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Universidade do Estado de Minas Gerais

Design de Produto – 3° Período – Manhã

TRABALHO II

Design e Ergonomia – Fundamentos

Alunos: Alice Melgaço de Carvalho,


Luma de Oliveira Lara,
Rosana Aparecida Machado Souto Chagas
Samira Freire Bessa da Costa

2022
A partir da análise conjunta dos textos compartilhados, todos artigos acerca da
aplicação de conhecimentos ergonômicos em específicos contextos, é notável como
nos cinco estudos é discutida tanto a expressão da usabilidade e da confiabilidade em
diferentes produtos, isso ainda de acordo com as padronizações da NBR ISO 9241-11,
como também a ocorrência de falhas que dificultam o manuseio e uso dos produtos
pelos usuários. Assim, para tais discussões, se destaca a aplicação de ferramentas
investigativas como a de análise por meio das métricas de usabilidade propostas por
Jordan (1998), que são: eficácia, extensão na qual uma tarefa é alcançada; eficiência,
quantidade de esforço requerido para atingir uma meta; e satisfação, nível de conforto
e aceitação do usuário quando este utiliza um produto, e que, por sua vez, evidenciam
as possíveis inconveniências consequentes de um mal desenvolvimento de projeto.
Em contrapartida, vale ressaltar que, ainda assim, os estudos possuem certas
divergências, afinal, como sugerem os próprios títulos, cada estudo é embasado em um
específico tipo de produto, desde eletrodomésticos e utensílios domésticos até
assentos, e, portanto, são feitas observações ergonômicas sobre diferentes
características, sejam elas apenas tamanhos ou então completas metodologias de
design. Além disso, também é notável como cada um dos artigos apresenta
procedimentos e métodos de análise variados um do outro, o que afeta na forma como
foram observados cada produto, bem como a maneira com a qual são catalogados os
resultados e conclusões finais. A análise da garrafa térmica, por exemplo, baseia sua
pesquisa em principalmente testes que, por sua vez, têm seus dados registrados em
tabelas e gráficos variados, a partir de critérios pré-definidos; enquanto o documento
que trabalha a longarina apresenta uma discussão mais detalhada com diagramas que
analisam o corpo do usuário, medidas das partes do assento e outros itens.
É interessante observar, ainda sobre essa questão, justamente onde os textos se
complementam, pois enquanto alguns dos artigos demonstram um uso mais intensivo
de testes e práticas, outros aplicam melhor as teorias e uso das normas vigentes de
ergonomia. Não somente isso, como também vale ressaltar o artigo da Ergodesign &
HCI que ao invés de apresentar um estudo de caso, traz uma explicação mais detalhada
em relação ao termo usabilidade, critérios em que o projetista (seja ele designer,
engenheiro ou outro) deve-se ater para a criação de um novo produto ou para inovações
em um já existente, o que pode ir desde a simples satisfação do usuário com as funções
básicas até a questão do conforto à longo prazo e entendimento de uso.
Dessa maneira, é possível dizer que ao mesmo tempo em que, na seleção de
artigos, há a descrição de questões técnicas, mas importantes para o entendimento
teórico da disciplina de design de produto, e que poderiam ser aplicadas ou melhor
desenvolvidas nas análises anteriores, há ainda um equilíbrio e ambos se
complementam, uma vez que as análises trazem exemplos de casos reais, abordando
a técnica na prática. Portanto, através do entendimento da metodologia dos artigos em
estudo, obtém-se uma melhor compreensão da ergonomia em si – como disciplina e
ciência – e, consequentemente, uma mais fácil complementação das explicações dadas
em sala de aula que, por sua vez, servem como base para a apresentação do
conhecimento da ergonomia ao aluno, que antes poderia ao menos conhecer o termo
antes.

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