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Informação no
Setor Público
PROFESSORA
Me. Lilian Chirnev
FICHA CATALOGRÁFICA
Reitor
Wilson de Matos Silva
Lilian Chirnev
Imagine sua vida hoje sem acesso às Tecnologias de Informação e Comunicação com
conexão à internet. Pense naquele momento em que você estava prestes a acessar o
seu tão esperado produto na loja virtual e finalizar a compra quando o sinal de sua in-
ternet sumiu. Ou quando você estava prestes a pagar uma multa faltando 30 segundos
para a data limite ou pagar a última parcela do IPTU para poder ganhar um desconto
de pontualidade e, mais uma vez, a internet “caiu”. Agora, imagine essa situação ocor-
rendo o tempo todo, sem exceção. O que você faria? Recorreria à compra tradicional?
Pense que a loja onde você encontrou seu produto só existe em outra cidade. E agora?
Não poder contar com as Tecnologias de Informação e Comunicação é a realidade
de milhares de brasileiros e gestores públicos que não podem contar com nenhum des-
ses recursos, seja para suas atividades diárias, para o trabalho, os estudos, a vida social
e, pior, para a manutenção de sua condição de cidadão. Todos os serviços públicos e
todas as estruturas que facilmente são acessíveis aos que, no nosso país, constituem
uma gama de privilegiados ficam restritos a poucos somente na esfera privada.
Então, como reverter esse processo? Como fazer com que as pessoas sejam capazes
de acessar o serviço público e este se constitua como um espaço mais inclusivo, tanto
para os cidadãos como para os seus servidores? A partir do conhecimento. Quando
você acessa essa ferramenta e a usa em favor de mudanças, então a transformação
começa no seu entorno.
Prova disso são os movimentos populares por direitos. Algumas bandeiras se apre-
sentam como direito à moradia, cidade, mobilidade, alimentação saudável e livre de
agrotóxicos etc. Os integrantes se mobilizam, unem-se às universidades para receber
formação sobre as leis que garantem seus direitos e, dessa forma, aprendem como
participar dos espaços públicos de decisão, desenvolvem habilidades para lidar com
as relações políticas e de poder.
O conhecimento é a possibilidade de inquietar quem o acessa e provocar reflexões
capazes de unir esforços para pensar soluções para problemas comuns. Quando você
conhece, de fato, a sua realidade, por exemplo, você se identifica e se sente pertencente
ao que pode ser feito para superar as dificuldades que estão dadas.
Em uma escala maior, você se compadece com o outro que está na mesma condição
e, juntos, mobilizam outras pessoas que podem contribuir para pensar o problema e
as formas possíveis de resolução, com os impactos negativos e positivos. É essa visão
do todo, forjada por meio do debate e do conhecimento, da troca de informações da
análise sob os diversos saberes, que impulsionam novas ideias e ações mais assertivas
rumo à superação de problemas.
De maneira prática, retornemos à questão de acesso às Tecnologias de Informação
e Comunicação conectadas à internet. Agora, na condição de gestor público, como você
se relacionaria com um movimento cuja luta seja para garantir esse acesso à população,
em especial, a mais vulnerável?
Façamos um exercício de empatia aqui. Como você se atualiza em relação ao que
ocorre no mundo? Vai à biblioteca para ler jornais e revistas semanais? Para o trabalho,
você usa o computador ou o seu setor depende de um programa para ser realizado?
Ou você ainda usa planilhas impressas em que tudo precisa ser anotado à mão?
Bom, agora, pondere que você é a pessoa que ainda vive na dependência de papéis,
anotações à mão, ou seja, manutenção de rotinas de trabalho mais lentas, desgastan-
tes, com grande possibilidade de erro, enquanto uma outra pessoa é quem conta com
a facilidade, a velocidade e a dinâmica mais precisa em relação ao mesmo ofício. Quem
será que conseguiria apresentar maior volume de resultados com saldos positivos?
Então, como você se sentiu em relação à outra pessoa que, ao que tudo indica,
receberá uma promoção? Conseguiu visualizar o todo do problema? Você se sentiu
injustiçado? Saiba que essa mesma situação ocorre em inúmeras repartições públicas,
com servidores e gestores públicos trabalhando no planejamento da cidade e na ges-
tão de políticas públicas que são essenciais para garantir os preceitos constitucionais
a todos os cidadãos com residência no Brasil, sem poder contar com um programa
automatizado, computadores e internet para oferecer serviços de qualidade e em
quantidade que a população tanto precisa.
Será que a disciplina de Sistemas de Informação no Setor Público reserva a abor-
dagem e se integra de todas essas questões descritas até o momento? Para saber a
resposta, você precisará iniciar sua investigação. Bons estudos!
REALIDADE AUMENTADA PENSANDO JUNTOS
Sempre que encontrar esse ícone, Ao longo do livro, você será convida-
esteja conectado à internet e inicie do(a) a refletir, questionar e trans-
o aplicativo Unicesumar Experien- formar. Aproveite este momento.
ce. Aproxime seu dispositivo móvel
da página indicada e veja os recur-
sos em Realidade Aumentada. Ex- EXPLORANDO IDEIAS
plore as ferramentas do App para
saber das possibilidades de intera- Com este elemento, você terá a
ção de cada objeto. oportunidade de explorar termos
e palavras-chave do assunto discu-
tido, de forma mais objetiva.
RODA DE CONVERSA
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9 2
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ABORDAGEM SISTEMAS DE
SISTÊMICA: EVOLUÇÃO INFORMAÇÃO:
CIENTÍFICA E SEU CLASSIFICAÇÃO, CICLO
IMPACTO NA ATUAÇÃO DE FUNCIONAMENTO
PROFISSIONAL E TIPOLOGIAS
3
63 4 93
SISTEMAS DE FUNÇÃO DA
INFORMAÇÃO TECNOLOGIA DA
APLICADOS INFORMAÇÃO NA
À GESTÃO GESTÃO PÚBLICA
PÚBLICA
5
121
SOCIEDADE DA
INFORMAÇÃO E
A COMUNICAÇÃO
PÚBLICA
1
Abordagem
Sistêmica: Evolução
Científica e seu
Impacto na Atuação
Profissional
Me. Lilian Chirnev
Você costuma questionar a base dos conhecimentos que você acessa? Deixaremos
mais simples a presente consideração. Se você precisar tomar uma decisão sobre
uma nova proposta de emprego, por exemplo, quais seriam os questionamentos a
serem feitos? Se é uma empresa desconhecida, no mínimo, você deve saber a cidade
onde está localizada, qual é o setor de trabalho oferecido, a carga horária semanal,
o horário de atendimento ao público, o valor do salário e as demais gratificações,
bem como a reputação dela em relação aos seus clientes e público em geral.
De maneira simples e genérica, essas são informações básicas para você tomar
sua decisão, já que um trabalho em outro município, mesmo com salário maior
que o atual, poderia elevar suas despesas fixas com moradia e alimentação. Por-
tanto, no aspecto financeiro, você não aceitaria a proposta. Contudo, se a empresa
é próspera e dispõe de um plano de carreira sólido, mesmo ganhando menos,
sua decisão de não continuar no trabalho atual é considerada, pois você não terá
igual oportunidade de crescimento profissional onde está.
Na vida pessoal, é da mesma forma. Somos o resultado hoje das diversas
decisões que tomamos no decorrer da nossa vida. E cada decisão foi baseada
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UNICESUMAR
numa série de perguntas, e, mesmo se você não as fez, saiba que, de qualquer
forma, você obterá um resultado. Reflita se você está hoje como está porque es-
colheu trabalhar e ter disciplina. Ou você está hoje como está porque não quis
se “sacrificar” e aproveitou para sair com os seus amigos o quanto pôde. É isso,
cada decisão desencadeou uma consequência no todo de sua vivência. Cada ação
desencadeará uma reação e mudará o resultado final do todo, que é você.
Toda essa dinâmica de investigação, de ponderação em relação ao resultado da
pesquisa realizada, o processo de tomada de decisões e a análise em relação às con-
sequências desencadeadas a partir disso provocam mudanças não só na sua vida,
mas, quando aplicadas, às Ciências também, o que permite uma evolução constante.
Sistemas de Informação no Setor Público representam essa evolução, porque
este é um resultado direto de investigações e vivências que evoluíram no âmbi-
to das ideias e da instrumentalização técnica aplicada na rotina profissional do
gestor público. Por isso, esta disciplina faz parte de sua formação e se insere para
além das tecnologias de informação e comunicação, fundamentando a necessi-
dade de pesquisa e conhecimento como bases para o planejamento e a execução.
Dessa forma, o processo de gestão pública pôde evoluir porque foi aliado
à visão do todo de determinado problema por meio de informações geradas e
disponíveis em sistemas estruturados com novas tecnologias, em que os gestores
podem acessar subsídios efetivos para a tomada de decisões mais assertivas.
Imagine se, por um momento, fosse negado a você evoluir, repensar suas
decisões e aprofundar seus conhecimentos.
Faça a seguinte experiência para ilustrar como o não acesso às informações e
aos seus sistemas disponíveis, inclusive por meio das novas tecnologias de comu-
nicação e por meio da internet, podem dificultar sua vida: escolha uma atividade
de compra ou de prestação de serviço. Por exemplo, comprar pão em uma padaria
fora do seu bairro ou cortar o cabelo em um local que você não conhece. Sem
acessar a internet ou, mesmo, pedir para alguém acessar por você, como faria para
encontrar um desses estabelecimentos?
Bom, se um vizinho amigável lhe indicar o lugar e você não tiver um carro
— nada de serviço de transporte individual por aplicativo, ok? —, você ficaria
no ponto de ônibus perguntando para os usuários e motoristas qual é a linha até
o bairro onde se situa a padaria ou o salão. Digamos que você seja bem relacio-
nado e com muita sorte: o primeiro ônibus que parou tinha como rota o bairro
pretendido. Quanto tempo você acha que levaria para fazer todo esse processo?
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UNIDADE 1
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UNICESUMAR
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UNIDADE 1
NOVAS DESCOBERTAS
“
Pascal já formulara a necessidade de ligação, que hoje é o caso de
introduzir em nosso ensino, a começar pelo primário: “Sendo todas
as coisas causadas e causadoras, ajudadas e ajudantes, mediatas e
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UNICESUMAR
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UNIDADE 1
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UNICESUMAR
“
a) há uma tendência para a integração nas várias ciências naturais
e sociais;
b) tal integração parece orientar-se para uma teoria dos sistemas;
c) essa teoria pode ser um meio importante de objetivar os campos não-
-físicos do conhecimento científico, especialmente nas ciências sociais;
d) desenvolvendo princípios unificadores que atravessam vertical-
mente os universos particulares das diversas ciências, essa teoria
aproxima-nos do objetivo da unidade da ciência;
e) isso pode levar a uma integração muito necessária na educação
científica (MOTTA, 1971, p. 17–18).
Bom, e como se deu a propagação de suas ideias? Seus trabalhos, nessa fase, foram
descritos e publicados em língua inglesa ao invés de em alemão — que é a língua
oficial da Áustria —, como ocorreu no início de sua carreira. Por isso, a obra do
biólogo ganha ampla e diversa visibilidade.
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UNIDADE 1
Retomemos, então, qual foi a primeira definição feita por Bertalanffy sobre siste-
mas. Inicialmente, ele faz a distinção entre os “Sistemas Naturais” e os “Sistemas
Feitos pelo Homem”. Assim, foram apresentadas as características consideradas
universais entre ambos os sistemas, definidas desta forma (ROCHA, 1990, p. 50):
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UNICESUMAR
“
Todo sistema tem uma natureza orgânica, pela qual uma ação
que produza mudança em uma das unidades do sistema deverá
produzir mudanças em todas as suas outras unidades. Em outros
termos, qualquer estimulação em qualquer unidade do sistema
afetará todas as unidades devido ao relacionamento existente en-
tre elas. O efeito total dessas mudanças ou alterações proporcio-
nará um ajustamento de todo o sistema. O sistema sempre reagirá
globalmente a qualquer estímulo produzido em qualquer parte ou
unidade. Na medida em que o sistema sofre mudanças, o ajusta-
mento sistemático é contínuo. Das mudanças e dos ajustamentos
contínuos do sistema decorrem dois fenômenos: o da entropia e
o da homeostasia (CHIAVENATO, 2003, p. 476).
Chiavenato (2003) explica que a palavra entropia se origina do grego entrape, que
significa transformação. A entropia, para o autor, significa que “partes do sistema
perdem sua integração e comunicação entre si, fazendo com que o sistema se
decomponha, perca energia e informação e degenere. Se a entropia é um processo
pelo qual um sistema tende à exaustão, à desorganização, à desintegração e, por
fim, à morte” (CHIAVENATO, 2003, p. 424). Então, para conseguir “sobreviver”,
para manter a sua estrutura, o sistema necessita abrir-se (sistema aberto) para se
“reabastecer” de energia e de informação.
Já a homeostasia é considerada por Chiavenato (2003) como um estado de
equilíbrio dinâmico que possibilita ao sistema garantir seu funcionamento está-
vel, mesmo em condições de flutuações ambientais.
“
A homeostasia é um equilíbrio dinâmico obtido pela auto-regula-
ção, ou seja, pelo autocontrole. É a capacidade que tem o sistema de
manter certas variáveis dentro de limites, mesmo quando os estí-
mulos do meio externo forçam essas variáveis a assumirem valores
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UNIDADE 1
Agora sim. A partir desse conteúdo inicial, podemos avançar, no sentido de nos
apropriarmos de novos conhecimentos para compreender como as Ciências So-
ciais Aplicadas (Administração/Gestão) moldaram esse mecanismo de Sistemas
— fundado nas Ciências Naturais — para explicar acontecimentos gerados dentro
do ambiente organizacional.
A TGS gerou imenso impacto nas Ciências (naturais e sociais) e lançou uma
teoria sobre a visão do todo, uma obra básica e fundamental dos chamados teó-
ricos sistêmicos. Nessa perspectiva, concebeu-se o modelo de “sistema aberto”,
compreendido como um conjunto de elementos em interação e em intercâmbio
constante com o ambiente.
A união entre a Cibernética e a Teoria da Comunicação, atrelada à pesquisa
geral de sistemas, impregnou as aplicações no campo das Ciências Sociais que, por
sua vez, utilizaram a mesma metodologia para analisar fenômenos e situações, o que
deu origem à Teoria Sistêmica que, atualmente, impregna todas as demais Ciências.
Entretanto, como as contribuições da Teoria da Comunicação Humana ou da
Cibernética estão relacionadas à Teoria Sistêmica? Gomes et al. (2014) nos elucidam
que, em termos gerais, a Teoria Sistêmica foi influenciada pela Cibernética à medida
em que se apropriou dos conceitos de feedback, homeostase e causalidade. Quanto à
Teoria da Comunicação, a Teoria Sistêmica utilizou os axiomas da comunicação — a
teoria pressupõe cinco axiomas que delineiam o processo de comunicação.
“
A compreensão histórica e conceitual acerca do processo de constru-
ção do Pensamento Sistêmico, bem como de suas bases estruturantes é
imprescindível, pois toda prática está ou deveria estar articulada à com-
preensão teórica do fenômeno de estudo ou intervenção. Desse modo,
ao fazer uso do Pensamento Sistêmico, entende-se que a ciência não
pode fornecer uma compreensão completa e definitiva, pois sempre se
lida com descrições limitadas e aproximadas da realidade. Tal forma
de compreender o mundo e as relações pode ser usada em diversos
contextos e em várias áreas do saber (GOMES et al., 2014, p. 15).
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UNICESUMAR
PENSANDO JUNTOS
NOVAS DESCOBERTAS
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UNIDADE 1
OLHAR CONCEITUAL
Vamos fazer um exercício para simplificar a compreensão em relação a todo o nosso aprendizado
até o momento, relacionando a teoria e a imaginação para contextualizar a evolução científica
entre os séculos XX e XXI e suas distinções de pensar o método de análise.
Século XX e sua
evolução no Século XXI: Ao
tratar apenas um problema em
específico, no caso exemplificado as
pulgas, você não resolveu o todo do Exemplo: À medida que a análise é feita a partir de uma
visão do todo, você passa a compreender de maneira
problema, pois como o ambiente estava sistêmica o problema e a considerar todas as variáveis
infestado, ao passar o prazo de eficácia do possíveis. Por isso, não apenas o tratamento no pet é
produto aplicado no cachorrinho para o suficiente, você precisa providenciar a dedetização do
tratamento tópico, as pulgas, que continuavam a ambiente para que as pulgas sejam exterminadas e
se multiplicar no seu quintal, o atacavam parem de sugar o seu cãozinho.
prontamente porque, afinal, eram cada vez
mais em maior número e há dias estavam
famintas. Essa é a diferença de uma
análise parcial e segmentada sem
levar em consideração o todo
do problema.
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UNIDADE 1
“
O reducionismo desenvolveu-se na Física (estudo dos átomos), na
Química (estudo das substâncias simples), na Biologia (estudo das
células), na Psicologia (estudo dos instintos e necessidades básicas), na
Sociologia (indivíduos sociológicos). O taylorismo na Administração
é um exemplo clássico do reducionismo. O reducionismo faz com
que as pessoas raciocinem dentro de jaulas mentais, como se cada
raciocínio estivesse dentro de um escaninho ou compartimento in-
telectual apropriado para cada tipo de problema ou assunto. É graças
ao reducionismo que existem as diversas ciências, como a Física, a
Química, a Biologia etc. Mas teria sido a natureza ou o homem que
fez essa separação entre as ciências? (CHIAVENATO, 2003, p. 410).
“
A solução ou explicação do todo constitui a soma ou resultante
das soluções ou explicações das partes. O conceito de divisão do
trabalho e de especialização do operário são manifestações típicas
do pensamento analítico. O pensamento analítico provém do méto-
do cartesiano: vem de Descartes (1596-1650) a tradição intelectual
ocidental quanto à metodologia de solução de problemas (CHIA-
VENATO, 2003, p. 410).
“
Um fenômeno constitui a causa de outro fenômeno (seu efeito),
quando ele é necessário e suficiente para provocá-lo. Como a causa é
suficiente para o efeito, nada além dela era cogitado para explicá-lo.
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UNIDADE 1
“
O expansionismo não nega que cada fenômeno seja constituído
de partes, mas a sua ênfase reside na focalização do todo do qual
aquele fenômeno faz parte. Essa transferência da visão focada nos
elementos fundamentais para uma visão focada no todo denomi-
na-se abordagem sistêmica (CHIAVENATO, 2003, p. 411).
“
Os órgãos do organismo humano são explicados pelo papel que
desempenham no organismo e não pelo comportamento de seus
tecidos ou estruturas de organização. A abordagem sistêmica está
mais interessada em juntar as coisas do que em separá-las (CHIA-
VENATO, 2003, p. 411).
“
Em outros termos, a relação causa-efeito não é uma relação de-
terminística ou mecanicista, mas simplesmente probabilística. A
teleologia é o estudo do comportamento com a finalidade de al-
cançar objetivos e passou a influenciar poderosamente as ciências.
Enquanto na concepção mecanicista o comportamento é explicado
pela identificação de suas causas e nunca do seu efeito, na concep-
ção teleológica o comportamento é explicado por aquilo que ele
produz ou por aquilo que é seu propósito ou objetivo produzir. A
relação simples de causa-e-efeito é produto de um raciocínio linear
que tenta resolver problemas através de uma análise variável por
variável. Isso está superado. A lógica sistêmica procura entender as
inter-relações entre as diversas variáveis a partir de uma visão de um
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UNICESUMAR
campo dinâmico de forças que atuam entre si. Esse campo dinâmico
de forças produz um emergente sistêmico: o todo é diferente de cada
uma de suas partes. O sistema apresenta características próprias que
não existem em cada uma de suas partes integrantes. Os sistemas
são visualizados como entidades globais e funcionais em busca de
objetivos (CHIAVENATO, 2003, p. 411).
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UNIDADE 1
Já a TGS adotou outros três princípios intelectuais que constituem o oposto dessa
abordagem clássica. De maneira simples, esses princípios se baseiam na ideia de
que todo o fenômeno é parte de um fenômeno maior, e o desempenho de seu
sistema depende de como essa parte se relaciona com o todo.
Este é o princípio em que a causa é necessária, mas nem sempre é suficiente
para determinar o efeito, pois existem inúmeras variáveis a serem analisadas
para determinar a probabilidade do que ocasionou o efeito analisado. Esses três
princípios permitiram uma revolução no pensamento administrativo. “A teoria
administrativa passou a pensar sistemicamente” (CHIAVENATO, 2003, p. 411).
NOVAS DESCOBERTAS
Insistimos, ainda, na vertente mais teórica para destacar que um Sistema de In-
formação, quando aplicado à Administração, não pode ser interpretado somente
como informação aplicada a um sistema automatizado, como abordaremos nas
próximas unidades. Entretanto, durante o processo de tomada de decisão na
gestão, principalmente na Gestão Pública, é necessário analisar inúmeros vieses
para compreender como os dados representam a realidade.
Os critérios técnicos sobre sistemas serão apresentados, e, aliás, existem muitos
autores empenhados em criar e manter manuais de sistemas, inserindo estruturas
iguais ou com muitas semelhanças, com nomenclaturas para esses mecanismos em
inglês ou português ou mesmo em ambos os idiomas. Um gestor público, porém,
mais do que o domínio das ferramentas e estruturas de Sistemas de Informação,
tem como seu propósito profissional ser um agente de transformação.
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UNICESUMAR
EXPLORANDO IDEIAS
NOVAS DESCOBERTAS
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UNIDADE 1
NOVAS DESCOBERTAS
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UNICESUMAR
Esta é somente a fase inicial dos nossos estudos, mas cada argumentação pro-
posta até o momento é fundamental para consolidar as bases científicas que nos
acompanharão até o final da nossa disciplina. O propósito foi apresentar a você
um conjunto de informações relacionadas à concepção de sistemas enquanto
teoria científica e destacar o contexto histórico dos primórdios desse pensamento.
Privilegiar essas informações logo no início dos nossos estudos em detrimen-
to de começar por apresentar o arquétipo da estrutura técnica propriamente do
Sistema de Informação é conceder a você os instrumentos intelectuais muito
mais eficientes e eficazes para a sua prática profissional, pois essa, sim, perpassa
por toda e qualquer prática profissional.
Com o domínio teórico embasado nas razões pelas quais novos pensares
foram adotados pelas Ciências, a execução de projetos e a implementação de
quaisquer Sistemas de Informação serão embasadas em escolhas feitas por meio
de raciocínio e debates, não uma consulta no manual técnico empoeirado na
prateleira ou destacado em um site para vender uma solução.
A Teoria Geral de Sistemas que fundou a Teoria Sistêmica e foi apropriada
pela Administração ultrapassa a academia é já é relacionada a uma forma de
pensar a vida como um todo, sem separar a vivência social da laboral, da familiar,
enfim da vida social.
Para continuarmos em nossos estudos, no entanto, precisamos compreender
como foram implementados os Sistemas de Informação tal qual a academia tem
apresentado em diversos espaços — físico e on-line. Será mesmo apenas um
mecanismo? Ou os SI, apesar de poderem ser fisicamente instrumentalizados,
continuam com o mesmo princípio do Pensamento Sistêmico?
A única maneira de descobrir é você avançar para a próxima unidade, em
que serão apresentados os Sistemas de Informação, desde as suas conceituações,
classificações, tipologias e possíveis aplicações.
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1. Desde a abordagem clássica, a Teoria Geral da Administração (TGA) ampliou seu en-
foque teórico. Contudo, em sua fase inicial, a TGA foi influenciada por três princípios
intelectuais considerados dominantes no período antes de culminar na abordagem
sistêmica, sendo o reducionismo, o pensamento analítico e o mecanicismo.
Com base nos referidos três princípios intelectuais, avalie as afirmações a seguir.
a) V, V, F, F.
b) F, V, F, V.
c) F, F, V, V.
d) V, F, F, F.
e) F, V, V, F.
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a) Melhorar a vida dos servidores é uma das premissas prioritárias na execução de
Sistemas de Informação.
b) A interpretação feita sob uma disciplina do saber é a base para fazer o planeja-
mento e a execução de ações.
c) O domínio das ferramentas de sistemas de informação constitui o propósito pro-
fissional de um gestor público.
d) Naturalizar a desigualdade entre os mais pobres e os mais ricos é um argumento
para dar mérito aos ricos.
e) O critério para sanar somente as consequências em uma gestão eficiente se
refere a atender a todas as urgências.
Com base nas características universais dos “Sistemas Naturais” e dos “Sistemas Fei-
tos pelo Homem”, associe, a seguir, cada tópico de acordo com suas características.
I - O objetivo está relacionado aos sistemas que tendem a ser imutáveis, sem de-
sintegrar ou mesmo apresentar mudança no padrão observado.
PORQUE
II - O objetivo designa que todo sistema tem um objetivo a ser alcançado, e, dessa
forma, atitudes são direcionadas para atingir tal propósito.
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4. Assim como ocorreu na Administração, a abordagem sistêmica para debater os obje-
tivos de estudo também foi adotada por vários outros ramos do conhecimento. Nesse
sentido, outros princípios intelectuais foram adotados, tais como o expansionismo,
teleologia e o pensamento sintético.
a) I e III, apenas.
b) II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
5. A Teoria Geral de Sistemas (TGS), fundada pelo biólogo austríaco Karl Ludwig von
Bertalanffy, insere-se na fase inicial dos nossos estudos para demonstrar a importân-
cia da análise sistêmica que culmina na realidade prática de Sistemas de Informação
(SI) no setor público. A base para o desenvolvimento da proposta da TGS iniciou na
década de 1920.
Com base na crítica e sugestão feita por Bertalanffy que culminou na TGS, avalie as
afirmações a seguir como V para verdadeiras e F para falsas.
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IV - O especialista criticou a visão de que a divisão no mundo em áreas se aplica à
Biologia, Química, Física etc.
a) F, F, V, V.
b) V, F, F, F.
c) V, V, V, F.
d) V, F, V, F.
e) V, V, F, F.
6. No início dos nossos estudos, abordamos a obra A cabeça bem-feita: repensar a refor-
ma, reformar o pensamento, de Edgar Morin (2003), para contextualizar a razão pela
qual a Teoria Geral de Sistemas (TGS) se insere nas bases iniciais da nossa disciplina
para identificar e organizar esse conhecimento científico sobre Sistemas.
a) II e IV, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) II e III, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
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Sistemas de
Informação:
Classificação, Ciclo
de Funcionamento
e Tipologias
Me. Lilian Chirnev
Antes de ter acesso à nossa disciplina, você já tinha se dado conta de que conhece
diversos tipos de sistemas? O que será que todos os sistemas têm em comum? Pense
rápido sobre um sistema específico: qual veio à sua mente primeiro? Confesso que, des-
de sempre, quando penso em sistema, de imediato, me ocorre o sistema respiratório.
Como você descreveria o sistema respiratório? Qual é a sua composição, suas
partes? Qual é a razão para ser explicado como um sistema? Suas partes intera-
gem? E qual é o objetivo desse sistema? Bem, apesar de o sistema respiratório
não ser o objeto de nossos estudos, o sistema e a base de compreensão que se
aplica às diversas áreas do saber são, sim. Contudo, como essa relação se insere
nos Sistemas de Informação aplicados à Gestão Pública?
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UNIDADE 2
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UNIDADE 2
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UNIDADE 2
Bem, já que partimos dessa definição, será que tal conceituação basta para
explicar efetivamente o que seja Sistemas de Informação? Sim, a base é esta.
No entanto, você precisa compreender que existem outros aspectos relacio-
nados ao SI, entre os quais, a sua classificação, os seus ciclos, bem como suas
tipologias. Entretanto, não se preocupe em aprender tudo de uma vez só. À
medida em que avançarmos, ficará mais fácil para você assimilar.
Será que a definição de Sistema, tal como fizemos anteriormente, aplica-se a ou-
tros contextos? Por exemplo, sistema respiratório, sistema econômico, sistema jurídi-
co etc.? Tentaremos outra definição conceitual sobre Sistema para avaliar se é possível.
Há uma definição bastante interessante que agrega visões de outros autores.
Refiro-me à de Albuquerque (2011, p. 16) que evidencia, a partir de Stair (1998)
e Laudon e Laudon (2004), que o termo “sistema” poderia ser definido como “um
conjunto de partes, componentes, que interagem entre si, de forma ordenada, a
fim de atingir um objetivo comum”. Em cada um dos referidos exemplos, é pos-
sível categorizar o sistema, suas partes, seu ordenamento e seu objetivo.
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UNIDADE 2
ORDENAMEN-
SISTEMA PARTES OBJETIVO
TO
Os princípios
constitucionais
Sistema Tribu- Impostos, taxas Regulamentar a
da legalidade,
tário Constitu- e contribuição atividade tribu-
da isonomia, da
cional de melhoria. tária.
anterioridade
etc.
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UNIDADE 2
Entrada:
Colaboradores, Componentes do Saída:
energia elétrica, Sistema: Vendas no
água, açúcar, gás Fabricação, atacado
carbônico, comercialização, e varejo.
equipamentos marketing etc.
etc.
43
UNIDADE 2
“
[...] com a eficiência e a eficácia de um SI, compreendido com base
em Turban, McLean e Wetherbe (1996) como sistema que integra:
pessoas, procedimentos, dados/informação, componentes de tec-
nologias de informação e comunicação (hardwares, softwares) e
elementos de telecomunicações para recolher, processar, armazenar,
analisar e distribuir informação como recurso útil à tomada de de-
cisões (OLIVEIRA; VIDOTTI; BENTES, 2015, p. 59).
44
UNIDADE 2
Desde o século XX, mesmo antes das imensas máquinas de cálculos serem inven-
tadas ou serem estruturados setores apenas destinados a arquivamento de dados
— envolvendo muitas pessoas e, portanto, com maior potencial de erro no seu pro-
cessamento —, a “lógica” relacionada à utilização de sistemas continuou a mesma.
Até depois de décadas, com a popularização dos computadores e o advento da
internet, o processo de sistemas continua sendo integrado e utilizado — primeiro,
pelos pesquisadores e, depois, pelos gestores — com a mesma finalidade: arma-
zenar e processar, seja qual for o setor de atuação, o bem com maior potencial de
desencadear evolução na instituição/organização, a informação.
Contudo, e os componentes de SI? Será que funcionam da mesma forma
mantendo uma mesma composição? Podemos afirmar que, basicamente, o SI é
composto por três principais componentes: dados, sistemas de processamento
de dados e canal de comunicação.
Conforme Polloni (2000), cada um desses componentes podem ser descritos da se-
guinte forma:
Dados
Dados são considerados fatos isolados de qualquer contextualização, ou seja, não pos-
suem significado. Na prática, por exemplo, se o SI for estruturado para o setor de saúde
de atenção básica, geralmente de responsabilidade do Governo municipal, os dados
podem ser representados pelo total de atendimentos realizados nas Unidades Básicas
de Saúde (UBSs), datas dos atendimentos realizados, descrição dos tipos de atendimen-
to — consultas médicas, vacina, exame laboratorial etc. Esses dados são coletados no
ambiente onde ocorrem os atendimentos de saúde e, quando esses dados são inseri-
dos no sistema, representam o processo de entrada dos dados.
45
UNIDADE 2
Canal de comunicação
46
UNIDADE 2
OLHAR CONCEITUAL
De maneira geral, podemos adotar algumas orientações básicas para um SI eficiente. Para nos au-
xiliar nessa tarefa, contamos com as contribuições das premissas apresentadas por Polloni (2000)
que estão dispostas a seguir:
1
Resultar na produção de informações necessárias, confiáveis, em
tempo hábil, custo adequado, dentro dos requisitos operacionais
e gerenciais de tomada de decisão;
47
UNIDADE 2
PENSANDO JUNTOS
Descrição da Imagem: a imagem fotográfica apresenta, de forma aproximada, uma porta de madeira
entreaberta e um cadeado de ferro antigo e enferrujado aberto. O cadeado possui uma pequena chave
inserida na fechadura.
48
UNIDADE 2
Descrição da Imagem: a ilustração apresenta, de forma aproximada, uma porta verde de ferro trancada
por um cadeado vermelho e branco que está fechado.
49
UNIDADE 2
NOVAS DESCOBERTAS
50
UNIDADE 2
Por isso, até o momento, nosso enfoque tem sido teórico — com exemplos
práticos — e deve se estender nessa fase para identificarmos a principal base
do conhecimento sobre SI e suas diversas aplicações na Gestão. Nesse sentido,
podemos destacar algumas tipologias utilizadas para auxiliar o gestor no pro-
cesso de tomada de decisão.
Importante enfatizar que cada classificação está relacionada à sua finalidade
de processamento. Camargo Júnior e Façanha (2011), por exemplo, apresentam
os Sistemas de Processamento de Transações (SPT) que são considerados os
mais simples dos SI. Os SPT são responsáveis pela coleta de todo e qualquer dado
considerado importante que seja resultado de uma interação entre a organização
e o ambiente de negócios ou mesmo de processos operacionais internos. Os Sis-
temas de Informação Gerenciais (SIG), por sua vez, são mais complexos e “res-
ponsáveis pela transformação dos dados obtidos pelos SPT em informações mais
sucintas e consolidadas para acompanhamentos rotineiros e análise de melhorias
em processos pelos gerentes” (CAMARGO JÚNIOR; FAÇANHA, 2011, p. 224).
51
UNIDADE 2
NOVAS DESCOBERTAS
“
[...] integração dos dados de todos os processos internos e exter-
nos da empresa de forma a centralizar seu armazenamento numa
plataforma de banco de dados. Seu desenvolvimento e implantação
pode ter duas abordagens diferenciadas: funcional: promove a mo-
dulação por departamentos principais, normalmente ligados aos
subsistemas da empresa, como finanças, controladoria, marketing
e vendas, aquisições e compras, produção, recursos humanos etc.;
52
UNIDADE 2
“
[...] conta com um banco de dados centralizado,
operando em uma plataforma comum que interage
com um conjunto integrado de aplicativos ou mó-
dulos, consolida todas as operações do negócio em
um simples ambiente computacional. Essa arquite-
tura permite abordagens flexíveis e orientadas para
o processo e podem maximizar as atividades de pro-
dução, gerencia- mento de inventário e de cadeia de
valor, controle financeiro, gerenciamento de recursos
humanos e aprimoramento do relacionamento com
o consumidor. Esse sistema proporciona forte inte-
gração de informações e simplificação de processos
de negócio para habilitar as organizações a serem
eficientes e eficazes (BATISTA, 2012, p. 164).
53
UNIDADE 2
“
Encontra-se entre os diversos tipos de sistemas de informações, o
denominado EIS - Executive Information System, o qual foi tra-
duzido como SIE – Sistema de Informações Executivas. Este tipo
de sistema de informação tem como objetivo primordial ampliar
as possibilidades de alternativas para problemas organizacionais,
assim como permitir a exploração das informações disponíveis
que possibilitem ao gestor traçar novos rumos e comportar-se de
maneira proativa face ao ambiente em que se encontra (BEUREN;
MARTINS, 2001, p. 7).
NOVAS DESCOBERTAS
54
UNIDADE 2
NOVAS DESCOBERTAS
Título: Startup.com
Ano: 2001
Sinopse: quem nunca imaginou ser dono do seu próprio negócio ou
criar algo novo que facilitaria a vida das pessoas? Pois esse filme re-
lata a inovação dos amigos Kaleil Isaza Tuzman e Tom Herman: criaram um
sistema que revolucionaria o processo de multas de trânsito das prefeituras,
o GovWorks.com. Startup.com é um documentário norte-americano estrea-
do em 25 de maio de 2001 e dirigido por Chris Hegedus e Jehane Noujaim.
Ele acompanha a criação e a falência da empresa GovWorks.com durante os
anos de 1999 e 2000.
55
UNIDADE 2
Nossa proposta, nesta unidade, foi apresentar o contexto sobre a atual defi-
nição de sistemas e sua classificação. A partir da contribuição das diversas
ciências, discorremos sobre como o conceito foi desenvolvido e, principal-
mente, destacamos a base da compreensão que envolve o funcionamento de
sistemas, em que as partes constituem o todo.
Avançamos sobre a aplicação de Sistemas de Informação como um sistema utili-
zado para processar dados e gerar informações. Demonstramos que o SI se apresenta
em diversas modalidades, como automatizado (computadorizado) ou manual, e o seu
processo de funcionamento inclui pessoas — para gerenciamento da informação —,
equipamentos, metodologia de coleta, dados, processamento, informação, transmis-
são e propagação das informações — resultado dos dados manipulados.
A contribuição, até o momento, foi evidenciar um arquétipo básico de SI e suas
tipologias para compreender que existem modalidades simples e complexas de apli-
cação, com entradas e saídas, algumas mais e outras menos avançadas em tecnologia.
E, como cada classificação está relacionada a uma finalidade de processamento,
avançaremos em uma perspectiva de proposição para o setor público a partir da
Arquitetura de Sistemas de Informação (ASI). Siga em frente e tenha ótimos estudos!
56
1. Uma das propostas de análise de sistema está relacionada a utilizar um mecanismo
decomposto em partes. Cada “divisão” tem uma denominação e uma finalidade,
como, por exemplo, a entrada que representa tudo o que é necessário para o siste-
ma operar, sendo esses recursos obtidos externamente.
a) V, F, F, F.
b) F, F, V, V.
c) F, V, F, V.
d) V, F, F, F.
e) F, V, V, V.
PORQUE
57
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
b) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
c) As asserções I e II são proposições falsas.
d) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
e) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
a) Sistema pode ser definido como um conjunto de partes, componentes que inte-
ragem entre si, de forma ordenada, a fim de atingir um objetivo comum.
b) Sistema pode ser definido como um aglomerado de partes, cujos componentes,
ao se comunicarem entre si, propõem um objetivo em comum.
c) Sistema pode ser definido como um instrumento de partes que interagem entre
si de forma ordenada, a fim de indicar um possível objetivo comum.
d) Sistema pode ser definido como um conjunto de partes, componentes, que inte-
gram uma forma ordenada isolada, com foco em um objetivo comum.
e) Sistema pode ser definido como um aglomerado de componentes que interagem
entre si de forma espontânea, a fim de atingir um objetivo comum.
58
É correto o que se afirma em:
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
Com base nos Sistemas Abertos e Sistemas Fechados no ambiente de gestão, avalie
as afirmações a seguir como V para verdadeiras e F para falsas.
a) F, F, F, V.
b) F, V, F, F.
c) F, V, F, V.
d) V, F, V, V.
e) V, V, F, F.
6. Polloni (2000) nos elucida com algumas orientações básicas para um SI ser consi-
derado eficiente. Uma de suas instruções é de que um SI eficiente deve resultar na
produção de informações necessárias, confiáveis, em tempo hábil, custo adequado,
dentro dos requisitos operacionais e gerenciais de tomada de decisão.
59
I - Estruturar e manter dispositivos de controle interno para garantir a confiabilidade
das informações de saída e proteção adequada aos dados controlados pelo SI.
II - Manter um fluxo de procedimentos, tanto internos quanto externos ao proces-
samento, de maneira integrada, racional, rápida e com menor custo admissível.
III - O SI deve estar integrado à estrutura organizacional para auxiliar na coordenação
dos diferentes setores, distante, portanto, da interligação entre eles.
IV - As diretrizes do SI devem assegurar a realização de todos os seus objetivos de
maneira direta, com velocidade, dando conta da complexidade e eficiência.
É correto o que se afirma em:
a) I, II e IV, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
7. Sistemas utilizados para processar dados e gerar informações são designados como
Sistemas de Informação (SI). Com possibilidade de ser computadorizado ou manual,
o processo de funcionamento de SI envolve equipamentos, pessoas, dados, me-
todologia de coleta, processamento, informações, transmissão e propagação das
informações que constituem os resultados dos dados manipulados.
60
Assim, com base em SI automatizado, analise as asserções a seguir.
PORQUE
61
3
Sistemas de
Informação
Aplicados à
Gestão Pública
Me. Lilian Chirnev
Você já tomou alguma decisão por impulso? Talvez o momento não tenha fa-
vorecido pensar sobre as consequências da sua decisão. Ou mesmo foi a falta de
tempo que impediu você de descobrir todas as informações possíveis para poder
pensar sobre qual decisão seria a melhor. Ou realmente você simplesmente não
se importa em buscar informações e prefere decidir de maneira intuitiva sempre.
Agora, reflita sobre esse mesmo aspecto, mas se imaginando na condição de
gestor público. Como você agiria quando fosse necessário tomar uma decisão
sobre sua cidade? Qual seria sua primeira medida antes de tomar uma decisão?
Você buscaria informações? Onde você buscaria essas informações? Você per-
guntaria a alguém experiente na sua área o que deve fazer? Ou apenas faria uma
busca no Google para ler e assistir tudo sobre o tema?
64
UNIDADE 3
65
UNIDADE 3
66
UNIDADE 3
“
Dessa forma, os processos decisórios necessitam de eficiência, eficá-
cia e confiabilidade. Para isso, é necessário utilizar ferramentas que
permitam a coleta, tratamento, processamento e armazenamento
de informações. Nesse contexto, temos a tecnologia da informação
(TI), que além de reduzir a redundância de informações e agilizar os
processos organizacionais, organiza e armazena os dados, obtendo
informações e gerando conhecimento (AFFONSO, 2018, p. 13).
67
UNIDADE 3
68
UNIDADE 3
anúncio do problema
e significado daquele
contexto;
pesquisa sobre
as possíveis
alternativas para
sanar o problema
identificado;
pensar quais
podem ser as
possíveis
consequências de
cada alternativa
pensada para
resolver o
problema; da mesma forma,
determinar os
possíveis
resultados a partir
de cada
alternativa;
definir a melhor
alternativa sob a
perspectiva de todo
o curso de execução.
69
UNIDADE 3
“
É por essa razão que as organizações, a fim de instruir os processos
decisórios críticos (estratégicos) que lhes são peculiares, estruturam
sistemas de apoio – usualmente chamados “sistemas de informação
gerencial” ou “sistemas de apoio a decisões” –, com vistas a tor-
nar disponíveis informações selecionadas, organizadas de acordo
com seu ambiente operacional e com as necessidades dos decisores
(SANCHES, 1997, p. 70).
70
UNIDADE 3
Sanches (1997) afirma que as áreas com maior demanda de decisões críticas, ou
seja, decisões a partir de demandas não estruturadas e com caráter estratégico, são
as administrativas, operacionais e de resultados. Nesses setores, o risco é constante
em relação a uma decisão errada provocar prejuízos irreparáveis e até danos ao
objetivo final proposto pelos colaboradores da organização.
Esse é o argumento pelo qual se justifica a necessidade de implantação de sis-
temas de apoio às decisões e/ou sistema de informação gerencial, sendo represen-
tado pela implantação de um SIG, com a finalidade de proporcionar informações
selecionadas disponíveis, estruturadas de acordo com seu ambiente operacional
e com as obrigações dos decisores.
“
Os sistemas de informação gerencial têm assumido utilidade cres-
cente também pelo seu potencial para fundamentar o planejamento
– em todas as suas etapas –, para dar consistência às ações políticas
(pelo fato de as organizações modernas tenderem à complexidade
em decorrência das novas tecnologias e demandas do ambiente),
para apoiar o exercício de novas atribuições pelas gerências do setor
público (cujas responsabilidades passaram a englobar preocupações
com qualidade e produtividade) e para ordenar de forma integrada
o volume crescente de informações tornado disponível na socieda-
de moderna (SANCHES, 1997, p. 70).
“
Esse conjunto de circunstâncias, aliado à velocidade das transfor-
mações no mundo moderno, leva a que os processos decisórios
das organizações se refiram, com crescente frequência, as deci-
sões não-rotineiras de maior complexidade, exigindo sistemas de
apoio cada vez mais bem estruturados e a atuação sistemática do
especialista (gerente de informação) na integração de elementos
informacionais, para o adequado atendimento às necessidades de
decisores particularizados. É preciso ter bem claro, entretanto, que
71
UNIDADE 3
PENSANDO JUNTOS
Mas quando pensamos em Sistemas de Informação, que tipo de análise devemos em-
preender para saber se realmente nosso setor ou atividade precisa desse subsídio? Por
onde devemos começar essa análise? A primeira medida a ser considerada é conhecer o
perfil do problema identificado por você. A necessidade de implementação de um sistema
se dá justamente se esse problema vai demandar contínuo monitoramento ou não.
72
UNIDADE 3
“
Com o Sistema de Informação estruturado, a forma como as in-
formações são apresentadas aos gestores proporciona uma visão
ampla das possibilidades de decisões e garante à empresa agilidade
no tempo de reação às mudanças do mercado que se torna possível
por meio de fontes seguras (ATHAYDE; MAIA, 2019, p. 71).
Como afirmam Beuren e Martins (2001), a ampla literatura sobre sistemas de infor-
mações contempla em sua maioria obras dedicadas aos sistemas de informações nas
áreas transacionais e gerenciais. No segmento transacional, os sistemas de informações
têm o objetivo de concretizar e armazenar as operações realizadas na organização.
O pagamento de um boleto (parcela) do carnê do Imposto Predial e Territorial
Urbano (IPTU), por exemplo, representa uma transação. Os dados (transações)
sobre o pagamento de IPTU de todos os imóveis da cidade estão armazenados
no SPT mantido pela secretaria municipal de Fazenda.
73
UNIDADE 3
São os SPT responsáveis pela coleta de todo e qualquer dado considerado im-
portante que seja resultado dessa interação entre a organização e o “ambiente
de negócios” (cidadão pagando o boleto de IPTU à prefeitura), ou mesmo de
outros diversos processos operacionais internos, como compra de produtos e
pagamentos de serviços contratados. Nesse sentido, os dados registrados no SPT,
basicamente, podem ser classificados como fatos e estatísticas, porque são nú-
meros (dados) que registram um processo específico.
Mas como saber se além do SPT é necessário avançar e implantar um SIG
para dar conta de determinada atividade no setor público? Beuren e Martins
(2001) exemplificam da seguinte forma:
“
Nas instituições financeiras, por exemplo, uma transação pode
representar um depósito, saque ou aplicação feita pelo correntis-
ta. Em um hospital, uma transação pode ser considerada como a
internação de um paciente, ou uma requisição de exame médico.
Estas transações são manipuladas e gerenciadas pelos sistemas de
informações gerenciais – SIG. Estes sistemas têm como objetivo
auxiliar a organização a alcançar maior eficiência. Propiciam, aos
gerentes, informações que orientam as tomadas de decisão e o mo-
nitoramento de suas tarefas (BEUREN; MARTINS, 2001, p. 8).
De maneira simples, podemos afirmar que tal decisão (se além do SPT é neces-
sário avançar e implantar um SIG) depende do objetivo que você quer alcançar,
ou, dito de outra forma, tudo depende da pergunta que você pretende responder.
Vamos utilizar um outro caso hipotético para ilustrar o presente raciocínio.
Os dirigentes de uma escola de ensino fundamental, localizada na área central
da cidade, identificaram aumento expressivo de ausência de alunos de um mês
para outro. Essa falta em sala de aula foi identificada pelos professores e registrada
no SPT. A princípio não há nada que indique uma justificativa para o problema.
No SPT os dados demonstram estatisticamente a presença e falta dos alunos
na sala de aula, mas os dados por si não revelam a causa. De maneira comparativa,
os dados apresentaram uma crescente de falta de apenas um mês para o outro.
Também no mesmo sistema verificou-se que as ausências estão ocorrendo em
séries diferentes. Uma forma de descobrir o que causou essa mudança pode ser
uma reunião com os pais dos alunos. Em uma conversa, que é um modelo de
74
UNIDADE 3
75
UNIDADE 3
“
A implantação de um SI visa ao aperfeiçoamento do processo da
organização. Entenda-se processo como uma série de tarefas exe-
cutadas para atingir um resultado pré-estabelecido. A introdução
ou modificação de um SI é causadora de mudanças na organização
uma vez que o aperfeiçoamento do processo implica em alterações
nas atividades, nas tarefas, nos relacionamentos e nas práticas de
trabalho das pessoas. A essa ‘reação em cadeia’ Chiavenato (1998)
dá o nome de efeito multiplicador da mudança organizacional, pois
uma mudança em qualquer das quatro dimensões (estrutura orga-
nizacional, tecnologia, produto/serviço e cultura/pessoas) nunca
ocorre isoladamente (SOUZA; SILVA, 2002, p. 5).
76
UNIDADE 3
EXPLORANDO IDEIAS
77
UNIDADE 3
78
UNIDADE 3
79
UNIDADE 3
NOVAS DESCOBERTAS
Avançamos nos nossos estudos sobre SI, mas sob o viés da Tecnologia da Infor-
mação (TI). Essa discussão se faz necessária em razão da amplitude que envolve
a utilização de Sistemas de Informações (SIs) e, em especial, como afirmam Tait
e Pacheco (1999), por causa dos modelos tradicionais de administração de in-
formática que foram elaborados em sua fase inicial contemplando a iniciativa
privada e não incluíam aspectos específicos do setor público.
Apesar de atualmente as empresas desenvolverem programas, tecnologias e
sistemas especializados para o setor público, existem distintas realidades no nos-
so país, em que a maioria dos municípios, devido à ausência de recurso ou mes-
mo de vontade política, são geridos sem qualquer instrumentalização tecnológica
80
UNIDADE 3
81
UNIDADE 3
Dentro desse contexto e no decorrer da evolução do uso dos SIs, foram acrescenta-
das à necessidade de seu planejamento a integração com a tecnologia de informação e
o envolvimento no ambiente organizacional, bem como a tecnologia de informação e
negócios, modificando a visão dos sistemas de informações de processador de tarefas
rotineiras para uma posição de arma estratégica nas organizações.
OLHAR CONCEITUAL
A ASI é a alternativa ao enfrentamento de problemas existentes, tais como descritos em sua amplitude
por Tait e Pacheco (1999), e podem ser agrupados em três eixos: questões institucionais, questões liga-
das aos SI e questões ligadas à cultura organizacional. Outros itens podem ser acrescidos na descrição
dos autores quanto aos problemas enfrentados, e neste espaço apenas alguns serão citados, tais como:
82
UNIDADE 3
“
Ao abordarem aspectos relacionados e relevantes para o sucesso da
empresa, os SI podem ser contextualizados em uma arquitetura de
sistemas de informação (ASI), entendida como o estabelecimento
de um conjunto de elementos cuja finalidade é proporcionar um
mapeamento da organização no tocante aos elementos envolvidos
com o processo de desenvolvimento e implementação de um SI
(TAIT; PACHECO, 1999, p. 12).
Esta arquitetura de SI, de acordo com Tait e Pacheco (1999), engloba desde os
aspectos organizacionais (estrutura, objetivos, missão e metas), os negócios pú-
blicos, os SIs, a tecnologia disponível (configuradas como redes, software e hard-
ware, telecomunicações etc.) e também os usuários envolvidos (desenvolvedores,
operacionais e gerenciais).
NOVAS DESCOBERTAS
83
UNIDADE 3
“
Os aspectos internos e externos da informática pública trazem
intrínseca a necessidade de uma estruturação adequada para su-
portar as atividades do processo de informatização, combinando
aspectos técnicos e organizacionais, que justificam a elaboração de
uma arquitetura de sistemas de informação (Tait et al., 1998), cujo
modelo em sua visão abrangente proporciona o mapeamento das
necessidades de SI no setor público (TAIT; PACHECO, 1999, p. 13).
84
UNIDADE 3
NOVAS DESCOBERTAS
85
UNIDADE 3
86
1. Sistemas de Informação Gerencial (SIG) são sistemas computacionais capazes de
fornecer informações como matéria-prima para todos os processos de tomadas de
decisões feitas pelos participantes tomadores de decisão dentro da organização.
Com base nos itens combinados que formam os SIG e que podem ser aplicados à
gestão/administração sob diversas modalidades, avalie as afirmações a seguir como
V para verdadeiras e F para falsas:
a) F, F, F, V.
b) F, V, V, F.
c) V, F, F, F.
d) V, V, F, F.
e) V, V, V, F.
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I, II e IV, apenas.
d) I e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
87
3. Para o desenvolvimento de qualquer pesquisa, é necessário acessar fontes confiáveis,
seja no ambiente interno ou externo à organização/instituição. Um exemplo de fonte
interna refere-se ao conjunto de servidores que atuam em determinado setor, sendo
os resultados de pesquisas já realizadas por institutos especializados um exemplo
de fonte externa. Com base na definição de pesquisa na perspectiva dos nossos
estudos, analise as asserções a seguir:
PORQUE
88
d) Além da informação e preferências, o processo de decisão inclui o pen-
samento lateral do decisor.
e) Constituem o processo de decisão tanto a informação quanto as experiências
vivenciadas pelo decisor.
5. Na gestão pública, o uso de Sistemas de Informação (SI) está associado mais às áreas
relacionadas aos processos de gerenciamento e transações. A aplicação de SI no
âmbito público pode ocorrer na dinâmica da rotina do trabalho, por exemplo, nos
setores mais essenciais de prestação de serviços públicos à comunidade.
Assim, com base no uso dos SI no setor público e no processo de tomada de decisões,
analise as asserções abaixo:
PORQUE
89
I - As etapas para implantação de um SI iniciam pela avaliação, depois análise, es-
truturação do projeto, implementação e manutenção do SI e, por fim, revisão.
II - Respeitar as etapas é essencial para identificar em tempo hábil as modificações
e correções necessárias, porque a aceitação depende dos usuários.
III - As ações de correções no processo de implantação do SI são indicadas conforme
o agravante identificado, como mudanças mais significativas no sistema.
IV - No caso do processo de planejamento para implantação de SI, este pode ocor-
rer em etapas respeitando os prazos estipulados para a construção do projeto.
As afirmações I, II, III e IV são, respectivamente:
a) F, F, V, V.
b) V, F, F, V.
c) V, V, F, V.
d) V, F, V, V.
e) V, F, F, F.
90
Assim, com base no funcionamento dos Sistemas de Informação Gerenciais (SIG),
analise as asserções a seguir:
PORQUE
91
4
Função da
Tecnologia da
Informação na
Gestão Pública
Me. Lilian Chirnev
Você já utilizou algum serviço público? Como foi a sua experiência? Precisou
esperar muito tempo ou teve que retornar várias vezes ao mesmo setor por conta
da ausência de documentos? Não que você tenha uma memória falha, mas os
documentos estavam sempre pendentes porque você nunca utilizou o serviço, e
a orientação sobre como proceder é fragmentada a cada atendimento. Qual foi a
sua reação ao olhar para o servidor público na sua frente após mais uma demanda
de documentos que você nem sabia que precisaria, tão pouco que lhe custaria
dinheiro, já que se tratava de uma certidão, por exemplo?
Se você acredita que nunca vivenciou essa experiência frustrante porque não
precisou ir pessoalmente a um departamento para acessar diretamente deter-
minado serviço público, reflita sobre o tempo que você leva para se deslocar do
trabalho para sua casa ou sobre o aumento contínuo da conta de água e luz.
Pois é, se você vive no Brasil — assim como na maioria dos países —, sua
vida está subordinada às decisões de planejamento e gestão realizadas pelos re-
presentantes políticos que foram eleitos pela maioria dos cidadãos aptos a votar.
E são esses mesmos representantes eleitos que elaboram e aprovam as leis, que
estruturam os instrumentos de regulação para a garantia de direitos por meio da
execução das mais diversas políticas públicas.
94
UNIDADE 4
Então, mesmo que você tenha uma renda razoável como comerciante, que es-
tude em instituição de ensino particular, com carro e casa própria, plano de saúde,
cercado(a) de sistemas de vigilância e monitoramento de segurança, sua vida em
sociedade o coloca como agente que interage e se integra ao todo, por isso, está
suscetível a todas as consequência da eficiência ou ineficiência da máquina pública.
Vamos a uma suposição para definirmos um exemplo concreto dessa dimen-
são a partir da referida descrição. Imagine que você esteja em uma condição de
vida de “conforto” financeiro e resolve sair de casa para ir ao shopping, dirigindo
o seu carro importado zero quilômetro. No trajeto, você percebe que o fluxo de
carros, para aquele horário, aumentou muito. Motocicletas, então... São centenas
nas ruas da cidade, e, muitas vezes, você visualiza no caminho que algumas estão
envolvidas em um acidente de trânsito. Você começa a refletir sobre o que causou
esse caos no tráfego urbano.
Um dos indícios mais evidentes é a ausência de planejamento efetivo de mo-
bilidade urbana segura e sustentável. Qual é a prova disso? O aumento de veículos
que são práticas individuais de deslocamento por veículo movido a combustível
fóssil. Entretanto, será que as pessoas melhoraram sua condição de vida, e isso fez
com que elas optassem por comprar o próprio carro e moto com mais facilidade?
Ao contrário. É justamente o fato de o transporte público coletivo ser extrema-
mente caro e precário que acaba incentivando as pessoas a buscarem se deslocar
de maneira mais barata e rápida. O encarecimento recorrente da passagem se deve,
entre outras razões, à ocupação desordenada de territórios onde o mercado imo-
biliário acessa terras mais baratas para auferir mais lucro, construindo residenciais
e vendendo lotes. Contudo, é dever do Estado garantir ao cidadão o direito ao
transporte, cujo funcionamento e gestão são mantidos com recursos dos impostos.
Então, a prefeitura, por meio dos seus servidores, precisa cumprir seu dever
de disponibilizar pontos de ônibus em locais distantes das áreas já urbanizadas.
O deslocamento até esses residenciais fica caro e não paga os custos do transporte
coletivo, porque ainda são poucos os usuários de ônibus que residem nessas áreas
recém-ocupadas. Resultado: o recurso que o poder público repassa para custear
parte do valor da passagem nunca é suficiente para “fechar” a conta da empresa
concessionária de transporte coletivo urbano, cujo propósito também é gerar lucro.
E você, que paga seus impostos para ter seu direito de mobilidade garantido,
não usa o transporte público e ainda paga do bolso todo o custo do seu carro.
Outro prejuízo nessa condição é que você perde horas da sua vida no trânsito,
95
UNIDADE 4
96
UNIDADE 4
97
UNIDADE 4
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UNIDADE 4
99
UNIDADE 4
“
A partir do segundo período do governo FHC (1999-2002) e do
governo Lula (mandatos 2003-2006 e 2007-2010), ocorrem inicia-
tivas que sinalizam para a constituição de um modelo de governo
brasileiro mais sistêmico, viabilizado por múltiplos programas in-
tergovernamentais, envolvendo ações de diferentes níveis e esferas
de governo, e da sociedade civil. [...] experiências mais recentes, que
ilustram a tendência para a conformação de um governo brasileiro
mais sistêmico, especialmente via ampliação de programas federais
tripartites ou n-partites, como o Sistema Único de Saúde (SUS),
Rede Integrada de Equipamentos Públicos de Segurança Alimentar
e Nutricional (REDESAN) e Territórios da Cidadania, que são de-
senvolvidos ao mesmo tempo por diferentes atores governamentais
e sociais, visando a atingir assim maior sinergia e efetividade nas
ações (KLERING, PORSSE; GUADAGNIN, 2010, p. 4).
100
UNIDADE 4
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UNIDADE 4
NOVAS DESCOBERTAS
102
UNIDADE 4
PENSANDO JUNTOS
Will Durant tem uma frase que se adequa às nossas inquietações no processo de apren-
dizagem e de aplicação dos conceitos relacionados à gestão pública e aos processos de-
cisórios. “Nada do que aprendemos nos livros tem o menor valor antes de confirmado
pela vida; só depois desta confirmação é que o ensinado pelo livro afeta nossa conduta e
influencia nosso desejo”.
103
UNIDADE 4
“
Nesse contexto, o papel da informação e das novas tecnologias da
comunicação e informação tem importante atuação uma vez que
permitem novas formas de participação social na gestão dos recur-
sos públicos, conferindo maior legitimidade às políticas públicas em
benefício da eficácia, responsividade, transparência e governança
(NASCIMENTO; FREIRE; DIAS, 2012, p. 171).
Ainda conforme Nascimento, Freire e Dias (2012), entre os exemplos dessa con-
duta de auxiliar o controle interno e a prevenção da corrupção, estão a criação
do Portal ComprasNet — contém informações sobre licitações públicas —, o
Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI), a criação do Portal da
Transparência, que é administrado pela Controladoria Geral da União (CGU) e
torna público diariamente — linguagem de fácil acesso e compreensão — dados
da execução orçamentária federal.
104
UNIDADE 4
“
[...] políticas, sistemas, padrões e normas que sustentam suas ações
e considera a gestão do conhecimento um instrumento estratégico
capaz de assegurar intencionalmente a habilidade de criar, coletar,
organizar, transferir e compartilhar conhecimentos estratégicos que
podem servir para a tomada de decisões, para a gestão de políticas
públicas e para inclusão do cidadão como produtor de conhecimen-
to coletivo (NASCIMENTO; FREIRE; DIAS, 2012, p. 177).
105
UNIDADE 4
“
Art. 24. Os órgãos e as entidades responsáveis pela prestação digi-
tal de serviços públicos deverão, no âmbito de suas competências:
I - manter atualizadas: a) as Cartas de Serviços ao Usuário, a Base
Nacional de Serviços Públicos e as Plataformas de Governo Digi-
tal; b) as informações institucionais e as comunicações de interesse
público; II - monitorar e implementar ações de melhoria dos ser-
viços públicos prestados, com base nos resultados da avaliação de
satisfação dos usuários dos serviços; integrar os serviços públicos às
106
UNIDADE 4
107
UNIDADE 4
NOVAS DESCOBERTAS
Nascimento, Freire e Dias (2012) citam Tarapanoff (2006) para explicar que, no
contexto organizacional, a gestão da informação é definida como:
108
UNIDADE 4
“
[...] a aplicação dos princípios administrativos relativos à aquisi-
ção, organização, controle, disseminação e uso da informação cuja
principal finalidade é o acompanhamento eficiente de processos, o
apoio à tomada de decisões e a obtenção de vantagens competitivas
em relação aos concorrentes, tendo alto valor estratégico para as
organizações (NASCIMENTO; FREIRE; DIAS, 2012, p. 174).
“
[...] de construir mecanismos institucionais pelos quais os gover-
nantes e servidores devem responder por seus atos ou omissões
perante a sociedade ou outros órgãos do governo (LINHARES
NETO; BRITO, 2011). Já na abordagem de Santos (apud LINHA-
RES NETO; BRITO, 2011) tem-se o entendimento de accountability
“como algo que vai além da prestação de contas pelos gestores da
coisa pública e inclui os mecanismos, normativos e atos institucio-
nais, que se empregam nas relações entre os níveis de governo e
dentro deles”. Nessa visão, a ideia é que se busque um ganho no nível
de governança do país e esse fator está intimamente relacionado
ao nível de corrupção do sistema. Daí a necessidade incessante de
buscar ações que promovam o controle social e a transparência [...]
(NASCIMENTO; FREIRE; DIAS, 2012, p. 170).
109
UNIDADE 4
“
1) Infraestruturas de acesso – Às infraestruturas de acesso são consti-
tuídas pelos sistemas de transmissão, que podem ocorrer via telefone,
satélite, rádio e com o uso de fiações telefônica, elétrica e de televisão
a cabo. No futuro, será possível acessar a Internet através do telefone
celular e da televisão digital, embora ela não permita a interatividade,
que continuará exigindo o acesso através de um provedor de Internet.
A comunicação por Internet se efetua pelos sistemas de banda sim-
ples, com baixa velocidade, e de banda larga, que permite uma maior
velocidade e volume de informação. A disponibilidade de ambos os
sistemas depende da existência de prestadores locais destes serviços
com equipamentos adequados (SORJ, 2003, p. 63).
110
UNIDADE 4
NOVAS DESCOBERTAS
Quanto ao usuário, sua inclusão digital ainda abrange sua inserção em ações
de capacitação intelectual, bem como sua inserção social a partir do produto
da sua profissão, dos seus níveis educacional e intelectual e de sua rede social.
São todos esses fatores descritos anteriormente e associados que determinam o
aproveitamento efetivo da informação concedida ao cidadão para atender às suas
necessidades de comunicação pela internet.
“
A exclusão digital agrava-se dramaticamente nas regiões rurais, em
particular nos países em desenvolvimento. Em geral, quanto maior for
a concentração urbana, maior será a taxa de usuários. As chances de
alguém ser alfabetizado no uso do computador e da Internet são me-
nores quando se considera a idade do usuário: a exclusão digital tem
forte componente etário, que apresenta maior gravidade à medida
que se passa para as faixas de menor renda. As dificuldades de apren-
dizagem associadas à idade, assim como a concentração de maiores
níveis de analfabetismo nas faixas etárias mais idosas da população,
concorrem para o alto índice de exclusão digital entre os adultos de
baixa renda nos países em desenvolvimento (SORJ, 2003, p. 65).
111
UNIDADE 4
“
Vários fatores podem ser considerados relacionados ao problema,
dentre eles fatores sociais, econômicos, educacionais, relacionados
à dificuldades físicas ou cognitivas etc. O resultado é que uma boa
parcela da população brasileira ainda não tem acesso efetivo aos
computadores e à Internet, o que acarreta as iniciativas do Governo
Eletrônico não sejam totalmente efetivadas até que se tenha um
maior alcance de alfabetização informacional e decaimento da ex-
clusão digital. Nessa perspectiva, a exclusão digital não apenas é
consequência da exclusão social, mas também atua para fomentá-la
(NASCIMENTO; FREIRE; DIAS, 2012, p. 179).
112
UNIDADE 4
113
UNIDADE 4
114
1. O destaque mais recente na gestão pública atual é a integração entre administração
pública e a política com a participação popular, realizando e ampliando espaços nos
quais a população participa direta ou indiretamente de processos decisórios. Avalie,
a seguir, as afirmações que correspondem como exemplo dessa afirmação.
I - Orçamento participativo.
II - Conselhos gestores de políticas públicas.
III - Orçamento proposto pelo Executivo.
IV - Fóruns temáticos.
a) I e III, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, II e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
2. O desafio para superar a exclusão digital depende de vários fatores, entre os quais:
a instalação de infraestruturas físicas de transmissão que podem ocorrer via satélite,
rádio, telefone. Avalie como verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmações a seguir que
correspondem à dimensão da instalação de infraestruturas físicas de transmissão.
a) F, F, V, V.
b) V, F, F, F.
c) V, F, F, F.
d) V, F, V, V.
e) V, V, F, F.
115
3. O termo Governo Eletrônico, nos nossos estudos, está limitado ao conjunto de práti-
cas e aplicações de serviços governamentais mediados pelas TICs via internet, cujas
atividades podem estar relacionadas a algumas perspectivas, tais como a de pro-
cessos, que repensa os processos produtivos existentes no governo; e do cidadão,
que oferece serviços de utilidade pública aos cidadãos contribuintes. Com base nas
demais atividades e perspectivas, analise as asserções a seguir.
PORQUE
4. No decorrer das últimas décadas, o Brasil tem sido marcado por diversos processos
relacionados a alcançar a tão almejada reforma da administração pública. Ainda
em fase de execução, esse novo modelo é permeado por influências de configu-
rações dos modelos básicos de gestão pública, como o patrimonial, o burocrático
e o gerencial.
116
III - A relação entre Sistemas de Informação e a reforma da administração pública é
de instrumentalizar o processo de transição rumo à consolidação de um modelo
sistêmico.
IV - O modelo societal da gestão pública brasileira foi influenciado pelas lutas sociais
ocorridas nas duas últimas décadas e pela então Reforma Gerencial do Estado
Brasileiro.
a) V, F, V, V.
b) F, V, V, F.
c) F, V, F, V.
d) V, F, V, F.
e) V, V, V, F.
117
d) Com o objetivo de instituir novas práticas em gestão, o governo brasileiro tem
criado novas TICs.
e) O conceito de TICs exclui o conjunto de tecnologias microeletrônicas e de tele-
comunicações.
118
7. As Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) são fundamentais para atender
às demandas das novas tendências da administração pública brasileira. Essa relação
se deve ao fato de ampliar a possibilidade de participação direta dos cidadãos na
gestão pública para que eles possam acessar, cada vez mais, os canais públicos de
informação e comunicação.
PORQUE
II - Essa nova gestão com uma vertente societal, baseada no modelo monológico,
contrapõe a gestão tradicional de um gerenciamento tecnoburocrático em que
o indivíduo é integrado à ação político-deliberativa, atuando e decidindo como
trabalhador, cidadão e eleitor.
119
5
Sociedade da
Informação e a
Comunicação
Pública
Me. Lilian Chirnev
122
UNICESUMAR
Esse simples exercício pode dar a você um panorama sobre como esses temas
são tratados atualmente. Agora, acesse um link e o explore na íntegra, leia, contem-
ple ou assista. Verifique se há informações claras e objetivas que possam subsidiar
seu conhecimento prévio a respeito ou ampliar o que você já sabe a respeito. Avalie,
depois, a partir das questões apresentadas na publicação de sua escolha, se as in-
formações apropriadas por você realmente são minimamente relevantes para um
debate ou se tudo lhe pareceu mais propaganda para vender algo.
Antes, entretanto, a partir da escolha de um dos temas — Sociedade da In-
formação, comunicação pública, direito à informação e cidades inteligentes — e
do acesso à publicação, faça uma reflexão sobre o que você sabia previamente a
respeito ter coincidido ou não. Aproveite o Diário de Bordo e faça as suas anota-
ções. Se você nunca ouviu falar sobre o tema escolhido para sua experiência, da
mesma forma, aproveite para anotar suas primeiras impressões. Depois de estu-
dar a presente unidade, retome o Diário de Bordo e confira o que você mudaria
ou não nas suas anotações.
123
UNIDADE 5
Pois bem, agora, retome seus estudos e aprofunde seu conhecimento para avançar
nas suas constatações. Começamos pela evolução da sociedade como um todo. E,
afinal, qual é a razão de alcançarmos a identificação de Sociedade da Informação?
Onde e como tudo isso começou?
A expressão Sociedade da Informação, conforme Santos e Carvalho (2009),
começou a ser delineada desde as primeiras estruturas de informação do século
XX. Antes desse processo, as autoras evidenciam as revoluções operacionadas
com as primeiras tecnologias de produção, como a Primeira Revolução Industrial
no início do século XVIII. A partir da invenção do motor a vapor, as primeiras
indústrias foram originadas, e as máquinas substituíram o homem em alguns
dos processos de trabalho.
A eletricidade desencadeou a Segunda Revolução Industrial na metade do
século XIX e, mais uma vez, os meios de produção foram transformados, e, tam-
bém, criaram-se outros mecanismos de comunicação a distância. A Terceira Re-
volução Industrial é destacada por Santos e Carvalho (2009) como o marco de
nascimento da Sociedade da Informação, em razão da dependência da ciência e
da tecnologia. A expressão associada a esse marco foi “Sociedade Pós-Industrial”.
Santos e Carvalho (2009) citam Armand Mattelart (2002) para apresentar o
raciocínio em relação à noção de sociedade global da informação, que, para ele,
é o resultado direto de uma construção geopolítica. Portanto, se o conhecimento
e a informação se tornaram recursos estratégicos e agentes de transformação da
124
UNICESUMAR
125
UNIDADE 5
“
Mais do que ligar pontos e abrir um canal de comunicação entre mi-
lhares de pessoas, a preocupação deve chegar à questão de conteúdo.
O processo [...] vem sendo chamado de inclusão digital, no qual são
priorizadas tão somente as condições de acesso à Internet, desprezan-
do-se o vasto contingente que frequenta a rede e dela não usufrui de
maneira potencial. Assim, teremos ainda mais excluídos sem políticas
e ações visando a combater o aprofundamento da brecha social tra-
zida pelas novas tecnologias (SANTOS; CARVALHO, 2009, p. 47).
126
UNICESUMAR
EXPLORANDO IDEIAS
Os mecanismos para uma efetiva participação dos cidadãos na construção de uma nova
sociedade [...] não terão plena eficácia se as pessoas que participam do processo não têm
acesso às informações pertinentes aos interesses da coletividade. É de suma importância
que seja garantido o direito à informação para que haja possibilidade de intervenção,
pelos cidadãos, na administração pública, sendo em maior escala no âmbito municipal.
Fonte: Viegas (2003, p. 671).
127
UNIDADE 5
128
UNICESUMAR
■ Comunicação governamental.
■ Comunicação política.
■ Comunicação pública.
■ Marketing político.
■ Propaganda política.
129
UNIDADE 5
130
UNICESUMAR
“
A substituição dessas terminologias por comunicação pública é
resultado da necessidade de legitimação de um processo comu-
nicativo de responsabilidade do Estado e/ou Governo que não
quer ser confundido com a comunicação que se fez em outros
momentos da história política do país. Expressões como marke-
ting político, propaganda política, ou publicidade governamental
tem conotação de persuasão, convencimento e venda de imagem,
em suma do que ficou conhecido como “manipulação das massas”
(BRANDÃO, 2007, p. 9–10).
1 2
NOVAS DESCOBERTAS
131
UNIDADE 5
132
UNICESUMAR
NOVAS DESCOBERTAS
133
UNIDADE 5
“
[...] é preciso incutir o entendimento de que todos têm o dever de
prestar contas a seus públicos específicos, de acordo com as necessi-
dades de cada grupo e escolhendo os meios apropriados. Para isso, é
indispensável que a COMUNICAÇÃO PÚBLICA seja realizada por
todos que integram a área pública, de maneira autônoma e descen-
tralizada de acordo com suas características, buscando encontrar
a melhor forma de expressão da comunicação em cada setor das
políticas públicas adotadas pelo Estado (BRANDÃO, 1998, p. 15).
No âmbito governamental, esse vínculo com a população deveria ser gerido pelos
órgãos públicos representativos de comunicação social; no entanto, em muitos
Municípios, a prática do setor ainda é destinada a oferecer um serviço unilateral de
informações, vinculado a propagandear as ações do Executivo, com foco nos feitos
de prefeitos e secretários municipais. Por isso, a recomendação é que a conscien-
tização sobre o que seja comunicação pública comece com o público interno da
administração pública — colaboradores/servidores —, incluindo desde os setores
de tecnologia de informação e comunicação, os serviços de atendimento presencial
nos balcões, aos atendimentos eletrônicos à comunidade — internet e telefone —,
entre outros, para que seja garantido o intercâmbio de comunicação entre o poder
público e a população. Para além disso, ainda cumpre a Lei de Acesso à Informação
(LAI), Lei n° 12.527, garantindo aos cidadãos seu direito à informação.
134
UNICESUMAR
NOVAS DESCOBERTAS
Eu não poderia perder a oportunidade de apresentar para você uma obra co-
letiva tão importante que contou com minha participação. Trata-se da primeira
edição do Guia de Comunicação Pública. E, sim, sou membro associada da ABC
Pública. Imagine o meu entusiasmo de poder dividir essa que é uma outra atri-
buição da minha vida como comunicóloga, pesquisadora e professora. Confira !!!
Título: Guia de Comunicação Pública
Organização: Armando Medeiros e Lilian Chirnev
Editora: Associação Brasileira de Comunicação Pública (ABC Pública)
Sinopse: a primeira edição desse guia é resultado do esforço coletivo para re-
unir referências em comunicação pública para os profissionais que atuam ou
pretendem atuar no campo. A visão de comunicação centrada na cidadã e no
cidadão é o núcleo do guia e da atuação da Associação Brasileira de Comunica-
ção Pública (ABC Pública), espaço onde ele foi concebido.
Convidamos você a participar dessa rede e a aperfeiçoar o Guia de Comunica-
ção Pública. É uma obra que será ampliada e revista a partir do olhar dos co-
municadores que, na prática e de perto, vivenciam e conhecem a realidade dos
instrumentos e canais de comunicação disponibilizados aos cidadãos e cidadãs.
135
UNIDADE 5
“
[...] em regra o que está em jogo é o interesse geral sobre o indivi-
dual. É o interesse da coletividade em detrimento do segredo da
administração, que é pública. Este direito [...] é o de quarta geração,
vez que é um pressuposto da democracia que os cidadãos tenham
conhecimento dos atos, das atividades da administração para que
possam atuar fiscalizando, controlando e participando do Poder
Público (VIEGAS, 1992, p. 671–672).
136
UNICESUMAR
EXPLORANDO IDEIAS
Todo o marketing em torno das smart cities, as tais cidades inteligentes (e há muito
marketing, porque por trás delas estão grandes corporações vendendo tecnologia para
os governos municipais) fala em cidades humanas e democráticas, a partir da possibili-
dade de interação do cidadão com o governo e de como essa interação pode promover
melhoria da qualidade de resposta das políticas públicas às pessoas. Entretanto, o que
estamos vendo é diferente.
Fonte: Rolnik (2018, on-line).
Rizzon et al. (2017, p. 126) destacam que a smart city é composta por caracte-
rísticas estruturadas a partir da “combinação inteligente de doações e atividades
de autogerenciamento, cidadãos conscientes e independentes e um método para
medir e comparar a inteligência urbana”.
O estudo de Giffinger et al. (2007 apud RIZZON et al., 2017) revela que
existem seis características em uma smart city para “garantir alta performance
que podem ser identificadas como: economia inteligente; pessoas inteligentes;
governança inteligente; mobilidade inteligente; ambiente inteligente e; vida in-
teligente” (RIZZON et al., 2017, p. 126).
A cidade inteligente está associada ao amplo uso das TICs em infraestruturas
tradicionais de saúde, gestão de resíduos, segurança pública, mobilidade etc. Nes-
se sentido, a cidade somente é considerada inteligente quando os investimentos
em capital humano e social e a tradicional e moderna infraestrutura de TICs são
137
UNIDADE 5
“
[...] depende da capacidade de
aprendizagem para a inovação e re-
plicação nos processos de gestão ur-
bana (HERNÁNDEZ-MUÑOZ et
al., 2011; KOMNINOS et al., 2011).
Ela utiliza as capacidades da cidade
digital para implementar sistemas
de informações que melhorem a
disponibilidade e a qualidade das
infraestruturas e serviços públicos,
incrementando sua capacidade de
crescimento e estimulando a inova-
ção e o desenvolvimento sustentá-
vel. Isso significa que a cidade digital
não é necessariamente inteligente,
mas a cidade inteligente tem, obri-
gatoriamente, componentes digitais
(ALLWINKLE; CRUICKSHANK,
2011; DUTTA, 2011; NAM; PARDO,
2011B apud WEISS; BERNARDES;
CONSONI, 2015, p. 310).
138
UNICESUMAR
O banco de dados demonstra um padrão durante dias e indica, com maior rapi-
dez e em tempo real, como a cidade se “movimenta”. Os dados são pesquisados, o
problema é identificado, as informações são processadas e repassadas, um novo
planejamento é estruturado e implementado para mudar e/ou aprimorar a pres-
tação de serviços públicos.
Esses, contudo, são aspectos favoráveis do conceito smart city. Existe muito
debate a ser realizado e muitas pesquisas científicas a serem desenvolvidas para
realmente atender a essa finalidade. Um importante debate é sobre os aplicativos
oferecidos por empresas privadas às instituições governamentais. A tecnologia é
concedida, mas a empresa também é favorecida com a produção irrestrita de um
banco de dados cuja posse está sob o seu domínio. Assim, a captação de potenciais
negócios com questões públicas é um aspecto a ser analisado.
Questionamentos surgem nesse sentido como: até que ponto os dados dos
cidadãos devem ser protegidos? Como garantir recursos para desenvolvimento
de tecnologia pelo setor público? Como evitar que, mesmo com a “smartização”
das cidades, os projetos públicos continuem sendo direcionados para privilegiar
e valorizar determinados segmentos da cidade, como a valorização de áreas favo-
139
UNIDADE 5
140
1. As primeiras estruturas de tecnologia de informação e comunicação presentes no
século XX começaram a moldar a expressão Sociedade da Informação. O marco inicial
da Sociedade da Informação se dá na Terceira Revolução Industrial, por conta da
dependência de tecnologia e ciência, sendo a Sociedade Pós-Industrial a expressão
associada a esse marco.
PORQUE
Com base na LAI, avalie as afirmações a seguir como V para verdadeiras e F para falsas.
I - Mesmo sem ter a obrigação de apresentar sua motivação para acessar a alme-
jada informação, o requerente pode ter seu pedido negado.
II - Entidades privadas sem fins lucrativos estão fora do enquadramento de obriga-
toriedade da LAI de publicidade de informações requisitadas.
141
III - Com exceção dos Tribunais de Conta e Ministério Público, a LAI vale para os três
Poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
IV - A transparência ativa é um dos aspectos da LAI, que significa a divulgação proativa
de informações de interesse individual, coletivo e geral.
a) F, V, F, V.
b) F, V, V, F.
c) V, F, F, F.
d) V, V, F, F.
e) V, V, V, F.
Com base nas críticas sobre o Programa Sociedade da Informação do Governo Fe-
deral brasileiro implantado em 2000, avalie as afirmações a seguir como V para
verdadeiras e F para falsas.
a) V, F, F, V.
b) V, F, F, F.
c) F, V, F, V.
d) V, F, V, V.
e) F, V, F, F.
4. A conscientização sobre o que seja comunicação pública deve começar com o público
interno da administração pública — colaboradores/servidores —, incluindo desde
os setores de tecnologia de informação e comunicação, os serviços de atendimento
presencial nos balcões, aos atendimentos eletrônicos à comunidade — internet e
telefone —, entre outros.
142
Assim, com base nos nossos estudos sobre comunicação pública, avalie as afirma-
ções a seguir.
a) I e III, apenas.
b) II, III e IV, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I, II, III e IV.
Com base nos nossos estudos sobre o termo cidade inteligente/smart city e a sua
aplicação, analise as afirmações a seguir.
a) II e IV, apenas.
b) II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
143
6. No artigo “A Comunicação na Esfera Pública”, baseado em publicações realizadas so-
bre o tema entre 1998 e 2008 no Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação
do Intercom (Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação),
as expressões utilizadas para designar a comunicação desempenhada na esfera
pública foram: comunicação política, comunicação pública, marketing político e
propaganda política.
144
UNIDADE 1
GOMES, L. B. et al. As Origens do Pensamento Sistêmico: das partes para o todo. Pensando
Famílias, Porto Alegre, v. 18, n. 2, p. 3–16, dez. 2014. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/
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JAPIASSÚ, H.; MARCONDES, D. Dicionário Básico de Filosofia. 3. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar
Editor, 2001.
MOTTA, F. C. P. A Teoria Geral dos Sistemas na Teoria das Organizações. Revista Adm. Emp.,
Rio de Janeiro, v. 11, n. 1, p. 17–33, jan./mar. 1971. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rae/
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UNIDADE 2
CAMARGO JÚNIOR, A. S.; FAÇANHA, S. L. de O. Sistemas de Apoio à Decisão. In: YU, A. S. O. (coord.).
Tomada de Decisões nas Organizações: uma visão multidisciplinar. São Paulo: Saraiva, 2011.
145
POLLONI, E. G. F. Administrando Sistema de Informação. São Paulo: Futura, 2000.
UNIDADE 3
146
TAIT, T. F. C.; PACHECO, R. C. S. Fundamentos para a modelagem de uma arquitetura de siste-
mas de informação para o setor público. In: ENEGEP – ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA
DE PRODUÇÃO, VICIE – INTERNATIONAL CONGRESS OF INDUSTRIAL ENGINEERING E III PRO-
FUNDÃO – ENCONTRO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DA UFRJ, 19., 1999, Rio de Janeiro.
Anais [...]. Rio de Janeiro: Abepro, 1999. Disponível em: http://www.abepro.org.br/biblioteca/
ENEGEP1999_A0117.PDF. Acesso em: 20 jul. 2021.
UNIDADE 4
BRASIL. Lei nº 14.129, de 29 de março de 2021. Dispõe sobre princípios, regras e instrumentos
para o Governo Digital e para o aumento da eficiência pública e altera a Lei nº 7.116, de 29 de
agosto de 1983, a Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à Informação), a Lei
nº 12.682, de 9 de julho de 2012, e a Lei nº 13.460, de 26 de junho de 2017. 2021. Disponível em:
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/l14129.htm. Acesso em: 3 jan. 2022.
BRASIL. LAB Hacker. [2021]. Disponível em: https://labhackercd.leg.br. Acesso em: 3 jan. 2022.
147
UNIDADE 5
AVRITZER, L. Teoria Democrática, Esfera Pública e Participação Local. Revista Sociologias, Por-
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148
GURGEL, J. B. S. Cronologia da Evolução Histórica das Relações Públicas. 3. ed. Brasília:
Linha Gráfica e Editora, 1985.
HABERMAS, J. Direito e Democracia: entre facticidade e validade. Rio Janeiro: Tempo Brasilei-
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ROLNIK, R. Smart Cities, Possibilidades e Pesadelos para a Democracia. Blog da Raquel Rolnik,
10 jul. 2018. Disponível em: https://raquelrolnik.wordpress.com/2018/07/10/smart-cities-pos-
sibilidades-e-pesadelos-para-a-democracia/. Acesso em: 4 jan. 2022.
149
VIEGAS, W. da S. O Direito à Informação como Pressuposto para a Participação Popular no
Estatuto da Cidade. Revista da Faculdade de Direito de Campos, ano 4, n. 4, ano 5, n. 5,
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WEISS, M. C.; BERNARDES, R. C.; CONSONI, F. L. Cidades Inteligentes como Nova Prática para o
Gerenciamento dos Serviços e Infraestruturas Urbanos: a experiência da cidade de Porto Ale-
gre. Urbe — Rev. Bras. Gest. Urbana, v. 7, n. 3, p. 310–324, 2015. Disponível em: http://www.
scielo.br/scielo.php?pid=S2175-33692015000300310&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em:
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WERTHEIN, J. A Sociedade da Informação e seus Desafios. Ci. Inf., Brasília, v. 29, n. 2, p. 71–77,
mai./ago. 2000. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ci/a/rmmLFLLbYsjPrkNrbkrK7VF/abs-
tract/?lang=pt. Acesso em: 4 jan. 2022.
150
UNIDADE 1
1. B.
II. Verdadeira, pois o pensamento analítico é utilizado pelo reducionismo para explicar
os acontecimentos; sua análise consiste em decompor o todo no máximo possível
para, depois, pensar em soluções parciais para essas partes e, por último, agregar
essas várias soluções em uma solução do todo.
III. Falsa, pois é no reducionismo que o princípio se baseia na confiança de que todas
as coisas podem ser decompostas e reduzidas a seus elementos mais fundamentais
e simples até resultar em suas unidades indivisíveis.
2. D.
c) Incorreta, pois um gestor público, mais do que o domínio das ferramentas e estru-
turas de sistemas de informação, tem como seu propósito profissional ser um agente
de transformação.
151
e) Incorreta, pois sanar somente as consequências, quase sempre, refere-se a urgên-
cias relacionadas a uma gestão ineficiente, e não eficiente.
3. B.
I. Falsa, pois é a entropia que está relacionada aos sistemas que tendem a ser imutá-
veis, sem desintegrar ou mesmo apresentar mudança no padrão observado.
II. Verdadeira, pois o objetivo designa que todo sistema tem um objetivo a ser alcan-
çado, e, dessa forma, atitudes são direcionadas para atingir tal propósito.
4. A.
II. Incorreta, pois é o reducionismo cujo princípio se baseia na confiança de que todas
as coisas podem ser decompostas e reduzidas a seus elementos mais fundamentais
e simples até resultar em suas unidades indivisíveis.
III. Correta, pois a teleologia é o princípio no qual a causa é necessária, mas nem
sempre é suficiente para determinar o efeito, ou seja, não é uma relação mecanicista,
determinística, e, sim, probabilística. Em outros termos, a relação causa-efeito não é
uma relação determinística ou mecanicista, mas simplesmente probabilística.
5. B.
II. Falsa, pois, na visão do especialista, cada um dos elementos, ao serem reunidos,
constituem uma unidade funcional maior, e não central, como consta na atividade.
III. Falsa, pois, na visão do especialista, cada um dos elementos, ao serem reunidos,
constituem uma unidade funcional maior, desenvolvendo características que não po-
dem ser encontradas quando seus componentes são analisados de maneira isolada.
IV. Falsa, pois o especialista criticou a visão de que há uma divisão no mundo em
áreas — Biologia, Química, Física etc. —, e não que a divisão se aplica a essas áreas.
152
6. C.
I. Incorreta, pois a cabeça bem cheia faz alusão à acumulação de saber sem nenhum
propósito.
II. Correta, pois a cabeça bem cheia faz alusão à acumulação de saber sem nenhum
propósito.
III. Correta, pois a “cabeça bem-feita” se propõe a absorver uma aptidão geral para
tratar e sanar problemas.
IV. Incorreta, pois parte de princípios organizadores que permitem interligar os saberes
e lhes conceder sentido.
UNIDADE 2
1. E.
I. Falsa, pois as saídas estão relacionadas aos resultados que o sistema entrega so-
mente ao meio externo, como os produtos acabados ou os serviços prestados etc.
III. Verdadeira, pois, na análise de sistema da referida atividade, de acordo com Albu-
querque (2011), seria por meio de um mecanismo que é dividido em partes, sendo
denominadas: entradas, componentes, saídas e retroalimentação ou feedback.
2. E.
II. Falsa, pois o Sistema Fechado é independente do meio externo, e o seu funciona-
mento ocorre a partir da interação entre suas próprias partes.
153
3. A.
a) Correta, pois o termo “sistema” poderia ser definido como um conjunto de partes,
componentes que interagem entre si, de forma ordenada, a fim de atingir um objetivo
comum.
e) Incorreta, pois os componentes que interagem entre si não seguem uma forma
espontânea, e, sim, ordenada.
4. D.
I. Correto, pois os SPT são responsáveis pela coleta de todo e qualquer dado con-
siderado importante que seja resultado de uma interação entre a organização e o
ambiente de negócios.
II. Incorreto, pois os SPT não são complexos, ao contrário, são considerados os mais
simples dos Sistemas de Informações (SI).
III. Incorreto, pois os SPT são responsáveis pela coleta de todo e qualquer dado con-
siderado importante que seja resultado de uma interação entre a organização e o
ambiente de negócios ou mesmo de processos operacionais internos, e não de todo
e qualquer dado inserido no ambiente organizacional.
IV. Correta, pois os SPT são uma das tipologias utilizadas para auxiliar no processo
de tomada de decisão.
5. B.
III. Falso, pois o Sistema Fechado é independente do meio externo, e o seu funciona-
mento ocorre a partir da interação entre suas próprias partes.
154
IV. Falso, pois o Sistema aberto é dependente do meio externo, mas seu funciona-
mento ocorre por meio da interação entre a instituição/organização, a sociedade e o
ambiente em que ela atua.
6. C.
I. Correta, pois deve estruturar e manter dispositivos de controle interno para ga-
rantir a confiabilidade das informações de saída e adequada proteção aos dados
controlados pelo SI.
III. Incorreta, pois o SI deve estar integrado à estrutura organizacional para auxiliar na
coordenação dos diferentes setores — departamentos, diretorias, divisões — dentro
da organização, além de ser um instrumento de interligação entre eles.
UNIDADE 3
1. A.
I. Falsa, pois o SIG já é um sistema de informação e a atividade pede que seja avalia-
da as afirmações cujos itens combinados formam os SIG que podem ser aplicados à
gestão/administração sob diversas modalidades.
III. Falsa, pois o banco é de dados, que depois de processados geram informações.
IV. Verdadeira, pois os SIG são formados por uma combinação de sistemas de com-
putação, procedimentos, pessoas e ainda tem como base um banco de dados (um
sistema de arquivos interligados e integrados) e pode ser aplicado à gestão/adminis-
tração sob diversas modalidades.
155
2. A.
I. Correta, pois o termo ASI está relacionado à evolução dos SI e é uma conceituação
mais abrangente sobre a arquitetura de dados.
III. Incorreta, pois o termo ASI está relacionado à evolução dos SI e é uma conceitua-
ção mais abrangente sobre a arquitetura de dados, e não a evolução da arquitetura
de dados.
IV. Incorreta, pois o termo ASI inclui no seu processamento uma visão organizacional
integrada, incluindo a perspectiva de negócios públicos, da tecnologia disponível e dos
usuários internos (colaboradores) e externos (população) envolvidos. Nesse sentido,
não diz respeito à perspectiva de negócios da tecnologia de informação.
3. E.
I. Verdadeira, pois a pesquisa pode ser definida como o interesse planejado em obter
conhecimento para direcionar as decisões administrativas.
4. E.
a) INCORRETA, pois, geralmente, sua escolha está pautada nas suas referências de
sucesso do passado.
156
5. D.
6. B.
II. Falsa, pois respeitar as etapas é essencial para identificar em tempo hábil as mo-
dificações e correções necessárias, não porque a aceitação depende dos usuários,
mas, sim, porque sendo em etapas é possível também identificar na aceitação dos
usuários medidas mais viáveis de execução e funcionamento do SI.
III. Falsa, pois no caso de mudanças mais significativas no sistema, as ações de correções
indicadas podem até serem inviabilizadas dependendo do agravante identificado.
IV. Verdadeira, pois esse procedimento atribuído em etapas é essencial por causa da
necessidade de a implementação ser instituída dentro de prazos estipulados para
construção do projeto.
7. B.
I. FALSA, pois a decisão sobre qual modelo é o mais adequado depende do tamanho
da organização, da quantidade de recurso disponível para investimento, pessoal
habilitado para manipular os dados, nível de complexidade do sistema, a frequência
de demandas por informações, enfim, todos esses fatores devem ser levados em
consideração. E como afirmado anteriormente, o ideal é consultar um profissional
de sistemas de informação para tomar a decisão mais adequada e garantir o
aperfeiçoamento necessário para manutenção e alimentação (com dados) do SIG, e
não consultar o gestor.
157
II. VERDADEIRA, pois o ciclo de funcionamento do SIG começa e termina com os
usuários das informações, ou seja, os gestores, colaboradores e público atendido
pela organização. São eles a fazerem os questionamentos que impulsionam novas
pesquisas e cujas respostas, que findam o ciclo do sistema, retornam a eles para
contribuir com a tomada de determinada decisão.
UNIDADE 4
1. D.
II. Correta, pois conselhos gestores de políticas públicas também são um exemplo
prático de experiência participativa em processos decisórios.
III. Incorreta, pois orçamento proposto pelo Executivo é uma determinação pronta,
sem ser participativa.
IV. Correta, pois os fóruns temáticos também são um exemplo prático de experiência
participativa em processos decisórios.
2. B.
I. Verdadeira, pois regiões de difícil acesso onde não há fiações elétricas correspondem
a uma infraestrutura física de transmissão.
II. Falsa, pois a falta de recurso para comprar um equipamento não corresponde a
infraestrutura física de transmissão.
III. Falsa, pois a existência de operadoras para explorar o serviço é um outro fator a
ser considerado para além da infraestrutura física de transmissão.
IV. Falsa, pois cursos de formação não correspondem à infraestrutura física de trans-
missão.
3. E.
II. Falsa, pois é a gestão do conhecimento que permite ao governo e a seus vários
setores criar, gerenciar e disponibilizar o conhecimento gerado e armazenado em
seus vários órgãos, e não a cooperação.
158
4. E.
I. Verdadeira, pois um modelo integrado em rede e eficiente reflete alguns dos que-
sitos de tendência em relação ao modelo contemporâneo de administração pública.
Outro quesito que pode ser acrescido no modelo é o participativo.
II. Verdadeira, pois o destaque mais recente na gestão pública atual é a integração
entre administração pública e a política com a participação popular, realizando e
ampliando espaços nos quais a população participa direta ou indiretamente de pro-
cessos decisórios — orçamento participativo, conselhos gestores de políticas públicas,
fóruns temáticos etc.
III. Verdadeira, pois o que se coloca é um desafio aos gestores, no sentido de integrar
as ferramentas disponíveis ou em elaborá-las para atender às demandas necessárias.
Seguimos nossos estudos com destaque às ações existentes, evidenciando as Tecno-
logias da Informação e Comunicação (TICs) como alternativas estratégicas relativas à
governança e à consolidação de um modelo sistêmico.
IV. Falsa, pois a referência histórica e propulsora desse “novo” modelo estruturado
em uma gestão pública mais dialógica, participativa e até deliberativa, chamado de
modelo societal, são as lutas sociais ocorridas no Brasil nas décadas de 70 e 80, e não
nas últimas duas décadas. Quanto à Reforma Gerencial do Estado Brasileiro, esta se
refere à definição do papel do Estado na década de 1990.
5. B.
d) Incorreta, pois o governo brasileiro, no contexto dos nossos estudos, não cria novas
tecnologias, mas se apropria das mesmas, tal como segue: é a conjuntura de mudanças
e de estratégias aliada às novas tendências da administração pública brasileira, com
desenvolvimento de novas Tecnologias de Informação e Comunicação, transformando
rapidamente e continuamente o modelo de gestão pública, oportunizando o prota-
gonismo do cidadão na gestão pública.
159
e) Incorreta, pois Zanela (2007, p. 25–26) frisa TICs como o “conjunto de tecnologias
microeletrônicas, informáticas e de telecomunicações, que produzem, processam,
armazenam e transmitem dados em forma de imagens, vídeos textos ou áudios”.
6. B.
II. Incorreta, pois a participação popular não é a única garantia da diminuição das
desigualdades, e sim vários aspectos juntos, como sistemas públicos de informações,
prestação de serviços e de contas ou do cidadão conseguir acessar equipamento,
conexão e dominar essas ferramentas. É a garantia dessas estruturas atreladas aos
mecanismos de participação popular nos processos decisórios, com a oferta de ser-
viços públicos de qualidade nas áreas de saúde, educação, mobilidade, habitação e
segurança, que diminuem as desigualdades sociais e econômicas, proporcionando
mais equidade e oportunidades à maioria da população, portanto cooperando para
a superação de qualquer exclusão, seja esta social ou digital.
III. Correta, pois a exclusão digital está associada à exclusão social, mas a não supe-
ração da exclusão digital coopera muito mais para a manutenção da exclusão social.
7. E.
160
II. Falsa, pois é a gestão tradicional que tem como base a gestão tecnoburocrática e
monológica — de um ator único. Essa vertente societal conceitua a gestão pública
como uma ação político-deliberativa, ou seja, o indivíduo participando, atuando e
decidindo a respeito do seu destino como cidadão, trabalhador, eleitor e consumidor.
UNIDADE 5
1. E.
II. Falsa, pois Castells (1999) denomina o movimento que diminui as distâncias geo-
gráficas e tem a conexão à internet como principal veículo para viabilizar o trânsito
das informações de “sociedade em rede”.
2. C.
II. Falsa, pois entidades privadas sem fins lucrativos também são obrigadas a dar
publicidade a informações referentes ao recebimento e à destinação dos recursos
públicos por elas recebidos.
III. Falsa, pois a Lei vale para os três Poderes da União, Estados, Distrito Federal e
Municípios, inclusive, aos Tribunais de Conta e ao Ministério Público.
IV. Falsa, pois a LAI estabelece em seus aspectos a transparência ativa, que é a divul-
gação proativa de informações de interesse coletivo e geral.
3. A.
I. Verdadeira, pois o programa brasileiro foi construído com base no documento que
apresenta falta de solidez, profundidade e subsídios científicos nas discussões para
161
concepção do Livro Verde, que trata a questão da exclusão digital como meramente
tecnológica.
II. Falsa, pois se trata da descrição do programa, e não das críticas feitas ao programa.
III. Falsa, pois se trata da descrição do programa, e não das críticas feitas ao programa.
IV. Verdadeira, pois mais do que ligar pontos e abrir um canal de comunicação entre
milhares de pessoas, a preocupação deve chegar à questão de conteúdo.
4. A.
II. Incorreta, pois a transparência na gestão dos negócios públicos não depende da
comunicação pública. A comunicação pública é o compromisso com a accountability,
que demonstra confiabilidade e transparência na gestão dos negócios públicos
IV. Incorreta, pois nem todos que integram a área pública realizam comunicação
pública, mas, no âmbito da Comunicação Pública,
“
[...] é preciso incutir o entendimento de que todos têm o dever de prestar
contas a seus públicos específicos, de acordo com as necessidades de cada
grupo e escolhendo os meios apropriados. Para isso, é indispensável que a
COMUNICAÇÃO PÚBLICA seja realizada por todos que integram a área
pública, de maneira autônoma e descentralizada de acordo com suas caracte-
rísticas, buscando encontrar a melhor forma de expressão da comunicação em
cada setor das políticas públicas adotadas pelo Estado (BRANDÃO, 1998, p. 15).
5. C.
I. Incorreta, pois a cidade inteligente está associada ao amplo uso das TICs em infraes-
truturas tradicionais de saúde, gestão de resíduos, segurança pública, mobilidade etc.,
e não infraestruturas avançadas.
II. Incorreta, pois a smart city é composta por características estruturadas a partir da
“combinação inteligente de doações e atividades de autogerenciamento, cidadãos
162
conscientes e independentes e um método para medir e comparar a inteligência ur-
bana” (RIZZON et al., 2017, p. 126), e não de combinações de captações nem cidadãos
dependentes de TICs.
III. Correta, pois garante “alta performance que podem ser identificadas como: econo-
mia inteligente; pessoas inteligentes; governança inteligente; mobilidade inteligente;
ambiente inteligente e; vida inteligente” (RIZZON et al., 2017, p. 126).
IV. Correta, pois o termo smart city data do início de 1990, quando foi criado para con-
ceituar o fenômeno de desenvolvimento urbano dependente de tecnologia, inovação
e globalização, principalmente, em uma perspectiva econômica.
6. B.
163