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Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA

Contexto Histórico

O Surgimento da Segurança do Trabalho e da CIPA


A Segurança no Trabalho, começou a ser alvo das atenções, com mais ênfase, a partir da
Revolução Industrial nos fins do século XVIII, na Inglaterra.

A era das máquinas, como pode ser chamada, revolucionou a indústria, com a criação de
máquinas mais velozes, mais possantes, visando aumentar a produtividade. Em contrapartida
ao avanço tecnológico, aumentou também o índice de ocorrência de acidentes, tendo-se em
vista que, na época, tais máquinas não possuíam os dispositivos de segurança adequados,
tais como as que de hoje obrigatoriamente possuem, e o fato de o trabalhador nem sempre
estar devidamente treinado quanto à operação correta e segura de tais máquinas, bem como,
constantemente estar sob a influência de determinados desajustes físicos ou emocionais ou
condições adversas ao trabalho no que se refere ao conforto térmico, visual, entre outros.

Assustados com a baixa na produção e sem a consciência da necessidade de preocupação


com os fatores humanos no trabalho, muitos estudos foram realizados objetivando o aumento
de produção, a exemplo de Taylor e Fayol (Administração Científica) que com seus métodos
de execução de tarefas utilizando tempos e movimentos, acabaram por robotizar ainda mais o
trabalhador que por muitos motivos, principalmente a fadiga pelo trabalho e o rítmo muitas
vezes além de seus limites, começam por sofrer acidentes freqüentes colocando por água
abaixo toda aquela intenção de aumento da produção.

Foi identificado então os primórdios da Ergonomia, ou seja, a adaptação do homem ao


trabalho - conceito antigo. Hoje após vários estudos e pesquisas através dos anos, temos a
conscientização de que não só deverá haver a adaptação do homem ao trabalho, mas
também do trabalho ao homem - conceito moderno. Portanto, pode-se afirmar que a
Ergonomia, nada mais é que uma evolução da Segurança do Trabalho.

Houve desta forma, a necessidade da existência, nas empresas, de um grupo de funcionários,


representantes do empregador e dos empregados, que pudesse periodicamente se reunir,
para apresentar sugestões e reivindicar medidas para a correção de possíveis riscos de
acidentes.

A idéia da criação de um grupo de funcionários que, além de ter suas atribuições normais, se
preocupasse também com a prevenção de acidentes foi desenvolvida pela OIT - Organização
Internacional do Trabalho.

A OIT, fundada em 1919, com sede em Genebra, na Suíça, tem por objetivo fazer
recomendações buscando a solução de problemas relacionados com o trabalho. Como não
poderia deixar de ser , o acidente de trabalho, tendo-se em vista os altos índices já registrados
na época, levou a OIT a preocupar-se com o fato ao ponto de, em 1921, surgir a idéia de criar
os Comitês de segurança nas empresas com pelo menos 25 empregados. A idéia ficou em
estudo durante 02 (dois) anos, sendo recomendada ao mundo em 1923.

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Segurança do Trabalho

Definição
A segurança do Trabalho é composta por um conjunto de medidas técnicas, educacionais,
médicas e psicológicas, que objetiva a Prevenção de Acidentes, pela eliminação dos Atos e
das Condições Inseguras do ambiente, através da conscientização e motivação dos
funcionários para práticas prevencionistas. Seu emprego é indispensável para o
desenvolvimento satisfatório do trabalho.

De acordo com a NR. 04 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança em Medicina


do Trabalho (SESMT), ficam obrigadas a constituírem o SESMT, as empresas privadas e
públicas, os órgãos públicos da administração direta e indireta e dos poderes legislativo e
judiciário, que possuam empregados regidos pela C.L.T, com a finalidade de promover a
saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho.

O dimensionamento dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em


Medicina do Trabalho, vincula-se à gradação do risco da atividade principal e ao número total
empregados do estabelecimento, observadas algumas exceções previstas na NR. 04

Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho deverão


ser integrados por Médico do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Enfermeiro do
Trabalho, Técnico de Segurança do Trabalho e Auxiliar de Enfermagem do Trabalho.

Responsabilidade pela Segurança


A responsabilidade pela Segurança é de cada um, isto significa que ao se zelar por sua
própria segurança, automaticamente se estará zelando pela segurança dos que estão a volta.
Pessoa menos esclarecidas sobre o assunto procuram, em certas circunstâncias, justificar a
ausência de interesse pela segurança; entretanto, nada de positivo existe capaz de justificar
tal omissão.

Realmente o trabalho poderá ser efetuado mesmo que ocorram acidentes, porém, jamais
poderá ser considerado satisfatório a sua realização.

As conseqüências de um acidente, tais como a dor dos ferimentos somam-se a muitos fatores
danosos ao trabalho, tanto sob o aspecto técnico como econômicos. Isto nem sempre é
percebido por quem não interpreta os acidentes do trabalho em toda sua extensão e
profundidade.

Acidente do Trabalho

Conceito Legal de Acidente do Trabalho - Coletânea

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(DECRETO Nº 611, DE 21/07/92 - REGULAMENTA A LEI 8213, DE 24/07/91, QUE DISPÕE SOBRE O PLANO DE
BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL)

* Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, ou


ainda pelo exercício do trabalho dos funcionários especiais, provocando lesão corporal ou
perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução da capacidade para o trabalho
permanente ou temporária (ART.139) ;

* Consideram-se acidente do trabalho as seguintes entidades mórbidas:

I. Doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício de


trabalho peculiar a determinada atividade e constante da relação das Doenças
Profissionais ou do Trabalho.

II. Doenças do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de


condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relaciona diretamente,
desde que constante da relação mencionada no inciso I.

1º Não serão consideradas como doença do trabalho:

a) a doença degenerativa;
b) a que não produz incapacidade laborativa;
c) a doença endêmica adquirida por segurados habitantes de região em que ela desenvolva,
salvo comparação de que resultou de exposição ou contato direto determinado pela
natureza do trabalho.

2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação prevista nos
incisos I e II resultou de condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se
relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho.

* Equiparam-se também ao acidente do trabalho (ART.141) :

I. O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído
diretamente para a morte do segurado, para a perda ou redução da sua capacidade para
o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação.

II. O acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em conseqüência de:

a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de


trabalho;
b) ato intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada com o trabalho;
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro, ou de companheiro de
trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos decorrentes de força maior.

III. A doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua


atividade.

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IV. O acidente sofrido, ainda que fora do local e horário de trabalho:

a) na execução de ordem ou na realização de serviços sob a autoridade da empresa;


b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou
proporcionar proveito;
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo, quando financiada por esta, dentro
de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independente do meio de
locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade da segurado;
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja
o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.

1º Nos períodos destinados à refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras


necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado
no exercício do trabalho.

2º Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão que,


resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às conseqüências do
anterior.

3º Considerar-se-á como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do trabalho, a


data do início da incapacidade laborativa para o exercício da produtividade habitual, ou o dia
da segregação compulsória, ou o dia em que for realizado o diagnóstico, valendo para esse
efeito o que ocorrer primeiro.

4º Será considerado agravamento de acidente do trabalho aquele sofrido pelo acidentado


quando estiver sob a responsabilidade da Reabilitação Profissional.

Conceito Prevencionista
* Acidente do trabalho é todo fato inesperado, não planejado, que interrompe ou interfere num
processo normal de trabalho, resultando lesão e/ou danos materiais e/ou perda de tempo.

Exemplo: Queda de empilhamento defeituoso, sem vítimas.

Fluxo dos Acidentes

Seqüência dos Acidentes


Todo acidente quando acontece obedece a uma seqüência rígida. Sendo assim, é muito
importante conhecê-la, pois desta forma é que vamos trabalhar na prevenção do mesmo.

Causa ê Acidente ê Conseqüência

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Portanto, cabe-nos agora detectar no trabalho todas as causas possíveis, eliminá-las ou, caso
não seja possível, evitar que as mesmas atuem ou interfiram no trabalho.
Investigação dos Acidentes do Trabalho
A investigação dos acidentes consiste em reunir todos os dados importantes, objetivando a
reunião de dados sobre o mesmo. Na investigação de acidentes são abordadas as causas e
fatores que diretamente contribuíram para o seu aparecimento.

Análise dos Acidentes de Trabalho


Na análise de acidentes, todos os passos utilizados na investigação são primordiais, a
diferença é que na análise, estaremos nos aprofundando ainda mais na ocorrência,
procurando informações e detalhes, para uma melhor compreensão e tomada de providências
cabíveis das medidas de segurança. Essas atitudes visam prevenir outros acidentes iguais
e/ou semelhantes, além de outras ações legais e administrativas decorrentes de um Acidente
do Trabalho.

As análises de acidentes e doenças do trabalho no Laboratório Lâmina são feitas através do


preenchimento do Relatório de Investigação de Análise de Acidente - RIAT, que servirá de
subsídio para a coleta de dados e conhecimento das causas dos acidentes.

Comunicação de Acidente do Trabalho - CAT


A Comunicação de Acidente do Trabalho é uma obrigação legal. Assim, o acidente ocorrido
com seu empregado, havendo ou não afastamento do trabalho, deverá ser comunicado a
empresa imediatamente, que por sua vez terá um prazo de 24 (vinte e quatro) horas para dar
entrada no INSS, sob pena de multa em caso de omissão.

A Comunicação será feita ao INSS por intermédio do formulário CAT, preenchido em seis vias,
com a seguinte destinação:

Primeira Via ê ao INSS


Segunda Via ê à Empresa
Terceira Via ê ao Segurado ou Dependente
Quarta Via ê ao Sindicato de Classe do Trabalhador
Quinta Via ê ao Sistema Único de Saúde (SUS)
Sexta Via ê à Delegacia Regional do Trabalho

A entrega das vias da CAT compete ao emitente da mesma, cabendo a este comunicar ao
segurado ou seus dependentes em qual Posto do Seguro Social foi registrada a CAT.

Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio acidentado, seus
dependentes, o sindicato da categoria, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública
( magistrados em geral, os membros do Ministério Público e dos Serviços Jurídicos da União e
dos Estado, os comandantes de unidades militares do Exército, Marinha, Aeronáutica e Forças

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Auxiliares: Corpo de Bombeiros e Polícia Militar), o que não exime a empresa de


responsabilidade pela falta de emissão da CAT.

Causas do Acidente

Condição Insegura
É a condição do meio ambiente que contribui para a ocorrência dos acidentes. Podendo ser
considerado então, como uma falha no local de trabalho que serve de veículo para o acidente.

Exemplos:
* Máquinas com dispositivos de segurança defeituosos;
* Máquinas sem dispositivos de segurança;
* Máquinas ou ferramentas defeituosas;
* Falta de limpeza no local de trabalho;
* Armazenamento descuidado;
* Iluminação e ventilação impróprias;
* Equipamentos de proteção individual inadequados;
* Piso defeituoso ou impróprio.

Ato Inseguro
É o modo como o indivíduo se expõe consciente ou inconsciente a riscos de acidentes, ou
seja, onde a ação do indivíduo contribui para a ocorrência do acidente.

Exemplos:
* Deixar de tomar precauções;
* Trabalhar em rítmo perigoso (muito lento ou muito rápido);
* Trabalhar com ferramenta defeituosa ou improvisada ;
* Receber o equipamento de proteção individual e não usá-lo;
* Limpar máquinas em movimento;
* Correr nas escadas ou local de trabalho;
* Trabalhar em máquinas cujos dispositivos de segurança não funcionem;
* Realizar movimentos que acarretem fadiga desnecessária (levantamento de peso
excessivo).

Conseqüências do Acidente

Um acidente de trabalho traz uma série de transtornos e sofrimentos para muitas pessoas
além do acidentado, e gera prejuízos para o próprio acidentado, para a empresa e para a
nação.

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* Prejuízos gerados para o acidentado:


O acidentado pode morrer, ficar mutilado, sentir dores, entre outros. Conseqüentemente a
família sofre com a mutilação ou perda do ente querido, além de ficar desamparada.

* Prejuízos gerados para o empregador:


Perde mão-de-obra que em muitos casos, é de difícil substituição; perde tempo precioso com
a paralisação de máquinas e pessoal; sofre danos materiais (máquinas, ferramentas,
equipamentos e matéria-prima); baixa o ritmo de produção, comprometendo a qualidade e até
mesmo o preço do produto; perde matéria-prima que, em alguns casos, é de difícil aquisição;
adquire má fama junto aos órgãos do governo; etc.

* Prejuízos gerados para a nação:


Perde elemento produtivo na força de trabalho; é levada a aumentar taxas e impostos para
manutenção de acidentados; tem mais dependentes da coletividade, etc.

Classificação das Lesões

* Lesão Pessoal:
É qualquer dano sofrido pelo organismo humano, como conseqüência de acidente do trabalho.

* Natureza da Lesão:
Identifica a lesão segundo suas características principais.

* Localização da Lesão:
Indica a sede da lesão no organismo humano.

* Fonte da Lesão ou Agente do Acidente :


É o meio físico que deu origem à lesão (ferramentas manuais, motores, máquinas, substâncias
químicas, etc.)

* Tipo de Acidente:
É a maneira pela qual o agente do acidente provoca a lesão (impacto contra, prensagem
entre, queda do mesmo nível, esforço inadequado, etc.)

Classificação dos Acidentes

Os acidentes de trabalho, em função de suas lesões, podem ser classificados em acidente


sem afastamento e acidente com afastamento.

Acidente Sem Afastamento:


É todo acidente que possibilita ao acidentado retornar à sua atividade habitual no mesmo dia,
ou então no dia imediato ao do acidente, no horário regular, resultando Incapacidade
Temporária Parcial.

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* Incapacidade Temporária Parcial:


É a perda de parte da capacidade para o trabalho por um determinado período, não afastando
o acidentado do trabalho.
Acidente Com Afastamento:
É todo acidente que impossibilita ao acidentado retornar ao trabalho até o dia imediato ao do
acidente, no horário regulamentar, podendo dele resultar morte, incapacidade permanente
total ou parcial e incapacidade temporária total.

* Incapacidade Temporária Total:


É a perda total da capacidade para o trabalho por um período que varia do início da jornada
do trabalho até o dia subseqüente ao do acidente até 360 dias após o mesmo, excetuados a
morte, incapacidade permanente parcial e total.

* Incapacidade Permanente Parcial:


É a redução de parte da capacidade para o trabalho, impossibilitando a execução de algumas
tarefas ou exigindo maior esforço para a sua realização, decorrente da perda de qualquer
membro ou parte do corpo, perda total do uso desse membro ou parte do corpo, ou qualquer
redução permanente de função orgânica.

* Incapacidade Permanente Total:


É a perda total da capacidade de trabalho, em caráter permanente, exclusive a morte. Esta
incapacidade corresponde à lesão que, não provocando a morte, impossibilita o acidentado,
permanentemente, de exercer ocupação remunerada ou da qual decorre a perda das funções
dos seguintes elementos:

] Ambos os olhos;
] Um olho e uma das mãos ou, um olho e um pé;
] Ambas as mãos ou ambos os pés ou uma das mãos e um pé;

Observação: Permanecendo o acidentado afastado de sua atividade por mais de um ano, a


incapacidade temporária será automaticamente considerada permanente, sendo computado o
tempo de 360 (trezentos e sessenta) dias para fins estatísticos.

Cálculos Para Fins Legais e Estatísticos

* Dias Perdidos:
Dias corridos de afastamento do trabalho em virtude de lesão pessoal, execeto o dia do
acidente e o dia da volta ao trabalho.

* Dias Debitados:
Dias que se debitam, por incapacidade permanente ou morte, para o cálculo do tempo
computado.

* Tempo Computado:

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É o tempo contado em “dias perdidos, pelos acidentados, com incapacidade temporária total”
mais os “dias debitados pelos acidentados vítimas de : morte ou incapacidade permanente,
total ou parcial”.

* Prejuízo Material:
É o prejuízo decorrente de danos materiais, perda de tempo e outros ônus resultantes de
acidente do trabalho, inclusive danos ao meio ambiente.

* Horas - Homem de Exposição ao Risco de Acidente:


É o somatório das horas durante as quais os empregados ficam à disposição do empregador,
em determinado período.

* Taxa de Freqüência de Acidentes:


É o número de acidentes por milhão de horas - homem de exposição ao risco, em determinado
período.

* Taxa de Freqüência de Acidentes Com Lesão Com Afastamento:


É o número de acidentados com lesão com afastamento por milhão de horas - homem de
exposição ao risco, em determinado período.

* Taxa de Freqüência de Acidentes Com Lesão Sem Afastamento:


É o número de acidentados com lesão sem afastamento por milhão de horas - homem de
exposição ao risco, em determinado período.

* Taxa de Gravidade:
É o tempo computado por milhão de horas - homem de exposição ao risco, em determinado
período.

Estatística de Acidentes

Taxas de Freqüência e Gravidade


É a maneira mais usual de se comparar o desempenho de segurança entre empresas é por
meio dos índices estatísticos dos acidentes do trabalho. Dos índices existentes, os mais
usados são a Taxa de Freqüência dos Acidentes com Afastamento (TF) e a correspondente
Taxa de Gravidade (TG).

Fórmulas:

TF = N.º de acidentes x 1.000.000 TG = (DP + DD) x 1.000.000


HHER HHER

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* A representação do valor da Taxa de Freqüência é feita com a aproximação de centésimo e


a taxa de gravidade com número inteiro (arredondamento).

Medidas de Segurança a Serem Adotadas


São aquelas que a análise dos acidentes determinar para a eliminação dos atos e condições
inseguras.

Tabela de Dias Debitados

Avaliação Dias
Natureza Percentual Debitados
Morte 100 6000
Incapacidade total e permanente 100 6000
Perda da visão de ambos os olhos 100 6000
Perda de visão de um olho 30 1800
Perda de um braço acima do cotovelo 75 4500
Perda do braço abaixo do cotovelo 60 3600
Perda da mão 50 3000
Perda do 1º quirodátilo (polegar) 10 600
Perda de qualquer outro quirodátilo (dedo) 5 300
Perda de dois outros quirodátilos (dedos) 12 ½ 750
Perda de três outros quirodátilos (dedos) 20 1200
Perda de quatro outros quirodátilos (dedos) 30 1800
Perda do 1º quirodátilo (polegar) e qualquer outro quirodátilo
(dedo) 20 1200
Perda do 1º quirodátilo (polegar) e dois outros quirodátilos (dedos) 25 1500
Perda do 1º quirodátilo (polegar) e três outros quirodátilos (dedos) 33 ½ 2000
Perda do 1º quirodátilo (polegar) e outros quirodátilos (dedos) 40 2400
Perda da perna acima do joelho 75 4500
Perda da perna no joelho ou abaixo dele 50 3000
Perda do pé 40 2400
Perda do 1º pododátilo (dedo grande) ou de dois outros ou mais
pododátilos (dedos do pé) 5 300
Perda do 1º pododátilo (dedo grande) de ambos os pés 10 600
Perda de qualquer outro pododátilo (dedo do pé) 0 0
Perda da audição de um ouvido 10 600
Perda da audição de ambos os ouvidos 50 3000

Considerações Legais

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Implicações Decorrentes dos Acidentes de Trabalho - Coletânea

Benefícios da Previdência Social


(DECRETO Nº 611 - (21/07/92 - LEI Nº 8213)

* O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de 12 (doze)
meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio -
doença acidentário, independente da percepção de auxílio - acidente, (ART.169).

* O pagamento pela Previdência Social das prestações por acidente do trabalho não exclui a
responsabilidade civil da empresa ou de outrem, (ART.172) .

* A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de proteção
e segurança da saúde do trabalhador, (ART. 173).

1º Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas
de segurança e higiene do trabalho.

2º É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da operação a


executar e do produto a manipular.

* Nos casos de negligência quanto às normas padrão de segurança e higiene do trabalho


indicadas para a proteção individual e coletiva, a Previdência Social proporá ação regressiva
contra os responsáveis, (ART.176).

Responsabilidade Civil
(CONSTITUIÇÃO FEDERAL - CAPÍTULO II DOS DIREITOS SOCIAIS)

* São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social, (ART.7º) :

XXVIII - Seguro contra acidente de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a


indenização a que está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.

Código Civil
* Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, ou imprudência, violar direitos, ou
causar prejuízos a outrem, ficam obrigados a reparar o dano (ART.159).

* São também responsáveis pela reparação civil, (ART.1521) :

III. O padrão, amo ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do
trabalho que lhes competir, ou por ocasião deles.

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Responsabilidade Penal
* Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente.
Pena: Detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano, se o fato não construir crime mais grave,
(ART.132).
Exemplo: Falta de EPI (ART.166 CLT).

* Matar alguém:
Pena: Reclusão, de 6 (seis) a 20 (vinte) anos.

4º No homicídio culposo, a pena é aumentada de um terço, se o crime resulta de


inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar
imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para
evitar prisão em flagrante.

Campanhas de Segurança

CANPAT - Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho:


A principal campanha de segurança é a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do
Trabalho - CANPAT, que tem por finalidade divulgar conhecimentos técnicos e ministrar
ensinamentos práticos de segurança e higiene do trabalho. Entre as atividades obrigatórias da
CANPAT, destaca-se a SPAT.

SPAT - Semana de Prevenção de Acidentes do Trabalho:


É a Semana de Prevenção de Acidentes do Trabalho que é realizada anual e
simultaneamente em todo o Brasil, por cada Delegacia Regional do Trabalho. A SPAT tem a
duração de 5 (cinco) dias úteis, sendo realizada geralmente no mês de maio de cada ano.
Durante o evento, realizam-se seminários, conferências, simpósios, exposição de EPI, além
dos debates após as palestras.

SIPAT - Semana Interna de Prevenção de Acidentes:


Anualmente a CIPA deverá promover em conjunto com o SESMT, supervisores e
encarregados, com o apoio da empresa, durante 5 (cinco) dias úteis, em qualquer época do
ano, um evento constando de palestras, filmes, demonstrações de combate a incêndio e
evacuação, cursos, premiações, brindes alusivos à segurança do trabalho, etc.

Uma SIPAT bem organizada mostra o interesse da empresa pela segurança do trabalho,
transformando-se em aliada no processo educativo de todos os seus trabalhadores.

Equipamentos de Proteção

Equipamento de Proteção Coletiva - EPC

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São equipamentos instalados nos locais de trabalho para dar proteção a todos que ali
executam suas atividades. Serão implantados sempre que os agentes ambientais oforecerem
riscos sobre a saúde e o bem estar do trabalhador e que de alguma forma venha interferir no
meio ambiente, com a finalidade de diminuir o impacto sofrido pelo trabalhador.

Além da importância das proteções mecânicas, o campo prevencionista se preocupa em


proteger todos os locais de trabalho mediante o melhoramento do nível de iluminação, o
manuseio e armazenamento de materiais, e de outros fatores que contribuem para melhor
produtividade em um lugar onde os trabalhos são realizados mais seguramente.

Equipamento de Proteção Individual - EPI


São equipamentos de uso pessoal que visa diminuir a lesão do trabalhador em caso de
acidentes, de fabricação nacional ou estrangeira. Serão adotados sempre que as medidas de
proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou não oferecerem completa proteção contra
riscos de acidentes do trabalho e/ou doença profissionais e do trabalho; enquanto as medidas
de proteção coletiva estiverem sendo implantadas e/ou em situações de emergência.

Todo equipamento possui uma vida útil devendo desta forma, ser observada, pois quando
danificados, não protegem de maneira adequada.

De modo Geral, o EPI deve ser considerado:


* Como medida complementar a uma medida de proteção coletiva;
* Como medida de proteção, quando outros meios de ordem geral não forem praticáveis;
* Como medida de proteção, para trabalho em condições eventuais, em que o tempo de
exposição é geralmente curto.

De acordo com o conceito Prevencionista, as proteções Individuais não previnem acidentes,


mas evitam lesões.

Exemplo: Uma ferramenta ao cair do alto de um andaime atinge o capacete de um


trabalhador. O capacete ficou danificado, mas o trabalhador saiu ileso. O que o capacete
evitou: O acidente ou a lesão? Evidentemente só a lesão foi evitada. A queda da ferramenta, o
impacto contra o capacete não foram evitados. Em suma, o acidente ocorreu e, a lesão foi
prevenida.

De qualquer forma, o uso do EPI deve ser limitado, procurando-se primeiramente eliminar ou
atenuar o risco, mediante a adoção de outras medidas de ordem geral. Devemos lembrar
ainda, que uma medida mecânica de proteção é mais efetiva que uma proteção dependente
do comportamento humano.

Seleção do Equipamento de Proteção Individual


* A seleção deve ser feita por pessoal competente, conhecedor não só do equipamento como
também das condições em que o trabalho for executado;

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* Conhecer as características, qualidades técnicas e, principalmente a proteção que o


equipamento deverá satisfazer;
* Verificar a sua funcionalidade.

Obrigações Legais Quanto ao EPI

A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco e


em perfeito estado de conservação e funcionamento.

Obrigações do Empregador:
* Adquirir o tipo adequado à atividade do empregado;
* Fornecer ao empregado gratuitamente o EPI aprovado pelo Ministério do Trabalho e
Administração;
* Responsabilizar-se pela sua higienização e manutenção periódica;
* Substituí-lo, imediatamente, quando danificado ou extraviado;
*Treinar o trabalhador sobre o seu uso adequado.

Obrigações do Empregado:
* Usá-lo apenas para a finalidade a que se destina;
* Responsabilizar-se por sua guarda e conservação;
* Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso.

Obrigações do Fabricante e Importador:


* Comercializar ou colocar à venda somente o EPI portador de certificado de Aprovação - CA;
* Renovar o CA, o CRF e o CRI quando vencido o prazo de validade estipulado pelo MTb;
* Requerer novo CA, quando houver alteração das especificações do EPI aprovado;
* Responsabilizar-se pela manutenção da mesma qualidade do EPI padrão que deu origem ao
CA;
* Cadastrar-se junto ao MTb, através da DSST.

Classificação do EPI

Em qualquer circunstância, o uso do EPI será tanto mais útil, e trará tantos melhores
resultados, quanto mais correta for a sua indicação. Essa indicação não é difícil, mas requer
certo cuidado nos seguintes aspectos:

* Identificação do Risco: Verificar a existência ou não de elementos da operação, de


produtos, de condições do ambiente, que sejam ou que possam vir a ser agressivos ao
trabalhador;

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* Avaliação do Risco Existente: Determinar a intensidade e extensão do risco, quanto às


possíveis conseqüências para o trabalhador, verificar com que freqüência ele se expõe ao
risco e quantos trabalhadores estão sujeitos aos mesmos perigos;

* Indicação do EPI Apropriado: Escolher, entre vários EPIs, o mais adequado para
solucionar o problema que se tem pela frente, contando para isto, com a assistência dos
fabricantes e com instruções apropriadas e claras.

Classificação do EPI
Podemos classificar os EPIs agrupando-os segundo a parte do corpo a que se destina
proteger.

Proteção Para o Crânio:


Tem por finalidade, a proteção contra quedas de objetos provenientes de níveis elevados.
Riscos: Impactos, perfurações, choque elétrico, cabelos arrancados.

Equipamentos:
* Capacetes de Segurança

Proteção Visual e Facial:


Tem por finalidade, a proteção do rosto e dos olhos contra impacto e/ou respingos.
Riscos: Impactos (partículas sólidas quentes ou frias), substâncias nocivas (poeiras, líquidos,
vapores e gases irritantes), radiações (infravermelho, ultravioleta e calor).

Equipamentos:
* Óculos de Segurança: para soldadores, torneiros, esmerilhadores, durante a realização de
procedimentos em que haja possibilidade de respingos de sangue e outros fluidos corpóreos,
nas mucosas da boca, nariz e olhos do profissional, entre outros;
* Protetores Faciais: contra a ação de impacto, calor radiante, durante a realização de
procedimentos em que haja possibilidade de respingos de sangue e outros fluidos corpóreos,
nas mucosas da boca, nariz e olhos do profissional, entre outros;
* Máscaras e Escudos Para Soldadores.

Proteção Respiratória:
Tem por finalidade, impedir que as vias respiratórias sejam veículos de gases ou outras
substâncias nocivas ao organismo.
Riscos: Deficiência de oxigênio, contaminantes tóxicos (gasosos e partículas)

Equipamentos:
* Respiradores Com Filtro Mecânico: Oferecem proteção contra partículas suspensas no ar,
incluindo poeiras, neblinas, valores metálicos e fumos;

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* Respiradores Com Filtros Químicos: Dão proteção contra concentrações leves de certos
gases ácidos e alcalinos, vapores orgânicos e vapores de mercúrio;
* Respiradores com Filtros Combinados (químico e mecânico): São usados em trabalhos tais
como pintura a pistola e aplicação de inseticidas;
* Equipamentos portáteis autônomos (de oxigênio e de ar comprimido).

Proteção Auricular:
Tem por finalidade, a proteção contra o ruído na área de trabalho, desde que encontrem-se
em níveis acima dos limites de tolerância estabelecidos.
Riscos: Surdez, cefaléia, irritabilidade, stress.

Equipamentos:
* Protetor Auricular Tipo Inserção;
* Protetor Auricular Externo, ou Tipo Concha, ou Abafadores de Ruídos.

Proteção do Tronco:
Devem ser utilizados durante os procedimentos com possibilidade de contato com material
biológico, inclusive em superfícies contaminadas, entre outros.
Riscos: Projeção de partículas, calor radiante, chamas, respingos de ácidos, abrasão,
substâncias que penetrem na pele, umidade excessiva.

Equipamentos:
* Aventais de Couro: Para trabalhos de soldagem elétrica, oxi-acetilênica e corte a quente.
Também são indicados para o manuseio de chapas com rebarbas;
* Aventais de PVC: Para trabalhos onde haja manuseio de peças úmidas ou risco de
respingos de produtos químicos;
* Aventais de Amianto: Para trabalhos onde o calor é excessivo.

Proteção de Membros Superiores:


Devem ser utilizados sempre que houver possibilidade de contato com sangue, secreções,
mucosas, substâncias químicas, entre outros.
Riscos: Golpes, cortes abrasão, substâncias químicas, choque elétrico, radiações ionizantes.

Equipamentos:
* Luvas Cirúrgicas: Para serviços de contato com sangue, secreções, com mucosas ou com
áreas de pele não íntegra (ferimentos, escaras, feridas cirúrgicas e outros);
* Luvas de Couro (vaqueta ou raspa): Para serviços gerais de fundição, cerâmicas, montagem
de motores, manuseio de materiais quentes, carga e descarga de materiais;
* Luvas de Borracha: Para eletricistas e para trabalhos com produtos químicos em geral,
exceto solventes e óleos, serviços de galvanoplastia, serviços úmidos em geral.
* Luvas de PVC: Para trabalhos com líquidos ou produtos químicos que exijam melhor
aderência no manuseio, lavagem de peças em corrosivos de ácidos, óleos e graxas
(gorduras), serviços de galvanoplastia.

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Proteção de Membros Inferiores:


Devem ser utilizados sempre que houver possibilidade de contato com substâncias químicas,
material infectante, umidade, entre outros.

Riscos: Superfícies cortantes e abrasivas, substâncias químicas, cinzas quentes, frio, gelo,
perigos elétricos, impacto de objetos pesados, superfícies quentes, umidade.

Equipamentos:
* Sapatos: Com biqueira de aço, condutores, anti - fagulhas, isolantes, para fundição;
* Botas de Borracha (e outros materiais similares);
* Perneiras (de raspa, de couro): São usadas pelos soldadores e fundidores. As perneiras
mais longas são mais empregadas em trabalhos com produtos químicos, líquidos ou
corrosivos.

Ergonomia

A ergonomia é capaz de dar sustentação positiva às formas modernas de se administrar a


produção, mas também é capaz de ajudar as empresas a diminuírem a incidência dos
problemas, principalmente das lesões por esforços repetitivos e traumas cumulativos.

Devemos observar que a adaptação em ergonomia sempre ocorre do trabalho para o homem.
Conclui-se que é muito mais difícil adaptar o homem ao trabalho porque a ergonomia é parte
do conhecimento do homem para desenvolver o projeto do trabalho. É fundamental ajustá-lo
às capacidades e limitações. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao
levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às
condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho.

Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes requisitos
mínimos de conforto:

] Altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida;


] Características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento;
] Borda frontal arredondada;
] Encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar.

Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados, a partir da análise
ergonômica do trabalho, poderá ser exigido suporte para os pés que se adapte ao
comprimento da perna do trabalhador.

Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé, devem ser colocados
assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados por todos os trabalhadores
durante as pausas.

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Atividades e Operações Insalubres e Periculosas

Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza,
condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde,
acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do
tempo de exposição.

O exercício de trabalho em condições de insalubridade, de acordo com os subitens do item


anterior, assegura ao trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o salário mínimo
da região, equivalente a:

] 40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo;


] 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio;
] 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo.

No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas considerado o de


grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada a percepção cumulativa.

A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a cessação do pagamento do


adicional respectivo. A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer:

* Com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de trabalho dentro
dos limites de tolerância;
* Com a utilização de equipamento de proteção individual.

A eliminação ou neutralização da insalubridade ficará caracterizada através de avaliação


pericial por órgão competente, que comprove a inexistência de risco à saúde do trabalhador.

São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada


pelo Ministério do Trabalho, aqueles que por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem
o contato permanente com inflamáveis ou explosivos, radiações ionizantes e a exposição à
energia elétrica.

O exercício de trabalho em condições de periculosidade assegura ao trabalhador a percepção


de adicional de 30% (trinta por cento), incidente sobre o salário, sem os acréscimos
resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa.

Princípios Básicos de Prevenção e Combate a Incêndios

A CIPA e a Proteção Contra Incêndios


Uma das atribuições da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, é a de estudar
medidas de proteção contra incêndios, recomendando tais medidas ao empregador e aos
Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT,
quando a empresa mantiver esses serviços, cumprindo o que a lei estabelece.

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Fazer a prevenção de incêndios, garantir a proteção contra incêndios é evitar que o fogo
destruidor, cause prejuízos de todas as espécies, começando pelos mais graves que são a
perda de vidas humanas ou a inutilização de seres humanos para o trabalho.

A proteção contra incêndios começa nas medidas que a empresa e todos que nela trabalham
tomam para evitar o aparecimento do fogo. Existem também, outras importantes medidas que
têm a finalidade de combatê-lo logo no seu início, evitando que ele se espalhe. A experiência
dos que combatem o fogo já demonstrou uma verdade que deve ser aceita por todos: A
grande maioria dos incêndios pode ser evitada! As pessoas certas, tomando providências
certas, no momento certo, evitam que um princípio de incêndio se transforme em destruição
completa, desde que controlado em seu início. Pode-se concluir que a palavra de ordem é
prevenir e, sendo necessário, combater com rapidez e eficiência.

Para obter os resultados nesse tipo de prevenção é preciso antes de mais nada, ter espírito
prevencionista. Isto significa ter a vontade de colocar em defesa da própria segurança, da
segurança de outros seres humanos e de todas as instalações onde está garantido o trabalho
de cada um. A solidariedade, o espírito de colaboração, são importantes, mas para combater o
fogo é necessário ter bons equipamentos de combate. É indispensável que se saiba como
utilizá-los e é preciso conhecer o inimigo que se pretende eliminar.

Causas e Prevenções de Incêndios

Causas de Incêndio
De todos os incêndios que acontecem as causas são as seguintes:

* 75% são provocados por equipamentos elétricos, fumantes descuidados e/ou brincadeiras
de crianças com fogo.
* 25% são provocados por causas naturais: fenômenos da natureza (raio, terremoto, vulcão,
luz natural), combustão espontânea; causa acidental: atritos, reações químicas; e causa
proposital: incêndio causado por ato criminoso, intuito de vingança, etc.

Prevenção de Incêndios
A prevenção de incêndios pode ser feita através de posturas e/ou procedimentos
prevencionistas ante as várias situações cotidianas. São exemplos:

* Revisar periodicamente o estado das instalações elétricas, principalmente no que se refere à


sobrecarga;

* Ao substituir um fusível, se este queimar também, não faça nova tentativa recorra a um
profissional;

* Colocar estopas, panos sujos de graxa, ou outros inflamáveis, dentro de vasilhames com
tampas;

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* Proporcionar boa ventilação em ambientes onde haja emanações de gases inflamáveis ou


explosivos;

* Não trabalhar com material de fácil combustão, sem antes observar se há fogo por perto;

* Não fumar durante os minutos em que o tanque de seu automóvel esteja recebendo
combustível;

* Não jogar a esmo ou em cestas de lixo, fósforos ou pontas de cigarros usados, sem antes
verificar se estão completamente apagados;

* Não permitir que crianças brinquem com fogos de artifício e balões;

* Não acumular lixo nem guardar panos impregnados com gasolina, graxas, ceras, óleos
vegetais, etc.;

* Despeje as cinzas e pontas de cigarro na lixeira somente após certificar-se de que estão
apagadas;

* Verifique se os registros de gás estão bem fechados, quando os botijões não estão sendo
utilizados;

* A sobrecarga do sistema elétrico provoca superaquecimento e pode ocasionar incêndio.


Evite ligar vários aparelhos numa só tomada;

* Caso sinta cheiro de gás no ambiente, tome cuidado; não risque fósforos nem acenda a luz.
Abra imediatamente as portas e janelas para que ventile.

Fogo

Formação do Fogo
O fogo é uma oxidação rápida que se processa, liberando luz e calor. Para que o mesmo
ocorra, é preciso que atue três elementos básicos. COMBUSTÍVEL: aquilo que vai queimar e
transformar-se; CALOR: o que dará início à combustão; e OXIGÊNIO : gás existente no ar
atmosférico que alimentará o fogo, chamado também de comburente.

Como são três os elementos essenciais do fogo, se forem representados por três pontos ter-
se-á o que se chama TRIÂNGULO DO FOGO.

calor oxigênio

combustível

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O fogo é a parte externa e visível de uma combustão. Ele se apresenta em duas formas
diferentes: na forma de chamas e na forma de brasas. Ambas as formas podem se apresentar
isolada ou conjuntamente, isto vai depender da natureza do combustível.

Exemplo:
] Combustível gasoso (vapores e gases) - queima somente com chamas;
] Combustível líquido (transforma-se em vapor) - queima somente com chamas;
] Combustível sólido (transforma-se em parte gasosa) - queima com chamas (parte gasosa) e
com brasas (parte sólida).

Métodos de Combate
Para eliminarmos o fogo é preciso atuar em seus elementos extinguindo-os. São três os
métodos de Combate que irão atuar nos três elementos do fogo.

Lados do Triângulo Método de Combate


Comburente (oxigênio) Abafamento
Calor (temperatura de ignição) Resfriamento
Combustível Isolamento

Abafamento: Consiste em baixar a concentração do oxigênio na região do fogo.


Resfriamento: Consiste na remoção do calor, a uma velocidade maior do que ele é gerado.
Isolamento: Consiste na remoção do material combustível ou na ação direta sobre o
combustível, por meio de agente extintores. Este processo evita que o combustível alimente o
fogo.

Os incêndios, em seu início, são muito mais fáceis de controlar e de extinguir. Quanto mais
rápido o ataque às chamas, maiores serão as possibilidades de reduzi-las, e eliminá-las.

Classes de Incêndio
É preciso conhecer, para identificar com melhor precisão o incêndio ao qual se vai combater,
para que desta forma seja escolhido o equipamento correto. Um erro na escolha do extintor,
pode tornar inútil o esforço de combater as chamas ou pode piorar a situação aumentando e
espalhando-as ou ainda criando novas causas de fogo.

Conhecido o método de combate para cada componente da química do fogo, chegou-se a


conclusão que para identificar o método indicado a ser utilizado, seria necessário dividir o fogo
em classes.

São quatro (04) as classes do fogo: A, B, C e D.

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] Fogo Classe A
São materiais que queimam em superfície e profundidade. Neste tipo de fogo a melhor
escolha está na retirada do calor, isto é, no resfriamento. Este resfriamento se obtém com
água pura ou soluções de água com algum produto que ajude a combater as chamas.

] Fogo Classe B
São materiais líquidos inflamáveis, onde o fogo se desenvolve na superfície. Não há
aquecimento abaixo da superfície e, não há formação de brasas. Neste tipo de fogo o melhor
método de combate é o abafamento da superfície, ou seja, impedir o contato do oxigênio do ar
(comburente) com a superfície em chamas. Para isso, utilizam-se extintores de gás carbônico,
pó químico ou espuma química. Afastando o comburente, está rompido o triângulo do fogo e
as chamas cessam. Em grandes tanques e em certos casos, utilizam-se espuma mecânica de
equipamentos automáticos ou manuais.

] Classe C
São materiais elétricos energizados, isto é, com a corrente ligada. Não se pode usar qualquer
tipo de agente extintor, porque o operador pode ser eletrocutado. Estando a corrente ligada,
usam-se extintores de gás carbônico ou de pó químico seco. Com a corrente desligada esse
incêndio passa a ser combatido como se fosse das classes A, exceto certos equipamentos
como acumuladores e capacitores, os quais, mesmo desligada a corrente, continuam
carregados eletricamente.

] Classe D
São os metais pirofóricos. Existem pós especiais para a extinção do fogo. Formam camadas
protetoras impedindo a continuação das chamas. A limalha de ferro fundido e o grafite em pó,
prestam-se ao combate deste tipo de fogo.

Classificação dos Incêndios Quanto a Natureza e Agentes Extintores

Classe Tipos de Combustíveis Agentes Extintores


Combustíveis comuns que deixam Água
A resíduos, tais como: madeira, papel, Espuma
tecido, lixo, entre outros. Soluções Aquosas
Espuma
B Líquidos inflamáveis e líquidos Pó químico (PQS)
combustíveis. Não deixam resíduos. Gás carbônico (CO2)

C Incêndio em equipamento elétrico Gás carbônico (CO2)


energizado (sob tensão). Pó químico (PQS)
Pó químico especial
D Metais pirofóricos, tais como: magnésio, areia, grafite, limalha
sódio, zinco, alumínio, entre outros. entre outros.

Extintores de Incêndio

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Objetivo

Os extintores destinam-se ao combate imediato a pequenos focos de incêndio, não


devendo ser considerados como substitutos de sistemas de extinção mais complexos,
mas sim, como equipamento adicional, que deve ser usado para eliminar os princípios
de incêndios em seu estágio inicial, antes mesmo que se torne necessário lançar mão
de maiores recursos.

É importante que os extintores estejam localizados em pontos perfeitamente visíveis e


de fácil acesso, devendo ser mantidos sempre prontos para utilização.

O êxito no emprego dos extintores depende dos seguintes fatores:

] Uma distribuição apropriada dos aparelhos pela área a proteger;


] Uma manutenção adequada e eficiente;
] As pessoas previstas para manejarem os extintores deverão estar familiarizadas com as
técnicas de extinção .

Utilização dos Extintores


* Retire o pino de Segurança;
* Empunhe a mangueira e aperte o gatilho, dirigindo o jato para a base do fogo;
* Em extintores não pressurizados, abra a válvula do cilindro de gás;
* Nos extintores de gás carbônico, observar o local apropriado para segurar a mangueira; para
tal, utilize o punho.

Características dos Agentes Extintores


Agente Extintor Água

Vantagens:
] Pode ser usado como um agente de abafamento, quando flutuar sobre os líquidos que
possuam peso específico maior que o da água;
] O principal efeito de extinção deste agente extintor consiste no resfriamento;
] A água é de fácil obtenção e o mais barato de todos os agentes extintores;
] Com a água consegue-se maiores distâncias e alturas dos jatos;
] A água possui maior capacidade de absorção de calor (resfriamento), em comparação com
outros agentes extintores.

Desvantagens
] A água congela a aproximadamente zero graus, prejudicando em alguns casos sua
utilização;

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] Muitos produtos podem ser dissolvidos pela água, perdendo seu valor, mesmo danificando-
os;
] Condutividade elétrica, quando a água é destilada de todas as impurezas, esta não é
condutora, entretanto, a água normalmente usada em combate ao incêndio possui metais,
produtos químicos, etc., que a fazem condutora.

Agente Extintor Dióxido de Carbono - CO 2


Vantagens
] Seu principal efeito de extinção, consiste no abafamento;
] Por ser um gás, se dissipa rapidamente e, não produz qualquer resíduo químico;
] Não é cáustico ou corrosivo;
] É apropriado para produtos que não podem ser contaminados (alimentos, produtos
químicos...);
] Apropriado para instalações elétricas sensíveis e complicadas;
] Mesmo sob frio intenso se mantém em condições de funcionamento.

Desvantagens
] Como o CO2 dissipa rapidamente existe sempre o risco de uma reignição;
] O CO2 produz uma densa nuvem branca que tira a visão principalmente em ambientes
fechados;
] Na extinção com CO2, em recintos confinados, o ar se torna irrespirável;
] A distância eficaz de extinção é pequena.

Agente Extintor Espuma Mecânica:

Vantagens
] Seu principal efeito de extinção, consiste no abafamento;
] A espuma é, contrariamente a água, mais leve que todos os líquidos inflamáveis e, desse
modo, apropriada a sobrenadar a superfície dos líquidos e extinguí-los;
] A espuma realiza uma cobertura que impede a emissão de vapores, pelo calor das chamas.

Desvantagens
] Há diluição da espuma, quando em contato com alguns líquidos combustíveis (álcool, éter,
entre outros), perdendo desta forma, sua eficiência;
] Condutora de corrente elétrica.

Agente Extintor Pó Químico

Vantagens
] Extremamente eficiente na rápida eliminação de chamas, através de diluição da reação do
oxigênio e, absorção de calor, na superfície das partículas;
] Não há necessidade de aproximação do foco de incêndio, uma vez que o jato possui bom
alcance;
] Não conduz a corrente elétrica.

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Desvantagens
] Risco de impedrar e deixando assim, de atingir sua finalidade;
] Por ser corrosivo, não é recomendável para instalações elétricas sensíveis e complicadas.

Procedimentos de Escape

Procedimentos em Situações de Princípio de Incêndio e Abandono de Área:


* Tente apagar o fogo;

* Não conseguindo a extinção do fogo, mantenha a calma e haja com rapidez para evacuar o
prédio;

* Se possível desligue os aparelhos elétricos e o registro de gás;

* Se houver visitantes no prédio, os mesmos, deverão ser conduzidos à saída junto com você;

* Ao sair de um compartimento, feche as portas (sem trancar) e as janelas que deixar para
trás, evitando assim a propagação do fogo;

* Não utilize os elevadores, use as escadas no sentido da descida organizando-se em fila;

* Nunca abra uma porta se sentir com as costas das próprias mãos que há fogo do outro lado;

* Na presença de fumaça ou gases tóxicos, procure rastejar;

* Ao deixar a área de risco, procure se apresentar aos Brigadistas. Dessa forma eles saberão
que você não está mais em perigo.

Procedimentos em Situações Extremas, no Caso de Absoluta


Impossibilidade de Abandonar o Estabelecimento:
* Em um ambiente tomado pela fumaça, se possível use um lenço molhado para cobrir o nariz
e a boca;

* Tendo que permanecer em um ambiente fechado, se possível vede as frestas das portas
para dificultar a entrada de fumaça;

* Tente livrar-se de tudo que possa queimar facilmente e comunique sua localização para que
seja procedido o socorro e mantenha-se onde possa ser visto;

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* Em ambiente tomado pela fumaça, abra as janelas para facilitar a saída da mesma, porém
cuidado ao abrir as janelas, pois a fumaça poderá adentrar no local onde você está; caso isso
aconteça, feche as janelas imediatamente;

* Se possível, molhe suas roupas e mantenha-se vestido para se proteger;

* Se o fogo atingir suas roupas, não corra. Deite-se no chão e role para abafá-lo;

* Sentindo dificuldades para respirar, abaixe-se e procure permanecer junto ao piso, pois além
da temperatura ser menos elevada, há maior concentração de oxigênio;

* Em hipótese alguma salte do prédio.

Brigada de Incêndio

Formação da Brigada de Incêndio


Nada como uma Brigada de Incêndio para definir os caminhos que o fogo irá tomar. Pela sua
rapidez de intervenção na primeira fase do incêndio, ela poderá conter as chamas que, na sua
ausência, poderiam gerar graves conseqüências.

A Brigada de Incêndio é uma alternativa econômica e igualmente eficiente para a maioria dos
casos. São formadas por funcionários (voluntários) das empresas, que em caso de
emergência entram em ação. Estas equipes recebem formação adequada e, com o auxílio da
Corporação do Corpo de Bombeiros, podem enfrentar o fogo nas situações específicas do
local onde trabalham.

Composição da Brigada de Incêndio


] Chefe de Brigada
] Equipe de Evasão e Controle de Pânico
] Equipe de Salvamento
] Equipe de Proteção
] Equipe de Combate a Incêndio

Atribuições
Chefe da Brigada:
* Comandar e coordenar as atividades de abandono de área, salvamento, proteção e combate
ao incêndio;
* Planejar, coordenar e promover periodicamente os exercícios de simulação de emergências;
* Atender a qualquer chamado de emergência;
* Avaliar as atuações e a eficiência da Brigada;

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* Solicitar o apoio da Brigada de outros prédios, nas situações de emergência, se necessário.

Equipe de Evasão e Controle de Pânico:


* Coordenar o escape dos funcionários e outros, para fora do prédio, conduzindo-os até ao
local de encontro;
* Manter o pessoal no local de encontro;
* Em caso de acidentes e/ou mal súbitos, conduzir a remoção das vítimas a um posto de
emergência mais próximo;
* Auxiliar a Equipe de Combate ao Incêndio, caso necessário.

Equipe de Salvamento:
* Proceder no salvamento de funcionários e outros, adotando os métodos dos primeiros
socorros;
* Proceder no transporte de acidentados conforme método específico;
* Providenciar a remoção, com segurança, do acidentado até o posto médico mais próximo;
* Auxiliar a Equipe de Combate ao Incêndio, caso necessário.

Equipe de Proteção:
* Desligar a corrente elétrica do prédio, se possível, após confirmação da ocorrência do
princípio de incêndio;
* Acionar o Corpo de Bombeiro (Tel.: 193), fornecendo os dados e orientações necessárias;
* Auxiliar a Equipe de Combate ao Incêndio.

Equipe de Combate ao Incêndio:


* Identificar o local e o tipo de incêndio;
* Proceder no Combate ao Incêndio, utilizando as técnicas específicas;
* Realizar o rescaldo (manter o resfriamento), após a extinção e/ou controle do fogo;
* Aguardar as orientações do Chefe da Brigada.

Inspeção de Segurança

Conceito e Importância
A inspeção de Segurança é a observação cuidadosa dos ambientes de trabalho, com o fim de
descobrir, identificar riscos que poderão transformar-se em causas de acidentes do trabalho e
também com o objetivo prático de tornar ou propor medidas que impeçam a atuação desses
riscos. A inspeção de segurança é portanto, tipicamente preventiva. Ela se antecipa aos
possíveis acidentes. Esse é o seu objetivo imediato e mais importante. Mas, as inspeções de
segurança, quando repetidas, alcançam outros resultados:

] Favorecem a formação e o fortalecimento do espírito prevencionista que os empregados


precisam ter;
] Servem de exemplo para que os próprios trabalhadores exerçam, em seus serviços,
controles de segurança;

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] Proporcionam uma cooperação mais aprofundada entre os Serviços Especializados e CIPAs


e os diversos setores da empresa;
] Dão aos empregados a certeza de que a direção da empresa e o poder público (no caso das
inspeções oficiais) têm interesse na segurança do trabalho;
] Produzem efeitos que estimulam a colaboração de todos.

É claro que aqueles que fazem tais inspeções precisam saber o que procuram. Quem procura
descobrir condições inseguras, quem procura descobrir atos inseguros deve ter conhecimento
da maior parte de tais riscos. Uma boa fonte de informação para obter-se esse conhecimento
é o conjunto de exigências legais para garantir a integridade física do trabalhador, tanto em
relação aos acidentes como em relação às doenças do trabalho, e que garantem também a
segurança dos bens materiais das empresas. Boa parte da Consolidação das leis do Trabalho,
servem de base e orientação para todos os que, dentro da empresa, procuram fazer um
trabalho de verdadeiros detetives pesquisando quaisquer possíveis causas de acidentes para
eliminá-las e evitar infortúnios. Também os livros técnicos sobre segurança do trabalho
prestam informações muito úteis.

Levantamento de Condições e Atos Inseguros


Alguns atos inseguros podem não ocorrer durante uma Inspeção de Segurança, porém os
processos educativos, a repetição das inspeções, as campanhas e outros recursos se
prestarão a reduzir sensivelmente a ocorrência de tais atos. Quanto às condições inseguras,
elas se tornam mais aparentes porque são situações concretas, materiais, e mais duráveis
que alguns atos inseguros que às vezes acontecem em poucos segundos.

Embora nem todas as condições inseguras possam ser resolvidas (problemas com o edifício,
com instalações) é sempre possível encontrar soluções parciais para as situações mais
complexas e soluções totais para a maior parte dos problemas observados nessa área.

Sobre as Condições Inseguras podemos exemplificar: problemas de iluminação; ruídos e


trepidações em excesso; falta de protetores em partes móveis das máquinas e nos pontos de
operação; falta de limpeza e de ordem; passagens obstruídas; pisos escorregadios ou
esburacados; condições sanitárias insatisfatórias; ventilação deficiente ou imprópria; má
distribuição de máquinas e equipamentos. Devem ser observados ainda os equipamentos de
extinção de fogo, se estão desimpedidos, se podem ser facilmente apanhados, se estão em
situação de perfeito funcionamento.

Os Atos Inseguros, exemplificamente, podem ser mencionados os atos imprudentes;


desmontagem ou desativação de proteções de máquinas; recusa de utilização de
equipamento individual de proteção, operação de máquinas e equipamentos sem habilitação
ou treino; execução de trabalho em velocidades excessivas; entre outros.

É freqüente o registro de atos inseguros associados a condições inseguras. Deve-se ter


sempre em mente que a maior causa desses acidentes são previsíveis e evitáveis. Só por isso
se conclui da importância que o levantamento de condições inseguras e atos inseguros
possuem. As inspeções de Segurança são um dos métodos mais produtivos de realizar esse
tipo de levantamento.

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Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA

A presença de representantes da CIPA nas inspeções de segurança é sempre recomendável,


pois a assimilação de conhecimentos cada vez mais amplos sobre as questões de segurança
e higiene e Medicina do trabalho, vai tornar mais produtivo e mais complexo o trabalho
educativo que a comissão desenvolve. Além disso, a renovação dos membros da CIPA faz
com que um número maior de empregados passe a aprofundar os conhecimentos exigidos
para a solução dos problemas relativos a acidentes e doenças do trabalho.

Máquinas e Equipamentos

Os reparos, a limpeza, os ajustes e a inspeção das máquinas somente podem ser executadas
com as máquinas paradas, salvo se o movimento for indispensável à sua realização. A
manutenção e inspeção somente podem ser executadas por pessoas devidamente
credenciadas pela empresa. Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de
cargas, por um trabalhador, cujo peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou sua
segurança.

Não é permitido armazenar material processado ou para processamento fora dos lugares
previstos para tal, não é permitido remover os dispositivos de proteção das máquinas e
equipamentos, a não ser nas ocasiões necessárias ( durante a operações de manutenção).

Transporte, Movimentação, armazenagem e Manuseio de Materiais

Antes de ser levantado um objeto presumidamente pesado, deverá ser feita uma avaliação
preliminar do seu peso e jamais uma pessoa deverá erguer, sozinho, uma carga superior a 60
Kg (sessenta quilogramas). Nesses casos, busque a ajuda de implementos mecânicos e/ou de
outras pessoas.

Se tiver que circular por diversas vezes, fazendo um determinado percurso na movimentação
de objetos entre dois pontos considerados, faça antes uma rápida inspeção do caminho a ser
percorrido, a fim de avaliar a existência de obstáculos, buracos, bueiros e ralos destampados,
fios e mangueiras estendidos e outros que possam contribuir para ocorrência de um acidente.

No armazenamento de materiais, deverá atentar-se para a resistência do piso, de modo que


não seja superado o seu limite de resistência, sobretudo em pavimentos elevados.

As substâncias corrosivas, inflamáveis e irritantes deverão ser acondicionadas em recipientes


apropriados e com tampas que forneçam a vedação necessária.

Na manipulação de objetos abrasivos, escoriantes ou perfurantes deverão ser usadas luvas


de raspa de couro; no manuseio de recipientes contendo produtos corrosivos, irritantes,
oleosos e derivados de petróleo, deverão ser usadas de PVC.

Relatório de Inspeção

29
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA

As inspeções de segurança, como já foi dito, basicamente se destinam a fazer levantamento,


de forma a descobrir problemas que deverão ser solucionados. Descobertos os riscos
potenciais, isto é, que poderão tornar-se causas de acidentes, o agente da inspeção ou os
agentes (SESMT, CIPA, supervisores...), devem fazer relatório pormenorizado que será
estudado pelos técnicos de segurança e pela direção da empresa (quando for o caso) para
que sejam tomadas as medidas pelos próprios técnicos ou por setores de engenharia e
manutenção.

Existem formulários especiais que podem ser utilizados para a confecção dos relatórios. Os
próprios formulários de roteiro para inspeções de segurança favorecem o controle da solução
dos problemas apontados, facilitando ainda a elaboração de estatísticas.

Os relatórios devem apontar, com clareza o tipo de risco a ser corrigido. Às vezes, essa
correção pode ser efetuada durante a própria inspeção. Riscos que podem causar de imediato
certos acidentes devem ter recomendações de solução sem qualquer espera. Nenhum
relatório deve ser arquivado enquanto não tiver sido dada a solução ao problema levantado.
Da inspeção de Segurança pode resultar a necessidade de um estudo mais aprofundado de
determinada operação.

Tipos de Inspeção de Segurança

Inspeção Geral: Abrange toda a área de uma empresa ou setor.

Inspeção Parcial: Limita-se apenas à uma parte da empresa, a um setor, a determinadas


atividades ou a certos equipamentos.

Inspeção Periódica: Pode ser diária, semanal, mensal, anual, etc. de acordo com a exigência
do programa de segurança vigente na empresa.

Inspeção Contínua: Exige constante observação, geralmente ocorrendo quando o controle é


visual e o processo de trabalho gera condições contínuas de riscos.

Inspeção Especial: Quando há alteração das rotinas de trabalho e a inspeção depende de


especialista.

Inspeção de Riscos Específicos: É uma inspeção em que se procura detectar problemas ou


assuntos determinados.
Exemplo: Riscos Químicos (fumos, gases, poeiras, substâncias químicas)
Riscos Físicos (ruído, calor, vibração, umidade, etc.)

Folha Guia de Inspeção de Segurança (Check-List)


Esta lista tem como objetivo servir de guia para os pontos que devem ser verificados durante a
inspeção, devendo ser ampliada de acordo com as necessidades e características da
empresa, conforme seu ramo de atividade.

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Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA

Lista de verificação (Check-List)


Ordem e Limpeza

] Existem áreas de circulação demarcada no piso?


] As áreas de circulação estão desobstruídas?
] O material em estoque está armazenado adequadamente?
] Existe local apropriado para o refugo?
] Existe local apropriado para a guarda de ferramentas?
] A limpeza é feita regularmente?

Prevenção e Combate a Incêndio

] Existem extintores e hidrantes no local?


] Os extintores são adequados às possíveis classes de fogo?
] Há funcionários habilitados no seu uso?
] Os extintores estão carregados?
] Há extintores obstruídos?
] O lugar do extintor está sinalizado?
] Os extintores e hidrantes são revisados periodicamente?
] Existem alarme de incêndio no local?
] Há saídas de emergência?
] O pessoal é treinado em como agir em caso de incêndio?
] Os funcionários habilitados no uso de equipamentos de combate a incêndio são reciclados
periodicamente?

Máquinas e Ferramentas

] As máquinas estão providas de dispositivos de segurança?


] Os dispositivos de segurança estão funcionando?
] Existe um programa de manutenção?
] As máquinas são bem operadas?
] As ferramentas elétricas portáteis e as máquinas têm o fio terra?
] As máquinas estão em locais adequados?
] As ferramentas estão sendo usadas apropriadamente?
] As ferramentas estão em bom estado de conservação?
] As ferramentas estão sendo usadas corretamente?

Condições Ambientais

] As portas e janelas estão em bom estado de conservação?


] A iluminação é adequada?
] As paredes estão pintadas apropriadamente?

31
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA

] A ventilação é adequada?
] O piso é adequado?
] A instalação elétrica está em bom estado?

] A canalização, os dutos, as válvulas estão em bom estado?


] Há ruído em excesso?

Equipamento Móvel

] Há vazamento de combustível, óleo e água?


] As peças defeituosas são imediatamente substituídas?
] As luzes, os freios e a buzina estão funcionando perfeitamente?
] Os pneus estão em bom estado?

Equipamento de Proteção Individual e Coletivo

] O pessoal está usando EPI adequado?


] O pessoal foi conscientizado quanto ao uso do EPI?
] O EPI está em bom estado de conservação?
] Existe local apropriado para guardar o EPI?
] Existe EPC adequado no local?

Inflamáveis

] O inflamável está armazenado em local apropriado?


] O recipiente é adequado?

Vestuário

] Vestuário usado é apropriado para o ambiente de trabalho?


] São usadas toucas, goros ou bonés para prender os cabelos?
] O pessoal foi orientado para retirar os adornos antes de iniciar o trabalho (anel, relógio,
cordão fita, etc.)?

Mapas de Riscos Ambientais

Definição:
É uma representação gráfica decorrente de uma avaliação dos riscos ocupacionais existentes
nos locais de trabalho, baseado no lay-out da empresa. Os mapas de riscos devem estar em
local visível de modo que conscientize os trabalhadores sobre os riscos a que estão expostos
dentro do setor e/ou estabelecimento. Deve ser observado no mapa:

* O grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada na Tabela da NR. 05

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Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA

* O número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do círculo;
* A especificação do agente, que deve ser anotada também dentro do círculo;
* A intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve ser
representada por tamanhos diferentes de círculos.

Objetivo:
O objetivo do Mapa de riscos é reunir as informações necessárias para estabelecer o
diagnóstico da situação de segurança e saúde do trabalho na empresa, e possibilitar, durante
a sua elaboração, a troca de divulgação e informações entre os trabalhadores, bem como
estimular sua participação nas atividades de prevenção.

Etapas de Elaboração do Mapa de Riscos

Conhecer o processo de trabalho no local analisado:


* Os trabalhadores: número, sexo, idade, treinamento profissional e de segurança e saúde;
* Os instrumentos e materiais de trabalho;
* As atividades exercidas;
* O ambiente.

Identificar os riscos existentes no local analisado, conforme a classificação da


tabela;

Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia:


* Medidas de proteção coletiva;
* Medidas de organização do trabalho;
* Medidas de proteção individual;
* Medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários, bebedouro,
refeitório.

Identificar os indicadores de saúde:


* Queixas mais freqüentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos mesmos riscos;
* Acidentes de trabalho ocorridos;
* Doenças profissionais diagnosticadas;
* Causas mais freqüentes de ausência ao trabalho.

Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local;

Elaborar o Mapa de Riscos, sobre o lay-out da empresa, indicando através de círculo.

Responsabilidade Pela Elaboração do Mapa de Risco


O Mapa de Riscos será executado obrigatoriamente pela CIPA, através de seus membros,
após ouvidos os trabalhadores de todos os setores produtivos da Empresa, e com a

33
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA

colaboração do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do


Trabalho - SESMT da empresa (quando houver), devendo o mesmo ser refeito a cada gestão
da CIPA.

Tabela I - Anexo IV

Classificação dos Principais Riscos Ocupacionais em Grupos, de Acordo com a sua Natureza
e a Padronização das Cores Correspondentes.

Grupo I Grupo II Grupo III Grupo IV Grupo V


Riscos Físicos Riscos Químicos Riscos Biológicos Riscos Ergonômicos Riscos de Acidentes
ruído poeiras vírus esforço físico intenso arranjo físico
inadequado
vibrações fumos bactérias levantamento e máquinas e
transporte manual de equipamentos em
peso proteção
radiações névoas protozoários exigência de postura ferramentas
ionizantes inadequada inadequadas ou
defeituosas
radiações não neblinas fungos controle rígido de iluminação
ionizantes produtividade inadequada
frio gases parasitas imposição de ritmos eletricidade
excessivos
calor vapores bacilos trabalho em turno e probabilidade de
noturno incêndio ou explosão
pressões substâncias, jornadas de trabalho armazenamento
anormais compostos ou prolongadas inadequado
produtos
químicos em
geral
umidade monotonia e animais peçonhentos
repetitividade
outras situações outras situações de
causadoras de riscos que poderão
stress físico e/ou contribuir para a
psíquico ocorrência de
acidentes
VERDE VERMELHO MARROM AMARELO AZUL

Gradação de Riscos
A partir de uma planta baixa de cada seção e/ou estabelecimento, serão levantados todos os
tipos de riscos, classificando-os por grau de perigo: PEQUENO, MÉDIO E GRANDE.

Cores de Riscos

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Serão agrupados em cinco grupos classificados pelas cores: verde, vermelha, marrom,
amarela, e azul. Cada grupo corresponde a um tipo de risco: Físico, Químico, Biológico,
Ergonômico e de Acidentes, respectivamente.
Observação: É preciso deixar bem claro que os itens que serão levantados no mapa não são
críticas à empresa ou pessoas, mas uma constatação de que os mesmos prejudicam o bom
andamento da seção e, portanto devem ser identificados, avaliados e controlados.

Ao estabelecer que a intensidade dos riscos, de acordo com a percepção dos trabalhadores,
deve ser representada por tamanhos proporcionalmente diferentes de círculos, a legislação
enfoca o aspecto quantitativo e explicita que programas de redução dos riscos devam ser
realizados.

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA

O objetivo do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA é a preservação da saúde


e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e
controle de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente do trabalho,
tendo em consideração a proteção do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais.

Nas empresas que possuam o SESMT a elaboração e a implementação do PPRA poderão ser
feitas por eles ou por pessoa ou equipe de pessoas que, a critério do empregador, sejam
capazes de desenvolver este programa.

Para efeito deste programa consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e
biológicos.

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO

Todas as empresas que possuam empregados, independente do tamanho e grau de risco,


desde que regidos pela CLT são obrigadas a implantar o Programa de Controle Médico de
Saúde Ocupacional - PCMSO.

A responsabilidade pela implementação desse programa é única e total do EMPREGADOR,


devendo ainda zelar pela sua eficácia e custear despesas, além de indicar Médico do Trabalho
para coordenar a execução do programa.

O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos seguintes exames médicos,
tais como: Admissional; Periódico; De retorno ao trabalho; Mudança de função e Demissional.

Para cada exame médico realizado, o Médico emitirá o Atestado de Saúde Ocupacional -
ASO, em duas vias.

A primeira via do ASO ficará arquivada no local de trabalho e a segunda via será
obrigatoriamente entregue ao trabalhador , mediante recibo da primeira via.

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Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA

Todo estabelecimento deverá estar equipado com material necessário à prestação de


primeiros socorros, considerando-se as características da atividade desenvolvida; manter esse
material guardado em local adequado.

Ficará arquivado junto a CIPA de cada estabelecimento um cópia do PCMSO.

Primeiros Socorros

Introdução
O socorrista é uma pessoa que vai enfrentar voluntariamente situações inesperadas e na
maioria das vezes muito difíceis. Para isso é importante tratar-se de pessoas, antes de mais
nada, com um grande sentido de solidariedade humana.

O socorrista é uma pessoa muito importante.

É a pessoa que significa o primeiro elo da corrente que se formará para o salvamento de uma
vida até o momento em que ajuda qualificada torna-se disponível. O socorrista é uma pessoa
muito importante na prestação de primeiros socorros, mas não é MÉDICO.

É mais importante ainda que ele entenda que sua missão é a de atender a vítima e mantê-la
com vida até a chegada de socorro especializado, ou até a sua remoção para atendimento
qualificado.

Imagine que você está no local de um grave acidente de trabalho. Você sabe como
ajudar um colega de trabalho que necessita de cuidados médicos imediatos?

Correr até seu supervisor apenas desperdiçará momentos preciosos. Você deve permanecer
junto à vítima e prestar os primeiros socorros antes da chegada do serviço médico de
emergência. O que se faz nos primeiros minutos após o acidente faz uma grande diferença
nas consequências da lesão à vítima. Se você sabe ou não que os primeiros socorros podem
significar a diferença entre uma incapacidade temporária e permanente, ou até mesmo, a
diferença entre a vida e a morte.

Com boa vontade, os primeiros socorros básicos não são difíceis de aprender. São poucas
regras simples combinadas com um pouco de bom senso. Arrume um tempo para aprendê-los.
Um colega de trabalho pode agradecer-lhe por isso algum dia.

Procedimentos de Emergência

Princípios de Procedimentos de Emergência

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Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA

Existem quatro princípios de procedimentos de emergência que qualquer pessoa deve seguir
ao presenciar um acidente:

1. Examinar o local do acidente, sem pânico;


2. Enviar alguém para chamar o serviço médico de emergência;
3. Acalmar-se e ganhar a confiança da vítima mantendo afastados os curiosos;
4. Avaliar o estado da vítima.

Os acidentes variam. Você pode encontrar uma pessoa sangrando, com ossos quebrados,
choque elétrico ou queimaduras químicas. O que não varia, são os seguintes passos padrão
de primeiros socorros.

Seja ágil e decidido, observe rapidamente se existem perigos para a vítima e


para você mesmo.

Examinar o local
Certifique-se de que você e a vítima do acidente não estejam em maiores perigos. Esteja
atento a riscos, tais como:

] Fumaça
] Fios elétricos
] Líquidos escorrendo
] Vapores químicos
] Objetos em queda

Nunca entre em um local que não seja seguro. Se o local em que você estiver não parecer
seguro, saia imediatamente. Caso seja necessário mover a vítima - e a situação permitir -
mova-a cuidadosamente.

Mover a Vítima
Qualquer pessoa que se queixe de dor no pescoço ou nas costas, com lesões na cabeça, ou
qualquer pessoa que seja encontrada inconsciente, pode estar com a coluna lesada. A menos
que ele ou ela esteja em perigo imediato, nunca mova uma vítima com lesão na coluna,
porque até mesmo um leve esbarrão pode levar à paralisia permanente ou até mesmo à morte
imediata. Independente do risco, você não tem outra escolha a não ser remover a pessoa do
perigo imediato. Nesses casos, utilize o método de puxar pela roupa para levá-lo(a) a um lugar
seguro:

* Segure a roupa da vítima pelos ombros;


* Apoie a cabeça da vítima em seus pulsos;
* Puxe a vítima pela roupa.

37
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA

Busque Ajuda
* Tome a frente avisando seus colegas que você possui conhecimentos de primeiros socorros.
* Caso você esteja sozinho, grite por socorro, execute os primeiros socorros necessários e
depois deixe a vítima por pouco tempo, para encontrar a pessoa mais próxima e pedir-lhe para
comunicar o Serviço Médico de Emergência.
* Envie alguém para acionar o Alarme.

Ganhe a Confiança da Vítima

Não piore a situação ao exagerar na sua reação e amedrontando a vítima.


Seja um exemplo.

Fique Calmo e Tranqüilize a Vítima:


* Respire fundo e relaxe;
* Sente calmamente com a vítima e fique falando com ela;
* Assegure à vítima de que a ajuda está a caminho.

Avaliação do Estado da Vítima


A avaliação dos estado da vítima é uma maneira de localizar e determinar a extensão da
lesão. Você pode acelerar as providências do Serviço Médico ao relatar suas descobertas
quando chegar a este.

Antes de estabelecer qualquer contato físico com a vítima, certifique-se de que você esteja
protegido contra qualquer contato com sangue. Nunca estabeleça contato físico com alguém
a menos que você tenha uma barreira protetora (luvas).

Se você encontrar uma vítima de um acidente deitada no chão, você pode avaliar o estado
dele ou dela através da verificação do nível de consciência e do “ABC” - passagem de ar,
respiração e circulação. Então, examine a vítima da cabeça aos pés.

Verificar a Consciência
Após determinar a segurança do local, bata levemente em um dos ombros da vítima e
pergunte: “Você está bem?”. Se a vítima não responder, comunique-se com os outros
socorristas e continue com a verificação do ABC e o exame da cabeça aos pés.

A - Passagem de AR

] Procure objetos estranhos na boca. Caso haja alguma coisa bloqueando a passagem de ar,
tente removê-la;

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Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA

] Verifique também se a língua está bloqueando a garganta. A língua é a causa número um de


bloqueio de passagem de ar;

] Desobstrua a garganta utilizando o método de elevação do queixo. Pressione a testa para


baixo enquanto levanta para cima o queixo. Isso fará com que a base da língua venha para a
frente;

] Em caso de suspeita de lesões na coluna, utilize o método de puxar o maxilar a fim de trazer
a base da língua para a frente. Ao se ajoelhar próximo a cabeça da vítima, com os dedos de
cada uma das mãos segure sob as extremidades do maxilar. Levante o maxilar para a frente
enquanto pressiona para baixo com os polegares.

] Enquanto você prossegue com os primeiros socorros, é extremamente importante continuar


a verificar a passagem de ar. Use o método de elevação do queixo ou de puxar o maxilar para
evitar que a língua da vítima vá para trás e obstrua a garganta.

B - Respiração

] Verifique a respiração através da técnica “olhar, ouvir e sentir”;

] Primeiro, vire sua cabeça e coloque seu ouvido próximo ao tórax da vítima;

] Observe o tórax da vítima quanto a movimentos;

] Ouça sons de respiração;

] Sinta a respiração em seu rosto.

] Se a vítima de lesão estiver deitada de bruços e você suspeita de que ela não esteja
respirando, pode ser necessário mover a pessoa para desobstruir a passagem de ar. Com o
auxílio de outras pessoas, vire a vítima como um todo, mantendo a cabeça, costas e pernas
alinhadas.

C - Circulação

] Sinta a pulsação na artéria carótida. Faça isso colocando 2 ou 3 dedos ao lado do pomo-de-
adão da vítima, ou no ângulo da mandíbula;

] Se a vítima estiver respirando, ela apresentará pulsação;

] Se a vítima não estiver respirando, ela pode ainda apresentar pulsação.


Exame da Cabeça aos Pés

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Faça um exame da cabeça aos pés a fim de determinar quais lesões a vítima sofreu. Comece
pela cabeça e vá até os pés, comparando ambos os lados do corpo ao mesmo tempo. Procure
no corpo da vítima:
* Possíveis sangramentos
* Ossos salientes
* Deformidade
* Colar ou pulseira de aviso médico

Sangramento: Barreiras contra o sangue


Com a atual ameaça da AIDS e da hepatite B, você deve tomar cuidado ao se aproximar de
sangue de outras pessoas. Mas não deixe que isso o impeça de prestar os primeiros
socorros. Apenas siga os seguintes passos para se proteger.

* Use luvas de borracha, látex ou vinil que devem estar incluídas nos kits de primeiros
socorros de sua empresa.
* Caso tais luvas não estejam acessíveis, como último recurso, seja criativo e trabalhe com o
que você possuir. Use plástico, borracha ou até mesmo papelão que você encontrar por
perto, para funcionar como uma barreira entre você e o sangue.
* Após prestar a assistência, não toque sua boca, nariz ou olhos, como também não coma ou
beba sem antes lavar completamente suas mãos.

Controle o Sangramento
Primeiro, siga os princípios de procedimentos de emergência. Então, aplique pressão direta e
eleve o membro ferido acima da linha do coração.

* Remova a roupa sobre os ferimentos


* Coloque uma gaze limpa grossa sobre os ferimentos ou o material absorvente mais limpo
que você encontrar.
* Faça com que a vítima pressione a mão sobre o ferimento, caso você precise procurar
material absorvente.
* Lembre-se de encontrar um pedaço de plástico, borracha ou papelão protetor para cobrir as
bandagens potencialmente encharcadas de sangue.
* Não toque nos coágulos de sangue ao remover as bandagens à medida que estas tornam-
se saturadas. Simplesmente coloque mais gaze ou tecido sobre elas.
* Não eleve o ferimento em caso de lesões da cabeça, tórax ou abdomen.
* Não aplique pressão direta quando houver suspeita de fratura.

Sangramento Grave
Se pessoa estiver sangrando gravemente, você precisará aplicar pressão direta sobre um
ponto de pressão. Isso significa pressionar diretamente na artéria que fornece sangue à área
do ferimento.

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Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA

* Se a pessoa estiver sangrando no braço, pressione o ponto de pressão na parte interna do


antebraço. Faça isso segurando o antebraço da vítima e pressionando a parte interna do
mesmo contra o osso.
* Se a pessoa estiver sangrando na perna, pressione o ponto de pressão na dobra da virilha.
Pressione a palma da mão ao lado da virilha. Continue pressionando bastante até que o
sangramento diminua.

Choque
A maioria das lesões implicará em um certo grau de choque, mas o choque é mais grave em
uma pessoa que perdeu grande quantidade de sangue. O choque pode ser fatal e ocorre
quando o sistema circulatório deixa de enviar sangue oxigenado a todos os órgãos vitais do
corpo, principalmente o cérebro.
Os sintomas são:

* lábios e pele pálida ou azulada;


* pele fria, úmida ou suor intenso;
* respiração e pulsação rápidas;
* pupilas dilatadas;
* olhos fundos e apáticos;
* náusea ou vômito;
* sede;
* inconsciência.

Alívio de Choque
Evite o choque elevando as pernas 20 a 30 cm acima do solo. Com a vítima deitada de costas,
use algum objeto que esteja disponível para apoiar as pernas. Isso permite que o sangue
circule diretamente para os órgãos vitais da pessoa.

Ajude a manter a temperatura normal do corpo da vítima. Caso o chão ou ar estejam frios,
coloque cobertores sob e sobre a pessoa ferida. Se a pessoa estiver em um ambiente quente,
tente mantê-la fresca, fazendo sombra sobre ela e afrouxando sua roupa.

Situações Especiais de Choque


Não eleve as pernas se a pessoa tiver uma lesão na cabeça, abdomen, tórax ou coluna.

Caso a pessoa tenha dificuldade para respirar, coloque-a em uma posição semi-reclinada para
tornar mais fácil a respiração.

Caso a pessoa tenha uma lesão na perna, levante a perna ferida. Isso também levará sangue
aos órgãos vitais.

Se a pessoa tiver sintomas de náusea e vômito, coloque-a deitada de lado para permitir a
drenagem de líquidos.

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Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA

Vítimas de Lesão Óssea


Fraturas luxações e torções são ferimentos comuns que envolvem os ossos e ligamentos de
músculos próximos, tendões e vasos sangüíneos.

Fraturas são quebras nos ossos.

Luxações são ossos que são retirados de sua posição normal em um articulação.

Torções são distensões nos ligamentos e tendões em uma articulação.

Fraturas Ocultas
Algumas fraturas são de fácil diagnóstico. As fraturas expostas são óbvias, uma vez que elas
visivelmente perfuram a pele. Outras fraturas não são tão óbvias.

Tais fraturas são classificadas como fechadas - o que significa que elas ficam ocultas sob a
pele. Alguns sinais que podem indicar ossos quebrados são:

* Quando a vítima sente um estalo no osso


* A vítima sente as extremidades dos ossos rasparem-se
* A área da lesão está obviamente deformada

Imobilização
O uso de talas é uma forma de imobilizar um osso fraturado. O uso de talas deve reduzir ou
eliminar o movimento e a dor, assim como evita que o estado se agrave. Faça isso para que
os fragmentos de ossos não se movam, agravando a fratura e perfurando dolorosamente a
pele ao redor.

Use o kit de imobilização com seu prático manual imobilizando sempre uma articulação acima
de onde ocorreu a fratura, por exemplo: suspeita de fratura de mão -

a) procurar no índice do manual a palavra MÃO;


b) identificar o código da tala específica;
c) separar a tala indicada e usar o manual para proceder a imobilização;
d) certifique-se de que a tala não fique apertada a ponto de interromper a circulação
sangüínea.

Lesões da Coluna

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Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA

Caso você suspeite de que a vítima tenha uma lesão na coluna, a cabeça deverá ser
imobilizada. Se o pescoço ou as costas feridos forem mesmo que ligeiramente movimentados,
isso poderia significar ficar preso pelo resto da vida a uma cadeira de rodas ou a uma cama.

Para estabilizar a cabeça de uma vítima de acidente, segure suas mãos em ambos os lados
da cabeça até a chegada do Socorro Médico.

Siga as orientações do Manual de Imobilização para colocação do colar cervical no pescoço


da vítima.

Choque Elétrico
Com freqüência, o pessoal de resgate nos locais de acidentes com choques elétricos torna-se
também vítima. Resista ao impulso de correr até seu colega ferido:

* Certifique-se de que o local é seguro. Caso o local não seja seguro, não entre. Se o local
tornar-se perigoso, abandone-o imediatamente.
* Desligue toda corrente elétrica na caixa de fusíveis. Não tente desconectar os fios.

Siga os princípios de emergência. Esteja ciente de que vítimas de choque elétrico podem não
estar respirando e podem ter parada cardíaca. A medida que você executa a verificação da
cabeça aos pés, esteja atento quanto a queimaduras.

Respiração de Salvamento
Se a vítima não estiver respirando, pode ser necessário que você respire por ela. Da mesma
forma que em relação ao sangue, você deve proteger-se da saliva da vítima. Nunca execute a
respiração de salvamento sem uma proteção entre você e a vítima.

* Aperte com força o nariz da vítima;


* Inspire fundo e coloque sua boca sobre a boca da vítima, certificando-se de fechar
fortemente sua boca;
* Dê duas expiradas rápidas, cada uma de aproximadamente um segundo, observando o tórax
da vítima subir à medida que você assopra;
* Afaste sua boca e verifique se a vítima começou a respirar;
* Caso ela não tenha começado a respirar, continue a assoprar um jato de ar na boca da
vítima a cada cinco segundos.

A respiração de salvamento é simples. Apenas assopre em direção à barreira protetora a cada


cinco segundos. Certifique-se de manter o nariz da vítima apertado com força enquanto você
assopra. Continue até que a vítima comece a respirar ou até a chegada do Socorro Médico.

Queimaduras
Queimaduras de segundo e terceiro grau são comuns em vítimas de choque elétrico.
Freqüentemente as queimaduras aparecem aos pares.

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Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA

* Queimaduras de segundo grau aparentam vermelhidão, inchaço e bolhas.


* Queimaduras de terceiro grau possuem aparência esbranquiçada ou queimada. Ao redor
dessa área, deverá existir uma área de queimaduras de segundo grau, cercada por uma área
de queimaduras de primeiro grau.

Para evitar infecção, cubra toda a pele queimada que esteja com bolhas ou queimada com um
tecido ou roupa limpa e de preferência fria ou molhada para diminuir o efeito de calor e dor no
local.

Da mesma forma que os primeiros socorros com vítimas de um membro com sangramento,
eleve o braço ou a perna com queimaduras a um nível acima do coração. Isso diminui a dor e
ao mesmo tempo alivia o choque. No entanto, se a pessoa tiver dificuldades em respirar, esse
sintoma de choque é prioritário. Pode ser necessário fazê-la sentar para tornar a respiração
mais fácil.

Queimaduras Químicas
Um produto químico pode causar muitos danos após seu contato com a pele. Ele continuará a
queimar à medida que reage lentamente com as camadas da pele.

* Interrompa o processo da queimadura enxaguando a pele com água fria e corrente em


abundância.
* Continue a enxaguar a pele com água até a chegada do Socorro Médico.
* Remova as roupas ou jóias sobre as quais o produto químico foi derrubado.
* Caso os olhos tenham sido atingidos por um produto químico, enxague os olhos abertos com
água por pelo menos 15 minutos. Use de preferência os lava-olhos de emergência.

Não esquecer de identificar o produto envolvido no acidente em caso de dúvidas quanto aos
cuidados de emergência específicos para determinada substância, verificar ficha toxicológica
no interior da ambulância ou no Serviço Médico.

Objetivos das Normas Regulamentadoras

NR.01 - Disposições Gerais


Nesta norma são abordadas genericamente as aplicações das demais normas
regulamentadoras, competências e definições gerais.

NR.02 - Inspeção Prévia


Aborda a necessidade de fiscalização, por parte do MTb, das instalações, objetivando
assegurar que a nova instalação inicie suas atividades livre de riscos de acidentes.

NR.03 - Embargo ou Interdição

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Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA

Ilustra que através do agente de inspeção do trabalho da DRT, o mesmo poderá requerer a
interdição ou embargo em casos graves e iminente risco de acidentes ou doença.

NR.04 - SESMT
Nesta norma são definidas as regras básicas de dimensionamento do SESMT das empresas,
em atendimento ao Quadro II anexo à NR, considerado o número de empregados por
estabelecimento e o grau de risco, além dos requisitos para os profissionais que integram o
SESMT.

NR.05 - CIPA
Trata-se da norma mais importante para o membro da CIPA. Nesta norma são definidas as
competências dos membros da Comissão e as regras básicas para composição de acordo
com o Quadro I anexo à NR. São considerados o número de empregados do estabelecimento
e o grau de risco, além das orientações quanto a eleição, apuração e registro da CIPA no
MTb.

NR.06 - Equipamento de Proteção Individual - EPI


O objetivo desta norma é definir em linhas gerais a obrigatoriedade de fornecimento e uso dos
equipamentos de segurança individual, atendendo as peculiaridades de cada atividade.

Aborda também a importância de aprovação do EPI (para comercialização) pelo Ministério do


Trabalho - MTb, através da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho - SSST, nos quais
as empresas nacionais fabricantes dos EPIs, ou pessoas jurídicas que promovam a
importação, deverão estar cadastrados.

NR.07 - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO


Esta norma estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte do
empregador, do PCMSO, com o objetivo da promoção e preservação da saúde dos
trabalhadores, além de definir responsabilidades.

NR.09 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA


Estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, pelo empregador, do Programa
de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, definindo sua estrutura, seu desenvolvimento,
medidas de controle dos riscos, níveis de ação (tolerância), monitoramento da exposição dos
trabalhadores, registro de dados e responsabilidades do empregador e dos empregados.

NR.10 - Instalações e Serviços em Eletricidade


Fixa as condições mínimas exigíveis para garantir a segurança dos empregados que
trabalham em instalações elétricas, além de conferir competência ao SESMT para o
estabelecimento e avaliação dos procedimentos adotados pela Empresa.

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NR.11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais


Nesta norma são abordadas genericamente as condições mínimas necessárias para o
transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais, fixando limites de cargas,
alturas de empilhamento e outros.

NR.12 - Máquinas e Equipamentos


Genericamente esta norma fixa as condições mínimas que devem ser observadas no
manuseio de máquinas e equipamentos, espaço e circulação, dispositivos de segurança,
fabricação e importação, manutenção e operação , ruídos e vibrações e outros.

NR.13 - Caldeiras e Vasos Sob Pressão


Nesta norma são definidos os equipamentos destinados a produzir e acumular vapores sob
pressão, os ricos graves e iminentes, os dispositivos necessários à segurança, testes,
identificação, treinamentos, inspeção, etc.

NR.14 - Fornos
Defini resumidamente as condições de utilização de acordo com os limites de tolerância
contidos na NR.15, além dos critérios para instalação.

NR.15 - Atividades e Operações Insalubres


Nesta norma são definidas as atividades e operações insalubres, caracterizadas por limites de
tolerância, tais como: ruído, calor, iluminação, radiações, pressões hiperbáricas, vibrações,
frio, umidade, agentes químicos e agentes biológicos.

NR.16 - Atividades e Operações Perigosas


São consideradas atividades e operações perigosas as constantes dos Anexo 1 e 2 desta
norma (explosivos e inflamáveis), além de caracterizar o adicional de 30% sobre o salário, sem
os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações em lucros da empresa.

NR.17 - Ergonomia
Esta norma visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho
às características psico-fisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de
conforto, segurança e desempenho eficiente.

NR.18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria de Construção


Nesta norma são estabelecidas as diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e
organização, com o objetivo de implementar medidas de controle e sistemas preventivos de
segurança nos processos, nas condições e no ambiente de trabalho da indústria de
construção.

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NR.19 Explosivos
Esta norma defini substância considerada explosiva, seu manuseio e condições de segurança
para armazenamento e transporte.

NR.20 - Líquidos Combustíveis e Inflamáveis


Nesta norma são definidos os líquidos combustíveis e inflamáveis de acordo com o ponto de
fulgor dos mesmos.

NR.21 - Trabalho a Céu Aberto


Esta norma aborda as medidas de segurança exigidas para o trabalho e equipamentos de
segurança utilizados.

NR.22 - Trabalhos subterrâneos


Especificamente, esta NR aborda as normas de segurança nos trabalhos subterrâneos em
minas, critérios de seleção dos trabalhadores, duração do trabalho em subsolo (mina),
dispositivos de segurança e de atendimento às necessidades fisiológicas, circulação de ar,
poeira, calor, elevadores, etc.

NR.23 - Proteção Contra Incêndios


Esta norma dispõe sobre a obrigatoriedade de toda empresa possuir: proteção contra
incêndio, saídas suficientes para escape, equipamentos para combate ao incêndio e pessoas
adestradas para o uso dos equipamentos.

Genericamente, também aborda o combate ao incêndio, exercícios de alerta, classes de


incêndio, extinção do incêndio, uso dos extintores, inspeção dos extintores, quantidade de
extintores, localização e sinalização.

NR.24 - Condições sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho


Nesta norma são definidas as expressões Aparelho sanitário, gabinete Sanitário e Banheiro,
dimensões mínimas das áreas ocupadas, além de definir as exigências de instalação de
chuveiros, lavatórios em geral, vestiários, rede hidráulica, armários de aço, etc.

NR. 25 - Resíduos Industriais


Esta norma fixa o procedimento sobre a liberação ou lançamento de resíduos gasosos, de
conformidade com os níveis de tolerância da NR.15 e legislação em nível federal, estadual e
municipal.

NR.26 - Sinalização de Segurança

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Esta norma tem por objetivo fixar as cores que devem ser usadas nos locais de trabalho,
identificando os equipamentos de segurança, delimitando áreas, identificando canalizações,
além de abordar sobre armazenamento de substâncias perigosas, identificação, rotulagem
preventiva e utilização de palavras de advertência como: PERIGO , CUIDADO, ATENÇÃO, etc.

NR.27 - Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho


Trata dos critérios para registro do profissional na Delegacia Regional do trabalho -
DRT/Ministério do Trabalho - MTb.

NR.28 - Fiscalização e Penalidades


Esta norma aborda sobre os prazos de cumprimento das notificações de irregularidades sobre
as Normas Regulamentadoras - NRs, fixando o tipo de infração.

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Bibliografia

4 Normas Regulamentadoras de Segurança e Saúde no Trabalho, port. 3.214 de


08.06.78.
4 Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.
4 NBR 14280 da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.
4 Apostila de Primeiros Socorros - Dr. Flávio Augusto de Oliveira Cruz.
4 Apostila de Brigada de Incêndio e Abandono de Área do Lab. Lâmina - Seg. do
Trabalho.
4 Apostilas de Outras Empresas.

Planejamento e Redação

4Renata Ojeda de Lima.

Execução

4Serviço Especializado Em Engenharia de Segurança e Em Medicina do Trabalho -


SESMT, do Laboratório Lâmina.

Data da Elaboração

4Janeiro de 2000.

Em Anexo

4 NR. 05 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - Portaria SSST n.º 8/99 -


Novo texto - Regras em vigor desde 24.05.99.

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