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Dr.XXXXXXXXXXXXXXX.
Médico Militar, do Trabalho, Auditor e Cirurgião Vídeo-Laparoscópico. CRM 49142
: - RTOrd
RECLAMANTE:
RECLAMADA:
SA
P. Deferimento.
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XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Cremesp- 49142
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Dr.XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Médico Militar, do Trabalho, Auditor e Cirurgião Vídeo-Laparoscópico. CRM XXXXXXXXX
1. Qualificação
Nome: Idade: 34
Endereço: , Bairro
Cidade: CEP: - -
RG: - -SP
CTPS: Série –SP
CNH: B Emissão: Validade: 2015
Escolaridade: 8ª série
C ,
2. Pactos Laborais
Empresa Admissão Demissão Função Obs.
Buttignon e Cia Ltda 02/09/1996 22/01/1997 Empacotador
Marcos Tadeu de Mesquita 22/05/2001 11/07/ Servente
Agri. Pec. E com. Palmares 17/02/2003 21/03/2003 Rurícola
ltda
Açucareira Corona SA. 14/04/2003 20/08/2003 Agrícola
MEC USI USINAGEM LTDA 01/09/2004 26/05/2008 Op. Maq. Usinagem 3
–EPP
PREDILECTA ALIMENTOS 03/04/2009 15/05/2009 Auxiliar de produção
LTDA
CAMBUHY AGRICOLA 23/08/2010 22/10/2010 Colhedor
LTDA
Guilherme Bastia Martins ME 15/12/2010 28/05/2011 Pintor
JR VITAL E RT MENEZES 01/09/2011 31/01/2012 Pintor
PINTURAS LTDA ME
MARCHESAN 13 de maio 05 de abril Pintor
IMPLEMENTOS E de 2013 de 2015
MAQUINAS AGRICOLAS
TATU S A
Osvaldo Ricci 23/11/2015 Em vigência Serviços gerais
3. Perícia médica
Perícia médica realizada às 07:00h do dia 07/06/16 - por mim designado Perito do Juízo -
em meu consultório, localizado no Edifício Victoria Business – Av. Rodrigo Fernando Grillo,
207. Sala 805. 8° andar. Araraquara-SP. Estando presente o Dr. Adalberto Milani
Gonçalves, CRM 38410 -SP, assistente técnico da reclamada.
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3.1- História
Reclamante relata que foi contratado pela reclamada dia 13 de maio de 2013 para
exercer a função de Pintor, sendo demitido dia 05 de abril de 2015. Alega que sofreu
acidente no trabalho.
Em meados de 2013 começou a sentir fortes dores em sua coluna lombar, em 16 de
janeiro de 2014 ao agachar para virar uma peça que fica em um gancho com peso de
120/130 quilos (chamada rodeiro) sentiu uma forte dor na coluna, ficando
impossibilitado de exercer suas atividades e sendo afastado pelo INSS.
Rodeiro é um suporte da roçadeira, onde encaixa os pneus, tem que soltar um lado e
rodar a peça para pintar de outro lado.
Movimentação de peças no guincho, pintura na cabine fica a 40 cm do chão.
Avisou o ocorrido ao Sr XXXXXXXXXXXX, ficou até o final do expediente.
Na Santa Casa, deram injeção de dor, mandou procurar um especialista, na Matão
Clínica.
Dr Rodinaldo o consultou, depois trabalhou de janeiro e maio de 2014, trabalhou mas
sem entrar na cabine. Ficou 1 ano afastado pelo INSS. Voltou a trabalhar em outra
função, mas na assistência na linha em serviços. O benefício foi cortado em 2015,
Pedido de Reconsideração – negado. Entrou contra INSS, relata que o Perito deu
incapaz no laudo, não restabeleceu benefício até hoje, teve recurso. Não está
afastado.
Trauma no dedo com amputação da falange há 3 meses, tratou na Santa Casa de
Matão.
Está com nova atividade laboral atual numa Chácara, como caseiro.
Jornada de trabalho: das 16h58 às 02h28 de segunda à sexta, sábado das 13h00 às
19h00 e em 2 domingos das 7h00 às 11h00. Posteriormente de segunda à sábado das
7h00 às 15h20.
Antecedentes:
Cirurgias anteriores: Refere perda dedo mão esquerda recente, no trabalho como
caseiro.
HAS: Não
Diabetes: Não
Fuma: Sim
Bebida alcoólica: Não
Uso de remédios: Tramadol quando necessário.
Membros superiores
Conserva mobilidade de membros superiores, sem parestesias, sem limitação
funcional..
Membros inferiores
Conserva mobilidade, sem hipotrofias musculares.
Lasegue negativo, teste de caminhada normal na ponta dos pés e calcanhar.
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Cicatriz cirúrgica
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4- Literatura
DIRETRIZES DE APOIO À DECISÃO MÉDICO-PERICIAL EM ORTOPEDIA
E TRAUMATOLOGIA- BRASÍLIA, Março 2008.
Tratamento
Quando a estenose é leve a moderada, o tratamento conservador é indicado antes dos procedimentos
cirúrgicos, pois estes casos têm evolução favorável. Se a estenose é severa o tratamento conservador
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pode não surtir efeito. As atividades diárias ficam prejudicadas e a doença progride até quando nem mesmo o
repouso leva ao alívio dos sintomas.
O tratamento concomitante da osteoporose, que com freqüência está associada aos quadros de estenose,
tem trazido bons resultados no alívio das dores.
Tratamento
A história natural da radiculopatia lombar aguda é de que metade dos casos são resolvidos dentro de 4
semanas. Assim, em princípio não há indicação para estudos diagnósticos. O paciente deverá ser tratado por
breve período de repouso na cama (1 a 2 dias), limitação ou modificação das atividades, e em alguns casos,
medicamentos antiinflamatórios (aspirina ou medicação antiinflamatória (não esteróide). Injeções epidurais de
esteróides podem proporcionar alívio a curto prazo para pacientes com núcleo pulposo herniado. As
modalidades terapêuticas defendidas no passado (tração, manipulação espinhal, coletes ou cintas, e
fisioterapia) têm pouco valor científico.
Ao desaparecerem os sintomas no adulto, é importante fazer com que o paciente ingresse num programa de
reabilitação física para que sejam evitados episódios recorrentes de dor nas costas e incapacidade. Os
pacientes devem ser incentivados a aumentar o nível de atividade e a começar um programa de
condicionamento e aptidão física.
Com o envelhecimento ocorrem alterações degenerativas normais na coluna vertebral lombar, que
freqüentemente confundem o quadro diagnóstico. Alterações de degeneração da coluna vertebral são
observadas em até 70% das radiografias. Essas alterações radiográficas têm pouco efeito nos resultados
do tratamento. Mas radiografias convencionais podem ser obtidas para que seja descartada a possibilidade de
outras patologias, p.ex. infecção ou tumor.
Em face da existência de uma deficiência neurológica estática, não há evidência sugerindo que a
intervenção cirúrgica ofereça qualquer melhora quanto a modificação do enfraquecimento muscular
ou da deficiência sensitiva, em comparação com a continuação do tratamento não cirúrgico.
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5- Dissertação
Reclamante refere uma dor lombar após esforço, compatível com concausa
laboral de recuperação em poucas semanas.
Realizou exames e cirurgia por doença degenerativa de evolução crônica.
6- Conclusão
Incapacidade parcial permanente sem nexo laboral
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7- Quesitos
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3. É possível afirmar que o reclamante não poderá mais exercer atividades laborativas
que exijam esforço repetitivo– pois isso agravaria suas doenças?
R- Esse trabalho não é classificado dessa forma, exerce função de caseiro.
4. Há nos autos alguma prova que o reclamante teve DISCOPATIA, doença essa que
se desenvolve pelo esforço no trabalho?
R- Não, se desenvolve por doença degenerativa.
6. É possível afirmar que o reclamante está com incapacidade total para atividade que
exijam esforço físico ou que ao menos, isso poderia agravar sua lesão?
R- Incapacidade parcial permanente sem nexo laboral
7. É correto afirmar que a imensa maioria das crises de "lombalgia" dos seres
humanos é de origem músculo-ligamentar? E que a chance de um indivíduo
apresentar pelo menos uma crise em sua vida é de 80%, devido à postura bípede? E
que cerca de apenas 20% conseguimos identificar, de forma certa, a sua etiologia? Se
negativa a resposta fundamentar.
R- É possível.
8. É correto afirmar que a lombalgia pode ter origem diversa, inclusive emocional ou
até do sedentarismo, e pode surgir de um momento para o outro na vida das pessoas,
de forma até independente de atividades laborativas ou físicas? Se negativa a resposta
justificar e fundamentar.
R- Sim.
9. O Reclamante recebeu algum afastamento pelo INSS? Se positivo: Por qual motivo?
Qual o tipo de Benefício foi concedido?
R- Sim, pelo fator B31.
11. Caso seja afirmativo o quesito anterior em relação à incapacidade, como esta se
classifica: Parcial ou Total? Permanente ou temporária?
R- Incapacidade parcial permanente sem nexo laboral.
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