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Comitê de Ergonomia
Grupo Ergo&Ação/UFSCar.
Parte II
5. Métodos e Técnicas aplicadas ao Projeto de Artefatos
5.1. Introdução
A representação trazida à tona pela ergonomia constitui um dos elementos que irão
ser integrados e sintetizados no processo de design. Desde que outros atores
sociais participam e introduzem as suas representações, não podemos falar em
projeto ergonômico ou solução ergonômica. Assim a articulação entre ergonomia e
desgin é pontuada pelos seguintes aspectos:
Considerando que nem a ergonomia nem o design de engenharia operam com leis
da natureza ou “verdades absolutas”, a integração entre estas duas disciplinas
passa necessariamente por uma racionalidade derivada do campo da ação. Tal
racionalidade constitui uma reinterpretação da situação de trabalho cuja síntese
deriva das colaborações individuais de trabalhadores, supervisores, gerentes,
pesquisadores e profissionais envolvidos com o projeto.
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Tendo-se definido o foco da ação para cada uma das situações de trabalho,
recorreu-se a duas fontes para a geração de conceitos: a revisão da bibliografia e o
levantamento das características desejáveis.
FOCO DA AÇÃO
Geração de Conceitos
Novos Conceitos
SEMINÁRIO
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Dentro de cada uma destas etapas uma série de métodos e técnicas serão
empregadas para a condução das atividades de projeto. No decorrer deste capítulo
iremos tratar de métodos e técnicas que independem da disciplina ou do artefato.
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29. Descarte Qual o efeito do produto sobre o meio ambiente no momento do descarte?
30. Documentação Todo projeto deve ser documentado.
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Não existe uma definição clara para o termo QFD que é a tradução para língua
inglesa dos seis caracteres do kanji: hun shitsu (qualities, features, atributes); ki no
(function, macanization); e, ten kai (deployment, development, evolution).
O conceito do QFD é definido por Qinta & Praizler como "método específico de
ouvir o que dizem os clientes, descobrir exatamente o que eles querem e, em
seguida, utilizar um sistema lógico para determinar a melhor forma de satisfazer
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Do ponto de vista prático o QFD está situado no contexto das novas tecnologias de
gestão que estão fundamentadas nos preceitos da engenharia simultânea e na
orientação para o mercado, no trabalho em equipes multifuncionais de projeto e na
gestão por processos. A técnica em sí busca desdobrar as expectativas
dos clientes para um dado produto por meio de quatro matrizes que correspondem
ao Planejamento do Produto, que parte dos requisitos dos consumidores
caracterizados por idéias vagas e abstratas, transformando-as em requisitos
de projeto, que definem as características globais para o produto (conceito). Uma
segunda matriz, denominada de Projeto do Produto, desdobra os requisitos globais
do produto em requisitos específicos para cada um dos subsistemas definindo o
modo de obtenção dos efeitos técnicos necessários. O próximo passo é construir
uma matriz que desdobre os requisitos técnicos de cada subsistema em requisitos
para o processo produtivo. Esta matriz recebe o nome de Projeto do Processo.
Finalmente, os requisitos do processo produtivo são desdobrados em Requisitos de
Processos que visam estabelecer os métodos de controle sobre a produção, afim
de garantir que as entradas deste processo, ou seja a voz do consumidor, seja
respeitada ao longo do processo produtivo. A figura 2 mostra o desdobramento
anteriormente descrito.
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Requisitos esperados: são aqueles que o cliente pressupõe que o produto possui. é
a qualidade básica ou padrão que a empresa deve atingir para ser competitiva.
Requisitos implícitos: são características desejadas pelo cliente mas não manifestas,
seja por estarem latentes, seja por incapacidade de formulação.
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Este é o ponto crucial deste método. A obtenção das vozes do consumidor requer
quatro atividades genéricas, as quais são descritas em quatro passos(segundo
Burchill,1993, in Clausing 1995):
Questão Negativa
1 2 3 4 5
1 Q D D D L
Questão 2 R I I I M
Positiva 3 R I I I M
4 R I I I M
5 R R R R Q
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Existem muitas técnicas que são amplamente difundidas que buscam estimular a
criatividade (brainstorming, Analogia, Inversão...). Porém os mecanismos postos em
jogo na concepção são complexos e determinados socialmente, o que nos faz
questionar sua eficácia.
A Matriz de Pugh, constitui-se num método que parte do pressuposto que dentro de
uma equipe de projeto, a melhor forma de fazer evoluir um conceito (Figura 6) é
possibilitar a confrontação do mesmo com outras concepções. Ao longo deste
processo busca-se o aprofundamento dos conhecimento acerca dos diferentes
conceitos, fazendo interagir os participantes.
O que se busca com este processo é um método que não iniba a criatividade
durante o processo de seleção de conceitos, mas estimule o aparecimento de novos
conceitos, que podem não ter aparecido de outros meios (Pugh, 1990).
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Neste posto de trabalho dois aspectos são considerados centrais: o fardo dado o
seu peso e a forma como é disponibilizado (gaiolas); e o funil determinante do ritmo,
força e alcance. Foram gerados conceitos de solução em dois campos: Alimentação
tipo Raimann e alimentação com Refil/Basculante. Para ambos os campos de
solução a chegada dos materiais no posto de trabalho deve-se dar em gaiolas com
aberturas duplas e serem depositados em mesas pantográficas, objetivando
controlar a variável zona de alcance. A figura 1 ilustra a situação desejada.
Figura 1: Gaiolas com abertura dupla e mesa pantográfica para a sua elevação.
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Critérios Conceitos
Tecnologia - - - - - -
Pega do feixe O O - O O O
Ritmo - + - - - -
Alteração “Zuca” - O O - - -
Peso do fardo + + O + + +
Layout O - + + + +
Trabalho em pé O + O O O O
Custo - - + + + +
Zona de alcance - + - + - +
A B C D E F G
Raimman A + refil A+ Basculante D+ Refil F+D
Pega fardo Refil
1 2 3
5.4.5..2. Prensador
Diferente da solução anterior, a variável ritmo não pode ser atacada neste posto sem
a introdução de mudanças no sistema atual de prensagem dos sanduíches para o
processo de pega da colagem. Assim sendo, mantendo-se o sistema atual de
prensagem e manutenção mecânica da pressão por meio de grampos, a solução
para este posto passa por uma diminuição da carga de trabalho através da
introdução de um maior grau de mecanização. Duas soluções foram geradas e
diferem fundamentalmente no layout geral do centro de produção a ser adotado. A
melhor solução do ponto de vista ergonômico é de manter o arranjo alinhado,
fazendo os grampos andarem no mesmo sentido da saída da encoladeira. Esta
situação é mostrada na figura 3.
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Critérios Conceitos
Layout - - -
Tecnologia O O O
Custo - - -
Pega Do Feixe O O O
Elevação Do Feixe O O O
Arraste Do Feixe O O O
Elev. Grampo Cheio O O O
Peso Grampo Vazio + + +
Pega Do Grampo + + +
Parafusar O O O
Zona De Alcance + + +
Trabalho Em Pé O O O
Rítmo O O O
A B C D
Atual Hidráulica Sem Hidráulica em U
Quadro 2: Primeira Matriz de Pugh (+) melhor, (O)= igual e (-) pior.
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Critérios Variáveis
Layout +
Tecnologia +
Custo +
Pega Do Feixe O
Elevação Do Feixe O
Arraste Do Feixe O
Elev. Grampo Cheio O
Peso Grampo Vazio -
Pega Do Grampo -
Parafusar O
Zona De Alcance O
Trabalho Em Pé O
Rítmo O
B C
Hidráulica Sem Hidráulica
Quadro 3: Segunda Matriz de Pugh (+) melhor, (O)= igual e (-) pior.
Critérios Conceitos
Tecnologia - O -
Custo - - -
Pega Do Feixe O O
Elevação Do Feixe O O
Arraste Do Feixe O O +
Elev. Grampo Cheio + O
Peso Grampo Vazio O O
Pega Do Grampo + O
Parafusar O +
Zona De Alcance + O +
Trabalho Em Pé O O
Rítmo O O
C E F G
Sem Hidráulica Com basculante Com Com arrastador
parafusadeira
Quadro 4: Terceira Matriz de Pugh (+) melhor, (O)= igual e (-) pior.
5.4.5.3 Batedor
Assim como no posto anterior, o ritmo não se altera nas soluções propostas. Atua-se
fundamentalmente sobre a carga de trabalho. Os principais aspectos considerados
são: a) necessidade de descolar os sanduíches; e, b) dificuldade de pega dos
sanduíches para o encaixotamento.
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Critérios Conceitos
Pega do Feixe para Encaixotamento + +
Descolar Madeira ? +
Peso/Pega Da Caixa O +
Transp. Do Grampo (Ch/Vz) O -
Zona De Alcance (Ch/Vz) + +
Altura Da Pilha O +
Endereçar Caixas O O
Dific. P/ Desparafusar + +
Layout O +
Ritmo O -
Trab. Em Pé O O
Tecnologia O -
Custo - -
A B C
Atual Pantográfica com Refil-Grampo
desparafusadeira
Quadro 5: Matriz de Pugh (+) melhor, (O)= igual e (-) pior.
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Foto 1: Patinete.
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A curva indica duas freqüências críticas. A primeira situada em torno dos 10 Hz cujo
limite de exposição é de 1 hora e em torno de 60 Hz, cujo limite de exposição é de
25 minutos.
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27°
9°
Nível Escaninho
Nível Escaninho
1425 mm
1475 mm
13°
18°
60°
Nível da Mesa
750 mm Nível da Mesa
800 mm
Nível Zero
Nível Zero
Figura 1: Modelagem para determinação da Figura 2: Mesa ajustada para 800 mm para
zona de alcance vertical na posição em pé atender demandas de conforto do homem
máximo.
2
A altura de 750 mm é arbitrária e baseia-se no limite recomendado pra trabalho sentado. Na discussão que
segue buscaremos estabelecer este limite a partir das considerações antropométricas.
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20° 25°
645 mm
550 mm
120 mm
550 mm
180 mm
645 mm
120 mm
180 mm
657 mm
597 mm
553 mm
477 mm
Altura dos pés
Altura dos pés
Nível Zero Nível Zero 142 mm
134 mm 142 mm
c) apoio para os pés, com curso de 276 mm, possibilitando o ajuste para as
posições de triagem e de bancada.
1000
552
75° 60°
45°
Zona de alcance
Giro do corpo para crítica para homem mínimo.
o lado oposto da mão predominante.
Considerando que o número de escaninhos não pode ser diminuído por razões
operacionais, a solução para a questão destacada no parágrafo anterior é a
especificação de uma cadeira para manipulação com boas características de
giro e um apoio para os pés que auxilie o giro.
4
Observe nas fotos 2 a 7 a predominância de manipuladores de 5 linhas.
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b) diminuição dos movimentos de rotação e flexão para o tronco, que pode ser
devido à cadeira giratória e a melhor possibilidade de alcance;
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Figura 11: Apoios de pés e antebraço. Figura 12: Ordenamento no novo posto de
trabalho.
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A percorrida é preparada no interior da unidade a partir do ordenamento das correspondências simples e
registradas. A forma de ordenamento e o agrupamento das correspondências seguem padrões mais ou menos
determinados, dando espaço porém para a expressão das características individuais dos carteiros que elaboram
estratégias peculiares em razão das características particulares do distrito. O trabalho externo, distantes das
condicionantes orgaizacionais presentes na jornada interna, favorece a proliferação destas estratégias.
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No que tange ao cinto, Page (...) estabeleceu que para a bolsa lateral a redução da
compressão na L3 é de 9%, chegando a 88% para a bolsa tipo coldre. Há de se
considerar que a proporção do esforço transmitido para a pelvis e a redução do
esforço na coluna depende sobremaneira da pressão exercida pelo cinto.
Considerando que o carteiro irá desenvolver a melhor forma de adaptação ao cinto e
que isto irá variar de carteiro paras carteiro, consideramos suficiente para indicar a
utilização deste dispositivo a evidência de que há de fato uma redução e de que a
pelvis é uma estrutura musulo-esquelética mais adapatada do que a região do dorso
para o suporte de carga.(Dupois)
Quanto às posições para o uso da alça, Page analiza os efeitos para uma carga de
35 lbs (16 kg), concluíndo pela posição paralela em detrimento da posição cruzada.
No entanto os dados do autor, se analizados para cargas em torno das 20 lbs
apontam para melhores resultados na posição cruzada.
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Tal dualidade de comportamentos dos esforços na coluna nos levou a optar por um
design que possibilite o uso cruzado ou paralelo. Ainda indicamos que frente a carga
média praticada pelos carteiros, que não desvia em muito dos 10 kg, indicamos o
uso cruzado como o mais adequado.
Para o caso específico dos carteiros, um estudo epdemiológico fica prejudicado pela
variabilidade de cargas e distância percorrida a que são submetidos, além da
precariedade dos dados disponíveis.
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Isto posto, vamos a partir dos limites encontrados na literatura realizar as nossas
próprias considerações e propor como referência uma curva a ser observada no
dimensionamento da bolsa e no estabelecimento do número de DAs.
Nós consideramos que o limite de 25 lbs (11,25 kg) é um referencial importante para
o estabelecimento da carga máxima, particularmente pelos resultados
epdemiológicos apontados por (....). Ainda, consideramos que o limite de peso deve
ser acompanhado de um indicador de percorrida. Associaremos a este limite máximo
de carga o percurso mínimo de 5 Km, que caracteriza os distritos de menor
percorrida e maior carga.
6.2.1. Histórico
Grupo II: Quatro protótipos derivados do modelo utilizado pelo Royal Mail,
caracterizado pelo formato alongado da bolsa, possibilitando o transporte da carga
mais próxima ao corpo. Explorou-se nestes protótipos dois formatos de divisórias
internas, transversal e longitudinal, constituindo-se dois sub grupos. Para cada sub
grupo foram construídos dois protótipos sendo um com o mesmo volume do modelo
base e outro com 80% do mesmo.
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Conceito A
Do ponto de vista operacional a bolsa está aprovada pelos carteiros o que confirma
os resultados dos testes com os modelos anteriores. Persiste porém o problema dos
sacos de DA, cuja solução já foi apontada anteriormente. Quanto aos aspectos
negativos do protótipo testado, iremos apresenta-los a seguir.
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No que pese tal crítica, são características positivas do modelo: o tipo de material
utilizado para o cinto/alça e para os componentes de fixação e engate, os quais nos
parecem adequados. O protótipo deve ser retornado à empresa juntamente com as
considerações anteriormente apresentadas a fim de possibilitar ao parceiro o
aprimoramento do seu modelo.
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Além destas, a bolsa incorpora alguns detalhes construtivos que são de fundamental
importância para a sua adequação à atividade dos carteiros, as quais trataremos na
sequência.
6.4.1. Alça
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6.4.2. Cinto
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6.4.3. Corpo
O corpo principal da bolsa é constituído por uma câmara principal retangular nas
dimensões 330 x 380 x 170 na qual estão solidários os seguintes complementos:
tampa, câmara secundário ou bolso operacional, bolso interno, bolsos externos,
porta canetas, acoplamento da alça e acoplamento do cinto. A figura 5 mostra tais
complementos e o corpo principal.
A figura 6 mostra uma vista em corte do corpo da bolsa. Da direita para a esquerda,
o primeiro plano mostra a almofada que se interpõe entre o compartimento de carga
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A figura 7 mostra uma vista lateral da bolsa sem a tampa e sem o bolso externo.
Destaca-se o posicionamento do velcro e do reforço estrutural que deve percorrer
todo o perímetro longitudinal da bolsa a fim de conferir maior rigidez.
9
Os bolsos internos podem Ter diferentes usos.
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A figura 9 mostra uma vista frontal em corte. Ela explora o bolso interno e o bolso
lateral com o fechamento constituído de aba e velcro.
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6.4.4. Anexo 1
Formulário de Avaliação
______________________________________________________________________
Cinto
Assinale ao lado o modelo de bolsa que você usou hoje. Bolsa Tradicional
Protótipo 1
Protótipo 2
Protótipo 3
Protótipo 4
Você considera o cinto um dispositivo adequado ao seu trabalho e acha que ele deve ser
incorporado às bolsas?
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Formato
Quais os aspectos positivos do novo formato?
Tamanho
Você considera esse tamanho adequado para o seu distrito?
Ele comporta o volume da carga máxima que você deverá carregar (11 Kg)?
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Divisões internas
Você considera adequado este formato para as divisões internas da bolsa?
Tampa
Você considera esse tipo de tampa melhor ou pior que o tradicional?
Bolsa Global
Qual é a tua opinião sobre este modelo?
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6.4.5. Anexo 2
Variável Considerações
Volume Não ficou bom quando pego os sacos de DA.
Transportou entre 7 a 8 kg.
Transportou entre 9 e 10 kg.
Bolso Interno Ficou raso.
Bolso Operacional Bom para carregar registrado.
Ótimo para Registrado.
Bolso Carteiro Não gostei da tampa do bolso externo
Carregou óculos e documentos. Mudar Tampa.
Porta canetas Ótimo
Ótimo para canetas.
Peso A bolsa é muito pesada.
É pesada.
Bolsa é pesada.
Alça Borracha é muito dura.
Cinto É quente na cintura.
Bolsa esquenta.
O engate fêmea deve ficar mais próximo da bolsa.
Impermeabilização É boa na chuva.
Nota 10
Estrutura A bolsa ficou mole e desajeitada
Geral Tem que melhorar muito em relação à atual.
Nota global 3
Nota operacional 10
No jeito de trabalhar nota 10.
No jeito que foi feita nota 7.
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7. Bibliografia
Andrade, R.S., & Clausing D., Strategic Integration of Products, Technologies and
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Haines, W.C., When speed is of the essence, Food Engineering, pag. 47 e 48, may,
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Pugh, S., Engineering Design: Teaching Ten Years On, in Creating Innovative
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Pugh, S., Concept Selection: A Method That Works , in Creating Innovative Product
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Tachizawa, T.; & Scaico, O.; Organização Flexível, Editora Atlas, São Paulo, 1997.
22. Toledo J.C.; Gestão da Mudança da Qualidade de Produto, Gestas &
Produção, 1994.
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