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Ergonomia II

Universidade do Estado do Pará – UEPA


Campus VI / Paragominas
Curso de Bacharelado em Design
Período: de 23/04 a 06/05/2019
BREVE RESUMO – ERGONOMIA I
UNIDADE I – FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA UNIDADE III – ORGANISMO HUMANO
•Origem 1.Função Neuromuscular
•Evolução 2.Coluna vertebral
•Diferentes conceitos 3.Metabolismo
•Abordagem 4.Visão
5.Audição
UNIDADE II – ANTROPOMETRIA: MEDIDAS E 6.Outros sentidos
APLICAÇÕES
1.Diferenças individuais UNIDADE IV – METODOLOGIA DE PESQUISA DE
2.Realização de medidas e aplicações CAMPO
antropométricas Análise da demanda
3.Antropometria Estática e Dinâmica Análise da tarefa
4.Postura do Corpo Análise da atividade
5.Levantamento e transporte de cargas Diagnóstico
PLANO DE ENSINO
Carga horária: 60h (12 dias)
CH Teórica: 20h (4 dias)
CH Prática: 40h (8 dias)

OBJETIVO: Fornecer métodos e técnicas que permitam detectar e diagnosticar


aspectos ergonômicos de produtos e estações de trabalho.

EMENTA: Postos de Trabalho; Diagnóstico e Recomendações Ergonômicas; Condições


Ambientais de Trabalho; Segurança no trabalho; Manejos e controles; Aplicação dos
Conhecimentos em Design do Produto III.
PLANO DE ENSINO
BIBLIOGRAFIA BÁSICA

IIDA, Itiro. Ergonomia: projeto e produção. Editora Edgard Blucher, 2005.

SZNELWAR, Laerte Idal; ABRAHAO, Julia; SILVINO, Alexandre. Introdução a Ergonomia:


da pratica à teoria . Editora Edgard Blucher , 2009.

DUL, Jan; WEERDMEISTER, Bernard. Ergonomia Prática. 2 ed. Ver. E ampl. São Paulo:
Edgard Blücher, 2004.
PLANO DE ENSINO
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

CAM CAMBIAGHI, Silvana. Desenho universal: métodos e técnicas para arquitetos e


urbanistas. 2. ed. rev. São Paulo: SENAC, 2007.

MÁSCULO, F. S.; VIDAL, N. C.(Org.). Ergonomia: trabalho adequado e eficiente. Rio de


Janeiro: Elsevier, 2011. (Abepro).

GOMES FILHO, João. Ergonomia do Objeto – sistema técnico de leitura. Editora


Escrituras, 2010.
PLANO DE ENSINO
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

GRANDJEAN, Etienne. Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao homem. 2. ed.


Porto Alegre : Bookman, 1998.

NR 17 - NORMA REGULAMENTADORA 17: Ergonomia. Disponível em


http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr17.htm.

BRASIL. Ministério do Trabalho e do Emprego;. Manual de aplicação da Norma


regulamentadora nº 17. 2.ed. Brasília, DF: Ministério do Trabalho, 2002.
PLANO DE ENSINO
ERGONOMIA II
Fornecer métodos e técnicas que permitam detectar e diagnosticar
aspectos ergonômicos de produtos e estações de trabalho.
CONTEÚDO
EMENTA NR 17
Postos de Trabalho; Estabelecer parâmetros que permitam
Diagnóstico e Recomendações Ergonômicas; a adaptação das condições de trabalho
Condições Ambientais de Trabalho; às características psicofisiológicas dos
Segurança no trabalho; trabalhadores, de modo a proporcionar
Manejos e controles; um máximo de conforto, segurança e
Aplicação dos Conhecimentos em Design do Produto III. desempenho eficiente.

ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO


PLANO DE ENSINO
COMPETÊNCIAS

Os discentes são estimulados a desenvolver as seguintes competências:


1. Conectar repertórios existentes no cenário da cultura para a produção de
conhecimento;
2. Planejar, elaborar, supervisionar e coordenar projetos de produtos e serviços
de Design;
3. Implementar novos conhecimentos, procedimentos, fazer de modo novo.
PLANO DE ENSINO
HABILIDADES 2.6 Dominar linguagem técnica específica;
2.7 Trabalhar em equipe;
COMPETÊNCIA 1. Conectar repertórios existentes no
cenário da cultura para a produção de conhecimento; 2.12 Identificar, formular e resolver problemas de Design;
1.1 Buscar informações nas diversas áreas do 2.13 Desenvolver e/ou utilizar novas ferramentas e
conhecimento; técnicas;
1.3 Ampliar o repertório de alternativas projetuais; 2.16 Analisar a viabilidade técnica e econômica de
projetos.
1.4 Aprimorar a capacidade analítica e de síntese;
1.5 Avaliar de forma autocrítica os projetos;
COMPETÊNCIA 3. Implementar novos conhecimentos,
1.6 Possuir capacidades multidisciplinares; procedimentos, fazer de modo novo.
1.7 Atuar em atividades interdisciplinares; 3.3 Identificar demandas sociais e propor soluções;
3.6 Acompanhar as mudanças e inovações da sociedade
local e global.
COMPETÊNCIA 2. Planejar, elaborar, supervisionar e
coordenar projetos de produtos e serviços de Design;
PLANO DE ENSINO
METODOLOGIA/RECURSOS
-Aulas teóricas e orientações às atividades práticas;
-Utilização de recursos audiovisuais (projetor multimídia e caixas amplificadas) para apresentação de slides e
vídeos;
-Utilização de textos específicos disponibilizados no formato pdf.
PLANO DE ENSINO
AVALIAÇÃO
Serão levados em consideração no processo avaliativo da disciplina a freqüência e participação individual de
cada aluno.
A 1ª avaliação será de conhecimento individual acerca dos tópicos abordados através de prova objetiva.
Para a 2ª avaliação serão estimuladas atitudes de cooperação entre os discentes para o desenvolvimento de
atividades em grupo, culminando na apresentação de seminários sobre os tópicos estudados.
NR17
17.1. Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de
trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto,
17.1 segurança e desempenho eficiente.

17.2

17.3

17.4

17.5

17.6
Comentários
•A palavra parâmetros criou uma falsa
17.1 expectativa de que seriam fornecidos
valores precisos, normatizando toda e
17.2 qualquer situação de trabalho. Apenas para
entrada eletrônica de dados, é que há
17.3 referência a números precisos.
17.4 •No entanto, os resultados dos estudos
realizados no Brasil e no exterior devem ser
17.5 utilizados nas transformações das condições
de trabalho de modo a proporcionar um
17.6 máximo de conforto, segurança e
desempenho eficiente.
Comentários
•As características psicofisiológicas dizem respeito a todo o
conhecimento referente ao funcionamento do ser humano.
17.1
•a psicofisiologia estuda uma dimensão corporal e uma
17.2 dimensão mental (ou se quisermos psicoemocional)
•Como referem Cacioppo, Tassinary & Berntswon (2007), a
17.3 psicofisiologia é uma ideia antiga relacionada com uma
ciência relativamente recente, verificando-se que, desde que
17.4 a humanidade começou a ter a percepção dos seus próprios
fenômenos internos, emocionais, cognitivos, sensoriais, etc.,
17.5 foi crescendo a ideia, de forma intuitiva, que, de alguma
forma, as alterações corporais deveriam estar, em alguma
17.6 medida, relacionadas com os estados de humor, os
sentimentos, as frustrações e as mais diversas manifestações
humanas.
Comentários

17.1

17.2 •Riscos ergonômicos = Qualquer fator que possa


interferir nas características psicofisiológicas do
17.3 trabalhador, causando desconforto ou afetando
sua saúde. São exemplos de risco ergonômico: o
17.4 levantamento de peso, ritmo excessivo de
trabalho, monotonia, repetitividade, postura
17.5 inadequada de trabalho, etc.

17.6
Comentários
•Algumas características psicofisiológicas do ser humano:
•Prefere escolher livremente sua postura, dependendo das
exigências da tarefa e do estado de seu meio interno;
17.1
•Suas capacidades sensorimotoras modificam-se com o
17.2 processo de envelhecimento, mas perdas eventuais são
amplamente compensadas por melhores estratégias de
17.3 percepção e resolução de problemas desde que possa
acumular e trocar experiência;
17.4 •Para se avaliar o conforto, é imprescindível a expressão do
trabalhador. Só ele poderá confirmar ou não a adequação
17.5 das soluções que os técnicos propuseram.
17.6
Comentários

17.1
•O desempenho eficiente não deve ser encarado
17.2 apenas como uma otimização do volume da
produção.
17.3 •Para que seja considerado eficiente, é necessário
que o trabalhador possa permanecer no processo
17.4 produtivo durante todo o tempo que a própria
sociedade estipula como sendo seu dever,
principalmente agora que o sistema previdenciário
17.5 está deficitário.
17.6
Comentários

17.1
•Se o trabalhador deve permanecer por mais tempo
na vida ativa, é preciso que suas condições
17.2 permitam a execução das tarefas até uma idade
mais avançada.
17.3
•Querer postergar a idade da aposentadoria sem a
17.4 contrapartida da melhoria dos postos de trabalho, é
condenar uma grande parcela da população ao
17.5 desemprego ou, na melhor das hipóteses, a uma
aposentadoria precoce por invalidez.
17.6
NR17
17.1.1. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao:
Levantamento, transporte e descarga de materiais(1), ao mobiliário(2), aos equipamentos(3) e às condições
ambientais do posto de trabalho(4) e à própria organização do trabalho(5).
17.1

17.2

17.3
Comentário:
17.4
A inclusão da organização do trabalho dentro do que se entende por condições de trabalho e sujeita à atuação é o
avanço mais significativo da nova redação. Até então, a organização do trabalho era considerada intocável e
17.5 passível de ser modificada apenas por iniciativa da empresa, muito embora os estudos comprovassem o papel
decisivo desempenhado por ela na gênese de numerosos comprometimentos à saúde do trabalhador que não se
17.6 limitam aos distúrbios osteomusculares.
NR17
17.1.2. Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao
empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho,
conforme estabelecido nesta Norma Regulamentadora.

17.1
Comentários:
17.2 Este subítem foi colocado para ser usado quando o auditor-fiscal do trabalho tivesse dificuldade para entender situações
complexas em que fosse necessária a presença de um ergonomista. Evidentemente, nesse caso, os gastos com a análise
17.3 devem ser cobertos pelo empregador.
A maioria das situações de trabalho coloca problemas ergonômicos facilmente detectados pelo auditor-fiscal do trabalho
17.4 que não demandam a opinião de ergonomistas. Por exemplo, o trabalho contínuo na posição em pé pode ser mudado
sem se recorrer ao ergonomista. Basta que se estude uma mudança do arranjo físico e do mobiliário de modo a permitir
17.5 a alternância de posturas: sentada e em pé.
A análise começa por uma demanda que pode ter diversas origens. Pode ser a constatação de que em determinado
17.6 setor há um número elevado de doenças ou acidentes (demanda de saúde) ou reclamações de sindicato de
trabalhadores (demanda social) ou a partir de uma notificação de auditores-fiscais do trabalho ou de ações civis públicas
(demandas legais) que, por sua vez, também se originaram de alguma queixa ou reclamação. Da parte das empresas,
uma demanda quase sempre advém da necessidade de melhorar a qualidade de um produto ou serviço prestado ou
motivado por maiores ganhos de produtividade.
NR17
17.2. Levantamento, transporte e descarga individual de materiais.

17.1

17.2

17.3

17.4

17.5

17.6
NR17
17.2. Levantamento, transporte e descarga individual de materiais.

17.1

17.2

17.3

17.4

17.5

17.6
NR17
17.2. Levantamento, transporte e descarga individual de materiais.
17.2.1. Para efeito desta Norma Regulamentadora:
17.1 17.2.1.1. Transporte manual de cargas designa todo transporte no qual o peso da carga é suportado inteiramente
por um só trabalhador, compreendendo o levantamento e a deposição da carga.
17.2
17.2.1.2. Transporte manual regular de cargas designa toda atividade realizada de maneira contínua ou que
inclua, mesmo de forma descontínua, o transporte manual de cargas.
17.3
17.2.1.3. Trabalhador jovem designa todo trabalhador com idade inferior a dezoito anos e maior de quatorze
17.4 anos.

17.5 17.2.2. Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um trabalhador cujo peso seja
suscetível de comprometer sua saúde ou sua segurança.
17.6 17.2.3. Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas, que não as leves, deve receber
treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho que deverá utilizar, com vistas a
salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes.
NR17
17.2.4. Com vistas a limitar ou facilitar o transporte manual de cargas deverão ser usados meios técnicos
apropriados.
17.2.5. Quando mulheres e trabalhadores jovens forem designados para o transporte manual de cargas, o peso
17.1 máximo destas cargas deverá ser nitidamente inferior àquele admitido para os homens, para não comprometer a
sua saúde ou a sua segurança.
17.2
17.2.6. O transporte e a descarga de materiais feitos por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, carros de
17.3 mão ou qualquer outro aparelho mecânico deverão ser executados de forma que o esforço físico realizado pelo
trabalhador seja compatível com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou a sua segurança.
17.4 17.2.7. O trabalho de levantamento de material feito com equipamento mecânico de ação manual deverá ser
executado de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade de força e
17.5 não comprometa a sua saúde ou a sua segurança.
17.6
Comentários
Fonte: http://www.ergotriade.com.br/single-post/2016/07/29/Qual-%C3%A9-o-Limite-de-Peso-Recomendado-
Legisla%C3%A7%C3%A3o-Conceitos-NIOSH-e-5-Dicas
A CLT – Consolidação das Leias do Trabalho, art. 198/199, e Convenção OIT n.127, determinam um limite de 60 kg para
17.1 homens e 25 kg para mulheres. Mas não precisa ser nenhum gênio para concluir que esse padrão está ultrapassado.
Para se ter uma ideia, esse valor foi estipulado com base nas sacas de café que pesavam 60 kg. Já a Norma
17.2 Regulamentadora NR 17 que trata especificamente sobre ergonomia não define nada.

17.3
A comunidade Européia determinou, por consenso, 25 kg. Porém, a ACGIH (American Conference of Governmental
17.4 Industrial Hygienists), entidade que determina os limites de tolerância toma como aceitável 32 kg. Couto estabeleceu
limites utilizando três tabelas com bases cientificas nas recomendações da própria ACGIH no ano de 2005. Os limites
17.5 tem como base fundamentalmente três variáveis principais: 1) frequência do levantamento, 2) distância vertical (altura
entre a carga e o piso) e 3) distância horizontal (distância entre o individuo e a carga).
17.6
Comentários
Uma das ferramentas mais utilizadas e aceitas no meio. De Essa equação foi elaborada levando-se em conta três critérios:
uso universal, que apresenta uma boa precisão e considera
diversos fatores é a equação de NIOSH. Com ela, pode-se ✓ O biomecânico, que limita o estresse na região lombo-sacra, que é o
17.1 definir de forma objetiva e quantitativa qual o limite mais importante em levantamentos pouco freqüentes que, porém,
requerem um sobreesforço;
recomendado para o levantamento manual de uma carga.
17.2 A equação é essa:
✓ O critério fisiológico, que limita o estresse metabólico e a fadiga
17.3 associada a tarefas de caráter repetitivo;
LPR = Cc X FDH X FAV X FDVP X FA X FFL X FQP
Sendo: ✓ E o critério psicofísico, que limita a carga baseando-se na percepção
17.4
LPR =Limite de peso recomendado que o trabalhador tem da sua própria capacidade, aplicável a todo
17.5 Cc = Constante da carga = 23 kg; tipo de tarefa, exceto àquelas em que a freqüência de levantamento
FDH = Fator distância horizontal é elevada (mais de seis levantamentos por minuto).
17.6 FAV = Fator altura vertical
FDVP = Fator distância vertical percorrida
FA = Fator de assimetria
FFL = Fator de frequência de levantamento
FQP = Fator de qualidade da pega.
Comentários
Foi proposto por NIOSH (National Institute for Occupational Safety and Health, nos Estados Unidos) na década de 1990,
um limite máximo razoável para o levantamento de cargas, cujo valor é 23 kg, em condições ideais, podendo ser
reduzido significativamente conforme as condições do posto de trabalho onde a atividade é realizada.
17.1

17.2 É importante ressaltar que esse limite de 23 kg, não garante uma segurança de 100%. Existem muitos fatores que
contribuem para os acometimentos da coluna vertebral além da atividade de levantar pesos. Pré-disposição, idade,
hábitos de vida entre outros. Podemos dizer conforme a literatura que o limite de 23 kg garante uma margem de
17.3 segurança para 95% dos homens e 90% das mulheres consideradas saudáveis (sem histórico de lesão, por exemplo).
17.4

17.5

17.6
NR17
17.3. Mobiliário dos postos de trabalho.

17.1
comentários:
➢O mobiliário deve ser concebido com regulagens que permitam ao trabalhador adaptá-lo as suas características
17.2 antropométricas (altura, peso, comprimento das pernas etc.). Deve permitir também alternâncias de posturas
(sentado, em pé etc.), pois não existe nenhuma postura fixa que seja confortável;
17.3
➢Não é recomendável que as dimensões dos postos de trabalho sejam adaptadas somente à população que esteja
17.4 empregada;
➢Concluindo, o mobiliário deve ser adaptado não só às características antropométricas da população, mas
17.5 também à natureza do trabalho, ou seja, às exigências da tarefa;
17.6
NR17

17.1

17.2

17.3

17.4

17.5

17.6

A invenção das baias transformou os


escritórios. Até os anos 60, as pessoas
sentavam-se como numa sala de aula (acima,
à esq.)
NR17
17.3.1. Sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de trabalho deve ser planejado ou
adaptado para esta posição.

Comentário:
17.1
Considerar a adaptação dos postos de trabalho de modo a permitirem a alternância de postura;
17.2 17.3.2. Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé, as bancadas, mesas, escrivaninhas e os painéis
devem proporcionar ao trabalhador condições de boa postura, visualização e operação e devem atender aos seguintes
17.3 requisitos mínimos:
a) ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de atividade, com a distância requerida
17.4 dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do assento;

17.5 b) ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador;


c) ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentação adequados dos segmentos
17.6 corporais.

Comentário:
Consulta a manuais especializados em mobiliário ou consultoria em ergonomia.
NR17

17.1

17.2

17.3

17.4

17.5

17.6
NR17
17.3.2.1. Para trabalho que necessite também da utilização dos pés, além dos requisitos estabelecidos no subitem
17.3.2, os pedais e demais comandos para acionamento pelos pés devem ter posicionamento e dimensões que
possibilitem fácil alcance, bem como ângulos adequados entre as diversas partes do corpo do trabalhador, em
função das características e peculiaridades do trabalho a ser executado.
17.1

17.2 Comentário:
Os equipamentos, as condições ambientais e a organização do trabalho também devem ser adaptados às
17.3
características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho (leia-se, às exigências da tarefa),
levando em conta também à sensação de conforto, isto é, os trabalhadores têm de ser consultados e deverão
17.4 aprovar os equipamentos, as condições ambientais e a organização do trabalho, pois só eles podem atestar seu
conforto ou não.
17.5

17.6
NR17
17.3.3. Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes requisitos mínimos de
conforto:
a) altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida;
17.1
b) características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento;
17.2
c) borda frontal arredondada;
17.3 d) encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar.
17.4 17.3.4. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados, a partir da análise ergonômica do
trabalho, poderá ser exigido suporte para os pés, que se adapte ao comprimento da perna do trabalhador.
17.5 17.3.5. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé, devem ser colocados assentos para
descanso em locais em que possam ser utilizados por todos os trabalhadores durante as pausas.
17.6
Comentários:
Ídem ao ítem 17.3.2.1
NR17

17.1

17.2

17.3

17.4

17.5

17.6
NR17
17.4. Equipamentos
dos postos de trabalho.

17.1

17.2

17.3

17.4

17.5

17.6
NR17
17.4. Equipamentos dos postos de trabalho.
17.4.1. Todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho
devem estar adequados às características psicofisiológicas dos
17.1 trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.
17.2 17.4.2. Nas atividades que envolvam leitura de documentos para
digitação, datilografia ou mecanografia deve:
17.3
a) ser fornecido suporte adequado para documentos que possa ser
ajustado proporcionando boa postura, visualização e operação, evitando
17.4 movimentação freqüente do pescoço e fadiga visual;
17.5 b) ser utilizado documento de fácil legibilidade sempre que possível,
sendo vedada a utilização do papel brilhante, ou de qualquer outro tipo
17.6 que provoque ofuscamento.
NR17
17.4.3. Os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com
terminais de vídeo devem observar o seguinte:
a) condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela do
17.1 equipamento à iluminação do ambiente, protegendo-a contra reflexos, e
proporcionar corretos ângulos de visibilidade ao trabalhador;
17.2
b) o teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo ao trabalhador
17.3 ajustá-lo de acordo com as tarefas a serem executadas;
c) a tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de
17.4 maneira que as distâncias olho-tela, olho-teclado e olho-documento sejam
aproximadamente iguais;
17.5
d) serem posicionados em superfícies de trabalho com altura ajustável.
17.6
NR17
17.4.3.1. Quando os equipamentos de processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo forem
utilizados eventualmente poderão ser dispensadas as exigências previstas no subitem 17.4.3, observada a
natureza das tarefas executadas e levando-se em conta a análise ergonômica do trabalho.
17.1
Comentários:
17.2
Levar em conta a opinião dos trabalhadores antes da compra de equipamentos;
17.3 “Adequados à natureza do trabalho” significa que os equipamentos devem facilitar a execução da tarefa
específica. Ex: martelo, furadeiras/parafusadeiras, cadeira de secretária, cadeiras de odontólogos;
17.4

17.5

17.6
NR17

17.1

17.2

17.3

17.4

17.5

17.6
NR17

17.1

17.2

17.3

17.4

17.5

17.6
NR17
17.5. Condições ambientais de trabalho.
Apesar da redundância, insistimos que não se trata de caracterizar insalubridade. Para tal, foi elaborada a Norma
Regulamentadora nº 15.
17.1
17.5.1. As condições ambientais de trabalho devem estar adequadas às características psicofisiológicas dos
trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.
17.2
O ambiente físico do trabalho pode favorecer ou dificultar a execução do mesmo.
17.3 17.5.2. Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual e atenção
constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de
17.4 projetos, dentre outros, são recomendadas as seguintes condições de conforto:

17.5
a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira registrada no INMETRO;
b) índice de temperatura efetiva entre 20oC (vinte) e 23oC (vinte e três graus centígrados);
17.6
c) velocidade do ar não superior a 0,75m/s;
d) umidade relativa do ar não inferior a 40 (quarenta) por cento.
NR17

17.1

17.2

17.3

17.4

17.5

17.6
NR17
17.5.2.1. Para as atividades que possuam as características definidas no subitem 17.5.2, mas não apresentam
equivalência ou correlação com aquelas relacionadas na NBR 10152, o nível de ruído aceitável para efeito de conforto
será de até 65 dB (A) e a curva de avaliação de ruído (NC) de valor não superior a 60 dB.

17.1 17.5.2.2. Os parâmetros previstos no subitem 17.5.2 devem ser medidos nos postos de trabalho, sendo os níveis de
ruído determinados próximos à zona auditiva e as demais variáveis na altura do tórax do trabalhador.
17.2 17.5.3. Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou artificial, geral ou suplementar,
apropriada à natureza da atividade.
17.3 17.5.3.1. A iluminação geral deve ser uniformemente distribuída e difusa.

17.4 17.5.3.2. A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de forma a evitar ofuscamento, reflexos
incômodos, sombras e contrastes excessivos.
17.5 17.5.3.3. Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho são os valores de iluminâncias
estabelecidos na NBR 5413, norma brasileira registrada no INMETRO.
17.6 17.5.3.4. A medição dos níveis de iluminamento previstos no subitem 17.5.3.3 deve ser feita no campo de trabalho onde
se realiza a tarefa visual, utilizando-se de luxímetro com fotocélula corrigida para a sensibilidade do olho humano e em
função do ângulo de incidência.
17.5.3.5. Quando não puder ser definido o campo de trabalho previsto no subitem 17.5.3.4, este será um plano
horizontal a 0,75m (setenta e cinco centímetros) do piso.
NR17

17.1

17.2

17.3

17.4

17.5

17.6
NR17

17.1

17.2

17.3

17.4

17.5

17.6
NR17
17.6. Organização do trabalho.
17.6.1. A organização do trabalho deve ser adequada às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à
natureza do trabalho a ser executado.
17.1
17.6.2. A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em consideração, no mínimo:
17.2
a) as normas de produção;
17.3 b) o modo operatório;
17.4 c) a exigência de tempo;
d) a determinação do conteúdo de tempo;
17.5
e) o ritmo de trabalho;
17.6
f) o conteúdo das tarefas.
NR17
17.6.3. Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do pescoço, ombros, dorso e
membros superiores e inferiores, e a partir da análise ergonômica do trabalho, deve ser observado o seguinte:
a) todo e qualquer sistema de avaliação de desempenho para efeito de remuneração e vantagens de qualquer
17.1 espécie deve levar em consideração as repercussões sobre a saúde dos trabalhadores;
17.2 b) devem ser incluídas pausas para descanso;
c) quando do retorno do trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 (quinze) dias, a
17.3
exigência de produção deverá permitir um retorno gradativo aos níveis de produção vigentes na época anterior ao
afastamento.
17.4
17.6.4. Nas atividades de processamento eletrônico de dados, deve-se, salvo o disposto em convenções e acordos
17.5 coletivos de trabalho, observar o seguinte:

17.6 a) o empregador não deve promover qualquer sistema de avaliação dos trabalhadores envolvidos nas atividades
de digitação, baseado no número individual de toques sobre o teclado, inclusive o automatizado, para efeito de
remuneração e vantagens de qualquer espécie;
NR17
b) o número máximo de toques reais exigidos pelo empregador não deve ser superior a 8.000 por hora
trabalhada, sendo considerado toque real, para efeito desta NR, cada movimento de pressão sobre o teclado;
c) o tempo efetivo de trabalho de entrada de dados não deve exceder o limite máximo de 5 (cinco) horas, sendo
17.1 que, no período de tempo restante da jornada, o trabalhador poderá exercer outras atividades, observado o
disposto no art. 468 da Consolidação das Leis do Trabalho, desde que não exijam movimentos repetitivos, nem
17.2 esforço visual;

17.3 d) nas atividades de entrada de dados deve haver, no mínimo, uma pausa de 10 minutos para cada 50 minutos
trabalhados, não deduzidos da jornada normal de trabalho;
17.4 e) quando do retorno ao trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 (quinze) dias, a
exigência de produção em relação ao número de toques deverá ser iniciado em níveis inferiores do máximo
17.5 estabelecido na alínea "b" e ser ampliada progressivamente.
17.6
NR 17
Resumo
17.1 - Conceitos (conforto, segurança e eficiência).
17.2 - Levantamento, transporte e descarga individual de materiais.
17.3 - Mobiliário dos postos de trabalho.
17.4 - Equipamentos dos postos de trabalho.
17.5 - Condições ambientais de trabalho.
17.6 - Organização do trabalho.
AET – Análise Ergonômica do Trabalho
A análise ergonômica do trabalho propõe investigar,
por meio de regras científicas, as condições de trabalho,
tanto no que tange ao conforto e à segurança,
mas à usabilidade, à percepção sensorial,
à comunicação, ao relacionamento interpessoal, etc..

LIMA, João Ademar de Andrade. Bases teóricas para uma Metodologia de Análise Ergonômica
Disponível em http://www.ergonomianotrabalho.com.br/analise-ergonomica-bases-teoricas-para-uma-metodologia.pdf
Acesso em 25 de abril de 2018.
AET – Análise Ergonômica do Trabalho
Não basta entrar numa fábrica ou loja e sair “olhando”,
procurando “defeitos”; há de se investigar,
de forma prescrita e sistematizada,
o entorno de cada problema, não apenas identificando-o,
mas tendo o discernimento de propor as reais e possíveis
soluções que este possa vir a ter e, ainda, apontar e “provar”
- cientificamente - o seu fenômeno causador.

LIMA, João Ademar de Andrade. Bases teóricas para uma Metodologia de Análise Ergonômica
Disponível em http://www.ergonomianotrabalho.com.br/analise-ergonomica-bases-teoricas-para-uma-metodologia.pdf
Acesso em 25 de abril de 2018.
AET – Análise Ergonômica do Trabalho
“A avaliação é um trabalho minucioso que
requer extrema paciência, dedicação, além de
profundo conhecimento técnico [...] Mencionar
apenas se uma situação é satisfatória ou
insatisfatória não leva a nada; tais conclusões
independem de conhecimento ergonômico, são
apenas uma questão de bom senso. Conseguir
‘enxergar’ o que não é óbvio é tarefa para
especialistas”.

VOLPI, Sylvia. A avaliação ergonômica. s.n.t..


Disponível em http:// www.sylviavolpi.com.br.
Acesso em 20 de julho de 2003.
AET – Análise Ergonômica do Trabalho

(?)
UEPA
CAMPUS VI
PARAGOMINAS
AET – Análise Ergonômica do Trabalho
Deve ser providenciada pelo empregador;

ORIGEM DA DEMANDA:
✓Demanda de saúde
✓Demanda social
✓Demanda legal
✓Demanda da empresa

QUANDO É NECESSÁRIA:
✓Quando, prioritariamente, situações de trabalho estejam apresentando algum tipo de problema para os
trabalhadores, seja de saúde e/ou insatisfação.
✓Quando se visa concorrer para um aumento de produtividade da empresa em função de melhorias ergonômicas.

OBJETIVOS:
✓Avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psico-fisiológicas dos trabalhadores.
✓Determinar os fatores que contribuem para uma sub ou sobrecarga de trabalho, e como os trabalhadores se
ressentem desta carga.
AET – Análise Ergonômica do Trabalho
A Análise Ergonômica está tradicionalmente
ligada à Ergonomia Corretiva - ou de
Manutenção - onde o trabalho é analisado
conforme a tarefa que já é executada, podendo
ser dividido em duas técnicas de análise, a
saber: técnicas objetivas e técnicas subjetivas.

LIMA, João Ademar de Andrade. Bases teóricas para uma Metodologia de Análise Ergonômica
Disponível em http://www.ergonomianotrabalho.com.br/analise-ergonomica-bases-teoricas-para-uma-metodologia.pdf
Acesso em 25 de abril de 2018.
AET – Análise Ergonômica do Trabalho

A técnica objetiva (ou direta) se dá por meio do registro das atividades ao longo de um
período pré-determinado de tempo, através de observações – “a olho nu” e/ou assistida
por meio audiovisual.

A técnica subjetiva (ou indireta) é composta por questionários, check-lists e entrevistas.


O questionário requer um maior tempo do pesquisador, ou então um maior número de
pesquisadores, no entanto, é uma aplicação bastante oportuna em um grupo restrito de
pesquisados.
AET – Análise Ergonômica do Trabalho
Análise macroscópica ou microscópica, proposta por Couto (1995):

A análise macroscópica é a visão geral (ou global) do posto de trabalho, sendo facilmente
percebível pelo observador, como posturas inadequadas, móveis desproporcionais etc..

Na análise microscópica, por outro lado, encontramos os pormenores envolvidos,


abrangendo questões relacionadas ao trabalho manual e ao método de trabalho, com foco
em detalhes “mínimos” como, por exemplo, o movimento dos olhos

COUTO, Hudson de Araújo. Ergonomia


aplicada ao trabalho; o manual técnico da
máquina humana. 2v. Belo Horizonte: Ergo, 1995.
AET – Análise Ergonômica do Trabalho
Etapas da AET, de acordo com o Manual de aplicação da NR17 (MINISTÉRIO DO TRABALHO):
1. Análise da demanda e do contexto;
2. Análise global da empresa;
3. Análise da população de trabalhadores;
4. Definição das situações de trabalho a serem estudadas;
5. Descrição das tarefas prescritas, das tarefas reais e das atividades para executá-las;
6. Estabelecimento de um pré-diagnóstico;
7. Observação sistemática da atividade, bem como dos meios disponíveis para realizar a tarefa;
8. Diagnóstico;
9. Validação do diagnóstico;
10. Projeto de modificações/alterações;
11. Cronograma de implementações das modificações/alterações;
12. Acompanhamento das modificações/alterações;
Manual de aplicação da Norma Regulamentadora nº 17. –
2 ed. – Brasília : MTE, SIT, 2002.
AET – Análise Ergonômica do Trabalho
Etapas da AET, de acordo com o Manual de aplicação da NR17 (MINISTÉRIO DO TRABALHO):
1. Análise da demanda e do contexto: verificação “in loco” das demandas;
2. Análise global da empresa: contexto econômico, tecnologia, organização da produção, organização do trabalho, legislação, etc.
3. Análise da população de trabalhadores: faixa etária, hierarquia, tempo de trabalho, tipos de contrato, escolaridade, capacitação, estado
de saúde etc.
4. Definição das situações de trabalho a serem estudadas: a partir da análise dos itens anteriores;
5. Descrição das tarefas prescritas, das tarefas reais e das atividades para executá-las:
6. Estabelecimento de um pré-diagnóstico;
7. Observação sistemática da atividade, bem como dos meios disponíveis para realizar a tarefa: técnicas objetivas e subjetivas;
8. Diagnóstico: conclusão dos fatores que contribuem para o surgimento de riscos ergonômicos;
9. Validação do diagnóstico;
10. Projeto de modificações/alterações: recomendações, propostas, treinamentos, melhorias, transformações, etc.
11. Cronograma de implementações das modificações/alterações;
12. Acompanhamento das modificações/alterações;
ORIGEM
Mapa de risco surgiu na Itália
no final da década de 60. No início da
década de 70 o movimento sindical
desenvolveu um modelo próprio de
atuação na investigação e controle das
condições de trabalho pelos próprios
trabalhadores.
O conhecido "modelo
operário italiano", consiste em valorizar
o saber operário, não delegando tais
funções aos técnicos, possibilitando
dessa forma a participação dos
trabalhadores nas ações de
planejamento e controle da saúde nos
locais de trabalho.
ORIGEM
O mapa de risco se disseminou por todo o mundo, chegando ao Brasil na década de
80. Existem duas versões de sua divulgação:
A primeira atribui às áreas acadêmica e sindical, através de David Capistrano e
outros estudiosos e o Diesat (Departamento Intersindical de Estudos de Saúde e Ambiente
de Trabalho);
A segunda atribui à Fundacentro (Fundação Jorge Duplat Figueiredo de Segurança e
Medicina no Trabalho).
Hoje o método é utilizado pelo INST (Instituto Nacional de Saúde do Trabalhador da
CUT.
ORIGEM
A construção dos mapas de risco é obrigatória

A realização de mapeamento de riscos tornou-se obrigatória para todas as empresas


que tenham CIPA, através da portaria no. 05 de 17/08/92 do departamento nacional de
segurança e saúde do trabalhador do ministério do trabalho.(DNSST)

De acordo com o artigo 1o. Da referida portaria, cabe às CIPAS a construção dos mapas
de risco dos locais de trabalho.

Através de seus membros, a CIPA deverá ouvir os trabalhadores de todos os setores e


poderá contar com a colaboração do serviço especializado de medicina e segurança do
trabalho.
ORIGEM
O processo de construção dos mapas de risco

O mapa de risco pode ser feito de maneira burocratizada ou exclusivamente técnica.

O que interessa aos trabalhadores é que sua construção seja um processo pedagógico
onde se ampliem os espaços de construção da identidade desses trabalhadores e que
exerçam realmente o seu papel.

Portanto a participação do maior número de trabalhadores na construção do mapa de


riscos sem delegar a terceiros essa tarefa, proporcionará a socialização do saber coletivo e
buscará soluções para melhorar as condições de trabalho.
MAPA DE RISCO
O QUE É?

Mapa de Risco é uma representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos


locais de trabalho (sobre a planta baixa da empresa, podendo ser completo ou setorial),
capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores: acidentes e doenças de trabalho.
Tais fatores têm origem nos diversos elementos do processo de trabalho (materiais,
equipamentos, instalações, suprimentos e espaços de trabalho) e a forma de organização
do trabalho (arranjo físico, ritmo de trabalho, método de trabalho, postura de trabalho,
jornada de trabalho, turnos de trabalho, treinamento, etc.)”.
MAPA DE RISCO
Conhecer o processo de trabalho no local analisado: os trabalhadores: número, sexo, idade, treinamentos
profissionais e de segurança e saúde, jornada; os instrumentos e materiais de trabalho; as atividades
exercidas; o ambiente.
• Identificar os riscos existentes no local analisado, conforme a classificação específica dos riscos
ambientais.
• Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia. Medidas de proteção coletiva; medidas de
organização do trabalho; medidas de proteção individual; medidas de higiene e conforto: banheiro,lavatórios,
vestiários, armários, bebedouro, refeitório, área de lazer.
• Identificar os indicadores de saúde, queixas mais freqüentes e comuns entre os trabalhadores expostos
aos mesmos riscos, acidentes de trabalho ocorridos, doenças profissionais diagnosticadas, causas mais
freqüentes de ausência ao trabalho.
• Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local
O AMBIENTE DE TRABALHO
TIPOS DE
RISCOS AOS
QUAIS O
TRABALHADOR
ESTÁ EXPOSTO
AGENTES FÍSICOS COSEQÜÊNCIAS
Ruídos Cansaço, irritação, dores de cabeça, diminuição da audição,
aumento dapressão arterial, problemas do aparelho
digestivo, taquicardia e perigo de infarto.
Vibrações Cansaço, irritação, dores dos membros, dores na coluna,
doença domovimento, artrite, problemas digestivos, lesões
ósseas, lesões dos tecidos moles, lesões circulatórias, etc.
Calor Taquicardia, aumento da pulsação, cansaço, irritação,
choques térmicos, fadiga térmica, perturbações das funções
digestivas, hipertensão.
Radiações ionizantes Alterações celulares, câncer, fadiga, problemas visuais,
acidentes de trabalho.
Radiações Radiações não ionizantes
não ionizantes Queimaduras, lesões nos olhos, na pele e nos outros órgãos.
Frio Fenômenos vasculares periféricos, doenças do aparelho
respiratório, queimaduras pelo frio.
Vias de penetração no organismo:
Via respiratória: inalação pelas vias Aéreas
Via cutânea: absorção pela pele
Via digestiva: ingestão
AGENTES QUÍMICOS CONSEQÜÊNCIAS
Poeiras minerais Silicose (quartzo), asbestose (amianto) e
Ex.: sílica, asbesto, carvão, minerais neumoconiose dos minerais do carvão.
Poeiras vegetais Bissinose (algodão), bagaçose (cana-de-
Ex.: algodão, bagaço de cana de açúcar), etc.
açúcar
Poeiras alcalinas Doença pulmonar obstrutiva crônica e
enfisema pulmonar.
Poeiras incômodas Podem interagir com outros agentes nocivos
no ambiente de trabalho potencializando
sua nocividade.
Fumos metálicos Doença pulmonar obstrutiva crônica, febre
de fumos metálicos e intoxicação específica
de acordo com o metal.
Névoas, gases e vapores Irritantes: irritação das vias aéreas
(substâncias compostas ou produtos superiores
químicos em geral) Ex.: ácido clorídrico, ácido sulfúrico, amônia,
cloro etc.
AGENTES QUÍMICOS CONSEQÜÊNCIAS
Asfixiantes: dores de cabeça, náuseas, sonolência,
Ex.:hidrogênio, nitrogênio, metano, convulsões, coma, morte etc.
acetileno, dióxido e monóxido de
carbono etc.
Anestésicas: a maioria dos solventes orgânicos tendo
Ex.: butano, propano, benzeno, ação depressiva sobre o sistema nervoso,
aldeídos, cetonas, tolueno, xileno, podendo causar danosos diversos órgãos e
álcoois ao sistema formador do sangue.
etc.
RISCOS BIOLÓGICOS
São aqueles causados por microorganismos como bactérias,
fungos, vírus e outros. São capazes de desencadear doenças
devido à contaminação e pela própria natureza do trabalho.
AGENTES BIOLÓGICOS CONSEQÜÊNCIAS
Vírus, bactérias e protozoários Doenças infecto-contagiosas.
Fungos e bacilos Ex.: hepatite, cólera, amebíase, AIDS, tétano,
etc.
Fungos e bacilos Infecções variadas externas (na pele, ex.:
dermatites) e internas (ex.: doenças
pulmonares)
Parasitas Infecções cutâneas ou sistêmicas podendo
causar contágio.
RISCOS ERGONÔMICOS

Estes riscos são contrários às técnicas de ergonomia, que


exigem que os ambientes de trabalho se adaptem ao homem,
proporcionando bem estar físico e psicológico.

Os riscos ergonômicos estão ligados também a fatores


externos (do ambiente) e internos (do plano emocional), em
síntese, quando há disfunção entre o indivíduo e seu posto de
trabalho.
AGENTES ERGONOMICOS CONSEQUENCIAS
Esforço físico, Levantamento e Cansaço, dores musculares, fraquezas,
transporte manual de pesos, hipertensão arterial, diabetes, úlcera,
Exigências de posturas doenças nervosas, acidentes e problemas da
coluna vertebral.
Ritmos excessivos Cansaço, dores musculares, fraquezas,
Trabalho de turno e noturno alterações do sono, da libido e da vida
Monotonia e repetitividade social, com reflexos na saúde e no
comportamento, hipertensão arterial,
Jornada prolongada taquicardia, cardiopatia, asma, doenças
Controle rígido da produtividade nervosas, doenças do aparelho digestivo
Outras situações (conflitos, (gastrite, úlcera, etc.), tensão, ansiedade,
ansiedade, responsabilidade) medo e comportamentos estereotipados.
RISCOS MECÂNICOS OU DE ACIDENTES
Os riscos mecânicos ou de acidentes ocorrem em função das condições físicas
(do ambiente físico de trabalho) e tecnológicas impróprias, capazes de colocar
em perigo a integridade física do trabalhador.
AGENTES MECÂNICOS CONSEQÜÊNCIAS
Arranjo físico inadequado. Acidentes e desgaste físico excessivo.
Máquinas sem proteção. Acidentes graves.
Iluminação deficiente. Fadiga, problemas visuais e acidentes de trabalho.
Ligações elétricas deficientes. Curto-circuito, choques elétricos, incêndios,
queimaduras, acidentes fatais.
Armazenamento inadequado. Acidentes por estocagem de materiais sem observação
das normas de segurança.
Ferramentas defeituosas. Acidentes, principalmente com repercussão nos
membros superiores.

Equipamento de proteção individual inadequado Acidentes e doenças profissionais.

Animais peçonhentos (escorpiões, aranhas, picadas por animais peçonhentos.

Outras situações de risco que podem contribuir Possibilidade de incêndio ou explosão.


para a ocorrência de acidentes
ETAPAS DE ELEBORAÇÃO
Conhecer o processo de trabalho no local
analisado
ETAPAS DE ELEBORAÇÃO
GRUPO 1 GRUPO 2 GRUPO 3 GRUPO 4 GRUPO 5
VERDE VERMELHO MARROM AMARELO AZUL
FÍSICOS QUÍMICOS BIOLÓGICOS ERGONÔMICOS ACIDENTES
Arranjo físico
Ruído Poeiras Vírus Esforço físico
inadequado
Ferramentas
Vibrações Fumos Bactérias Posições forçadas
defeituosas
Iluminação
Radiações Gases Protozoários Monotonia
inadequada
Jornadas Armazenamento
Temperaturas Vapores Fungos
prolongada inadequado
Substâncias
Pressões Parasitas
Compostos

Umidade Bacilos

Identificar os riscos existentes no local de trabalho, conforme classificação da tabela I, anexo


IV da NR-5 – RISCOS
ETAPAS DE ELEBORAÇÃO
Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia:

• Controle médico - ASO


• Fornecimento de EPI
• Normas de Segurança
• Treinamentos
• Inspeções regulares
ETAPAS DE ELEBORAÇÃO
Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local

•É ou foi realizado monitoramento dos agentes físicos?

• É ou foi realizado monitoramento dos agentes químicos?

• É ou foi realizado monitoramento das atividades anti-ergonômicas?

• É ou foi realizado monitoramento dos agentes biológicos?

• É ou foi realizado avaliação dos riscos de acidentes?


ETAPAS DE ELEBORAÇÃO
Químico, Físico, Biológico,
MÉDIO

Ergonômico, e Acidente
PEQUENO
Agentes de riscos

Quando as condições agressivas dos


Quando os agentes existem no
agentes estiverem abaixo dos limites
ambiente, com concentração ou
intensidade que a capacidade de toleráveis para as pessoas, mas
agressão às pessoas possam ser causem desconforto.
considerada desprezível Com ou sem proteção individual ou
coletiva

GRANDE

Quando a concentração, intensidade, tempo de exposição etc. estejam acima dos limites
considerados toleráveis pelo organismo humano e não há proteção individual ou coletiva
eficiente.
Quando não existem dados precisos sobre concentração, intensidade, tempo de exposição
etc., e, comprovadamente, os agentes estejam afetando a saúde do trabalhador.
ETAPAS DE ELEBORAÇÃO
Registrar por grupos os fatores de risco e utilizando, para isso, círculos e cores.

LEGENDA:
CORES TAMANHO DOS CIRCULOS

INDICA RISCOS FÍSICOS INDICA RISCO PEQUENO

INDICA RISCOS QUÍMICOS


INDICA RISCO MÉDIO
INDICA RISCOS BIOLÓGICOS

INDICA RISCOS ERGONÔMICOS


INDICA RISCO GRANDE
INDICA RISCOS DE ACIDENTES

Os números dentro dos círculos indicam quantos funcionários estão expostos ao risco.
ETAPAS DE ELEBORAÇÃO
Diversos tipos de risco num mesmo ponto

•Fagulhas •Postura Incorreta


•Cortes •Monotonia

•Ruído •Gases
•Calor •Poeira

Diversos tipos de risco Diversos tipos de risco


num mesmo ponto, mas num mesmo ponto, mas
com o mesmo grau. em graus diferentes.

84
Exemplo de um Mapa de Risco

2
1

O numeral dentro dos círculos 2


8 8
indicam a quantidade de
trabalhadores expostos ao (s)
risco (s), e as setas indicam 3
2
que os riscos encontram-se
por todo o setor.

Grande Físico
Químico
Médio Biológico
Ergonômico
Acidente
Pequeno
Avaliações
1ª avaliação:

Seminário 1: MAPA DE RISCO e AET de acordo com as etapas propostas no Manual da NR17, para os seguintes casos:
Laboratório de Biologia
Laboratório de Química / física
Laboratório de Qualidade (eng. Ambiental)
Laboratório de engenharia Florestal

Objetivo: visualizar e obter repertório projetual sobre a aplicação da NR17.


Apresentação: slides em Powerpoint.

Total: 10,0

Equipes:

Matheus Antunes, Matheus Barros, Yane, Pablo e Sâmela – Física/química


Thais, Luana, Jhenifer, Yago e Renê - Biologia
Giovani, Matheus Carvalho, Ana Paula e Camila - Florestal
Alailson, Bruna, Jéfila, Luciana - Ambiental
AET – Análise Ergonômica do Trabalho
Etapas da AET, de acordo com o Manual de aplicação da NR17 (MINISTÉRIO DO TRABALHO):
Análise da demanda e do contexto: verificação “in loco” das demandas;
Análise global da empresa: contexto econômico, tecnologia, organização da produção, organização do trabalho, legislação, etc.
Análise da população de trabalhadores: faixa etária, hierarquia, tempo de trabalho, tipos de contrato, escolaridade, capacitação,
estado de saúde etc.
Definição das situações de trabalho a serem estudadas: a partir da análise dos itens anteriores;
Descrição das tarefas prescritas, das tarefas reais e das atividades para executá-las:
Observação sistemática da atividade, bem como dos meios disponíveis para realizar a tarefa: técnicas objetivas e subjetivas;
Diagnóstico: conclusão dos fatores que contribuem para o surgimento de riscos ergonômicos;
Projeto de modificações/alterações: recomendações, propostas, treinamentos, melhorias, transformações, etc.
• Estrutura para o desenvolvimento da AET
1. Identificação da instituição
2. Introdução
2.1 Objetivo geral
2.2 Objetivos específicos
3. Metodologia de avaliação

3. Desenvolvimento:
▪ Análise da demanda e do contexto: verificação “in loco” das demandas;

▪ Análise global da instituição: contexto econômico, tecnologia, organização da produção, organização do trabalho, legislação,
etc. (4.1-setor de trabalho;4.2-descrição do local de trabalho; 4.3-máquinas, mobiliários, etc.;)

▪ Análise da população de trabalhadores: faixa etária, hierarquia, tempo de trabalho, tipos de contrato, escolaridade,
capacitação, estado de saúde etc.

▪ Definição das situações de trabalho a serem estudadas: a partir da análise dos itens anteriores; (4.4-Funções desenvolvidas...)

▪ Descrição das tarefas prescritas, das tarefas reais e das atividades para executá-las

▪ Observação sistemática da atividade, bem como dos meios disponíveis para realizar a tarefa: técnicas objetivas e subjetivas; (o
ítem 5 do laudo da casa lotérica fala só sobre risco ergonômico, incluir os outros);

▪ Diagnóstico: conclusão dos fatores que contribuem para o surgimento de riscos ergonômicos; apresentar o mapa de risco

▪ Projeto de modificações/alterações: recomendações, propostas, treinamentos, melhorias, transformações, etc.

5. Considerações finais
6. Bibliografia
NR 17
Resumo
17.1 - Conceitos (conforto, segurança e eficiência).
17.2 - Levantamento, transporte e descarga individual de materiais.
17.3 - Mobiliário dos postos de trabalho.
17.4 - Equipamentos dos postos de trabalho.
17.5 - Condições ambientais de trabalho.
17.6 - Organização do trabalho.
Avaliações
Critérios

• Estrutura do trabalho escrito


1. Identificação da instituição
2. Introdução
2.1 Objetivo geral
2.2 Objetivos específicos
3. Metodologia de avaliação
4. Desenvolvimento (etapas de 1 a 8 citados no slide 59)
5. Análise Ergonômica do Trabalho (a partir da etapa 8, citada no slide 5)
6. Desenvolvimento do Mapa de Risco
7. Considerações finais
8. Bibliografia

Obs: Seguir estrutura de trabalho da AET para Casa lotérica da Caixa Econômica Federal. utilização de imagens,
quadros, tabelas, gráficos, etc, de acordo com normas ABNT.

• Estrutura da apresentação visual


Máximo de 25 slides
Máximo de 20 minutos para apresentação
Estruturação de acordo com o trabalho escrito
Apresentação de vídeo: opcional

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