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ERGONOMIA NO
CONTEXTO DO
eSOCIAL
APRESENTAÇÃO
A ergonomia é uma ciência que estuda a interação dos seres humanos com os
mais variados elementos de sistemas produtivos e não-produtivos, isso porque, os
conceitos da ergonomia não se aplicam apenas ao trabalho, mas também aos aspectos do
cotidiano como no caso do formato “anatômico” de uma escova de dentes e do cabo do
secador de cabelo.
No contexto do trabalho, pode-se dizer que a ergonomia visa adaptar o trabalho
ao trabalhador, levando em consideração a segurança e saúde do operário, ao mesmo
tempo, garantir o seu desempenho produtivo.
Quando o assunto é ergonomia, precisa-se ter em mente, que está se falando de
uma ciência fundamenta a partir de aspectos da análise da atividade do trabalhador – o
que ele precisa fazer e como ele realiza suas tarefas – onde a finalidade principal é
compreender as diferentes formas de interação do trabalhador com o seu trabalho,
identificando variáveis que lhe impedem de produzir de maneira eficiente, e, que reflitam
negativamente sobre as dimensões da sua segurança e saúde no trabalho.
A aplicação dos conceitos da ergonomia no ambiente de trabalho é convertida na
materialização da AÇÃO ERGONÔMICA, onde o principal objetivo é a transformação do
trabalho para um estado seguro e salutar, e que garanta os resultados determinados para
os diferentes sistemas produtivos.
Pode-se afirmar que dentro das atuais 36 NR’s existentes até agora, a NR 17 é a
única Norma Regulamentadora que é baseada em dimensões conceituais de uma ciência,
essa sim, a verdadeira ergonomia.
Por se tratar de uma visão conceitual científica onde a base de sua aplicação está
no estudo das complexidades do trabalho, torna-se impossível estabelecer padrões
normativos fechados e aplicáveis a todas e quaisquer situações de trabalho.
Na própria NR 17, está descrito que os objetivos é “...estabelecer parâmetros
[grifo meu] que permitam a adaptação das condições de trabalho às características
psicofisiológicas dos trabalhadores...” (NR 17, item 17.1 - MTPS nº 3.751/90).
Neste sentido, é errado dizer que a ergonomia é uma NR, bem como, um perigo
estabelecer uma relação de falta de empatia com a ergonomia – seja no aspecto da
legislação brasileira e/ou devido sua dimensão científica – apenas pelo fato de que sua
aplicação depende exclusivamente de variáveis que demandam a compreensão do
trabalho e interpretações das diversas formas de atividades de trabalho.
3. O que é o eSocial?
O governo entendo que o sistema colocará para as empresas uma nova rotina, e
analisando a grande demanda de informações a serem declaradas, assim como, as
limitações de configuração do sistema e necessidades de adequações, de forma
conservadora, apresentou um plano de implantação do eSocial junto as empresas, órgão
públicos e demais contribuintes a partir de duas variáveis: 1) Faturamento e tipo de
empresa/contribuintes; e, 2) Faseamento das informações.
4. Ergonomia no eSocial
Fonte: NDE 01/2018. Anexo I Leiautes. S-2240 – Condições ambientais do Trabalho – Fatores de Risco. p. 19-22.
Isso quer dizer, que a empresa deverá descrever os procedimentos aplicados para
a identificação dos fatores de riscos e não simplesmente dizer sim ou não. Para tal
condução, caberá às empresas contratar ou manter em suas dependências, um serviço
especializado na área da ergonomia e que entenda das variáveis ergonômicas do seu
trabalho.
Direitos autorais Grupo Ergo Company® 18
Anderson Rodrigues Freitas
Sim, chegou!!!
Como eu disse para você, este ebook teria um capítulo sobre a AET, mas que eu o
deixaria para o final.
Caso você pulou diretamente para essa parte do ebook, gentilmente peço que leia
os capítulos anteriores, pois deixei esse assunto para este momento não por acaso e sim,
como uma estratégia didática para que a AET seja compreendida nos aspectos da
legislação brasileira; do sistema eSocial; e, enquanto um modelo estruturado para a
gestão da ergonomia dentro das empresas.
Essa medida também tem um sentido de conservar os objetivos e propósitos da
AET, caso contrário à sua finalidade que é contribuir para a construção/transformação do
trabalho, se perderia no sentido único e exclusivo de atender a legislação brasileira, e não,
as necessidades dos trabalhadores e estabilidade de sistemas produtivos.
O método AET foi assumido pela NR 17, devido sua estruturação que permite a
compreensão da complexidade do trabalho, não apenas por parâmetros do trabalhador e
o estudo de sua atividade ocupacional, mas também analisar o contexto da instituição
empresarial.
Contudo, o objetivo final de uma AET é transformar do trabalho, por entre
condições o quão adequado possível às características do trabalhador, resguardando-lhe
na sua segurança e saúde, ao mesmo tempo que lhe favoreça o desenvolvimento de suas
habilidades e competências no realizar de suas atividades.
Já foi dito acima que a AET é um método sistematizado – não uma metodologia –
que permite ao ergonomista melhor compreender o trabalho, a fim de estabelecer e
acompanhar ações em processos de gestão dos problemas ergonômicos.
Dentro de sua estruturação, o ergonomista poderá utilizar-se de metodologias
quantitativas e/ou qualitativas complementares para seu entendimento das situações de
trabalho, isso porque, a AET apresenta uma sistemática aberta, permissível ao profissional
reunir recursos para melhor compreender as variáveis de todo o trabalho.