Você está na página 1de 34

Administração de

Materiais
Unidade II
Armazenagem e Localização de Materiais
Diretor Executivo
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico
TIAGO DA ROCHA
Autor
GUSTAVO SILVA 0LIVEIRA
O AUTOR
Gustavo Silva 0liveira
Olá. Meu nome é Gustavo Silva 0liveira. Sou Engenheiro Florestal
formado na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Mestre em
Engenharia Florestal pela Universidade do Estado de Santa Catarina
(UDESC) e atualmente Doutorando do Programa de Pós-graduação em
Engenharia Florestal na Universidade Federal do Paraná (UFPR) nas áreas
de Economia, Política e Administração Florestal. Possuo experiência
como tutor científico no Programa de Educação Continuada em Ciências
Agrárias da Universidade Federal do Paraná (PECCA/UFPR).

Amo minha profissão, meu trabalho e adoro transmitir meus


conhecimentos e as experiências que tive ao longo da minha carreira.
É uma grande satisfação poder contribuir na formação de pessoas que
estão em busca de um futuro melhor e que almejam ser excelentes
profissionais em um futuro bem próximo. Desse modo, fui convidado pela
“Editora Telesapiens” a compor seu corpo docente e seu elenco de autores
independentes. É com grande satisfação que quero colaborar com você
nesta etapa de estudo e trabalho. Estou aqui para o que precisarem!
Contem com a minha ajuda.

Vamos mergulhar nesse universo!


ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez
que:

INTRODUÇÃO: DEFINIÇÃO:
para o início do houver necessidade
desenvolvimento de de se apresentar um
uma nova compe- novo conceito;
tência;

NOTA: IMPORTANTE:
quando forem as observações
necessários obser- escritas tiveram que
vações ou comple- ser priorizadas para
mentações para o você;
seu conhecimento;
EXPLICANDO VOCÊ SABIA?
MELHOR: curiosidades e
algo precisa ser indagações lúdicas
melhor explicado ou sobre o tema em
detalhado; estudo, se forem
necessárias;
SAIBA MAIS: REFLITA:
textos, referências se houver a neces-
bibliográficas e links sidade de chamar a
para aprofundamen- atenção sobre algo
to do seu conheci- a ser refletido ou dis-
mento; cutido sobre;
ACESSE: RESUMINDO:
se for preciso aces- quando for preciso
sar um ou mais sites se fazer um resumo
para fazer download, acumulativo das últi-
assistir vídeos, ler mas abordagens;
textos, ouvir podcast;
ATIVIDADES: TESTANDO:
quando alguma quando o desen-
atividade de au- volvimento de uma
toaprendizagem for competência for
aplicada; concluído e questões
forem explicadas;
SUMÁRIO
Localização, classificação e codificação de materiais.................12
Localização de materiais ........................................................................................................... 14

Classificação e codificação de materiais ....................................................................... 15

Inventário físico e embalagem ..............................................................17


Inventário Físico................................................................................................................................. 17

Inventário rotativo ........................................................................................................ 18

Inventário periódico .................................................................................................. 18

Preparação e planejamento para o inventário ....................................... 18

Embalagem ......................................................................................................................................... 19

Tipos de embalagens .............................................................................................. 20

Fechamento de embalagens ..............................................................................23

Estocagem de materiais .......................................................................... 24


Carga Unitária ....................................................................................................................................24

Paletização ..........................................................................................................................................25

Conservação .......................................................................................................................................26

Demais técnicas de estocagem ..........................................................................................27

Equipamentos de movimentação......................................................... 29
Sistemas de transportadores contínuos.........................................................................29

Manuseio de áreas restritas..................................................................................................... 30

Sistemas para pontos sem limites fixos........................................................................... 31

Seleção de equipamentos.....................................................................................33
Administração de Materiais 7

02
UNIDADE
8 Administração de Materiais

INTRODUÇÃO
A produtividade nas indústrias está diretamente relacionada
à escolha dos equipamentos de movimentação e aos sistemas de
armazenagem. Para a eficaz condução dos armazéns (almoxarifado ou
depósito) é importante atentar para as condições de transporte, carga e
descarga dos materiais. Neste sentido, os métodos para estocagem de
produtos em fase de processamento, produtos finalizados e matéria-
prima devem corresponder às expectativas de baixos custos e alta
qualidade. Outro fator de suma importância é a atenuação de acidentes
de trabalho e não conformidades administrativas, além da conservação
dos equipamentos. Cabe ressaltar que quanto maior a organização
mais complexa se torna a gestão nos armazéns e condução correta dos
estoques. Assim, a tomada de decisão assertiva na armazenagem de
materiais, permite as empresas ter vantagem competitiva em virtude da
agilidade e efetividade em seus processos produtivos, que atende os
clientes dentro do prazo e com possibilidade baixa de erros. Diante do
exposto, os sistemas de armazenagem e a seleção dos equipamentos de
movimentação corrobora com a otimização dos materiais e movimentação
nos estoques. Além do mais, evita a perdas de itens, reduz as perdas no
processo, evita extravios e, consequentemente, reflete nos custos dos
produtos em processamento e acabados. Ansioso? Nesta unidade você
vai se aprofundas nestas questões do ambiente empresarial. Preparados?
Vamos lá.
Administração de Materiais 9

OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 2. Nosso propósito é auxiliar
você no desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o
término desta etapa de estudos:

1. CLocalizar, classificar e codificar materiais para organizar o sistema


de armazenagem e recuperação de materiais;

2. Aplicar as metodologias e procedimentos de inventário físico e


embalagem;

3. Empregar técnicas, ferramentas e equipamentos na estocagem


de materiais;

4. Identificar e os equipamentos mais utilizados no processo de ar-


mazenagem e movimentação de materiais. 

Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento?


Ao trabalho!
10 Administração de Materiais

Localização, classificação e codificação


de materiais

INTRODUÇÃO:

Ao término deste capítulo você será capaz de entender


como funciona e são estabelecidos os meios necessários
para a perfeita identificação da localização dos materiais
estocados sob a responsabilidade do almoxarifado, além
dos procedimentos para catalogar, simplificar, especificar,
normalizar, padronizar e codificar todos os materiais compo-
nentes do estoque da empresa. E então? Motivado para
desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!

O processo de armazenagem contribui diretamente com a


atenuação de custos que venham ocorrer nas atividades, além de
corroborar com a qualidade dos produtos fabricados e potencializar
os processos produtivos. Esse resultado ocorre em virtude da matéria-
prima, dos materiais que serão utilizados na fase de processamento e,
dos produtos finalizados, para que fiquem estocados por meio de um
método adequado. Outros pontos consideráveis são: o melhor uso dos
equipamentos da empresa e, a redução das não conformidades na parte
administrativa e prática.

Nesse contexto, é fundamental que a gestão de armazenagem


ocorra de maneira eficiente, para atenuar os custos e maximização de
qualidade nos atendimentos dos clientes internos da organização.

Entende-se por armazenagem, depósito ou almoxarifado como o


local destinado a movimentação ou transporte interno de cargas.

O principal objetivo da armazenagem é a distribuição e raciona-


lização de fluxos de materiais, que colabora com a utilização das
instalações e equipamentos para movimentação de itens diversos. Sendo
assim, as atividades de armazenagem devem utilizar o ambiente de
maneira eficiente, para propiciar a movimentação instantânea, de forma
rápida e correta.
Administração de Materiais 11

Figura 1: Almoxarifado industrial

Fonte: Pixabay

O armazenamento de materiais é uma atividade de planejamento e


organização com o intuito de manter e a acomodar de maneira correta os
materiais, para conduzir as situações de uso até necessidade da empresa.
Resumidamente, o objetivo desta atividade compreende o uso racional
do material e com custos baixos
Figura 2: Atividades básicas na gestão de armazéns

Fonte: Elaborada pelo autor


12 Administração de Materiais

Localização de materiais
Nesse contexto, para que ocorra a localização correta dos materiais
estocados é necessário a criação de um sistema de localização gerido pela
equipe de armazenagem. Sendo assim, deve-se utilizar uma codificação
do ambiente de estocagem e cabe ao conjunto de símbolos apresentarem
informações de cada material, para permitir melhor movimentação.

Além disso, a responsabilidade do funcionamento eficiente dos


armazéns é do gestor de armazenagem, que possui atribuições para
manutenção de todo os sistemas de localização de materiais, com as
respectivas estruturas de identificação. Desse modo, a definição do local
apropriado para armazenagem deve considerar as questões a seguir:

• Quantidade de itens;

• Tempo de atendimento;

• Climáticas (umidade, sol, etc.);

• Resistência dos itens;

• Tipos de itens.

Atualmente nas organizações são abordados dois sistemas distintos


de localização de material, entre eles:

• Sistema de estocagem fixo (centralizado): Nesse sistema os


estoques ocorrem em apenas um lugar, que facilita o planejamento
e controle da produção. Entretanto, pode ocorrer dispêndios em
algumas áreas da armazenagem. A falta ou excesso de material é
característica da estocagem fixa, em função do grande fluxo de
entrada e saída de itens.

• Sistema de estocagem livre (descentralizado): esse sistema


tem a característica de não possuir local fixo, onde o estoque
dos materiais ocorre juntamente com os locais de utilização.
Sendo assim, permite uma entrega rápida e eficiente, com menor
burocratização. Em contrapartida apresenta certo risco de perdas
de material em estoque que só será percebido no momento do
inventário.
Administração de Materiais 13

Classificação e codificação de materiais


Nesse contexto, para ocorrer um controle correto dos estoques,
que visa uma eficiente operacionalização dos armazéns, é fundamental
que a organi-zação possua um sistema bem estruturado de classificação
de materiais.

A classificação de materiais é a atividade responsável por classificar


os itens de forma a ordená-los considerando fatores pré-determinados e
de semelhança.

Para que isso ocorra é necessário atender os objetivos de simplificar,


padronizar, catalogar, especificar, normalizar e codificar todos os itens do
estoque organizacional.

Desse modo, destaca-se que o objetivo de simplificar e especificar


andem juntos, para ocorrer uma descrição correta, que visa o atendimento
os responsáveis pelo fornecimento e o requisitante do material. Nas
demais etapas é observado as finalidades do material.

A normalização se ocupa da maneira de que como são utilizados


os materiais, tanto para o usuário como no armazém, para que possa
solicitar e atender os itens utilizando a mesma terminologia.

Destaca-se, que no momento de classificação, não deve ocorrer


em hipótese alguma qualquer desorganização, pois em alguns casos
os materiais podem apresentar grande semelhança, quanto as suas
características. Outro ponto a considerar é que a classificação deve ser
conduzida de forma, que os gêneros de itens ocupem as suas respectivas
destinações de local. Por exemplo, produtos com composição química ou
radiativa devem estar em locais distantes de produtos alimentícios.
Figura 3: Codificação de materiais

Fonte: Pixabay
14 Administração de Materiais

Para que a classificação seja adequada, deve-se representar um


agregado de informações suficientes com a utilização de números e
letras. Nos dias de hoje as organizações utilizam sistemas de codificação
decimais, alfabéticas e alfanuméricas.

O sistema decimal apresenta características simples e informações


incomensuráveis, o sistema alfabético utiliza várias letras (pouco utilizado
na atualidade) e o alfanumérico utiliza um conjunto de letras e números.

VOCÊ SABIA?

curiosidades e indagações lúdicas sobre o tema em estudo,


se forem necessárias.

Os sistemas de codificação devem apresentar algumas caracte-


rísticas, como:

• Simples: para criar facilidade na utilização;

• Conciso: apresentar uma digitação mínima;

• Preciso: deve possuir um código para cada item;

• Expansivo: apresentar abertura para entrada de novos materiais.

RESUMINDO:

Podemos compreender que o funcionamento da gestão


de arma-zenagem é deve ser feita de maneira eficiente,
para atenuação de custos e maximização de qualidade
nos atendimentos dos clientes internos da organização.
Portanto, a armazenagem funciona com a utilização das
instalações e equipamentos, por meio da distribuição e
racionalização de fluxos de materiais. Sendo assim, as
atividades de armazenagem devem seguir procedimentos
para catalogar, simplificar, especificar, normalizar, padro-
nizar e codificar todos os materiais componentes do
estoque da empresa, para utilizar o ambiente de maneira
eficiente e propiciar a movimentação instantânea, de forma
rápida e correta.
Administração de Materiais 15

Inventário físico e embalagem

INTRODUÇÃO:

Nesse item vamos abordar sobre as questões conceituais


do inventário físico, que visa aprimorar o conhecimento re-
lacionado a essa ferramenta de controle de estoque. Va-
mos estudar, também, sobre as embalagens que permitem
disponibilizar as mercadorias no tempo certo, nas condi-
ções adequadas ao menor custo possível, principalmente
na distribuição internacional. Preparados? Vamos lá!

Inventário Físico
Inventário físico é a conferência de itens no interior da organização,
por meio de contagem. É também uma verificação periódica das fichas
para controle contábil físico e financeiro do armazém.

Um dos principais pontos que as empresas devem atentar, é para a


precisão dos produtos nos estoques e que estes itens sejam registrados
de maneira correta em documentos para posterior conferência.

De acordo com Dias (2010) os gestores devem realizar a constante


verificação e contagens dos produtos armazenados nos estoques, que
considera os seguintes itens:

• Apuração do valor total do estoque (contábil) para efeito de


balanços ou balancetes;

• Discrepâncias em valor, entre o estoque físico e o registro de


estoque contábil;

• Discrepâncias em quantidade, entre o estoque físico e o registro


de estoque contábil.

Nesse contexto os inventários no ambiente da empresa, podem ser


classificados em dois tipos: rotativo e periódico.
16 Administração de Materiais

Inventário rotativo
Esse procedimento consiste em realizar o levantamento contínuo
dos produtos contidos no estoque ou que são distribuídos para uso. Nesse
tipo de inventário a grande vantagem é o fato de que não há a necessidade
de parar as atividades em função de cronogramas de trabalho.

Por meio desse inventário é possível programar todos os itens em


diversas categorias como: produtos acabados, em fase de processa-
mento, embalagens etc. De acordo com Dias (2010) os itens podem ser
divididos em três grandes grupos:

• Grupo 1: os materiais mais significativos que são inventariados três


vezes ao ano, por representarem maior valor em estoque e serem
estratégicos e imprescindíveis à produção.

• Grupo 2: produtos de atenção intermediária em relação ao valor de


estoque e estratégias e que são inventariados duas vezes ao ano.

• Grupo 3: nesse grupo estão contidos todos os outros produtos,


que são compostos por materiais que representam pequeno valor
monetário de estoque e são inventariados uma vez por ano.

Inventário periódico
A contagem do material é realizada no final de um período
determinado, que inclue todos os itens de estoque. As atividades contidas
neste tipo de inventário são de longa duração, em virtude do elevado
volume de itens. Quando estes procedimentos são finalizados, os dados
coletados são compilados e caracterizados de acordo com valor, estados
e local de uso.

Preparação e planejamento para o inventário


As organizações buscam constantemente realizar todas as ativida-
des conforme seu planejamento e para que isso ocorra, o inventário de
maneira adequada é indispensável para atender certas questões, como:

• Convocação: dimensionamento das equipes (reconhecedores e


revisores).
Administração de Materiais 17

• Cartão de inventário: em algumas empresas o registro é feito em


cartões com partes descartáveis ou em cores diferentes, com o
intuito de verificar diferenças entre estoques. Outras organizações
realizam o controle por meio de processamento de dados, e os
cartões podem ser preenchidos anteriormente. Nesses cartões
deve estar descrito os dados como: local, código, data etc.

• Organização física: quando for definido o período de inventário,


os locais devem ser organizados de modo, que sejam agregados
os produtos iguais em com os cartões de inventário, explicado
no tópico anterior. Outro ponto importante é a organização com
corredores livres para proporcionar fácil mobilidade.

• Cut-off: essa fase é importante para o correto procedimento do


inventário, pois as não conformidades podem ocasionar em riscos
de falhas. Sendo assim, pode ser realizado um mapa com detalhes
de documentos anterior a contagem.

• Revisão e documentação de estoque: caracterizado por corres-


ponder ao registro atualizado das entradas e saídas até o momen-
to do inventário. Cabe ao gestor verificar se todos os documentos
de registros de movimento são contabilizados.

• Determinação do estoque: os materiais de estoque devem estar


disponíveis para contagem e recontagem. Esse procedimento
permite que duas equipes trabalhem em conjunto.

• Ajustes e conformidades: é nessa etapa que ocorrem as providên-


cias necessárias para variações entre estoque e inventário. Sendo
assim, cabe a organização definir os seus percentuais de aceita-
ção das diferenças verificadas. Destaca-se que produtos mais sig-
nificativos tenham uma maior atenção por parte dos departamen-
tos envolvidos. Em caso de divergências, as diferenças devem ser
registradas em relatório.

Embalagem
No decorrer do desenvolvimento industrial as embalagens
tornaram-se cada vez mais variadas, com características conforme as
18 Administração de Materiais

necessidades dos produtos. Em termos logísticos a embalagem contribui


com a relação entre os envolvidos, pois disponibiliza os materiais em boas
condições, com baixos custos e no tempo correto.

Durante as operações de movimentação e armazenagem de


produtos, as embalagens apresentam função fundamental na conserva-
ção e proteção dos materiais.

Para o eficiente uso das embalagens, deve-se considerar os prin-


cipais riscos que estas estão submetidas:

• choques;

• temperatura;

• compressão;

• perfuração;

• esmagamento, entre outros.

Com isso, primeiramente deve-se observar o tipo de material a


ser armazenado e transportado para, posteriormente, definir qual tipo de
embalagem melhor se adapta.

Tipos de embalagens
Caixa de papelão

Esse tipo de embalagem compreende uma das mais baratas para


as empresas, quando comparado às caixas de madeira, compensado etc.
Além disso são biodegradáveis e, posteriormente, podem ser recicláveis.
Outro fator considerado pelas organizações é a questão da adaptabilidade
em relação aos materiais e combinação com outros tipos de produtos
para aumento da resistência a umidade.
Administração de Materiais 19

Figura 4: Modelos de embalagens de papelão

Fonte: Pixabay

Categorias das embalagens de papelão

As embalagens podem ser classificadas em virtude das finalidades


que podem serem destinadas.

• Primária: essa categoria compreende as embalagens que apre-


sentam contato direto com o material, como por exemplo: caixa
de televisão, caixa de ovos.

• Secundária: essa classificação é responsável pela proteção e


acondicionamento das embalagens primárias, como por exemplo:
caixa de papelão que contenha várias caixas de ovos. Caixa de
papelão que contenha vários litros de leite.

• Terciária: é responsável pela movimentação e embalagens de


produtos, por exemplo, um pallet com 5 caixas de papelão (cada
uma com 20 caixas de ovos).

Tambores

Esse tipo de embalagem é bastante utilizado, pois abrange muitos


materiais, que vão desde composição líquida, produtos sólidos, pó,
entre outros. Além disso, alguns produtos podem ser acondicionados
em contato direto sem se alterarem. Outras questões como a facilidade
para manipular, armazenar e transportar os materiais são um dos pontos
principais, para a escolha deste tipo de material.

Fardoss

Atualmente este tipo de embalagem é bastante utilizado por diversas


empresas, em função do grande volume de produtos comercializados.
Muitos desses materiais depois de armazenados em fardos, acabam por
20 Administração de Materiais

reduzir o espaço. Em alguns casos os produtos são prensados com o auxílio


de prensas que posteriormente auxiliam com o armazenamento e frete.
Figura 5: Modelo de armazenagem em fardo - algodão

Fonte: Pixabay

Recipientes plásticos

Essas embalagens são muito utilizadas para transportar materiais a


granel ou até mesmo materiais líquidos. Além disso, são destinadas à fins
industriais de larga escala, pois são fabricadas com material que se molda
bastante facilmente. Cabe ressaltar que este tipo de material é fabricado
por meio de processos, como: injeção, sopro, vácuo, termo compressão
e termo fusão.

Neste sentido, é indicado algumas questões quanto ao uso deste


tipo de material, pois alguns produtos (voláteis, gasolina etc.) devem ser
conduzidos e transportados rapidamente nestas embalagens em virtude
da permeabilidade. E quando for submetidos ao ar livre, devem ser
pintados para proteger dos raios solares.
Figura 6: Modelo de embalagem em recipiente plástico

Fonte: Pixabay
Administração de Materiais 21

Fechamento de embalagens
Após a escolha adequada do tipo de embalagem, que melhor se
enquadra no material em questão, deve-se atentar para o fechamento
correto dessas embalagens, que podem ser de:

• Grampos;

• Fitas metálicas;

• Fitas adesivas;

• Costura.

RESUMINDO:

Podemos perceber a importância dos tipos de inventário,


para o funcionamento das organizações. Estudamos que
as organizações precisam preparar e planejar as ativida-
des necessárias, para que o inventário ocorra de maneira
adequada. Precisamos, considerar as formas corretas de
embalagem e com características conforme as necessida-
des dos produtos. Em termos logísticos a embalagem con-
tribui com a relação entre os envolvidos, pois disponibiliza
os materiais em boas condições, com baixos custos e no
tempo correto.
22 Administração de Materiais

Estocagem de materiais

INTRODUÇÃO:

Para a gestão correta de materiais os gestores precisam


verificar e conduzir suas tomadas de decisões em função
de algumas técnicas imprescindíveis de estocagem. Sendo
assim, nesse tópico vamos abordar os métodos e técnicas
fundamentais, para o correto funcionamento dos sistemas
de estocagens no ambiente empresarial. Preparados? Bom
estudo a todos.

Carga Unitária
Surgem a necessidade de facilitar o armazenamento e transporte,
que atenua o volume, esforço, área e desgaste humano. Sendo assim, a
carga unitária se caracteriza na forma de pallet ou carga unitizada, que
contém uma quantidade expressiva de material, mas que represente
como se fosse uma única unidade.

A carga unitária é uma carga formada por embalagens de transporte,


alocadas de maneira, de acordo com o armazenamento e transporte por
méio de equipamentos de carregamento.
Figura 7: Modelo de pallet, que contém vários materiais e caracteriza uma carga unitária

Fonte: Pixabay

O pallet constitui-se em um estrado de madeira padronizado que


compreende dimensões diversas.
Administração de Materiais 23

Os pallets podem ser encontrados em classes distintas, quanto a:

• Quantidade de entradas: duas ou quatro entradas

• Quantidade de faces: uma e duas faces.

Com isso, é importante ressaltar que as mercadorias em alguns


casos não apresentam as mesmas dimensões. Portanto, é fundamental
realizar uma análise detalhada, que considera as técnicas da gestão de
materiais para preparar a carga unitária.

Contudo, a carga unitizada, apresenta o objetivo de maximizar os


processos e funcionamento dos equipamentos de transporte (garfos,
empilhadeira, entre outros).

Paletização
Em empresas que apresentam grande necessidade de estocagem
rápida e grandes volumes de material, a paletização é bastante utilizada.
De acordo com Dias (2010) a utilização de empilhadeiras e pallets
proporciona, em muitas organizações, economia de até 80% do capital
despendido com o sistema de transporte interno.

Nesse contexto, esse sistema apresenta diversas vantagens, como:


otimização de tempo, mão de obra e espaço físico de armazena-gem.
Além disso, a paletização auxilia com a organização no sentido de criação
de pilhas altas e com maior proteção.

O empilhamento caracteriza-se por proporcionar ao máximo o


espaço vertical, que atenua a necessidade de divisões nas prateleiras e
facilita a utilização das empilhadeiras.

É importante, considerar que essas questões, cabe ao planeja-


mento estratégico da organização, definir a utilização ou não deste sistema.
Para o eficiente uso da paletização, deve-se adotar algumas premissas
para implantação deste sistema, como: peso, resistência, tamanho, custo,
tamanho das entradas para os garfos, entre outros.

No processo de paletização devem-se considerar aspectos para


prender as cargas e uma das maneiras mais eficientes é o uso de fitas
24 Administração de Materiais

metálicas. Outra maneira é o arqueamento, que pode ser realizado de


maneira que facilite o transporte posteriormente. É importante destacar
que a amarração de cargas só é utilizada em situações em que o as
atividades foram compostas por várias movimentações de transporte.

Na indústria não há restrição quanto ao tipo de material a ser


paletizado e deve apenas considerar as questões de preço e vantagem
estratégica.

Em alguns casos, quando as cargas são irregulares, existe o uso de


mais alguns objetos para prender os materiais junto ao pallet. Todas essas
questões têm o intuito de tornar o sistema eficiente e rápido.

Dentre os instrumentos para auxiliar a paletização, podemos citar:

• Pranchas Auxiliares: objetos de madeira implantados na carga


unificada. Utilizados quando os pallets possuem apenas uma face
e a superfície da respectiva carga se apresenta de fora;

• Esquadrias: Esse tipo de instrumento é destinado em situa-ções,


em que a gestão trabalha com cargas pesadas, que ajudam para
amortizar o peso de uma carga sobre a outra;

• Colarinhos: compostos por ripas de madeira com a finalidade de


transporte de cargas com mais segurança. Esse tipo de instrumento
de apoio a paletização é bastante indicado para botijões de gás;

• Ninhos: tem o objetivo de fixar os produtos sobre o pallet,


moldando-se ao formato do material paletizado;

• Divisores: bastante utilizados para carga com produtos distintos,


que visem a separação para evitar contato.

Conservação
Para o sucesso da estocagem de matérias, é fundamental que se
tome alguns cuidados importantes indispensáveis para o rendimento
dessas atividades. Com isso, deve-se atentar para certos cuidados, para
evitar danos aos instrumentos de estocagem.
Administração de Materiais 25

Figura 8: Operador realizando procedimento com a empilhadeira

Fonte: Pixabay

Nesse contexto, consideramos diversas abordagens de gestores de


materiais, bem como as regras básicas para uso correto dos pallets que
devem ser repassadas para os operadores, antes mesmo dos processos
iniciarem.

O operador deve realizar os procedimentos com bastante cuidado,


posicionando-se em frente à carga e introduzir os garfos. Com isso, deve-
se eealizar a introdução de maneira uniforme para balancear o peso e
estar atento para evitar choques, entre a empilhadeira e as cargas.

Demais técnicas de estocagem


O interior das empresas muitas vezes apresenta-se de maneira
complexa e os tomadores de decisões devem apontar as medidas que
serão adotadas. Dessa maneira, deve-se atentar para o dimensionamento
e atributos dos materiais, que descrevem os tipos de estocagem
necessários, que vai desde procedimentos simples, até sistemas mais
complexos. Dentre as formas de estocagem, podemos citar:

• Caixas ou gavetas: são muito utilizadas com materiais pequenos


(parafusos, escritórios etc.). E em relação ao tamanho, podem ser
de distintas dimensões de acordo com a atividade;

• Prateleiras: adotam materiais de diferentes tamanhos, que dão


suporte as caixas e/ou gavetas. As prateleiras são consideradas
de fácil utilização e com baixos custos.
26 Administração de Materiais

• Raques: Para materiais com características de dimensões longas e


estreitas (barras, tiras, etc.).

• Container flexível: Técnica recentemente implantada nos esto-ques


industriais (produtos líquidos, a granel, etc.). É uma das técnicas mais
recentes, utilizada para sólidos à granel e líquidos em sacos. Caracte-
rísticas de tecidos resistente com revestimento interno.

RESUMINDO:

De acordo com esse estudo, podemos perceber a


importância dos métodos e técnicas imprescindíveis de
estocagem, para o correto funcionamento desse sistema
nas empresas. Precisamos, considerar que a necessidade
de facilitar o armazenamento e transporte, para atenua o
volume, esforço, área e desgaste humano.
Administração de Materiais 27

Equipamentos de movimentação
Os equipamentos de movimentação adotados pelas empresas vão
de acordo com as necessidade e exigências, que consideram fatores
geométricos e funcionais.

Para o funcionamento correto dos processos, deve-se classificar os


equipamentos de carga, descarga e manuseio que melhor se adapte ao
processo produtivo. Dentre os sistemas mais modernos utilizados, tem-se:

• Transportadores;

• Guindastes, talhas e elevadores;

• Veículos industriais;

• Equipamento de posicionamento, pesagem e controle;

• Containers e estruturas de suporte.

A movimentação de produtos exige uma análise complexa de


diversas variáveis para evitar não conformidades entre o equipamento e
os materiais. Para isso, deve-se considerar o tipo de produto, edificações,
método de armazenagem, custo de movimentação, área necessárias para
o funcionamento dos equipamentos, resistência do piso, entre outras.

Sistemas de transportadores contínuos


A movimentação continua ocorre entre dois pontos anteriormente
definidos. Nesse sistema utilizam-se transportadores de roletes, rodízios
e de arraste, que são indicados para movimentar produtos a granel,
terminais de carga e descarga e na indústria nas linhas destinadas a
montagem de produção em cadeia.

Com isso, atualmente existem diversas maneiras para realização


das movimentações de materiais na indústria, que são:

• Esteiras transportadoras: esse tipo de movimentação contínua


é bastante utilizado em diversos segmentos da indústria, em
especial para transportar produtos a granel e produtos de maneira
28 Administração de Materiais

constante e uniforme. As esteiras podem ser de fita, correia ou tela


metálica.

• Roscas: Utilizados para movimentação de produtos de com-


posição granulada ou pulverizados. Silos, moinhos e demais
empresas que necessitam mesclar e agitar produtos utilizam
bastante este tipo de transportador.

• Pneumáticos: Adaptados por linhas de produção para movi-


mentar produtos em pó ou granulados. Ademais, são compostos
por tubulações agregadas que faz circular o ar e funcionam em
trajetos diversos.

• Magnéticos: utilizados para movimentar ferro, aço e etc. São


transportadores composto por duas faixas de ferro com imã e
colocados posteriormente ao transportador de correia ou fita.

• Roletes livres: considerado nos dias de hoje o método mais


econômico, em virtude da sua indispensabilidade em manutenção
e por transportar quase todos os tipos de materiais. Em algumas
situações são indicados para utilização em associação com outros
métodos de transporte.

• Vibratórios: também aplicado para diversos produtos. É com-


posto por calhas ou tubos que produzem vibração linear. Esse
tipo de transportador pode apresentar diferentes formatos e
acionamentos.

Manuseio de áreas restritas


Esse tipo de sistema é utilizado para locais, em que há uma restrição
de espaço, ou seja, em armazéns. Sendo assim, nesse tipo de manuseio o
mais indicado é a ponte rolante.

Nesse contexto, as pontes rolantes são utilizadas em transporte


e elevação em empresas de usinas siderúrgicas, usinas elétricas, entre
outras. Além disso, as pontes possuem comandos eletrônicos e são
acionados por um sistema. Em relação aos itens de segurança apresentam
limitadores e freios.
Administração de Materiais 29

Figura 9: Modelo de pontes rolantes

Fonte: Pixabay

Dessa maneira, as pontes rolantes são implantadas e adaptadas


em indústrias e permitem o máximo de aproveitamento da área do local.
Para o correto funcionamento deve-se considerar algumas informações,
como: tipo de ponte, carga, dimensões, ambiente, edificação, intensidade
do trabalho, entre outros.

Sistemas para pontos sem limites fixos


Entretanto, considerados os sistemas mais práticos e versáteis, em
função de não restringirem locais e pontos a operar. Dentre os equipamentos
mais utilizados, destaca-se:

• Carrinhos: abordado na literatura como o equipamento mais simples.

• Empilhadeiras: como mencionada anteriormente, trata-se de um


equipamento que eleva os materiais por intermédio de um garfo
e motorizado. Podem ser adaptadas de acordo com os produtos a
serem movimentados e apresenta-se nos formatos: frontais, laterais
e própria base.
30 Administração de Materiais

Figura 10: Modelo de empilhadeira

Fonte: Pixabay

• Guindaste: esse sistema é composto por uma lança com guincho,


que é acionado por um aparato elétrico, mas em alguns casos
mecânicos. Para o funcionamento correto é necessário um motor
para impulsionar a operação.
Figura 11: Modelo de guindaste utilizado em organizações

Fonte: Pixabay

• Tratores: este tipo de equipamento é utilizado para fins agrários.


Entretanto, cada vez mais as indústrias adaptam tratores para suas
ativi-dades. Esses tratores são constituídos por sistema de tração por
pneus ou esteiras.
Administração de Materiais 31

Figura 12: Modelos de trator utilizado nas indústrias

Fonte: Pixabay

Seleção de equipamentos
As questões de planejamento e seleção dos equipamentos a serem
utilizados nas atividades, deve ser bem organizado e adaptado a realidade
dos processos produtivos. Com isso, a tomada de decisões baseia-se no
sistema como um todo, pois em alguns casos os equipamentos exigem
um alto investimento e uso especifico. Entranto, em algumas situações
ocorre confronto entre equipamentos relativamente mais baratos com
exigência de mão de obre e espaço físico disponível. Para isso, cabe aos
gestores analisar todo o processo para serem os mais assertivos possíveis.

SAIBA MAIS:

Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso


à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Artigo:
“Sistemas e técnicas de movimentação e armazenagem de
materiais (materiais handling)”. Clique aqui para acessar.
32 Administração de Materiais

RESUMINDO:

E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo


tudinho? Agora, só para termos certeza de que você
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo,
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido
que no ambiente organizacional todos os procedimentos
e tomadas de decisões exigem muita atenção por parte
dos gestores. Verificamos que fatores como a localização,
classificação e codificação de materiais são fundamentais
para o andamento efetivo das operações e, quanto
maior for a empresa mais complexas estas questões se
tornam. Compreendemos também os principais tipos de
embalagens utilizados no mercado atual e quais premissas
são consideradas no momento da escolha. As principais
formas de estocar os materiais, com o intuito de otimizar
o espaço e as operações de movimentação e transporte.
E por fim, estudamos os principais equipamentos de
movimentação adotados de acordo com a realidade
da empresa e os sistemas transportadores conforme o
processo produtivo.
Administração de Materiais 33

REFERÊNCIAS
FRANCO, G.; VALE, L. A Importância e Influência do Setor de
Compras nas Organizações. TecHoje. Acesso em 17/08/19. Disponível em:
http://bit.ly/35gA60Q.

MARTINS, P. G.; ALT, P. R. C. (2009) Administração de materiais e


recursos patrimoniais. 3. ed. São Paulo, Saraiva.

POZO, H. (2016) Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais:


uma abordagem logística. 7. ed. São Paulo: Atlas.

VIANA, J. J. (2010) Administração de materiais: um enfoque prático.


São Paulo, Atlas.

DIAS, M. A. P. (2008) Administração de Materiais: Princípios, Conceitos


e Gestão. Atlas. São Paulo.

DIAS, M. A. P. (2010) Administração de Materiais: Uma abordagem


logística. Atlas, São Paulo.

WEIL, K. E. Manual de movimentação de materiais. Curso de


movimentação de materiais da Convenção de Vendas Hyster. Rev. adm.
empres. v. 23, n. 2, São Paulo Apr./June 1983.

Você também pode gostar