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Textos Cientí cos

Conteudista: Prof. Ms. Denis Barreto da Silva


Revisão Textual: Prof.ª M.ª Fátima Furlan
Revisão Técnica: Prof.ª M.ª Luciana Nogueira

Objetivos da Unidade:

Apresentar as principais características e especi cidades das diferentes modalidades de trabalhos cientí cos.

Conhecer as principais diretrizes metodológicas para a estruturação do trabalho acadêmico;

Conhecer em linhas gerais as principais normas estabelecidas pela ABNT relativas aos aspectos técnicos e de formatação
grá ca para trabalhos cientí cos.

ʪ Contextualização

ʪ Material Teórico

ʪ Material Complementar

ʪ Referências
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ʪ Contextualização

As normas técnicas exigidas pelas universidades para realização de trabalhos acadêmicos, costuma ser motivo de preocupação para muitos
estudantes. Principalmente quando chega a fase de elaboração do tão “temido” Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

As normas assumem o papel de padronizar a apresentação dos trabalhos acadêmicos, criando assim um modelo uniformizado que permite a
compreensão e identi cação por outros pesquisadores. No Brasil, a principal entidade no campo da regulamentação é a Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT).

Lembramos ainda que a partir da aplicação de terminadas normas é possível realizar comparações em relação ao nível e qualidade dos estudos
e pesquisas, além de propiciar o transito de informações e a comunicação cienti ca.

Porém, ajustar um trabalho às normas estabelecida pela ABNT, não é uma das tarefas mais fáceis, pois o entendimento das normas em seu
conjunto é algo difícil para os estudantes que iniciam a realização de trabalhos acadêmicos.

Pensando nisso, foi organizado essa unidade contendo informações necessárias para elaboração de trabalhos acadêmicos, servindo como
uma espécie de guia prático para aqueles que iniciam a desa adora empreitada no campo da pesquisa.
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ʪ Material Teórico

Trabalho Cientí cos


São identi cados como trabalhos cientí cos, as produções, observações ou descrições de fenômenos naturais, assim como trabalhos
experimentais ou de caráter teórico.

De acordo com Marconi e Lakatos (2002), os trabalhos cientí cos devem apresentar as seguintes características:

Permitir a reprodução da experiência e obter os mesmos resultados;

Reportar as observações e julgar as conclusões do autor;

Ser passível de veri car a precisão das apreciações e deduções que permitiram ao autor chegar as conclusões que se
propõem.

Já nos trabalhos de natureza cientí ca que incluem a realização de uma pesquisa é necessário elaborar um relatório que informe os resultados
obtidos. Vale lembrar que que esse relatório deve apresentar mais do que a simples descrição ou apresentação dos dados coletados, pois a sua
principal nalidade é compartilhar o produto da pesquisa em toda sua extensão.

Além dos resultados o relatório deve apresentar de forma sucinta: os procedimentos utilizados, o percurso metodológico, a análise e apontar
ao termino para algumas considerações nais e/ou recomendações.

Em relação a escrita e o estilo utilizado na redação Marconi e Lakatos (2002), nos chama atenção para a necessidade de expor os resultados
de forma clara, precisa e ao mesmo tempo com objetividade, evitando a utilização de termos populares e também “espetaculoso” demais.

Outro fator que deve ser observado é o caráter impessoal, ou seja, a não utilização de termos pessoais, deste modo não devem ser empregados
em hipótese nenhuma, pronomes pessoais, como: eu, nós, vocês, entre outros ao redigir um relatório referente a uma pesquisa cienti ca.

Em relação aos elementos técnicos as produções que se encontram no rol daquilo que podemos considerar como trabalhos cientí cos, por
um lado apresentam alguns aspectos genéricos, sobretudo no que diz respeitos as suas estruturas lógicas e organização metodológica. Em
contrapartida, tendo em vista as exigências, objetivos e a própria natureza de cada tipo de trabalho eles devem ser construídos em
conformidade com as normas pré-estabelecidas para cada modalidade.

Assim, considerando a importância de se distinguir os diversos tipos de trabalhos acadêmicos, em seguida discorreremos sobre suas
principais modalidades e características fundamentais.

Monogra a
De acordo com Severino (2003), o termo monogra a indica um tipo especi co de trabalho cienti co, e sua utilização indiscriminada revela
uma forma incorreta de generalização do conceito.
Importante!
De acordo com alguns autores as teses, dissertações, entre outros trabalhos que resultam de uma rigorosa
pesquisa, são também considerados monogra as, contudo, tendo em vista as suas especi cidades, iremos
trata-los aqui de maneira individual.

Ainda segundo o mesmo autor o trabalho se caracteriza como monográ co a partir do momento que apresenta as seguintes características:

Reduz a abordagem a um único assunto e/ou problema;

Possui um tratamento especi cado;

Apresenta unicidade e delimitação.

Deste modo, podemos observar que o trabalho cienti co na modalidade monográ ca não se destaca pela sua extensão ou pela característica
universal, ao contrário são frutos de uma investigação aprofundada e rigorosamente de nida.

A monogra a deve ser original, mas em certa medida, pois se considerarmos o fato de que a ciência é cumulativa é impossível que um
trabalho tenha total pioneirismo, não tendo sido tratado em nenhum aspecto anteriormente.

Ao referir-se a escolha do assunto a ser tratado na monogra a Marconi eLakatos (2002) informam que devem ser considerados na referida
escolha: a proporcionalidade, o valor cienti co, não podendo ser extenso demais e nem tão pouco, muito restrito. Por m, deve apresentar
clareza e ser bem delimitado.

Tese
A tese que segundo Marconi e Lakatos (2002, p. 240) “signi ca proposição sobre determinado aspecto de qualquer ciência”, deve ser exposta
e defendida publicamente.

Essa modalidade de trabalho cienti co propõem solucionar um determinado problema, através da argumentação que deve ter por base a
evidência de fatos, e apresenta como objetivo principal colocar a prova as hipóteses preliminarmente apontadas.

Trata-se do mais alto nível de pesquisa, exigindo do pesquisador não apenas a exposição do material que por ele foi coletado, mas
principalmente a sua análise e interpretação, proporcionando dessa forma soluções para um determinado problema.

Independente da técnica de pesquisa aplicada nessa modalidade, sua intenção é demonstrar argumentos e trazer uma contribuição nova e
signi cativa ao tema abordado.

Dissertação
A dissertação é um estudo teórico que aborda um tema único e delimitado, sendo ela uma exigência para obtenção do título de mestre. Trata-
se de um estudo aprofundado, observando as mesmas diretrizes metodológicas, técnicas e lógicas da tese (SEVERINO, 2003).

A principal diferença em relação a tese de doutorado está relacionada em termos de originalidade e contribuição para resolução de problemas,
sendo que a tese se expressa de forma mais signi cativa sobre esses aspectos.

Possui ainda um caráter didático pois não deixa de ser uma espécie de treinamento ou iniciação para o investigador/pesquisador. Além dos
aspectos relativos a qualidade, existe o recorte temporal que restringe quantitativamente o estudo (o tempo estimado para a realização de uma
dissertação de mestrado é de 2 anos sendo que a tese é 4 anos), fato esse que deve ser considerado.

Trabalho de Conclusão de Curso - TCC


O trabalho de conclusão de curso, é parte integrante da grade curricular de uma ampla parte dos cursos de graduação. Deve ser articulado com
o conteúdo ministrado no decorrer de todo o curso, com as disciplinas e com as vivências no campo de estágio.

Através do acompanhamento de um orientador o aluno terá a possibilidade de construir um projeto de pesquisa, que poderá ser proposto com
ênfase em uma investigação teórica, documental ou de campo, ou ainda articulando essas três perspectivas. Apresenta como objetivo
principal a consolidação do processo de formação articulando o conhecimento cientí co em sua respectiva área.

A depender de cada instituição de ensino é previsto a defesa pública do trabalho, nesse caso o aluno será arguido por uma banca examinadora
que irá realizar a avaliação nal do trabalho.

Considerando que para muitos estudantes trata-se da primeira experiência em pesquisa dessa natureza, constitui-se em um processo de
aprendizagem de extrema importância, devendo ser exercitado e percebido como um trabalho de cunho cienti co, seguindo as diretrizes
metodológicas adequadas ao seu propósito.

Relatório da Pesquisa de Iniciação Cienti ca


As atividades realizadas em Programas de Iniciação Cienti ca, são aquelas que o graduando desenvolve uma pesquisa por intermédio de um
projeto individual ou participando do projeto desenvolvido pelo seu orientador. Tais projetos podem contar com bolsas ou subsídios
nanceiros, promovidos pelas agências de fomento à pesquisa, tais como: Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientí co e Tecnológico
(CNPq), Fundações de Apoio à Pesquisa (FAPs), entre outras.

Site
Ministério da Economia
Segundo o decreto de programação orçamentária e nanceira para 2016, divulgado pelo governo federal, o
maior setor atingido é a educação, que perderá mais de 4 bilhões, uma redução equivalente a 12%, será
que os programas de iniciação cienti ca podem ser atingidos por isso?

Clique no botão para conferir o conteúdo.

ACESSE
A investigação empreendida deve resultar na elaboração de um trabalho que observe as normas e diretrizes metodológicas para esse m.

Artigos Cientí cos


Os artigos cientí cos como o próprio nome sugeri são destinados especi camente para publicações em revistas e periódicos de caráter
cienti co, tem por objetivo o registro e a divulgação de resultados relativos a estudos e pesquisa direcionadas a um público especializado em
um determinado assunto. São estudos de pequeno porte, que apesar de tratarem de temas relativos a ciência, não possuem a extensão de um
livro.

Se diferenciam das monogra as, dissertações e teses igualmente pela sua reduzida extensão e ao mesmo tempo pelo conteúdo abordado.

Em termos de estrutura se assemelham aos demais trabalhos cientí cos, ou seja, são constituídos por: introdução, desenvolvimento e
conclusão (SEVERINO, 2003).

Ao redigir um artigo o autor deve ter domínio sobre as características e natureza da revista onde propõem-se a produção, levando em
consideração igualmente o público o qual será destinado.

Como nos demais trabalhos acadêmicos o estilo de escrita deve apresentar-se de modo conciso e claro, evitando termos supér uos e vans
explicações, em compensação não pode ser restrito em excesso, pois dessa maneira poderia di cultar o seu entendimento (MARCONI;
LAKATOS, 2002).

Resumos e Resenhas
O resumo de um texto como nos informa Severino (2003), trata-se de uma síntese sobre um documento, seja na extensão de um livro ou de
um capitulo apenas.

O objetivo é sintetizar as principais ideias abordadas pelo autor, e não os recortes de trechos do texto, dito de outra forma: deve se realizar um
resumo das “ideias e não das palavras” do documento em questão.

Assim, não tem como proposito efetuar uma produção própria, mas extrair por meio da leitura e compreensão os principais conceitos
discutidos, para posteriormente elaborar uma descrição que permaneça el aquilo que foi tratado pelo autor.

No que se refere a resenha, para além da síntese é necessário fazer comentários, sobre a obra que se pretende resenhar. Severino (2002) nos
lembra da importância da resenha, pois ela permite tomar conhecimento prévio do conteúdo e valor daquilo que está sendo publicado, seja
um livro, um periódico, uma revista, etc.

Isso ajuda o pesquisador no momento de realizar uma triagem sobre quais materiais devem ser pesquisados ou não na elaboração de um
trabalho cienti co, ou no caso de um leitor motivado por um empenho particular, permite o conhecimento prévio sobre uma obra, de modo
que possa con rmar o interesse ou não em efetuar a leitura.

Ainda de acordo com o mesmo autor as resenhas podem assumir um caráter informativo, quando unicamente expõem o conteúdo, crítica
quando se pronuncia sobre o valor do escrito analisado, ou critico-informativa, quando além de exibir o conteúdo realiza comentários a seu
respeito.
A resenha crítica, consiste em uma espécie de síntese que formula um conceito valorativo. Pode ser realizado por cientistas que tem domínio
sobre o assunto em questão ou por estudantes, como uma maneira de exercitar a compreensão e a criticidade, sobre um determinado
assunto. Contudo, não se deve desvirtuar e tão pouco depreciar o pensamento do autor, observando assim uma postura ética.

Quando se tratar de uma resenha critica realizadas por estudantes e sob orientação de um professor, tendo em vista seu caráter pedagógico,
recomenda-se que seja avaliado para além dos aspectos habituais, o sistema utilizado na sua produção e a aquisição e/ou reforço do
conhecimento alcançado através da atividade.

Ensaio Teórico
Conforme Severino (2002) o ensaio teórico consiste em um estudo com uma exposição lógica e rigorosa, é igualmente caracterizado pelo alto
nível de interpretação e julgamento de ordem individual.

Esse tipo de trabalho cienti co apresenta maior exibilidade no que se refere ao aparato documental e bibliográ co em relação aos demais
documentos anteriormente citados, oferecendo dessa forma uma maior liberdade ao autor para expor e argumentar as ideias por ele
defendida. No entanto, isso não signi ca que o ensaio dispensa o rigor referente a estruturação lógica e coerente da argumentação
(SEVEINO,2002).

Para elaboração de um ensaio teórico é necessária uma grande maturidade intelectual, por vezes essa modalidade é encontrada em teses,
principalmente de livre docência ou em doutorado.

Associação Brasileira de Normas Técnicas


Fundada em 28 de setembro de 1940, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), é uma entidade privada sem ns lucrativos que
desde a década de 1950, opera na avaliação e disponibilização de programas para certi cação de produtos, sistemas e rotulação ambiental,
buscando a promoção de um conhecimento sistematizado a sociedade brasileira por intermédio de documentos normativos (ABNT, 2014).

A ABNT é a principal entidade responsável pela normalização de diferentes áreas no Brasil, representando nosso país nos foros sub-
regionais, regionais e internacionais de normatização, sendo signatária do Código de Boas Práticas de Normatização da Organização Mundial
do Comércio (OMC). A partir da participação nas referidas convenções e foros, pretende promover a integração e inserção do Brasil no
cenário internacional nas suas áreas de atuação (ABNT, 2014).

A normatização incide na elaboração, difusão e implementação de normas e tem como nalidade o estabelecimento de um consenso entre
partes interessadas em um determinado assunto ou tema que possuem um caráter repetitivo, se tornando dessa maneira uma importante
ferramenta para soluções simpli cadoras e autodisciplinadas (ABNT, 2014).

Segundo defende a Associação Brasileira de Normas Técnicas através da normatização pode-se assegurar que as características de produtos e
serviços tenham um padrão de qualidade e segurança con áveis, além de possibilitar a intercâmbialidade entre eles. Essas argumentações
dizem respeito também a importância das normas relativas a documentação, incluindo a normatização de trabalhos acadêmicos.

No entanto, tendo em vista que o acesso às normas é muitas vezes limitado e o entendimento em seu conjunto pode ser difícil para aqueles
que se iniciam na dura tarefa de elaborar seu trabalho cienti co, podemos nos indagar se seguir um determinado padrão normativo é de fato
importante e viável.

Para responder esse questionamento sugere-se que imaginemos se obras como: livros, documentos o ciais, manuais, entre outros materiais
não seguissem um padrão mínimo para suas publicações, como seria? Nesse sentido poderíamos conceber a di culdade para encontrar uma
determinada referência se não houver um sumário em um documento com mais de duzentas páginas por exemplo, ou como seria se não
houvesse a padronização dos tamanhos de papel? Ao imaginar tais situações não se pode negar que as normas trazem signi cativos
benefícios para diversos aspectos de nossas vidas, inclusive se tratando do meio acadêmico.
Você Sabia?
Seguem alguns exemplos dos benefícios trazidos pela normatização:

A padronização das roscas de parafusos ajuda a xar cadeiras, bicicletas para crianças e aeronaves, bem como resolve os
problemas de reparo e manutenção causados pela falta de padronização, que antes eram um grande problema para os
fabricantes e usuários de produtos.

Sem as dimensões padronizadas de contêineres de carga, o comércio internacional seria mais lento e mais caro.

Sem a normalização de telefones e de cartões bancários, a vida seria mais complicada.

A falta de normalização pode até afetar a própria qualidade de vida de pessoas com de ciência, por exemplo, quando são
barradas no acesso a produtos de consumo, transportes e edifícios públicos, se as dimensões das cadeiras de rodas e as
entradas não forem padronizadas.

Símbolos normalizados fornecem avisos de perigo e informações através das fronteiras


linguísticas.

Um acordo sobre um número su ciente de variações de um produto para atender às aplicações mais atuais permite
economias de escala com benefícios no custo para produtores e consumidores. Um exemplo é a padronização dos
tamanhos de papel.

Documentos normalizados aceleram o trânsito de mercadorias ou identi cam as cargas sensíveis ou perigosas que podem
ser manuseadas por pessoas que falam línguas diferentes.

As normas de segurança para máquinas protegem as pessoas no trabalho, no lazer, no mar - e até mesmo no dentista.

Sem o acordo internacional contido nas normas técnicas sobre grandezas e unidades métricas, as compras e o comércio
seriam puro acaso, a ciência não seria cientí ca e o desenvolvimento tecnológico seria de ciente (Fonte: ABNT, 2014).

Assim, considerando a necessidade de padronização no campo documental, foi organizado sob o encargo da ABNT o Comitê Brasileiro de
Documentação e Informação (ABNT/CB), responsável pela normalização documental no território brasileiro.

Tendo em vista esses apontamentos, iremos a seguir trazer informações necessárias para a elaboração de trabalhos acadêmicos,
principalmente trabalhos de conclusão de curso, dissertações e teses, utilizando como referências principais algumas normas publicadas pela
Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Saiba Mais
As diretrizes metodológicas aqui apresentadas têm um caráter universal e prático, contudo, para
informações mais detalhadas sugerimos a leitura das normas: NBR 14724; NBR 6023; NBR 6028; NBR
6027; NBR 10520, entre outras.

Estrutura do Trabalho Acadêmico


De acordo com NBR 14724 (2011) a estrutura de um trabalho acadêmico é composta por uma parte interna e outra externa. Ambas as partes
são formadas por diversos elementos, sendo que alguns são de caráter obrigatórios e outros opcionais. Observemos o esquema abaixo que
ilustra bem a formatação dessa estrutura:
Figura 1 – Estrutura do Trabalho Acadêmico
Fonte: Adaptada de EDUFAL, 2012

Aspectos Técnicos do Trabalho


Considerando a estrutura básica de um trabalho acadêmico, iremos agora discorrer sobre as de nições e características dos principais
elementos acima mencionados, expondo exemplos e ilustrações dos seguintes itens:

1 Capa;

2 Folha de rosto;

3 Folha de aprovação;

4 Resumo (língua vernácula e estrangeira);

5 Sumários;

6 Elementos Textuais;

7 Referência;

8 Apêndice e Anexos.

Capa
A capa componente obrigatório, deve conter os seguintes elementos: no alto da página o nome da instituição (opcional), em seguida o (s)
nome (s) do autor (es), em ordem alfabética e com letras maiúsculas, no centro da página o título que por sua vez deve ser claro e conciso de
forma que possibilite a identi cação do conteúdo. Caso houver um subtítulo esse deve ser precedido de dois pontos, indicando assim sua
subordinação ao título principal.
Figura 2 – Modelo de Capa
Fonte: Adaptada de EDUFAL, 2012

Folha de Rosto
A folha de rosto, elemento obrigatório deve ser apresentado no anverso alto da página com nome(s) completo(s) do(s) autor(es), em ordem
alfabética, no centro o título e subtítulo se houver, mais abaixo ao lado direito, se fará referência a natureza do trabalho (tese, dissertação,
trabalho de conclusão de curso), seu objetivo acadêmico (aprovação em disciplina, grau pretendido, entre outros), à instituição a qual é
submetido, área de concentração, nome do orientador e caso houver co-orientador; abaixo local (cidade) da instituição a que se destina, ano
da entrega. No verso da folha de rosto deve ser apresentado a catalogação da publicação.
Figura 3 – Modelo de Folha de Rosto
Fonte: Adaptada de EDUFAL, 2012

Folha de Aprovação
A folha de aprovação elemento de caráter obrigatório, deve ser colocado após a folha de rosto. A apresentação dos elementos segue a seguinte
ordem: acima o nome(s) do(s) autor(es) do trabalho, em seguida o título e subtítulo (se houver), natureza (tese, dissertação, TCC, entre
outros), objetivo, nome da instituição a qual é destinada, nome, titulação dos componentes da banca, assim como a instituição a qual eles
representam, data de aprovação e assinatura dos componentes da banca.

Resumo
O resumo tanto em língua vernácula como em língua estrangeira são elementos obrigatórios, devem ser redigidos conforme a NBR 6028
(2003) que estabelece os requisitos para sua redação. De acordo com essa norma o resumo deve apresentar de forma sucinta os principais
pontos, ressaltando os elementos de maior interesse e importância. Em linhas gerais deve descrever os objetivos, método, resultados e as
conclusões do estudo, não devendo ser apresentado em tópicos, orienta-se que seja escrito em parágrafo único utilizando a voz ativa e na
terceira pessoa do singular, em trabalhos acadêmicos deve conter entre 150- 500 palavras. De modo geral é redigido na etapa nal do
trabalho. A abaixo do resumo devem ser apresentadas as palavras chaves.

Glossário
Palavras Chaves: Palavra representativa do conteúdo do documento, escolhida, preferentemente, em
vocabulário controlado.

Sumário
O sumário segue a especi cação da NBR 6027 (2003), devendo esquematizar as principais divisões do trabalho, oferecendo ao leitor uma visão
global do estudo realizado. Inclui todos os principais títulos e subtítulos, exatamente na mesma ordem e gra a que aparece no corpo do
trabalho, indicando a página em que cada divisão inicia. A palavra sumário deve ser centralizada e os elementos pré-textuais não devem
constar em seu conteúdo.

Elementos Textuais
Os elementos textuais são compostos por uma primeira parte introdutória, seguida do desenvolvimento e por último a seção conclusiva. A
introdução cabe a apresentação do trabalho, incluindo os motivos da sua realização, sua relevância, seu caráter, sua delimitação e objetivos. O
desenvolvimento por sua vez detalha a pesquisa ou estudo realizado, geralmente sendo dividido por capítulos. Por m, a parte conclusiva deve
demonstrar de forma sumária os principais achados e resultados do estudo, refutando ou con rmando (totalmente ou parcialmente) às
hipóteses ou pressupostos apontados inicialmente, podendo ainda indicar sugestões para futuros estudos no mesmo campo.

Referências
As referências de acordo com a NBR 6023 (2002), são constituídas por elementos essenciais (obrigatórios), e complementares (a depender da
necessidade). Tais elementos são retirados do próprio documento, no entanto, pode ser que não seja possível ter acesso as informações
necessárias a composição dos elementos essenciais e complementares, nesse caso é possível a utilização de outras fontes de informação,
indicando os dados que foram obtidos, quando isso acontece os elementos devem situar-se entre colchetes.

Entende-se como elementos essenciais as informações indispensáveis à identi cação do documento. Esses elementos variam em
conformidade com seu suporte documental.

Em relação aos elementos complementares, trata-se de informações que ao serem adicionadas aos chamados elementos essenciais,
possibilitam uma melhor caracterização dos documentos.

No caso das monogra as como um todo, os elementos essenciais são: autor(es), título, edição, local, editora e data de publicação.
Glossário
Monogra a: Nesse tópico a monogra a segue a de nição da ABNT, ou seja: item não seriado, isto é, item
completo, constituído de uma só parte, ou que se pretende completar em um número preestabelecido de
partes separadas. Podemos apresentar como exemplos os seguintes materiais: livro e/ou folheto (manual,
guia, catálogo, enciclopédia, dicionário etc.) e trabalhos acadêmicos como teses, dissertações, trabalho de
conclusão de curso, entre outros.

No que se refere a localização as referências aparecem principalmente em notas de rodapé e/ou na bibliogra a nal.

As notas de rodapé, devem ser alinhadas, a partir da segunda linha da mesma referência, abaixo da primeira letra da primeira palavra, de
forma a destacar o expoente e sem espaço entre elas. São separadas do texto por um traço, cando a mesma margem à esquerda e à direita
do texto, apenas o número da chamada adentra-se 1cm, digitadas com espaçamento simples.

A bibliogra a nal é apresenta de acordo com a ordem alfabética dos autores. Quando forem referenciadas várias obras de um mesmo autor,
elas podem ser apresentadas seguindo a ordem alfabética ou cronológica, substituindo-se o nome do autor por um traço.

Apêndices e Anexos
Os apêndices e anexos são elementos opcionais sendo acrescentados apenas quando a natureza do trabalho assim exigir. Os apêndices
normalmente são elaborações do próprio autor, por sua vez o anexo refere-se à elaboração de terceiros. Os apêndices e anexos devem ser
precedidos pela palavra APÊNCICE e ANEXOS, respectivamente, ambos devem ser identi cados por uma letra maiúscula(seguindo ordem
alfabética), em seguida são apresentados um traço e os títulos. Seguem os exemplos:

APÊNDICE A – Comparação de frequência dos Alunos do 1º e 2º semestre.

ANEXO A – Representação grá ca da frequência de alunos nas IES da região metropolitana de São Paulo.

Formatação Grá ca do Texto


Os trabalhos são digitados em folha no formato A4 (21 cm x 29,7 cm), em cor preta, utilizando papel de cor branca ou reciclado, respeitando
as seguintes margens:
Anverso
Esquerda e superior 3 cm;

Direita e inferior 2 cm.

Figura 4 – Margens Anverso


Fonte: Adaptada de EDUFAL, 2012

Verso
Direita e superior 3 cm;
Esquerda e inferior 2 cm.

Figura 5 – Margens Verso


Fonte: Adaptada de EDUFAL, 2012

Os espaçamentos no texto são digitados com o espaço de 1,5 entre as linhas, no entanto, as citações de mais de três linhas, as notas de
rodapé, as referências, legendas das ilustrações e das tabelas, assim como a natureza (na folha de rosto), são digitados em espaços simples
(ABNT, 2011).

Citações
De acordo com a NBR 10520 (2002), as citações fazem menção de uma informação que foi extraída de uma outra fonte, as citações podem ser
diretas (transcrição na forma textual de parte da obra de um autor que se faz referência), indireta (quando se formula um texto baseado na
obra do autor consultado).

Em relação a localização as citações podem se situar tanto no corpo do texto como em notas de rodapé.

Se tratando das regras gerais, as citações chamadas pelo sobrenome do autor, pela instituição ou título incluso na sentença, devem ser
transcritas em letras maiúsculas e minúsculas, todavia, quando estiverem entre parênteses, deveram ser escritas em letras maiúsculas. No
caso das citações diretas, além da data devem ser especi cados de acordo com o tipo de documentos os seguintes elementos: página(s),
volume(s), tomo(s) ou seção(ões) das fontes consultadas, precedido da abreviação do termo que o caracteriza (ex. página, p.).

Vejamos alguns exemplos:

Citação direta (menos que três linhas):

“A fase de redação consiste na expressão literária do raciocínio desenvolvido no trabalho”


(SEVERINO, 2007, p. 150);

Segundo Nogueira (1977, p. 73) “As questões tomadas como ponto de partida para uma
pesquisa cientí ca devem ser claras e precisas [...]”.

Citação indireta:

Para Marconi e Lakatos (2007) o tema de um trabalho refere-se ao assunto que se


pretende estudar ou pesquisar.

Já as citações diretas com mais de três linhas, são apresentadas com o recuo de 4 cm da margem esquerda, com fonte menor em relação ao
texto (exemplo fonte 10 se o texto for transcrito em fonte tamanho 12), nesse caso sem aspas. Exemplo:

[...] a soma dos melhores saberes especialistas em suas especialidades não consegue gerar senão uma incompetência
generalizada, pois a soma das competências não é a competência: no plano técnico, a interseção entre os diferentes
campos do saber é um conjunto vazio. (BASARAB, 2000, p. 14)

Nas citações devem ser indicados as supressões (parte de uma frase que não será utilizada), interpolações (comentários ou acréscimos) e
ênfase ou destaque, da seguinte maneira:

Supressões: [...];

Interpolações: [ ];

Ênfase ou Destaque: negrito, itálico ou grifo.


As notas de rodapé, devem ser destacar o expoente numérico e serem apresentadas sem espaço entre elas e com fonte menor em relação ao
texto. Podem ser caracterizadas por notas de referência que remetem a obras ou outras partes do documento onde o assunto foi abordado, ou

notas explicativas que por sua vez, são comentários, explicações ou explanações que não devem aparecer no corpo do texto. Exemplo:

30 Sobre esse assunto consultar a obra de Boaventura de Souza Santo: “Um discurso sobreas ciências”.

17 Lembramos que não foram todos os usuários acolhidos no período de desenvolvimento do projeto Recomeçar atendidos
pelo serviço social, conforme previsto no projeto seriam atendidos apenas aqueles que estavam no mínimo quatro meses
acolhidos.
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ʪ Material Complementar

Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Livros

Técnicas de Pesquisa
MARCONI, M. A. Técnicas de Pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas. 5.
ed. São Paulo: Atlas, 2002.

Leitura

NBR 6023
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documentação – Referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

NBR 10520
____________. NBR 10520: informação e documentação – citações em documentos: apresentação. Rio de Janeiro, 2002.

NBR 6027
____________. NBR 6027: informação e documentação – sumário – apresentação. Rio de Janeiro, 2003.

NBR 6028
____________. NBR 6028: informação e documentação – resumo – apresentação. Rio de Janeiro, 2003.

NBR 14724
____________. NBR 14724: informação e documentação – trabalhos acadêmicos – apresentação. Rio de Janeiro, 2011.
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ʪ Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documentação – Referências –


Elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

____________. NBR 10520: informação e documentação – citações em documentos: apresentação.


Rio de Janeiro, 2002.

____________. NBR 6027: informação e documentação – sumário – apresentação. Rio de Janeiro,


2003.

____________. NBR 6028: informação e documentação – resumo – apresentação. Rio de Janeiro,


2003.

____________. NBR 14724: informação e documentação – trabalhos acadêmicos – apresentação. Rio


de Janeiro, 2011

____________. Institucional: Conheça a ABNT. [S. l.], 2003. Disponível em:


<http://www.abnt.org.br/abnt/conheca-a-abnt> Acesso em: 14 jun. 2016.

MARCONI, M. A. Técnicas de Pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas. 5.


ed. São Paulo: Atlas, 2002.

SEVERINO, A. J. Metodologia do Trabalho Cienti co. 22. ed. São Paulo: Cortez, 2003.

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