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Manual de Trabalho de Curso

Pedagogia – EaD
Sumário
1. ORIENTAÇÕES PARA OS ALUNOS........................................................................................ 4

2. ORIENTAÇÕES PARA AS ATIVIDADES DOS ALUNOS...................................................... 5

3. ORIENTAÇÕES GERAIS............................................................................................................ 6

4. O QUE É UMA MONOGRAFIA CIENTÍFICA OU TC?.......................................................... 7

5. O QUE SIGNIFICA PENSAR CIENTIFICAMENTE?.............................................................. 10

6. O QUE FAZ UM ORIENTADOR DE TC?................................................................................. 11

7. COMO SE ORGANIZA UM TC?.............................................................................................. 12

8. A LINGUAGEM DA MONOGRAFIA....................................................................................... 40

9. DICAS IMPORTANTES PARA ANTES DE COMEÇAR: PASSOS DA PESQUISA.......... 43

10. ENTREGA DO TC E NÚMERO DE EXEMPLARES............................................................. 45


O Trabalho de Curso (TC) visa proporcionar aos alunos a vivência na Iniciação Científica,
atividade que está ligada ao desenvolvimento acadêmico dos alunos de graduação. O
TC busca ampliar os conhecimentos em relação aos temas abordados durante o curso,
permitindo aos alunos a escolha daquilo que seja de seu interesse pessoal. É, portanto,
uma experiência acadêmica orientada, vivida por alunos que estiverem regularmente
matriculados na disciplina no decorrer da graduação, nos cursos de especialização ou de
pós-graduação lato sensu. Não há exigência de que o tema desenvolvido e pesquisado
em um trabalho monográfico seja original e inédito, mas um trabalho autêntico, sem
plágio. Há, no entanto, exigências em relação à organização do trabalho, coerência e
coesão textuais, pesquisa e ao desenvolvimento do conteúdo.
Espera-se que, durante a elaboração do TC, os alunos vivenciem as práticas pedagógicas
de pesquisa e discussão em atividades grupais, capazes não somente de possibilitar-lhes o
aprimoramento do trabalho, como também o aprendizado de práticas docentes que lhes
serão necessárias ao longo de sua vida como profissionais de Pedagogia.
Assim, acredita-se que o grupo de alunos, ao escolher o tema com o qual deseja trabalhar,
faça-o livre e conscientemente, pois somente dessa forma o prazer estará presente,
garantindo um resultado satisfatório, gerando, além de seu crescimento acadêmico, um
texto criativo e interessante para outros leitores com o mesmo interesse. Oferecemos,
no entanto, como primeiro referencial, um temário no final deste Manual, a partir do
qual os alunos podem iniciar as suas pesquisas. Ao realizar a primeira postagem do
trabalho é imprescindível que, no campo “título”, o aluno/grupo indique um dos temas,
tal qual indicado no temário. Essa indicação permitirá que seja designado um orientador
especialista na área de pesquisa do aluno/grupo. Durante as orientações, os alunos definirão
o título adequado para o trabalho, delimitando o tema e deixando explícito o que pretende
pesquisar e discutir. É importante lembrar que a indicação do tema é fundamental para que
um orientador seja designado.

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Supõe-se que o TC ofereça ao grupo de alunos a possibilidade de articular os
conhecimentos desenvolvidos ao longo da graduação nas diferentes disciplinas que
compõem a matriz curricular do curso de Pedagogia e que seja também considerado pelo
aluno como uma etapa que antecede os possíveis cursos de especialização, mestrado e
doutorado.

REGULAMENTO COM A DEFINIÇÃO DAS FORMAS


DE ACOMPANHAMENTO/ORIENTAÇÃO

1. ORIENTAÇÕES PARA OS ALUNOS

O TC é um trabalho a ser realizado por alunos que estiverem regularmente matriculados


na disciplina. Alunos que antecipam a disciplina por motivos de transferência de outra
universidade para a UNIP ou alunos matriculados em regime de dependência deverão
integrar-se ao sistema, escolhendo o tema que mais lhes interessa e participando,
obrigatoriamente, de todas as etapas do desenvolvimento do trabalho de pesquisa,
orientação e apresentação.
Depois de selecionado o tema, ele será encaminhado a um dos orientadores designados
pelo curso, envolvido diretamente com a disciplina relacionada e que exercerá o papel de
orientador do trabalho. A coordenação do curso, junto aos professores, poderá também
sugerir os orientadores para os trabalhos.
Orientadores e alunos se comunicarão por meio das orientações para as postagens
realizadas no sistema nas suas diversas fases. A frequência e a regularidade dessas postagens
serão controladas pelo professor orientador e todos os alunos deverão tomar ciência das
tarefas a serem cumpridas no período que transcorrerá entre uma postagem e outra. O TC
poderá ser realizado em grupos de até cinco alunos (não será permitido um grupo com
mais de cinco integrantes).

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O TC deve ser, exclusivamente, uma pesquisa bibliográfica, não havendo a possibilidade
de se realizar uma pesquisa de campo. Portanto, no capítulo de método, teremos um
levantamento bibliográfico e serão discutidos os resultados obtidos das leituras realizadas
em diferentes fontes.

2. ORIENTAÇÕES PARA AS ATIVIDADES DOS ALUNOS

Durante o tempo previsto para a pesquisa e a elaboração do texto do TC, os participantes


deverão especificar o tema a ser trabalhado, elaborar os capítulos e os subcapítulos (caso sejam
necessários), fazer o levantamento dos livros que tratam do tema, realizar a primeira leitura
seletiva, escrita e análise do que foi lido. Muitas atividades são desenvolvidas abrangendo a
prática de cunho organizacional (por exemplo, decidir sobre qual linha de raciocínio seguir,
quais livros/pesquisadores farão parte da sua pesquisa e como serão abordados) e aquelas
voltadas à construção de novos conhecimentos, envolvendo os momentos de estudo e a
realização de tarefas relacionadas à cognição. É fundamental, portanto, que cada aluno/
grupo escolha diferentes maneiras para estudar. Assim, é importante pensar em tipos de
atividades a serem realizadas:
1. Leitura e fichamento de livros e artigos;
2. Buscas na internet por artigos científicos, teses e livros;
3. Elaboração de pequenos trechos do TC e verificar o estilo do texto (escrita) de cada
um, reescrever e estabelecer as características para o texto final do TC.

Espera-se que, ao longo do desenvolvimento do TC, os grupos desenvolvam as estratégias


de aprendizagem que possam colaborar com o resultado final.

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Ao longo do período destinado à elaboração, os alunos deverão cumprir as seguintes
etapas/ diretrizes:
ƒ Comunicação regular com o orientador pelos chats e pelos fóruns para as
orientações;
ƒ Entrega de partes do trabalho, de acordo com as solicitações do professor
orientador;
ƒ Para os alunos regulares, mínimo de três (3) postagens, e para os alunos em
dependência, no mínimo duas (2) postagens;
ƒ Postagens obedecendo ao cronograma divulgado no AVA, inclusive a postagem da
versão final.
Em uma seção posterior, as normas para a confecção do trabalho serão abordadas.

3. ORIENTAÇÕES GERAIS

As dicas a seguir podem ser úteis para a elaboração do trabalho:

1. Elaboração de relatório pelos alunos, contendo os aspectos apresentados nas aulas


gravadas ou nas orientações dadas pelo professor;
2. Manutenção de um arquivo ou caderno para o registro de todas as possíveis
citações consideradas relevantes para o trabalho, bem como a referência bibliográfica
correspondente;
3. Elaboração de diários de leitura de todos os textos lidos e considerados relevantes
para o embasamento teórico da monografia;
4. Trabalhar sempre com a versão corrigida do trabalho e a nova versão, pois isso dá
tanto ao orientador quanto aos próprios alunos a possibilidade de relembrar os comentários
já feitos em etapas e orientações anteriores.

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Número de páginas a serem entregues
A monografia é um trabalho com mais ou menos 40 páginas, contando com os elementos
pré-textuais, o que resultaria em um mínimo de 30 páginas de pesquisa efetivamente
escritas, sem os elementos pré e pós-textuais.

4. O QUE É UMA MONOGRAFIA CIENTÍFICA OU TC?

A monografia proposta ao final de um curso de graduação é um trabalho de caráter


científico e, como tal, deve ser pautada em normas internacionais que caracterizam as
pesquisas em universidades, congressos etc. Assim, faz-se necessário que escolhamos uma
referência bibliográfica (1 livro) sobre as questões metodológicas e, uma vez escolhida, ela
deverá ser observada rigorosamente na elaboração do trabalho. Esse livro escolhido será a
referência para a metodologia escolhida. Sabendo das divergências em relação às questões
metodológicas, às vezes, o pesquisador sente necessidade de estabelecer as comparações
entre os diferentes autores que tratam dessa questão. A organização do TC tem como base
as normas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, utilizadas por grande
parte das universidades brasileiras, atualizadas em 2023. Observe o que é necessário para
que seu trabalho se adeque às normas e seja aprovado.

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São normas importantes para quem vai entregar trabalhos acadêmicos:
NBR Escopo
Estrutura de monografias e TCCs, elaboração de
14724
trabalhos acadêmicos.
10520 Como realizar citações no TCC.
6023 Como elaborar referências bibliográficas.
6027 Informa a correta formatação dos sumários.
6028 Regras para resumo de TCC e demais trabalhos.
Esta Norma especifica os requisitos para indicação
5892 da data de um documento ou acontecimento, e
para representação das horas.
Fonte: ABNT (2023).

Em relação às orientações para o TC, Guidin (2003) propõe, para a reflexão, alguns
tópicos que poderão nortear este trabalho acadêmico:
1. A palavra “monografia” corresponde, etimologicamente, a um tratado escrito
(“grafia”) sobre um único (“mono”) assunto ou tema;
2. O texto monográfico obedece à estrutura e à linguagem do texto dissertativo. É,
portanto, uma dissertação, ou seja, deverá convencer o leitor das propostas lá sustentadas.
No caso de TC, é necessário que cada uma das análises se encaminhe para um ponto
determinado e que, ao final, os alunos possam encontrar pontos em comum para atingir o
objetivo analítico que será apresentado na conclusão do trabalho;
3. Em princípio, a natureza da monografia é a mesma para os trabalhos de graduação,
mestrado e doutorado;
4. A diferença entre esses níveis de pesquisa está no grau de originalidade, abrangência,
aprofundamento teórico-metodológico e enfoque analítico; com isso, não se quer dizer que
a pesquisa para o TC teria apenas um caráter de compilação e/ou revisão bibliográfica, como
propõem alguns autores. É fundamental que os graduandos se posicionem criticamente
diante do material pesquisado.

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Victoriano e Garcia (1996,1999) consideram importante, em um projeto de pesquisa,
que ele seja escrito em sua versão preliminar e que os alunos autores se organizem para
responder às seguintes perguntas:

1. O que fazer? A resposta a essa pergunta é a delimitação do tema e do problema a


ser resolvido. É importante que se restrinja o campo, pois quanto mais circunscrito estiver
o objeto, melhor e com mais segurança se trabalha. Muitas vezes, essa delimitação pode ser
usada como título provisório do trabalho;
2. Por que fazer? A resposta a essa questão é a justificativa da escolha do objeto de
estudo. Nesse tópico deverão constar a definição e a delimitação do problema, a descrição
bibliográfica que demonstre a sua relevância como objeto de estudo, as suas hipóteses e a
sua importância para a comunidade, o que o torna um dos tópicos essenciais do projeto;
3. Para que fazer? A resposta a essa questão está nos propósitos do estudo, ou seja,
nos seus objetivos gerais e específicos. É fundamental que os seus objetivos sejam claros,
pois eles nortearão todo o trabalho metodológico que será desenvolvido;
4. Quais os principais autores com os quais você dialogará? A resposta dessa
pergunta está nos autores principais do seu tema. Lembre-se: são os principais e não todos.
Eles devem estar em ordem alfabética do sobrenome. Por exemplo: Piaget (1990); Vygotsky
(1986);
5. Como fazer? A resposta a essa questão está na metodologia (métodos e técnicas)
que será utilizada em seu trabalho. A metodologia é um procedimento sistemático e formal
cujo objetivo é encontrar as respostas para os problemas mediante o emprego de técnicas
científicas que permitam descobrir os fatos ou dados, as relações ou leis em qualquer
campo do conhecimento;
6. Com quem fazer? A resposta a essa questão está vinculada às pesquisas que, por
utilizarem recursos de estatística, ou por serem pesquisas empíricas, devem selecionar uma
amostra entre a população-alvo e o seu estudo;

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7. Onde fazer? Local, campo de pesquisa, pesquisa de campo, bibliografia. Se a
pesquisa exigir um trabalho com a amostragem, necessariamente é preciso trabalhar com
os dados colhidos no campo de estudo. Isso não impede que a pesquisa bibliográfica seja
executada em centros especializados ou em bibliotecas universitárias, cujas especialidades
estão ligadas às áreas de conhecimento específicas;
8. Com o que fazer? Recursos, custeio. Muitas das monografias apresentadas por
alunos, devido ao interesse do assunto e da área específica, podem ser financiadas por
órgãos de pesquisa ou pela própria universidade;
9. Quando fazer? A resposta a essa pergunta é um cronograma, que deve descrever,
mês a mês, todos os passos que o pesquisador seguirá. Além disso, o bom andamento da
pesquisa requer rigor quanto ao cumprimento dos prazos estabelecidos pelo orientador e
pela dinâmica da pesquisa.

Esses 9 itens descritos anteriormente compõem a introdução, uma parte


fundamental no TC.

5. O QUE SIGNIFICA PENSAR CIENTIFICAMENTE?

Ao afirmarmos que um TC é um trabalho acadêmico, técnico-científico, estamos, de certa


forma, dizendo que esse trabalho tem características diferenciadas e que o seu público-
alvo se encontra na comunidade científica. Quem avalia e atribui a relevância aos trabalhos
científicos são os leitores acostumados a trabalhar com a pesquisa e a pensar e raciocinar
cientificamente. Mas o que isso significa?
É dotado de um comportamento científico o aluno que demonstra a preocupação com a
qualidade dos questionamentos que faz em relação ao foco de seu trabalho, que estabelece
as metas para os procedimentos de pesquisa, que não se satisfaz com as conclusões do
senso comum, mas está sempre em busca de explicar e analisar os dados de sua pesquisa.

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Comportar-se cientificamente requer um critério com as conclusões, fundamentando-as
em um referencial teórico ou empírico, bem selecionado e pertinente ao tema. Significa
“ter uma visão relativa dos fenômenos e não absoluta, ou seja, estabelecer as relações entre
os fenômenos e não concebê-los como fenômenos isolados de um contexto” (HÜBNER,
1998).
Assim, espera-se que os alunos, ao elaborarem o seu TC, primem pela qualidade
acadêmico-científica de seus textos, sendo criteriosos o bastante para que os resultados de
seus trabalhos sejam validados na comunidade científica. Espera-se que produzam textos
coerentes, isentos de julgamentos (isto é, sem o uso exagerado de adjetivos), calcados
em descrições que possibilitem as inferências e a tomada de posições equilibradas e
fundamentadas.

6. O QUE FAZ UM ORIENTADOR DE TC?

O professor orientador de conteúdo específico atua na orientação do TC, acompanha


os alunos nas discussões sobre o tema escolhido, auxiliando-os em relação às leituras e às
bibliografias indicadas para dar a sustentação teórica ao trabalho. Algumas características
são fundamentais ao professor escolhido como orientador de um TC:

ƒ Ser um incentivador dos alunos, estimulando-os para que elaborem um trabalho


criativo;
ƒ Sugerir as leituras aos alunos;
ƒ Indicar aos alunos as modificações a serem efetuadas no trabalho, porém nunca
redigir os trechos do trabalho.

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É importante ressaltar que um TC é um momento de construção de conhecimentos e
exige, portanto, que os orientandos e o orientador mantenham um relacionamento cordial,
de confiança, assumindo cada qual o seu papel pedagógico. O exercício que se espera na
elaboração de um TC tem características dialógicas, isto é, os orientandos e o orientador
têm espaço e voz nas discussões, em busca de transformar os conhecimentos já adquiridos.
Espera-se que as decisões a respeito do trabalho sejam tomadas com maturidade e sempre
de forma compartilhada.

7. COMO SE ORGANIZA UM TC?

O TC se organiza a partir das seguintes partes:


ƒ Capa;
ƒ Elementos pré-textuais ou preliminares;
ƒ Elementos textuais;
ƒ Elementos pós-textuais.

Capa – na qual serão informados: instituição, autor,


título, local e ano.
Lombada – para a entrega de trabalho em capa dura
(não valendo para o nosso caso).
Folha de rosto composta por anverso (frente) e verso.
Elementos pré-textuais
Anverso da folha de rosto – os mesmos itens presentes
ou preliminares
na capa, com algumas mudanças.
Verso da folha de rosto – ficha catalográfica.
Folha de dedicatória. Folha de agradecimento. Resumo.
Abstract – resumo em uma língua estrangeira. Lista de
tabelas e gráfico (se houver).

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Capa (obrigatório)
Folha de rosto (obrigatório)
Dedicatória (opcional)
Agradecimento (opcional)
Epígrafe (opcional)
Pré-textuais
Resumo (obrigatório)
Abstract (opcional)
Lista (ilustrações, tabelas, abreviaturas,
símbolos, siglas (opcional)
Sumário (obrigatório)
Fonte: ABNT (2023).

Escolha do tema
Justificativa da escolha do tema
Formulação do problema
Hipótese levantada para o problema formulado
Introdução Objetivos gerais e específicos
Conceituação e relevância
Principais autores que embasarão a pesquisa e o método utilizados
para realizar a pesquisa e a indicação da estrutura do trabalho

Exposição do tema
Elementos Fundamentação teórica, desenvolvimento
textuais Metodologia do trabalho*
Argumentação e discussão

Considerações finais
Referências bibliográficas
Elementos
Anexos
pós-textuais
Apêndices
Índices

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Elementos que compõem o TC – de acordo com a ABNT 6023
Descreveremos a seguir cada uma das partes citadas, possibilitando aos autores do TC o
exercício de rascunhar e refletir sobre os objetivos de cada uma delas.

2. Elementos pré-textuais
Esses são os elementos que antecedem a introdução do trabalho e são constituídos por
tudo aquilo que identifica o trabalho e orienta o leitor.

CAPA
São poucos itens, porém necessários:

ƒ Nome da instituição;
ƒ Nome do curso;
ƒ Nome do aluno;
ƒ Título do trabalho (subtítulo se houver);
ƒ Cidade e estado;
ƒ Ano de apresentação do trabalho.

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UNIVERSIDADE PAULISTA
CURSO DE PEDAGOGIA-EAD

NOME RA

TÍTULO: subtítulo

Local/Estado
Ano

15
FOLHA DE ROSTO
Segue os mesmos procedimentos da capa em relação às margens e à distribuição do
texto, sem o nome da universidade e com a natureza do trabalho.

NOME RA

TÍTULO: subtítulo

Monografia apresentada à
banca examinadora do Curso
de Pedagogia da Universidade
Paulista, como requisito
para obtenção do título de
licenciatura em Pedagogia.
Orientador:

Local/Estado
Ano

16
FICHA CATALOGRÁFICA
Buscar no AVA os avisos de onde e como confecioná-la.

Espaçamento Onde usar


ƒ Parte pré-texto: dedicatória, agradecimentos,
resumo, abstract, listas e sumário;
1,5 ƒ Parte texto: introdução, desenvolvimento
e conclusão;
ƒ Parte pós-texto: apêndices e anexos.
ƒ Citações de mais de três linhas;
ƒ Notas de rodapé;
Simples
ƒ Legendas de ilustrações e tabelas;
ƒ Referências.
Fonte: ABNT (2023).

FOLHA DE DEDICATÓRIA E FOLHA DE AGRADECIMENTOS


Nessas páginas, que são opcionais, o autor apresenta as mensagens pessoais. Na folha
de dedicatória, o autor deverá elaborar um texto curto, dedicando o trabalho a alguém.
Não há uma regra para a utilização da página; no entanto, é comum encontrarmos a
dedicatória à direita, da metade da folha para baixo. Normalmente, escolhe-se para dedicar
o trabalho alguém que tenha tido uma relação direta com o autor durante a elaboração do
trabalho: um familiar, um professor etc. Já na folha de agradecimentos, o autor agradecerá
àqueles que, efetivamente, contribuíram para a elaboração da monografia, por exemplo, o
professor orientador, os professores envolvidos com o trabalho, as agências financiadoras.

Agradecimento

Quero agradecer...

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A dedicatória e o agradecimento devem ficar em páginas diferentes. Na dedicatória,
o autor oferece o trabalho a uma ou mais pessoas importantes; enquanto que, no
agradecimento, o autor expressa a sua gratidão pelo auxílio recebido para que o
trabalho tenha sido realizado.

FOLHA DE EPÍGRAFE
Essa também é uma folha opcional. Nela, o autor da monografia apresentará um excerto
(um fragmento e um trecho) de um texto de sua escolha (frase ou verso), cujo conteúdo
tenha uma relação com o tema desenvolvido na monografia. Poderão ser escolhidas as
epígrafes para cada um dos capítulos da monografia, se for da preferência do autor, porém,
elas devem ter relação com o capítulo.

ƒ Fonte de tamanho 12 (Arial) ou 12


(Times New Roman). É necessário que a
fonte, aqui escolhida, seja a mesma para
todo o trabalho.
ƒ A citação deve possuir o alinhamento
justificado com 7,5 cm de recuo da
margem esquerda.
ƒ O espaço entre as linhas da citação
precisa ser de 1,5 cm.
ƒ O texto e o nome do autor da citação escolhida, precisam estar em um formato
normal.
ƒ O nome do autor precisa estar alinhado à direita e entre parênteses.

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SUMÁRIO
Aqui, o autor informa aos leitores o conteúdo que será tratado na monografia. A palavra
“sumário” deverá aparecer no topo da página, em letras maiúsculas, sendo seguida, dois
ou três parágrafos abaixo, de todos os intertítulos contidos no trabalho. A estética da
página do sumário deverá ser observada de forma que os títulos e os subtítulos apareçam
destacados de forma padronizada, e obedecendo aos recuos da margem esquerda, também
padronizados.

ƒ O título deverá ficar centralizado e em letra maiúscula;


ƒ A margem superior e esquerda deverá ser de 3 cm;
ƒ A margem inferior e direita deverá ser de 2 cm;
ƒ O sumário deverá ficar antes da introdução;
ƒ O espaçamento entre as linhas deverá ser de 1,5;
ƒ O tamanho da fonte deverá ser 12;
ƒ Não deverão conter outros textos, apenas os títulos das divisões e subdivisões;
ƒ Os capítulos devem ser escritos com todas as letras em caixa alta, com fonte
tamanho 12, em negrito e em alinhamento à esquerda;
ƒ Os subcapítulos, ou seja, os capítulos secundários, devem ter a mesma formatação
dos capítulos, mas com apenas a primeira letra maiúscula, o resto em letra minúscula;
ƒ Os capítulos terciários não são em negrito.

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De acordo com a ABNT, a numeração das páginas, em algarismos arábicos, deverá iniciar,
somente, quando começar o texto da pesquisa, porém as páginas que antecedem devem
ser contadas (ex.: começa na introdução com a página 10). Tal numeração deverá aparecer
em cima da página, do lado direito.

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LISTA DE TABELAS E GRÁFICOS
Nessa página, o autor apresentará uma relação das ilustrações ou explicações
(abreviaturas, siglas), na ordem em que aparecem no texto, indicando as páginas de sua
localização.

RESUMO
Essa é uma página importante do trabalho monográfico e obrigatória. É ela que, em um
primeiro momento, convida o leitor a mergulhar no texto apresentado. Deve ser um texto
conciso, com uma média de 300 palavras, chegando, no máximo, a 500 e tendo, no mínimo,
150 palavras, onde o autor apresenta uma síntese do conteúdo do trabalho, destacando os
aspectos mais relevantes, a metodologia e a fundamentação teórica que deram sustentação
às discussões apresentadas. O resumo tem como intuito fornecer ao leitor os elementos
que permitam a ele decidir sobre ler ou não tal trabalho, em função da relevância para o
seu próprio contexto.
Deve ser escrito na língua em que está redigido o trabalho, sem um parágrafo e,
nunca, em tópicos. Entre o título e o texto devem conter 2 espaços e, após o texto do
resumo, deverão aparecer as palavras-chave sugeridas pelo autor, como a referência do
trabalho em meio eletrônico. Segue um exemplo de resumo monográfico:

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RESUMO

Com o apogeu da mídia como produtora de sentidos, o trabalho de educadores de diferentes


segmentos da escolaridade vem sofrendo transformações e o seu interesse tem se modificado
em relação às atividades didáticas desenvolvidas em sala de aula, no que diz respeito à língua
portuguesa e à análise do discurso. A mídia televisiva brasileira mantém, com o telespectador,
1
uma relação de poder, produz e reproduz os valores, transmitindo os textos persuasivos de
alta qualidade, legitimando as verdades, os saberes, os discursos e cristalizando, no imaginário
coletivo, sem (quase) nenhum questionamento em relação à veracidade discursiva. Em se
tratando do sistema educacional brasileiro, há grande abismo e muita resistência em considerar
as práticas discursivas da mídia televisiva como os possíveis eventos pedagógicos favoráveis a
uma formação mais crítica do futuro profissional. // Assim sendo, este trabalho procura analisar
o universo imaginário dos alunos de Ensino Médio de uma escola da rede pública, focalizando 2
as questões concernentes à linguagem midiática. // Os passos metodológicos iniciaram-se com o
levantamento do hábito televisual dos alunos, seguidos de audiência, discussões, análise e debate
sobre o funcionamento discursivo da novela Malhação – Rede Globo de Televisão, de forma a
3
oportunizar as reflexões à luz da Análise do Discurso e da Análise da Conversação, evidenciando
as relações entre o sujeito, discurso, saber e poder. // Os resultados das análises são apresentados
neste trabalho, que se divide nas seguintes seções: Introdução – onde a problemática e os
objetivos são apresentados; O Dizer e o Poder: relações discursivas – onde são apresentadas
as referências teóricas sobre a Análise do Discurso e a Análise da Conversação; A Caminhada
– seção que apresenta a metodologia do trabalho: procedimentos relacionados à escolha dos
dados e os encaminhamentos para a análise; Baixando o véu do discurso – seção que apresenta
4
a análise de trechos transcritos da novela Malhação, discutidos à luz do referencial teórico; e
Algumas Considerações – seção que encerra o trabalho, apresentando algumas conclusões e os
possíveis encaminhamentos, com o intuito de desencadear nos leitores o desejo de novas e mais
aprofundadas pesquisas sobre o mesmo tema.

PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Conversação. Mídia. Linguagem Midiática.

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Observe, no resumo apresentado, os trechos destacados e separados com “//”. Eles
mostram a organização do resumo: trecho 1 – contextualização do tema discutido na
monografia; trecho 2 – propósito do trabalho; trecho 3 – metodologia utilizada no processo
de pesquisa; trecho 4 – organização do documento monográfico.

ABSTRACT
Nessa página, esteticamente igual à página do resumo, deverá aparecer uma tradução
para a língua inglesa do resumo do trabalho, seguida das palavras-chave.

3. ELEMENTOS TEXTUAIS
Esses são os elementos que compõem o corpo do trabalho monográfico propriamente
dito, podendo ser chamados de elementos nucleares, pois sem eles e sem a articulação
entre eles, o texto monográfico perde a vida. Cada um dos elementos tem características
próprias, porém se complementam, dando ao leitor a noção exata do caminho trilhado
pelos pesquisadores sobre o tema desenvolvido.

INTRODUÇÃO
A introdução da monografia merece uma atenção especial dos autores. Muitas vezes,
ela é considerada como de pouca importância, mas é, exatamente, nessa seção que todo o
conteúdo do trabalho é apresentado ao leitor. Duas ou três páginas deverão ser reservadas
para a introdução da monografia; é na introdução que o autor delimitará o assunto sobre
o qual versará o trabalho e o justificará.
Segundo Machado (2001), é preciso compreender que apresentar as justificativas
para determinado trabalho de pesquisa não é, simplesmente, dizer o que o motivou, do
ponto de vista pessoal, porque fez o trabalho (porque gostou do tema, porque viveu a
experiência etc.), mas dizer para que serve o trabalho, qual é a sua relevância, tendo em
vista a problemática maior em que se insere, os estudos que já foram feitos a respeito, as
lacunas que esses estudos ainda deixaram etc.

23
Na introdução da monografia, o autor deve apresentar imprescindivelmente:
ƒ O tema do trabalho, em linhas gerais, oferecendo ao leitor, não somente, a
possibilidade de estabelecer as relações entre esse estudo e outros de seu
conhecimento, mas, também, a opção pela leitura do trabalho em relação aos seus
interesses e ao contexto de atuação;
ƒ A delimitação do assunto, isto é, a extensão e a profundidade com que o trabalho
tratará o assunto escolhido;
ƒ Os objetivos do trabalho: gerais (relacionados ao tema – contexto macro) e
específicos (relacionados ao assunto escolhido – contexto micro);
ƒ A justificativa da escolha do tema, evidenciando a sua importância para o contexto
no qual se encontra inserido; vale lembrar que justificar a escolha de um tema não
significa dar a ele uma importância incomensurável e enaltecer a sua complexidade de
forma exagerada, mas sim apontar como esse estudo pode ser um fator contribuinte
para o desenvolvimento da área em que se encontra inserido, ainda que não se
proponha a ser conclusivo;
ƒ A pergunta que norteará a pesquisa e a hipótese (a possível resposta para a
pergunta formulada);
ƒ Conceituação e relevância, explicitando ao leitor a fundamentação teórica que
apoiará as discussões, seguida de breves enunciados sobre os conceitos fundamentais
discutidos e a sua relevância para o estudo realizado; reserva-se a esse item, ainda, a
necessidade de apresentar um resumo de obras e/ou as pesquisas cujos temas se
relacionam diretamente com o tema estudado, estabelecendo as comparações, a fim de
possibilitar a discussão das lacunas que os demais trabalhos ainda não preencheram;
ƒ Principais autores que darão base teórica à pesquisa.
ƒ O método adotado para realizar a pesquisa. Nesse caso utilizarão uma
pesquisa de cunho qualitativo, tendo como instrumento de investigação o
levantamento bibliográfico.
ƒ Procedimentos adotados para a realização do trabalho de pesquisa e para a
elaboração do texto monográfico, isto é, a sua organização em seções;

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Uma discussão relevante para a elaboração do texto monográfico diz respeito à escolha
da pessoa do discurso. Embora haja práticas legitimadas sobre esse aspecto, encontram-se
mais trabalhos escritos em primeira pessoa (eu/nós). É importante, no entanto, que tal
aspecto seja discutido com o orientador do trabalho, pois a pesquisa deve manter um caráter
formal e impessoal, utilizando os termos como “entende-se”, “acredita-se”, “verificou-se”;
não sendo recomendados os termos informais.
Vale lembrar que, caso a opção seja pela linguagem científica, o autor deve redigir o
texto na voz passiva – foi observado, foi elaborado –, na terceira pessoa do singular, com o
pronome “se” ou por meio de expressões como “o presente estudo”, “a presente pesquisa”.
Há, ainda, a opção de desenvolver o texto em primeira pessoa do plural, considerando-se
que o trabalho tenha sido desenvolvido pelo aluno (no caso de um aluno, apenas) e por seu
orientador.
Carmo-Neto (1996) nos oferece algumas pistas para construirmos as justificativas de
nosso trabalho:
ƒ Por que mais um trabalho sobre esse tema?
ƒ Em que este trabalho é diferente dos outros?
ƒ Por que tal diferença é relevante?
ƒ O que meu trabalho muda no conjunto de textos sobre o mesmo assunto?
ƒ Por que ele deve ser lido? Por quem?
ƒ O que o leitor vai encontrar de interessante, de substancial e atrativo em meu
trabalho?

Outro lembrete importante em relação ao desenvolvimento da monografia diz respeito


à apresentação do objetivo do trabalho no decorrer do texto. Muitas vezes, o autor opta
por retomar o objetivo em muitos momentos do desenvolvimento do texto, correndo o
risco de apresentá-lo de diferentes maneiras e, inclusive, de cair em contradições. Para que
isso não ocorra, sugerimos que, sempre que o objetivo do trabalho for explicitado no texto,
seja destacado ou indicado a partir de uma marca gráfica, possibilitando, no momento de
revisão final, comparar tais enunciados e corrigir inadequações e/ou contradições.

25
DESENVOLVIMENTO
Essa é a parte mais extensa de um trabalho monográfico e a mais importante, que será
subdividida em capítulos (que, por sua vez, dividem-se em subseções), sendo que cada
capítulo deverá abrir uma página nova do trabalho.
Os capítulos deverão ser indicados por algarismos romanos, sendo o título do capítulo
escrito em letras maiúsculas (caixa-alta), fonte Arial ou Times New Roman, fonte 14; as
subseções deverão ser indicadas por algarismos arábicos, sendo os títulos escritos com
maiúsculas, apenas, nas letras iniciais das principais palavras. Há diferentes formas de
identificação para as partes de uma monografia, apresentadas por diferentes autores. O
que importa, na verdade, é que, uma vez utilizado um estilo, ele deverá ser padronizado no
desenvolvimento de todo o trabalho.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Um dos itens apresentados no desenvolvimento da monografia se refere ao arcabouço
teórico, ou seja, toda a teoria na qual o trabalho está apoiado. Tal capítulo deverá ser
desenvolvido em linguagem própria do autor, porém sustentada por citações de autores
que já discutiram o mesmo assunto e elaboraram teorias sobre ele.
Todos os autores citados no decorrer do texto monográfico estão compondo, ao final do
trabalho, o que denominamos de referências bibliográficas. Em uma seção posterior serão
apresentadas as orientações para a elaboração delas.
É importante lembrar que, nos capítulos de desenvolvimento, o autor deverá explicitar,
sempre que possível, a relação entre o que está sendo dito e o objetivo do trabalho. Assim,
é comum retomar o tema discutido, principalmente, no desenvolvimento da seção de
fundamentação teórica, pelo simples fato de que a teoria ali apresentada só é significativa
na medida em que se relaciona, diretamente, com o objetivo proposto na pesquisa.

26
METODOLOGIA
Nesse capítulo, o autor da monografia deverá descrever em detalhes os procedimentos
utilizados nas diversas fases da pesquisa e da elaboração do texto. Procedendo dessa forma,
dará oportunidade a outros pesquisadores e aos leitores do trabalho, de acompanhar todos
os passos e os pensamentos do autor, entender a sua lógica de pensamento, em relação à
análise dos dados e, até mesmo, iniciar uma nova pesquisa com base no encaminhamento
apresentado. Quando o autor explicita, claramente, os procedimentos escolhidos para a
condução da pesquisa, no capítulo do método, o leitor – mesmo que não conheça a teoria
na qual o trabalho está sustentado – é capaz de compreender os resultados de sua análise
de dados. Pressupõe-se também que, quando o método é apresentado de maneira clara,
objetiva e detalhada, outros pesquisadores podem replicar o trabalho.
Um procedimento interessante para os pesquisadores é a manutenção de um diário
de pesquisa, anotando tudo o que estiver sendo feito (nesse caso lido) para chegar aos
resultados da pesquisa (MACHADO, 2001).
Aspectos essenciais no capítulo do método compreendem:
ƒ Contexto da pesquisa – descrição detalhada da situação (física/social) da pesquisa;
ƒ Participantes – caso a pesquisa envolva as pessoas e/ou a gravação de dados orais;
ƒ Procedimentos/instrumentos de coleta de dados (caso tenha sido realizada uma
pesquisa de campo) – os meios pelos quais os dados foram coletados, por exemplo:
gravador, vídeo, coleta em jornal, filme etc.;
ƒ Procedimentos de seleção de dados – critérios utilizados para escolher os dados a
serem analisados (por que esses dados e não outros?);
ƒ Método(s) de análise e as categorias utilizadas.

27
O capítulo do método deverá conter a explicação de como foram elaborados: a pesquisa,
os artigos, a dissertação, as teses e os livros. Como se organizou para a realização da
pesquisa e qual é o critério de escolha do material de leitura (exclusão e inclusão de textos).
Não podemos nos esquecer de que o nosso TC será, exclusivamente, um levantamento
bibliográfico, um trabalho de aprofundamento sobre o tema.

ARGUMENTAÇÃO E DISCUSSÃO
Nesse capítulo, o autor de um texto monográfico não só exercita sua capacidade de
argumentação como também trabalha com critérios de coerência e coesão na elaboração
do texto, aspectos muito importantes para dar validade científica ao trabalho apresentado.
Os dados, analisados à luz da teoria apresentada na fundamentação teórica, estarão
à mercê dos argumentos do autor. Para isso, ele recorrerá às explicações, às análises, aos
esclarecimentos de ambiguidades, às descrições etc., que ofereçam ao leitor as condições
de compreender o encaminhamento do raciocínio na busca por comprovações do aspecto
pesquisado. É importante ressaltar que as discussões com base nas posições teóricas vão
requerer, sempre, que o autor examine as posições contrárias, estabeleça os confrontos,
compare, fazendo o uso de um processo dialógico na elaboração do texto.
As análises realizadas em um trabalho monográfico deverão ser, rigorosamente,
orientadas pelos professores orientadores, de acordo com a sua área de saber metodológico
e acadêmico.
Severino (2002) nos faz lembrar que o capítulo de discussão dos resultados requer do
pesquisador a habilidade de tecer uma rede de significados que perpasse as informações,
os dados, as teorias apresentadas no decorrer da monografia. É o momento de assumir os
posicionamentos e buscar a integração teoria/prática em direção ao objetivo proposto no
início do trabalho. Esse fator é o mais relevante em se tratando de aferir os resultados da
pesquisa e avaliar o seu significado para o crescimento do conhecimento científico.

28
E mais: o capítulo de discussão é fundamentalmente um capítulo pautado em debates
e questionamentos. Assim, o pesquisador precisa estar preparado para responder aos seus
próprios porquês e para apresentar essas respostas com clareza, pois serão elas, quando
bem fundamentadas, que farão emergir os resultados da pesquisa.

CONSIDERAÇÃO FINAL
A conclusão de uma monografia, embora seja a parte menos extensa, apresenta
uma importância fundamental, deve conter as considerações e a síntese a respeito das
análises, apresentando os aspectos convergentes e/ou divergentes observados ao longo
do desenvolvimento do trabalho, além de comentários sobre a sua aplicabilidade didático-
pedagógica e sobre a sua contribuição sob a perspectiva discursiva.
Para Guidin (2003), a conclusão (aqui denominada de considerações finais) é o
fechamento do trabalho que foi anunciado na introdução, e desenvolvido ou retomado
no desenvolvimento: o trabalho desembocará, inevitavelmente, na conclusão. Portanto, a
conclusão não é um resumo ou algo que foi acrescentado no final do trabalho, sem sentido.
É nela que proporcionamos ao leitor a recapitulação dos passos significativos do trabalho
e, para isso, faz-se necessário retomar, não somente, o objetivo, mas também a caminhada
do trabalho. A conclusão situa o leitor em relação às partes do trabalho.
É o momento culminante da monografia, em que as experiências pessoais e as novas
perspectivas dos autores podem vir à tona, de certo modo, resgatando os objetivos
propostos, inicialmente, e as lacunas suscitadas na introdução.
É interessante lembrar que, enquanto na introdução existe a preocupação com a
delimitação do tema, na conclusão, o sentido maior está em vislumbrar novas possibilidades
para o tratamento desse mesmo tema. Essas possibilidades podem ser oferecidas ao leitor
como sugestões para as pesquisas posteriores, caracterizando, aliás, o movimento da
ciência: avançar em mares pouco desbravados.

29
Quanto às qualidades do texto da conclusão, é importante lembrar que as suas
características são:
a) Brevidade: a conclusão deve ser breve e exata, concisa e convincente;
b) Objetividade: a conclusão é a síntese interpretativa dos elementos essenciais
discutidos e analisados no transcurso da monografia;
c) Personalidade: a conclusão deve apontar, claramente, para o ponto de vista dos
autores por meio de marcas pessoais, não deixando de apresentar as novas rotas para a
continuidade do trabalho.

4. ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
Os elementos pós-textuais, também denominados de elementos referenciais,
compreendem as referências bibliográficas, os anexos e os apêndices, quando necessários.
Esses são os elementos orientadores para os leitores, que a eles recorrem sempre que,
no decorrer da leitura do corpo do trabalho, houver as indicações que lhes suscitem a
curiosidade ou que possam auxiliar na compreensão da caminhada do pesquisador.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
A exigência, não somente em relação às monografias, mas em qualquer publicação
científica, é que seja elaborada uma seção de referências bibliográficas. No entanto,
é importante que o autor conheça a diferença entre as referências bibliográficas e a
bibliografia. As referências bibliográficas se referem às obras (livros, artigos impressos ou
presentes em fontes eletrônicas etc.) que foram citadas no corpo do trabalho. Isso significa
que, ao fazer o uso das vozes de diferentes autores, quer textualmente, quer parafraseando-
os, o autor da monografia deve citá-los no corpo do trabalho e referenciá-los na seção das
referências bibliográficas. Já a bibliografia, usada como referencial em ementas de cursos
ou em textos para o uso didático, inclui todas as obras lidas e estudadas pelo autor para a
elaboração do texto em questão.

30
Lembre-se:
1. Alinhamento de texto à esquerda;
2. Fonte Times New Roman ou Arial (ficar igual ao texto);
3. Tamanho: 12;
4. Referências ordenadas alfabeticamente e não numeradas;
5. Colocar uma linha de branco entre as duas referências;
6. Título da seção não tem um indicativo numérico;
7. E as referências bibliográficas devem ficar, exatamente, após a parte de conclusão
(a conclusão é o último elemento textual, e a referência é o primeiro elemento no pós-
textual!).

Fonte: ABNT (2023).

31
Exemplo 1:
FREITAS, Maria Teresa; SOUZA, Solange J.; KRAMER, Sonia. (Orgs.). Ciências Humanas
e pesquisa: leituras de Mikhail Bakhtin. São Paulo: Editora Cortez, 2003 (Coleção Questões
da Nossa Época; v. 107, p. 35-39).

MARSICK, Victória. Factors that affect the epistemology of group learning. Disponível
em: http://www.eds.educ.ubc.ca/aerc/1997/97marsick.htm. Acesso em: 13 mai. 13.

ORELLANA, M. F.; BOWMAN, P. Cultural diversity research on learning and development:


conceptual, methodological, and strategic considerations. In: American Educational
Research Association, v. 32, n. 5, June/July, 2003, p. 26-32.

Preste atenção: a obra pertencente à coleção deve estar entre parênteses, com a
indicação de volume e as páginas consultadas. As fontes eletrônicas devem indicar a data
da consulta, a indicação de autor cujo artigo ou capítulo esteja inserido em uma obra
organizada por outro autor, ou em revista, deve conter In seguido de dois pontos.

FULLAN, Michael; HARGREAVES, Andy. 1996. A escola como organização aprendente:


buscando uma educação de qualidade. 2. ed. Trad. Regina Garcez. Porto Alegre: Artmed
Editora, 2000.

BEDNY, Gregory Z. et al. Activity theory: history, research and application. In: Theor.
Issues in Ergon. SCI., v. 1, 2000, n. 2, p. 168-206.

Atente-se ao exemplo, com a indicação de obra com dois ou três autores, e a indicação
de obra com mais de três autores.

32
CITAÇÕES
De acordo com a Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT), na NBR 10520, a
citação é uma informação retirada de uma obra tal qual ela se apresenta.

Exemplo 1:
Começaram trabalhando no litoral, no corte do pau-brasil e, posteriormente, no trabalho
nos engenhos de cana-de-açúcar. Depois, foram levados para o interior do território e
para as regiões longínquas para trabalhar na mineração, na criação de gado, no cultivo de
cacau, nas charqueadas, na exploração das “drogas do sertão”. Trabalhavam também no
serviço doméstico, nas construções públicas de todos os tipos e no comércio de gêneros
alimentícios (AMARAL, 2011, p. 12). Palavra do autor do texto deve estar com aspas.

Exemplo 2:
Esclarece Pinsky (2000, p. 61): “Distante da imagem de mansidão e conformismo que
costumavam lhe atribuir, o negro resistiu e revoltou-se contra a sua condição de escravo.
O jogo de capoeira era uma demonstração de resistência”. Até 3 linhas, a citação ficará
no mesmo parágrafo e com aspas.

A citação deve ser apresentada com o autor, o ano e a página utilizados; devendo
haver uma uniformidade na apresentação para melhor organização.
Precisamos entender as diferentes citações existentes – até três linhas e mais de três
linhas.

33
Quando estamos escrevendo um texto e citamos um trecho de um livro da mesma
forma que ele está escrito, e este tiver mais de três linhas, ele deverá ficar abaixo do texto,
com recuo e fonte 10, mas se essa citação tiver, até, 3 linhas, ele ficará no mesmo
parágrafo e entre aspas.
*Citação recuada não tem aspas*.

Exemplo 3:
Explica Amaral (2011) que o desembarque acontecia no Brasil, mais especificamente nos
portos de Recife, Salvador, Rio de Janeiro e São Vicente. Logo após a chegada, eles eram
distribuídos para várias regiões brasileiras e realizavam todo tipo de trabalho.

Começaram trabalhando no litoral, no corte do pau-brasil e, posteriormente, no


trabalho nos engenhos de cana-de-açúcar. Depois, foram levados para o interior
do território e para as regiões longínquas para trabalhar na mineração, na criação
de gado, no cultivo de cacau, nas charqueadas, na exploração das “drogas do
sertão”. Trabalhavam também no serviço doméstico, nas construções públicas de
todos os tipos e no comércio de gêneros alimentícios (AMARAL, 2011, p. 12).

34
Quando houver mais de 3 linhas de texto citado, a citação deverá ficar recuada e sem
aspas:

Fonte: ABNT (2023).

Exemplo 1:
Relatam Almeida et al. (2005) que o projeto de atração de imigrantes, em razão das novas
condições políticas e econômicas, começou a vigorar após 1880. Conforme Almeida et al.
(2005, p. 35): “No plano internacional, restrições à entrada de estrangeiros na Argentina e
nos Estados Unidos, e a estagnação econômica, na Itália, favoreceram o projeto brasileiro”.

Repare que, quando no meio do texto, a citação vem entre aspas para diferenciar
o texto da citação.

35
Quando a frase que será utilizada estiver dentro de um texto grande e você não pretender
usá-la toda, e sim partes dela, é aconselhável utilizar [...] para designar que o texto foi
cortado.

Exemplo 2:
“As propostas de melhorias de processo e tecnologia são coletadas e analisadas [...] com
base nos resultados de projetos piloto” (KOSCIANSKI; SOARES, 2007, p. 153).

Citação indireta
Caracteriza-se pelo resumo de uma obra ou um trecho lido (parafrasear). Deve apresentar
o nome do autor com o ano da obra.

Fonte: ABNT (2023).

36
Deve-se seguir a formatação da Associação Brasileira de Normas Técnicas. Em relação à
ABNT, a citação indireta se diferencia bastante da direta, pois deve ser escrita “normalmente”,
ou seja, conforme o restante do corpo do texto. Veja a lista de normas:
ƒ Fonte Arial ou Times New Roman;
ƒ Tamanho 12;
ƒ Espaçamento entre linhas de 1,5;
ƒ Inserção do sobrenome do autor e ano de publicação da obra entre parênteses.
De acordo com Teixeira (2009), as imagens e as representações que estão nos livros
didáticos são fundamentais para o desenvolvimento das crianças em período de aprendizado.

Citação de citação
A citação de citação não é muito utilizada, pois se recomenda ler os livros na íntegra,
porém, se houver uma obra a que não se tem fácil acesso por ser de uma edição muito
antiga, pode ser apresentada conforme o exemplo a seguir:
Segundo Van Dijk (1983), citado por Fagundes (2001, p. 53), “no texto jornalístico é
convencional apresentar-se um resumo do acontecimento abordado. Esse resumo pode ser
expresso por letras grandes separadas do resto do texto ou na introdução no lead”.
Quando a citação se referir à ideia de algum autor citado por outro, deve-se empregar a
expressão apud entre o nome do autor do qual você pretende utilizar a ideia e o autor do
livro que você leu. Veja o exemplo a seguir:

37
Exemplo 1:

Fonte: ABNT (2023).

É preciso incluir as referências em todas as citações das pesquisas científicas, e com


o apud não é diferente. Para referenciar é preciso seguir as normas da ABNT. Veja, a
seguir, como isso deve ser feito:
De acordo com Holanda (1998, p. 102, apud COSTA, 2003, p. 87) “para se comunicar
melhor com o seu público, uma marca deve investir em marketing digital”.

38
Podemos ver, claramente, o que se pensava da criança na obra de Ariès (1981), ao
apontar que:

A ideia de infância está ligada à de dependência; só se sai da infância ao sair dessa


condição. A criança pequena era vista como um animalzinho, fonte de diversão e
entretenimento para os pais e habitantes do local. O elevado número de mortes de
crianças pequenas não era sentido como perda, pois, logo, outra criança viria, em
substituição. Não poderia haver, portanto, uma preocupação quanto à educação
infantil (apud FONTERRADA, 2008, p. 37).

Sobre este período, Bauab (1960, apud ALMEIDA, 2007) também traz o seu pensamento
ao considerar que este movimento [...].

ANEXOS E APÊNDICES
Anexos são documentos complementares à monografia, que esclarecem os conteúdos
nela tratados. Aos anexos pertencem, por exemplo, as transcrições (na íntegra) de dados
coletados, documentos, leis, pareceres etc. utilizados como suporte às discussões e que
prejudicariam a estética do trabalho caso fossem inseridos em seu corpo.
Anexos são necessários, na maioria das vezes, para que os leitores do trabalho busquem a
melhor compreensão das interpretações e das conclusões do autor. Em geral, são ordenados
a partir de um critério lógico, por exemplo, sequenciados por data de utilização no trabalho,
e aparecem numerados ou são indicados por letras (Anexo 1 ou Anexo A).
Essas denominações permitem que, ao fazer referência ao seu conteúdo no corpo do
trabalho, o autor da monografia apresente a indicação de onde se encontra o trecho na
íntegra. Exemplificando: “Conforme comentado no capítulo anterior, os dados referentes
ao participante André (Anexo 5) foram coletados em seu ambiente de trabalho”.

39
Os anexos aparecem, geralmente, após as referências bibliográficas. No entanto,
há controvérsias a esse respeito e muitos autores preferem inserir os anexos antes das
referências bibliográficas para que a numeração de suas páginas siga a numeração do
próprio trabalho.
Já os apêndices se caracterizam por serem materiais produzidos pelo próprio autor da
monografia. Fazem parte deles: os questionários utilizados na coleta de dados, as fichas e
os materiais preparados para coletar os dados em entrevistas, as tabelas elaboradas para
sustentar as discussões, os trechos da análise dos dados.

APÊNDICES
Pouco utilizados nas monografias (que optam por apresentar, no início, um sumário
com as indicações de assuntos e páginas), os índices, quando utilizados ao final da obra,
têm objetivos diversos. Eles podem apresentar uma lista de assuntos (índice denominado
como sistemático), lista de termos referidos (índice denominado como remissivo), lista de
todos os nomes próprios presentes (índice denominado como onomástico), lista de lugares
(índice denominado como toponímico) e lista de citações bíblicas (índice denominado como
escriturário).

8. A LINGUAGEM DA MONOGRAFIA

Considerando-se as diferentes partes que compõem o texto monográfico, é importante


ressaltar que a linguagem se presentifica de diferentes e bem marcadas formas, influenciando
na qualidade e na validade do texto construído. É possível perceber que a linguagem
caminha entre os diferentes tipos de discurso, com marcas ora expositivas, ora narrativas,
percorrendo a descrição, a análise e a crítica (BRANDÃO, 2001), caracterizando essas tais
partes da monografia.

40
Linguagem expositiva
A linguagem expositiva se caracteriza, nas monografias, pelo discurso teórico presente
tanto na introdução quanto na fundamentação teórica. A exposição exige que o autor
seja objetivo, que apresente os conceitos teóricos relevantes ao trabalho, atribuindo a ele
próprio ou a outros autores a responsabilidade enunciativa. Segundo Brandão (2001, p. 30):

Essa função “objetiva” não impede, entretanto, que seja permeada de elementos
analíticos, argumentativos ou críticos. Em verdade, a participação do pesquisador
se concretiza – o que não é pouco – desde a seleção do material, isto é, quando
faz os recortes teóricos, criativos ou críticos incorporados em seu texto e no modo
como distingue esses dados “objetivos” das suas próprias interpretações sobre eles.
Embora, rigorosamente falando, não exista em estado “puro”, podemos chamar de
“objetiva” aquela linguagem que procura apreender os fatos ou outra linguagem
em seus próprios elementos constitutivos, independentes de interpretação do
pesquisador e, “subjetiva”, aquela linguagem que expressa as reflexões pessoais,
opiniões ou propostas do pesquisador, devidamente, fundamentadas, e não
confundidas com as afirmações que, apenas, denunciam as reações afetivas de
agrado ou desagrado.

Linguagem descritiva
A linguagem descritiva se caracteriza, nas monografias, pelos relatos fortemente presentes
na metodologia. Nesse capítulo, o autor é convidado a detalhar os fatos relacionados ao
contexto de pesquisa e a todos os procedimentos que vão desde a escolha do corpus para
estudo e/ou coleta de dados aos critérios escolhidos para a análise. A linguagem descritiva
pressupõe a ausência de julgamentos e juízos de valor por parte do autor.

41
Linguagem analítica
A linguagem analítica se caracteriza, nas monografias, pelo uso da explicação e da
argumentação. Nesse sentido, faz uso de relações lógicas entre os elementos que se
encontram explícitos no texto e aqueles implícitos, mas provocadores de sentido em relação
ao objetivo da monografia.
É possível dizer que a linguagem analítica se presentifica com maior intensidade no
capítulo de discussão e argumentação, no qual são discutidos e sustentados os pontos de
vista do autor do trabalho à luz dos fundamentos teóricos selecionados.

Linguagem crítica
A linguagem crítica se caracteriza, nas monografias, pela emissão de opiniões e conclusões
do autor após o exaustivo questionamento a que submeteram os dados coletados ou o
corpus de análise. Segundo Brandão (2001, p. 31):

É pela linguagem crítica que o estudioso pode, efetivamente, contribuir para o


avanço das ideias em relação a determinado campo do saber, apresentando as
reflexões originais, nascidas seja de novos enquadramentos a partir dos elementos
já conhecidos, seja aprofundando ou ampliando os referenciais de pesquisa para
os aspectos ou setores, ainda, não considerados.

Ela deve aparecer depois de apresentar as ideias de outros autores.

42
9. DICAS IMPORTANTES PARA ANTES DE COMEÇAR: PASSOS DA PESQUISA

Dependendo do tema e/ou texto escolhido pelos alunos do grupo, o trabalho poderá
caracterizar-se como uma pesquisa analítico-bibliográfica, somente, ou uma pesquisa
de campo (contendo entrevistas e coleta de dados). É importante, nesse sentido, atuar
eticamente, em especial, quando a atividade envolver os seres humanos, levando em
consideração o seguinte:
ƒ Participantes da pesquisa têm o direito de receber a informação prévia sobre o fato
de estarem fazendo parte de um trabalho acadêmico, qual é a temática envolvida, a
duração e a frequência dos encontros etc.;
ƒ O relacionamento entre o pesquisador e os participantes da pesquisa deve ter caráter
formal;
ƒ Com frequência, as escolas, empresas e outras instituições se queixam de que os
alunos vão até elas, recolhem o material e, depois, desaparecem sem retornar para
apresentar as conclusões da pesquisa. O participante da pesquisa, quer seja um
indivíduo quer seja uma instituição, não só merece, como também tem o direito de
receber um retorno após o término do trabalho. Por exemplo, pode-se enviar os
resultados da atividade desenvolvida, um agradecimento especial, um exemplar da
monografia, convites para assistir à apresentação da pesquisa etc.

OBSERVAÇÃO: Orientamos apenas pesquisa analítico-bibliográfica por conta do


curto tempo para pedido e retorno do Comitê de Ética para pesquisas na área de
humanas.

43
ESPECIFICAÇÃO DO CORPUS
Entende-se por corpus a delimitação do universo a ser estudado, isto é, o objeto sobre o
qual o pesquisador irá deter-se: textos, fragmentos etc. Observe os itens a seguir:

Corpora
ƒ A escolha do corpus depende do assunto que se pretende estudar;
ƒ Um corpus precisa ser representativo em relação ao fato escolhido, ou seja, não
posso desejar estudar a fala dos habitantes de determinada comunidade de poloneses,
no sul do país, tendo como corpus apenas a gravação da conversa de duas ou três
pessoas da mesma família, pois isso não me permitiria perceber como eles são
influenciados pela fala de outros habitantes da comunidade;
ƒ Um corpus pode ser muito extenso e, então, é possível encontrar nele uma
diversidade de situações para estudar; ou pode ser muito limitado. Compor-se, por
exemplo, da fala de um único indivíduo; então, seria impossível estudar o seu idioleto;
ƒ Todo corpus contém fatos marginais, ou seja, aqueles que contêm erros,
incoerências, jogos de palavras etc., que deverão ser criticados pelo linguista em sua
análise;
ƒ Um corpus se torna mais significativo quando os dados são gravados, pois, dessa
forma, é possível transcrever os dados e os ruídos que, eventualmente, aparecem na
oralidade e que podem ser descartados no momento da análise.

44
Materiais construídos
São aqueles elaborados por informantes. Os materiais construídos ultrapassam os limites
do corpus, pois dependem dos informantes. No entanto, podem apresentar as armadilhas
para o linguista, ou seja, o informante pode descartar os enunciados significativos ou
apresentar os enunciados complexos demais (que fogem ao que propôs o linguista); ou,
ainda, entender as normas ou as regras do trabalho de diferentes formas, interferindo nas
informações ou enunciados que produz;
Materiais construídos independem da situação real e focalizam, apenas, o fato linguístico
que está sendo analisado.

10. ENTREGA DO TC E NÚMERO DE EXEMPLARES

Respeitando o calendário previamente estabelecido para o atual semestre letivo,


os alunos deverão postar os seus trabalhos nas etapas indicadas em avisos no AVA.
Para os alunos regulares, o mínimo de três (3) postagens; e para os alunos em dependência,
no mínimo, duas (2) postagens, obedecendo o calendário.

Avaliação
O professor de TC dará uma nota levando em consideração:

1) Apresentação (2,5 pontos)


Aspectos formais:
ƒ Redação do trabalho.

45
2) Pesquisa bibliográfica (2,5 pontos)
ƒ Pertinência dos textos escolhidos;
ƒ Leitura crítica dos textos;
ƒ Escrita dentro da proposta e das normas da ABNT.

3) Elaboração do trabalho
ƒ Coesão e coerência (2,5 pontos);
ƒ Argumentação (2,5 pontos).

MÉDIA DE APROVAÇÃO PARA O ENCAMINHAMENTO DO TRABALHO PARA A


DEFESA DE BANCA = 6,0

OBSERVAÇÃO: CONSULTAR A COMPOSIÇÃO DA MÉDIA FINAL NO “MANUAL DE


INFORMAÇÕES ACADÊMICAS”, DISPONÍVEL NA SECRETARIA VIRTUAL.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (DESTE MANUAL)


ANDRADE, M. M. de. 1995. Como preparar trabalhos para cursos de pós-graduação:
noções práticas. 3. ed. São Paulo: Editora Atlas, 1999.
ABNT. Normas de padronização trabalhos de conclusão de curso e monografias.
Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2023. Disponível em: https://www.normasabnt.
org/normas-abnt-2023/
CARMO-NETO, D. Metodologia científica para principiantes. 3. ed. Salvador: Ed.
Universitária Americana, 1996.
DIAS, R.; TRALDI, M. C. Monografia passo a passo. 1. ed. Campinas/São Paulo: Editora
Alínea, 1998.

46
D’ONOFRIO, S. Metodologia do trabalho intelectual. São Paulo: Atlas, 1999.
ECO, U. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 1989.
GARCIA, O. M. Comunicação em prosa moderna. Rio de Janeiro: FGV, 1977.
GUIDIN, M. L. Di R. Manual de TCC – UNIP, 2003.
HÜBNER, M. M. Guia para elaboração de monografias e projetos de dissertação de
mestrado e doutorado. São Paulo: Mackenzie, 1998.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Metodologia científica. São Paulo: Atlas, 1991.
MACHADO, A. R. (Notas de aula). Gênero Tese. LAEL – PUC-SP, 2001.
MEDEIROS, J. B. Redação científica. São Paulo: Atlas, 1996.
MOISÉS, M. Literatura: mundo e forma. São Paulo: Cultrix, 1982.

TEMÁRIO SUGERIDO PARA A REALIZAÇÃO DO TC DE PEDAGOGIA

1. Alfabetização e letramento.
2. Artes e educação (artes plásticas, música, dança e teatro).
3. Aspectos sociais da educação inclusiva (bullying, diversidade de gênero, diversidade
étnico-racial, diferenças culturais ou religiosas, inclusão digital etc.).
4. Aspectos de necessidades especiais na educação inclusiva (autismo, síndrome de
Down, paralisia cerebral, deficiência visual, deficiência auditiva, TDAH etc.).
5. Avaliação educacional.
6. Currículo e cultura.
7. Dificuldades de aprendizagem.
8. Direitos humanos.

47
9. Educação ambiental.
10. Educação de jovens e adultos.
11. Educação e tecnologias (informática, internet, diferentes mídias etc.).
12. Educação Infantil (história da infância, estruturas institucionais etc.).
13. Educação profissional no Ensino Médio.
14. Filosofia e educação.
15. Gestão da educação em ambientes escolares e não escolares (empresas, comunidades
quilombolas, comunidades indígenas, comunidades ribeirinhas, hospitais etc.).
16. História da educação.
17. Jogos, brinquedos e brincadeiras na infância.
18. Legislação e políticas públicas para a educação.
19. Literatura infantil.
20. Metodologia no Ensino Fundamental (Língua Portuguesa, História, Geografia,
Matemática, Ciências etc.).
21. Projetos educacionais.
22. Psicologia na educação.
23. Sociologia e educação.
24. Supervisão de ensino ou orientação educacional.
25. Temas transversais (orientação sexual, saúde, ética etc.).

48
UNIVERSIDADE PAULISTA
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

NOME E SOBRENOME

TÍTULO:
SUBTÍTULO

CIDADE – ESTADO ABREVIADO (EX.: CAMPINAS-SP)


20
NOME E SOBRENOME

TÍTULO:
SUBTÍTULO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como


requisito parcial para a obtenção do título de ...............
Universidade Paulista – Polo ..........
Orientação: nome do orientador

CIDADE – ESTADO ABREVIADO (EX.: CAMPINAS-SP)


20
FICHA CATALOGRÁFICA (VERIFIQUE OS AVISOS E AS
ORIENTAÇÕES, SOBRE ONDE E COMO CONFECCIONÁ-LA)
AGRADECIMENTOS
[opcional]

Dedicatória [opcional]
RESUMO

Dois espaços (Enter)

Resumo na língua vernácula. Informa ao leitor as finalidades, as metodologia, os resultados e


as conclusões do documento. O resumo deve ser composto de uma sequência de frases concisas,
afirmativas e não de enumeração de tópicos. Tem que ser em um único parágrafo, com
espaçamento simples. Pode ter ponto, porém, escrever na mesma linha. Cerca de 10 linhas (de
150 a 500 palavras). Espaço simples, entrelinhas.

Palavras-chave: Assunto. Assunto. Assunto (de 3 a 5 palavras que facilitem a busca pelo
trabalho).
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 7

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 8

2. MÉTODO 9

3. ANÁLISE E DISCUSSÃO 10

CONSIDERAÇÕES FINAIS 11

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 12

APÊNDICE (SE HOUVER) 13

ANEXO I (SE HOUVER) 14


7

INTRODUÇÃO

É o texto inicial que abre e apresenta a discussão para o leitor. Deve explicitar
sinteticamente qual é o tema em análise e o projeto proposto, bem como relacionar, brevemente,
o tema de cada capítulo. A introdução vai se adequando ao trabalho.
A introdução deve conter:
Justificativa: Razão da pesquisa, porque pesquisar esse tema. Evitar as citações, mas
trazer os autores significativos para a pesquisa;
Objetivo: Onde se pretende chegar com essa pesquisa;
Problema: A pergunta que será o propósito da pesquisa. A pesquisa buscará responder
uma questão relevante para a academia;
Hipótese: Toda pergunta tem uma possível resposta, que poderá ter, ou não, comprovada
a sua veracidade;
Referências: Autores (não precisam ser muitos) que darão fundamentação para o trabalho (os
principais);
Método: Como realizará a sua pesquisa (qualitativo, tendo como instrumento
o levantamento bibliográfico)?
Apresentação dos capítulos que virão.
8

CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

É o capítulo dedicado à “fundamentação teórica”. Neste momento inicial, importa


apresentar os autores e as teorias que fundamentam o trabalho, bem como justificar a escolha,
a partir da temática que é analisada. É obrigatória a inclusão de autores debatidos ao longo do
curso, mas a lista não se restringe a eles. Deve apresentar a revisão bibliográfica pertinente, na
qual serão comentados todos os trabalhos pesquisados referentes ao tema estudado.

1.1 (INSERIR TÍTULO)

1.2 (INSERIR TÍTULO)

1.3 (INSERIR TÍTULO)

1.3.1 (INSERIR TÍTULO)

Citação com até 3 linhas deve manter-se no mesmo parágrafo com a mesma fonte do
texto e tamanho (Arial ou Times New Roman, 12) entre aspas.
Com mais de três linhas de 4 cm, com relação ao restante do texto, sem aspas.
Os textos devem trazer o embasamento teórico.
Ex.: De acordo com o Autor (ano da obra) .........
Caso haja a necessidade, coloque 1.3.1....
9

CAPÍTULO II – MÉTODO

O segundo capítulo é dedicado à apresentação do método utilizado para a realização da


pesquisa. Deve conter o porquê e a justificativa do método escolhido.
Local da pesquisa (caso tenha sido uma pesquisa de campo). No caso da pesquisa
qualitativa que tenha como instrumento de análise o levantamento bibliográfico, deve trazer os
materiais pesquisados (dissertações, teses, artigos, livros e/ou documentos legais).
Sujeitos da pesquisa com as apresentações. Teve como foco: alunos, professores,
diretores, pais, instituições, pedagogos? ... Quando você leu, o foco estava voltado para quem?

Exemplo:
Professores do Ensino Fundamental da escola pública...

Etapas da pesquisa.

Tempo de realização.
10

CAPÍTULO III – ANÁLISE E DISCUSSÃO

Resultados e discussões, ou o que foi composto pelo projeto de intervenção.


Como se trata de uma pesquisa que tem como instrumento de análise o levantamento
bibliográfico, deve ser feita uma análise sobre os textos lidos. Nesse caso, deve-se tomar
cuidado em escolher os textos mais atuais.
11

CONSIDERAÇÕES FINAIS

É o momento de fechamento do trabalho. Podem-se retomar as discussões importantes,


sintetizar as possíveis conclusões, enfatizar determinadas ideias ou, ainda, apontar para os
possíveis desdobramentos futuros e novas ideias de investigação.
Não se deve colocar “conclusão”, pois uma pesquisa nunca está concluída, e sim “a
concluir”.
Nessa etapa, deve-se trazer o tema, o que se pretendia inicialmente pesquisar, o que foi
feito no desenvolvimento, explicando a importância (relevância) do tema para a academia ou a
sociedade com um objetivo proposto, apresentar os resultados encontrados, se as respostas
foram validadas e trazer sugestões para melhorar. Não se colocam as citações desnecessárias,
ou seja, elas devem aparecer se, realmente, for preciso, pois é o momento de você se colocar.
12

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Relação alfabética, por ordem do sobrenome dos autores de todos os trabalhos consultados,
seja para a redação dos capítulos, seja para a redação do projeto de intervenção. As orientações
gerais das normas de citação são encontradas em:
https://www.unip.br/servicos/biblioteca/download/manual_de_normalizacao_abnt.pdf

Não é recomendado abreviar os nomes dos autores. Coloque conforme exemplo:

SILVA, Lisienne de M. N. G.

Nome
13

APÊNDICE I

Contém os elementos complementares que, no momento da redação, não foram passíveis de


incorporação ao texto principal. Em geral, são documentos, fotos, tabelas, e devem ser
numerados e referenciados no momento em que são citados no texto.
O apêndice contém as informações e os dados obtidos pelo autor durante o trabalho.
14

ANEXO I (SE HOUVER)

Contém os elementos complementares que, no momento da redação, não foram passíveis de


incorporação ao texto principal. Em geral, são documentos, fotos, tabelas, e devem ser
numerados e referenciados no momento em que são citados no texto.
O anexo apresenta os dados disponíveis na literatura, anexados ao trabalho.

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