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Indice

Introducao.................................................................................................................................2

Noção de Acidente de Trabalho..............................................................................................3

Acidente típico.................................................................................................................13

Acidente atípico.........................................................................................................................13

Acidente de trajecto...................................................................................................................13

Quais são os direitos de quem sofre um acidente de trabalho?..................................................14

Garantia e estabilidade de emprego.........................................................................................14

Afastamento remunerado..........................................................................................................14

Pensão por morte.......................................................................................................................14

Auxílio-doença...............................................................................................................................15

Pagamento do auxílio-doença.......................................................................................................15

Cessação do benefício....................................................................................................................15

Auxílio-acidente.............................................................................................................................16

Pagamento do auxílio-acidente.....................................................................................................16
INTRODUÇÃO
O presente estudo, baseado em pesquisa bibliográfica e de legislação pertinente apresenta,
em breve síntese, o tema Acidente do Trabalho, seu conceito, características e
consequências jurídicas. A conceituação se dá de forma mais abrangente, bem como as
características. No entanto, quanto às consequências jurídicas, muito ainda há para se
explorar, tendo se atido apenas a uma ideia inicial dos ramos do direito que amparam a
decorrência do infortúnio. Sabe-se, de imediato, que tal ocorrência desencadeia direitos ao
empregado e obrigações ao empregador, tanto nas esferas cível e criminal, quanto nas
providenciaria e trabalhadora.
O tema “Acidente do Trabalho”, tínhamos a pretensão não apenas de conceituá-lo e
fazermos uma ligeira apresentação, mas de incluirmos vários aspectos e distinções.

O que não tínhamos ideia, era da dimensão dessa temática, e verificamos que apenas um
artigo científico seria insuficiente para abrangermos todo o contexto, tendo em vista que
envolve várias ramificações do direito, implicando em direitos e obrigações diversas, e isso
realmente é necessário que seja feito de forma aprofundada e completa.

Nota-se que o Acidente do Trabalho se trata de um problema de saúde pública, tendo em


vista que afecta pessoas na idade produtiva, acarretando consequências económicas e
sociais. Diante disso, não temos a pretensão de esgotarmos o assunto.

Utilizaremos a pesquisa bibliográfica doutrinária e transcrição de dispositivos legais


pertinentes, com o intuito de estabelecermos o conceito de acidente do trabalho e algumas
de suas consequências jurídicas, conduzindo nossos estudos de forma simples e directa,
cientes de que nossa paixão pelo tema nos conduzirá a aprofundarmos cada vez mais nossa
leitura e compreensão da temática, desencadeando outros estudos pertinentes
NOÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO

 O trabalho tem por principio á análise do contexto histórico e evolutivo dos acidentes de
trabalho, de modo a caracterizar esse infortúnio como sendo aquele essencialmente adquirido
ou desencadeado em virtude da relação de emprego. A história laboral humana de produção
em massa ou em grande escala nos revela uma posição iminentemente desfavorável ao
trabalhador, que precisa do seu emprego para a própria subsistência, enquanto que o
empregador utiliza a mão-de-obra assalariada para realizar o seu objectivo particular de lucro.

O conceito legal de acidente de trabalho está previsto no artigo 222, nº 1 da LT, nos termos
do qual. O acidente do trabalho é o sinistro que se verifica, no local e durante o tempo de
trabalho, desde que produza, directa ou indirectamente, no trabalhador subordinado lesão
corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte a morte ou redução na capacidade
de trabalho ou de ganho. Por outro lado, o art. 9 nº 1 do decreto nº 62/2013, de 4 de
Dezembro. (Regulamento que estabelece que o regime jurídico de Acidentes de Trabalho e
Doenças profissionais) estabelece que acidente de trabalho é o sinistro que verifica-se, no
local e durante o tempo de trabalho, desde que produza, directa ou indirectamente, no
trabalhador por conta de outrem lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que
resulte a morte ou redução na capacidade de trabalho ou de ganho.

Dano

É designado por lesão corporal e que deve se ter em conta o conceito de acidente de
trabalho,segundo Carlos Alegre ՙՙ a gama de danos emergentes de acidente de trabalho
pode assumir as mais variadas formas ,desde os danos materiais causados no vestuário e
objectos de uso pessoal, passando pelos danos morais causados pela dor física ou pelo
prolongado tempo de inactividade, às próprias lesões corporais ˮ

A lesão corporal pode ser física, psíquica, oculta, lesão interna ou ainda externa, a sua
manifestação pode se verificar num momento ulterior ao acidente, porém , é imperioso que
haja um nexo de causalidade entre o acidente e o dano.

O legislador limitou o conceito de dano o qualificando apenas como susceptível de se


enquadrar no acidente de trabalho, quando houver no trabalhador subordinado lesão corporal,
perturbação funcional ou doença de que resulte a morte ou redução na capacidade de trabalho
ou de ganho do trabalhador sinistrado, sendo preciso constarem ainda na Tabela Nacional de
Incapacidades

Apesar da responsabilidade do empregador prevista na Lei de Trabalho ser


objectiva, a mesma nada obsta a que seja subjectiva, desde que reúna os requisitos
da responsabilidade subjectiva.

A responsabilidade por acidentes de trabalho é objectiva ou de risco, Veiga


Rodrigues diz que ‟ a responsabilidade por acidente de trabalho funda-se no risco
da autoridade e no proveito económico que a empresa tira da actividade pela qual
é tornada responsável. E , porque essa responsabilidade visa cobrir o risco de
trabalho, importa-lhe e por isso a exige , a existência da relação entre o acidente e
o trabalho.

O art. 4 de Regulamento que estabelece o regime jurídico de acidentes de trabalho e Doenças


Profissionais traz – nos a definição de trabalhadores por conta de outrem referindo que para
efeitos do presente regulamento, os trabalhadores por conta de outrem são todos aqueles que
se encontram vinculados a um empregador por contrato individual e colectivo de trabalho, ou
equiparados, e os dependência económica e jurídica da pessoa servida, lhe prestem em
conjunto ou individualmente, determinado serviço.

Desta definição de trabalhadores por conta de outrem podemos desde logo perceber quem
pode ser a vítima, ou por outra, quais são as pessoas que eventualmente podem receber
indemnização ou compensação em virtude de acidente de trabalho, não deixando de
qualificar como uma das condições para que o sinistro possa ser designado de trabalho.

Do conceito acima transcrito, compreende – se que para o acidente ser qualificado como de
trabalho é necessário que o sinistro seja:

1. Individuo que tenha celebrado contrato individual de trabalho ou colectivo;

2. Individuo que tenha celebrado um contrato equiparado ao contrato individual de


trabalho;
3. Praticante;

4. Aprendiz;

5. Estagiário;

6. Um individuo que está na dependência económica ou jurídica da pessoa servida.

Elementos de Acidentes de Trabalho

• Elemento espacial - ( local de trabalho) no sentido de que o acidente deve ocorrer no local
de trabalho.

• Elemento Temporal - ( tempo de trabalho) no sentido de que o acidente deve se verificar


no tempo de trabalho.

• Elemento causal - ( nexo de causa – efeito entre o evento e a lesão, perturbação ou de


doença ) no sentido de que o acidente deve produzir o efeito dano, o que a lei designa de
lesão corporal, perturbação funcional ou doença e que nos termos do art. 222, nº 1 da LT e
art. 9, nº 1 do Regulamento que estabelece o regime jurídico de acidentes de trabalho e
Doenças profissionais, deve ser uma lesão que reduza a capacidade de trabalho ou de ganho,
ou ainda que produza a morte.

O acidente de trabalho caracteriza – se por ser súbito, imprevisível quando a verificação e


provem em regra de factores externos. Em relação a esta última característica questiona – se
factores externos devem ser apenas físicos ou os morais também são susceptíveis de provocar
acidente de trabalho. Segundo Carlos Alegre defende que não são apenas causas exteriores
de natureza física que podem resultar ao acidente, mas também as que causais morais.

Segundo Cunha Gonçalves, citado por Carlos Alegre ՙՙ a subitaneidade do facto resulta
do facto, com os seus dois elementos ̶ a imprevisão e a limitação de tempo̶ é
característica essencial do acidente, pois não se pode ser assim designada uma lesão que,
embora produzida durante o trabalho, foi lenta e progressiva .Ainda que a lesão possa se
agravar, pouco a pouco, a causa é que será sempre, súbita golpe, queda ,hérnia , queimadura,
pancada, explosão, entalação, etc.ˮ
A resposabilidade por acidente de trabalho

Doutrinalmente a responsabilidade civil,para a sua existência se reconduz à existencia de


determinados requisitos

Do conceito acima transcrito, compreende – se que para o acidente ser qualificado como de
trabalho é necessário que o sinistro seja:

7. Individuo que tenha celebrado contrato individual de trabalho ou colectivo;

8. Individuo que tenha celebrado um contrato equiparado ao contrato individual de


trabalho;

9. Praticante;

10. Aprendiz;

11. Estagiário;

12. Um individuo que está na dependência económica ou jurídica da pessoa servida.

Apesar da responsabilidade do empregador prevista na Lei de Trabalho ser


objectiva, a mesma nada obsta a que seja subjectiva, desde que reúna os requisitos
da responsabilidade subjectiva.

A responsabilidade por acidentes de trabalho é objectiva ou de risco, Veiga


Rodrigues diz que ‟ a responsabilidade por acidente de trabalho funda-se no risco
da autoridade e no proveito económico que a empresa tira da actividade pela qual
é tornada responsável. E , porque essa responsabilidade visa cobrir o risco de
trabalho, importa-lhe e por isso a exige , a existência da relação entre o acidente e
o trabalho.

Local de Trabalho para Efeitos de Acidente de Trabalho


O acidente de trabalho é aquele que se verifica no local de trabalho, entendido como o espaço
físico onde a empresa está implantada. O local de trabalho deve ser entendido como qualquer
lugar em que o trabalhador se encontra a prestar actividade do empregador, sob a sua
autoridade e direcção.

Segundo Rodrigues Veiga, entende – se por local de trabalho deve entender-se todo aquele
em que se encontre o trabalhador ou este desloque para a execução da sua tarefa e sobre o
qual o chefe da empresa possa exercer vigilância.

E de referir que o conceito de trabalho definido contratualmente conforme impõe o art. 38,nº
1. al. c) da LT, é menos abrangente se comparado com o conceito de local de trabalho para
efeitos de acidente de trabalho.

Tempo de Trabalho para Efeito de Acidente de Trabalho

Os integradores do conceito de acidente é o elemento temporal, no sentido de que o acidente


tem que ocorrer durante o tempo de trabalho. Porém o conceito de tempo de trabalho para
efeitos de acidentes de trabalho não se limita apenas ao período normal de trabalho previsto
no art. 84 da LT, uma vez que é mais extenso por considerar ainda ao tempo que antecede o
inicio da prestação da actividade, incluindo os actos preparatórios da realização da actividade,
bem como os efectuados depois da prestação da actividade desde que relacionados de forma
directa com a preparação e termo dessa prestação.

A prestação da actividade também esta sujeita á interrupções. Assim, nos termos do art. 88, nº
1 da LT, é imperioso que o período normal de trabalho seja interrompido por um período na
inferior a trinta minutos e não superior a duas horas, podendo os intervalos serem aumentados
através do IRCT (art. 88, nº 2 da LT). Durante o período de intervalo, o trabalhador tanto
pode tomar as suas refeições, como pode fumar cigarro, ir a casa de banho, tomar um café ou
chá.

O Nexo de Causalidade

O Nexo de Causalidade constitui a relação que se estabelece entre a acção e o dano para que
se configure a responsabilidade civil.
O Nexo de Causalidade é essencial na responsabilidade civil, havendo este quando há ligação
entre o facto e o dano. O nexo de causalidade é aferido entre o facto e o dano, onde havido o
acidente, há que verificar se dele resultou lesão corporal e se dessa lesão corporal originou
perturbação funcional ou doença de que resultou morte ou redução na capacidade de trabalho
ou de ganho, ou inversamente, se a lesão corporal for reconhecida depois da ocorrência do
acidente.

Extensão do Conceito de Acidente de Trabalho

O art. 222, nº 2 da LT, estabelece que considera – se ainda acidente de trabalho aquele que
ocorra:

a) Na ida ou regresso do local de trabalho, quando utilizado meio de transporte fornecido


pelo empregador, ou quando o acidente seja consequência de particular perigo do
percurso normal ou de outras circunstancias que tenham agravado o risco do mesmo
percurso .

Exemplo: A é trabalhador de B. A vive na cidade da Matola e foi fornecido uma


viatura, tendo sido aconselhado para que sempre use a via da portagem a ida ao
serviço na cidade de Maputo. A entende que deve levar o seu filho à creche usando a
viatura do serviço e não passa pela via da portagem, e foi se envolver num acidente na
via da Machava, tendo o mesmo acidente levado a amputação das suas pernas.

Descaracterização do Acidente de Trabalho

O art. 223 da LT e o art. 11 do regulamento que estabelece o regime jurídico de Acidentes de


Trabalho e Doenças Profissionais tem como titulo descaracterização do acidente de trabalho.
Há acidentes que podem acontecer no local de trabalho que não deixam de ser qualificados
como acidentes, mas que são acidentes que não são susceptíveis de serem considerados de
trabalho.

O art. 223, nº 1 al. a) da LT e art. 11, nº 1, al. a) do regulamento que estabelece o regime
jurídico de Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais estabelecem que o acidente que
for intencionalmente provocado pelo próprio sinistrado descaracteriza – se, não sendo deste
modo indemnizável

A descaracterização deve se entender como a exclusão da responsabilidade do empregador


para efeitos indemnizáveis e não falta ou inexistência de acidente.

E se for Caso Fortuito

O legislador descaracteriza o acidente originado por força maior e não faz referencias ao caso
fortuito, ou seja, aquele acontecimento imprevisto que deriva do próprio funcionamento ou
utilização da coisa causadora do acidente, é indemnizável. Compreende que, se o caso provier
de caso fortuito, o acidente não se descaracterizar, sendo por isso indemnizável. Em todo o
caso, apesar de se excluir o dever de indemnizar em virtude do acidente se descaracterizar,
existe por parte do empregador o dever de assistência nos termos do art. 228 da LT, art.11,
nº2 e art. 15 ambos do regime jurídico de Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais.

Pode – se afirmar que em caso de acidente, preocupação do empregador não é de saber se tal
sinistro é de trabalho ou se descaracteriza, mas sim prestar os primeiros socoros ao
trabalhador sinistrado. Como dever humanitario não se questiona a natureza juridica do
acidente.

Prevenção dos Acidentes de Trabalho

Nas situações juridico laborais, não é de excluir a maxima vale mais prevenir do que
remeditar. A prevenção dos acidentes de trabalho pressupõe a tomada de acções tendentes a
evitar que os mesmos ocorram. Porem, há vezes que mesmo criando condições de prevenção,
os acidentes ocorrem, daí que o legislador, deve se preocupar não só na tomada de medidas
de prevenção, como também na tomada de medidas de reparação em casos de danos
emergentes do acidente de trabalho.

Atento ao art. 216, as regras relativas a higiene e segurança no trabalho não visam disciplinar
apenas ao empregador, mas tambem ao trabalhador. Assim, enquanto o empregar tem dever
de criar condições adequadas à protecção da integridade fisica e mental do trabalhador,
fornecido equipamentos de protecção e roupas de trabalho própriais para evitar acidentes, o
trabalhador tem dever de cumprir as regras de prevenção de acidentes de trabalho.

O trabalhador tem naturalmente a obrigação de cumprir regras de prevenção dos acidentes de


trabalho e doenças profissionais incumbindo tambem a ele o dever de evitar que sofra os
acidentes de trabalhos e doenças profissionais.

Mas ao Estado não cabe apenas estabelecer regras de prevenção de acidentes de trabalho,
pelo que incumbe – lhe a tarefa de verificar se tais regras estão a ser cumpridas, daí que o
Estado tem a missão de fazer a fiscalização do cumprimento das regras de prevenção dos
acidentes de trabalho.

Dever de Participação dos Acidentes de Trabalho

Esta disposição não só estabelece o dever de participar do acidente ou doença profissional,


como tambem o prazo dentro do prazo do qual a participação deve ser feita e as pessoas sobre
as quais recai o dever de participar, e a quem participar, atento ao art.227, nº1 da LT.

O prazo pelo qual o acidente deve ser participado

Há portanto uma extensão em termos ciscunstanciais, da responsabilidade de dar a conhecer


sobre a ocorrência do acidente. Assim, ocorrendo o acidente e estando o trabalhador numa
unidade hospitalar, a obrigação de informar incumbe a esta, se vier a morrer.A informação
deve ser dirigida ao tribunal do trabalho, bem como à pessoa que era responsável para cuidá –
lo.

A tomada de conhecimento sobre o acidente por parte do empregador tem implicações, uma
vez que o empregador tem por sua vez o dever de participá – lo à seguradora.

Dever de assistência

A obrigação de assistir ao trabalhador encontra-se prevista no art. 228 da LT e no nº1 do


art.33 do Regulamento de Regime Jurídicos do Acidente de Trabalho que integra o dever de
fornecer o transporte e estadia em local com condições que a natureza da lesão ou doença
podem impor, em caso de mudanças hospitalar para fora do local de residência, mas dentro
de moçambique o sinistrado tem o direito de se fazer acompanhar por um membro familiar
ou terceiro que presta assistência directa, sendo os custos de deslocação suportados pelo
empregador,estabelecido no art. 228, nº 3 da LT.

Direito a Reparação

O Dever de Reparação cabe a aqueles que apenas tenham celerbrado o contrato de trabalho,
seja escrito e tácito. Designados os estagiários e aprendizes uma vez que esses não sejam
qualificados como trabalhadores.

Importa referir que a responsabilidade por acidente de trabalho independe da validade ou


invalidade do contrato de trabalho, pelo que o sinistrado tem direito a reparação ainda que o
contrato seja nulo ou anulado, pois se entende que apesar do contato ser inválido, o
emprrgador nutriuproveito económico pelo que deve de igual modo suportar a
responsabilidade nele ligado.

O direito a reparação que assiste ao sinistrado pressupõe:

a) O restabelecimento do estado de saúde do sinistrado;

b) Reposição da capacidade de ganho ou de trabalho do trabalhador;

c) Recuperação para a vida activa geral, sendo morte, pensão aos familiares,

Determinação da capacidade residual

Ao se determinar a capacidade residual do trabalhador, tem que ter em conta a natureza e a


gravidade da lesão sofria pelo trabalhador, a sua profissão, a idade do trabalhador sinistrado.

Esta não é feita pelo empregador, mas sim atraves de uma junta médica ou critérios e regras
constante na Tabela Nacional de Incapacidades.
Indemnizações

O acidente de trabalho, causador do dano indemnizável leva a que se tomem medidas


tendentes a reparar o dano ou lesão sofrida pelo trabalhador, ou ainda o acidente de trabalho
pode resultar na morte do trabalhador. Segundo o art. 233, nº 1 e 3 da LT e artigos 52 e 53,
ambos do RJATDP. As indemnizações por acidente de trabalho,previstas na LT podem ser
vistas em duas perspectivas:

 A primeira - recai única e exclusivamente na recuperação física e psíquica do


trabalhador lesado;

 A segunda – recai no pagamento monetário tendo em conta a morte do trabalhador,


que vai dar lugar a pensão de sobrivivencia ou ainda sendo incapacidade permanente
absoluta ou parcial o trabalhador tem direito a pensão.

Determinação do valor da indemnização

Na determinação do valor da indemnização influem factores:

1-É necessário ter em conta a lesão ou dano sofrido pelo trabalhador.

2-No que concerne a incapacidade, a lei faz a disntinção entre a incapacidade permanente ou
temporária total ou parcial,atento nos art.233,nº1 da LT

Tipos de Acidentes de trabalho

Para que não ocorra confusão, o acidente de trabalho pode ser dividido em três categorias:
típico, atípico ou de trajecto.

Acidente típico

Acontece no local de trabalho ou em seus arredores e dentro do expediente de trabalho. Eles


costumam ocorrer em decorrência de imprudência, negligência, ou ainda por causas naturais,
como deslizamentos, enchentes ou raios. Esse tipo de acidente inclui os períodos em que o
funcionário está viajando a serviço do empregador.
Acidente atípico

Específico para quando acontece por conta da repetição de actividades do trabalho ou doença
que tenha ligação com o ofício. Outros acidentes que podem ser considerados atípicos são:

 Acto de agressão ou sabotagem;


 Contaminação acidental durante o trabalho;
 Acidente durante os períodos destinados a alimentação e descanso.

Acidente de trajecto

Ocorre durante o percurso da pessoa entre o trabalho e sua casa e vice-versa, tanto em veículo
próprio ou no transporte da empresa quanto no transporte público.

Como fazer a Comunicação de acidente de trabalho?

Inclusive, o comunicado contribui para que os órgãos federais possam pesquisar a analisar
estatísticas e possíveis epidemias. Adicionalmente, a obrigatoriedade da sua realização
possibilita que o empregado tenha acesso à assistência acidentaria do INSS ou até mesmo
consiga uma aposentadoria por invalidez.

Paralelo a esse processo, o funcionário recebe os primeiros socorros, que podem acontecer
dentro do próprio local de trabalho. Emitido online, o CAT é enviado ao INSS, que já toma
conhecimento do que aconteceu com o trabalhador. Existem três tipos de CAT:

 Inicial:  realizado quando acontece o acidente de trabalho, doença ocupacional ou


acidente de trajecto (sofrido pelo empregado durante o percurso entre a residência e o
trabalho) ou com óbito imediato;
 Reabertura: E adoptado quando há um agravamento de lesões por conta de acidente
ou doença do trabalho;
 Óbito: é preenchido em caso de morte do colaborador, desde que o falecimento esteja
associado a um acidente de trabalho ou doença ligada ao ofício. É importante ressaltar
que esse último tipo de Comunicado de Acidente de Trabalho só vale para o óbito que
acontece após o preenchimento do CAT inicial.
Salientamos ainda que esse documento deve ser emitido preferencialmente logo após o
acidente, porém o seu preenchimento é permitido até um dia útil após o ocorrido. O que não
pode acontecer é o esquecimento do seu envio ao INSS.

Quais são os direitos de quem sofre um acidente de trabalho?

Em primeiro lugar, a empresa tem que preencher o CAT. Com esse documento em mãos, o
trabalhador poderá ter acesso aos benefícios do INSS. Assim, terá a inclusão do seu caso no
órgão mediante uma perícia que comprove os malefícios do acidente. Ao comprovar o dano à
capacidade produtiva do funcionário, ele tem os seguintes direitos:

Garantia e estabilidade de emprego

O acidentado precisa ter o CAT emitido e ficar mais de 15 dias afastados de suas funções.
Com isso, ele recebe o auxílio do INSS e, ao retornar ao trabalho, terá seu contrato de
trabalho garantido por 12 meses.

Afastamento remunerado

Independentemente do tempo de afastamento do trabalho, o trabalhador continua a receber o


seu ordenado integralmente.

Pensão por morte

Quando há a morte do trabalhador por conta de acidente de trabalho, os seus dependentes têm
direito a receber uma pensão.

Auxílio-doença

É o nome dado ao benefício concedido pelo Ministério da Previdência Social, destinado ao


indivíduo que esteja incapaz para o trabalho, mesmo que temporariamente, por doença, num
período de mais de quinze dias consecutivos. A incapacidade para o trabalho é atestada por
meio de exame realizado pelo INSS.
Para ter direito ao benefício, é necessária contribuição por, no mínimo, 12 meses para a
Previdência Social. Se o trabalhador deixa de fazer o pagamento, as contribuições anteriores
somente são consideradas se ele pagar pelo menos quatro parcelas que, somadas ao que foi
quitado antes, totalizem no mínimo 12.

Algumas doenças são excluídas deste prazo de contribuição de 12 meses, devido às suas
particularidades, como a alienação mental, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível
e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, entre várias outras.

Pagamento do auxílio-doença

No caso dos trabalhadores com carteira assinada, os primeiros 15 dias são pagos pelo
empregador, (com excepção do doméstico). A partir do 16º dia de afastamento do trabalho, o
auxílio fica a cargo da Previdência Social.

Para o restante dos segurados, incluindo o doméstico, a previdência paga o auxílio desde o
início da incapacidade até a recuperação completa. No caso do contribuinte individual
(empresário, profissional liberal, além de outros profissionais que trabalham por conta
própria), entre outros (facultativo, especial, individual e avulsos), recebem o período integral
do afastamento, a partir da data do requerimento.

Cessação do benefício

Em termos básicos, o auxílio-doença providenciaria só deixa de ser pago quando o segurado


recupera a capacidade e retorna ao trabalho ou quando se transforma em aposentadoria por
invalidez. Na verdade, há quatro possibilidades:

a. o segurado recupera a capacidade para realizar o trabalho do qual fora desligado.


b. quando o benefício se transforma em aposentadoria por invalidez.
c. por solicitação do segurado, com a concordância da perícia médica do INSS.
d. quando o segurado retorna voluntariamente ao trabalho.

O trabalhador que, ao se filiar à Previdência Social, já tiver doença ou lesão que geraria o
auxílio, não tem direito a este. Por outro lado, quando houver agravamento da enfermidade
provocado pelo trabalho, o INSS considera que o trabalhador pode receber a ajuda.

Auxílio-acidente
O auxílio-acidente é um benefício concedido pelo Ministério da Previdência Social ao
trabalhador que sofreu um acidente de trabalho e ficou com sequelas que reduzem sua
capacidade para o trabalho. É concedido aos trabalhadores que estavam recebendo o auxílio-
doença, mencionado um pouco antes, e que ficam impossibilitados de exercer sua função
trabalhista por período superior a 15 dias. Os primeiros 15 dias de afastamento são
remunerados pela empresa e, a partir disso, o pagamento é responsabilidade do Ministério da
Previdência.

Tem direito ao benefício o trabalhador empregado que apresenta lesões decorrentes de


acidente de trabalho, e que o impedem de voltar a trabalhar, sendo incluído neste grupo
também o trabalhador avulso e o segurado especial, nas mesmas situações. A concessão do
auxílio-acidente não exige que o trabalhador tenha um período mínimo de contribuição. O
mesmo deixa de ser pago quando o trabalhador recupera a capacidade e retorna ao trabalho,
ou então quando solicitar aposentadoria por invalidez, fazendo-se a troca de benefícios.

O empregado doméstico, o contribuinte individual (autónomo) e o contribuinte facultativo.


Não podem solicitar o auxílio-acidente. A pessoa que trabalhar mesmo doente também não
possui direito a receber o benefício.

Pagamento do auxílio-acidente

O pagamento do auxílio-acidente começa logo após o término do fornecimento do auxílio-


doença. Seu valor corresponde a 50% do salário utilizado no cálculo do auxílio-doença,
corrigido até o mês anterior ao do início do pagamento do auxílio-acidente. O auxílio-
acidente tem carácter indemnizatório, podendo ser acumulado com outros benefícios que não
a aposentadoria. Desse modo, quando o trabalhador se aposenta, o benefício deixa de ser
pago.
CONCLUSÃO

O conceito legal de acidente de trabalho está previsto no artigo 222, nº 1 da LT, nos termos
do qual. O acidente do trabalho é o sinistro que se verifica, no local e durante o tempo de
trabalho, desde que produza, directa ou indirectamente, no trabalhador subordinado lesão
corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte a morte ou redução na capacidade
de trabalho ou de ganho. Por outro lado, o art. 9 nº 1 do decreto nº 62/2013, de 4 de
Dezembro. (Regulamento que estabelece que o regime jurídico de Acidentes de Trabalho e
Doenças profissionais) estabelece que acidente de trabalho é o sinistro que verifica-se, no
local e durante o tempo de trabalho, desde que produza, directa ou indirectamente, no
trabalhador por conta de outrem lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que
resulte a morte ou redução na capacidade de trabalho ou de ganho.
Referencias Bibliográficas

Acidente de Trabalho. Disponível em: < http://www.unesc.net/portal/capa/index/243/5023 >.


O que é acidente de trabalho. Disponível em:
< http://www.tst.jus.br/web/trabalhoseguro/resolucao>.
Acidente de Trabalho. Disponível em:
< http://sites.unifra.br/cipa/AcidentedoTrabalho/tabid/2023/language/en-US/Default.aspx >.

Arquivado em: Direito MONTEIRO , Antonio Lopes; BERTAGNI, Roberto Fleury


de Souza.Acidentes do Trabalho e Doenças Ocupacionais: Conceito, processos de
conhecimento e de execução e suas questões polêmicas. São Paulo: Saraiva, 1998.

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