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ANTE-PROJECTO DE TESE DE LICENCIATURA
1. TEMA
É o título do assunto que se deseja desenvolver.
É formulado com palavras que resumem e fixam o conteúdo da investigação. Pode ser
expresso com um título ou com um título e mais um subtítulo.
2. MOTIVAÇÃO
Exprime as razões da escolha do tema. Apresenta a justificação da escolha do tema ou, em geral,
do assunto que se deseja investigar.
3. OBJECTIVOS
3.1. OBJECTIVO GERAL
É o que se pretende, de modo geral, investigar.
É formulado com uma frase que fixa a extensão da investigação.
4. METODOLOGIA
4.1. PROBLEMÁTICA
Exprime de modo hipotético ou inquisitivo o que, em concreto, se vai investigar.
No primeiro caso a investigação confirmará ou não a hipótese; no segundo caso, responderá ao
quesito.
4.3. MÉTODOS
É a explicação resumida dos métodos de investigação.
5. ESQUEMA PROVISÓRIO
6. BIBLIOGRAFIA
É o conjunto de fontes de investigação preliminar.
Podem ser: livros, artigos, revistas, jornais, inquéritos, etc.
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2.O Estudante elabora sozinho o Ante-Projecto?
R: Inicialmente, sim. Mas, depois de o elaborar deverá apresentá-lo a um Tutor, o orientador da tese
de licenciatura.
8. Para que?
R: Para homologação do tema. Mas, antes, o Departamento faz um pequeno controlo de qualidade na
sequência do qual homologa o tema e regista o Ante-Projecto. Do resultado do controlo dar-se-á
conhecimento ao estudante no prazo de…
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1. ASPECTOS GERAIS
1.1. Introdução
As presentes directrizes visam garantir uma certa uniformidade da qualidade na redacção da
tese de licenciatura.
As directrizes foram feitas dentro de um contexto tão amplo quanto possível que permita a sua
utilização pelos estudantes das diversas licenciaturas.
1.2. Definição
A tese de licenciatura ou Monografia1é a expressão escrita e metódica do resultado da
investigação de um assunto abordado durante o ciclo da licenciatura.
1.4. Estilo
Embora o estilo individual seja sempre respeitável, devem observar-se os seguintes aspectos:
Clareza;
Linguagem directa, precisa e aceitável;
Frases curtas e concisas;
Simplicidade, evitando-se o estilo prolixo, retórico ou confuso;
Vocabulário adequado;
Objectividade
1
Monografia significa “monos” (único) e “gráphein” (escrever). Monografia, portanto, é a descrição, tratado ou
um estudo particularizado, isto é, versado sobre um único argumento. Devendo mostrar maturidade científica,
análise técnica e capacidade de utilização das fontes.
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2. ESTRUTURA GERAL
2.1. Introdução
A tese de Licenciatura é constituída por partes obrigatórias, aspectos formais e partes
opcionais.
São obrigatórias as partes constantes da tese. São formais os aspectos relacionados com a
modalidade de apresentação dos conteúdos da tese. E são opcionais os elementos acessórios.
As partes obrigatórias e os aspectos formais devem ser feitos segundo as presentes normas.
ALGUMAS OBSERVAÇÕES
1. A estrutura descrita acima é geral. Sendo tal, ajusta-se aos vários cursos do ISPOCAB.
3. Para que tal capítulo tenha mínima justificação deverá, pelo menos, discutir as vantagens e
as desvantagens da escolha dos métodos, da escolha da amostra (tipo, quantidade, lugar) e de
outros elementos pertinentes.
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2.5. Delineamento Gráfico da Estrutura Geral
Elementos
Pós-textuais
Elementos
Pré-textuais Elementos
Textuais
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3.7. Índice de Quadros, Tabelas e Figuras
Índice a incluir para cada um dos aspectos (quadros, tabelas ou figuras) sempre que apareçam
em número suficiente para justificar a sua listagem.
3.8. Siglário
Apresentação de todas as siglas e correspondentes significados utilizadas no texto, sempre que
apareçam em número suficiente para justificar a sua listagem.
3.9.1. Introdução
Texto breve e informativo com algumas referências chave que orientam a leitura da tese.
Deve conter: o tema, os objectivos gerais e específicos, a justificação, a importância, a
actualidade do tema e a explicação dos métodos de investigação.
3.9.5. Conclusão
Síntese clara dos resultados da investigação. Súmula completa e objectiva dos conteúdos
importantes. Também constitui o começo de novas dúvidas e aberturas para investigações
posteriores. Deve ser escrita numa linguagem personalizada.
3.9.6. Recomendações
Breves conselhos científicos e práticos para solução do problema levantado. Devem ser
apropriadas e eficazes.
3.9.7. Bibliografia
Apresentação das fontes usadas de acordo com as normas definidas neste documento. A
Bibliografia deve se heterogénea quanto possível (vídeos, artigos de jornais ou revistas,
livros, capítulos de livros, legislação e textos em geral) e agrupada por espécies.
3.9.8. Glossário
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Explicação de certas palavras-chave ou termos técnicos pouco conhecidos.
3.9.9. Anexos
São os documentos de carácter informativo complementares à tese (tabelas, figuras, quadros,
formulários, fotografias, resumos etc.) elaborados pelo autor.
4. ASPECTOS FORMAIS
A apresentação da tese deverá obedecer às seguintes regras.
4.1.Formada Capa
MONOGRAFIA
[TEMA]
ESTUDANTE:
LICENCIATURA:
OPÇÃO:
ORIENTADOR:
LOBITO, 2013
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4.2. Forma da Folha de Rosto
REPÚBLICA DE ANGOLA
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO CATÓLICO DE
BENGUELA
MONOGRAFIA
[TEMA]
NOME
FACULDADE
OPÇÃO
3cm
Texto
2cm
4.9.2. Subtítulos
Os subtítulos são formatados em letras minúsculas com a inicial maiúscula. Ulteriores
subtítulos em letras minúsculas com a inicial maiúscula. Para ambos o tamanho é de 12 a
13.
Poder-se-á prescindir da palavra capítulo quando se opta por uma numeração à qual se
segue um título. Exemplo: 1. INTRODUÇÃO À SOCIOLOGIA DA EXCLUSÃO
SOCIAL; 2. TEORIAS MODERNAS SOBRE A EXCLUSÃO SOCIAL, etc.
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A linguagem deve ser correcta, directa e, sobretudo, apropriada à explicação científica do
tema.
Não se deve repetir palavras, nem utilizar aquelas com a mesma sonoridade. É um erro, por
exemplo, dizer: “O sistema foi desenvolvido como um sistema...”. É correcto dizer: “O
sistema foi desenvolvido como uma ferramenta...”.
Evite-se denominar os capítulos, exactamente, como estão titulados neste fascículo (ponto
2.4.). O estudante e o seu orientador devem ser criativos na elaboração de títulos, subtítulos
e, em geral, do trabalho.
4.12. Paginação
O primeiro número da paginação (número árabe) aparece – reflectindo a contagem de
todas as páginas precedentes – na primeira página da Introdução e termina na última
página da Bibliografia.
A numeração é feita no canto inferior direito, fazendo coincidir o último algarismo com a
margem direita do texto.
Quando se usa uma sigla, esta, deve ser logo descodificada, colocada entre parêntesis a
seguir o seu significado.
As figuras inseridas nos capítulos deverão ser numeradas, centradas e legendadas. Nas
legendas o tamanho da letra é 10.
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A numeração das figuras, quadros, gráficos e esquemas deve ser contínua ao longo do
trabalho.
As figuras, tabelas ou quadros que não são de elaboração própria devem ser identificados
de modo completo. Fonte: Autor, obra, e dados técnicos da obra, página.
Moedas: quando o contexto expressa uma quantia simples de dinheiro escreve-se por
extenso. Ex.: O livro custa dez kwanzas. Quando o contexto expressa quantias complexas
de dinheiro recorre-se aos algarismos. Ex.: O livro custa 8.500 kwanzas.
Pesos e medidas: em contextos não estatísticos escrevem-se por extenso. Ex.: Comprou um
quilo de arroz numa mercearia a cem metros de casa.
Em contextos estatísticos usam-se abreviaturas. Ex.: As cidades de Benguela e Luanda
distam entre si 530 km.
A referência temporal entre duas datas faz-se na forma completa. Ex.: de 1975 a 1991.
Nas datas aproximadas usa-se o termo circa (palavra latina que significa “mais ou
menos”).A sua abreviatura é c. Ex.: Roma foi fundada c. 753 a.C.
No registo de datas os números inclusivos devem ser dados até ao algarismo das dezenas.
Ex.: 1974-75.
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sine loco (s.l.): usado entre colchetes quando não é possível saber o lugar de publicação da
obra
sine nomine (s.n.): usado entre colchetes quando não é possível saber a editora da obra
EXEMPLO PRÁTICO:
Alberto A. DE CARVALHO, António M. CARDOSO e João P. FIGUEIREDO, Direito da
Comunicação Social, 2ª ed., rev. e ampl., Casa das letras, Lisboa, 2006.
6.1.3. Citação de uma obra com mais de três Autores
Quando a obra tiver mais de três autores escreve-se somente o primeiro e no lugar dos outros
coloca-se etalii(ou abreviadamente etal.).
EXEMPLOS PRÁTICOS:
Fernando M. NUNES etalii, Manual de trauma para apoio ao curso de abordagem integrada
do traumatizado para enfermeiros, 5ª ed., Lusociência, Loures, 2009.
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Ou abreviadamente:
Fernando M. NUNES etal., Manual de trauma para apoio ao curso de abordagem integrada
do traumatizado para enfermeiros, 5ª ed., Lusociência, Loures, 2009.
6.1.4. Citação do mesmo autor e da mesma obra em notas contínuas pela 2ª vez.
Quando o mesmo autor e a mesma obra forem citados, pela segunda vez, em notas contínuas,
escreve-seIbidem (com a indicação da página, se não for a mesma).
EXEMPLO PRÁTICO:
1
Miguel REALE, Lições preliminares de direito, 10ª ed., rev., Almedina, Coimbra, 1982, p.
24.
2
Ibidem.
Ou, se a página não for mesma:
2
Ibidem,p. 27.
6.1.5. Citação do mesmo autor e da mesma obra em notas descontínuas pela 2ª vez.
Quando o mesmo autor e a mesma obra forem citados pela 2ª vez, mas em notas descontínuas,
escreve-se: Nome ou Nomes próprios (em letras minúsculas com a inicial maiúscula), Apelido
ou Apelidos (em letras maiúsculas), Obra em itálico (abreviada), e a página.
EXEMPLO PRÁTICO:
1
Miguel REALE, Lições preliminares de direito, 10ª ed., rev., Almedina, Coimbra, 1982, p.
24.
2
Outro autor.
3
Miguel REALE, Lições preliminares…, p. 27.
Ou:
3
Miguel REALE, op. cit., p. 27.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
Algumas orientações metodológicas recomendam, sempre que o mesmo autor e a mesma obra são
citados pela 2ª vez eem notas descontínuas,a utilização da sigla op. cit. A recomendação está correcta,
mas deve ser especificada:
A sigla é bem utilizada quando o mesmo Autor for citado em notas descontínuas com a mesma
obra.
Se, pelo contrário, for citado com obras diferentes(numa só citação ou em várias) a siglanão é
recomendável. Prestar-se-ia a confusão, pois não se saberia a qual das obras estaria a fazer menção.
EXEMPLO PRÁTICO:
1
Miguel REALE, Lições preliminares de direito, 10ª ed., rev., Almedina, Coimbra, 1982,
p.24.
15
2
IDEM, Experiência e cultura, Grijalbo-EDUSP, São Paulo, 1977, p. 34
EXEMPLO PRÁTICO:
Hermenegildo CACHIMBOMBO, “Provas em Direito Civil”, in: Revista Angolana de
Direito, Ano 2º, nr. 3 (2003), Casa das Ideias, Luanda, pp. 179-182.
EXEMPLO PRÁTICO:
Guido ANDRIOTTI, “A jurisprudência forense e doutrinal como fonte do direito”,
in:UNIVERSIDADE DE ESTUDOS DE MILÃO:FACULDADE DE DIREITO: Estudo de
Direito Privado,Revista Semestral, nº 51 (1985), Milão, pp. 52-60.
6.2.3. Artigo sem Autor extraído de uma Revista de uma Instituição(Ente como Autor)
Na 1ª Citação apresentam-se todos os elementos necessários para a identificação da fonte.
EXEMPLO PRÁTICO:
UNIVERSIDADE DE ESTUDOS DE MILÃO:FACULDADE DE DIREITO: Estudo de
Direito Privado, Revista Semestral, nº 51 (1985), “O Método Hipotético-Dedutivo: uma nova
visão metodológica para as Ciências”, Milão, pp. 20-30.
EXEMPLO PRÁTICO:
Eduardo Prado COELHO, “O ponto de vista: a invasão dos pedagogos”, in:JORNAL
EXPRESSO, Ano 34, nr. 24 (2002), Lisboa, p. 4.
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6.2.5. Citação de umDicionário ede uma Enciclopédia
O Dicionário e a Enciclopédia são fontes peculiares, servindo para consultar o significado
semântico ou histórico das palavras. Cintam-se da seguinte maneira:
EXEMPLO PRÁTICO:
Jostein GAARDER«O mundo de Sofia» in: CD-ROM, Produzido porSonopress, Cia das
Letras/Melhoramentos,São Paulo, 1998.
6.3.Citação de textos
6.3.1. Citação directa de um texto
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A citação directa é a transcrição de palavras ou trechos de um autor, respeitando
rigorosamente a sua redacção, ortografia e pontuação. A reprodução deve aparecer sempre
entre aspas duplas.
Quando a citação textual tiver palavras entre aspas duplas estas devem ser transformadas
em apóstrofos ou aspas simples (‘…’).
O número da citaçãodeve figurarno fim do texto e depois das aspas (e não sobre o nome
do Autor do texto).
EXEMPLO PRÁTICO:
Segundo o conceituado jurista português Diogo Freitas DO AMARAL, “O acto
administrativo é o acto jurídico unilateral praticado, no exercício do poder administrativo, por um órgão da
administração ou por outra entidade pública ou privada para tal habilitada por lei, e que traduz uma decisão
tendente a produzir efeitos jurídicos sobre uma situação individual e concreta.”1
1
Diogo Freitas DO AMARAL, Curso de Direito Administrativo, 2º Vol., 10ª ed., reimp., Almedina,
Coimbra, 2001, p. 210.
EXEMPLO PRÁTICO:
As bibliotecas e as livrarias são espaços de cultura que remontam ao período histórico
anterior a nossa era. De facto, na Grécia,“… já no sec. V a.C. se pode documentar a existência de
bibliotecas e de livrarias.”1
1
Maria Helena DA ROCHA PEREIRA, Estudos de história da cultura clássica, 1º Vol. (Cultura
grega), 6ª ed., Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1987, p. 19.
EXEMPLO PRÁTICO:
Entre os factores que determinam se uma pessoa poderá ou não ingerir grande
quantidade de bebida alcoólica, recebendo a sua energia (não a sedação)encontra-se –
contrariamente ao que muitos pensam – a constituição química da pessoa e não a sua
personalidade.1
1
Cfr.: Donald M. LAZO, Alcoolismo: o que você precisa saber, 5ª ed., Edições Paulinas/Reindal, S.
Paulo, 2001, p. 54.
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6.3.4. Citação da citação
É a citação deum texto do qual não se teve acesso directo, mas por intermédio de uma outra
fonte. Neste caso, entre a indicação da fonte não consultada (Autor, obra, edição,Editora,
Lugar de publicação, Ano) e da consultada coloca-se a preposição apud.
EXEMPLO PRÁTICO:
1
Francesco CAPOTORTI, Corso diDirittoInternazionale, Milão, 1995, apud Paulino
LUKAMBA, Direito Internacional Público, Editora Escolar, Lobito, 2011, p. 28.
6.4.1. Gráficos
Hoje são feitos automaticamente pelo computador. Ao redactor do texto cabe, apenas,
escolher o modelo e preenche-lo com dados.
6.4.1.1.Gráfico circular
Tem uma estrutura esférica que pode ser dividida em grandezas destacadas ou unidas com ou
sem cores. Serve geralmente para a comparação de poucos dados estatísticos percentuais
inteiros.
EXEMPLO PRÁTICO:
Vendas
1° Trim.
2° Trim.
3° Trim.
4° Trim.
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6.4.1.2.Gráfico decolunas
Tem uma estrutura a dois vectores ou eixos marcadores, sendo um vertical e outro horizontal.
O eixo vertical marca a altura percentual e o eixo horizontal a posição das barras segundo os
dados que devem ser considerados percentualmente.Aplica-se geralmente na comparação e
medição de dados estatísticos naturais ou percentuais (inteiros ou fraccionários).
EXEMPLO PRÁTICO:
7
6
fóssil
5
4 hídrica
3
eólica
2
1
0
Angola Portugal Brazil Moçambique
6.4.1.3.Gráfico de linhas
Possui uma estrutura a dois eixos, sendo um horizontal (eixo das abcissas) e outro vertical
(eixo das ordenadas). O eixo horizontal indica a unidade ou a sequência das unidades
independentes de comparação e medição; e o eixo vertical a escala de medição. A ligação
entre os dois eixos é feita por meio de uma linha. Esta linha indica o objecto que deve ser
medido e/ou comparado. O gráfico de linhas serve para comparar e medir dados estatísticos
naturais ou percentuais (inteiros ou fraccionários) de um ou mais objectos.
EXEMPLO PRÁTICO:
6
5
4 fuba
3
feijão
2
óleo
1
0
2001 2002 2003 2004
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6.4.2. Tabelas
As tabelas são instrumentos de apresentação de dados estatísticos que podem suportar, além
da informação numérica, breves informações explicativas.
As tabelas podem ser feitas automaticamente pelo computador. Neste caso, ao redactor do
texto, caberá apenas escolher o modelo e preencher os dados. A escolha do modelo deve
basear-se nos critérios indicados para a escolha do gráfico (clareza, brevidade, etc.).
EXEMPLOS PRÁTICOS:
REALE Miguel, Lições preliminares de direito, 10ª ed., rev., Almedina, Coimbra, 1982.
ou
PERELMAN C. e OLBRECHETS-TYTECA L., Tratado de argumentação, col. Direito e
Direitos do Homem/23, Instituto Piaget, Lisboa, 2006.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
Na Bibliografia o nome é abreviado somente quando assim se tenha feito nas notas de
rodapé.
As primeiras são aquelas que foram lidas directamente pelo investigador, tendo constituído
base do conteúdo da pesquisa.
As segundas constituem o grupo das fontes não lidas pelo investigador. São, porém,
apresentadas porque possuem um conteúdo relativo ao tema da monografia.
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6.5.2. Artigos, Revistas, Dicionários, Material extraído da net
Na bibliografia final devem-se ainda distinguir, por títulos, os artigos, as Revistas, os
Dicionários, bem como o material extraído da net; e as respectivas fontes, ordenadas
alfabeticamente.
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6.5.3. PESQUISA DE CAMPO: O INQUÉRITO, A INTREVISTA E A DESCRIÇÃO
DE FACTO OU DE LOCAL (Método Observacional)
São validamente utilizados somente quando construídos na base de dois elementos essenciais
da investigação: as hipóteses e as variáveis. As variáveis são os conceitos que compõem as
hipóteses; as hipóteses são afirmações (positivas, negativas ou condicionais), ainda não
testadas, sobre o problema ou fenómeno em investigação.
6.5.3.1.INQUÉRITO
O inquérito é um meio de aquisição de informação composto por uma grelha de perguntas
ordenadas, inequívocas e personalizadas, elaboradas pelo próprio investigador (ou por outro),
tendo como destinatário um público previamente seleccionado.
No que, propriamente, diz respeito à elaboração das perguntas e à organização das mesmas
em questionário, facilita bastante a classificação das variáveis em: independentes e
dependentes. As primeiras, sendo conceitos gerais, constituirão os tópicos ou áreas de
questionamento; as últimas, enquanto conceitos específicos, as questões.
As questões, pelo que precede, não deverão ser longas, ambíguas, duplas (duas perguntas
numa só) ou insinuantes (induzir respostas). Mas, concisas, unívocas e neutrais.
EXEMPLO PRÁTICO:
Considere-se uma pesquisa que pretenda investigar se, e em que aspectos, a prática e os
sentimentos religiosos se transformaram desde há duas gerações. Suponhamos, além disso,
que o campo de observação se limita aos cristãos (Católicos, protestantes, adventistas, …) e
que a hipótese seja a seguinte: os jovens de 18 a 22 anos são menos religiosos do que os
seus avós.
Para submeter esta hipótese ao teste dos factos é preciso conceber um instrumento capaz de
comparar, simultaneamente, o grau de religiosidade dos jovens e dos avós. A comparação será
possível, utilizando um inquérito construído com conceitos mensuráveis e referentes, por um
lado, à religiosidade comum aos dois grupos, por outro, ao conceito de religiosidade cristã
peculiar à religião em causa (extremo lógico da comparação).
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ÁREAS OU
TÓPICOS DE PERGUNTAS CORRESPONDENTES RESPOSTAS
QUESTIONAMENTO
(Conceitos específicos)
(Conceitos gerais) Sim Não ?
1. Acredita que Deus realmente existe?
2. Como O vê :como uma Pessoa que vive no além?
Crença em Deus 3. Como uma Pessoa viva e presente?
4. Como algo abstracto e indefinido?
5. Não sei, é difícil dizer.
6. Acredita na existência do Diabo?
7. É ele que o leva realmente a fazer o mal?
Crença em Demónio 8. Não será ele somente a representação simbólica
do mal de que sofre a humanidade?
9. Não sei, é difícil dizer.
10. Acredita na existência da alma?
Crença na alma, na 11. Acredita na existência da vida para além da
sobrevivência, no morte?
inferno, no paraíso, no 12. Acredita no inferno?
pecado e na 13. Acredita no paraíso?
reencarnação 14. Acredita no pecado?
15. Acredita que os mortos ressuscitarão um dia?
16. Participa nos serviços religiosos?
Culto, celebrações, 17. Uma vez por semana?
enterros, baptismos, 18. Mais de uma vês por semana?
casamentos 19. Uma vez por mês?
20. Só no Natal ou na Páscoa?
21. Se um familiar próximo estiver a morrer chama
um Presbítero?
22. Encurtaria a vida de uma pessoa, padecendo de
mal incurável, para pôr fim ao seu sofrimento?
Vivência cristã 23. Mentiria à polícia para não ir a cadeia?
24. Considera pecado o furto para alimentar o
faminto?
25. Salvaria a vida de seu escarnecedor, colocando a
sua em risco?
Exemplo adaptado a partir do original de R. Quivy e L. V. Campenhoudt, Manual de investigação em ciências
sociais, ed. 5ª, Gradiva, Lisboa, 2008, pp.164ss.
IMPORTANTE
Testar o inquérito
Depois de elaborado, o inquérito deve ser testado para se assegurar que as perguntas sejam
bem compreendidas e as respostas forneçam a informação procurada .Existem vários testes; o
mais simples é o que a seguir se explica.
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6.5.3.2.ENTREVISTA (Estruturada)
A entrevista é outro meio indirecto de aquisição de informação. É tida como uma conversação
com registo escrito, áudio, ou vídeo, entre duas pessoas, o investigador (entrevistador) e a
fonte da informação (o entrevistado). Este último deve ser uma fonte directa.
Pressupostos da Entrevista
1. Antes da entrevista, o investigador deve reunir o máximo de informação sobre o assunto a
ser abordado e sobre a pessoa a ser entrevistada;
2. Deverá comunicar à pessoa a ser entrevistada, o objectivo da entrevista;
3. Antes da entrevista, o investigador deverá elaborar um guião de questões para dirigir com
lógica a conversação;
4. As perguntas deverão ser objectivas e graduais (e segundo o objecto de investigação
abertas ou fechadas);
5. Durante a conversação o investigador deve conquistar a confiança do entrevistado, sem
tentar domina-lo ou deixar-se dominar, para não perder a objectividade;
6. Durante a conversação não deverá omitir perguntas; se o fizer deverá eliminar, do plano de
investigação, o assunto visado pela pergunta omitida; se o assunto for fundamental deverá
marcar uma nova entrevista ou abandonar todos os resultados;
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