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Engenheiro XXXXXXXXXXXXXXXXX CREA XXXXXXXXXX

AVALIAÇÕES E PERÍCIAS DE ENGENHARIA


EXMO. SR. DR. JUIZ DA 2ª VARA DO TRABALHO DE
JABOTICABAL - SP.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX,
Engenheiro, Perito Judicial, nomeado nos autos da RECLAMAÇÃO
TRABALHISTA, requerida por contra, dando por terminados seus trabalhos,
estudos e diligências, vem respeitosamente a Vossa Presença, apresentar suas
conclusões consubstanciadas no seguinte

LAUDO PERICIAL.
Tendo este signatário se desincumbido da honrosa missão
que lhe foi confiada, apresentando o seu Laudo Pericial, vem mui respeitosamente,
requerer se digne V.Ex.ª de arbitrar seus honorários definitivos na importância de
R$3.000,00(três mil reais), devidamente corrigidos até a data do efetivo depósito.

Termos em que,
P. Deferimento.
Jaboticabal, 09 de maio de 2016.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
CREA Nº XXXXXXXXXXXXXX
Engenheiro Civil – EESC – USP
Pós-Graduação – Engenharia de Segurança do Trabalho – UFSCAR
Pós-Graduação – Perícias de Engenharia e Avaliações do IBAPE – SP
Capacitação em Saúde do Trabalhador - UFSCAR

PRAÇA CENTENÁRIO, 116 - TAQUARITINGA - SP - 1


Engenheiro XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
CREA XXXXXX
AVALIAÇÕES E PERÍCIAS DE ENGENHARIA

Sumário
I - OBSERVAÇÕES PRELIMINARES

II - ÂMBITO DA PERÍCIA

III - CRITÉRIOS

IV - VISTORIA

V - CONCLUSÃO

VI - RESPOSTAS AOS QUESITOS

VII –ENCERRAMENTO

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Engenheiro XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
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I - OBSERVAÇÕES PRELIMINARES

O presente Laudo Técnico Pericial refere-se aos Autos da


Reclamação Trabalhista, requerida por , em
face de , em curso na Segunda Vara do
Trabalho de Jaboticabal .

II - ÂMBITO DA PERÍCIA

Consiste na verificação das condições de Segurança e


Higiene em que se encontra o ambiente de trabalho às quais esteve
exposto o Sr. , em especial no
reconhecimento dos Riscos Ambientais, que oferecerá elementos para
verificar se o reclamante esteve exposto a ação continua e ou
intermitente a Agentes Insalubres, Perigosos ou Penosos.

Reclamante:
CTPS n. , série -SP

EMPRESA(S) RECLAMADA(S):
-
Guariba - SP

RAMO DE ATIVIDADE:
Fabricação de Açúcar e Álcool.

PERÍODO(S) e ATIVIDADE(S) PROFISSIONAL(IS):

Período Atividade

08/04/2010 a 19/08/2014 Trabalhador Rural / Motorista I


Data do TRCT: 02/07/2014

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III - CRITÉRIOS

III.1 - Legislação

Para a realização deste Laudo, foi observado o que


preconiza a Lei Nº. 6514 de 22 de dezembro de 1977, Capítulo V do
Título II da Consolidação das Leis de Trabalho, relativo à Segurança e
Medicina do Trabalho; também o que prescrevem as Normas
Regulamentadoras, Portaria Nº. 3214 de 08 de junho de 1978.

III.2 - Conceitos Diversos

Para um melhor entendimento, uniformidade e clareza do


presente Laudo descreverei abaixo alguns conceitos e ensinamentos
utilizados no presente trabalho:

Lei nº. 6514 de 2 de Dezembro de 1977;


Portaria 3214 de 8 de Junho de 1978;

NR – 1 - DISPOSIÇÕES GERAIS

Cabe ao empregador:

a) cumprir e fazer cumprir as


disposições legais e regulamentares sobre
segurança medicina do trabalho;

b) elaborar ordens de serviço sobre


segurança e medicina do trabalho, dando ciência
aos empregados, com os seguintes objetivos:

I. Prevenir atos inseguros no


desempenho do trabalho;
II. Divulgar as obrigações e proibições
que os empregados devam conhecer e cumprir;
III. Dar conhecimento aos empregados de
que serão passíveis de punição, pelo
descumprimento das ordens de serviços expedidas;
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IV. Determinar os procedimentos que


deverão ser adotados em caso de acidentes do
trabalho e de doenças profissionais ou do
trabalho;
V. Adotar medidas determinadas pelo
MTb;
VI. Adotar medidas para eliminar ou
neutralizar a insalubridade e as condições
inseguras de trabalho;

c) informar aos trabalhadores;

I. os riscos profissionais que possam


originar-se nos locais de trabalho;
II. os meios para prevenir e limitar
tais riscos e as medidas adotadas pela empresa;
III. os resultados dos exames médicos e
de exames complementares de diagnóstico aos quais
os próprios trabalhadores forem submetidos;
IV. os resultados das avaliações
ambientais realizadas nos locais de trabalho.

d)permitir que representantes dos


trabalhadores acompanhem a fiscalização dos
preceitos legais e regulamentares sobre segurança
e medicina do trabalho;

NR-6 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

6.1 - Para os fins de aplicação desta


Norma Regulamentadora - NR, considera-se
Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo
dispositivo ou produto, de uso individual
utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção
de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a
saúde no trabalho.

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6.3 - A empresa é obrigada a fornecer


aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao
risco, em perfeito estado de conservação e
funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
a) sempre que as medidas de ordem geral
não ofereçam completa proteção contra os riscos
de acidentes do trabalho ou de doenças
profissionais e do trabalho;
(206.002-7/I4)
b) enquanto as medidas de proteção
coletiva estiverem sendo implantadas; e,
(206.003-5 /I4)
c) para atender a situações de
emergência. (206.004-3 /I4)

6.6 - Cabe ao empregador


6.6.1 - Cabe ao empregador quanto ao EPI
:
a) adquirir o adequado ao risco de cada
atividade; (206.005-1 /I3)
b) exigir seu uso; (206.006-0 /I3)
c) fornecer ao trabalhador somente o
aprovado pelo órgão nacional competente em
matéria de segurança e saúde no trabalho;
(206.007-8/I3)
d) orientar e treinar o trabalhador
sobre o uso adequado, guarda e conservação;
(206.008-6 /I2)
e) substituir imediatamente, quando
danificado ou extraviado; (206.009-4 /I2)
f) responsabilizar-se pela higienização
e manutenção periódica; e, (206.010-8 /I1)
g) comunicar ao MTE qualquer
irregularidade observada. (206.011-6 /I1)

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6.7 - Cabe ao empregado


6.7.1 - Cabe ao empregado quanto ao EPI:
a) usar, utilizando-o apenas para a
finalidade a que se destina;
b) responsabilizar-se pela guarda e
conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer
alteração que o torne impróprio
para uso; e,
d) cumprir as determinações do
empregador sobre o uso adequado.

NR 9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

9.1. Do objeto e campo de aplicação.


9.1.1. Esta Norma Regulamentadora -
NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração
e implementação, por parte de todos os
empregadores e instituições que admitam
trabalhadores como empregados, do Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando
à preservação da saúde e da integridade dos
trabalhadores, através da antecipação,
reconhecimento, avaliação e conseqüente
controle da ocorrência de riscos ambientais
existentes ou que venham a existir no ambiente
de trabalho, tendo em consideração a proteção
do meio ambiente e dos recursos naturais.

9.1.5. Para efeito desta NR,


consideram-se riscos ambientais os agentes
físicos, químicos e biológicos existentes nos
ambientes de trabalho que, em função de sua
natureza, concentração ou intensidade e tempo
de exposição, são capazes de causar danos à
saúde do trabalhador.

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NR –15 – Atividades e Operações Insalubres.

15.1. São consideradas atividades ou


operações insalubres as que se desenvolvem:

15.1.1. Acima dos limites de


s
tolerância previstos nos Anexos nº 1, 2, 3, 5,
11 e 12;
15.1.2. Revogado.
15.1.3. Nas atividades mencionadas
nos Anexos nºs 6, 13 e 14;
15.1.4. Comprovadas através de laudo
de inspeção do local de trabalho, constantes
dos Anexos nºs 7, 8, 9 e 10.
15.1.5. Entende-se por "Limite de
Tolerância", para os fins desta Norma, a
concentração ou intensidade máxima ou mínima,
relacionada com a natureza e o tempo de
exposição ao agente, que não causará dano à
saúde do trabalhador, durante a sua vida
laboral.

15.2. O exercício de trabalho em


condições de insalubridade, de acordo com os
subitens do item anterior, assegura ao
trabalhador a percepção de adicional,
incidente sobre o salário mínimo da região,
equivalente a:
15.2.1. 40 (quarenta) por cento, para
insalubridade de grau máximo;
15.2.2. 20 (vinte) por cento, para
insalubridade de grau médio;
15.2.3 .10 (dez) por cento, para
insalubridade de grau mínimo.

15.3. No caso de incidência de mais de


um fator de insalubridade, será apenas
considerado o de grau mais elevado, para efeito
de acréscimo salarial, sendo vedada a percepção
cumulativa.

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NR 16 –Atividades e Operações Perigosas

16.1. São consideradas atividades e


operações perigosas as constantes dos Anexos n.°
1 e 2 desta Norma Regulamentadora - NR.

ANEXO 2
ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM INFLAMÁVEIS

1. São consideradas atividades ou operações perigosas, conferindo aos trabalhadores que se dedicam a
essas atividades ou operações, bem como aqueles que operam na área de risco adicional de 30 (trinta)
por cento, as realizadas:

Atividades Adicional de 30%


a. na produção, transporte, processamento e todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam
armazenamento de gás liqüefeito. na área de risco.
b. no transporte e armazenagem de inflamáveis todos os trabalhadores da área de operação.
líquidose gasosos liqüefeitos e de vasilhames
vazios não-desgaseificados ou decantados.
c. nos postos de reabastecimento de aeronaves. todos os trabalhadores da área de operação.
d. nos locais de carregamento de navios-tanques, todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam
vagões-tanques e caminhões-tanques e na área de risco.
enchimento de vasilhames, com inflamáveis
líquidos ou gasosos liquefeitos.
e. nos locais de descarga de navios-tanques, vagões- todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam
tanques e caminhões-tanques com inflamáveis na área de risco.
líquidos ou gasosos liqüefeitos ou de vasilhames
vazios não-desgaseificados ou decantados.
f. nos serviços de operações e manutenção de todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam
navios-tanque, vagões-tanques, caminhões- na área de risco.
tanques, bombas e vasilhames, com inflamáveis
líquidos ou gasosos liquefeitos, ou vazios não-
desgaseificados ou decantados.
g. nas operações de desgaseificação, decantação e todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam
reparos de vasilhames não-desgaseificados ou na área de risco.
decantados.
H nas operações de teste de aparelhos de consumo todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam
de gás e seus equipamentos. na área de risco.
I no transporte de inflamáveis líquidos e gasosos Motorista e ajudantes.
liqüefeitos em caminhão-tanque.
j. no transporte de vasilhames (em caminhão de Motorista e ajudantes.
carga), contendo inflamáveis líquidos, em
quantidade total igual ou superior a 200 litros.
l. no transporte de vasilhames (em carreta ou Motorista e ajudantes.
caminhão de carga), contendo inflamáveis gasosos
líquido, em quantidade total igual ou superior a
135 quilos.
m. na operação em postos de serviço e bombas de operador de bomba e trabalhadores que operam na área
abastecimento de inflamáveis líquidos. de risco.

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2. São consideradas áreas de risco:

Atividade Área de Risco


a poços de petróleo em produção de gás. círculo com raio de 30 metros, no mínimo, com centro na boca do poço.
b. unidade de processamento das refinarias. faixa de 30 metros de largura, no mínimo, contornando a área de
operação.
c. outros locais de refinaria onde se realizam faixa de 15 metros de largura, no mínimo, contornando a área de
operações com inflamáveis em estado de operação.
volatilização ou possibilidade de volatilização
decorrente de falha ou defeito dos sistemas de
segurança e fechamento das válvulas.
d. tanques de inflamáveis líquidos. toda a bacia de segurança.
e. tanques elevados de inflamáveis gasosos. círculo com raio de 3 metros com centro nos pontos de vazamento
eventual (válvulas, registros, dispositivos de medição por escapamento,
gaxetas).
f. carga e descarga de inflamáveis líquidos afastamento de 15 metros da beira do cais, durante a operação, com
contidos em navios, chatas e batelões. extensão correspondente ao comprimento da embarcação.
g. abastecimento de aeronaves. toda a área de operação.
h. enchimento de vagões-tanques e caminhões- círculo com raio de 15 metros com centro nas bocas de enchimento dos
tanques com inflamáveis líquidos. tanques.
i. enchimento de vagões-tanques e caminhões- círculo com raio de 7,5 metros com centros nos pontos de vazamento
tanques inflamáveis gasosos liquefeitos. eventual (válvulas e registros).
j. enchimento de vasilhames com inflamáveis círculo com raio de 15 metros com centros nos bicos de enchimento.
gasosos liquefeitos.
l. enchimento de vasilhames com inflamáveis círculo com raio de 7,5 metros com centros nos bicos de enchimento.
líquidos, em locais abertos.
m. enchimento de vasilhames com inflamáveis toda a área interna do recinto.
líquidos, em recinto fechado.
n. manutenção de viaturas-tanques, bombas e local de operação, acrescido de faixa de 7,5 metros de largura em torno
vasilhames que continham inflamável líquido. dos seus pontos externos.
o desgaseificação, decantação e reparos de local da operação, acrescido de faixa de 7,5 metros de largura em torno
vasilhames não desgaseificados ou decantados, dos seus pontos externos.
utilizados no transporte de inflamáveis.
p. testes em aparelhos de consumo de gás e seus local da operação, acrescido de faixa de 7,5 metros de largura em torno
equipamentos. dos seus pontos extremos.
q. abastecimento de inflamáveis. toda a área de operação, abrangendo, no mínimo, círculo com raio de 7,5
metros com centro no ponto de abastecimento e o círculo com raio de 7,5
metros com centro na bomba de abastecimento da viatura e faixa de 7,5
metros de largura para ambos os lados da máquina.
r. armazenamento de vasilhames que contenham faixa de 3 metros de largura em torno dos seus pontos externos.
inflamáveis líquidos ou vazios não
desgaseificados ou decantados, em locais
abertos.
s. armazenamento de vasilhames que contenham toda a área interna do recinto.
inflamáveis líquidos ou vazios não
desgaseificados, ou decantados, em recinto
fechado.
t. carga e descarga de vasilhames contendo afastamento de 3 metros da beira do cais, durante a operação, com
inflamáveis líquidos ou vasilhames vazios não extensão correspondente ao comprimento da embarcação.
desgaseificados ou decantados, transportados
por navios, chatas ou batelões.

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IV – VISTORIA
A perícia foi realizada no dia 03 de maio de 2016, contando
com o acompanhamento do reclamante, de seu Advogado, Dr. Rafael
Gerbasio Corrêa e dos representantes da reclamada: Endrigo João
Nascimento Corrêa (Assistente Técnico) e Ademir Aparecido Perlatto
(Gestor de Operações Agrícolas).

IV.1.1 – Características Gerais

CONDIÇÕES DO AMBIENTE DE TRABALHO:

O Reclamante trabalhou para a reclamada


como Trabalhador Rural, Auxiliar de Operações
Agrícolas e Motorista I, laborando nas
propriedades rurais da reclamada, em áreas
abertas.

JORNADA DE TRABALHO:

O trabalhador exerceu suas atividades,


durante a jornada normal fixada em lei, de
maneira habitual e permanente.

MÁQUINAS E/OU FERRAMENTAS:

Plantadeira DMG Sermag e caminhões MB


2219, Scania 113, esporadicamente os caminhões MB
15180 e MB 2638 (Munck).

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL:

O reclamante informou que como


Trabalhador Rural usava botina com proteção, luva
grafatex, perneira, boné tipo árabe, óculos de
proteção, mangote e uniforme; como Motorista
usava botina de segurança, óculos de segurança,
protetor auricular, luva, capacete, uniforme,
colete refletivo e toca árabe.

Vide fichas de controle de entrega de


epis apensas nos autos.

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ATIVIDADES:

O reclamante informou que:

Iniciou como rurícola (08/04/2010) no


plantio de cana de açúcar, laborando
aproximadamente 6 meses nesta atividade.
Até o final da safra trabalhou no
plantio mecanizado, ficava na plantadeira DMG
Sermag operando os comandos para regular a
quantidade de muda, adubo, etc.

Na entressafra 2010/2011 passou a


trabalhar como motorista no transporte de muda
para plantio. Iniciou dirigindo um caminhão MB
2219 depois passou a trabalhar com Scania 113.

Na safra de 2011 dirigia o caminhão


transbordo Scania 113. Acompanhava a colhedora e
efetuava o transbordo. Operava o caminhão por um
período entre 5 e 6 horas.

Nas outras entressafras voltou para o


transporte de mudas e nas safras foi para a
colheita de cana de açúcar com o caminhão
transbordo Scania 113.

Também trabalhou como folguista,


dirigindo caminhão de calda pronta (MB 15180),
abastecia as plantadeiras, etc. Serviço era
esporádico, pois, normalmente dirigia caminhão
transbordo Scania 113.

Também como folguista no plantio dirigia


o caminhão MB 2638 (Munck) movimentando begs de
adubo para abastecer as plantadeiras.

Abastecimento:

O reclamante relatou que o abastecimento


era diário no comboio, o comboista abastecia,
durante a operação ficava no caminhão, colocava
água no galão, verificava o abastecimento, não
soube precisar a quantidade de litros e que
demorava entre 10 e 15 minutos.

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Os representantes da Reclamada
informaram que existem procedimentos para o
abastecimento, com delimitação de área e
sinalização.

Descrição das atividades conforme PPP da reclamada:

Trabalhador Rural:
- executar as diversas atividades operacionais relacionadas a cultura de cana-de-açúcar, tais
como> corte, plantio, carpa, entre outras, utilizando técnicas e ferramentas adequadas; executar
outras atividades conforme necessidade e orientação superior.

Auxiliar de Operações Agrícolas:


- auxiliar nas operações mecanizadas, sob orientação profissional. Bem como zelar pela
conservação e manutenção básica da máquina (ajustes e regulagens de implementos, limpeza
geral, etc.), mantendo-a em condições plenas de operação; realizar as atividades seguindo as
normas de segurança.

Motorista I:
- dirigir veículos da empresa, executando os diversos tipos de atividades, conforme a
necessidade, orientações recebidas e capacidade do equipamento; observar e cumprir a
legislação de trânsito; zelar pela conservação e manutenção do veículo, preencher boletins
diários do veículo.

IV.1.2 – Determinação de Riscos

IV.1.2.1 – Risco Físico

- Ruído Contínuo

O valor encontrado no campo é inferior


ao Limite de Tolerância para ruído contínuo
estabelecido pela NR-15 em seu Anexo nº.1, que
para oito horas de exposição é 85 dB (A). As
aferições foram realizadas com o decibelímetro
operando no circuito de compensação “A” e
circuito de resposta lenta (SLOW).

Na atividade de motorista e operador,


verifica-se que o nível de ruído {dB (A)} dos
veículos é variável entre 77,20 à 82,3 dB(A),
estando exposto ao ruído durante sua jornada
laboral, o valor encontrado é inferior ao Limite
de Tolerância para ruído contínuo estabelecido
pela NR-15 em seu Anexo nº.1, que para oito horas
de exposição é 85 dB (A).

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- Radiações

Nas atividades desenvolvidas a céu


aberto, o reclamante estava exposto aos raios
solares dentre eles, os raios ultravioletas.

O uso adequado de epis elimina ou


neutraliza o agente insalubre.

Radiação Não Ionizantes (NR – 15 Anexo Nº. 7)

1- Para os efeitos desta norma, são radiações não ionizantes as microondas, ultravioletas e laser.
2- As operações ou atividade que exponham os trabalhadores às radiações não ionizantes, sem a
proteção adequada, serão consideradas insalubres, em decorrências de laudo de inspeção
realizada no local de trabalho.

- calor

Nas atividades desenvolvidas no campo


(safra de 2010) o Reclamante estava exposto ao
agente físico calor.

O trabalho desenvolvido pelo Reclamante,


de acordo com o Anexo 3 da NR.15, classifica-se
como atividade Pesada (550 kcal/hora) e regime de
trabalho continuo, com descanso no próprio local
de trabalho, desta forma obtém-se como limite
para exposição ao calor o IBUTG máximo de 25 °C.

As avaliações, para os sessenta minutos


corridos mais desfavoráveis do ciclo de trabalho,
sempre apontaram para índices IBUTG variando de
27ºC à 32ºC, independentemente da estação do ano.

Estes valores são superiores ao IBUTG


máximo, portanto caracterizando a insalubridade.
Em consonância com os levantamentos efetuados
pela FUNDACENTRO (anexo 02), entendemos que nos
meses de maio, junho, julho e agosto não existe a
exposição habitual ao calor.

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ANEXO N.º 3 DA NR-15

LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA EXPOSIÇÃO AO CALOR

1. A exposição ao calor deve ser avaliada através do "Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo" -
IBUTG definido pelas equações que se seguem:

Ambientes externos com carga solar:

IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg

onde:

tbn = temperatura de bulbo úmido natural

tg = temperatura de globo

tbs = temperatura de bulbo seco.

Limites de tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho intermitente com


períodos de descanso no próprio local de prestação de serviço.

1. Em função do índice obtido, o regime de trabalho intermitente será definido no Quadro 1.

QUADRO 1
Regime de Trabalho TIPO DE ATIVIDADE
Intermitente com Descanso
no Próprio Local de
Trabalho Leve Moderada Pesada
(por hora)
Trabalho contínuo até 30,0 até 26,7 até 25,0
45 minutos trabalho
30,1 a 30,6 26,8 a 28,0 25,1 a 25,9
15 minutos descanso
30 minutos trabalho
30,7 a 31,4 28,1 a 29,4 26,0 a 27,9
30 minutos descanso
15 minutos trabalho
31,5 a 32,2 29,5 a 31,1 28,0 a 30,0
45 minutos descanso
Não é permitido o trabalho
sem a adoção de medidas acima de 32,2 acima de 31,1 acima de 30
adequadas de controle

2. Os períodos de descanso serão considerados tempo de serviço para todos os efeitos legais.

3. A determinação do tipo de atividade (Leve, Moderada ou Pesada) é feita consultando-se o Quadro 3.

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Limites de tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho intermitente com período de
descanso em outro local (local de descanso).

1. Para os fins deste item, considera-se como local de descanso ambiente termicamente mais ameno, com o
trabalhador em repouso ou exercendo atividade leve.

2. Os limites de tolerância são dados segundo o Quadro 2.

QUADRO 2

__ . ______
M (Kcal/h) Máximo IBUTG

175 30,5
200 30,0
250 28,5
300 27,5
350 26,5
400 26,0
450 25,5
500 25,0
_

QUADRO 3

TAXAS DE METABOLISMO POR TIPO DE ATIVIDADE

TIPO DE ATIVIDADE Kcal/h


Sentado em Repouso 100

TRABALHO LEVE 125


Sentado, movimentos moderados com braços e tronco (ex.: datilografia).
Sentado, movimentos moderados com braços e pernas (ex.: dirigir). 150
De pé, trabalho leve, em máquina ou bancada, principalmente com os braços.
150
TRABALHO MODERADO
180
Sentado, movimentos vigorosos com braços e pernas.
De pé, trabalho leve em máquina ou bancada, com alguma movimentação.
175
De pé, trabalho moderado em máquina ou bancada, com alguma
movimentação.
220
Em movimento, trabalho moderado de levantar ou empurrar.
300
TRABALHO PESADO
Trabalho intermitente de levantar, empurrar ou arrastar pesos (ex.: remoção
com pá). 440
Trabalho fatigante 550

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- Vibração

Na atividade de motorista de caminhões


o reclamante estava exposto a vibrações, porém,
para a caracterização da insalubridade devemos
nos ater ao que prescreve a Portaria 3.214 - NR-
15 – Anexo 08,bem como o que prescreve a NR.09.

ANEXO II - ANEXO 8 – Vibração

Sumário:
1. Objetivos
2. Caracterização e classificação da insalubridade
1. Objetivos
1.1 Estabelecer critérios para caracterização da condição de trabalho insalubre decorrente da
exposição às
Vibrações de Mãos e Braços (VMB) e Vibrações de Corpo Inteiro (VCI).
1.2 Os procedimentos técnicos para a avaliação quantitativa das VCI e VMB são os estabelecidos
nas Normas de Higiene Ocupacional da FUNDACENTRO.
2. Caracterização e classificação da insalubridade
2.1 Caracteriza-se a condição insalubre caso seja superado o limite de exposição ocupacional
diária a VMB correspondente a um valor de aceleração resultante de exposição normalizada
(aren) de 5 m/s2.
2.2 Caracteriza-se a condição insalubre caso sejam superados quaisquer dos limites de
exposição ocupacional diária a VCI:
a) valor da aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de 1,1 m/s2;
b) valor da dose de vibração resultante (VDVR) de 21,0 m/s1,75.
2.2.1 Para fins de caracterização da condição insalubre, o empregador deve comprovar a
avaliação dos dois parâmetros acima descritos.
2.3 As situações de exposição a VMB e VCI superiores aos limites de exposição ocupacional
são caracterizadas como insalubres em grau médio.
2.4 A avaliação quantitativa deve ser representativa da exposição, abrangendo aspectos
organizacionais e ambientais que envolvam o trabalhador no exercício de suas funções.
2.5 A caracterização da exposição deve ser objeto de laudo técnico que contemple, no mínimo, os
seguintes itens:
a) Objetivo e datas em que foram desenvolvidos os procedimentos;
b) Descrição e resultado da avaliação preliminar da exposição, realizada de acordo com o item 3
do Anexo 1 da NR-9 do MTE;
c) Metodologia e critérios empregados, inclusas a caracterização da exposição e
representatividade da amostragem;
d) Instrumentais utilizados, bem como o registro dos certificados de calibração;
e) Dados obtidos e respectiva interpretação;
f) Circunstâncias específicas que envolveram a avaliação;
g) Descrição das medidas preventivas e corretivas eventualmente existentes e indicação das
necessárias, bem como a comprovação de sua eficácia;
h) Conclusão.

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Pelas avaliações efetuadas (anexo), temos que os


valores aferidos para a Scania 113 são superiores
ao nível limite, portanto, fica caracterizada a
insalubridade em grau médio nas entressafras de
2011/2012, 2012/2013 e 2013/2014, bem como, nas
safras de 2011, 2012, 2013 e 2014.

2 1,75
MAQUINA LT AREN = 1,1 m/ s LT VDV = 21 m/s Limite de tempo

Scania 113 – 6 horas 1,28 20,61 4h24m42s


MB 2219 – 5 horas 0,81 14,55 6h38m21s

Outros agentes de risco físico não foram


detectados.

IV.1.2.2 - RISCO QUÍMICO:

Não se verificou o contato habitual com


agentes de risco químico.

NR-15 –ANEXO Nº. 13 – AGENTES QUÍMICOS

1) Relação das atividades e operações, envolvendo agentes químicos, considerados insalubres em


decorrência de inspeção realizada no local de trabalho.

IV.1.2.3 - RISCO BIOLÓGICO

Em suas atividades rotineiras o


reclamante não estava exposto a agentes
biológicos.

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IV.1.2.4 – PERICULOSIDADE

Durante a realização dos seus serviços


rotineiros, quando do abastecimento dos veículos,
o reclamante não abastecia, porém, permanecia
efetuando as verificações do caminhão em área de
risco durante a operação, portanto, a atividade
se enquadra como atividade e operação perigosa
com inflamáveis, prevista na Lei nº. 6514 de
22/12/1977, Portaria nº. 3214 de 08/06/1978,
NR.16, anexo II, caracterizando a periculosidade
a partir de 08/10/2010.

Obs. Existem muitas divergências entre


os peritos, um grupo de peritos entende que a
exposição por tempo reduzido é classificada como
eventual e desta forma não caracterizam a
periculosidade.

V- CONCLUSÃO

Diante dos fatos até aqui apresentados, conforme descrição


apresentada no capítulo IV- VISTORIA , levando-se em consideração o
que prescreve a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, em seu
capítulo V, de acordo com redação dada pela Lei de nº. 6514, por
intermédio da Portaria 3.214 que aprovou as Normas
Regulamentadoras, conclui este signatário que as atividades
desenvolvidas pelo Sr. XXXXXXXXXXXXXX são insalubres em
grau médio (20%) nos meses de abril, setembro e outubro de 2010,
devido a exposição ao agente de risco físico calor, também são insalubres
em grau médio devido a exposição ao agente de risco físico vibração nas
entressafras de 2011/2012, 2012/2013 e 2013/2014, bem como, nas
safras de 2011, 2012, 2013 e 2014, e periculosas no 08/10/2010 até
19/08/2014.

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VI – RESPOSTAS AOS QUESITOS

QUESITOS DO RECLAMANTE:

1. Informar, detalhadamente, como eram desenvolvidas as atividades do reclamante na


empresa reclamada?
R. Por se tratar de uma resposta extensa, por obsequio reportar-se ao item IV-
Vistoria do presente Laudo Técnico.

2. Descreva as condições existentes no local de trabalho onde o obreiro prestou serviços,


tais como, presença de agentes físicos e químicos: poeira, calor/temperaturas elevadas,
radiação solar, umidade, pressão atmosférica, ruídos, graxa, lubrificante, óleo, veneno
(devido a aplicação de defensivo agrícolas)etc.
R. Por se tratar de uma resposta extensa, por obsequio reportar-se ao item IV-
Vistoria do presente Laudo Técnico.

3. Nos termos do quadro 1, do anexo 3 da NR 15 da Portaria Ministerial nº 3.214/78, é


possível concluir que o reclamante no exercícios de suas funções, esteve exposto ao calor
excessivo?
R. Apenas nos meses de abril, setembro e outubro de 2010.

4. Nos termos dos anexos, 11 e 13 da NR 15 da Portaria Ministerial nº3.214/78, é


possível concluir que o reclamante no exercício de suas atividades, esteve exposto a
agentes químicos insalubres?
R. Não.

5. Em decorrência dos serviços executados ficava o Reclamante exposto à ação de


agentes agressivos/nocivos a sua saúde? Em caso afirmativo, quais e por quê? Qual o
potencial danoso de cada um deles?
R. Sim. Por se tratar de uma resposta extensa, por obsequio reportar-se ao item IV-
Vistoria do presente Laudo Técnico.

6. Quais os níveis de temperatura e ruído apurados no local de trabalho?


R. Por se tratar de uma resposta extensa, por obsequio reportar-se ao item IV-
Vistoria do presente Laudo Técnico.

7. Quais os aparelhos de medição utilizados?


R. Dosímetro DOS 500, dosímetro de vibração VIB e o software dBMAESTRO.

8. O local onde o reclamante prestou serviço na reclamada é insalubre? Em caso positivo,


qual o grau devido do respectivo adicional? Quais as técnicas utilizadas pelo Sr. Perito
para chegar a tal conclusão?
R. Por se tratar de uma resposta extensa, por obsequio reportar-se ao item IV-
Vistoria do presente Laudo Técnico.

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9. Foram entregues EPI’s ao reclamante? A partir de que data? Qual a marca e o modelo?
R. Sim.

10. Em caso afirmativo quanto a entrega dos EPI’s, estes foram entregues em quantidade
suficiente e eficaz? Foram substituídos no período correto?
R. Sim.

QUESITOS PERICULOSIDADE

1. Informe o Sr. Perito se o reclamante EXERCIA ATIVIDADE PERIGOSA prevista


no quadro do item 1, do anexo nº 2, da NR/16, Portaria nº 3214/78 do Ministério do
trabalho ou com outros fundamentos legais?
R. Sim.

2. Informe o Sr. Perito se o reclamante OPERAVA EM ÁREAS DE RISCO prevista no


quadro do item 3, do anexo nº2 da NR/16, portaria nº 3214/78 do Ministério do trabalho
com outros fundamentos legais?
R. Sim.

3. O Reclamante no exercício de suas atividades auxiliava e permanecia no momento do


abastecimento dos veículos em contato direto e permanente com óleo diesel e outros
produtos explosivos. Deste modo, é possível afirmar que neste interregno o reclamante
laborava exposto a agentes PERICULOSOS?
R. Por se tratar de uma resposta extensa, por obsequio reportar-se ao item IV-
Vistoria do presente Laudo Técnico.

4. Informe o Sr. Perito se o reclamante laborava em CONDIÇÕES DE


PERICULOSIDADE?
R. Sim.

5. Foram entregues EPI ao reclamante? A partir de que data? Qual(is) a(s) marca(s) e o(s)
modelo(s)? Foram entregues de maneira eficaz e substituídos no prazo devido?
R. Para a periculosidade não existem epis que neutralizem o agente de risco.

QUESITO DO JUÍZO:

Considerando os termos do artigo 10 da Resolução CSJT de nº 35/2007, determina-se que


proceda(m) o(a)(s) reclamado(a)(s) a apresentação ao perito quando da realização da
perícia, de documentação referente ao contrato de trabalho no que pertine a insalubridade,
trazendo aos autos a documentação relativa ao LTCAT, PCMSO e o PPRA e eventual
laudo pericial da atividade ou local de trabalho passível de utilização como prova
emprestada, referente ao período que o(a) reclamante prestou serviços no local, devendo
o Sr. Perito quando da apresentação de seu laudo, justificar, como quesito do juízo,
acerca da regularidade dos referidos títulos.
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R. A Reclamada possui os referidos programas de segurança do trabalho


atualizados.

Em caso de constatação de fornecimento de EPI, como quesito do juízo, queira o Sr.


Perito indicar, para cada um, qual a vida útil e se a freqüência de fornecimento de EPI
respeitava ou não essa vida útil.
R. Os epis foram fornecidos de modo regular, salientando, que para os agentes de
risco físico calor e vibração os epis fornecidos não atenuam o agente de risco.

VII – ENCERRAMENTO

Dando por terminado o meu trabalho, digitei o presente


Laudo, que se compõe de 22 folhas digitadas e esta última datada e
assinada pelo Perito.

Jaboticabal, 09 de maio de 2016.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
CREA Nº XXXXXX

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ANEXO 1

EXPOSIÇÃO
AO
CALOR

Em primeiro lugar, não tem base científica, e portanto, é equivocada, a interpretação de que o índice
IBUTG (índice de bulbo úmido-termômetro de globo) deva ser aplicado somente para fontes artificiais de
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calor, pois o IBUTG foi desenvolvido junto à Força Militar dos EUA, no sentido de verificar a exposição
das tropas aos efeitos do calor nas frentes de combate. Além deste fator histórico, observamos que o
Ministério do Trabalho e Emprego, ao criar a Norma Regulamentadora (NR) nº 15, Anexo nº 03, da
portaria n. 3.214/78, cuidou-se em definir procedimentos distintos para aferir valores do índice decorrentes
do calor oriundo de fontes artificiais, daquelas provenientes de fonte natural, isto é, da carga solar. Assim,
quando há exposição à carga solar, utiliza-se o termômetro de bulbo seco, além dos termômetros de bulbo
úmido natural e de globo. Já quando a fonte de calor é exclusivamente artificial, inexistente a utilização do
termômetro de bulbo seco para a definição do índice IBUTG, o que por si só, já comprova o equívoco na
interpretação de que não se deve aplicar o índice para a constatação da insalubridade, pela exposição aos
efeitos nocivos do calor proveniente da carga solar, inexistindo embasamento legal ou científico, que
autorize o perito a descaracterizar a insalubridade por calor nessa situação.

O calor é um agente físico que traz fadiga, diminuição de rendimento, erros de percepção, raciocínio
e sérias perturbações psicológicas, que podem conduzir a esgotamentos e prostrações àquelas que estão
expostos aos seus defeitos.

A interação entre o organismo humano e o meio ambiente, se dá através de trocas térmicas


(influenciadas pela temperatura do ar, umidade relativa do ar, velocidade do ar, calor radiante e tipo de
atividade), as quais podem ser classificadas de acordo com o seu mecanismo de troca, tais como:

Conclusão – Quando dois corpos em temperaturas diferentes são colocados em contato, haverá fluxo
de calor do corpo com temperatura maior para a temperatura menor. Este fluxo torna-se nulo, no momento
em que as temperaturas dos dois corpos se igualam.

Condução-Convecção – a troca térmica se processa como no caso anterior, somente que, neste caso,
pelo menos um dos corpos é um fluído. Desta forma, a transição do calor entre os dois corpos provocará a
movimentação do fluído. Assim, consideramos um corpo sólido “A” com a temperatura Ta e um gás “B”
com temperatura Tb. Em dois casos ocorrerá a troca térmica: Ta > Tb ou Ta < Tb.

Se Ta > Tb, o corpo “A” perde calor para a camada mais próxima do gás “B”; esta se aquece e sofre
um deslocamento ascendente, sendo em seguida, substituída por outra camada de gás menos aquecida. Se
Ta < Tb, o corpo “A” ganha calor da camada mais próxima do gás “B”; esta se esfria, sofrendo um
deslocamento descendente, sendo em seguida, substituída por outra camada de gás aquecida. Em ambos os
casos observa-se o aparecimento de uma movimentação natural do gás.

Radiação – quando dois corpos se encontram em temperaturas diferentes, haverá uma transferência
de calor, por emissão de radiação infravermelha, do corpo com temperatura maior para o corpo de
temperatura menor. Este fenômeno ocorre, mesmo não havendo um meio de propagação entre eles. O calor
transmitido através deste fenômeno é denominado calor radiante.

Evaporação – um liquido que envolve um sólido em uma determinada temperatura transforma-se em


vapor, passando para o meio ambiente. Este fenômeno, denominado evaporação, é a função da quantidade
de vapor já existente no meio e da velocidade do ar na superfície do sólido. Considerando-se que a pressão
de vapor no meio se mantém constante, para que um líquido passe a vapor, no processo de evaporação, é
necessário que o mesmo absorva calor. No caso citado, o liquido retira calor do sólido para passar a vapor.
Concluindo, pode-se afirmar que o sólido perdeu calor para o meio ambiente, pelo mecanismo de
evaporação.

Já os principais meios de perda e ganho de calor pelo organismo são:

1º - o calor produzido pelo próprio organismo, que varia consideravelmente segundo a atividade
física desenvolvida;

2º - a condução-convecção e a radiação que podem implicar em um ganho ou uma perda de calor


pelo organismo, conforme a temperatura da pele seja mais baixa ou mais alta que a temperatura do ar;

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3º - a evaporação do suor na superfície do corpo implica, necessariamente, uma perda de calor;

Perda ou ganho de calor pelo organismo também ocorrem no processo da respiração e ingestão de
alimentos quentes ou frios. Essas, no entanto, constituem pequenas quantidades, e portanto, não serão
consideradas.

Assim sendo, na medida em que há um aumento de calor ambiental, ocorre uma reação no
organismo humano no sentido de promover um aumento da perda de calor. Inicialmente ocorrem reações
fisiológicas para promover a perda de calor, mas estas reações, por sua vez, provocam alterações que,
somadas, resultam um distúrbio fisiológico.

Os principais mecanismos de defesa do organismo humano, quando submetido a calor intenso, são:

Vasodilatação periférica – quando a quantidade de calor que o corpo perde por condução-convecção
ou radiação é menor que o calor ganho, a primeira ação corretiva que se processa no organismo é a
vasodilatação periférica, que implica num maior fluxo de sangue na superfície do corpo e num aumento da
temperatura da pele. Estas alterações resultam num aumento da quantidade de calor perdido ou na redução
do calor ganho. O fluxo de sangue no organismo humano transporta calor do núcleo do corpo para sua
superfície, onde ocorrem as trocas térmicas;

Sudorese – o número de glândulas sudoríparas ativadas é diferente proporcional ao desequilíbrio


térmico existente. A quantidade de suor produzido pode, em curtos períodos, atingir até dois litros por hora,
embora, num período de várias horas, não exceda a um litro por hora. Pela sudorese no ritmo de um litro
por hora um homem pode, teoricamente, perder 600 Kcal/hora para o meio ambiente.

Os efeitos desta exposição ao calor intenso, produzem as denominadas doenças do calor, pois, se o
aumento do fluxo de sangue na pele e a produção de suor forem insuficientes para promover a perda
adequada do calor, ou se estes mecanismos deixarem de funcionar apropriadamente, uma fadiga fisiológica
pode ocorrer. Estas doenças do calor são divididas em quatro categorias, as quais passamos a destacar:

Exaustão do calor – é decorrente de uma insuficiência do suprimento de sangue do córtex cerebral,


resultante da dilatação dos vasos sangüíneos em resposta ao calor. Uma baixa pressão arterial é o evento
critico resultante, devido, em parte, a uma inadequada saída de sangue do coração, e em parte, a uma
vasodilatação que abrange uma extensa área do corpo.

Desidratação - em seu estágio inicial, a desidratação atua, principalmente, reduzindo o volume de


sangue e promove a exaustão do calor. Mas, em casos extremos, produz distúrbios na função celular,
provocando até a deterioração do organismo. Ineficiência muscular, redução da secreção (especialmente
das glândulas salivares), perda de apetite, dificuldade de engolir, acúmulo de ácido nos tecidos irão ocorrer
com elevada intensidade. Uremia temporária, febre e morte ainda podem ocorrer, seguindo-se uma redução
do cloreto de sódio no sangue, de modo a atingir concentrações inferiores a um certo nível critico. A alta
perda de cloreto é facilitada pela intensa sudorese e falta de aclimatização.

Cloreto térmico – ocorre quando a temperatura do núcleo do corpo é tal, que expõe em risco algum
tecido vital que permanece em continuo funcionamento. É devido a um distúrbio no mecanismo termo-
regulador, que fica impossibilitado de manter um adequado equilíbrio térmico entre um indivíduo e o meio.

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Em segundo lugar, devemos analisar a questão quanto a variação das condições ambientais. A NR-
15, Anexo 03, delineou a avaliação da exposição ao calor, de maneira que para efeitos da quantificação do
índice, utiliza-se somente os sessenta minutos corridos mais desfavoráveis do ciclo de trabalho.

Assim sendo, mesmo na hipótese de que o horário de labor da Reclamante fosse das 7:00 às 17:00
(nas safras e entressafras), para a quantificação do índice, considera-se apenas os sessenta minutos corridos,
onde as condições são mais desfavoráveis no ciclo de trabalho. Logo, é sabido que as condições são mais
desfavoráveis por volta das 12:00 horas (“meio dia”), e isso é facilmente comprovado quando da realização
da análise quantitativa, onde observemos que independente de ser verão, outono, inverno ou primavera, o
índice IBUTG extrapola os limites de tolerância para a atividade exercida pela Reclamante, nos horários
aproximados das 11:00 às 14:00 horas, exceto nos dias chuvosos ou nublados.

A quantificação dos dias chuvosos ou nublados (média de 120 dias/ano), de acordo com os horários
laborais mais desconfortáveis, foi obtida no departamento de Ciências Exatas da FCAV/UNESP – campus
de Jaboticabal, que possui Estação Agroclimatológica localizado à Latitude de 21º15’22” S, longitude
48º18’58” W e altitude de 595 metros.

Logo, por aproximadamente 120 dias do ano, não há como caracterizar a insalubridade por
exposição ao calor, em conseqüência do labor efetuado sob carga solar, já que neste período houve a
incidência de chuvas, ou no mínimo, o dia esteve nublado no horário critico.

Este profissional, em diversas oportunidades que esteve em propriedades rurais da região, destinadas
ao cultivo da cana de açúcar, efetuou as avaliações quantitativas do agente físico calor, fazendo uso de uma
árvore de termômetros analógicos da marca PRECISIOM, composta por termômetro de globo, bulbo úmido
natural e de bulbo seco, a fim de aferir os valores IBUTG.

Estas avaliações, para os sessenta minutos corridos mais desfavoráveis do ciclo de trabalho, sempre
apontaram para índices IBUTG variando de 26,8ºC à 32,0ºC, independentemente da estação do ano.

O quadro nº03, do Anexo 03, da NR-15, indica que a atividade da reclamante enquadra-se como
pesada (trabalho fatigante), sendo que exercida em regime continuo, aponta para o limite de tolerância de
25,0ºC (Quadro n. 01, do Anexo 03, da NR-15).

Destarte, estando a Reclamante exposta ao índice IBUTG variando de 26,8ºC à 32,0ºC, no horário
critico supracitado, e sendo o limite de tolerância de 25,0ºC, então, as obrigações funcionais daquela
enquadram-se como insalubres.

Fonte: Trabalho efetuado pelo Eng. Wallace O. Cassiano. Teixeira

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ANEXO 2

TABELA
EXTRAPOLAÇÃO
CALOR

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A tab el a a se g u ir foi el ab o rad a co m dados e le va n ta me n to s efet u ad o s p el a
FU ND AC ENT RO.

MÊS/ANO Dias com extrapolação Dias sem extrapolação


07-2014 - 31
06-2014 5 25
05-2014 11 20
04-2014 25 5
03-2014 31 -
02-2014 28 -
01-2014 31 -
12-2013 31 -
11-2013 26 4
10-2013 23 8
09-2013 11 19
08-2013 4 27
07-2013 2 29
06-2013 10 20
05-2013 17 14
04-2013 22 8
03-2013 29 2
02-2013 28 -
01-2013 31 -
12-2012 31 -
11-2012 30 -
10-2012 31 -
09-2012 20 10
08-2012 - 31
07-2012 - 31
06-2012 5 25
05-2012 3 28
04-2012 26 4
03-2012 31 -
02-2012 Não apurado Não apurado
01-2012 5 – parcialmente apurado Parcialmente apurado
12-2011 31 -
11-2011 28 2
10-2011 28 3
09-2011 17 13
08-2011 13 18
07-2011 5 26
06-2011 - 30
05-2011 11 20
04-2011 26 4
03-2011 27 4
02-2011 27 1
01-2011 31 -
12-2010 31 -
11-2010 30 -
10-2010 27 4
09-2010 23 7
TOTAL(1370) 897 473
Porcentual 65,5 % 34,5 %

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AVALIAÇÃO DE VIBRAÇÃO USINA RAIZEN


GUARIBA – SP

Caminhão Scania 113

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PLANILHA DO SOFTWARE – Caminhão Scania 113

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PLANILHA DO SOFTWARE – CAMINHÃO MB 2219

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