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Aula 05

INSS (Técnico do Seguro Social) Direito


Previdenciário - 2022 (Pré-Edital) Profª.
Adriana Menezes

Autor:
Adriana Menezes

21 de Dezembro de 2021

03185321405 - Pablo Moreno Feitosa Gurgel


Adriana Menezes
Aula 05

Sumário

Acidente do Trabalho ....................................................................................................................... 2

1. Introdução ................................................................................................................................. 2

2. O acidente do trabalho ............................................................................................................. 2

3. Acidente do trabalho atípico .................................................................................................... 4

4. Acidente do trabalho por equiparação ..................................................................................... 6

5. A comunicação de acidente do trabalho (CAT) ...................................................................... 10

6. Estabilidade do acidentado .................................................................................................... 13

7. O direito de regresso da previdência ..................................................................................... 14

8. Repercussões do reconhecimento do acidente do trabalho .................................................. 16

Legislação ....................................................................................................................................... 18

Lei nº 8.213/91 ............................................................................................................................ 18

Decreto nº 3.048/99 .................................................................................................................... 21

Questões Comentadas ................................................................................................................... 25

Acidente do trabalho .................................................................................................................. 25

Lista de Questões ........................................................................................................................... 38

Acidente do trabalho .................................................................................................................. 38

Gabarito .......................................................................................................................................... 44

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ACIDENTE DO TRABALHO

1. Introdução

A ideia de acidente corresponde ao evento repentino, de cunho traumático, que ocasione dano à
integridade física, à saúde, provocando a morte do trabalhador ou a retirada de sua capacidade
laborativa, total ou parcialmente.

2. O acidente do trabalho

O art. 19 da Lei nº 8.213/91, após a publicação da Lei Complementar nº 150/2015, passou a dispor
que:

Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou do


empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art.
11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou
redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

Diante do conceito de acidente do trabalho trazido pelo legislador, o elemento objetivo para a
caracterização do acidente do trabalho é a existência de lesão corporal ou perturbação funcional
que cause a morte ou a perda ou redução permanente ou temporária da capacidade para o
trabalho.

A lesão corporal seria aquela que vai atingir a integridade física do indivíduo, causando-lhe um
dano físico-anatômico, enquanto a perturbação funcional vai apresentar dano fisiológico ou
psíquico, relacionado com órgãos ou funções específicas do organismo humano, sem aparentar
lesão física.

Trata o artigo acima descrito de acidente típico, em que aquilo que se tem a demonstrar é um
determinado fato e que esse fato mantém nexo de causalidade com o dano à saúde (incapacidade
laborativa total ou parcial ou morte).

O acidente do trabalho contemplava somente os segurados empregado e trabalhador avulso e o


segurado especial.

Daí, podia-se concluir que somente empregados, trabalhadores avulsos e segurados especiais
poderiam ter seus benefícios caracterizados como acidentários.

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Com a nova redação do art. 19 da Lei nº 8.213/91, o empregado doméstico foi incluído no conceito
de acidente do trabalho.

O seguro contra acidente do trabalho que fora estendido aos empregados domésticos, com a
alteração do parágrafo único do art. 7º da Constituição Federal, foi regulamentado pela Lei
Complementar nº 150/2015, trazendo alteração no texto dos artigos 19, 21-A e 22 da Lei nº
8.213/91.

Os empregados domésticos passaram a ter direito aos benefícios de natureza acidentária


(decorrentes de acidente do trabalho) e o empregador doméstico terá a obrigação de recolher a
contribuição previdenciária, a título de SAT, de 0,8% sobre a remuneração paga ou devida ao
empregado no mês anterior.

Os benefícios previdenciários pagos ao empregado, inclusive o doméstico, ao trabalhador avulso


e ao segurado especial, bem como aos dependentes, em decorrência de acidente do trabalho,
são:

– auxílio por incapacidade temporária e aposentadoria por incapacidade permanente


decorrentes de acidente do trabalho;

– auxílio-acidente por acidente do trabalho e

– pensão por morte por acidente do trabalho.

Sofrem acidente do trabalho e, por consequência, poderão ter direito a benefícios previdenciários
acidentários:

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Ø empregado,
Ø empregado doméstico,
Ø trabalhador avulso,
Ø segurado especial.

3. Acidente do trabalho atípico

A Lei nº 8.213/91 em seu art. 20 estendeu o conceito de acidente do trabalho, considerando como
tal as doenças ocupacionais.

Na verdade, vê-se que não se trata de fatos repentinos, violentos, abruptos que causam a morte
ou a incapacidade parcial ou total para o trabalho do indivíduo. Mas, situações que, progredindo
no tempo, mantêm nexo de causalidade com a redução, a perda temporária ou permanente da
capacidade laborativa do segurado.

O vínculo fático que liga o efeito (incapacidade ou redução da capacidade para o trabalho ou
morte) à causa (doença ocupacional) não decorre de um evento súbito.

As doenças ocupacionais são consideradas, portanto, acidentes do trabalho atípicos.

Essas doenças são deflagradas em virtude da atividade laborativa desempenhada pelo indivíduo
e são classificadas como doença profissional e doença do trabalho.

O art. 20 da Lei nº 8.213/91 entende como:

I. doença profissional, a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a


determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pela Previdência
Social.

São aquelas doenças decorrentes de situações comuns aos integrantes de determinada categoria
de trabalhadores, relacionadas como tal no Decreto nº 3.048/99, Anexo II, ou, caso comprovado
o nexo causal entre a doença e a lesão, aquelas que sejam reconhecidas pela Previdência,
independente de constar na relação (art. 20, § 2º, Lei nº 8.213/91).

São chamadas de tecnopatias ou ergopatias.

Como exemplo, tem-se a pneumoconiose entre os mineiros.

II. doença do trabalho, aquela adquirida ou desencadeada em função de condições especiais


em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação
elaborada pela Previdência Social.

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É chamada de mesopatia.

É o caso, por exemplo, de um empregado que fica exposto a som alto, acima dos limites legais de
tolerância, causando-lhe perturbação funcional auditiva. Se não fosse a condição de trabalho, não
haveria a perda funcional.

Há que se chamar atenção, no entanto, que não se consideram doenças do trabalho (art. 20, § 1º
da Lei nº 8.213/91):

• a doença degenerativa. É aquela que tem como causa uma deficiência do próprio
indivíduo que, com o passar do tempo, se torna uma doença. Não tem nexo com o trabalho,
e, sim, com a própria constituição da pessoa.

• a doença inerente ao grupo etário. É normal que pessoas de determinadas idades sofram
de certas doenças, que não são fruto do trabalho, mas da própria faixa etária. Como
exemplo, pode-se citar a osteoporose.

• a doença que não produza incapacidade laborativa. Para ser considerada como acidente
do trabalho tem que se produzir incapacidade laborativa.

• a doença endêmica. Aquela adquirida em função da região territorial em que se


desenvolva (malária, febre amarela, cólera).

No caso da doença endêmica, há uma exceção. Quando se comprovar que a


doença endêmica resultou de exposição ou de contato direto, determinados pela natureza do
trabalho, será considerada doença do trabalho e, portanto, acidente do trabalho.

Desse modo, não é absoluta a regra de que a doença endêmica não pode ser considerada doença
do trabalho.

Veja o que dispõe o art. 20, § 1º, “d” da Lei 8.213/91, in verbis:

Art. 20.

(...)

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§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:

a) a doença degenerativa;

b) a inerente a grupo etário;

c) a que não produza incapacidade laborativa;

d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo
comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do
trabalho.

Embora as doenças ocupacionais (profissional e do trabalho) estejam listadas no Anexo II do


Decreto nº 3.048/99, pode-se dizer que a lista lá apresentada é meramente exemplificativa.

O INSS, em caso excepcional, ao constatar que a doença que resultou das condições especiais em
que o trabalho foi realizado e com ele se relaciona diretamente não está incluída na lista da
Previdência Social, deverá considerá-la como acidente do trabalho.

É o que dispõe o §2º do art. 20 da Lei nº 8.213/91:

§ 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação prevista nos incisos
I e II deste artigo resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se
relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho.

4. Acidente do trabalho por equiparação

Além dos acidentes do trabalho típicos e atípicos, a Lei nº 8.213/91 elenca situações que são
equiparadas ao acidente do trabalho. É o que se chama de acidente do trabalho por equiparação,
trazidos pelo art. 21 da Lei:

I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja
contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua
capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua
recuperação.

Nesse caso há a concausa. As concausas podem ser anteriores (por exemplo, a hemofilia),
simultâneas (infarto após um assalto na empresa) ou posteriores (infecção hospitalar após a
internação do acidentado do trabalho) ao acidente.

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Para efeito de reconhecimento do direito de receber benefício por acidente do trabalho é


irrelevante se a concausa é simultânea, anterior ou posterior ao evento; em todos os casos, o direito
ao benefício restará assegurado.

Um empregado sofre um acidente no exercício do seu trabalho, cortando alguns dedos


da mão. Como ele é hemofílico, a lesão se potencializa mais, gerando sua incapacidade
laborativa. Nesse caso, será configurado acidente do trabalho.
A concausa foi anterior ao acidente.

II - O acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência


de:

a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de


trabalho;

b) Ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada com
o trabalho;

c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro


de trabalho;

d) Ato de pessoa privada do uso da razão;

e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força


maior.

III - A doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de


sua atividade.

IV - Acidente sofrido pelo segurado, ainda que fora do local e horário de trabalho:

a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;

b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou


proporcionar proveito;

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c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo, quando financiada por esta
dentro de seus planos para melhor capacitação da mão de obra, independentemente
do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado.

d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer


que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.

Caso um trabalhador (empregado, empregado doméstico, trabalhador avulso


ou segurado especial) sofra um acidente voltando do trabalho, terá direito a benefício
previdenciário acidentário. Poderá ter direito a benefício caso fique incapacitado temporária ou
permanentemente para o trabalho, sendo classificado o auxílio ou a aposentadoria como de
natureza acidentária.

(CESPE/CEBRASPE/Juiz do Trabalho Substituto/TRT – 8ª Região/2015) – Sobre o acidente do


trabalho, assinale a alternativa CORRETA:
a) Equipara-se ao acidente do trabalho, para efeitos da Lei nº 8.213/91, o acidente ligado ao
trabalho que, como causa única, haja contribuído ainda que indiretamente para a morte do segurado,
para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção
médica para a sua recuperação.
b) Equipara-se ao acidente do trabalho o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do
trabalho, em consequência de ato de agressão, sabotagem ou praticado por terceiro, este se estiver
prestando serviço ao empregador, ou companheiro de trabalho.
c) Equipara-se também ao acidente do trabalho, para efeitos da Lei nº 8.213/91, o acidente sofrido
pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho, em viagem a serviço da empresa,
inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da
mão de obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade
do segurado.

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d) Equipara-se ainda ao acidente do trabalho, para efeitos da Lei nº 8.213/91, o acidente sofrido
pelo trabalhador ainda que fora do local e horário de trabalho, em consequência de ato de pessoa
privada do uso da razão.
e) Também se equipara ao acidente do trabalho, para efeitos da Lei nº 8.213/91, o acidente sofrido
pelo trabalhador mesmo que fora do local e horário de trabalho em consequência de ato de
imprudência, negligência, desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes
de força maior.

Comentários:
Alternativa “a”: errada. Equipara-se ao acidente do trabalho, para efeitos da Lei nº 8.213/91, o
acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente
para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido
lesão que exija atenção médica para a sua recuperação. É o que dispõe o art. 21, inciso I, da Lei nº
8.213/91.
É necessário que o acidente tenha contribuído de forma direta para a redução ou perda da capacidade
laborativa ou para a morte do segurado, mesmo que não tenha sido a causa única.
Alternativa “b”: errada. Conforme interpretação do art. 21, inciso II, alínea “b”, da Lei nº 8.213/91,
será considerado acidente do trabalho, mesmo que o agressor não esteja prestando serviço para o
empregador.
Alternativa “c”: correta. É caso de acidente por equiparação, conforme dispõe o art. 21, inciso IV,
alínea “c”, da Lei nº 8.213/91.
Alternativa “d”: errada. Para que o acidente seja equiparado a acidente do trabalho é necessário que
o acidente sofrido pelo trabalhador, em consequência de ato de pessoa privada do uso da razão,
ocorra no local e no horário do trabalho. É o que se pode entender pelo disposto no art. 21, inciso II,
alínea “d”, da Lei nº 8.213/91.
Alternativa “e”: errada. No caso apresentado, para que seja considerado acidente do trabalho, é
necessário que o acidente ocorra dentro do local e do horário do trabalho. É o que se pode entender
pelo disposto no art. 21, inciso II, alíneas “c” e “e”, da Lei nº 8.213/91.
Alternativa correta: “c”.

(CESPE/CEBRASPE – Defensor Público – DF/2013) – Julgue o item a seguir, relativo à seguridade


social e a acidente do trabalho.
– De acordo com a Lei n° 8.213/1991, que dispõe sobre os planos de benefícios da previdência
social, equipara-se ao acidente do trabalho o acidente sofrido pelo segurado do RGPS no local e no
horário do trabalho, em consequência de ato de agressão praticado por terceiro.
Comentário
Trata-se de acidente do trabalho por equiparação. Veja o que dispõe o art. 21, inciso II, alínea “a”, da
Lei nº 8.213/91:
Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:
II – o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de:

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a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho.


O item está correto.

5. A comunicação de acidente do trabalho (CAT)

A empresa deverá comunicar à Previdência Social a ocorrência de acidente do trabalho,


observando os seguintes prazos:

• até o primeiro dia útil seguinte ao da sua ocorrência;

• imediatamente no caso de morte à autoridade competente.

Com a extensão do seguro contra acidente do trabalho e a caracterização de benefícios de


natureza acidentária aos empregados domésticos, o empregador doméstico terá, também, a
obrigação de emitir a CAT.

Caberá à empresa e ao empregador doméstico expedir a Comunicação de Acidente de Trabalho


(CAT) ao INSS até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato,
sob pena de multa.

Nos casos de doença profissional e do trabalho, não se tem um dia apenas para
caracterizar o início do acidente, por razões óbvias. Não ocorre um acidente de fato. São doenças
ocupacionais que vão causar ao trabalhador lesão corporal ou perturbação funcional a ponto de
torná-lo incapacitado para o trabalho ou ter a sua capacidade laborativa reduzida.

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Daí, para caracterizar o dia do acidente, no caso de doença profissional ou do trabalho, o art. 23
da Lei nº 8.213/91 dispõe que

se considera a data do início da incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual, ou o


dia da segregação compulsória, ou o dia que for realizado o diagnóstico, valendo para este efeito o
que ocorrer primeiro.

Um empregado teve desencadeada uma doença em razão do modo como era prestado o trabalho.
Essa doença levou o segurado a ficar temporariamente incapacitado para o trabalho.
Considerando ser uma doença do trabalho, a empresa deverá emitir a CAT.
Mas, qual será o prazo que deve ser observado, já que não houve um acidente de fato?
Deverá o empregador emitir a CAT até o primeiro dia seguinte da data:
- do início da incapacidade laborativa ou
- da segregação compulsória, se fosse o caso ou
- que foi realizado o diagnóstico, valendo o que tiver ocorrido primeiro.

A CAT será feita pela empresa ou pelo empregador doméstico em meio eletrônico, constituindo
uma obrigação acessória e seu descumprimento está sujeito à cobrança de multa pecuniária.

Na falta de comunicação por parte da empresa ou do empregador doméstico, poderão formalizar


a CAT:

Ø o próprio acidentado,
Ø seus dependentes,
Ø a entidade sindical competente,
Ø o médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública.

Essas pessoas, entretanto, não estarão sujeitas ao cumprimento dos prazos dispostos na lei para
entrega da CAT, valendo estes somente para a empresa.

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É muito importante registrar que, mesmo não havendo a emissão


da CAT, a existência do acidente do trabalho ou da doença ocupacional poderá restar
caracterizada. Isso porque o nexo de causalidade deve ser avaliado pela perícia médica federal.

A perícia médica federal poderá caracterizar a natureza acidentária da incapacidade quando


constatar ocorrência de nexo técnico epidemiológico (NTEP) entre o trabalho e o agravo,
decorrente da relação entre a atividade da empresa ou do emprego doméstico e a entidade
mórbida motivadora da incapacidade elencada na Classificação Internacional de Doenças (CID, em
conformidade com o que dispuser o regulamento. Assim, mesmo que a empresa ou o empregador
doméstico não emita a CAT, o médico perito federal que avaliar o segurado poderá caracterizar o
evento causador da incapacidade como acidente do trabalho.

E, caso isso venha acontecer, poderão a empresa ou o empregador doméstico requerer a não
aplicação do nexo técnico epidemiológico, de cuja decisão caberá recurso, com efeito suspensivo,
da empresa, do empregador doméstico ou do segurado ao Conselho de Recursos da Previdência
Social (CRPS).

Dispõe o art. 337 do Decreto n. 3048/99:

Art. 337. O acidente do trabalho será caracterizado tecnicamente pela Perícia Médica Federal, por meio
da identificação do nexo causal entre o trabalho e o agravo.
...
§ 5º Reconhecidos pela Perícia Médica Federal a incapacidade para o trabalho e o nexo causal entre o
trabalho e o agravo, na forma prevista no § 3º, serão devidas as prestações acidentárias a que o
beneficiário tiver direito.

§ 6º A Perícia Médica Federal deixará de aplicar o disposto no § 3º quando demonstrada a inexistência


de nexo causal entre o trabalho e o agravo, sem prejuízo do disposto nos § 7º e § 12.

§ 7o A empresa poderá requerer ao INSS a não aplicação do nexo técnico epidemiológico ao caso
concreto mediante a demonstração de inexistência de correspondente nexo entre o trabalho e o agravo.

§ 8o O requerimento de que trata o § 7o poderá ser apresentado no prazo de quinze dias da data para a
entrega, na forma do inciso IV do art. 225, da GFIP que registre a movimentação do trabalhador, sob
pena de não conhecimento da alegação em instância administrativa.

§ 9º Caracterizada a impossibilidade de atendimento ao disposto no § 8º, motivada pelo não


conhecimento tempestivo do diagnóstico do agravo, o requerimento de que trata o § 7º poderá ser
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apresentado no prazo de quinze dias, contado da data em que a empresa tomar ciência da decisão a que
se refere o § 5º.

§ 10. Juntamente com o requerimento de que tratam os §§ 8o e 9o, a empresa formulará as alegações
que entender necessárias e apresentará as provas que possuir demonstrando a inexistência de nexo entre
o trabalho e o agravo.

§ 11. A documentação probatória poderá trazer, entre outros meios de prova, evidências técnicas
circunstanciadas e tempestivas à exposição do segurado, podendo ser produzidas no âmbito de
programas de gestão de risco, a cargo da empresa, que possuam responsável técnico legalmente
habilitado.

§ 12. O INSS informará ao segurado sobre a contestação da empresa para que este, querendo, possa
impugná-la, obedecendo, quanto à produção de provas, ao disposto no § 10, sempre que a instrução do
pedido evidenciar a possibilidade de reconhecimento de inexistência do nexo entre o trabalho e o
agravo. (Redação dada pelo Decreto nº 6.939, de 2009)

§ 13. Da decisão do requerimento de que trata o § 7o cabe recurso, com efeito suspensivo, por parte da
empresa ou, conforme o caso, do segurado ao Conselho de Recursos da Previdência Social, nos termos
dos arts. 305 a 310. (Incluído pelo Decreto nº 6.042, de 2007).

6. Estabilidade do acidentado

O art. 118 da Lei de Benefícios determina que

o segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a
manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário,
independentemente de percepção de auxílio-acidente.

No mesmo sentido, o art. 346 do Decreto nº 3.048/99:

Art. 346. O segurado que houver sofrido o acidente a que se refere o art. 336 terá garantida, pelo prazo
mínimo de doze meses, a manutenção de seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio
por incapacidade temporária decorrente de acidente, independentemente da percepção de auxílio-
acidente. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

Assim, o empregado que estiver recebendo auxílio por incapacidade temporária em decorrência
de acidente de trabalho, doença ocupacional (profissional ou do trabalho) ou acidente do trabalho
por equiparação, terá seu contrato suspenso e, quando se recuperar, poderá retornar ao emprego
e nele ser mantido pelo prazo mínimo de 12 meses. Caso seja demitido sem justa causa, deverá
ser reintegrado ao trabalho ou indenizado pelo período correspondente à estabilidade.

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A estabilidade se dará após a cessação do auxílio por incapacidade temporária


acidentário, lembrando ao leitor que nem todo acidente do trabalho gera a estabilidade no
emprego pelo prazo mínimo de 12 meses. Isso porque o auxílio por incapacidade temporária
somente é devido se for constatada incapacidade do segurado para o exercício do trabalho ou das
atividades habituais por mais de 15 dias consecutivos1.

A estabilidade garantida pela percepção do auxílio por incapacidade temporária


acidentário é garantida, inclusive, para aqueles empregados com contrato de trabalho por tempo
determinado.

7. O direito de regresso da previdência

A empresa é responsável pela adoção e uso de medidas coletivas e individuais de proteção e


segurança da saúde do trabalhador. É seu dever prestar informações pormenorizadas sobre os
riscos da operação e do produto a manipular.

1
. Súmula TST 378 – Estabilidade provisória. Acidente do trabalho. Art. 118 da Lei nº 8. 213/1991.
Constitucionalidade. Pressupostos. I – É constitucional o artigo 118 da Lei nº 8.213/91 que assegura o direito à
estabilidade provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio-doença ao empregado acidentado. II –
São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a consequente percepção do
auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a dispensa, doença profissional que guarde relação de
causalidade com a execução do contrato de emprego. III – O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo
determinado goza da garantia provisória de emprego, decorrente de acidente de trabalho, prevista no art. 118 da Lei
nº 8. 213/1991.
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Constitui contravenção penal, punível com multa, a empresa deixar de cumprir as normas de
segurança e higiene do trabalho.

A Perícia Médica Federal terá acesso aos ambientes de trabalho e a outros locais onde se
encontrem os documentos referentes ao controle médico de saúde ocupacional e aqueles que
digam respeito ao programa de prevenção de riscos ocupacionais para verificar a eficácia das
medidas adotadas pela empresa para a prevenção e o controle das doenças ocupacionais.

Quando a Perícia Médica Federal constatar o descumprimento das normas de proteção à


segurança e à saúde do trabalhador pela empresa, deverá comunicar formalmente aos demais
órgãos interessados, inclusive para fins de aplicação e cobrança da multa devida.

Nos casos de negligência quanto às normas padrão de segurança e higiene do trabalho indicados
para a proteção individual e coletiva, a Previdência Social proporá ação regressiva contra os
responsáveis. Deverão ressarcir à Previdência Social as prestações acidentárias pagas pelo INSS
em razão de culpa do empregador.

A Previdência Social ajuizará, também, ação regressiva contra os responsáveis nos casos de
violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos da Lei Maria da Penha. Essas ações
serão processadas e julgadas perante o juízo federal nos termos do art. 109 da Constituição
Federal.

Lei nº 8.2.13/91

Art. 120. A Previdência Social ajuizará ação regressiva contra os responsáveis nos casos de:

I - negligência quanto às normas padrão de segurança e higiene do trabalho indicadas para a proteção
individual e coletiva;
II - violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006

Decreto nº 3.048/99

Art. 341. O INSS ajuizará ação regressiva contra os responsáveis nas hipóteses de: (Redação dada pelo
Decreto nº 10.410, de 2020)

I - negligência quanto às normas-padrão de segurança e higiene do trabalho indicadas para proteção


individual e coletiva; e (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
II - violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do disposto na Lei nº 11.340, de 7 de agosto
de 2006. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

§ 1º Os órgãos de fiscalização das relações de trabalho encaminharão à Procuradoria-Geral Federal os


relatórios de análise de acidentes do trabalho com indícios de negligência quanto às normas-padrão de

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segurança e higiene do trabalho indicadas para proteção individual e coletiva. (Incluído pelo Decreto nº
10.410, de 2020)

§ 2º O pagamento de prestações pela previdência social em decorrência das hipóteses previstas nos
incisos I e II do caput não exclui a responsabilidade civil da empresa, na hipótese de que trata o inciso I
do caput, ou do responsável pela violência doméstica e familiar, na hipótese de que trata o inciso II
do caput. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

Os órgãos de fiscalização das relações de trabalho encaminharão à Procuradoria-Geral Federal os


relatórios de análise de acidentes do trabalho com indícios de negligência quanto às normas
padrão de segurança e higiene do trabalho indicadas para proteção individual e coletiva.

(CESPE/CEBRASPE – Procurador Federal/2013) – Considerando os termos das Leis n°


8.212/1991 e nº 8.213/1991, julgue o próximo item.

– Sobrevindo acidente do trabalho, nos casos em que seja identificada negligência quanto
às normas padrão de segurança e higiene do trabalho relacionadas à proteção individual e
coletiva, a previdência social proporá ação regressiva contra os responsáveis.

Comentário:
É o que se verifica pelo disposto no art. 120, inciso I, da Lei nº 8.213/91.
O item está correto.

8. Repercussões do reconhecimento do acidente do trabalho

O reconhecimento do acidente do trabalho e, por conseguinte, a concessão de um benefício


previdenciário de natureza, também, acidentária gera consequências importantes que merecem
ser destacadas:

a) na concessão dos benefícios de auxílio por incapacidade temporária e de aposentadoria por


incapacidade permanente decorrente de acidente do trabalho, não se exigirá do segurado a

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carência mínima de contribuições para o RGPS. O cumprimento da carência, nesse caso, é


dispensado;

b) o segurado que receber auxílio por incapacidade temporária acidentário terá mantido o seu
contrato de trabalho, pelo prazo mínimo de doze meses, após a cessação do referido benefício;

c) o empregador do segurado em gozo de auxílio por incapacidade temporária acidentário está


obrigado a depositar a importância de título de FGTS na conta do empregado, conforme
determina o disposto no art. 15, § 5º da Lei nº 8.036/90;

d) o evento do acidente do trabalho será considerado na estatística da empresa para fins de


majoração da contribuição do SAT/RAT em até 100%, conforme dispõe o art. 10 da Lei nº
10.666/2003;

e) as ações judiciais propostas em face do INSS que discutem acerca dos benefícios acidentários
(em razão de acidente do trabalho) serão processadas e julgadas pela Justiça Estadual.

f) o pagamento pela Previdência das prestações por acidente do trabalho não exclui a
responsabilidade civil da empresa ou de outrem.

– Empregado

SEGURADOS SUJEITOS A ACIDENTE DO – Empregado doméstico


TRABALHO – Trabalhador avulso
– Segurado especial

– Acidente típico: (Art. 19, Lei nº 8.213/91)


Acidente pelo exercício do trabalho.
– Acidente atípico: (Art. 20, Lei nº 8.213/91)
ACIDENTE DO TRABALHO Doenças ocupacionais.
– Acidente por equiparação: (Art. 21, Lei nº
8.213/91) O legislador equipara ao acidente do
trabalho.

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– Doenças profissionais, ergopatias ou


tecnopatias: produzidas ou desencadeadas pelo
exercício do trabalho.
DOENÇAS OCUPACIONAIS
– Doenças do trabalho ou mesopatias: adquirida
ou desencadeada em função de condições
especiais em que o trabalho é realizado.

LEGISLAÇÃO

Lei nº 8.213/91

Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de
empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art.
11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou
redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 150, de 2015)

§ 1º A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de proteção e
segurança da saúde do trabalhador.

§ 2º Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de
segurança e higiene do trabalho.

§ 3º É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da operação a executar


e do produto a manipular.

§ 4º O Ministério do Trabalho e da Previdência Social fiscalizará e os sindicatos e entidades


representativas de classe acompanharão o fiel cumprimento do disposto nos parágrafos anteriores,
conforme dispuser o Regulamento.

Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades
mórbidas:

I – doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho


peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do
Trabalho e da Previdência Social;

II – doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições


especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação
mencionada no inciso I.

§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:


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a) a doença degenerativa;

b) a inerente a grupo etário;

c) a que não produza incapacidade laborativa;

d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo
comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do
trabalho.

§ 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação prevista nos incisos
I e II deste artigo resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se
relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho.

Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:

I – o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído
diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho,
ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;

II – o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de:

a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho;

b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho;

c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho;

d) ato de pessoa privada do uso da razão;

e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior;

III – a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade;

IV – o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:

a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;

b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar
proveito;

c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus
planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção
utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;

d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio
de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
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§ 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras


necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no
exercício do trabalho.

§ 2º Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão que, resultante


de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às consequências do anterior.

Art. 21-A. A perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) considerará caracterizada
a natureza acidentária da incapacidade quando constatar ocorrência de nexo técnico epidemiológico
entre o trabalho e o agravo, decorrente da relação entre a atividade da empresa ou do empregado
doméstico e a entidade mórbida motivadora da incapacidade elencada na Classificação Internacional
de Doenças (CID), em conformidade com o que dispuser o regulamento. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 150, de 2015)

§ 1º A perícia médica do INSS deixará de aplicar o disposto neste artigo quando demonstrada a
inexistência do nexo de que trata o caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.430, de 2006)

§ 2º A empresa ou o empregador doméstico poderão requerer a não aplicação do nexo técnico


epidemiológico, de cuja decisão caberá recurso, com efeito suspensivo, da empresa, do empregador
doméstico ou do segurado ao Conselho de Recursos da Previdência Social. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 150, de 2015)

Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à


Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato,
à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do
salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela
Previdência Social. (Redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015)

§ 1º Da comunicação a que se refere este artigo receberão cópia fiel o acidentado ou seus
dependentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua categoria.

§ 2º Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio acidentado, seus
dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade
pública, não prevalecendo nestes casos o prazo previsto neste artigo.

§ 3º A comunicação a que se refere o § 2º não exime a empresa de responsabilidade pela falta do


cumprimento do disposto neste artigo.

§ 4º Os sindicatos e entidades representativas de classe poderão acompanhar a cobrança, pela


Previdência Social, das multas previstas neste artigo.

§ 5º A multa de que trata este artigo não se aplica na hipótese do caput do art. 21-A. (Incluído pela
Lei nº 11.430, de 2006)

Art. 23. Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do trabalho, a data
do início da incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual, ou o dia da segregação

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compulsória, ou o dia em que for realizado o diagnóstico, valendo para este efeito o que ocorrer
primeiro.

Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de doze
meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença
acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente.

Art. 120. A Previdência Social ajuizará ação regressiva contra os responsáveis nos casos de: (Redação
dada pela Lei nº 13.846, de 2019)

I - negligência quanto às normas padrão de segurança e higiene do trabalho indicadas para a


proteção individual e coletiva;(incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)

II – violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de
2006. (incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)

Art. 121. O pagamento das prestações pela Previdência Social, em decorrência dos casos previstos
nos incisos I e II do caput do art. 120 desta Lei, não exclui a responsabilidade civil da empresa, no
caso do inciso I, ou do responsável pela violência doméstica e familiar, no caso do inciso II. (Redação
dada pela Lei nº 13.846, de 2019)

Decreto nº 3.048/99

Art. 336. Para fins estatísticos e epidemiológicos, a empresa deverá comunicar à previdência social
o acidente de que tratam os arts. 19, 20, 21 e 23 da Lei nº 8.213, de 1991, ocorrido com o segurado
empregado, exceto o doméstico, e o trabalhador avulso, até o primeiro dia útil seguinte ao da
ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena da multa aplicada
e cobrada na forma do art. 286.(Redação dada pelo Decreto nº 4.032, de 2001)

§ 1º Da comunicação a que se refere este artigo receberão cópia fiel o acidentado ou seus
dependentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua categoria.

§ 2º Na falta do cumprimento do disposto no caput, caberá ao setor de benefícios do Instituto


Nacional do Seguro Social comunicar a ocorrência ao setor de fiscalização, para a aplicação e
cobrança da multa devida.

§ 3º Na falta de comunicação por parte da empresa, ou quando se tratar de segurado especial,


podem formalizá-la o próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o
médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública, não prevalecendo nestes casos o prazo
previsto neste artigo. (Redação dada pelo Decreto nº 4.032, de 2001)

§ 4º A comunicação a que se refere o § 3º não exime a empresa de responsabilidade pela falta do


cumprimento do disposto neste artigo.

§ 5º (Revogado pelo Decreto nº 3.265, de 1999)

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§ 6º Os sindicatos e entidades representativas de classe poderão acompanhar a cobrança, pela


previdência social, das multas previstas neste artigo.

Art. 337. O acidente do trabalho será caracterizado tecnicamente pela Perícia Médica Federal, por
meio da identificação do nexo causal entre o trabalho e o agravo.

I - o acidente e a lesão;

II - a doença e o trabalho; e

III - a causa mortis e o acidente.

§ 1º O setor de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social reconhecerá o direito do segurado


à habilitação do benefício acidentário.

§ 2º Será considerado agravamento do acidente aquele sofrido pelo acidentado quanto estiver sob
a responsabilidade da reabilitação profissional.

§ 3o Considera-se estabelecido o nexo entre o trabalho e o agravo quando se verificar nexo técnico
epidemiológico entre a atividade da empresa e a entidade mórbida motivadora da incapacidade,
elencada na Classificação Internacional de Doenças - CID em conformidade com o disposto na Lista
C do Anexo II deste Regulamento. (Redação dada pelo Decreto nº 6.957, de 2009)

§ 4o Para os fins deste artigo, considera-se agravo a lesão, doença, transtorno de saúde, distúrbio,
disfunção ou síndrome de evolução aguda, subaguda ou crônica, de natureza clínica ou subclínica,
inclusive morte, independentemente do tempo de latência. (Incluído pelo Decreto nº 6.042, de
2007).

§ 5o Reconhecidos pela Perícia Médica Federal a incapacidade para o trabalho e o nexo causal entre
o trabalho e o agravo, na forma prevista no § 3o, serão devidas as prestações acidentárias a que o
beneficiário tiver direito.

§ 6o A Perícia Médica Federal deixará de aplicar o disposto no § 3o quando demonstrada a


inexistência de nexo causal entre o trabalho e o agravo, sem prejuízo do disposto nos § 7o e § 12.

§ 7o A empresa poderá requerer ao INSS a não aplicação do nexo técnico epidemiológico ao caso
concreto mediante a demonstração de inexistência de correspondente nexo entre o trabalho e o
agravo. (Redação dada pelo Decreto nº 6.939, de 2009)

§ 8o O requerimento de que trata o § 7o poderá ser apresentado no prazo de quinze dias da data
para a entrega, na forma do inciso IV do art. 225, da GFIP que registre a movimentação do
trabalhador, sob pena de não conhecimento da alegação em instância administrativa. (Incluído pelo
Decreto nº 6.042, de 2007).

§ 9o Caracterizada a impossibilidade de atendimento ao disposto no § 8o, motivada pelo não


conhecimento tempestivo do diagnóstico do agravo, o requerimento de que trata o § 7o poderá ser

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apresentado no prazo de quinze dias, contado da data em que a empresa tomar ciência da decisão
a que se refere o § 5o.

§ 10. Juntamente com o requerimento de que tratam os §§ 8o e 9o, a empresa formulará as


alegações que entender necessárias e apresentará as provas que possuir demonstrando a
inexistência de nexo entre o trabalho e o agravo. (Redação dada pelo Decreto nº 6.939, de 2009)

§ 11. A documentação probatória poderá trazer, entre outros meios de prova, evidências técnicas
circunstanciadas e tempestivas à exposição do segurado, podendo ser produzidas no âmbito de
programas de gestão de risco, a cargo da empresa, que possuam responsável técnico legalmente
habilitado. (Incluído pelo Decreto nº 6.042, de 2007).

§ 12. O INSS informará ao segurado sobre a contestação da empresa para que este, querendo,
possa impugná-la, obedecendo, quanto à produção de provas, ao disposto no § 10, sempre que a
instrução do pedido evidenciar a possibilidade de reconhecimento de inexistência do nexo entre o
trabalho e o agravo. (Redação dada pelo Decreto nº 6.939, de 2009)

§ 13. Da decisão do requerimento de que trata o § 7o cabe recurso, com efeito suspensivo, por parte
da empresa ou, conforme o caso, do segurado ao Conselho de Recursos da Previdência Social, nos
termos dos arts. 305 a 310. (Incluído pelo Decreto nº 6.042, de 2007).

Art. 338. A empresa é responsável pela adoção e uso de medidas coletivas e individuais de proteção
à segurança e saúde do trabalhador sujeito aos riscos ocupacionais por ela gerados.(Redação dada
pelo Decreto nº 4.032, de 2001)

§ 1º É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da operação a


executar e do produto a manipular.(Incluído pelo Decreto nº 4.032, de 2001)

§ 2º A Perícia Médica Federal terá acesso aos ambientes de trabalho e a outros locais onde se
encontrem os documentos referentes ao controle médico de saúde ocupacional e aqueles que digam
respeito ao programa de prevenção de riscos ocupacionais para verificar a eficácia das medidas
adotadas pela empresa para a prevenção e o controle das doenças ocupacionais.

§ 3o O INSS auditará a regularidade e a conformidade das demonstrações ambientais, incluindo-se


as de monitoramento biológico, e dos controles internos da empresa relativos ao gerenciamento dos
riscos ocupacionais, de modo a assegurar a veracidade das informações prestadas pela empresa e
constantes do CNIS, bem como o cumprimento das obrigações relativas ao acidente de
trabalho. (Redação dada pelo Decreto nº 4.882, de 2003)

§ 4o Sempre que a Perícia Médica Federal constatar o descumprimento do disposto neste artigo,
esta comunicará formalmente aos demais órgãos interessados, inclusive para fins de aplicação e
cobrança da multa devida.

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Art. 339. O Ministério do Trabalho e Emprego2 fiscalizará e os sindicatos e entidades representativas


de classe acompanharão o fiel cumprimento do disposto nos arts. 338 e 343.

Art. 340. Por intermédio dos estabelecimentos de ensino, sindicatos, associações de classe,
Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho, órgãos públicos e outros
meios, serão promovidas regularmente instrução e formação com vistas a incrementar costumes e
atitudes prevencionistas em matéria de acidentes, especialmente daquele referido no art. 336.

Art. 341. O INSS ajuizará ação regressiva contra os responsáveis nas hipóteses de:
I - negligência quanto às normas-padrão de segurança e higiene do trabalho indicadas para proteção
individual e coletiva; e
II - violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do disposto na Lei no 11.340, de 7 de
agosto de 2006.
§ 1o Os órgãos de fiscalização das relações de trabalho encaminharão à Procuradoria-Geral Federal
os relatórios de análise de acidentes do trabalho com indícios de negligência quanto às normas-
padrão de segurança e higiene do trabalho indicadas para proteção individual e coletiva.
§ 2o O pagamento de prestações pela previdência social em decorrência das hipóteses previstas
nos incisos I e II do caput não exclui a responsabilidade civil da empresa, na hipótese de que trata o
inciso I do caput , ou do responsável pela violência doméstica e familiar, na hipótese de que trata o
inciso II do caput
Art. 342. O pagamento pela previdência social das prestações decorrentes do acidente a que se
refere o art. 336 não exclui a responsabilidade civil da empresa, do empregador doméstico ou de
terceiros.
Art. 343. Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas
de segurança e saúde do trabalho.
Art. 345. As ações referentes às prestações decorrentes do acidente de que trata o art. 336
prescrevem em cinco anos, observado o disposto no art. 347, contados da data:
I - do acidente, quando dele resultar a morte ou a incapacidade temporária verificada em perícia
médica a cargo da Perícia Médica Federal; ou
II - em que for reconhecido pela Perícia Médica Federal a incapacidade permanente ou o
agravamento das sequelas do acidente.

2
Atualmente, Ministério do Trabalho e Previdência.
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QUESTÕES COMENTADAS

Acidente do trabalho

FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS - FCC

1. (FCC – Juiz do Trabalho – 2017) O Regime Geral de Previdência Social disciplina situações e
institui benefícios devidos e pagos aos segurados trabalhadores urbanos, dentre eles os
relativos aos acidentes de trabalho. Nesse contexto, conforme regras insculpidas na Lei n°
8.213/1991,
a) o acidente sofrido pelo empregado segurado fora do local e horário de trabalho, quando estava
prestando espontaneamente um serviço à empresa para lhe proporcionar proveito, não se
equipara a acidente de trabalho.
b) o dia do acidente, no caso de doença profissional ou do trabalho, será considerado como sendo
a data do início da incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual, ou o dia da
segregação compulsória, ou o dia em que for realizado o diagnóstico, valendo para este efeito o
que ocorrer primeiro.
c) o rol de entidades mórbidas que a lei considera como acidente de trabalho é taxativo, incluindo
a doença profissional e a doença do trabalho, razão pela qual a Previdência Social não deve
considerar acidente do trabalho a doença não incluída nessa relação ainda que tenha resultado
das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente.
d) a lesão que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às
consequências do anterior, será considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho.
e) o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído
diretamente para a morte do segurado equipara-se ao acidente do trabalho, o que não ocorre
quando ocasionar apenas redução da sua capacidade para o trabalho, porque esta hipótese não
será considerada como concausa.
Comentários:
Alternativa “a”: incorreta. O acidente sofrido pelo empregado segurado fora do local e horário de
trabalho, quando estava prestando espontaneamente um serviço à empresa para lhe proporcionar
proveito, equipara-se a acidente de trabalho. É o que dispõe o art. 21, inciso IV, “b”, da Lei nº
8.213/91.
Alternativa “b”: correta. É o que dispõe o art. 23 da Lei nº 8.213/91.
Alternativa “c”: incorreta. O rol de entidades mórbidas que a lei considera como acidente de
trabalho não é taxativo, incluindo a doença profissional e a doença do trabalho.
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Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída como doença profissional ou
doença do trabalho resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se
relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho.
Alternativa “d”: incorreta. Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho
a lesão que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às consequências
do anterior. É o que dispõe o §2º do art. 21 da Lei nº 8.213/91.
Alternativa “e”: incorreta. O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única,
haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade
para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação, equipara-
se ao acidente do trabalho. É considerada concausa.

2. (FCC – Juiz do Trabalho Substituto – 2017) A respeito de nexo técnico epidemiológico,


comunicação de acidente de trabalho, responsabilidade pelo meio ambiente do trabalho e
ações regressivas, considerando as regras estabelecidas na legislação vigente, é correto
afirmar:
a) O INSS terá o prazo decadencial de dez anos, contados da data do acidente, quando dele
resultar a morte ou a incapacidade temporária para propor ação regressiva em face do empregador
negligente que causou acidente de trabalho, nos termos do artigo 103 da Lei n° 8.213/1991.
b) A empresa poderá requerer ao INSS a não aplicação de nexo técnico epidemiológico ao caso
concreto mediante a demonstração de inexistência de correspondente nexo entre o trabalho e o
agravo.
c) A empresa, no primeiro dia útil seguinte ao de sua ocorrência, e o empregador doméstico, em
até cinco dias da ocorrência, tem o dever de comunicar à Previdência Social de todo e qualquer
acidente de trabalho por meio de emissão da CAT, independentemente do resultado que o
infortúnio ocasione.
d) Havendo omissão da empresa ou do empregador doméstico, a comunicação do acidente
poderá ser feita pelo próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical, o médico que o
atendeu ou qualquer autoridade pública, caso em que o prazo previsto ao empregador será
prorrogado por mais um dia útil.
e) O empregador que efetuar o recolhimento do Seguro de Acidente de Trabalho (SAT) previsto
na Lei n° 8.212/1991 ficará isento de responsabilidade em ação regressiva movida pelo INSS, ainda
que tenha agido com negligência quanto às normas de segurança e higiene do trabalho.

Comentários:

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Alternativa “a”: incorreta. Na verdade, o que dispõe o art. 104 da Lei nº 8.213/91 é que “as ações
referentes à prestação por acidente do trabalho prescrevem em 5 (cinco) anos, observado o
disposto no art. 103 desta Lei, contados da data:
I - do acidente, quando dele resultar a morte ou a incapacidade temporária, verificada esta em
perícia médica a cargo da Previdência Social; ou
II - em que for reconhecida pela Previdência Social, a incapacidade permanente ou o agravamento
das sequelas do acidente.”
Alternativa “b”: correta. A empresa ou o empregador doméstico poderão requerer a não aplicação
do nexo técnico epidemiológico, de cuja decisão caberá recurso, com efeito suspensivo, da
empresa, do empregador doméstico ou do segurado à Subsecretaria da Perícia Médica Federal3,
vinculado ao Ministério do Trabalho e Previdência. É o que se verifica pelo disposto nos §§ 1º e
2º do art. 21-A da Lei nº 8.213/91.
Alternativa “c”: incorreta. A empresa ou o empregador doméstico devem fazer a comunicação do
acidente do trabalho (CAT), observando-se os seguintes prazos:
- até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e
- imediatamente, à autoridade competente, no caso de morte.
Verifica-se pelo disposto no caput do art. 22 da Lei nº 8.213/91 que os prazos para a emissão da
CAT são os mesmos para a empresa e para o empregador doméstico. Em caso de morte, a
comunicação do acidente do trabalho deve ser feita imediatamente à autoridade competente.
Alternativa “d”: incorreta. Havendo omissão da empresa ou do empregador doméstico, a
comunicação do acidente do trabalho poderá ser feita pelo próprio acidentado, seus dependentes,
a entidade sindical, o médico que o atendeu ou qualquer autoridade pública. É o que dispõe o
§2º do art. 22, da Lei nº 8.213/91. Essa possibilidade não prorroga o prazo que tem o empregador
doméstico de emitir a CAT.
Alternativa “e”: incorreta. O empregador que efetuar o recolhimento do Seguro de Acidente de
Trabalho (SAT) previsto na Lei no 8.212/1991 não ficará isento de responsabilidade em ação
regressiva movida pelo INSS, nos casos de negligência quanto às normas de segurança e higiene
do trabalho indicados para a proteção individual e coletiva.

3
Embora conste na Lei n. 8.213/91 que o recurso seja enviado ao CRPS, a Medida Provisória n. 1113, de 2022, incluiu
o art. 126-A à lei: Compete à Secretaria de Previdência do Ministério do Trabalho e Previdência, por meio da
Subsecretaria de Perícia Médica Federal, o julgamento dos recursos das decisões constantes de parecer conclusivo
quanto à incapacidade laboral e à caracterização da invalidez do dependente, na forma do regulamento.
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3. (FCC/Analista Judiciário/TRF 4ª Região/2014) – Kaká Menezes, empregado da empresa Silva


Ltda., sofreu acidente durante um jogo de futebol, fora da jornada normal de trabalho, sem
que tenha havido qualquer obrigação contratual que impusesse sua participação no evento, ou
qualquer relação com o exercício do trabalho a serviço do empregador. Nesta hipótese, o caso
vertente.
a) não pode ser caracterizado como acidente de trabalho.
b) caracteriza-se como acidente de trabalho, apenas.
c) pode ser caracterizado tanto como acidente de trabalho como de doença profissional.
d) caracteriza-se como doença profissional, apenas.
e) depende de autorização do empregador para que a autarquia previdenciária o enquadre como
acidente de trabalho.
Comentários:
Os benefícios decorrentes de acidente do trabalho são considerados benefícios acidentários e
aqueles cuja causa não é o acidente do trabalho são qualificados como benefícios previdenciários
ou não acidentários.
Alternativa correta: “a”. No caso da questão, o acidente de Kaká não ocorreu quando ele estava a
serviço da empresa. Tampouco se trata de doença profissional ou do trabalho. O acidente é
caracterizado, nesse caso, como acidente de qualquer natureza, não se encaixando em nenhuma
das hipóteses previstas nos artigos 19, 20 e 21 da Lei nº 8.213/91.
As demais assertivas estão incorretas.
Merece apreciação a alternativa “e”. Embora o acidente de Kaká não possa ser enquadrado como
acidente do trabalho, é importante registrar que a autarquia previdenciária não depende de
autorização do empregador para enquadrar um acidente como sendo do trabalho.
O art. 21-A da Lei nº 8.213/91 dispõe que “a perícia médica do INSS considerará caracterizada a
natureza acidentária da incapacidade quando constatar ocorrência de nexo técnico epidemiológico
entre o trabalho e o agravo, decorrente da relação entre a atividade da empresa ou do empregado
doméstico e a entidade mórbida motivadora da incapacidade elencada na Classificação
Internacional de Doenças (CID), em conformidade com o que dispuser o regulamento.”
A empresa ou o empregador doméstico poderão requerer a não aplicação do nexo técnico
epidemiológico, de cuja decisão caberá recurso, com efeito suspensivo, da empresa, do
empregador doméstico ou do segurado à Subsecretaria da Perícia Médica Federal da Secretaria
de Previdência do Ministério do Trabalho e Previdência.

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4. (FCC/Analista Judiciário/TRF 4ª Região/2014 – adaptada à legislação vigente) – O motorista da


empresa Della S/A chocou seu veículo contra um automóvel particular da família Santos, tendo
lhe causado ferimentos e afastamento do serviço. A cuidadora de criança, que estava sentada
no banco traseiro do veículo particular da família Santos também se feriu no acidente. O
motorista e a cuidadora de crianças requerem à autarquia previdenciária, o benefício do
acidente de trabalho. Neste caso,
a) ambos, o motorista e a cuidadora de criança têm direito ao benefício, pois são segurados
obrigatórios da Previdência Social.
b) ambos, o motorista e a cuidadora de criança têm direito ao benefício, pois o acidente foi
enquadrado como sendo por culpa recíproca.
c) somente a cuidadora de criança tem direito ao benefício, pois está a serviço de uma família.
d) somente o motorista tem direito ao benefício, pois é empregado da empresa Della.
e) a cuidadora de criança tem direito apenas ao benefício da assistência social.

Comentários:
A questão vai ser analisada de acordo com a legislação vigente, considerando as alterações trazidas
pela Lei Complementar nº 150/2015. À época do concurso o empregado doméstico não tinha
direito aos benefícios de natureza acidentária e, atualmente, tem. Desse modo, o gabarito aqui
trazido não será aquele dado como oficial pela banca examinadora. Será colocada como gabarito
a alternativa que está de acordo com a legislação atual.
Alternativa correta: “a”. O motorista da empresa é segurado do RGPS na condição de empregado.
A cuidadora de criança é enquadrada como empregada doméstica.
O acidente sofrido por ambos pode ser caracterizado como acidente do trabalho. Tanto o
empregado como a empregada doméstica têm direito ao benefício acidentário.
Os segurados que têm direito aos benefícios acidentários são:
– empregado,
– empregado doméstico,
– trabalhador avulso, e
– segurado especial.

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CEBRASPE

5. (CEBRASPE - 2021 - PGE-CE - Procurador do Estado) Acerca de legislação acidentária,


regulamentação do seguro de acidentes do trabalho e moléstias profissionais, assinale a opção
correta.
a) Caso um segurado da previdência pública seja acometido por doença degenerativa, restará
configurada a moléstia profissional que enseja direitos decorrentes dessa condição.
b) Tamanha é a importância do cumprimento das normas de segurança e higiene do trabalho que
a legislação previdenciária prevê contravenção penal, punível com multa, para a empresa que
deixar de cumpri-las.
c) Acidente sofrido por segurado no local e horário de trabalho em decorrência de ato de
imprudência de terceiro não configura acidente do trabalho.
d) A data de início da incapacidade laborativa decorrente de acidente do trabalho ou moléstia
profissional deve ser apurada conforme a data da ocorrência do acidente ou a da segregação
compulsória, não sendo válido o dia da realização do diagnóstico.
Comentários:
Alternativa “a”: errada. A doença degenerativa não é considerada doença do trabalho e, portanto,
não enseja benefícios de natureza acidentária.
Alternativa correta: “b”. É o que está disposto no §2º do art. 19 da Lei nº 8.213/91: constitui
contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de segurança e
higiene do trabalho.
Alternativa “c”: errada. Acidente sofrido por segurado no local e horário de trabalho em
decorrência de ato de imprudência de terceiro ou companheiro de trabalho configura acidente do
trabalho.
Alternativa “d”: errada. Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do
trabalho, a data do início da incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual, ou o
dia da segregação compulsória, ou o dia em que for realizado o diagnóstico, valendo para este
efeito o que ocorrer primeiro.

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6. (CEBRASPE – Analista Judiciário de Procuradoria – PGE/PE – 2019) A respeito de acidente de


trabalho e seus efeitos previdenciários, de contagem recíproca de tempo de contribuição e de
previdência complementar, julgue o item a seguir.
- Acidente de trânsito sofrido pelo segurado quando do percurso compreendido entre a sua
residência e o seu local de trabalho, ainda que envolva veículo particular do segurado, é
considerado acidente de trabalho para efeito de concessão de benefício previdenciário.
o Certo o Errado
Comentário:
Situação que se amolda ao disposto na alínea “d” do inciso IV do artigo 21 da Lei nº 8.213/91. O
acidente de trajeto é equiparado a acidente do trabalho. O item está correto.

7. (CEBRASPE/Analista Judiciário – Oficial de Justiça Avaliador Federal/TRT 7ª Região/2017) –


Amanda foi agredida fisicamente, na loja onde trabalha e em horário de expediente, por cliente
da empregadora. Roberto caiu de escada enquanto prestava espontaneamente serviço à
empresa, para lhe evitar prejuízo. Tanto Amanda quanto Roberto sofreram lesões que os
levaram ao afastamento do trabalho por trinta dias. Considerando-se o disposto na Lei nº
8.213/1991, nessa situação hipotética
a) nem Amanda nem Roberto sofreram acidente de trabalho por equiparação.
b) somente Amanda sofreu acidente de trabalho por equiparação.
c) Amanda e Roberto sofreram acidente de trabalho por equiparação.
d) somente Roberto sofreu acidente de trabalho por equiparação.
Comentários:
Amanda sofreu acidente do trabalho. Equipara-se a acidente do trabalho, o acidente sofrido pelo
segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de ato de agressão, sabotagem ou
terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho.
Roberto, também, sofreu acidente do trabalho. Equipara-se a acidente do trabalho, o acidente
sofrido pelo segurado, ainda que fora do local e do horário do trabalho, na prestação espontânea
de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito.
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Assim, pode-se dizer que Amanda e Roberto sofreram acidente de trabalho por equiparação,
fundamentando-se no disposto no art. 21 da Lei nº 8.213/91.
Alternativa correta: “c”.

8. (CEBRASPE/Técnico Previdenciário/INSS/2016) – Não é considerada doença do trabalho a


doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva,
mesmo que essa doença seja resultante de contato direto determinado pela natureza do
trabalho.
o Certo o Errado
Comentário:
Não é considerada doença do trabalho a doença endêmica adquirida por segurado habitante de
região em que ela se desenvolva, salvo se essa doença for resultante de contato direto
determinado pela natureza do trabalho. Item errado.

9. (CESPE/CEBRASPE/Técnico Previdenciário/INSS/2016) – Equipara-se ao acidente do trabalho


o acidente sofrido pelo segurado, no local e no horário do trabalho, em consequência de
desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior.
o Certo o Errado
Comentário:
É o que dispõe o art. 21, inciso II, alínea “e”, da Lei nº 8.213/91. Item correto.

10. (CESPE/CEBRASPE/Inspetor/TCE-RN/2015) – Com base nas disposições legais referentes ao


regime geral de previdência social (RGPS), julgue o item subsequente.
- Situação hipotética: Aline, segurada da previdência social, sofreu um acidente de trânsito
enquanto se deslocava de sua residência para o seu local de trabalho, onde exerce a função de
balconista. Nessa situação, o acidente do qual Aline foi vítima equipara-se a acidente do trabalho.
o Certo o Errado
Comentário:
O acidente de trajeto é equiparado a acidente do trabalho, conforme se depreende do disposto
na alínea “d” do inciso IV do artigo 21 da Lei nº 8.213/9. O item está correto.

OUTRAS BANCAS

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11. (MPT - 2020 - MPT - Procurador do Trabalho) – O rompimento da barragem de uma grande
mineradora provocou a morte de mais de 200 trabalhadores, próprios e terceirizados, além de
outras pessoas que viviam e trabalhavam na região atingida. Considerando esta situação
hipotética, analise as assertivas abaixo à luz da Constituição de 1988 e da Lei nº 8.213/91:
I – O falecimento do empregado “X”, de pousada que não era de propriedade da mineradora,
que estava prestando serviço em seu local de trabalho no momento do rompimento da barragem,
não pode ser equiparado ao acidente de trabalho, em razão da ocorrência de caso fortuito e de
força maior.
II - A empresa proprietária da barragem deverá comunicar o acidente do trabalho à Previdência
Social até o quinto dia útil seguinte ao da ocorrência.
III - O falecimento do empregado doméstico “Y”, que estava prestando serviço em seu local de
trabalho no momento do rompimento da barragem, não pode ser equiparado a acidente de
trabalho, em razão da ocorrência de caso fortuito e de força maior, e da especificidade do trabalho
doméstico.
IV – Para fins de concessão do benefício previdenciário decorrente do acidente de trabalho, os
dependentes dos trabalhadores falecidos deverão provar que o rompimento da barragem
decorreu de culpa da mineradora.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) Apenas as assertivas I e III estão incorretas.
b) Apenas as assertivas II e IV estão incorretas.
c) Apenas a assertiva IV está incorreta.
d) Todas as assertivas estão incorretas.
Comentários:
Assertiva “I”: incorreta. O falecimento do empregado “X” deve ser considerado acidente do
trabalho. Equipara-se a acidente do trabalho o acidente ocorrido no horário e no local de trabalho
em consequência de desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes
de força maior (art. 21, II, ‘e’, Lei n. 8.213/91).
Assertiva “II”: incorreta. Como se trata de morte, a empresa proprietária da barragem deverá
comunicar o acidente do trabalho à autoridade competente imediatamente (art. 22, caput, Lei n.
8.213/91).
Assertiva “III”: incorreta. O falecimento do empregado “Y” deve ser considerado acidente do
trabalho. Equipara-se a acidente do trabalho o acidente ocorrido no horário e no local de trabalho

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em consequência de desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes


de força maior (art. 21, II, ‘e’, Lei n. 8.213/91). A caracterização de acidente do trabalho se faz para
as categorias de segurados empregado, empregado doméstico, trabalhador avulso e especial (art.
19 c/c art. 21, II ‘e’, Lei n. 8.213/91).
Assertiva “IV”: incorreta. Não há necessidade de comprovação de dolo ou culpa da mineradora.
Alternativa “d”: correta. Todas as assertivas estão incorretas.

12. (VUNESP - 2020 - Valiprev - SP - Analista de Benefícios Previdenciários) – Acerca de acidente


do trabalho, assinale a alternativa correta.
a) Não se equipara a acidente de trabalho o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário
de trabalho, em consequência de ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro
ou de companheiro de trabalho.
b) Equipara-se a acidente de trabalho o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário de
trabalho, em consequência de desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou
decorrentes de força maior.
c) Não se equipara a acidente de trabalho o acidente sofrido pelo segurado fora do local e horário
de trabalho na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou
proporcionar proveito.
d) A doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade
não se equipara a acidente de trabalho.
e) Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras
necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado não é considerado
no exercício do trabalho.
Comentários:
Alternativa “a”: incorreta. Pelo contrário. Equipara-se a acidente do trabalho o acidente sofrido
pelo segurado no local e no horário de trabalho, em consequência de ato de imprudência, de
negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho. É o se verifica pelo
disposto no art. 21, II, ‘a’, da Lei n. 8.213/91.
Alternativa “b”: correta. É o que dispõe o art. 21, II, ‘a’, da Lei n. 8.213/91.
Alternativa “c”: incorreta. Conforme dispõe o art. 21, IV, ‘b’, da Lei 8.213/91, equipara-se a
acidente do trabalho o acidente sofrido pelo segurado fora do local e horário de trabalho na
prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar
proveito.

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Alternativa “d”: incorreta. A doença proveniente de contaminação acidental do empregado no


exercício de sua atividade se equipara a acidente do trabalho, conforme disposto no inciso III do
art. 21 da Lei n. 8.213/91.
Alternativa “e”: incorreta. Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da
satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado
é considerado no exercício do trabalho (art. 21, §1º, Lei n.8.213/91).
Alternativa correta: “b”.

13. (VUNESP/Procurador Autárquico/PauliPrev-SP/2018) – No que diz respeito a acidentes do


trabalho e moléstias ocupacionais, assinale a alternativa correta.
a) Compete à Justiça Estadual processar e julgar ação previdenciária que tenha por causa acidente
de trabalho, estando abrangida nesse contexto tanto a lide que tem por objeto a concessão de
benefício em razão de acidente de trabalho como também as relações daí decorrentes.
b) A caracterização do acidente do trabalho impõe que o evento tenha ocorrido no exercício de
atividade laborativa, de modo que, acidentes de trajeto e os sofridos em trabalhos externos não
se enquadram na categoria.
c) Não se considera acidente do trabalho o ocorrido no local e no horário de trabalho por agressão
ou terrorismo praticado por outrem ou companheiro de trabalho, bem como ofensa física
intencional motivada por disputa relacionada com o trabalho.
d) A legislação brasileira não exige que uma moléstia, para ser considerada como ocupacional,
decorra sempre do trabalho. Pode ser considerada como moléstia ocupacional a doença
degenerativa causada por agentes endógenos.
e) É considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão que, resultante de
acidente de outra origem, se associe ou se superponha às consequências do anterior.
Comentários:
Alternativa “a”: correta. A Justiça Estadual é absolutamente competente para processar e julgar as
ações previdenciárias que tratam de benefícios decorrentes de acidente do trabalho, mesmo se o
autor é segurado especial.
Alternativa “b”: incorreta. Há acidentes que, mesmo não tendo ocorrido pelo exercício do
trabalho, são equiparados a acidente do trabalho, nos termos do art. 21 da Lei nº 8.213/91.
Alternativa “c”: incorreta. O acidente ocorrido no local e no horário de trabalho por agressão ou
terrorismo praticado por outrem ou companheiro de trabalho, bem como ofensa física intencional
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motivada por disputa relacionada com o trabalho é equiparado a acidente do trabalho (art. 21, II,
‘b’, Lei n. 8.213/91.
Alternativa “d”: incorreta. A doença degenerativa não poderá ser considerada doença do trabalho
e, por consequência, acidente do trabalho. É o que se pode verificar pelo disposto no §1º do art.
20 da Lei nº 8.213/91.
Alternativa “e”: incorreta. Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho
a lesão que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às consequências
do anterior, conforme dispõe o §2º do art. 21 da Lei nº 8.213/91.

14. (VUNESP/Procurador/IPSM/2018) – Equipara-se ao acidente do trabalho


a) a doença profissional, assim entendida aquela desencadeada ao longo da vida do trabalhador.
b) a doença profissional, assim entendida aquela adquirida ou desencadeada em função das
condições especiais em que o trabalho é realizado.
c) a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade.
d) a doença endêmica adquirida pelo segurado habitante de região em que ela se desenvolva.
e) o acidente no percurso do local de trabalho até a residência do empregado, desde que realizado
em transporte público regular.

Comentários:
Alternativa “a”: incorreta. A doença profissional é aquela que é produzida ou desencadeada pelo
exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada
pela Previdência Social (art. 20, I, Lei n. 8.213/91).
Alternativa “b”: incorreta. Esse conceito é de doença do trabalho e não de doença profissional
(art. 20, II, Lei 8.213/91).
Alternativa “c”: correta. Sim. A doença proveniente de contaminação acidental do empregado no
exercício de sua atividade é equiparada a acidente do trabalho, conforme se verifica pelo disposto
no art. 21, inciso III, da Lei nº 8.213/91.
Alternativa “d”: incorreta. A doença endêmica adquirida pelo segurado habitante de região em
que ela se desenvolva não é considerada doença do trabalho e, portanto, não é considerada
acidente do trabalho (art. 20, §1º, ‘d’, Lei n. 8.213/91).
Alternativa “e”: incorreta. O acidente no percurso do local de trabalho até a residência do
empregado é ser equiparado a acidente do trabalho por força do disposto na alínea “d” do inciso

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IV do artigo 21 da Lei nº 8.213/91. Porém, não importa o tipo de transporte ou veículo utilizado
pelo empregado.

==19fa94==

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LISTA DE QUESTÕES

Acidente do trabalho

FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS - FCC

1. (FCC – Juiz do Trabalho – 2017) O Regime Geral de Previdência Social disciplina situações e
institui benefícios devidos e pagos aos segurados trabalhadores urbanos, dentre eles os
relativos aos acidentes de trabalho. Nesse contexto, conforme regras insculpidas na Lei n°
8.213/1991,
a) o acidente sofrido pelo empregado segurado fora do local e horário de trabalho, quando estava
prestando espontaneamente um serviço à empresa para lhe proporcionar proveito, não se
equipara a acidente de trabalho.
b) o dia do acidente, no caso de doença profissional ou do trabalho, será considerado como sendo
a data do início da incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual, ou o dia da
segregação compulsória, ou o dia em que for realizado o diagnóstico, valendo para este efeito o
que ocorrer primeiro.
c) o rol de entidades mórbidas que a lei considera como acidente de trabalho é taxativo, incluindo
a doença profissional e a doença do trabalho, razão pela qual a Previdência Social não deve
considerar acidente do trabalho a doença não incluída nessa relação ainda que tenha resultado
das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente.
d) a lesão que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às
consequências do anterior, será considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho.
e) o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído
diretamente para a morte do segurado equipara-se ao acidente do trabalho, o que não ocorre
quando ocasionar apenas redução da sua capacidade para o trabalho, porque esta hipótese não
será considerada como concausa.
2. (FCC – Juiz do Trabalho Substituto – 2017) A respeito de nexo técnico epidemiológico,
comunicação de acidente de trabalho, responsabilidade pelo meio ambiente do trabalho e
ações regressivas, considerando as regras estabelecidas na legislação vigente, é correto
afirmar:
a) O INSS terá o prazo decadencial de dez anos, contados da data do acidente, quando dele
resultar a morte ou a incapacidade temporária para propor ação regressiva em face do empregador
negligente que causou acidente de trabalho, nos termos do artigo 103 da Lei n° 8.213/1991.

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b) A empresa poderá requerer ao INSS a não aplicação de nexo técnico epidemiológico ao caso
concreto mediante a demonstração de inexistência de correspondente nexo entre o trabalho e o
agravo.
c) A empresa, no primeiro dia útil seguinte ao de sua ocorrência, e o empregador doméstico, em
até cinco dias da ocorrência, tem o dever de comunicar à Previdência Social de todo e qualquer
acidente de trabalho por meio de emissão da CAT, independentemente do resultado que o
infortúnio ocasione.
d) Havendo omissão da empresa ou do empregador doméstico, a comunicação do acidente
poderá ser feita pelo próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical, o médico que o
atendeu ou qualquer autoridade pública, caso em que o prazo previsto ao empregador será
prorrogado por mais um dia útil.
e) O empregador que efetuar o recolhimento do Seguro de Acidente de Trabalho (SAT) previsto
na Lei n° 8.212/1991 ficará isento de responsabilidade em ação regressiva movida pelo INSS, ainda
que tenha agido com negligência quanto às normas de segurança e higiene do trabalho.

3. (FCC/Analista Judiciário/TRF 4ª Região/2014) – Kaká Menezes, empregado da empresa Silva


Ltda., sofreu acidente durante um jogo de futebol, fora da jornada normal de trabalho, sem
que tenha havido qualquer obrigação contratual que impusesse sua participação no evento, ou
qualquer relação com o exercício do trabalho a serviço do empregador. Nesta hipótese, o caso
vertente.
a) não pode ser caracterizado como acidente de trabalho.
b) caracteriza-se como acidente de trabalho, apenas.
c) pode ser caracterizado tanto como acidente de trabalho como de doença profissional.
d) caracteriza-se como doença profissional, apenas.
e) depende de autorização do empregador para que a autarquia previdenciária o enquadre como
acidente de trabalho.
4. (FCC/Analista Judiciário/TRF 4ª Região/2014 – adaptada à legislação vigente) – O motorista
da empresa Della S/A chocou seu veículo contra um automóvel particular da família Santos,
tendo lhe causado ferimentos e afastamento do serviço. A cuidadora de criança, que estava
sentada no banco traseiro do veículo particular da família Santos também se feriu no acidente.
O motorista e a cuidadora de crianças requerem à autarquia previdenciária, o benefício do
acidente de trabalho. Neste caso,
a) ambos, o motorista e a cuidadora de criança têm direito ao benefício, pois são segurados
obrigatórios da Previdência Social.
b) ambos, o motorista e a cuidadora de criança têm direito ao benefício, pois o acidente foi
enquadrado como sendo por culpa recíproca.
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c) somente a cuidadora de criança tem direito ao benefício, pois está a serviço de uma família.
d) somente o motorista tem direito ao benefício, pois é empregado da empresa Della.
e) a cuidadora de criança tem direito apenas ao benefício da assistência social.

CEBRASPE

5. (CEBRASPE - 2021 - PGE-CE - Procurador do Estado) Acerca de legislação acidentária,


regulamentação do seguro de acidentes do trabalho e moléstias profissionais, assinale a opção
correta.
a) Caso um segurado da previdência pública seja acometido por doença degenerativa, restará
configurada a moléstia profissional que enseja direitos decorrentes dessa condição.
b) Tamanha é a importância do cumprimento das normas de segurança e higiene do trabalho que
a legislação previdenciária prevê contravenção penal, punível com multa, para a empresa que
deixar de cumpri-las.
c) Acidente sofrido por segurado no local e horário de trabalho em decorrência de ato de
imprudência de terceiro não configura acidente do trabalho.
d) A data de início da incapacidade laborativa decorrente de acidente do trabalho ou moléstia
profissional deve ser apurada conforme a data da ocorrência do acidente ou a da segregação
compulsória, não sendo válido o dia da realização do diagnóstico.
6. (CEBRASPE – Analista Judiciário de Procuradoria – PGE/PE – 2019) A respeito de acidente de
trabalho e seus efeitos previdenciários, de contagem recíproca de tempo de contribuição e de
previdência complementar, julgue o item a seguir.
- Acidente de trânsito sofrido pelo segurado quando do percurso compreendido entre a sua
residência e o seu local de trabalho, ainda que envolva veículo particular do segurado, é
considerado acidente de trabalho para efeito de concessão de benefício previdenciário.
o Certo o Errado

7. (CEBRASPE/Analista Judiciário – Oficial de Justiça Avaliador Federal/TRT 7ª Região/2017) –


Amanda foi agredida fisicamente, na loja onde trabalha e em horário de expediente, por cliente
da empregadora. Roberto caiu de escada enquanto prestava espontaneamente serviço à
empresa, para lhe evitar prejuízo. Tanto Amanda quanto Roberto sofreram lesões que os
levaram ao afastamento do trabalho por trinta dias.
Considerando-se o disposto na Lei nº 8.213/1991, nessa situação hipotética
a) nem Amanda nem Roberto sofreram acidente de trabalho por equiparação.

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b) somente Amanda sofreu acidente de trabalho por equiparação.


c) Amanda e Roberto sofreram acidente de trabalho por equiparação.
d) somente Roberto sofreu acidente de trabalho por equiparação.

8. (CEBRASPE/Técnico Previdenciário/INSS/2016) – Não é considerada doença do trabalho a


doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva,
mesmo que essa doença seja resultante de contato direto determinado pela natureza do
trabalho.
o Certo o Errado

9. (CEBRASPE/Técnico Previdenciário/INSS/2016) – Equipara-se ao acidente do trabalho o


acidente sofrido pelo segurado, no local e no horário do trabalho, em consequência de
desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior.
o Certo o Errado

10. (CEBRASPE/Inspetor/TCE-RN/2015) – Com base nas disposições legais referentes ao regime


geral de previdência social (RGPS), julgue o item subsequente.
- Situação hipotética: Aline, segurada da previdência social, sofreu um acidente de trânsito
enquanto se deslocava de sua residência para o seu local de trabalho, onde exerce a função de
balconista. Nessa situação, o acidente do qual Aline foi vítima equipara-se a acidente do trabalho.
o Certo o Errado

OUTRAS BANCAS

11. (MPT - 2020 - MPT - Procurador do Trabalho) – O rompimento da barragem de uma grande
mineradora provocou a morte de mais de 200 trabalhadores, próprios e terceirizados, além de
outras pessoas que viviam e trabalhavam na região atingida. Considerando esta situação
hipotética, analise as assertivas abaixo à luz da Constituição de 1988 e da Lei nº 8.213/91:
I – O falecimento do empregado “X”, de pousada que não era de propriedade da mineradora,
que estava prestando serviço em seu local de trabalho no momento do rompimento da barragem,
não pode ser equiparado ao acidente de trabalho, em razão da ocorrência de caso fortuito e de
força maior.
II - A empresa proprietária da barragem deverá comunicar o acidente do trabalho à Previdência
Social até o quinto dia útil seguinte ao da ocorrência.

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III - O falecimento do empregado doméstico “Y”, que estava prestando serviço em seu local de
trabalho no momento do rompimento da barragem, não pode ser equiparado a acidente de
trabalho, em razão da ocorrência de caso fortuito e de força maior, e da especificidade do trabalho
doméstico.
IV – Para fins de concessão do benefício previdenciário decorrente do acidente de trabalho, os
dependentes dos trabalhadores falecidos deverão provar que o rompimento da barragem
decorreu de culpa da mineradora.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) Apenas as assertivas I e III estão incorretas.
b) Apenas as assertivas II e IV estão incorretas.
c) Apenas a assertiva IV está incorreta.
d) Todas as assertivas estão incorretas.

12. (VUNESP - 2020 - Valiprev - SP - Analista de Benefícios Previdenciários) – Acerca de acidente


do trabalho, assinale a alternativa correta.
a) Não se equipara a acidente de trabalho o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário
de trabalho, em consequência de ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro
ou de companheiro de trabalho.
b) Equipara-se a acidente de trabalho o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário de
trabalho, em consequência de desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou
decorrentes de força maior.
c) Não se equipara a acidente de trabalho o acidente sofrido pelo segurado fora do local e horário
de trabalho na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou
proporcionar proveito.
d) A doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade
não se equipara a acidente de trabalho.
e) Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras
necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado não é considerado
no exercício do trabalho.

13. (VUNESP/Procurador Autárquico/PauliPrev-SP/2018) – No que diz respeito a acidentes do


trabalho e moléstias ocupacionais, assinale a alternativa correta.

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a) Compete à Justiça Estadual processar e julgar ação previdenciária que tenha por causa acidente
de trabalho, estando abrangida nesse contexto tanto a lide que tem por objeto a concessão de
benefício em razão de acidente de trabalho como também as relações daí decorrentes.
b) A caracterização do acidente do trabalho impõe que o evento tenha ocorrido no exercício de
atividade laborativa, de modo que, acidentes de trajeto e os sofridos em trabalhos externos não
se enquadram na categoria.
c) Não se considera acidente do trabalho o ocorrido no local e no horário de trabalho por agressão
ou terrorismo praticado por outrem ou companheiro de trabalho, bem como ofensa física
intencional motivada por disputa relacionada com o trabalho.
d) A legislação brasileira não exige que uma moléstia, para ser considerada como ocupacional,
decorra sempre do trabalho. Pode ser considerada como moléstia ocupacional a doença
degenerativa causada por agentes endógenos.
e) É considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão que, resultante de
acidente de outra origem, se associe ou se superponha às consequências do anterior.

14. (VUNESP/Procurador/IPSM/2018) – Equipara-se ao acidente do trabalho


a) a doença profissional, assim entendida aquela desencadeada ao longo da vida do trabalhador.
b) a doença profissional, assim entendida aquela adquirida ou desencadeada em função das
condições especiais em que o trabalho é realizado.
c) a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade.
d) a doença endêmica adquirida pelo segurado habitante de região em que ela se desenvolva.
e) o acidente no percurso do local de trabalho até a residência do empregado, desde que realizado
em transporte público regular.

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GABARITO

1. B
2. B
3. A
4. A
5. B
6. Certo
7. C
8. Errado
9. Certo
10. Certo
11. D
12. B
13. A
14. C

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