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Higiene do trabalho
A higiene do trabalho compreende normas e procedimentos adequados para proteger a integridade
física e mental do trabalhador, preservando-o dos riscos de saúde inerente às tarefas do cargo e ao
ambiente físico onde são executadas.
A higiene do trabalho está ligada ao diagnóstico e à prevenção das doenças ocupacionais, a partir do
estudo e do controle do homem e seu ambiente de trabalho.
Tem caráter preventivo por promover a saúde e o conforto do funcionário, evitando que ele adoeça e
se ausente do trabalho.
Envolve, também, estudo e controle das condições de trabalho. Já a segurança do trabalhador
durante o desenvolvimento de suas atividades necessita, principalmente, de medidas por parte das
empresas, que visem o treinamento e a conscientização dos mesmos.
É preciso mudar os hábitos e as condições de trabalho para que a higiene e a segurança no ambiente
de trabalho se tornem satisfatórios. Nessas mudanças se faz necessário resgatar o valor humano.
Pois, a partir do momento que a organização está preocupada com a higiene e a segurança do
trabalhador, ele está sendo valorizado. E quando os colaboradores percebem o fato de serem
valorizados, reconhecidos, isso os torna mais motivados para o trabalho.
Histórico da segurança e saúde do trabalho
Criação da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT
A CLT teve início com o Decreto-Lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943, sancionada pelo presidente
Getúlio Vargas, como forma de unificar a legislação trabalhista que existia nessa época no país.
Tinha como objetivo primordial, a regulamentação das relações individuais e coletivas do trabalho. A
CLT foi resultado de 13 anos de intenso trabalho - desde o início do Estado Novo, em 1937, até 1943 -
de importantes juristas, que se empenharam em criar uma legislação trabalhista que atendesse à
necessidade de proteção do trabalhador, dentro de um contexto de “estado regulamentador”.
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT
Esta lei traça o marco de grandes melhorias futuras para o trabalhador brasileiro, integra em seu corpo
assuntos relacionados a:
a- identificação profissional como a carteira de trabalho e a previdência so- cial;
b- duração da jornada de trabalho;
c- salário mínimo;
d- férias anuais;
e- segurança e medicina do trabalho;
f- duração e condições de trabalho em atividades especiais como bancários, serviço de telefonia,
músico, trabalho em embarcação, frigorífico, estiva, portos, professores e outros;
g- proteção de trabalho da mulher;
h- proteção do trabalho do menor;
i- remuneração, rescisão;
j- sindicatos.
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT
A partir da CLT, no enquadramento do “capítulo V - Segurança e Medicina do Trabalho” foi instituído
pela portaria 3.214 de 08/06/78 as normas regulamentadoras (NRs) com o objetivo de regulamentar as
ações associadas à segurança e medicina do trabalho que veremos mais adiante em nosso estudo.
A partir daí, as empresas têm que se enquadrar tanto na CLT como nas NRs (normas regulamentadoras)
sob pena de multas trabalhistas, o que deixa o trabalhador em condições melhores com relação aos seus
direitos por ter ciência de que existe uma lei como garantia deles.
O poder público, em sua tarefa de legislar sobre o tema e fiscalizar seu cumprimento, o empregador ao
cumprir e fazer cumprir as normas estabelecidas e os trabalhadores, ao seguirem as instruções
determinadas.
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT
Na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) está previsto que:
1- Incumbe ao órgão de âmbito nacional competente em matéria de segurança e medicina do trabalho
estabelecer: normas sobre a aplicação da segurança do trabalho, coordenar, orientar, controlar e
supervisionar sua fiscalização.
Compete às Delegacias Regionais do Trabalho: promover a fiscalização do cumprimento das normas
de segurança e medicina do trabalho, adotar as medidas determinando as obras e reparos que, em
qualquer local de trabalho, se façam necessárias, impondo as penalidades cabíveis por
descumprimento das normas.
2- Cabe às empresas cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho e
instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de
evitar acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais, constituindo contravenção penal por parte da
empresa que deixar de cumprir as normas de segurança.
3- Cabe aos empregados observar as normas de segurança e medicina do trabalho, colaborar com a
empresa na aplicação dos dispositivos de segurança no trabalho, constituindo até ato faltoso (justa
causa) a recusa injustificada à observância das instruções expedidas pelo empregador e ao uso dos
equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa.
Acidente de trabalho
Acidente de trabalho é qualquer ocorrência não programada, inesperada ou não, que interfere ou
interrompe a realização de uma determinada atividade, trazendo como consequência isolada ou
simultânea a perda de tempo, danos materiais ou lesões.
A diferença entre os dois conceitos reside no fato de que para o conceito legal é necessário haver
lesão física, enquanto que no conceito prevencionista são levadas em consideração, além das
lesões físicas, a perda de tempo e de materiais.
Acidente de trabalho
Consideram-se acidentes de trabalho as seguintes entidades mórbidas:
1- doença profissional: produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho, peculiar à determinada atividade e constante da
relação elaborada pela Previdência Social.
2- doença do trabalho: adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e que com ele
se relacione diretamente, desde que constante na relação elaborada pela Previdência Social (ou de doença comprovadamente
relacionada ao trabalho executado).
Não serão consideradas como doença do trabalho:
a- doença degenerativa;
b- inerente a grupo etário;
c- a que não produz incapacidade laborativa
d- a doença endêmica adquirida por segurados habitantes de região em que ela se desenvolve, salvo comprovação de que
resultou de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.
Não será considerado acidente de trabalho
o ato de agressão relacionado a motivos pessoais.
No caso de doença profissional ou do trabalho será considerado como dia do acidente, a data do início da incapacidade
laborativa para o exercício da atividade habitual ou o dia em que o diagnóstico for concluído, valendo para esse efeito, o que
ocorrer em primeiro lugar.
O acidente de trabalho será caracterizado tecnicamente pela perícia médica do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social),
mediante a identificação do nexo entre o trabalho e o agravo.
Acidente de trabalho
Diferença entre o conceito legal e o conceito prevencionista:
a- conceito previdenciário: acidente de trabalho é qualquer ocorrência não programada, inesperada, que
interfere ou interrompe o processo normal de uma atividade, trazendo como consequência, isolada ou
simultânea, perda de tempo, dano material ou lesões ao homem.
b- conceito legal: Acidente do trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa,
provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte; ou a perda ou redução permanente
ou temporária da capacidade para o trabalho.
A diferença entre os dois conceitos reside no fato de que no conceito legal é necessário haver apenas lesão
física, enquanto que no conceito previdenciário são levados em considerações, além das lesões físicas, a
perda de tempo e de materiais.
Acidente de trabalho
Doenças ocupacionais
São as doenças decorrentes do trabalho e podem ser classificadas em “doenças profissionais” e “doenças do
trabalho”.
Doença profissional
As doenças profissionais decorrem da exposição dos trabalhadores a agentes físicos, químicos, ergonômicos
e biológicos, ou seja, da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e Emprego e o da
Previdência Social (Anexo II do Decreto nº 2.172/97).
Podem servir como exemplos as lesões por esforço repetitivo (inflamações em músculos, tendões e nervos
provocadas por atividades de trabalho que exigem movimentos manuais repetitivos durante longo tempo),
perda auditiva induzida pelo ruído (provocada, na maioria das vezes, pela exposição a altos níveis de ruído
durante período prolongado
Doença do trabalho
As doenças do trabalho são desencadeadas a partir de condições inadequadas de trabalho, onde se torna
necessária a comprovação do nexo causal, afirmando que foram adquiridas em decorrência do trabalho.
Podem servir como exemplos: alergias respiratórias adquiridas em ambientes condicionados, estresse,
fadiga, dores de coluna em motoristas e intoxicações profissionais agudas.
Acidente de trabalho
Comunicação do acidente:
O Decreto nº 2.172 de 1997, determina que a empresa deve comunicar o acidente de trabalho à
Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e em caso de morte, de
imediato à autoridade competente, sob pena de multa.
Da comunicação a que se refere esse artigo, receberão cópia fiel o acidentado ou seus
dependentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua categoria.
Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio acidentado, seus
dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade
pública, não prevalecendo, nesses casos, o prazo previsto no artigo
A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é um formulário que deve ser preenchido pela
empresa para que o acidente seja legalmente reconhecido pelo INSS, permitindo que o
trabalhador receba o auxílio-acidente ou outros benefícios gerados pelo acidente. O formulário
possibilita aos serviços de saúde ter informações sobre os acidentes e doenças, assim como
fiscalizar e investigar as empresas a fim de impedir o acontecimento de acidentes semelhantes.
A CAT deve ser preenchida em todos os casos de acidentes de trabalho (mesmo com menos de
15 dias de afastamento, sem afastamento do trabalho e nos acidentes de trajeto), em todos os
casos de doença ocupacional profissional ou do trabalho e em todos os casos de suspeita de
doença profissional ou do trabalho.
Acidente de trabalho
Comunicação do acidente