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PROCESSO:10079-59.2014.5.15.0081 RTOrd
SILMARA FACHETTI POTON, perita nomeada pelo Juízo nos autos da Reclamação
Trabalhista em epígrafe, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, em vista do mister a
mim confiado, apresentar laudo médico pericial.
Termos em que,
Pede deferimento.
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I – INTRODUÇÃO:
Realizado perícia médica do(a) reclamante em epígrafe, no dia 06 de junho de 2014, na Rua 28
de agosto, 981, Centro, Matão -SP.
II – HISTÓRICO:
Reclamante sexo masculino, 19 anos, solteiro, residente a rua Piaui n 176, Jardim do Bosque,
grau de instrução até 3 ª série.
Narra o Reclamante que iniciou sua vida laboral aos 8 anos de idade como trabalhador rurícola
até 18 anos.
Refere que estava caminhando na roça quando pisou em um buraco de tatu, com fratura do
tornozelo esquerdo, foi socorrido e levado para pronto socorro, fez raio-x, foi diagnosticado fratura e
colocado gesso, no dia 30.07.13, narrou.
Ficou afastado por cerca de 90 dias, recebendo auxílio-doença espécie B 91 pelo INSS.
Após cessação do benefício, não quis voltar ao trabalho, declarou que não se achou apto a voltar
ao labor, mesmo após alta médica, pedindo assim demissão.
Queixa-se atualmente de dores no tornozelo esquerdo além de caroço na perna esquerda, sendo
este doloroso.
Cirurgia nega.
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Com relação as férias e períodos de descanso declara: não teve férias e não tinha pausas, tinha
horário de almoço.
Declara que eram fornecidos todos EPIs necessários: luvas, óculos, perneira, roupas, boné
árabe.
Com relação a treinamentos para prevenção de acidentes, palestras e ginástica laboral refere:
teve treinamentos habitualmente.
Na mesma empresa existe(m) as seguintes atividades compatíveis com suas restrições: regar
mudas (baseado nas informações prestadas e nos dados avaliado na perícia médica).
Dominância destro.
Peso= 82 kg.
Bom estado geral, lúcido e orientado no tempo e no espaço. Não apresentou dificuldades em
entregar documentos, em sentar-se, subir na maca. Não necessitou auxílio de terceiros para nenhum
comando solicitado.
Do ponto de vista psiquiátrico apresenta-se com humor preservado, sem alterações psiquiátricas
no momento desta perícia médica.
Aparelho cardiovascular com ritmo cardíaco regular em dois tempos, sem sopros.
Aparelho gastrointestinal com ruídos hidroaéreos presentes, sem massas palpáveis, sem
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visceromegalias.
Aparelho locomotor com marcha normal. Coluna vertebral sem desvios. Contraturas musculares
ausentes. Sem limitação de movimentos da coluna.
Consulta com acidente de trabalho no dia 30.07.13 com luxação do tornozelo, cid S93.0, e outra
descrição de fratura no mesmo documento.
Relatório ao INSS de 21.10.13 solicita prorrogação do benefício pois mantém dor e edema no
tornozelo esquerdo.
ASO de retorno ao trabalho de 18.11.13 como inapto, descreve fratura do tornozelo esquerdo.
CAT com acidente em 30.07.13, com descrição de que pisou em buraco de tatu, e cid S83.0,
descreve diagnóstico provável como fratura do tornozelo.
V – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
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FRATURA DE TORNOZELO:
Fraturas maleolares são lesões extremamente freqüentes, causadas por traumas rotacionais na
região do tornozelo. Apesar do mecanismo de trauma ser comum, caracteriza-se por enorme variação
de lesões, fundamentalmente à custa da intrincada anatomia osteocapsuloligamentar. Lauge-Hansen
descreveu quatro padrões distintos de lesão, considerando a posição do pé e a direção da força
exercida no momento do trauma.
Embora classicamente fraturas não-desviadas possam ser manejadas de forma não cirúrgica, a
maioria das fraturas bimaleolares desviadas deve ser abordada cirurgicamente. A decisão do momento
e da tática cirúrgica depende de inúmeros fatores, como as condições das partes moles locais, os
recursos técnicos e tecnológicos da equipe médica e o completo entendimento das lesões existentes.
Denis Weber:
A- Infrasindesmal
B- Trans-sindesmal
TRATAMENTO:
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Tratamento Conservador: Pode ser usado nas fraturas estáveis e sem desvio. Gesso
preferencialmente sem carga por no mínimo 6 semanas. Controle radiográfico frequente para identificar
desvios secundários dentro do gesso. É importante a recuperação fisioterápica.
CIRÚRGICO - redução mais fixação cirúrgica das fraturas instáveis do tornozelo ( Redução
anatômica por ser uma fratura articular).
VI – DISCUSSÃO:
Existem duas CATs, com cid 10 diferentes no PJE, sendo uma com cid 10 S83.0 e outra S93.0.
Ao exame clínico apresenta edema da articulação do tornozelo esquerdo, sem outras limitações.
VII – CONCLUSÃO:
Houve incapacidade laboral desde o acidente até o dia 30.07.13 até 30.10.13 data do acidente
até alta pelo médico assistente.
Atualmente não há incapacidade laboral nem parcial e nem total, nem definitiva e nem
temporária ao trabalho.
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Sim.
Sim.
Não.
Não.
8) Algum fator de caráter organizacional pode ter contribuído para o aparecimento da doença ou
para a ocorrência do acidente?
Não.
9) No setor de trabalho do reclamante ocorreram casos semelhantes nos últimos cinco anos?
Nega conhecimento.
10) Quais as alterações e/ou comprometimentos que a doença diagnostica acarretou na saúde
do reclamante, na sua capacidade de trabalho e na sua vida social?
Houve incapacidade laboral com afastamento do trabalho por trauma no tornozelo esquerdo.
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Sim.
Não.
Não aplicável.
Insignificante.
IX – QUESITOS DO RECLAMANTE:
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4. Há prova da(s) moléstia(s) nos autos? É possível atribuir nexo de causalidade entre a patologia do
autor e suas atividades laborais?
5. O reclamante em razão da(s) moléstia(s) ora constatada(s) passou por procedimento cirúrgico?
Negou.
1. O reclamante possuía algum problema de saúde antes de ser admitido pela reclamada?
Negou.
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Submeteu-se a tratamento médico, não há redução da capacidade de trabalho, ficou com edema
residual no membro atingido, veja laudo médico acima.
X – QUESITOS DO RECLAMADO:
Não há.
CREMESP 111.035
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