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2. CONCEITOS GERAIS
3. ACIDENTES DE TRABALHO
4. ACIDENTES DE TRABALHO
8. RISCOS AMBIENTAIS
9. RISCOS AMBIENTAIS
13. ASSÉDIO
1. INTRODUÇÃO
A prevenção de acidentes do trabalho não acompanhou o desenvolvimento industrial
brasileiro. Nas últimas décadas, a falta de consciência preventiva dos trabalhadores,
empresários e governo resultou em altas taxas de acidentes e, consequentemente, grandes
prejuízos para as empresas, para a comunidade e,principalmente, para os trabalhadores.
A disseminação de informações sobre a prevenção de acidentes e doenças do trabalho
dentro das empresas, através da educação, permite que haja cada vez mais trabalhadores
e empresários conscientes da importância da Segurança e Saúde no trabalho. Além disso,
a crescente exigência pela busca da qualidade e produtividade tem gerado uma enorme
pressão sobre a indústria e, aquelas que pretendem permanecer ativas em seu segmento,
perseguem constantemente a segurança dos trabalhadores, aliada a uma efetiva redução
dos custos de produção e permanente satisfação dos consumidores. Alcançar essas metas
significa, necessariamente, passar por melhoria nas condições dos ambientes de trabalho.
As organizações têm sido desafiadas a se adaptarem a um mundo novo e a figura
central desse cenário são as pessoas. Nesse contexto, a mudança de postura é um elemento
básico para que nos reajustemos à nova realidade, embora “mudar” nem sempre seja uma
experiência agradável. É um processo dinâmico que requer paciência, capacidade analítica
e persistência.
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2. CONCEITOS GERAIS
O SÍMBOLO DA CIPA
Porque implica em sairmos de nossa área de conforto e entrarmos em contato com as
nossas dificuldades pessoais. Porque não enfrentamos os nossos medos, medos infundados
ou reais,medos emprestados ou desconhecidos.
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QUALIDADE DE VIDA
É um completo estado de bem estar físico, mental, social e financeiro.
SAÚDE
É um estado de completo bem estar físico e mental, e não meramente a ausência de
doença.
SEGURANÇA DO TRABALHO
É uma série de medidas técnicas, médicas, administrativas e psicológicas, destinadas
a prevenir os acidentes e doenças profissionais e do trabalho, educando as pessoas sobre
meios de evitá-los, como também procedimentos capazes de eliminar as condições abaixo
do padrão aceitável de segurança do ambiente de trabalho.
3. ACIDENTE DE TRABALHO
Para combater as causas dos acidentes, é preciso, antes de tudo, saber o que é um
acidente.
CONCEITO PREVENCIONISTA
Qualquer ocorrência não programada, inesperada ou não, que interrompe ou interfere
no processo normal de uma atividade podendo ocasionar:
a. Perda de tempo;
b. Danos materiais;
c. Lesões nos trabalhadores.
CONCEITO LEGAL
A Lei n° 8.213, de 24 de julho de 1991, da Previdência Social, em seu artigo 19, 20 e 21
define:
Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de
empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos
no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que
cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o
trabalho. (Redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015)
§ 1º A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais
de proteção e segurança da saúde do trabalhador.
§ 2º Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir
as normas de segurança e higiene do trabalho.
§ 3º É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da
operação a executar e do produto a manipular.
§ 4º O Ministério do Trabalho e da Previdência Social fiscalizará e os sindicatos e
entidades representativas de classe acompanharão o fiel cumprimento do disposto
nos parágrafos anteriores, conforme dispuser o Regulamento.
Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as
seguintes entidades mórbidas:
I . – doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo
exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva
relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social;
I I . – doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em
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de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione
diretamente, constante da relação mencionada no inciso I.
§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:
a) a doença degenerativa;
b) a inerente a grupo etário;
c) a que não produza incapacidade laborativa;
d)a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se
desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto
determinado pela natureza do trabalho.
§ 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação
prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais em que o
trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve
considerá-la acidente do trabalho.
Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:
I . – o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única,
haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da
sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica
para a sua recuperação;
I I . – o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em
consequência de:
a)atode agressão, sabotagem ou terrorismopraticado por terceiroou companheiro
de trabalho;
b)ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada
ao trabalho;
c)atode imprudência,de negligênciaou de imperíciade terceiroou de companheiro
de trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e)desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de
força maior;
III – a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício
de sua atividade; IV – o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e
horário de trabalho:
a)na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;
b)na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo
ou proporcionar proveito;
c)em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada
por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra,
independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de
propriedade do segurado;
d)no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer
que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
§ 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de
outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado
é considerado no exercício do trabalho.
§ 2º Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a
lesão que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às
consequências do anterior.
INCIDENTE
É um termo usado para designar um “quase acidente”. Uma situação em que houve um
risco e uma exposição simultânea a ele, mas não houve perda (material, lesão, tempo, entre
outros). O incidente é um grande aviso a quem o presenciou, pois poderia ter acontecido
o pior. Todo acidente vem de um incidente, mas nem todo incidente, resulta em acidente.
4. ACIDENTE DE TRABALHO
Étoda ocorrênciaindesejadaqueinterferenoandamentonormal de qualquer atividade.
ACIDENTE DE TRAJETO
Para que se caracterize o acidente de trajeto, em regra, conforme entendimento
jurisprudencial acerca do tema, o trabalhador deve estar no seu trajeto normal, ou seja, no
caminho habitualmente percorrido para ir ao trabalho. Caso o empregado saia do trabalho
e se encaminhe diretamente a um local diferente da sua residência, por exemplo, para a
casa de parentes ou para um restaurante, eventual acidente que ele sofra nesse percurso
ou desse local até sua casa, não será classificado como acidente de trajeto. Além disso, deve
ser observado o tempo normalmente gasto no percurso, isto é, o tempo utilizado deve ser
compatível com a distância percorrida.
ACIDENTE TÍPICO
É o acidente que acontece no local e horário de trabalho. Um acidente pode ser
determinado por vários fatores que agem ao mesmo tempo, envolvendo tanto condições
como atos abaixo dos padrões aceitáveis de segurança.
Imagine uma pilha de sacas mal feita e que desaba. Mesmo não havendo perda de
material, isso constitui um acidente, pois haverá, no mínimo, perda de tempo para recolocá-
la no local. Se houver essa perda, será um acidente com prejuízo material. É preciso ter em
mente que sendo evitados acidentes dessa espécie, serão evitados aqueles que podem
causar lesões ao trabalhador.
Conhecendo as definições, constatamos que a prevenção deve ter como objetivo
impedir que aconteçam fatos que parecem sem importância ou que não preocupam muito,
porque não atingem pessoas.Esses acontecimentos valem como alerta e quem é um bom
prevencionista verá neles o perigo que podem trazer para a segurança material da empresa
e para as pessoas que nela trabalham.
Em uma empresa, os acidentes ocorrem tendo como causas mais comuns as práticas e
condições abaixo dos padrões aceitáveis de segurança. Não existe mais, em nossa sociedade,
a variável de predestinação a determinado acidente.
REFLEXÃO
ACIDENTES ACONTECEM?
Em sua maioria, os acidentes ocorrem porque suas causas não foram eliminadas a
tempo:
Portanto, pode-se dizer que as causas dos acidentes do trabalho estão ligadas
diretamente a dois fatores:
• falhar ao bloquear/resguardar;
• rotina e monotonia;
• não prestar atenção por onde está circulando ou nas pessoas que estão próximas
de você;
• preocupação com problemas pessoais e familiares;
• improvisar ferramentas;
• falta de motivação;
• iluminação inadequada;
• temperatura inadequada;
• piso escorregadio;
• iluminação inadequada;
• ventilação inadequada.
PRESSA
A pressa anula a prevenção:
IMPROVISAÇÃO
Improvisar é criar riscos:
• Adaptando,modificando;
PRESUNÇÃO
Presumir é supor sem verificar:
EXCESSO DE CONFIANÇA
É difícil aceitar, porém frequentemente usamos este princípio:
PERDAS SALARIAIS
Em caso de Acidente de Trabalho com afastamento, o salário do empregado é pago
integralmente pela empresa nos quinze dias iniciais. A partir do 16° dia, o pagamento passa
a ser encargo da Previdência Social.
O prazo para começar a receber o benefício é de aproximadamente 60 dias, depois de
iniciada a responsabilidade da Previdência.
Se for computado o tempo que o trabalhador perde em filas, exames periciais,
preparação de documentos,etc.,o prazo aumenta significativamente.
DANOS PSICOLÓGICOS
Quem está acostumado a trabalhar sabe que ficar preso a uma cama por incapacidade,
ainda que temporária,éestressante.O que dizer,então,quandoo acidenteprovoca mutilação
ou invalidez permanente? Além do sofrimento físico com o ferimento e o tratamento, às
vezes prolongado e oneroso, o abatimento psicológico é inevitável. Se ocorrerem danos
físicos permanentes, certamente será difícil para o funcionário retornar ao trabalho sem
sentir-se inferiorizado, principalmente quando se torna alvo de curiosidades.
A família do acidentado sofre com as consequências do acidente, podendo passar até
mesmo por uma desestruturação, principalmente se ocorrer a morte do acidentado, que
normalmente é arrimo da família. Isso sem contar a queda da renda familiar, num momento
em que mais se necessita de dinheiro.
PROTEÇÃO DA CABEÇA
PROTEÇÃO AUDITIVA
• Protetor Auditivo: diminui a intensidade da pressão sonora exercida pelo ruído
contra o aparelho auditivo.Existem dois tipos básicos:
1. Tipo PLUG,que é introduzido no canal auditivo;
2. Tipo CONCHA, que cobre todo o aparelho auditivo e protege, também, o sistema
auxiliar de audição (parte óssea).
• O Protetor Auricular não anula o som, mas reduz o ruído (que é o som indesejável)
em níveis compatíveis com a saúde auditiva. Isso significa que, mesmo usando o
protetor auricular,ouve-se o som mais o ruído,sem que afete o usuário.
PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
• Respiradores e Máscaras: protegem as vias respiratórias contra gases tóxicos,
asfixiantes e contra aerodispersóides (poeiras). Protegem não somente de
envenenamento e asfixia, mas também, da inalação de substâncias que provocam
doenças ocupacionais (silicose,siderose,etc.).
PROTEÇÃO DE MEMBROS SUPERIORES
PROTEÇÃO DO TRONCO
PROTEÇÃO CONTRAQUEDAS
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8. RISCOS AMBIENTAIS
Dividem-se em:
• FÍSICOS • ERGONÔMICOSS
• QUÍMICOS • ACIDENTES
• BIOLÓGICOS
AGENTES FÍSICOS
Formas de energia que afetam a saúde do trabalhador.
RUÍDO
É a mistura de sons de diversas frequências e amplitudes que escapam à capacidade
de discriminação do ouvido humano. Resumindo, podemos afirmar que o ruído é um som
desagradável e capaz de provocar distúrbios no organismo e, sobretudo, a sensação de
desconforto.
VIBRAÇÃO
Éomovimentooscilatóriodeumcorpo, devidoaforçasdesequilibradasdecomponentes
rotativos e movimentos alternados de máquinas ou equipamentos.
RADIAÇÕES IONIZANTES
A radiação, ao atingir um átomo, tem a capacidade de subdividi-lo em duas partes
eletricamente carregadas. A esse efeito denominamos Ionização e as duas partículas
formadas são chamadas de Par Iônico.
• Problemas gerados: queimaduras na pele, lesão nos olhos, lesões na pele e outros
órgãos.
• Exemplos: fornalhas,fundição,forno de micro-ondas, etc.
FRIO
CALOR
• Exemplos: fornalhas,fundição,etc.
PRESSÕES ANORMAIS
UMIDADE
• Exemplos: frigoríficos,etc.
AGENTES QUÍMICOS
Substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via
respiratória, pele ou por ingestão que afetam a saúde do trabalhador.
• Sólida
• Líquida
• Gasosa
VIA RESPIRATÓRIA
A substância penetra durante a respiração, sendo essa a via de penetração mais
importante dos agentes químicos.
VIA DIGESTIVA
Certos casos tais como roer as unhas ou limpá-las com os dentes, são as principais
causas de ingestão de substância tóxicas. As substâncias estão na atmosfera na forma de
gases, vapores, poeiras e fumos. Nesse caso, a ingestão de substâncias tóxicas pode ser
considerada um caso acidental, sendo poucos os casos de doenças profissionais.
VIA CUTÂNEA
A substância penetra na pele, principalmente pelos poros, sendo que grande maioria
dos solventes industriais penetram no organismo devido à sua lipossolubilidade.
POEIRA
São partículas sólidas em suspensão no ar.
FUMOS
São pequenas partículas sólidas suspensas no ar,geradas pelo processo de condensação
de vapores metálicos ou polímeros, produzidas pela sublimação de um metal ou plástico e
a reação dos vapores com o oxigênio do ar.
NÉVOAS
São partículas líquidasformadas por ruptura mecânica das gotículasem suspensãono ar.
• Exemplos: pulverização,pintura,etc.
GASES
São substâncias que em condições normais de temperatura e pressão estão no estado
gasoso.
VAPORES
É a fase gasosa de uma substância que normalmente é sólida ou líquida em condições
normais de temperatura e pressão.
AGENTES BIOLÓGICOS
São micro-organismos presentes no ambiente de trabalho como:
• Vírus: gripes,etc.
• Fungos: bolores,mofos,etc.
• Bacilos: tuberculose,tétano,botulismo,etc.
• M onotonia e repetitividade;
ACIDENTES
São riscos de natureza mecânica, onde o trabalhador poderá sofrer um acidente por
objetos, máquinas, equipamentos, ferramentas, etc... São situações de riscos que podem
contribuir diretamente ou indiretamente para a ocorrência de acidentes.
O QUE É?
• Mapa de Riscos é uma representação gráfica dos pontos de riscos encontrados em
cada setor. É uma maneira fácil e rápida de representar os riscos de acidentes do
trabalho.
COMO ELABORAR?
Para elaboração do Mapa de Riscos, convencionou-se atribuir uma cor para cada tipo
de risco e representá-lo em círculos.
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PEQUENO MÉDIO GRANDE
3. Causa e consequência.
RISCO PEQUENO
RISCO MÉDIO
RISCO GRANDE
ETAPAS DE ELABORAÇÃO
• número de trabalhadores;
• sexo;
• idade;
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• treinamento profissional e de segurança e saúde;
• jornada;
• as atividades exercidas;
• o ambiente.
Jornadas Animais
de peçonhento
trabalho s
prolongadas
Outras situações
Monotonia e de risco que
repetitividad poderão
e contribuir para
Tabela 01 – Classificação de riscos
ocorrência de
Fonte: SENAI DR PR, 2019. Outras
acidentes
situações
causadoras de
stress físico
e/ou psíquico
MODELO DE MAPA DE RISCOS COMPLETO
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MODELO DE MAPA DE RISCOS COMPLETO
INSPEÇÕES GERAIS
São aquelas que atingem toda a empresa, de modo a observar todos os aspectos de
higiene, segurança e medicina do trabalho.
INSPEÇÕES PARCIAIS
São as que se destinam a um setor ou local específico da empresa, a fim de se verificar
determinadas atividades ou equipamentos existentes.
INSPEÇÕES DE ROTINA
Constituem-se pela preocupação constante de todos os trabalhadores, do pessoal de
manutenção, dos membros da CIPA e dos setores de segurança.
INSPEÇÕES EVENTUAIS
São as realizadas sem dia ou período estabelecido e com o envolvimento do pessoal
técnico da área.
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INSPEÇÕES OFICIAIS
São as efetuadas pelos órgãos governamentais fiscalizadores, por isso é importante
que as demais inspeções estejam em dia para atender à fiscalização.
INSPEÇÕES ESPECIAIS
São as que requerem conhecimento e/ou aparelhos especializados. Inclui-se aqui a
inspeção de caldeiras, elevadores, medição de nível de ruídos, de iluminação.
RELATÓRIO DE INSPEÇÃO
Para alcançar resultados satisfatórios, o SESMT (quando houver) ou a CIPA devem ter
formulários próprios para a confecção do relatório de inspeção de segurança.
• Restringir-se aos fatos, usando o bom senso para pesar o seu valor e justificar as
conclusões;
• Investigar cada detalhe, por menos significativo que possa parecer inicialmente;
• Procurar os atos e as condições inseguras que, na maioria dos casos, estão presentes
ao mesmo tempo;
• Elaborar relatórios escritos, pois são ferramentas eficientes no estudo e análise das
áreas de maior risco, possibilitando, assim, efetuar recomendações de natureza
corretiva e preventiva;
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ANÁLISE DE ACIDENTES
Todo acidente, desde o mais corriqueiro até o pouco frequente, deve ser objeto de uma
análise de suas causas,circunstâncias e consequências.
Para que a análise do acidente atinja seus objetivos de prevenir e corrigir atos e
condições inseguras, sua descrição deve ser pormenorizada, citando:
• FONTE DA LESÃO, isto é, o objeto que causou o acidente (por exemplo: a parte
móvel da máquina que bateu no trabalhador, o estilete que lhe perfurou o dedo, o
respingo de solda, etc.);
5.6 FUNCIONAMENTO:
– 5.6.1 A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário
preestabelecido.
– 5.6.1.1 A critério da CIPA, nas Microempresas - ME e Empresas de Pequeno Porte - EPP,
graus de risco 1 e 2, as reuniões poderão ser bimestrais.
– 5.6.2 As reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas na organização,
preferencialmente de forma presencial, podendo a participação ocorrer de forma
remota.
– 5.6.2.1 A data e horário das reuniões serão acordadas entre os seus membros
observando os turnos e as jornadas de trabalho.
REUNIÕES CIPA
As reuniões da CIPA objetivam principalmente proporcionar um entendimento entre
os membros que a compõem, a fim de se encontrar denominadores comuns para a solução
dos problemas ligados à eliminação ou redução das causas de acidentes do trabalho e
doenças profissionais. A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário
preestabelecido.
Dentro do ideal, diríamos que, se todos os componentes da CIPA se reunissem de modo
a trocarem ideias, sem reservas, muitos empecilhos poderiam ser evitados ou resolvidos
com relativa facilidade.
As reuniões poderão ser para transmissão de informações, orientações, estudos,
solução de problemas, etc.
Assédio sexual
O assédio sexual no ambiente de trabalho pode ser muito frequente. Em março de 2021, a ONU
Mulheres do Reino Unido divulgou uma pesquisa com dados alarmantes. Segundo o estudo, 97%
das mulheres com idades entre 18 e 24 anos já sofreram assédio sexual em algum espaço público
no país.
Os números britânicos acompanham a realidade brasileira. Em 2019, pesquisa do Instituto
Patrícia Galvão revelou que, no Brasil, 97% das entrevistadas afirmaram ter sido vítimas de
assédio em meios de transporte e 71% conhecem alguma mulher que já sofreu assédio em
espaço público.
No Brasil, o assédio sexual é considerado crime pelo Artigo 216-A do Código Penal. De acordo
com a lei, é considerado crime quando “constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou
favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou
ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função”, com pena prevista de um a
dois anos.
Stalking
Stalking é um termo em inglês que significa “perseguição”. Este tipo de assédio é menos
comum, mas nem de longe é menos danoso à vítima. O stalker é um indivíduo obsessivo que
persegue e invade a privacidade da vítima reiteradamente, tanto em espaços físicos como
virtuais. O agressor pode ser um(a) ex-namorado(a), um(a) desconhecido(a), uma(a) vizinho(a)
ou colega de trabalho. As mulheres costumam ser as maiores vítimas, como na maior parte dos
casos de assédio relatados.
Em 31 de março de 2021, foi sancionada a lei 14.132/21, que incluiu o artigo 147-A no Código
Penal, que ampara a vítima e criminaliza a conduta de stalking. A nova lei, que entrou em vigor
em 1º de abril de 2021, após a sua publicação no Diário Oficial da União, revogou a
contravenção penal de perturbação à tranquilidade, prevista no artigo 65 do Decreto-Lei
3.688/41.
Assédio virtual
O assédio virtual se caracteriza pelo ato de importunar, intimidar, perseguir, ofender ou
hostilizar uma pessoa pela internet. São diversas as formas como o assédio virtual se mostra
para a sociedade, sendo que ele engloba diversos outros tipos de discriminação. O machismo, a
homofobia, a xenfobia e a importunação sexual são apenas algumas das causas deste tipo de
assédio. Também chamado de cyberbullying, ele pode ser caracterizado como um crime digital.
No entanto, devido a possibilidade de se manter anônimo na internet, fica mais difícil
identificar os agressores.
Bullying
Este tipo de assédio é mais frequente nos espaços escolares, mas também pode acontecer no
trabalho, nas universidades e nos ambientes virtuais. Define-se como o conjunto de de atos
violentos, intencionais e repetidos para causar danos à vítima, por meio de discriminação,
humilhação pública e ameaça física e psicológica.
Impactos na saúde
As vítimas também podem desenvolver sintomas físicos, como problemas de estômago, dor de
cabeça e outras doenças relacionadas ao estresse. Esses problemas de saúde podem surgir
mesmo se a pessoa não for vítima de agressão sexual declarada. Em todos os casos, é
fundamental procurar ajuda profissional, jurídica e familiar.
Se você sente que está sendo vítima de assédio, procure alguém de confiança para conversar e
consulte orientação jurídica para ajudar você a decidir a melhor maneira de proceder. Colete a
maior quantidade de provas possível: nome do agressor, testemunha, descrição dos fatos, local,
data e horário das agressões.
Não é incomum que a vítima tenha vergonha ou medo de denunciar um crime de assédio – mas é
importante quebrar o silêncio, tanto para proteger a sua integridade física como para prevenir
que o agressor prejudique outras vítimas. Denuncie aos órgãos competentes ou à direção da
empresa, caso seu agressor trabalhe com você, ainda que ele seja seu superior hierárquico.
Uma dica importante é buscar orientação psicológica em conjunto com a jurídica, mesmo que
você acredite que seu agressor não lhe causou tantos danos. A psicoterapia poderá lhe dar
ferramentas para lidar melhor com os possíveis impactos da agressão à sua saúde.
Por último: afaste o sentimento de culpa!
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Ana Cristina S. Souza
Téc. De Segurança do Trabalho -REG: 0039944
Técnologo Gest. Ambiental - CREA: 1521123071-PA