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Objetivo
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Programa
Definição e Conceito de Ergonomia;
LER/DORT;
Princípios de Biomecânica e sua Aplicação Em Ergonomia;
Prevenção dos Distúrbios Músculo- esqueléticos dos
Membros Superiores;
A Análise Ergonômica do Trabalho (AET);
O Strain Index de Moore & Garg;
Índice TOR-TOM;
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Metodologia
Aulas expositivas com recursos áudio-visuais;
Work-shop no chão-de-fábrica;
Estudo de caso
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Trabalho (português), travail (francês) –
Origem no latim tripallium :
instrumento de tortura destinado a domesticar
seres humanos para o trabalho.
- Na Grécia e Roma Antiga: o trabalho era
reservado aos escravos.
- Para os Hebreus - trabalho visto de forma
menos indigna - missão sagrada para a expiação
do pecado original.
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Definição de Ergonomia
Uma das suas definições mais técnicas é:
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De uma forma mais simples pode-se dizer que:
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De maneira geral, os domínios de especialização
da ergonomia são:
1. Ergonomia física: está relacionada com às
características da anatomia humana,
antropometria, fisiologia e biomecânica em sua
relação a atividade física.
Os tópicos relevantes incluem o estudo da
postura no trabalho, manuseio de materiais,
movimentos repetitivos, distúrbios músculo-
esqueletais relacionados ao trabalho, projeto de
posto de trabalho, segurança e saúde.
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2.Ergonomia organizacional: concerne à
otimização dos sistemas sócio técnicos, incluindo
suas estruturas organizacionais, políticas e de
processos.
Os tópicos relevantes incluem comunicações,
projeto de trabalho, organização temporal do
trabalho, trabalho em grupo, projeto
participativo, novos paradigmas do trabalho,
trabalho cooperativo, cultura organizacional.
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3. Ergonomia cognitiva: refere-se aos processos
mentais, tais como percepção, memória,
raciocínio e resposta motora conforme afetem as
interações entre seres humanos e outros
elementos de um sistema.
Os tópicos relevantes incluem o estudo da carga
mental de trabalho, tomada de decisão,
desempenho especializado, interação homem
computador, stress e treinamento conforme
esses se relacionem a projetos envolvendo seres
humanos e sistemas.
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Origens da Ergonomia
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Ossos de animais, pedras afiadas, lanças, arcos,
flechas e machados são os antepassados das
modernas ferramentas hoje utilizadas pelo
homem, ainda com o mesmo objetivo: garantir a
sobrevivência.
Agora através do trabalho e não mais disputando
a caça e os abrigos com outros predadores.
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Foi durante a Segunda Guerra Mundial, que se
situou oficialmente o surgimento da ergonomia
de forma sistematizada.
A partir da necessidade de solucionar os
problemas de inter-relação entre o homem e os
equipamentos militares é que um grupo de
pessoas especializadas como médicos,
psicólogos, engenheiros, etc. foi reunido.
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Em 1949 esses grupos reuniram-se em Oxford, na
Inglaterra, e fundaram então a Ergonomic
Reseach Society (Sociedade de Pesquisas
Ergonômicas).
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Projetos
Medicina
Biomecânica
Ergonomia
Psicologia
Engenharia
Estatística
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Área de atuação da ergonomia
A área atuação dos ergonomistas é uma área de
atrito entre:
Empresas que buscam sempre maiores ganhos de
produtividade para assegurar sua manutenção...
X
As exigências sociais dos trabalhadores que tem
o direito a condições dignas de trabalho,
segurança e garantias de saúde ocupacional e
também de desenvolvimento pessoal.
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Equilibrar essas exigências antagônicas não é
tarefa das mais fáceis e nessa tarefa é
importante que ergonomistas, engenheiros de
produção, analistas de métodos, engenheiros de
segurança do trabalho, supervisores e todos os
envolvidos no desenvolvimento de sistemas
produtivos tenham em consideração que, para
quantificar a carga de trabalho atribuída a um
individuo ou grupo, é necessário que se leve em
consideração...
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A complexidade...
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O posto de trabalho é a menor unidade produtiva
de um sistema, relaciona o homem e seu local
de trabalho. Fábricas e escritório são formados
por vários postos de trabalho que se inter-
relacionam, são interdependentes. Dessa forma,
para que o sistema (fábrica ou escritório)
funcione de forma satisfatória é preciso que os
postos de trabalho também funcionem dessa
forma.
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Para isso, vários cuidados precisam ser tomados
quando se faz o projeto do local de trabalho
pois,
“O dimensionamento correto do posto de
trabalho é uma etapa fundamental para o bom
desempenho da pessoa que ocupará este posto. É
possível que essa pessoa passe várias horas ao
dia, durante anos a fio, sentada ou de pé neste
posto. Qualquer erro cometido neste
dimensionamento pode, então, submetê-la a
sofrimentos por longos anos” (Lida, 1990).
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Curto Prazo Longo Prazo
Efeitos na Saúde:
Lesões
Doenças
Perdas Gerais
Restrições para o
Individuais:
trabalho
Perda econômica,
Invalidez
perda da capacidade
Desconforto Absenteísmo laboral, perda da
Trabalho Fadiga Reclamações qualidade de vida.
mal Esforço Visual Baixo Operacionais:
projetado Esforço Mental Desempenho Perda econômica,
Dores perda da
Turnover especialização, perda
Efeitos Operacionais: da experiência.
Acidentes
Problemas de Produção
Baixa Qualidade
Refugos
Erros
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LER/DORT
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Segunda causa de afastamento do trabalho no
Brasil, somente nos últimos cinco anos foram
abertas 532.434 CATs (Comunicação de Acidente
de Trabalho) geradas pelas LER / DORT — sem
contar os trabalhadores que pleiteiam na Justiça
o reconhecimento do nexo causal, em milhares
de ações movidas em todo o País.
As LER / DORT atingem o trabalhador no auge de
sua produtividade e experiência profissional.
Existe maior incidência na faixa etária de 30 a 40
anos, e as mulheres são as mais atingidas.
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Segundo o INSS, as LER/DORT no Brasil foram
inicialmente descritas como tenossinovite
ocupacional, das quais foram apresentados casos
verificados em lavadeiras, limpadoras e
engomadeiras, durante o XII Congresso Nacional
de Prevenção de Acidentes de Trabalho, em
1973.
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Em 1990, foram editadas medidas preventivas,
através da Portaria nº 3.751, do Ministério do
Trabalho, que alterou a NR17 ( Norma
Regulamentadora nº 17), e atualizou a Portaria
nº 3.214/78.
O ato normativo em questão abordou vários
aspectos das condições de trabalho que
propiciavam o aparecimento das LER/DORT,
aconselhando a adequação ergonômica dos
postos de trabalho e pausas para descanso em
determinadas atividades.
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O INSS, em 1993, publicou uma revisão de suas
normas sobre LER, ampliando o conceito até
então aceito e reconhecendo na etiologia da
doença, além dos fatores biomecânicos, os
fatores relacionados à organização do trabalho.
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São resultado:
da combinação da sobrecarga das estruturas
anatômicas do sistema osteomuscular;
com a falta de tempo para sua recuperação e
têm seu surgimento relacionado a condições
de trabalho inadequadas.
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Tanto a utilização excessiva de determinados
grupos musculares em movimentos repetitivos ,
como a permanência de determinados segmentos
do corpo em uma mesma posição por período de
tempo prolongado, podem ocasionar a
sobrecarga que permite o aparecimento das
LER/DORT.
Fatores emocionais, tais como a tensão imposta
pela organização do trabalho e a necessidade de
concentração, também interferem de forma
significativa no aparecimento da síndrome.
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Quais os principais sintomas das LER/DORT?
31
É importante que o trabalhador conheça as
características da doença em cada estágio, pois
a cura depende do diagnóstico precoce e do
efetivo tratamento.
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GRAU 1: sensação de peso e desconforto no
membro afetado. Dor espontânea no local, às
vezes com pontadas ocasionais durante a jornada
de trabalho, as quais não chegam a interferir na
produtividade.
Essa dor é leve e melhora com o repouso. Não há
sinais clínicos.
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GRAU 2: dor mais persistente e mais intensa.
Aparece durante a jornada de trabalho de forma
contínua.
É tolerável e permite o desempenho de
atividade, mas afeta o rendimento nos períodos
de maior esforço.
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GRAU 3: A dor torna-se mais persistente, forte e
tem irradiação mais definida. O repouso em
geral só diminui a intensidade, nem sempre
fazendo-a desaparecer por completo.
Aparece mais vezes fora da jornada,
especialmente à noite. Perde-se um pouco a
força muscular e há queda de produtividade, ou
a impossibilidade de executar a função.
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GRAU 4: Dor forte, contínua, por vezes
insuportável, levando a intenso sofrimento. A dor
se acentua com os movimentos, estendendo-se a
todo o membro afetado. Dói até quando o
membro estiver imobilizado.
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Biomecânica
Como qualquer máquina o corpo humano
necessita de energia para trabalhar.
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O trabalho produzido pelos músculos é
possibilitado pela vaso-irrigação que lhes garante
a devida alimentação, mas dentro de
determinadas condições.
Enquanto o músculo estiver trabalhando, ele
deve ser constantemente abastecido de alimento
e oxigênio pelo fluxo sanguíneo.
O sistema circulatório retira das células os
produtos indesejados do metabolismo (toxinas
como o ácido lático).
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A contração dos músculos recebe duas
classificações básicas:
• Contração Isotônica ou DINÂMICA: o tamanho
do músculo é alterado, mas não há aumento de
tensão em sua parte interna. Exemplo: Fletir o
antebraço sobre o braço.
• Contração Isométrica ou ESTÁTICA: ocorre o
contrário, ou seja, não é alterado o tamanho do
músculo, mas há um aumento de sua tensão
interna. Exemplo: Sustentar uma carga com a
mão, enquanto o braço permanece estendido.
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Tal classificação é muito importante, pois as
diferentes contrações implicam num consumo
variável de oxigênio pelo músculo.
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Já na contração ESTÁTICA, há um aumento de
pressão muscular externa sobre as artérias e
vasos capilares, deixando-os parcial ou
totalmente fechados, diminuindo muito o fluxo
sanguíneo, e sem que haja relaxamento durante
a atividade.
Cada fibra muscular aperta a fibra vizinha,
reduzindo, assim, o fluxo . Com esta diminuição
do fluxo sanguíneo, a taxa de oxigênio nos
tecidos cai e, ao mesmo tempo,
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aumenta a taxa de ácido lático, que é
responsável por dores musculares. Dependendo
do tempo de duração da contração, para
realizar-se a atividade, haverá também a
presença de ESPASMOS MUSCULARES, que
prejudicam a precisão dos trabalhos.
Fibra
muscular
Vaso
Capilar
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Repouso Esforço dinâmico
Esforço estático
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O trabalho dinâmico
É aquele que permite contrações e relaxamentos
alternados dos músculos, como na tarefa de
martelar, serrar, girar um volante ou caminhar.
O trabalho estático
É aquele que exige contração contínua de alguns
músculos, para manter uma determinada
posição. trabalho estático é altamente fatigante
e, sempre que possível, deve ser evitado.
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Principais características da biomecânica do ser
humano
1. O ser humano tem pouca capacidade de
desenvolver força física no trabalho.
O sistema osteomuscular do ser humano o
habilita a desenvolver movimentos de grande
velocidade e de grande amplitude, porém contra
pequenas resistências. Essa característica é uma
decorrência direta do tipo de alavanca
predominante no sistema osteomuscular.
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Alavanca de 1º. Grau Alavanca de 2º. Grau
(Interfixa) (Interpotente)
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Alavanca de 3º. Grau
(Inter-resistente)
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Outro detalhe muito importante relacionado à
alimentação dos músculos, seja qualquer a
contração por eles apresentada, refere-se à
CARGA HEMODINÂMICA, que é a coluna a ser
vencida pelo fluxo sanguíneo, quando um
membro está elevado.
Um ótimo exemplo é o do braço estendido acima
do nível da cabeça, abduzido sobre o ombro,
desenvolvendo alguma atividade (apertar
parafusos com uma chave combinada, muito
comum para mecânicos embaixo de veículos).
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Com os braços elevados, o fluxo de sangue
encontra enorme dificuldade em subir até a
extremidade (ponta das mãos), resultando em
dormência no braço.
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2. O ser humano é adaptado a fazer contrações
musculares dinâmicas. É mal adaptado a fazer
contrações musculares estáticas, nas quais
ocorre dor muscular intensa e fadiga precoce,
devido ao acúmulo de ácido lático e outros
metabólitos.
As situações de fadiga por esforço muscular
estático são aliviadas pelo relaxamento do
músculo, durante o qual ocorre fluxo de sangue
e remoção das substâncias tóxicas produzidas
durante o esforço.
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Em função dessas características, no
aproveitamento racional do ser humano no
trabalho, as seguintes regras devem ser
respeitadas:
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2. Garantir a adaptação do automatismo dos
movimentos de forma gradativa,
especialmente em tarefas que exijam
bastante desse automatismo;
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4. Quanto mais frequente é o esforço, menor é a
porcentagem da força máxima que pode ser
usada. Para esforços dinâmicos, aceita-se que
um valor seguro, mesmo para esforços
repetidos frequentemente, é de 1/3 da força
máxima do grupamento muscular.
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Quais são os fatores de risco envolvidos no
desenvolvimento das LER/DORT?
As LER/DORT são multicausais, isto é, na sua
origem não há um único fator de risco envolvido
e, sim, vários fatores que, geralmente, interagem
no local de trabalho.
O que é risco ?
Segundo Cnockaert e Claudon, risco é “o resultado
de um desequilíbrio entre o que se exige que a
pessoa faça e a sua capacidade funcional”.
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A solicitação ao indivíduo é expressa em três
fatores biomecânicos fundamentais:
Os esforços;
A repetitividade dos movimentos e
As posturas .
A capacidade funcional do indivíduo depende:
De sua condição física;
Do envelhecimento de seu aparato locomotor;
Do grau de estresse e do seu estado geral de
saúde.
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Esse conceito pode ser expresso conforme a
Figura a seguir:
Solicitação
Risco
Capacidade Funcional
Condição
Envelhecimento Estresse
Física
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A avaliação dos fatores repetitividade, esforço e
postura são muito importantes para que o risco
de LER/DORT seja quantificado e a partir dessa
quantificação seja possível estabelecer
prioridades nas ações preventivas ou corretivas.
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Repetitividade
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Risco muito significativo quando acima de
6.000 repetições por turno de trabalho;
Entre 3.000 e 6.000 repetições por turno, a
incidência de distúrbios e lesões costuma
ocorrer entre 12 a 20% dos expostos;
Abaixo de 3.000 ocorre alguma incidência;
Abaixo de 1.000 repetições por turno os
pesquisadores consideram a exposição como
segura;
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Entretanto, esse limite não se aplica quando,
associado à repetitividade, existem outros
fatores como força excessiva e postura incorreta
dos membros superiores.
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Esforço
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4.Abdução do ombro: leva a compressão do
músculo supra-espinhoso e também pode levar
ao desenvolvimento de bursite nessa região;
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5.Desvio ulnar do punho (associado a força);
6.Flexão do punho;
7.Extensão do punho;
Flexão Neutro Extensão
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Estes limites determinam o que chamamos de
“ângulo-limite” de uma articulação e toda vez
que isto acontece, os tendões da região ficam
estrangulados (contra estruturas ósseas da área)
e passam a sofrer atrito.
O resultado final disto é uma inflamação, que
pode limitar-se ao tendão, ou também atingir o
tendão + a bainha sinovial que o recobre.
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Acrescente-se que a força muscular obtida de
uma articulação diminui à medida em que
aumenta-se o ângulo da mesma.
Em ângulo neutro, a força é de 100%.
Em extensão, consegue-se apenas 75% de força
na articulação do punho e,
Em flexão, apenas 45%. Se houver contração
muscular estática, a força no membro cai para
apenas 60%.
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Quando é apenas o tendão que se inflama, temos
a TENDINITE. Quando, além do tendão, também
se inflama a bainha sinovial, temos a
TENOSSINOVITE.
Bainha sinovial
Tendão
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8.Compressão mecânica das estruturas das mãos;
9. Compressão da estrutura dos antebraços por
mesas ou postos de trabalho dotados de quinas
vivas.
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Principais situações de sobrecarga para a coluna
vertebral
Levantar, manusear e carregar cargas pesadas
(acima de 25 kg) ou muito pesadas (acima de
40 kg).
Carregar cargas na cabeça (leva à degeneração
dos discos da região cervical).
Levantar e manusear cargas distantes do
corpo.
Levantar e manusear cargas em torção e
flexão do tronco;
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CURVATURA 4 - CERVICAL – LORDOSE
CURVATURA 1 - SACROCOCIGEANA
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Trabalhar sentado em situação em que o
tronco fica inclinado para frente ou que a
coluna vertebral fica encurvada — leva a
degeneração precoce dos discos
intervertebrais, por pressão assimétrica sobre
a região do disco.
Disco intervertebral
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Principais situações de sobrecarga relacionadas à
gestão da produção
Tempo insuficiente de recuperação da
integridade: todas as estruturas do organismo
podem ser recuperar da sobrecarga caso haja
tempo suficiente;
Fatores da organização do trabalho que
ocasionam sobrecarga:
as horas extras;
dobras de turno;
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trabalhos aos sábados, domingos e feriados e
demais formas de desorganização do trabalho.
Esses fatores costumam causar sobrecarga e
serem os fatores desencadeantes de alta
incidência de distúrbio.
Fatores psicossociais que acarretam tensão: a
pressão excessiva sobre os trabalhadores e
outros fatores psicossociais faz com que o
trabalhador fique tenso, prejudicando a
recuperação das estruturas.
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Fatores de anulação dos mecanismos de
regulação vindo com sobrecarga: o principal
deles é a impossibilidade de pausa ao se sentir
cansado.
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Dimensionamento dos postos de trabalho
Em algumas situações, é necessário uma
abordagem mais detalhada da questão
antropométrica, especialmente quando
estiverem envolvidas tarefas diversificadas.
No entanto, a experiência mostra a seguinte
relação de “números mágicos”, extremamente
úteis para o planejamento de postos de trabalho.
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Altura de bancadas de trabalho
Tarefas com empenho visual para perto:
Pessoa trabalhando de pé: de 127 a 132 cm (na
dúvida: 127 cm);
Pessoa trabalhando sentada: de 92,5 a 99,5 cm
(na dúvida, 92,5 cm).
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Esforço moderado ou tarefas leves, sem
empenho visual:
Pessoa trabalhando de pé: 109 a 118 cm (na
dúvida, 109 cm);
Pessoa trabalhando sentada: de 73,5 a 78,5 cm
(na dúvida, 73,5 cm).
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Trabalho em pé h1= alturas do púbis
h2=altura dos cotovelos
h3=altura do apêndice xifóide/linha
mamilar
Trabalho Trabalho
pesado moderado Trabalho leve
h1 h2 h3
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Distância das áreas de alcance
Objetos a serem pegos frequentemente, estando
na posição sentada:
no máximo 31 cm de distância entre a borda
do posto de trabalho e o ponto de pega do
objeto.
31cm
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Corredores
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Cadeiras
1. O ASSENTO:
Superfície macia, com revestimento em espuma;
Forração lisa, perfurada;
Borda frontal arredondada;
Altura regulável;
Giratório (sempre que possível).
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2)O ENCOSTO:
Altura regulável;
Inclinável, conforme movimentos do tronco;
Definição da inclinação (+ ou - ereto, com
trava);
Superfície macia, com revestimento em espuma;
Forração lisa, perfurada;
Espaço livre para a região sacrococigeana.
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Conceito importantíssimo
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Tampo de bancada muito alto, ou cadeira muito
baixa. A postura corporal fica forçada, com
braços e ombros elevados e ângulo do joelho
acima da linha das nádegas.
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É que todo o peso do corpo que se encontra
acima da bacia é concentrado nesta região,
apenas sobre dois pontos, sem que haja uma
distribuição da carga sobre uma superfície
uniforme e mais ampla.
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O ideal é que a estrutura do assento seja em
prancha de madeira moldada e revestida de
espuma com uns 05 centímetros de espessura. A
borda frontal deve ser arredondada. O
dimensionamento das cadeiras deve, desde 1997,
respeitar ao conteúdo da NBR 13962, da ABNT. O
apoio para os pés está previsto na NBR 13965,
que trata de mobiliário para informática. O item
que o especifica é o 4.2.1
92
A análise ergonômica do trabalho (AET)
A Norma Regulamentadora 17 do Ministério do
Trabalho (NR17), diz em seu item 17.1.2 que:
“para avaliar a adaptação das condições de
trabalho às características psico-fisiológicas dos
trabalhadores, cabe ao empregador realizar a
Análise Ergonômica do trabalho [...]”.
Ou seja, existe uma exigência normativa para
que a análise ergonômica do trabalho seja feita
pelo empregador.
93
Entretanto essa análise traz dúvidas e levanta
controvérsias, pois pode ir de uma análise
extremamente detalhada com pouca aplicação
prática ou, em outro extremo, a uma visão
generalista do sistema produtivo. Tanto uma
visão como a outra podem induzir a erros.
A análise das condições de trabalho é elemento
essencial para o desenvolvimento da Ergonomia -
que, como lembra Fialho & Santos (1997), só
existe se houver uma Análise Ergonômica - e se
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realizada para avaliar o entorno de um posto de
trabalho, com vistas a determinar riscos,
observar excessos, propor mudanças de melhoria
etc.
Couto (1995) recomenda a seguinte metodologia
para a realização da analise ergonômica do
trabalho:
1. Análises qualitativas;
2. Análises quantitativas;
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3. A análise ergonômica macroscópica que é
uma análise simples, feita andando-se pelo
local de trabalho, com o registro dos
problemas mais evidentes.
4. A análise ergonômica microscópica, por sua
vez, envolve as questões relacionadas ao
trabalho manual e ao método de trabalho.
Nesta fase é importante notar as atitudes do
trabalhador, suas posturas e movimentos do
corpo, cabeça e olhos e suas ações de
comunicação com o grupo.
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Há a recomendação pelo autor que se grave um
vídeo da área e posteriormente, se analise as
posturas e ações.
5. A análise dos fatores ocultos consiste em
procurar alguns indicadores que não estão
visíveis na área de trabalho analisada, mas
que refletem diretamente no trabalho
realizado. Por exemplo:
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a) Número de horas-extras;
b) Número de horas-extras/trabalhador/mês;
c) Número de produção x efetivo x horas-extras;
d) Estudo e erros e falhas que estejam
acontecendo;
e) Dados do ambulatório médico
f) Verificação da existência de revezamentos,
pausas e sistemas de descanso;
98
6. Os questionários ou check-lists (Listas de
verificação) são indicados pelo autor, pois,
“os questionários ou check-lists tem como
grande vantagem o fato de exigirem que o
observador pesquise todos os itens, o que
equivale a dizer que a chance de algum item
específico ser
A análise através de check list ajuda a
diagnosticar de maneira simples e ordenada os
diferentes fatores de risco existentes e pode
servir como ferramenta preventiva, na medida
99
em que sinalizará aquele conjunto de tarefas
com maior risco, ainda na fase de projeto do
processo.
100
i. Intensidade do Esforço;
ii. Duração do Esforço;
iii. Número De Esforços por Minuto;
iv. Postura Mão-Punho;
v. Velocidade do Trabalho e
vi. Duração da Jornada.
São avaliados e a cada um deles é atribuído um
valor índice. Ao final da análise, esses índices
são multiplicados entre si trazendo um valor
final que é assim interpretado:
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valores abaixo de 3(três) indicam que o
conjunto de tarefas é seguro;
valores entre 3(três) e 5(cinco), indicam uma
situação duvidosa de risco;
valores maiores que 5 (cinco) e menores que 7
(sete), indicam que há algum risco e
valores maiores que 7 (sete) indicam que o
posto de trabalho é positivamente perigoso.
102
103
O ÍNDICE TOR-TOM
104
Segundo Couto (2006), é possível uma definição
relativamente segura usando-se a análise
ergonômica qualitativa, entretanto há um
potencial de incerteza haja vista que essa
avaliação é estruturada basicamente na visão dos
analistas, sendo respeitada pelas gerências, mas
sem dados objetivos.
Essa objetividade é algo de que os gerentes
precisam para ter uma noção clara do que pode
ou não ser feito, do esquema de trabalho que
podem ou não instituir a fim de cumprir seus
105
programas de produção. O índice TOR-TOM busca
exatamente esses dados objetivos, pois suas
características são:
a) A análise do resultado do TOR-TOM dá uma
ideia clara se a condição de trabalho é segura ou
necessita ser melhorada, e de que forma,
possibilitando que a organização do trabalho em
atividades repetitivas passe a ser feita com base
em um critério científico.
106
b)O Índice TOR-TOM permite uma avaliação
objetiva da condição ergonômica da atividade e
da tarefa, ou seja, é feita uma análise global,
considerando também a questão da organização
do trabalho.
c)O Índice TOR-TOM possibilita certificar um
posto de trabalho repetitivo sob o ponto de vista
ergonômico. O autor estruturou o índice e a
pesquisa que o suporta de forma a permitir ao
analista do trabalho uma conclusão clara quanto
ao nexo entre o trabalho e as queixas.
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d)O pessoal da Engenharia de Métodos/Processos
passa a ter uma base científica para avaliar sua
prescrição de trabalho quanto ao impacto sobre
os trabalhadores.
Usando o TOR-TOM, as linhas de produção
estarão melhores balanceadas, considerando os
graus de dificuldade de cada posição de
trabalho, possibilitando, assim, um
dimensionamento correto de pessoal e
estruturando melhor os rodízios e pausas.
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O índice é a relação entre a TOR (Taxa de
Ocupação Real) do trabalhador em determinada
atividade ao longo de sua jornada e a TOM (Taxa
de Ocupação Máxima) que deveria haver na
atividade, segundo as características daquele
trabalho.
A TOR é um dos índices mais frequentemente
utilizados pelos gestores de produção e é
também conhecida como taxa de ocupação ou de
saturação.
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A TOM depende de uma série de fatores:
a. do grau de repetitividade;
b. da intensidade da força exercida;
c. do peso movimentado;
d. da postura ao executar o trabalho;
e. da carga mental;
f. do calor do ambiente
g. do dispêndio energético na tarefa, dentre
outros.
110
Esses fatores, que reduzem a taxa de ocupação
máxima, são também conhecidos como fatores
de recuperação da fadiga.
111
A TOR é comparada com a TOM, interpretando-
se o resultado da seguinte forma:
TOR - TOM = < 0 indica uma situação segura de
trabalho;
TOR - TOM = > 0 indica uma condição
ergonomicamente inadequada, provavelmente
com queixas de desconforto, dificuldade e
fadiga.
Se a TOR é bem maior que a TOM, temos as
situações mais críticas, inclusive com
afastamentos.
112
Para calcular esse índice o autor desenvolveu um
programa de computador. Este programa tem
uma interface gráfica bastante amigável e é
bastante intuitivo e autoexplicativo.
113
Após o preenchimento das planilhas com as
informações relativas ao posto de trabalho ou
conjunto de atividades estudadas é apresentada
uma avaliação do risco ergonômico, bem como,
recomendações gerais para solução do problema
ergonômico que venha a ser detectado.
Trabalho em Grupo:
Selecionar 01 posto de trabalho e aplicar as duas ferramentas de análise
(Strain Index e Índice Tor-Tom), concluir quanto ao risco ergonômico do
mesmo e propor soluções para a minimização do risco detectado.
Material de apoio:
Strain Index Sheet
Cópia do Índice Tor-Tom
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