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com
Para citar este artigo:Renata Schvartzman, Luiza Schvartzman, Charles Francisco Ferreira, Janete Vettorazzi,
Adriane Bertotto & Maria Celeste Osório Wender (2019): Intervenção fisioterapêutica para mulheres com
dispareunia: um ensaio clínico randomizado, Journal of Sex & Marital Therapy, DOI:
10.1080/0092623X.2018.1549631
julgamento
Porto Alegre (HCPA). Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). porto
Alegre/RS, Brasil.
ito
b Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde: Ginecologia e Obstetrícia (PPGGO).
1125, CEP 90035-903 – Porto Alegre, RS, Brasil. Fone/Fax: +55 51 3359 8148. E-
e-mail: refisiobr@yahoo.com.br
us
an
estudar.
2
Abstrato
A dispareunia afeta negativamente a qualidade de vida das mulheres, sendo uma queixa frequente
função, qualidade de vida, dor e função dos músculos do assoalho pélvico de mulheres climatéricas
idade entre 40-60 anos, com queixa de dispareunia há pelo menos 6 meses
e ser sexualmente ativo. Eles foram avaliados antes e depois de sua randomização em
sessões de termoterapia para relaxamento dos músculos do assoalho pélvico, liberação miofascial,
e treinamento pélvico (Pelvic Floor Muscle Training – grupo PFMT). o segundo grupo
(n=21) receberam cinco sessões de uma hora durante as quais o calor foi aplicado na parte inferior
to
músculos, sem envolvimento do treinamento pélvico (Grupo Lombar – LB). Quarenta e dois
ei
mulheres climatéricas com dispareunia (média±DP, grupo PFMT: 51,9±5,3 anos, LB
Ac
grupo: 50,6±4,7 anos, Estudantetteste, p=0,397) foram estudados. Escores de dor
proposto protocolo de treinamento dos músculos do assoalho pélvico foi eficaz para melhorar a dor, qualidade de
vida, função sexual e função muscular do assoalho pélvico em mulheres climatéricas com
us
dispareunia.
an
disfunção
3
Introdução
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a saúde sexual como um estado físico, emocional
2002). A saúde sexual de uma mulher durante a menopausa é uma interação complexa de
& Kotz, 2003; Graziottin & Leiblum, 2005). A resposta sexual humana é
2000). Ao longo dos anos, diferentes modelos da resposta da função sexual feminina foram
sido proposto. Isso conclui que ociclo de resposta sexual femininaé um complexo
to
prevalência variável nas diferentes populações, podendo atingir de 30 a 49% das mulheres,
com variações de acordo com a idade (Abdo, Oliveira, Moreira, & Fittipaldi, 2004; Nobre &
ei
Pinto-Gouveia, 2006).
ac
A última classificação do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5º
distúrbios e exige que, para fins de diagnóstico, a maioria das alterações persista por pelo menos
rit
menos 6 meses e ocorrem em aproximadamente 75% das relações sexuais. Para cada disfunção,
Associação Psiquiátrica, 2013). Além disso, um item denominado Distúrbio da Dor Genital-Pélvica/
N
diagnóstico único. No entanto, a dispareunia e o vaginismo são dois distúrbios dolorosos que
têm definições diferentes. A dispareunia é definida como dor durante a relação sexual e
com penetração vaginal durante a relação sexual ou tentativas de penetração (por exemplovulvovaginal ou
dor pélvica; medo ou ansiedade marcados em antecipação, durante ou como resultado da penetração vaginal
(Associação Americana de Psiquiatria, 2013). Esta forma de disfunção sexual afeta negativamente
afeta a qualidade de vida (QV) de mulheres de todas as idades (Channon & Ballinger, 1986;
Meana, Binik, Khalife, & Cohen, 1997) e é uma queixa frequente durante o
ito
distúrbios do sono, sintomas vasomotores e alterações geniturinárias (Bachmann &
Leiblum, 2004). Existem várias causas possíveis para a dor associada ao sexo
r
relação sexual: envelhecimento cronológico, deficiência hormonal, distúrbios crônicos, uso de
sc
medicamentos ou estressores associados (Bachmann & Leiblum, 2004). induzido por hormônio
u
as mudanças climatéricas nos MAP também desempenham um papel importante no comprometimento da atividade sexual
an
neste período (Bachmann & Leiblum, 2004). Alguns estudos sugeriram que o PFM
Contração dos MAP, contração e relaxamento fracos dos MAP após a ativação) (McLean &
r
ta
Brooks, 2017; Reissing, Brown, Lord, Binik, & Khalifé, 2005). Nesse sentido,
A eletromiografia (EMG) pode ser uma ferramenta útil, fornecendo uma compreensão holística do
ei
tratamento da dispareunia (Mariani, 2002), restaurando a função dos MAP, aliviando a dor,
sintomas (Kolberg Tennfjord et al., 2016), sendo este assunto ainda controverso e
McLean, & Chamberlain, 2009; Morin, Carroll e Bergeron, 2017). Assim, o presente
estudo teve como objetivo avaliar o efeito de uma intervenção de TP na dor, função sexual, qualidade
de vida e função dos MAP em mulheres climatéricas com dispareunia. Nós levantamos a hipótese de que
com dispareunia.
Métodos
t
Ensaio clínico randomizado com mulheres na peri e pós-menopausa, ambas receberam cinco 1-
rip
sessões de uma hora e duas avaliações (antes e no final da intervenção).
Grupo de Treinamento dos Músculos do Assoalho Pélvico (PFMT): em três sessões iniciais de tratamento envolveu
us
as seguintes etapas: avaliação da função GFP usando a escala New PERFECT para
planejar a rotina de exercícios para o dia; termoterapia infravermelha PFM; liberação miofascial
an
dos pontos de gatilho do GFP; exercícios de contração e relaxamento guiados por New PERFECT
M
O grupo Lower Back (LB), recebeu calor na região lombar com liberação miofascial de
ei
Essa intervenção do LB nesses grupos musculares não afeta os MAP, até onde sabemos.
Medidas de resultado
A principal medida de resultado foi o efeito das intervenções sobre o grau de dor
(dispareunia) medida por uma Escala Visual Analógica (EVA) de 10 pontos. Secundário
função/força.
6
Ética
de Porto Alegre (HCPA), Porto Alegre/RS, Brasil (número 130307). Todos os participantes
deram seu consentimento informado antes da participação, e todas as informações foram mantidas estritamente
Tamanho da amostra
O tamanho da amostra foi calculado com base em um estudo piloto com 10 pacientes em uso do WinPEPI
software (Programas para Epidemiologistas para Windows), versão 11.63. Por um significado
nível de 5%, poder estatístico de 90% e tamanho do efeito de pelo menos um desvio padrão em
o
VAS, FSFI, Escala de Cervantes e Contrações Voluntárias Máximas (MVC, em EMG
it
análise), o tamanho da amostra foi calculado como 21 pacientes em cada grupo, para um total de 42
pacientes.
cr
us
Seleção e randomização dos participantes
As mulheres foram recrutadas por meio de anúncios em jornais locais. Eles eram
an
selecionados durante uma entrevista inicial por telefone, e foram convidados a participar do
Durante a entrevista telefônica inicial, algumas variáveis foram avaliadas (por exemplo, idade,
d
(critério STRAW +10) (Harlow et al., 2012) queixa de dispareunia por pelo menos 6
meses, escore de dor > 3 na EVA e ser sexualmente ativo (pelo menos um
Procedimentos
Após a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, os participantes preencheram um questionário sociodemográfico
questionário, o FSFI (Thiele outros., 2008) e a Escala de Qualidade de Vida de Cervantes (Lima,
to
Palácios, & Wender, 2012). O grau de dispareunia foi determinado por meio de uma EVA.
Os participantes foram solicitados a relatar a pontuação média VAS para relações sexuais no
ei
mês anterior. Esfregaços vaginais foram obtidos para avaliação cito-hormonal,qual
ac
foram rotineiramente analisados pelo mesmo técnico. A GFP foi avaliada por
Treinamento de pesquisador
rit
Ela foi treinada em um projeto piloto para PT pélvica por um fisioterapeuta pélvico especializado.
c
Escala FSFI
ús
A Escala FSFI foi desenvolvida nos Estados Unidos (Rosene outros., 2000) e traduzido/validado
N
para o português do Brasil (Thiele outros., 2008). Avalia a função sexual em mulheres
satisfação e dor. Pontuações mais baixas (pontuação total do FSFI ≤26) estão associadas a uma pior
A Escala Cervantes QoL foi desenvolvida na Espanha (Paláciose outros., 2004) e traduzido/
validado para o português brasileiro (Limae outros., 2012). Resumidamente, esta escala de
relacionamento durante a menopausa e pós-menopausa. Escores mais altos (≥45) indicam pior
qualidade de vida.
Antes da avaliação dos MAP, os participantes receberam instruções sobre a localização e função
to
intravaginal bidigital, é possível avaliar a função dos MAP com o uso de algumas escalas.
ei
Atualmente, as mais utilizadas são: a escala de Oxford, a escala de Oxford modificada, a escala
Ac
PERFECT e a nova escala PERFECT (utilizada neste estudo). A escala New PERFECT foi usada para
avaliar a contratilidade dos MAP de acordo com Haslam e Laycock (2007) (Haslam & Laycock,
ito
2007) e para planejar regimes de treinamento muscular específicos para cada paciente.
- E (Endurance): contração sustentada dos MAP por até 10 segundos (duração da MVC) antes
MAP (CVM);
(ex. tosse).
Para avaliar os padrões de ativação EMG na MAP e a sinergia dos músculos abdominais foi
O Miotool é um sistema EMG de superfície de dois canais com resolução de 14 bits para aquisição de sinais EMG, isolamento de 5.000 volts, taxa de amostragem de 2.000 amostras por segundo por
canal, interface USB e bateria recarregável de hidreto metálico de níquel. O software EMG, disponível em português, permite a visualização simultânea de dois canais. A entrada para o canal 1 originada
t
rip
inicialmente de uma sonda EMG intracavitária introduzida na cavidade vaginal para avaliação da MAP (SEVA200, MIOTEC Equipamentos Biomédicos, Porto Alegre/Brasil), medindo 4,5cm de
comprimento e 2,5cm de diâmetro, para captação da atividade em microvolts . Em seguida, foi medida a força da MAP em kgf pelo mesmo canal, utilizando um dinamômetro vaginal (SLB-25, MIOTEC
sc
Equipamentos Biomédicos, Porto Alegre/Brasil) medindo 9,0cm de comprimento e 2,5cm de diâmetro, coberto com preservativo, com célula de carga interna da Transducer Technics. A entrada do canal
2 consistia em um sensor EMG de superfície conectado a eletrodos externos Meditrace para isolamento do músculo acessório oblíquo externo. O tipo e a colocação do sensor seguiram as
a
recomendações da Surface Electromyography for the Non-Invasive Assessment of Muscles (SENIAM) (Hermens, Freriks, Disselhorst-Klug, & Rau, 2000). O sensor de referência foi colocado na espinha
M
ilíaca anterossuperior direita. O sinal EMG fornecido pelo equipamento possui filtro analógico passa-banda 20-500Hz com saída expressa em raiz quadrada média (RMS). O valor RMS foi usado para
calcular a média das variáveis de atividade e força EMG durante o repouso e a contração. Três A entrada do canal 2 consistia em um sensor EMG de superfície conectado a eletrodos externos Meditrace
d
para isolamento do músculo acessório oblíquo externo. O tipo e a colocação do sensor seguiram as recomendações da Surface Electromyography for the Non-Invasive Assessment of Muscles (SENIAM)
pt
(Hermens, Freriks, Disselhorst-Klug, & Rau, 2000). O sensor de referência foi colocado na espinha ilíaca anterossuperior direita. O sinal EMG fornecido pelo equipamento possui filtro analógico passa-
banda 20-500Hz com saída expressa em raiz quadrada média (RMS). O valor RMS foi usado para calcular a média das variáveis de atividade e força EMG durante o repouso e a contração. Três A entrada
c
Ac
do canal 2 consistia em um sensor EMG de superfície conectado a eletrodos externos Meditrace para isolamento do músculo acessório oblíquo externo. O tipo e a colocação do sensor seguiram as
recomendações da Surface Electromyography for the Non-Invasive Assessment of Muscles (SENIAM) (Hermens, Freriks, Disselhorst-Klug, & Rau, 2000). O sensor de referência foi colocado na espinha
ilíaca anterossuperior direita. O sinal EMG fornecido pelo equipamento possui filtro analógico passa-banda 20-500Hz com saída expressa em raiz quadrada média (RMS). O valor RMS foi usado para
calcular a média das variáveis de atividade e força EMG durante o repouso e a contração. Três Disselhorst-Klug, & Rau, 2000). O sensor de referência foi colocado na espinha ilíaca anterossuperior
direita. O sinal EMG fornecido pelo equipamento possui filtro analógico passa-banda 20-500Hz com saída expressa em raiz quadrada média (RMS). O valor RMS foi usado para calcular a média das
variáveis de atividade e força EMG durante o repouso e a contração. Três Disselhorst-Klug, & Rau, 2000). O sensor de referência foi colocado na espinha ilíaca anterossuperior direita. O sinal EMG
fornecido pelo equipamento possui filtro analógico passa-banda 20-500Hz com saída expressa em raiz quadrada média (RMS). O valor RMS foi usado para calcular a média das variáveis de atividade e força EMG durante o repouso e a contraç
10
protocolos foram desenvolvidos para avaliação EMG da MAP, considerando a fisiologia muscular
O protocolo de avaliação 1 mediu as seguintes variáveis: atividade dos MAP (µv) durante 60
atividade (µv) considerando três MVC durante 5 segundos com períodos de descanso de 10 s entre
as contrações. O protocolo de avaliação 3 mediu a força dos MAP (kgf) com base em três
ito
MVC durante 5s com 10s de descanso entre as contrações.
Cegueira
r
sc
O pesquisador que realizou todas as análises e a entrevista estruturada, respectivamente
não foi mantido cego para a alocação do grupo das mulheres do estudo desde o início até
u
o final do estudo. Atribuindo números (1-42), os pesquisadores ocultaram os nomes
an
dos participantes e sua alocação para diferentes intervenções de forma aleatória para garantir
M
estudanteto teste para amostras independentes foi usado para comparar as médias dos grupos. No
c
O teste exato de Fisher foi usado para comparar proporções. O tamanho do efeito foi estimado
Equações de estimativa generalizada (GEE) com ajuste de Bonferroni foram usadas para
avaliar o efeito de cada intervenção. Um modelo de distribuição normal foi usado para
variáveis quantitativas com distribuição simétrica, um modelo gama foi usado para
11
A significância foi fixada em 5% (p≤0,05) para todas as análises, realizadas no SPSS versão 18.0.
Resultados
Oitenta e três mulheres foram submetidas à avaliação inicial. Destes, 41 não atenderam ao
critérios de inclusão e, portanto, 42 mulheres foram randomizadas para os grupos PFMT ou LB.
o PFMT (Figura 1). Portanto, as análises foram baseadas na intenção de tratar (ITT).
A Tabela 1 mostra que os dois grupos foram semelhantes em todos os aspectos sociodemográficos.
A média geral do escore de dor pré-intervenção na EVA foi de 7,7±1,6. Escores médios de dor
o
no grupo PFMT diminuiu de 7,77±0,38 para 2,25±0,30; e no grupo LB, de
it
7,62±0,29 a 5,58±0,49 (p≤0,001, índice d de Cohen: 0,93) [Tabela 2].
cr
QV (Escala de Cervantes) mostrou redução pós-tratamento na menopausa e saúde,
us
ciclo de resposta sexual, e pontuações gerais, com diferenças significativas entre ambos
A avaliação EMG da atividade dos MAP está descrita na Tabela 4. Uma diferença significativa
foi registrado entre os grupos para célula de carga final, com valores finais aumentados no
PFMT; no entanto, a interação do grupo não foi observada (p=0,397, índice d de Cohen: 0,45).
em segundos e uma diminuição na atividade de repouso foi observada (índice d de Cohen: 0,31–0,36).
No entanto, a interação do grupo só foi observada para a contração sustentada (p=0,035), com
picos foi significativamente diferente no PMFT. Além disso, uma interação em grupo foi
A Figura 2 mostra o efeito da intervenção GFP nos principais resultados - pontuação de dor,
pontuação geral do FSFI e item P da nova escala PERFECT. Os escores de dor foram reduzidos
após a intervenção dos MAP, enquanto os escores gerais e de função dos MAP aumentaram.
to
Discussão
ei
O PFMT mostrou melhora significativa na dor, qualidade de vida e função sexual
Ac
para tratar a dispareunia em mulheres climatéricas. O escore de dor VAS foi reduzido e o FSFI
características dos presentes participantes (Bergeron et al., 2002; Brotto, Yong, Smith, &
Sadownik, 2015; Goldfinger e outros, 2009; Istek, Gungor Ugurlucan, Yasa, Gokyildiz, &
us
experiência de dor durante a relação sexual), tornando a penetração sexual quase impossível.
da síndrome da dor, embora os autores possam considerar esta abordagem controversa. Esses
13
a experiência pode levar a melhorias nessa única área; no entanto, este único efeito pode
não influenciar outras áreas de função que precisam ser melhoradas. Dedo de ouroe outros.
diminuição nos escores de dor, com aumento no escore geral do FSFI (Goldfingere outros.,
2009). Em outro estudo, Isteke outros. (2014) avaliou a eficácia do tratamento percutâneo
estimulação do nervo tibial em 33 pacientes com dor pélvica crônica, e observou uma redução
nos escores de dor VAS (Isteke outros., 2014). Bergerone outros. (2002) avaliaram o uso de PT
t
em 35 mulheres de diferentes idades com síndrome de vestibulite vulvar e dispareunia
rip
diagnósticos e alívio da dor relatada. No entanto, não está claro qual escala de dor foi usada
(Bergerone outros., 2002). Em 2015, Brottoe outros. descreveu 116 mulheres com vulvodinia
sc
diagnóstico que foram tratados por uma equipe multidisciplinar e tiveram melhora
nu
A dispareunia afeta entre 20 a 50% das mulheres em todo o mundo, com possível efeito negativo
M
impacto na qualidade de vida (Bassone outros., 2000). Em nosso estudo, a qualidade de vida melhorou no PFMT após
tratamento em comparação com o LB. Estudos anteriores também relataram melhora da qualidade de vida em
d
2002; Isteke outros., 2014). No entanto, deve-se notar que essas mulheres eram
mais jovens e também incluíram aqueles com dor pélvica crônica e vulvodinia.
Ac
No presente estudo, mulheres com atrofia vaginal foram excluídas. terapia hormonal
geralmente usado como tratamento de primeira linha para dispareunia. Uma abordagem multidisciplinar (por exemplo
mulheres na menopausa, e pode estar relacionado à disfunção sexual (Barbere outros., 2002;
Salôniae outros., 2004). No presente estudo, essas mulheres foram excluídas; no entanto, em
não estava relacionado com a relação sexual. Alguns estudos relataram efeitos positivos de
PFMT na disfunção sexual e incontinência urinária de esforço (Bø, Talseth, & Vinsnes,
2000; Handae outros., 2011; Zahariou, Karamouti, & Papaioannou, 2008). boe outros. (2000)
problemas, no entanto, eles não aplicaram um questionário de função sexual (Bøe outros., 2000).
Zaharioue outros. (2008) usaram o FSFI para avaliar os efeitos do PT na função sexual
ito
e observaram redução da dor e perda urinária durante a relação sexual em mulheres com
r
Não existe um padrão ouro para a avaliação da GFP (Morin et al., 2017), tornando o
sc
comparação entre os resultados de diferentes estudos é difícil e imprecisa (Botelho et
u
al., 2013). A atividade dos MAP pode ser medida com EMG, mas seu uso clínico e sinais
an
interpretação deve ser feita com cautela, não utilizando as informações EMG como
medida absoluta (para revisão, Bø & Sherburn, 2005). Em nosso estudo, a melhora na
M
A função dos MAP foi demonstrada através da palpação digital (escala NEW PERFECT), como
foi feito por Madill et al. (2013) (Madill, Pontbriand-Drolet, Tang e Dumoulin, 2013).
r
ta
Esses autores afirmam que a palpação digital é mais confortável para as mulheres e que o
MCV – o que poderia explicar as diferenças nos resultados obtidos por diferentes estudos
Ac
em relação à função PFM. Também deve ser notado que a palpação, dinamometria e
A EMG avalia diferentes aspectos da MAP, com a palpação fornecendo uma visão mais global
(FitzGerald & Kotarinos, 2003; Messelinke outros., 2005; Prendergast & Weiss, 2003;
descrito, incluindo técnicas manuais (Botelhoe outros., 2013; Faubion, Shuster, &
Bharucha, 2012; FitzGerald & Kotarinos, 2003). Uma revisão sistemática avaliou o uso
de técnicas manuais para aliviar a dor pélvica musculoesquelética e concluiu que 59-
80% das mulheres relataram alívio completo da dor (Tu, As-Sanie, & Steege, 2005).
No entanto, a maioria dos estudos incluídos na revisão eram séries de casos; isso indica que
estudos randomizados controlados adicionais, como o presente, são necessários para confirmar
essas conclusões. Segundo alguns estudos, o PFMT pode contribuir para normalizar
t
Mercier, 2015; Madill et al., 2013); (Egginton, 2009). Em nosso estudo, técnicas manuais,
rip
terapia termal e exercícios foram usados para aumentar o fluxo sanguíneo local, o que resultou em
complicações (Abramse outros., 2010). Diferentes protocolos têm sido propostos para o
M
tratamento da disfunção dos MAP. A evidência disponível não é suficiente para apoiar uma
que teve como base o Novo PERFECT, com melhora na função PFM ao final do
c
o estudo.
Ac
Embora este estudo indique que o PFMT melhorou a dor, a função sexual e a qualidade da
vida de mulheres climatéricas, algumas limitações devem ser abordadas, tais como: o pequeno
o cegamento dos participantes foi impossível (os entrevistados foram submetidos a diferentes
resultado da terapia. Além disso, esses resultados devem ser considerados preliminares e em
necessidade de replicação e estudo mais aprofundado. Além disso, a população atual é bastante
acordo com suas características sociodemográficas. No entanto, deve-se notar que até
incontinência (Beji, Yalcin, & Erkan, 2003; Liebergall-Wischnitzer et al., 2012; Zahariou
Conclusões
to
dor que pode ter um efeito negativo na sua QV. No presente estudo, uma TP pélvica
ei
intervenção efetivamente melhorou a dor, a qualidade de vida, a função sexual e a função dos MAP em
ac
mulheres climatéricas com dispareunia. Estudos adicionais com delineamento semelhante, maiores e
participantes mais heterogêneos são necessários para produzir um protocolo de TP universal para
ito
Agradecimentos
Este trabalho foi apoiado por bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Tecnológico e
o
ad
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Figura 2.Efeito da intervenção dos MAP no escore de dor da escala visual analógica (VAS),
Pontuação do Índice de Função Sexual Feminina (FSFI) e Novo poder/pressão PERFEITO (P)
pontuação.
Legenda: As barras de erro representam o limite inferior e superior dos intervalos de confiança de 95% para
pontuação média de dor VAS, pontuação FSFI e nova pontuação PERFECT P. *Carta de caso diferente
(Aa) indicam diferenças estatisticamente significativas. Significado definido comop≤0,05 para todos
análise.
to
ei
ac
ito
cr
us
an
M
M
an
us
cr
ito
ac
ei
to
22
M
an
us
cr
ito
ac
ei
to
23
24
Tabelas
Geral PFMT
grupo LB
amostra grupo p
(n=21;
Variável (N=42; (n=21; Valor
50%)
100%) 50%)
Etnia –n(n%)
to
Tempo com o parceiro (meses) – md[P25– 276[135– 276[90– 276[132–
0,980**
P75]
ei
360] 360] 378]
ac
Idade da primeira relação sexual (anos)
18,2±3,0 18,5±2,7 17,8±3,3 0,449*
– média±DP
ito
Geral PFMT
grupo LB
amostra grupo p
(n=21;
Variável (N=42; (n=21; Valor
50%)
100%) 50%)
to
Hormonioterapia -n(n%)
Não
Tópico
ei
18/29(62.1) 16/09 (56,3) 13/09 (69,2)
0,768
ac
29/03 (10.3) 16/02 (12,5) 1/13(7,7)
Geral PFMT
grupo LB
amostra grupo p
(n=21;
Variável (N=42; (n=21; Valor
50%)
100%) 50%)
Treinamento Muscular. LB: Parte inferior das costas.n: Frequência absoluta. n%: Frequência relativa. P25-
P75: Percentis 25 e 75. FSFI: Índice de Função Sexual Feminina. NA: Não
aplicável.p: Índice estatístico de significância. Significância definida como p≤0,05 para todos
to
análise.
ei
ac
ito
cr
us
an
M
27
Visual
analógico
2,25±0,30a 5,58±0,49≤0,00 ≤0,00 ≤0,00
ue 7,77±0,38 7,62±0,29
b b 1 1 1
escala
to
(dor)
cervante
ei
ac
escala de s
Menop
29,86 20,15±2,14 30,95±2,8 ≤0,00 ≤0,00
ito
idade
Casal
an
quadril
M
FSFI
28
excitar
2,79±0,28 3,77±0,26b2,80±0,39 3,23±0,35 0,5540,0070,339
tudo
lubrificante 4,62±0,26a
3,06±0,34 2,80±0,39 2,91±0,36 0,023 0,029 0,069
ação b
Orgas ≤0,00
3,06±0,36 4,34±0,31b2,96±0,44 3,60±0,49 0,475 0,346
m 1
Satisfa ≤0,00
2,94±0,30 4,88±0,23b3,44±0,33 3,97±0,38 0,813 0,005
ficção 1
4,84±0,19a ≤0,00
Dor 1,96±0,18 1,79±0,13 2,83±0,39 0,003 0,005
b 1
to
Total 26,0±1,09a ≤0,00
16,4±1,32 16,9±1,63 19,6±2,04 0,118 0,002
pontuação b
ei 1
ac
* Comparações pareadas pelo modelo de Equação de Estimativa Generalizada (GEE) com
Correção de Bonferroni (análise de intenção de tratar). Legenda: PFMT: Músculo do Assoalho Pélvico
ito
Treinamento. LB: Parte inferior das costas. FSFI: Índice de Função Sexual Feminina. SEM: erro padrão
de Média.p: Índice estatístico de significância. Significado definido comop≤0,05 para todas as análises.
cr
resultados básicos.
us
an
M
29
P–
3,85±0,18a ≤0,00 ≤0,00
média ± S 2,81±0,16 2,67±0,14 2,67±0,18 0,002
b 1 1
D
E-
7,55±0,60a ≤0,00 ≤0,00
média ± S 4,24±0,52 4,10±0,42 4,67±0,44 0,022
to
b 1 1
D
R-
8,75±0,42a
ei ≤0,00 ≤0,00
ac
média ± S 4,71±0,44 5,00±0,54 5,83±0,58 0,037
b 1 1
D
ito
F-
9,75±0,17a ≤0,00
média ± S 7,19±0,55 6,76±0,46 7,22±0,54 0,006 0,003
b 1
cr
E-
us
n(n%)
an
T- 20/11(55)a
21/02 (9,5) 21/01 (4,8) 1/18(5,6) 0,026 0,122 0,176
n(n%) b
Correção de Bonferroni (análise de intenção de tratar). Legenda: PFMT: Músculo do Assoalho Pélvico
Treinamento. LB: Parte inferior das costas. P: Desempenho. E: Resistência. R: Repetição. F: Rápido
p: Índice estatístico de significância. NA: Não aplicável. Significado definido comop≤0,05 para todos
to
grupo
(Média ± SE (Média ± SE (Média ± SE (Média ± SE Tempo p vs.
p
m) m) m)
ei m) Tempo
ac
Célula de carga 0,17±0,02
0,15±0,02 0,11±0,01 0,11±0,02 0,013 0,290 0,397
(µV) b
ito
Rápido
ns (µV)
Sustentado
n (µV)
5,60±0,72 ≤0,00
SMS) 2,64±0,58 3,12±0,67 3,90±0,83 0,700 0,035
b 1
7,63±0,88
Repouso (µV) 9,30±0,88 9,23±0,81 9,24±1,03 0,497 0,069 0,065
b
31
Correção de Bonferroni (análise de intenção de tratar). Legenda: PFMT: Músculo do Assoalho Pélvico
Treinamento. LB: Parte inferior das costas. Célula de carga: força média (kgf) de três voluntários máximos
contrações durante 5s com descanso de 10s entre as contrações. Contrações rápidas: rápidas
acima de 10s. Contração sustentada: Contração sustentada observada por 10s. SM: Duração
(em s) de contração sustentada. Descanso: período de descanso de 60 minutos. MVC: Média de três no máximo
contrações voluntárias durante 5s com períodos de descanso de 10s entre as contrações. SEM:
to
entre os resultados finais e iniciais.
ei
Ac
ito
cr
us
an
M