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Pedagogia – EaD
Sumário
1. ORIENTAÇÕES PARA OS ALUNOS........................................................................................ 4
3. ORIENTAÇÕES GERAIS............................................................................................................ 6
8. A LINGUAGEM DA MONOGRAFIA....................................................................................... 40
3
Supõe-se que o TC ofereça ao grupo de alunos a possibilidade de articular os
conhecimentos desenvolvidos ao longo da graduação nas diferentes disciplinas que
compõem a matriz curricular do curso de Pedagogia e que seja também considerado pelo
aluno como uma etapa que antecede os possíveis cursos de especialização, mestrado e
doutorado.
4
O TC deve ser, exclusivamente, uma pesquisa bibliográfica, não havendo a possibilidade
de se realizar uma pesquisa de campo. Portanto, no capítulo de método, teremos um
levantamento bibliográfico e serão discutidos os resultados obtidos das leituras realizadas
em diferentes fontes.
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Ao longo do período destinado à elaboração, os alunos deverão cumprir as seguintes
etapas/ diretrizes:
Comunicação regular com o orientador pelos chats e pelos fóruns para as
orientações;
Entrega de partes do trabalho, de acordo com as solicitações do professor
orientador;
Para os alunos regulares, mínimo de três (3) postagens, e para os alunos em
dependência, no mínimo duas (2) postagens;
Postagens obedecendo ao cronograma divulgado no AVA, inclusive a postagem da
versão final.
Em uma seção posterior, as normas para a confecção do trabalho serão abordadas.
3. ORIENTAÇÕES GERAIS
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Número de páginas a serem entregues
A monografia é um trabalho com mais ou menos 40 páginas, contando com os elementos
pré-textuais, o que resultaria em um mínimo de 30 páginas de pesquisa efetivamente
escritas, sem os elementos pré e pós-textuais.
7
São normas importantes para quem vai entregar trabalhos acadêmicos:
NBR Escopo
Estrutura de monografias e TCCs, elaboração de
14724
trabalhos acadêmicos.
10520 Como realizar citações no TCC.
6023 Como elaborar referências bibliográficas.
6027 Informa a correta formatação dos sumários.
6028 Regras para resumo de TCC e demais trabalhos.
Esta Norma especifica os requisitos para indicação
5892 da data de um documento ou acontecimento, e
para representação das horas.
Fonte: ABNT (2023).
Em relação às orientações para o TC, Guidin (2003) propõe, para a reflexão, alguns
tópicos que poderão nortear este trabalho acadêmico:
1. A palavra “monografia” corresponde, etimologicamente, a um tratado escrito
(“grafia”) sobre um único (“mono”) assunto ou tema;
2. O texto monográfico obedece à estrutura e à linguagem do texto dissertativo. É,
portanto, uma dissertação, ou seja, deverá convencer o leitor das propostas lá sustentadas.
No caso de TC, é necessário que cada uma das análises se encaminhe para um ponto
determinado e que, ao final, os alunos possam encontrar pontos em comum para atingir o
objetivo analítico que será apresentado na conclusão do trabalho;
3. Em princípio, a natureza da monografia é a mesma para os trabalhos de graduação,
mestrado e doutorado;
4. A diferença entre esses níveis de pesquisa está no grau de originalidade, abrangência,
aprofundamento teórico-metodológico e enfoque analítico; com isso, não se quer dizer que
a pesquisa para o TC teria apenas um caráter de compilação e/ou revisão bibliográfica, como
propõem alguns autores. É fundamental que os graduandos se posicionem criticamente
diante do material pesquisado.
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Victoriano e Garcia (1996,1999) consideram importante, em um projeto de pesquisa,
que ele seja escrito em sua versão preliminar e que os alunos autores se organizem para
responder às seguintes perguntas:
9
7. Onde fazer? Local, campo de pesquisa, pesquisa de campo, bibliografia. Se a
pesquisa exigir um trabalho com a amostragem, necessariamente é preciso trabalhar com
os dados colhidos no campo de estudo. Isso não impede que a pesquisa bibliográfica seja
executada em centros especializados ou em bibliotecas universitárias, cujas especialidades
estão ligadas às áreas de conhecimento específicas;
8. Com o que fazer? Recursos, custeio. Muitas das monografias apresentadas por
alunos, devido ao interesse do assunto e da área específica, podem ser financiadas por
órgãos de pesquisa ou pela própria universidade;
9. Quando fazer? A resposta a essa pergunta é um cronograma, que deve descrever,
mês a mês, todos os passos que o pesquisador seguirá. Além disso, o bom andamento da
pesquisa requer rigor quanto ao cumprimento dos prazos estabelecidos pelo orientador e
pela dinâmica da pesquisa.
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Comportar-se cientificamente requer um critério com as conclusões, fundamentando-as
em um referencial teórico ou empírico, bem selecionado e pertinente ao tema. Significa
“ter uma visão relativa dos fenômenos e não absoluta, ou seja, estabelecer as relações entre
os fenômenos e não concebê-los como fenômenos isolados de um contexto” (HÜBNER,
1998).
Assim, espera-se que os alunos, ao elaborarem o seu TC, primem pela qualidade
acadêmico-científica de seus textos, sendo criteriosos o bastante para que os resultados de
seus trabalhos sejam validados na comunidade científica. Espera-se que produzam textos
coerentes, isentos de julgamentos (isto é, sem o uso exagerado de adjetivos), calcados
em descrições que possibilitem as inferências e a tomada de posições equilibradas e
fundamentadas.
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É importante ressaltar que um TC é um momento de construção de conhecimentos e
exige, portanto, que os orientandos e o orientador mantenham um relacionamento cordial,
de confiança, assumindo cada qual o seu papel pedagógico. O exercício que se espera na
elaboração de um TC tem características dialógicas, isto é, os orientandos e o orientador
têm espaço e voz nas discussões, em busca de transformar os conhecimentos já adquiridos.
Espera-se que as decisões a respeito do trabalho sejam tomadas com maturidade e sempre
de forma compartilhada.
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Capa (obrigatório)
Folha de rosto (obrigatório)
Dedicatória (opcional)
Agradecimento (opcional)
Epígrafe (opcional)
Pré-textuais
Resumo (obrigatório)
Abstract (opcional)
Lista (ilustrações, tabelas, abreviaturas,
símbolos, siglas (opcional)
Sumário (obrigatório)
Fonte: ABNT (2023).
Escolha do tema
Justificativa da escolha do tema
Formulação do problema
Hipótese levantada para o problema formulado
Introdução Objetivos gerais e específicos
Conceituação e relevância
Principais autores que embasarão a pesquisa e o método utilizados
para realizar a pesquisa e a indicação da estrutura do trabalho
Exposição do tema
Elementos Fundamentação teórica, desenvolvimento
textuais Metodologia do trabalho*
Argumentação e discussão
Considerações finais
Referências bibliográficas
Elementos
Anexos
pós-textuais
Apêndices
Índices
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Elementos que compõem o TC – de acordo com a ABNT 6023
Descreveremos a seguir cada uma das partes citadas, possibilitando aos autores do TC o
exercício de rascunhar e refletir sobre os objetivos de cada uma delas.
2. Elementos pré-textuais
Esses são os elementos que antecedem a introdução do trabalho e são constituídos por
tudo aquilo que identifica o trabalho e orienta o leitor.
CAPA
São poucos itens, porém necessários:
Nome da instituição;
Nome do curso;
Nome do aluno;
Título do trabalho (subtítulo se houver);
Cidade e estado;
Ano de apresentação do trabalho.
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UNIVERSIDADE PAULISTA
CURSO DE PEDAGOGIA-EAD
NOME RA
TÍTULO: subtítulo
Local/Estado
Ano
15
FOLHA DE ROSTO
Segue os mesmos procedimentos da capa em relação às margens e à distribuição do
texto, sem o nome da universidade e com a natureza do trabalho.
NOME RA
TÍTULO: subtítulo
Monografia apresentada à
banca examinadora do Curso
de Pedagogia da Universidade
Paulista, como requisito
para obtenção do título de
licenciatura em Pedagogia.
Orientador:
Local/Estado
Ano
16
FICHA CATALOGRÁFICA
Buscar no AVA os avisos de onde e como confecioná-la.
Agradecimento
Quero agradecer...
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A dedicatória e o agradecimento devem ficar em páginas diferentes. Na dedicatória,
o autor oferece o trabalho a uma ou mais pessoas importantes; enquanto que, no
agradecimento, o autor expressa a sua gratidão pelo auxílio recebido para que o
trabalho tenha sido realizado.
FOLHA DE EPÍGRAFE
Essa também é uma folha opcional. Nela, o autor da monografia apresentará um excerto
(um fragmento e um trecho) de um texto de sua escolha (frase ou verso), cujo conteúdo
tenha uma relação com o tema desenvolvido na monografia. Poderão ser escolhidas as
epígrafes para cada um dos capítulos da monografia, se for da preferência do autor, porém,
elas devem ter relação com o capítulo.
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SUMÁRIO
Aqui, o autor informa aos leitores o conteúdo que será tratado na monografia. A palavra
“sumário” deverá aparecer no topo da página, em letras maiúsculas, sendo seguida, dois
ou três parágrafos abaixo, de todos os intertítulos contidos no trabalho. A estética da
página do sumário deverá ser observada de forma que os títulos e os subtítulos apareçam
destacados de forma padronizada, e obedecendo aos recuos da margem esquerda, também
padronizados.
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De acordo com a ABNT, a numeração das páginas, em algarismos arábicos, deverá iniciar,
somente, quando começar o texto da pesquisa, porém as páginas que antecedem devem
ser contadas (ex.: começa na introdução com a página 10). Tal numeração deverá aparecer
em cima da página, do lado direito.
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LISTA DE TABELAS E GRÁFICOS
Nessa página, o autor apresentará uma relação das ilustrações ou explicações
(abreviaturas, siglas), na ordem em que aparecem no texto, indicando as páginas de sua
localização.
RESUMO
Essa é uma página importante do trabalho monográfico e obrigatória. É ela que, em um
primeiro momento, convida o leitor a mergulhar no texto apresentado. Deve ser um texto
conciso, com uma média de 300 palavras, chegando, no máximo, a 500 e tendo, no mínimo,
150 palavras, onde o autor apresenta uma síntese do conteúdo do trabalho, destacando os
aspectos mais relevantes, a metodologia e a fundamentação teórica que deram sustentação
às discussões apresentadas. O resumo tem como intuito fornecer ao leitor os elementos
que permitam a ele decidir sobre ler ou não tal trabalho, em função da relevância para o
seu próprio contexto.
Deve ser escrito na língua em que está redigido o trabalho, sem um parágrafo e,
nunca, em tópicos. Entre o título e o texto devem conter 2 espaços e, após o texto do
resumo, deverão aparecer as palavras-chave sugeridas pelo autor, como a referência do
trabalho em meio eletrônico. Segue um exemplo de resumo monográfico:
21
RESUMO
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Observe, no resumo apresentado, os trechos destacados e separados com “//”. Eles
mostram a organização do resumo: trecho 1 – contextualização do tema discutido na
monografia; trecho 2 – propósito do trabalho; trecho 3 – metodologia utilizada no processo
de pesquisa; trecho 4 – organização do documento monográfico.
ABSTRACT
Nessa página, esteticamente igual à página do resumo, deverá aparecer uma tradução
para a língua inglesa do resumo do trabalho, seguida das palavras-chave.
3. ELEMENTOS TEXTUAIS
Esses são os elementos que compõem o corpo do trabalho monográfico propriamente
dito, podendo ser chamados de elementos nucleares, pois sem eles e sem a articulação
entre eles, o texto monográfico perde a vida. Cada um dos elementos tem características
próprias, porém se complementam, dando ao leitor a noção exata do caminho trilhado
pelos pesquisadores sobre o tema desenvolvido.
INTRODUÇÃO
A introdução da monografia merece uma atenção especial dos autores. Muitas vezes,
ela é considerada como de pouca importância, mas é, exatamente, nessa seção que todo o
conteúdo do trabalho é apresentado ao leitor. Duas ou três páginas deverão ser reservadas
para a introdução da monografia; é na introdução que o autor delimitará o assunto sobre
o qual versará o trabalho e o justificará.
Segundo Machado (2001), é preciso compreender que apresentar as justificativas
para determinado trabalho de pesquisa não é, simplesmente, dizer o que o motivou, do
ponto de vista pessoal, porque fez o trabalho (porque gostou do tema, porque viveu a
experiência etc.), mas dizer para que serve o trabalho, qual é a sua relevância, tendo em
vista a problemática maior em que se insere, os estudos que já foram feitos a respeito, as
lacunas que esses estudos ainda deixaram etc.
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Na introdução da monografia, o autor deve apresentar imprescindivelmente:
O tema do trabalho, em linhas gerais, oferecendo ao leitor, não somente, a
possibilidade de estabelecer as relações entre esse estudo e outros de seu
conhecimento, mas, também, a opção pela leitura do trabalho em relação aos seus
interesses e ao contexto de atuação;
A delimitação do assunto, isto é, a extensão e a profundidade com que o trabalho
tratará o assunto escolhido;
Os objetivos do trabalho: gerais (relacionados ao tema – contexto macro) e
específicos (relacionados ao assunto escolhido – contexto micro);
A justificativa da escolha do tema, evidenciando a sua importância para o contexto
no qual se encontra inserido; vale lembrar que justificar a escolha de um tema não
significa dar a ele uma importância incomensurável e enaltecer a sua complexidade de
forma exagerada, mas sim apontar como esse estudo pode ser um fator contribuinte
para o desenvolvimento da área em que se encontra inserido, ainda que não se
proponha a ser conclusivo;
A pergunta que norteará a pesquisa e a hipótese (a possível resposta para a
pergunta formulada);
Conceituação e relevância, explicitando ao leitor a fundamentação teórica que
apoiará as discussões, seguida de breves enunciados sobre os conceitos fundamentais
discutidos e a sua relevância para o estudo realizado; reserva-se a esse item, ainda, a
necessidade de apresentar um resumo de obras e/ou as pesquisas cujos temas se
relacionam diretamente com o tema estudado, estabelecendo as comparações, a fim de
possibilitar a discussão das lacunas que os demais trabalhos ainda não preencheram;
Principais autores que darão base teórica à pesquisa.
O método adotado para realizar a pesquisa. Nesse caso utilizarão uma
pesquisa de cunho qualitativo, tendo como instrumento de investigação o
levantamento bibliográfico.
Procedimentos adotados para a realização do trabalho de pesquisa e para a
elaboração do texto monográfico, isto é, a sua organização em seções;
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Uma discussão relevante para a elaboração do texto monográfico diz respeito à escolha
da pessoa do discurso. Embora haja práticas legitimadas sobre esse aspecto, encontram-se
mais trabalhos escritos em primeira pessoa (eu/nós). É importante, no entanto, que tal
aspecto seja discutido com o orientador do trabalho, pois a pesquisa deve manter um caráter
formal e impessoal, utilizando os termos como “entende-se”, “acredita-se”, “verificou-se”;
não sendo recomendados os termos informais.
Vale lembrar que, caso a opção seja pela linguagem científica, o autor deve redigir o
texto na voz passiva – foi observado, foi elaborado –, na terceira pessoa do singular, com o
pronome “se” ou por meio de expressões como “o presente estudo”, “a presente pesquisa”.
Há, ainda, a opção de desenvolver o texto em primeira pessoa do plural, considerando-se
que o trabalho tenha sido desenvolvido pelo aluno (no caso de um aluno, apenas) e por seu
orientador.
Carmo-Neto (1996) nos oferece algumas pistas para construirmos as justificativas de
nosso trabalho:
Por que mais um trabalho sobre esse tema?
Em que este trabalho é diferente dos outros?
Por que tal diferença é relevante?
O que meu trabalho muda no conjunto de textos sobre o mesmo assunto?
Por que ele deve ser lido? Por quem?
O que o leitor vai encontrar de interessante, de substancial e atrativo em meu
trabalho?
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DESENVOLVIMENTO
Essa é a parte mais extensa de um trabalho monográfico e a mais importante, que será
subdividida em capítulos (que, por sua vez, dividem-se em subseções), sendo que cada
capítulo deverá abrir uma página nova do trabalho.
Os capítulos deverão ser indicados por algarismos romanos, sendo o título do capítulo
escrito em letras maiúsculas (caixa-alta), fonte Arial ou Times New Roman, fonte 14; as
subseções deverão ser indicadas por algarismos arábicos, sendo os títulos escritos com
maiúsculas, apenas, nas letras iniciais das principais palavras. Há diferentes formas de
identificação para as partes de uma monografia, apresentadas por diferentes autores. O
que importa, na verdade, é que, uma vez utilizado um estilo, ele deverá ser padronizado no
desenvolvimento de todo o trabalho.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Um dos itens apresentados no desenvolvimento da monografia se refere ao arcabouço
teórico, ou seja, toda a teoria na qual o trabalho está apoiado. Tal capítulo deverá ser
desenvolvido em linguagem própria do autor, porém sustentada por citações de autores
que já discutiram o mesmo assunto e elaboraram teorias sobre ele.
Todos os autores citados no decorrer do texto monográfico estão compondo, ao final do
trabalho, o que denominamos de referências bibliográficas. Em uma seção posterior serão
apresentadas as orientações para a elaboração delas.
É importante lembrar que, nos capítulos de desenvolvimento, o autor deverá explicitar,
sempre que possível, a relação entre o que está sendo dito e o objetivo do trabalho. Assim,
é comum retomar o tema discutido, principalmente, no desenvolvimento da seção de
fundamentação teórica, pelo simples fato de que a teoria ali apresentada só é significativa
na medida em que se relaciona, diretamente, com o objetivo proposto na pesquisa.
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METODOLOGIA
Nesse capítulo, o autor da monografia deverá descrever em detalhes os procedimentos
utilizados nas diversas fases da pesquisa e da elaboração do texto. Procedendo dessa forma,
dará oportunidade a outros pesquisadores e aos leitores do trabalho, de acompanhar todos
os passos e os pensamentos do autor, entender a sua lógica de pensamento, em relação à
análise dos dados e, até mesmo, iniciar uma nova pesquisa com base no encaminhamento
apresentado. Quando o autor explicita, claramente, os procedimentos escolhidos para a
condução da pesquisa, no capítulo do método, o leitor – mesmo que não conheça a teoria
na qual o trabalho está sustentado – é capaz de compreender os resultados de sua análise
de dados. Pressupõe-se também que, quando o método é apresentado de maneira clara,
objetiva e detalhada, outros pesquisadores podem replicar o trabalho.
Um procedimento interessante para os pesquisadores é a manutenção de um diário
de pesquisa, anotando tudo o que estiver sendo feito (nesse caso lido) para chegar aos
resultados da pesquisa (MACHADO, 2001).
Aspectos essenciais no capítulo do método compreendem:
Contexto da pesquisa – descrição detalhada da situação (física/social) da pesquisa;
Participantes – caso a pesquisa envolva as pessoas e/ou a gravação de dados orais;
Procedimentos/instrumentos de coleta de dados (caso tenha sido realizada uma
pesquisa de campo) – os meios pelos quais os dados foram coletados, por exemplo:
gravador, vídeo, coleta em jornal, filme etc.;
Procedimentos de seleção de dados – critérios utilizados para escolher os dados a
serem analisados (por que esses dados e não outros?);
Método(s) de análise e as categorias utilizadas.
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O capítulo do método deverá conter a explicação de como foram elaborados: a pesquisa,
os artigos, a dissertação, as teses e os livros. Como se organizou para a realização da
pesquisa e qual é o critério de escolha do material de leitura (exclusão e inclusão de textos).
Não podemos nos esquecer de que o nosso TC será, exclusivamente, um levantamento
bibliográfico, um trabalho de aprofundamento sobre o tema.
ARGUMENTAÇÃO E DISCUSSÃO
Nesse capítulo, o autor de um texto monográfico não só exercita sua capacidade de
argumentação como também trabalha com critérios de coerência e coesão na elaboração
do texto, aspectos muito importantes para dar validade científica ao trabalho apresentado.
Os dados, analisados à luz da teoria apresentada na fundamentação teórica, estarão
à mercê dos argumentos do autor. Para isso, ele recorrerá às explicações, às análises, aos
esclarecimentos de ambiguidades, às descrições etc., que ofereçam ao leitor as condições
de compreender o encaminhamento do raciocínio na busca por comprovações do aspecto
pesquisado. É importante ressaltar que as discussões com base nas posições teóricas vão
requerer, sempre, que o autor examine as posições contrárias, estabeleça os confrontos,
compare, fazendo o uso de um processo dialógico na elaboração do texto.
As análises realizadas em um trabalho monográfico deverão ser, rigorosamente,
orientadas pelos professores orientadores, de acordo com a sua área de saber metodológico
e acadêmico.
Severino (2002) nos faz lembrar que o capítulo de discussão dos resultados requer do
pesquisador a habilidade de tecer uma rede de significados que perpasse as informações,
os dados, as teorias apresentadas no decorrer da monografia. É o momento de assumir os
posicionamentos e buscar a integração teoria/prática em direção ao objetivo proposto no
início do trabalho. Esse fator é o mais relevante em se tratando de aferir os resultados da
pesquisa e avaliar o seu significado para o crescimento do conhecimento científico.
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E mais: o capítulo de discussão é fundamentalmente um capítulo pautado em debates
e questionamentos. Assim, o pesquisador precisa estar preparado para responder aos seus
próprios porquês e para apresentar essas respostas com clareza, pois serão elas, quando
bem fundamentadas, que farão emergir os resultados da pesquisa.
CONSIDERAÇÃO FINAL
A conclusão de uma monografia, embora seja a parte menos extensa, apresenta
uma importância fundamental, deve conter as considerações e a síntese a respeito das
análises, apresentando os aspectos convergentes e/ou divergentes observados ao longo
do desenvolvimento do trabalho, além de comentários sobre a sua aplicabilidade didático-
pedagógica e sobre a sua contribuição sob a perspectiva discursiva.
Para Guidin (2003), a conclusão (aqui denominada de considerações finais) é o
fechamento do trabalho que foi anunciado na introdução, e desenvolvido ou retomado
no desenvolvimento: o trabalho desembocará, inevitavelmente, na conclusão. Portanto, a
conclusão não é um resumo ou algo que foi acrescentado no final do trabalho, sem sentido.
É nela que proporcionamos ao leitor a recapitulação dos passos significativos do trabalho
e, para isso, faz-se necessário retomar, não somente, o objetivo, mas também a caminhada
do trabalho. A conclusão situa o leitor em relação às partes do trabalho.
É o momento culminante da monografia, em que as experiências pessoais e as novas
perspectivas dos autores podem vir à tona, de certo modo, resgatando os objetivos
propostos, inicialmente, e as lacunas suscitadas na introdução.
É interessante lembrar que, enquanto na introdução existe a preocupação com a
delimitação do tema, na conclusão, o sentido maior está em vislumbrar novas possibilidades
para o tratamento desse mesmo tema. Essas possibilidades podem ser oferecidas ao leitor
como sugestões para as pesquisas posteriores, caracterizando, aliás, o movimento da
ciência: avançar em mares pouco desbravados.
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Quanto às qualidades do texto da conclusão, é importante lembrar que as suas
características são:
a) Brevidade: a conclusão deve ser breve e exata, concisa e convincente;
b) Objetividade: a conclusão é a síntese interpretativa dos elementos essenciais
discutidos e analisados no transcurso da monografia;
c) Personalidade: a conclusão deve apontar, claramente, para o ponto de vista dos
autores por meio de marcas pessoais, não deixando de apresentar as novas rotas para a
continuidade do trabalho.
4. ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
Os elementos pós-textuais, também denominados de elementos referenciais,
compreendem as referências bibliográficas, os anexos e os apêndices, quando necessários.
Esses são os elementos orientadores para os leitores, que a eles recorrem sempre que,
no decorrer da leitura do corpo do trabalho, houver as indicações que lhes suscitem a
curiosidade ou que possam auxiliar na compreensão da caminhada do pesquisador.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
A exigência, não somente em relação às monografias, mas em qualquer publicação
científica, é que seja elaborada uma seção de referências bibliográficas. No entanto,
é importante que o autor conheça a diferença entre as referências bibliográficas e a
bibliografia. As referências bibliográficas se referem às obras (livros, artigos impressos ou
presentes em fontes eletrônicas etc.) que foram citadas no corpo do trabalho. Isso significa
que, ao fazer o uso das vozes de diferentes autores, quer textualmente, quer parafraseando-
os, o autor da monografia deve citá-los no corpo do trabalho e referenciá-los na seção das
referências bibliográficas. Já a bibliografia, usada como referencial em ementas de cursos
ou em textos para o uso didático, inclui todas as obras lidas e estudadas pelo autor para a
elaboração do texto em questão.
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Lembre-se:
1. Alinhamento de texto à esquerda;
2. Fonte Times New Roman ou Arial (ficar igual ao texto);
3. Tamanho: 12;
4. Referências ordenadas alfabeticamente e não numeradas;
5. Colocar uma linha de branco entre as duas referências;
6. Título da seção não tem um indicativo numérico;
7. E as referências bibliográficas devem ficar, exatamente, após a parte de conclusão
(a conclusão é o último elemento textual, e a referência é o primeiro elemento no pós-
textual!).
31
Exemplo 1:
FREITAS, Maria Teresa; SOUZA, Solange J.; KRAMER, Sonia. (Orgs.). Ciências Humanas
e pesquisa: leituras de Mikhail Bakhtin. São Paulo: Editora Cortez, 2003 (Coleção Questões
da Nossa Época; v. 107, p. 35-39).
MARSICK, Victória. Factors that affect the epistemology of group learning. Disponível
em: http://www.eds.educ.ubc.ca/aerc/1997/97marsick.htm. Acesso em: 13 mai. 13.
Preste atenção: a obra pertencente à coleção deve estar entre parênteses, com a
indicação de volume e as páginas consultadas. As fontes eletrônicas devem indicar a data
da consulta, a indicação de autor cujo artigo ou capítulo esteja inserido em uma obra
organizada por outro autor, ou em revista, deve conter In seguido de dois pontos.
BEDNY, Gregory Z. et al. Activity theory: history, research and application. In: Theor.
Issues in Ergon. SCI., v. 1, 2000, n. 2, p. 168-206.
Atente-se ao exemplo, com a indicação de obra com dois ou três autores, e a indicação
de obra com mais de três autores.
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CITAÇÕES
De acordo com a Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT), na NBR 10520, a
citação é uma informação retirada de uma obra tal qual ela se apresenta.
Exemplo 1:
Começaram trabalhando no litoral, no corte do pau-brasil e, posteriormente, no trabalho
nos engenhos de cana-de-açúcar. Depois, foram levados para o interior do território e
para as regiões longínquas para trabalhar na mineração, na criação de gado, no cultivo de
cacau, nas charqueadas, na exploração das “drogas do sertão”. Trabalhavam também no
serviço doméstico, nas construções públicas de todos os tipos e no comércio de gêneros
alimentícios (AMARAL, 2011, p. 12). Palavra do autor do texto deve estar com aspas.
Exemplo 2:
Esclarece Pinsky (2000, p. 61): “Distante da imagem de mansidão e conformismo que
costumavam lhe atribuir, o negro resistiu e revoltou-se contra a sua condição de escravo.
O jogo de capoeira era uma demonstração de resistência”. Até 3 linhas, a citação ficará
no mesmo parágrafo e com aspas.
A citação deve ser apresentada com o autor, o ano e a página utilizados; devendo
haver uma uniformidade na apresentação para melhor organização.
Precisamos entender as diferentes citações existentes – até três linhas e mais de três
linhas.
33
Quando estamos escrevendo um texto e citamos um trecho de um livro da mesma
forma que ele está escrito, e este tiver mais de três linhas, ele deverá ficar abaixo do texto,
com recuo e fonte 10, mas se essa citação tiver, até, 3 linhas, ele ficará no mesmo
parágrafo e entre aspas.
*Citação recuada não tem aspas*.
Exemplo 3:
Explica Amaral (2011) que o desembarque acontecia no Brasil, mais especificamente nos
portos de Recife, Salvador, Rio de Janeiro e São Vicente. Logo após a chegada, eles eram
distribuídos para várias regiões brasileiras e realizavam todo tipo de trabalho.
34
Quando houver mais de 3 linhas de texto citado, a citação deverá ficar recuada e sem
aspas:
Exemplo 1:
Relatam Almeida et al. (2005) que o projeto de atração de imigrantes, em razão das novas
condições políticas e econômicas, começou a vigorar após 1880. Conforme Almeida et al.
(2005, p. 35): “No plano internacional, restrições à entrada de estrangeiros na Argentina e
nos Estados Unidos, e a estagnação econômica, na Itália, favoreceram o projeto brasileiro”.
Repare que, quando no meio do texto, a citação vem entre aspas para diferenciar
o texto da citação.
35
Quando a frase que será utilizada estiver dentro de um texto grande e você não pretender
usá-la toda, e sim partes dela, é aconselhável utilizar [...] para designar que o texto foi
cortado.
Exemplo 2:
“As propostas de melhorias de processo e tecnologia são coletadas e analisadas [...] com
base nos resultados de projetos piloto” (KOSCIANSKI; SOARES, 2007, p. 153).
Citação indireta
Caracteriza-se pelo resumo de uma obra ou um trecho lido (parafrasear). Deve apresentar
o nome do autor com o ano da obra.
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Deve-se seguir a formatação da Associação Brasileira de Normas Técnicas. Em relação à
ABNT, a citação indireta se diferencia bastante da direta, pois deve ser escrita “normalmente”,
ou seja, conforme o restante do corpo do texto. Veja a lista de normas:
Fonte Arial ou Times New Roman;
Tamanho 12;
Espaçamento entre linhas de 1,5;
Inserção do sobrenome do autor e ano de publicação da obra entre parênteses.
De acordo com Teixeira (2009), as imagens e as representações que estão nos livros
didáticos são fundamentais para o desenvolvimento das crianças em período de aprendizado.
Citação de citação
A citação de citação não é muito utilizada, pois se recomenda ler os livros na íntegra,
porém, se houver uma obra a que não se tem fácil acesso por ser de uma edição muito
antiga, pode ser apresentada conforme o exemplo a seguir:
Segundo Van Dijk (1983), citado por Fagundes (2001, p. 53), “no texto jornalístico é
convencional apresentar-se um resumo do acontecimento abordado. Esse resumo pode ser
expresso por letras grandes separadas do resto do texto ou na introdução no lead”.
Quando a citação se referir à ideia de algum autor citado por outro, deve-se empregar a
expressão apud entre o nome do autor do qual você pretende utilizar a ideia e o autor do
livro que você leu. Veja o exemplo a seguir:
37
Exemplo 1:
38
Podemos ver, claramente, o que se pensava da criança na obra de Ariès (1981), ao
apontar que:
Sobre este período, Bauab (1960, apud ALMEIDA, 2007) também traz o seu pensamento
ao considerar que este movimento [...].
ANEXOS E APÊNDICES
Anexos são documentos complementares à monografia, que esclarecem os conteúdos
nela tratados. Aos anexos pertencem, por exemplo, as transcrições (na íntegra) de dados
coletados, documentos, leis, pareceres etc. utilizados como suporte às discussões e que
prejudicariam a estética do trabalho caso fossem inseridos em seu corpo.
Anexos são necessários, na maioria das vezes, para que os leitores do trabalho busquem a
melhor compreensão das interpretações e das conclusões do autor. Em geral, são ordenados
a partir de um critério lógico, por exemplo, sequenciados por data de utilização no trabalho,
e aparecem numerados ou são indicados por letras (Anexo 1 ou Anexo A).
Essas denominações permitem que, ao fazer referência ao seu conteúdo no corpo do
trabalho, o autor da monografia apresente a indicação de onde se encontra o trecho na
íntegra. Exemplificando: “Conforme comentado no capítulo anterior, os dados referentes
ao participante André (Anexo 5) foram coletados em seu ambiente de trabalho”.
39
Os anexos aparecem, geralmente, após as referências bibliográficas. No entanto,
há controvérsias a esse respeito e muitos autores preferem inserir os anexos antes das
referências bibliográficas para que a numeração de suas páginas siga a numeração do
próprio trabalho.
Já os apêndices se caracterizam por serem materiais produzidos pelo próprio autor da
monografia. Fazem parte deles: os questionários utilizados na coleta de dados, as fichas e
os materiais preparados para coletar os dados em entrevistas, as tabelas elaboradas para
sustentar as discussões, os trechos da análise dos dados.
APÊNDICES
Pouco utilizados nas monografias (que optam por apresentar, no início, um sumário
com as indicações de assuntos e páginas), os índices, quando utilizados ao final da obra,
têm objetivos diversos. Eles podem apresentar uma lista de assuntos (índice denominado
como sistemático), lista de termos referidos (índice denominado como remissivo), lista de
todos os nomes próprios presentes (índice denominado como onomástico), lista de lugares
(índice denominado como toponímico) e lista de citações bíblicas (índice denominado como
escriturário).
8. A LINGUAGEM DA MONOGRAFIA
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Linguagem expositiva
A linguagem expositiva se caracteriza, nas monografias, pelo discurso teórico presente
tanto na introdução quanto na fundamentação teórica. A exposição exige que o autor
seja objetivo, que apresente os conceitos teóricos relevantes ao trabalho, atribuindo a ele
próprio ou a outros autores a responsabilidade enunciativa. Segundo Brandão (2001, p. 30):
Essa função “objetiva” não impede, entretanto, que seja permeada de elementos
analíticos, argumentativos ou críticos. Em verdade, a participação do pesquisador
se concretiza – o que não é pouco – desde a seleção do material, isto é, quando
faz os recortes teóricos, criativos ou críticos incorporados em seu texto e no modo
como distingue esses dados “objetivos” das suas próprias interpretações sobre eles.
Embora, rigorosamente falando, não exista em estado “puro”, podemos chamar de
“objetiva” aquela linguagem que procura apreender os fatos ou outra linguagem
em seus próprios elementos constitutivos, independentes de interpretação do
pesquisador e, “subjetiva”, aquela linguagem que expressa as reflexões pessoais,
opiniões ou propostas do pesquisador, devidamente, fundamentadas, e não
confundidas com as afirmações que, apenas, denunciam as reações afetivas de
agrado ou desagrado.
Linguagem descritiva
A linguagem descritiva se caracteriza, nas monografias, pelos relatos fortemente presentes
na metodologia. Nesse capítulo, o autor é convidado a detalhar os fatos relacionados ao
contexto de pesquisa e a todos os procedimentos que vão desde a escolha do corpus para
estudo e/ou coleta de dados aos critérios escolhidos para a análise. A linguagem descritiva
pressupõe a ausência de julgamentos e juízos de valor por parte do autor.
41
Linguagem analítica
A linguagem analítica se caracteriza, nas monografias, pelo uso da explicação e da
argumentação. Nesse sentido, faz uso de relações lógicas entre os elementos que se
encontram explícitos no texto e aqueles implícitos, mas provocadores de sentido em relação
ao objetivo da monografia.
É possível dizer que a linguagem analítica se presentifica com maior intensidade no
capítulo de discussão e argumentação, no qual são discutidos e sustentados os pontos de
vista do autor do trabalho à luz dos fundamentos teóricos selecionados.
Linguagem crítica
A linguagem crítica se caracteriza, nas monografias, pela emissão de opiniões e conclusões
do autor após o exaustivo questionamento a que submeteram os dados coletados ou o
corpus de análise. Segundo Brandão (2001, p. 31):
42
9. DICAS IMPORTANTES PARA ANTES DE COMEÇAR: PASSOS DA PESQUISA
Dependendo do tema e/ou texto escolhido pelos alunos do grupo, o trabalho poderá
caracterizar-se como uma pesquisa analítico-bibliográfica, somente, ou uma pesquisa
de campo (contendo entrevistas e coleta de dados). É importante, nesse sentido, atuar
eticamente, em especial, quando a atividade envolver os seres humanos, levando em
consideração o seguinte:
Participantes da pesquisa têm o direito de receber a informação prévia sobre o fato
de estarem fazendo parte de um trabalho acadêmico, qual é a temática envolvida, a
duração e a frequência dos encontros etc.;
O relacionamento entre o pesquisador e os participantes da pesquisa deve ter caráter
formal;
Com frequência, as escolas, empresas e outras instituições se queixam de que os
alunos vão até elas, recolhem o material e, depois, desaparecem sem retornar para
apresentar as conclusões da pesquisa. O participante da pesquisa, quer seja um
indivíduo quer seja uma instituição, não só merece, como também tem o direito de
receber um retorno após o término do trabalho. Por exemplo, pode-se enviar os
resultados da atividade desenvolvida, um agradecimento especial, um exemplar da
monografia, convites para assistir à apresentação da pesquisa etc.
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ESPECIFICAÇÃO DO CORPUS
Entende-se por corpus a delimitação do universo a ser estudado, isto é, o objeto sobre o
qual o pesquisador irá deter-se: textos, fragmentos etc. Observe os itens a seguir:
Corpora
A escolha do corpus depende do assunto que se pretende estudar;
Um corpus precisa ser representativo em relação ao fato escolhido, ou seja, não
posso desejar estudar a fala dos habitantes de determinada comunidade de poloneses,
no sul do país, tendo como corpus apenas a gravação da conversa de duas ou três
pessoas da mesma família, pois isso não me permitiria perceber como eles são
influenciados pela fala de outros habitantes da comunidade;
Um corpus pode ser muito extenso e, então, é possível encontrar nele uma
diversidade de situações para estudar; ou pode ser muito limitado. Compor-se, por
exemplo, da fala de um único indivíduo; então, seria impossível estudar o seu idioleto;
Todo corpus contém fatos marginais, ou seja, aqueles que contêm erros,
incoerências, jogos de palavras etc., que deverão ser criticados pelo linguista em sua
análise;
Um corpus se torna mais significativo quando os dados são gravados, pois, dessa
forma, é possível transcrever os dados e os ruídos que, eventualmente, aparecem na
oralidade e que podem ser descartados no momento da análise.
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Materiais construídos
São aqueles elaborados por informantes. Os materiais construídos ultrapassam os limites
do corpus, pois dependem dos informantes. No entanto, podem apresentar as armadilhas
para o linguista, ou seja, o informante pode descartar os enunciados significativos ou
apresentar os enunciados complexos demais (que fogem ao que propôs o linguista); ou,
ainda, entender as normas ou as regras do trabalho de diferentes formas, interferindo nas
informações ou enunciados que produz;
Materiais construídos independem da situação real e focalizam, apenas, o fato linguístico
que está sendo analisado.
Avaliação
O professor de TC dará uma nota levando em consideração:
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2) Pesquisa bibliográfica (2,5 pontos)
Pertinência dos textos escolhidos;
Leitura crítica dos textos;
Escrita dentro da proposta e das normas da ABNT.
3) Elaboração do trabalho
Coesão e coerência (2,5 pontos);
Argumentação (2,5 pontos).
46
D’ONOFRIO, S. Metodologia do trabalho intelectual. São Paulo: Atlas, 1999.
ECO, U. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 1989.
GARCIA, O. M. Comunicação em prosa moderna. Rio de Janeiro: FGV, 1977.
GUIDIN, M. L. Di R. Manual de TCC – UNIP, 2003.
HÜBNER, M. M. Guia para elaboração de monografias e projetos de dissertação de
mestrado e doutorado. São Paulo: Mackenzie, 1998.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Metodologia científica. São Paulo: Atlas, 1991.
MACHADO, A. R. (Notas de aula). Gênero Tese. LAEL – PUC-SP, 2001.
MEDEIROS, J. B. Redação científica. São Paulo: Atlas, 1996.
MOISÉS, M. Literatura: mundo e forma. São Paulo: Cultrix, 1982.
1. Alfabetização e letramento.
2. Artes e educação (artes plásticas, música, dança e teatro).
3. Aspectos sociais da educação inclusiva (bullying, diversidade de gênero, diversidade
étnico-racial, diferenças culturais ou religiosas, inclusão digital etc.).
4. Aspectos de necessidades especiais na educação inclusiva (autismo, síndrome de
Down, paralisia cerebral, deficiência visual, deficiência auditiva, TDAH etc.).
5. Avaliação educacional.
6. Currículo e cultura.
7. Dificuldades de aprendizagem.
8. Direitos humanos.
47
9. Educação ambiental.
10. Educação de jovens e adultos.
11. Educação e tecnologias (informática, internet, diferentes mídias etc.).
12. Educação Infantil (história da infância, estruturas institucionais etc.).
13. Educação profissional no Ensino Médio.
14. Filosofia e educação.
15. Gestão da educação em ambientes escolares e não escolares (empresas, comunidades
quilombolas, comunidades indígenas, comunidades ribeirinhas, hospitais etc.).
16. História da educação.
17. Jogos, brinquedos e brincadeiras na infância.
18. Legislação e políticas públicas para a educação.
19. Literatura infantil.
20. Metodologia no Ensino Fundamental (Língua Portuguesa, História, Geografia,
Matemática, Ciências etc.).
21. Projetos educacionais.
22. Psicologia na educação.
23. Sociologia e educação.
24. Supervisão de ensino ou orientação educacional.
25. Temas transversais (orientação sexual, saúde, ética etc.).
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UNIVERSIDADE PAULISTA
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
NOME E SOBRENOME
TÍTULO:
SUBTÍTULO
TÍTULO:
SUBTÍTULO
Dedicatória [opcional]
RESUMO
Palavras-chave: Assunto. Assunto. Assunto (de 3 a 5 palavras que facilitem a busca pelo
trabalho).
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 7
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 8
2. MÉTODO 9
3. ANÁLISE E DISCUSSÃO 10
CONSIDERAÇÕES FINAIS 11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 12
INTRODUÇÃO
É o texto inicial que abre e apresenta a discussão para o leitor. Deve explicitar
sinteticamente qual é o tema em análise e o projeto proposto, bem como relacionar, brevemente,
o tema de cada capítulo. A introdução vai se adequando ao trabalho.
A introdução deve conter:
Justificativa: Razão da pesquisa, porque pesquisar esse tema. Evitar as citações, mas
trazer os autores significativos para a pesquisa;
Objetivo: Onde se pretende chegar com essa pesquisa;
Problema: A pergunta que será o propósito da pesquisa. A pesquisa buscará responder
uma questão relevante para a academia;
Hipótese: Toda pergunta tem uma possível resposta, que poderá ter, ou não, comprovada
a sua veracidade;
Referências: Autores (não precisam ser muitos) que darão fundamentação para o trabalho (os
principais);
Método: Como realizará a sua pesquisa (qualitativo, tendo como instrumento
o levantamento bibliográfico)?
Apresentação dos capítulos que virão.
8
Citação com até 3 linhas deve manter-se no mesmo parágrafo com a mesma fonte do
texto e tamanho (Arial ou Times New Roman, 12) entre aspas.
Com mais de três linhas de 4 cm, com relação ao restante do texto, sem aspas.
Os textos devem trazer o embasamento teórico.
Ex.: De acordo com o Autor (ano da obra) .........
Caso haja a necessidade, coloque 1.3.1....
9
CAPÍTULO II – MÉTODO
Exemplo:
Professores do Ensino Fundamental da escola pública...
Etapas da pesquisa.
Tempo de realização.
10
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Relação alfabética, por ordem do sobrenome dos autores de todos os trabalhos consultados,
seja para a redação dos capítulos, seja para a redação do projeto de intervenção. As orientações
gerais das normas de citação são encontradas em:
https://www.unip.br/servicos/biblioteca/download/manual_de_normalizacao_abnt.pdf
SILVA, Lisienne de M. N. G.
Nome
13
APÊNDICE I