trabalho, considere:
I. As empresas que integram um grupo econômico respondem solidariamente pelas obrigações decorrentes
da relação de emprego, quando, mesmo guardando cada uma delas personalidade jurídica própria,
estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, exceto se possuírem cada uma sua autonomia.
II. Para a configuração do grupo econômico, é necessário que haja identidade de sócios, independentemente
da demonstração de interesse integrado, comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele
integrantes.
III. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao
período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a
modificação do contrato, observada a ordem de preferência.
IV. O sócio retirante responderá subsidiariamente com os demais quando ficar comprovada fraude na
alteração societária decorrente da modificação do contrato.
Está correto o que consta de
(A) II, apenas.
(B) I e III, apenas.
(C) I e IV, apenas.
(D) III, apenas.
(E) I, II, III e IV.
54. FCC/TRT-PE – Analista – Área Administrativa – 2018
Lucas vendeu sua parte na sociedade Posto de Gasolina Boa Viagem Ltda. em 17/02/2017, data em que foi
feita a averbação da modificação do contrato. Tendo em vista a responsabilidade do sócio retirante e
esgotados os meios de execução da pessoa jurídica e dos sócios atuais, responde
(A) subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como
sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato.
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(B) solidariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como
sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato.
(C) subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período dos últimos dois anos
em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do
contrato.
(D) solidariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período dos últimos dois anos em
que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do
contrato.
(E) subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como
sócio, somente em ações ajuizadas até cinco anos depois de averbada a modificação do contrato.
55. FCC/TRT-PE – Técnico – Área Administrativa – 2018
Sobre a situação do grupo econômico e a sucessão de empregadores, e suas implicações no contrato
individual de trabalho, conforme dispositivos contidos na Consolidação das Leis do Trabalho:
==19fa94==
(A) a mera identidade de sócios caracteriza o grupo econômico que gera a responsabilidade comum de todas
as empresas deste grupo, havendo apenas a vinculação ao valor do capital social de cada empresa.
(B) a empresa principal será responsável subsidiária em relação às subordinadas em caso de formação de
grupo econômico para os efeitos da relação de emprego.
(C) caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores, as obrigações trabalhistas contraídas à época
em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida continuarão por conta desta empresa, não se
transferindo para a responsabilidade do sucessor.
(D) se uma ou mais empresas estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, de forma a
integrarem um grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da
relação de emprego.
(E) o sócio retirante responde subsidiariamente com os demais sócios quando ficar comprovada fraude na
alteração societária decorrente de modificação do contrato.
56. FCC/TRT-RN – Analista Judiciário–Área Judiciária - 2017
Considerando as diversas hipóteses de responsabilização pelos direitos trabalhistas dos empregados,
previstas em lei,
(A) o sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao
período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a
modificação do contrato, observada a ordem de preferência estabelecida em lei: a empresa devedora, os
sócios atuais e os sócios retirantes.
(B) as empresas integrantes do grupo econômico, por se caracterizarem como empregador único, com
interesses e atuação conjunta, têm responsabilidade solidária pelas obrigações decorrentes da relação de
emprego.
(C) a empresa contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas dos empregados da
contratada, desde que os serviços terceirizados sejam determinados e específicos.
(D) o sócio retirante responderá de forma exclusiva quando comprovada fraude na alteração societária para
sua saída, ainda que tenha havido a correta averbação da modificação do contrato.
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(E) a empresa sucedida responderá subsidiariamente com a empresa sucessora, quando ficar comprovada
fraude na transferência da empresa.
57. FCC/TST – Analista Judiciário–Área Administrativa - 2017
Os sócios das empresas Turismo Maravilha Ltda. e Festa de Arromba Promoções e Eventos Ltda. são os
mesmos. A primeira delas é sediada em Maceió e a segunda tem sede em Belo Horizonte, desenvolvendo
suas atividades exclusivamente nessas cidades. Em todos os eventos realizados pela Festa de Arromba são
sorteados pacotes turísticos da Turismo Maravilha, sendo esse o meio encontrado pelos sócios para o
desenvolvimento das atividades dessa última, que foi inaugurada há pouco tempo. Essa integração tem se
mostrado muito importante para o desenvolvimento da Turismo Maravilha, sendo os sorteios a única forma
de divulgação e publicidade da empresa. Em relação à situação descrita,
(A) as empresas não integram grupo econômico, tendo em vista que exercem atividades completamente
distintas, não havendo integração entre as mesmas, sendo que a mera identidade de sócios não é suficiente
para caracterizar grupo econômico.
(B) não há formação de grupo econômico pois, além das atividades das empresas serem completamente
distintas, as mesmas localizam-se em cidades diferentes, não havendo interesses integrados.
(C) embora as empresas tenham atividades distintas, a identidade de sócios, aliada ao interesse integrado, à
efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das mesmas, leva à caracterização do grupo
econômico.
(D) há formação de grupo econômico, tendo em vista que a simples existência de sócios em comum é fator
suficiente para tal caracterização.
(E) há formação de grupo econômico em razão da existência de sócios comuns e de interesses integrados,
sendo que as empresas são subsidiariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes da relação de
emprego.
58. FCC/TST – Analista Judiciário – Taquigrafia - 2017
Alberto e Ênio eram sócios do Auto Posto Viagem Tranquila Ltda., sendo que em 01/04/2015 Alberto vendeu
sua parte na sociedade para Leonor, tendo efetuado, nesta data, todas as alterações contratuais e registros
pertinentes, indo morar fora do país com a família. Ocorre que os sócios remanescentes passaram por
dificuldades financeiras e acabaram encerrando as atividades da empresa, sem pagar corretamente as
verbas rescisórias dos três frentistas empregados do Auto Posto, não possuindo mais nenhum patrimônio,
nem seus sócios, para saldar qualquer dívida da sociedade. Neste caso,
(A) Alberto responde solidariamente pelas obrigações trabalhistas do Auto Posto relativas ao período em
que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do
contrato.
(B) Alberto responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas do Auto Posto relativas ao período em
que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do
contrato.
(C) tendo em vista que a empresa não possui mais patrimônio, todos os sócios respondem pelas dívidas
trabalhistas, sem limite de tempo de retirada da sociedade, pois o crédito trabalhista possui natureza
alimentar.
(D) tendo em vista que a empresa não possui mais patrimônio, todos os sócios respondem pelas dívidas
trabalhistas, mas somente para ações ajuizadas até cinco anos depois de averbada a modificação do contrato
social.
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(E) Alberto não possui mais nenhuma responsabilidade após sua saída da sociedade, tendo em vista que
mudou-se do país.
59. CESPE/TRT-7 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2017
A empresa A adquiriu a empresa B, que pertencia ao mesmo grupo econômico da empresa C, a qual não foi
adquirida pela empresa A. Meses depois, a empresa A foi surpreendida com reclamação trabalhista de um
empregado da empresa C, o qual requereu a condenação solidária das empresas A e B sob o fundamento de
que, na época da compra da empresa B pela empresa A, a empresa C era reconhecidamente inidônea. Nessa
situação, o pedido de condenação está
A) correto, porque o simples fato de as empresas pertencerem ao mesmo grupo econômico é suficiente para
a condenação solidária em qualquer caso de sucessão trabalhista.
B) errado, porque a empresa C não foi adquirida pela empresa A, de modo que esta não responde pelos
débitos trabalhistas daquela.
C) correto, porque as empresas A e B são responsáveis solidariamente pelas condenações da empresa C face
à sucessão trabalhista operada.
D) errado, porque a única hipótese de condenação solidária na sucessão trabalhista seria diante da
comprovação de fraude na sucessão.
60. FCC/TRT24 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2017
Atenas foi empregada da empresa Delta Operadora Cambial que é dirigida, administrada e controlada pela
empresa Delta Empreendimentos S/A, situação esta que caracteriza a existência de grupo econômico para
fins trabalhistas. Após dois anos de contrato de trabalho Atenas foi dispensada sem justa causa, mas não
recebeu as verbas rescisórias devidas. Nessa situação, conforme previsão contida na Consolidação das Leis
do Trabalho, a responsabilidade pelo pagamento será
(A) das empresas Delta Operadora Cambial e Delta Empreendimentos S/A de forma solidária.
(B) da empresa empregadora Delta Operadora Cambial e subsidiariamente da empresa controladora Delta
Empreendimentos S/A.
(C) da empresa controladora Delta Empreendimentos S/A e subsidiariamente da empresa empregadora
Delta Operadora Cambial.
(D) apenas da empresa Delta Operadora Cambial porque era a efetiva empregadora.
(E) apenas a empresa Delta Empreendimentos S/A porque é a principal, que dirige, administra e controla.
61. FCC/TRT24 – Oficial de Justiça Avaliador Federal - 2017
Em razão de problemas de saúde os sócios proprietários da empresa Celestial Peças e Componentes
Eletrônicos transferiram todas as suas cotas sociais para seus sobrinhos. Houve alteração da razão social da
empresa, mas permaneceram explorando o mesmo ramo de atividades, sem alteração de endereço e com a
utilização dos mesmos maquinários e empregados. A situação caracterizou a sucessão de empregadores.
Nesse sentido, em relação aos contratos de trabalho dos empregados da empresa sucedida,
(A) as obrigações anteriores à alteração recairão sobre a empresa sucedida, e as posteriores sobre a
sucessora.
(B) as cláusulas e condições estabelecidas no contrato de trabalho deverão ser repactuadas entre os
empregados e o novo empregador, com participação do ente sindical.
(C) a mudança na propriedade da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.
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(D) a transferência de obrigações dependerá das condições em que a sucessão foi pactuada entre as partes.
(E) os contratos de trabalho serão extintos, devendo haver novos registros em carteira profissional em razão
das novas relações contratuais.
62. FCC/TRT20 – Oficial de Justiça Avaliador – 2016
A Rede de Drogarias Ômega sucedeu a Farmácia Delta por incorporação, ocupando o mesmo local, as
mesmas instalações e o fundo de comércio, mantendo ainda as mesmas atividades e empregados. Nessa
situação, os contratos de trabalho dos empregados da empresa sucedida
(A) permanecerão inalterados e seguirão seu curso normal, visto que as alterações na propriedade da
empresa não afetam os contratos de trabalho dos empregados nem os direitos adquiridos por eles.
(B) continuarão vigentes desde que as obrigações trabalhistas anteriores recaiam sobre a empresa sucedida,
e as posteriores sobre a sucessora.
(C) passarão por obrigatória repactuação com o novo empregador quanto às cláusulas e condições
estabelecidas originalmente.
(D) serão automaticamente extintos, fazendo surgir novas relações contratuais com a empresa sucessora.
(E) permanecem vigentes e inalterados pelo prazo de um ano, mas a transferência de obrigações trabalhistas
dependerá das condições em que a sucessão foi pactuada.
63. FCC/TRT20 – Oficial de Justiça Avaliador – 2016
Saturno firmou contrato de trabalho com a empresa Zetha Processamento de Dados que está sob a direção,
controle ou administração do Banco Zetha S/A. Durante três anos, Saturno trabalhou diretamente para a
empresa que o contratou, sendo transferido para o Banco Zetha, onde trabalhou por mais um ano, quando
foi dispensado, sem receber verbas rescisórias e outros títulos trabalhistas devidos. Nessa situação, a
responsabilidade em relação aos direitos trabalhistas de Saturno será
(A) apenas da empresa Zetha Processamento de Dados porque foi com esta firmado o contrato de trabalho,
ficando o Banco Zetha responsável subsidiário se participou da relação processual como reclamado na fase
de conhecimento.
(B) de ambas as empresas porque fazem parte do mesmo grupo econômico, ficando delimitada a
responsabilidade de cada empresa pelo período trabalhado pelo empregado.
(C) das duas empresas, sendo que o Banco Zetha será o responsável principal e a Zetha Processamento de
Dados responsável subsidiária porque o primeiro detém maior potencial econômico e é o controlador,
podendo responder apenas em fase de execução.
(D) apenas do Banco Zetha porque detém maior potencial econômico e é o controlador, não havendo assim
a formação de litisconsórcio passivo na ação trabalhista em qualquer fase processual.
(E) solidária das duas empresas em razão da existência de grupo econômico, não sendo necessária que a
ação seja movida em face de todas as empresas do grupo, podendo ser verificada a existência do grupo na
fase de execução.
64. CESPE/TRT8 – Analista Judiciário – Área Judiciária OJAF - 2016 (adaptada)
Assinale a opção correta de acordo com a legislação vigente e a jurisprudência do TST.
( ) O conceito de grupo econômico, por pressupor a existência de duas ou mais empresas, é incompatível
com a atividade e o meio rural.
65. CESPE/TRT8 – Analista Judiciário – Área Judiciária OJAF - 2016 (adaptada)
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(C) a existência de empresas com personalidade jurídica e direção diferentes, mas com unidade de objeto
social.
(D) a existência de previsão nos contratos sociais das empresas, pois a lei civil dispõe que a solidariedade
decorre da lei ou do contrato.
(E) acordo entre empregado e o empregador, não bastando a simples configuração de grupo de
empregadores.
70. FCC/TRT2 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2014
Considere as assertivas:
I. As instituições beneficentes, para os efeitos da relação de emprego, são equiparadas ao empregador
quando admitirem trabalhadores como empregados.
II. Não há solidariedade pelas obrigações trabalhistas entre as empresas de um grupo econômico quando
cada qual é dotada de personalidade jurídica própria.
III. Embora o empregado doméstico não desempenhe atividade econômica, diversos direitos atribuídos aos
trabalhadores urbanos são garantidos aos trabalhadores domésticos, como, por exemplo, férias, 13º salário,
aviso-prévio.
IV. O trabalho temporário difere da relação de emprego por ser exercido sem subordinação e sem
onerosidade.
V. O constituinte assegurou aos empregados rurais os mesmos direitos dos empregados urbanos.
Está correto o que consta APENAS em
(A) II, III e IV.
(B) III, IV e V.
(C) II e IV.
(D) I, II, III e IV.
(E) I, III e V.
71. FCC/TRT5 – Oficial de Justiça Avaliador Federal - 2013
O empregador é um dos sujeitos da relação de emprego, com definição legal contida na Consolidação das
Leis do Trabalho. Sobre tal figura do contrato de trabalho é correto afirmar que
(A) havendo formação de grupo econômico, a responsabilidade da empresa controladora do grupo em
relação aos direitos trabalhistas de empregados das empresas subordinadas é subsidiária.
(B) em caso de sucessão de empregadores, os contratos de trabalho são interrompidos, iniciando-se novo
vínculo de emprego com os sucessores.
(C) o empregador deverá assumir, exclusivamente, todos os riscos da atividade econômica, não podendo
transferi-los aos empregados.
(D) tanto no caso de grupo econômico como em situação de sucessão de empregadores não incidirá
responsabilidade solidária ou subsidiária por débitos trabalhistas.
(E) as instituições de beneficência sem fins lucrativos, em nenhuma situação se equiparam ao empregador
para efeitos da relação de emprego.
72. FCC/TRT5 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2013
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Após trabalhar como empregada para a empresa Gama Marketing por dois anos, Minerva foi dispensada
sem justa causa e não recebeu verbas rescisórias. Em reclamação trabalhista Minerva acionou duas
empresas, a sua empregadora Gama Marketing e a empresa controladora do grupo econômico Gama
Participações, sendo que essa última,
(A) não responderá por não ter sido empregadora da reclamante.
(B) responderá de forma subsidiária se houver previsão contratual nesse sentido.
(C) responderá subsidiariamente somente se for decretada falência da empresa empregadora.
(D) será responsável solidariamente por força de disposição legal.
(E) responderá solidariamente ou subsidiariamente apenas por metade das verbas rescisórias.
73. FCC/TRT1 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2013
Em relação ao contrato individual de trabalho, de acordo com a CLT:
(A) A mudança na propriedade da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos
empregados.
(B) A alteração na estrutura jurídica da empresa afetará os contratos de trabalho dos respectivos
empregados.
(C) A alteração na estrutura jurídica da empresa afetará os direitos adquiridos por seus empregados.
(D) A responsabilidade das empresas integrantes de grupo econômico em relação aos direitos dos
empregados é subsidiária.
(E) Poderá ser solidária ou subsidiária a responsabilidade das empresas integrantes de grupo econômico não
formalizado nos termos da lei, pelos direitos dos empregados.
74. FCC/TRT12 – Analista Judiciário – Oficial Avaliador Federal - 2013
Afrodite foi empregada da empresa "Alfa Seguradora" por dois anos, sendo dispensada sem receber
nenhuma verba rescisória. Ingressou com uma reclamação trabalhista acionando a sua empregadora e a
empresa "Alfa Banco de Investimentos", que é empresa controladora do grupo econômico. Nessa situação:
(A) não há responsabilidade da empresa controladora porque não foi empregadora de Afrodite.
(B) haverá responsabilidade subsidiária da controladora pelos débitos trabalhistas das empresas do grupo
econômico.
(C) a Consolidação das Leis do Trabalho não possui regra própria para regular a situação, portanto, não
haverá responsabilidade de empresa distinta.
(D) a responsabilidade da empresa do grupo econômico é solidária, conforme previsão expressa da
Consolidação das Leis do Trabalho.
(E) somente haveria responsabilidade solidária ou subsidiária por parte da empresa controladora do grupo
em caso de decretação de falência da empresa controlada.
75. FCC/TRT15 – Analista Judiciário – Oficial Avaliador - 2013
Regis é empregado da empresa “FGF Ltda.”. Regis presta serviços, durante a mesma jornada de trabalho,
para a empresa empregadora e para a empresa “FTT Ltda.”, empresa esta pertencente ao mesmo grupo
econômico da empresa “FGF Ltda.”.
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De acordo com entendimento sumulado do Tribunal Superior do Trabalho, em regra, a prestação de serviços
de Regis para a empresa “FGF Ltda.” e para a empresa “FTT Ltda.”, durante a mesma jornada de trabalho,
(A) só configura a coexistência de dois contratos de
trabalho, se Regis trabalhar mais de vinte e cinco horas semanais para a empresa “FTT Ltda”, havendo
controle de horário.
(B) caracteriza a coexistência de dois contratos de trabalho em razão da simultaneidade na prestação de
serviços.
(C) só caracteriza a coexistência de dois contratos de trabalho, se Regis trabalhar mais de vinte horas
semanais para a empresa “FTT Ltda”, havendo controle de horário.
(D) não configura a coexistência de dois contratos de trabalho.
(E) só configura a coexistência de dois contratos de trabalho, se Regis receber ordens direta de superior
hierárquico contratado pela empresa “FTT Ltda”, bem como houver controle de horário.
76. FCC/TRT18 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2013
Diana trabalhou por dois anos para a empresa Delta Administradora de Créditos, controlada e administrada
pelo Banco Delta, formando grupo econômico. Houve a dispensa sem justa causa e a empregada não recebeu
as verbas rescisórias devidas.
Nessa situação, quanto à dívida trabalhista é correto afirmar que
(A) a CLT não prevê nenhum tipo de responsabilidade de empresas que pertençam ao mesmo grupo
econômico por débitos trabalhistas, ficando a critério do juiz a aplicação de normas do direito comum.
(B) a empresa Delta Administradora de Crédito será a única responsável pelo pagamento por ser a real
empregadora de Diana.
(C) o Banco Delta somente responderá pelo débito de forma subsidiária, caso ocorra a falência da empresa
Delta Administradora de Créditos.
(D) o Banco Delta responderá solidariamente em razão da formação do grupo econômico por expressa
determinação da CLT.
(E) a responsabilidade do Banco Delta será subsidiária por determinação prevista na CLT, após esgotado o
patrimônio da empresa Delta Administradora de Créditos.
77. FCC/TRT18 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2013
A Consolidação das Leis do Trabalho apresenta normas que regulam os sujeitos do contrato individual de
trabalho, conceituando e caracterizando o empregado e o empregador.
Segundo essas normas, é INCORRETO afirmar:
(A) A empresa principal será responsável subsidiária em relação às subordinadas, em caso de formação de
grupo econômico para os efeitos da relação de emprego.
(B) O empregador assume os riscos da atividade econômica, admitindo, assalariando e dirigindo a prestação
pessoal dos serviços do empregado.
(C) O empregado é a pessoa física que presta serviços de natureza não eventual, sob a dependência do
empregador que lhe remunera.
(D) O empregador não poderá fazer distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador,
nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual.
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(E) As alterações na estrutura jurídica da empresa, como, por exemplo, a mudança do quadro societário, não
afetarão os direitos adquiridos por seus empregados.
78. FCC/TRT18 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2013
O empregado que não recebe os salários da empresa empregadora poderá pleitear o pagamento por parte
de outra empresa que pertença ao mesmo grupo econômico de sua empregadora, embora não tenha
prestado serviços a essa empresa?
(A) Não, porque o empregado não prestou serviços para a outra empresa do grupo econômico.
(B) Sim, desde que essa responsabilidade esteja expressamente prevista no contrato de trabalho.
(C) Não, visto que são empresas com personalidade jurídica própria, não havendo previsão legal para tal
responsabilidade.
(D) Sim, respondendo a empresa do grupo de forma solidária, por força de dispositivo legal trabalhista.
(E) Sim, havendo apenas a responsabilidade subsidiária da empresa do grupo que não foi empregadora.
79. FCC/TRT6 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2012
Por razões de interesse econômico, os proprietários da empresa Tetra Serviços Ltda. transferiram o negócio
para terceiros.
Houve alteração da razão social, mas não ocorreu alteração de endereço, do ramo de atividades, nem de
equipamentos.
Manteve-se o mesmo quadro de empregados. Tal situação caracterizou a sucessão de empregadores. Neste
caso, quanto aos contratos de trabalho dos empregados da empresa sucedida,
(A) os contratos de trabalho se manterão inalterados e seguirão seu curso normal.
(B) a transferência de obrigações depende das condições em que a sucessão foi pactuada.
(C) as obrigações anteriores recairão sobre a empresa sucedida, e as posteriores sobre a sucessora.
(D) todas as cláusulas e condições estabelecidas no contrato de trabalho deverão ser repactuadas entre os
empregados e o novo empregador.
(E) serão automaticamente extintos, fazendo surgir novas relações contratuais.
80. FCC/TRT11 – Analista Judiciário – Área Execução de Mandados - 2012
A empresa Gama foi sucedida pela empresa Delta, ocupando o mesmo local, utilizando as mesmas
instalações e fundo de comércio, assim como mantendo as mesmas atividades e empregados. Em relação
aos contratos de trabalho dos empregados da empresa sucedida é correto afirmar que
(A) serão automaticamente extintos, fazendo surgir novas relações contratuais.
(B) as obrigações anteriores recairão sobre a empresa sucedida, e as posteriores sobre a sucessora.
(C) as cláusulas e condições estabelecidas no contrato de trabalho serão obrigatoriamente repactuadas entre
os empregados e o novo empregador individual.
(D) a transferência de obrigações trabalhistas dependerá das condições em que a sucessão foi pactuada.
(E) os contratos se manterão inalterados e seguirão seu curso normal.
81. FCC/TST – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2012
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Durante três anos Thor foi empregado da empresa Ajax Manutenção Industrial, que faz parte do grupo
econômico Ajax, constituído por quatro empresas. Em razão de problemas financeiros, Thor foi dispensado
sem justa causa. Não houve pagamento de verbas rescisórias. Nesta situação, caberia algum tipo de
responsabilidade para as demais empresas do grupo Ajax?
(A) Depende da existência de contrato firmado entre as empresas do grupo prevendo a responsabilidade
solidária, visto que Thor não prestou serviços para todas as empresas do grupo.
(B) Sim, sendo qualquer uma das empresas do grupo responsável subsidiária pelas dívidas trabalhistas da
outra empresa.
(C) Não, porque cada empresa do grupo possui personalidade jurídica própria e responde apenas por dívidas
com seus próprios empregados.
(D) Sim, porque havendo a constituição de grupo econômico serão, para efeitos da relação de emprego,
solidariamente responsáveis as empresas do grupo.
(E) Não, porque não há previsão legal para responsabilidade patrimonial de empresas que pertençam ao
mesmo grupo econômico, sendo que entre os sócios haverá responsabilidade subsidiária.
82. FCC/TRT11 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2012
No grupo econômico entre empresas, apenas a empresa principal, que empregou o trabalhador, responderá
por seus direitos trabalhistas, não havendo qualquer responsabilidade das demais empresas subordinadas.
83. FCC/TRT24 – Analista Judiciário – Área Execução de Mandados - 2011
Considere as seguintes assertivas a respeito do Grupo Econômico:
I. O Grupo econômico, para fins trabalhistas, necessita de prova cabal de sua formal institucionalização
cartorial, tal como holdings, consórcios, pools etc.
II. As associações, entidades beneficentes e sindicatos podem ser considerados como grupo de empresas, se
presentes os requisitos legais.
III. Cada empresa do grupo é autônoma em relação às demais, mas o empregador real é o próprio grupo.
IV. Nada impede que a admissão do empregado seja feita em nome de uma empresa do grupo e a baixa em
nome de outra.
Está correto o que consta APENAS em
(A) I, III e IV.
(B) I, II e III.
(C) II, III e IV.
(D) I e IV.
(E) III e IV.
84. FCC/TRT22 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2010
Joana presta serviços na qualidade de empregada para mais de uma empresa do mesmo grupo econômico,
durante a mesma jornada de trabalho. Neste caso, salvo ajuste em contrário,
(A) não está caracterizada a coexistência de mais de um contrato de trabalho.
(B) está caracterizada a existência de mais de um contrato de trabalho, limitado em três, tendo em vista que
as empresas possuem personalidades jurídicas distintas.
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(C) está caracterizada a existência de mais de um contrato de trabalho, limitado em dois, tendo em vista que
as empresas possuem personalidades jurídicas distintas.
(D) está caracterizada a existência de mais de um contrato de trabalho, sem limitação, em razão da prestação
de serviços acontecer durante a mesma jornada de trabalho.
(E) está caracterizada a existência de mais de um contrato de trabalho, sem limitação, tendo em vista que as
empresas possuem personalidades jurídicas distintas.
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GABARITO
1. E 29. E 57. C
2. A 30. D 58. B
3. C 31. A 59. C
4. E 32. E 60. A
5. A 33. E 61. C
6. A 34. C 62. A
7. D 35. D 63. E
8. A 36. D 64. E
9. E 37. C 65. E
10. D 38. B 66. E
11. A 39. E 67. E
12. C 40. E 68. B
13. A 41. C 69. B
14. E 42. B 70. E
15. C 43. D 71. C
16. ANU 44. C 72. D
17. D 45. A 73. A
18. B 46. E 74. D
19. A 47. A 75. D
20. C 48. E 76. D
21. A 49. E 77. A
22. D 50. D 78. D
23. A 51. E 79. A
24. E 52. D 80. E
25. C 53. D 81. D
26. D 54. A 82. E
27. C 55. D 83. E
28. D 56. A 84. A
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RESUMO
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CLT, art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza
não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
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CONCLUSÃO
Bom pessoal,
Estamos chegando ao final de nossa aula, imaginamos que tenha sido produtiva. Os assuntos “relação de
emprego, empregado e empregador” são recorrentes em prova, e há grandes chances de ser explorado.
Também é importante decorar as disposições dos artigos 2º (e §§), 3º e 6º da CLT. Esperamos que tenham
gostado da aula, e se surgir alguma dúvida quanto ao assunto apresentado, estamos à disposição para
auxiliá-los (as).
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CF/88
CF/88, art. 7º, parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os
direitos previstos nos incisos IV, VI, VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI e XXIV, bem como a sua integração
à previdência social.
CF/88, art. 7º, parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os
direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI,
XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do
cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de
trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a
sua integração à previdência social.
CF/88, art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
(...)
CLT
CLT, art. 2º, § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou
ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão
responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego.
§ 3º Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a
configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses
e a atuação conjunta das empresas dele integrantes.
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Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não
eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
Art. 7º Os preceitos constantes da presente Consolidação salvo quando for em cada caso,
expressamente determinado em contrário, não se aplicam:
a) aos empregados domésticos, assim considerados, de um modo geral, os que prestam serviços
de natureza não-econômica à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas;
b) aos trabalhadores rurais, assim considerados aqueles que, exercendo funções diretamente
ligadas à agricultura e à pecuária, não sejam empregados em atividades que, pelos métodos de
execução dos respectivos trabalhos ou pela finalidade de suas operações, se classifiquem como
industriais ou comerciais;
c) aos funcionários públicos da União, dos Estados e dos Municípios e aos respectivos
extranumerários em serviço nas próprias repartições;
d) aos servidores de autarquias paraestatais, desde que sujeitos a regime próprio de proteção ao
trabalho que lhes assegure situação análoga à dos funcionários públicos.
(..)
Art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou
fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação.
Art. 10 - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos
por seus empregados.
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CLT, art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da
sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois
anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência:
I - a empresa devedora;
II - os sócios atuais; e
CLT, art. 10-A, parágrafo único. O sócio retirante responderá solidariamente com os demais
quando ficar comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato.
Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo [Da Duração do Trabalho]:
(...)
Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados mencionados
no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação
de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta
por cento).
CLT, art. 75-B. Considera-se teletrabalho a prestação de serviços preponderantemente fora das
dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação
que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo.
Art. 75-B. Considera-se teletrabalho ou trabalho remoto a prestação de serviços fora das
dependências do empregador, de maneira preponderante ou não, com a utilização de tecnologias
de informação e de comunicação, que, por sua natureza, não se configure como trabalho externo.
(Medida Provisória 1.108, de 2022)
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Art. 224 - § 2º - As disposições deste artigo [duração do trabalho] não se aplicam aos que exercem
funções de direção, gerência, fiscalização, chefia e equivalentes, ou que desempenhem outros
cargos de confiança, desde que o valor da gratificação não seja inferior a 1/3 (um terço) do salário
do cargo efetivo.
Art. 428. Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por
prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 (quatorze)
e menor de 24 (vinte e quatro) anos inscrito em programa de aprendizagem formação técnico-
profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o
aprendiz, a executar com zelo e diligência as tarefas necessárias a essa formação.
§ 2o Ao aprendiz, salvo condição mais favorável, será garantido o salário mínimo hora.
§ 3o O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, exceto
quando se tratar de aprendiz portador de deficiência.
§ 3º O contrato de aprendizagem profissional não poderá ter duração superior a três anos,
exceto: (Redação dada pela Medida Provisória nº 1.116, de 2022)
I - quando se tratar de pessoa com deficiência, hipótese em que não há limite máximo de prazo;
(Incluído pela Medida Provisória nº 1.116, de 2022)
II - quando o aprendiz for contratado com idade entre quatorze e quinze anos incompletos,
hipótese em que poderá ter seu contrato firmado pelo prazo de até quatro anos; ou (Incluído
pela Medida Provisória nº 1.116, de 2022)
III - quando o aprendiz se enquadrar nas situações previstas no § 5º do art. 429, hipótese em que
poderá ter seu contrato firmado pelo prazo de até quatro anos. (Incluído pela Medida Provisória
nº 1.116, de 2022)
§ 5o A idade máxima prevista no caput deste artigo não se aplica a aprendizes portadores de
deficiência.
§ 5º A idade máxima prevista no caput não se aplica: (Redação dada pela Medida Provisória
nº 1.116, de 2022)
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I - a pessoas com deficiência, que poderão ser contratadas como aprendizes em qualquer idade a
partir de quatorze anos; ou (Incluído pela Medida Provisória nº 1.116, de 2022)
§ 7o Nas localidades onde não houver oferta de ensino médio para o cumprimento do disposto
no § 1o deste artigo, a contratação do aprendiz poderá ocorrer sem a freqüência à escola, desde
que ele já tenha concluído o ensino fundamental.
CLT, art. 428, § 8º Para o aprendiz com deficiência com 18 (dezoito) anos ou mais, a validade do
contrato de aprendizagem pressupõe anotação na CTPS e matrícula e frequência em programa
de aprendizagem desenvolvido sob orientação de entidade qualificada em formação técnico-
profissional metódica.
Art. 429. Os estabelecimentos de qualquer natureza são obrigados a empregar e matricular nos
cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem número de aprendizes equivalente a cinco por
cento, no mínimo, e quinze por cento, no máximo, dos trabalhadores existentes em cada
estabelecimento, cujas funções demandem formação profissional.
§ 1o-A. O limite fixado neste artigo não se aplica quando o empregador for entidade sem fins
lucrativos, que tenha por objetivo a educação profissional.
CLT, art. 429, § 1º-B Os estabelecimentos a que se refere o caput poderão destinar o equivalente
a até 10% (dez por cento) de sua cota de aprendizes à formação técnico-profissional metódica
em áreas relacionadas a práticas de atividades desportivas, à prestação de serviços relacionados
à infraestrutura, incluindo as atividades de construção, ampliação, recuperação e manutenção
de instalações esportivas e à organização e promoção de eventos esportivos.
Art. 432. A duração do trabalho do aprendiz não excederá de seis horas diárias, sendo vedadas a
prorrogação e a compensação de jornada.
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§ 1o O limite previsto neste artigo poderá ser de até oito horas diárias para os aprendizes que já
tiverem completado o ensino fundamental, se nelas forem computadas as horas destinadas à
aprendizagem teórica.
§ 3º O limite previsto neste artigo poderá ser de até oito horas diárias para os aprendizes que já
tiverem completado o ensino médio. (Incluído pela Medida Provisória nº 1.116, de 2022)
IV – a pedido do aprendiz.
§ 2o Não se aplica o disposto nos arts. 479 e 480 desta Consolidação às hipóteses de extinção do
contrato mencionadas neste artigo.
CLT, art. 442, parágrafo único - Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa,
não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de
serviços daquela.
CLT, art. 442-B. A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais,
com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado prevista
no art. 3º desta Consolidação [requisitos da relação de emprego].
CLT, art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10
e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os
empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor.
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CLT, art. 448-A, parágrafo único. A empresa sucedida responderá solidariamente com a
sucessora quando ficar comprovada fraude na transferência.
Art. 469 - Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade
diversa da que resultar do contrato (...)
§ 1º - Não estão compreendidos na proibição deste artigo: os empregados que exerçam cargo de
confiança (...).
Legislação específica
Lei 5.889/73, art. 2º Empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio
rústico, presta serviços de natureza não eventual a empregador rural, sob a dependência deste e
mediante salário.
Lei 5.889/73, art. 3º - Considera-se empregador rural, para os efeitos desta Lei, a pessoa física ou
jurídica, proprietário ou não, que explore atividade agro-econômica, em caráter permanente ou
temporário, diretamente ou através de prepostos e com auxílio de empregados.
Lei 5.889/73, art. 3º, § 2º Sempre que uma ou mais empresas, embora tendo cada uma delas
personalidade jurídica própria, estiverem sob direção, controle ou administração de outra, ou
ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico ou
financeiro rural, serão responsáveis solidariamente nas obrigações decorrentes da relação de
emprego.
Lei 5.889/73, art. 4º - Equipara-se ao empregador rural, a pessoa física ou jurídica que,
habitualmente, em caráter profissional, e por conta de terceiros, execute serviços de natureza
agrária, mediante utilização do trabalho de outrem.
Lei 9.962/00, art. 1º O pessoal admitido para emprego público na Administração federal direta,
autárquica e fundacional terá sua relação de trabalho regida pela Consolidação das Leis do
Trabalho (...) e legislação trabalhista correlata, naquilo que a lei não dispuser em contrário.
Lei 11.101/05, art. 141, II – o objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e não haverá
sucessão do arrematante nas obrigações do devedor, inclusive as de natureza tributária, as
derivadas da legislação do trabalho e as decorrentes de acidentes de trabalho.
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Lei 11.101/05, art. 141, § 2º Empregados do devedor contratados pelo arrematante serão
admitidos mediante novos contratos de trabalho e o arrematante não responde por obrigações
decorrentes do contrato anterior.
Lei 11.101/05, art. 161, §1º Estão sujeitos à recuperação extrajudicial todos os créditos existentes
na data do pedido, exceto os créditos de natureza tributária e aqueles previstos no § 3º do art.
49 e no inciso II do caput do art. 86 desta Lei, e a sujeição dos créditos de natureza trabalhista e
por acidentes de trabalho exige negociação coletiva com o sindicato da respectiva categoria
profissional (N.R.)
Lei 11.788/08, art. 3º O estágio (...) não cria vínculo empregatício de qualquer natureza,
observados os seguintes requisitos:
Lei 11.788/08, art. 5º As instituições de ensino e as partes cedentes de estágio podem, a seu
critério, recorrer a serviços de agentes de integração públicos e privados, mediante condições
acordadas em instrumento jurídico apropriado, devendo ser observada, no caso de contratação
com recursos públicos, a legislação que estabelece as normas gerais de licitação.
V – cadastrar os estudantes.
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Lei 11.788/08, art. 13 É assegurado ao estagiário, sempre que o estágio tenha duração igual ou
superior a 1 (um) ano, período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado preferencialmente
durante suas férias escolares.
Lei 11.788/08, art. 15. A manutenção de estagiários em desconformidade com esta Lei
caracteriza vínculo de emprego do educando com a parte concedente do estágio para todos os
fins da legislação trabalhista e previdenciária.
Lei 11.788/08, art. 1º, § 2º O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade
profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a
vida cidadã e para o trabalho.
Lei 12.815/2013, art. 32. Os operadores portuários devem constituir em cada porto organizado
um órgão de gestão de mão de obra do trabalho portuário, destinado a: (..)
Lei 9.608/98, art. 1º Considera-se serviço voluntário, para os fins desta Lei, a atividade não
remunerada prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza ou a instituição
privada de fins não lucrativos que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos,
recreativos ou de assistência à pessoa.
Decreto 9.579/2018, Art. 51. Estabelecimentos de qualquer natureza são obrigados a empregar
e matricular nos cursos oferecidos pelos serviços nacionais de aprendizagem o número de
aprendizes equivalente a cinco por cento, no mínimo, e quinze por cento, no máximo, dos
trabalhadores existentes em cada estabelecimento cujas funções demandem formação
profissional.
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§ 2º Para fins do disposto neste Capítulo, considera-se estabelecimento todo complexo de bens
organizado para o exercício de atividade econômica ou social do empregador, que se submeta ao
regime da CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1943.
Art. 52. Para a definição das funções que demandem formação profissional, deverá ser
considerada a Classificação Brasileira de Ocupações do Ministério do Trabalho.
§ 1º Ficam excluídas da definição a que se refere o caput as funções que demandem, para o seu
exercício, habilitação profissional de nível técnico ou superior, ou, ainda, as funções que estejam
caracterizadas como cargos de direção, de gerência ou de confiança, nos termos do disposto no
inciso II do caput e no parágrafo único do art. 62 e no § 2º do art. 224 da CLT, aprovada pelo
Decreto-Lei nº 5.452, de 1943.
§ 2º Deverão ser incluídas na base de cálculo todas as funções que demandem formação
profissional, independentemente de serem proibidas para menores de dezoito anos.
Lei 6.019/74, art. 2º - Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física contratada por
uma empresa de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de
serviços, para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à
demanda complementar de serviços.
Lei 6.019/74, art. 4o Empresa de trabalho temporário é a pessoa jurídica, devidamente registrada
no Ministério do Trabalho, responsável pela colocação de trabalhadores à disposição de outras
empresas temporariamente.
Lei 8.666/93, art. 71. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários,
fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato.
Lei 12.592/2012, art. 1º-A Os salões de beleza poderão celebrar contratos de parceria, por escrito,
nos termos definidos nesta Lei, com os profissionais que desempenham as atividades de
Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista, Manicure, Pedicure, Depilador e Maquiador.
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§ 8o O contrato de parceria de que trata esta Lei será firmado entre as partes, mediante ato
escrito, homologado pelo sindicato da categoria profissional e laboral e, na ausência desses, pelo
órgão local competente do Ministério do Trabalho e Emprego, perante duas testemunhas.
§ 9o O profissional-parceiro, mesmo que inscrito como pessoa jurídica, será assistido pelo seu
sindicato de categoria profissional e, na ausência deste, pelo órgão local competente do
Ministério do Trabalho e Emprego.
§ 10. São cláusulas obrigatórias do contrato de parceria, de que trata esta Lei, as que
estabeleçam:
I - percentual das retenções pelo salão-parceiro dos valores recebidos por cada serviço prestado
pelo profissional-parceiro;
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TST
A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma
jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo
ajuste em contrário.
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O empregado eleito para ocupar cargo de diretor tem o respectivo contrato de trabalho suspenso,
não se computando o tempo de serviço desse período, salvo se permanecer a subordinação
jurídica inerente à relação de emprego.
Convalidam-se os efeitos do contrato de trabalho que, considerado nulo por ausência de concurso
público, quando celebrado originalmente com ente da Administração Pública Indireta, continua
a existir após a sua privatização.
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