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Currículo Lattes:
SOUZA, Wanderson Gomes. Guia de Estudo - Sistemas da Informação.
Varginha: GEaD-UNIS/MG, 2017.
65 p
Unis EaD
Cidade Universitária – Bloco C
Avenida Alzira Barra Gazzola, 650,
Bairro Aeroporto. Varginha /MG
ead.unis.edu.br
0800 283 5665
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Ementa
O pensamento sistêmico. Definição de sistemas. Tipos de sistemas. Aplicações do pensamento sis-
têmico. Enfoque sistêmico: tempo, planejamento. O enfoque sistêmico e o ser humano. Sistemas de
informação administrativos. Sistemas de informação e sistemas organizacionais. Níveis de sistemas:
estratégico, tático e operacional. Componentes e relacionamentos do sistema. Aplicações empresa-
riais: utilizando o e-commerce, e-business, ERP, CRM, SCM. Obtendo Vantagem Competitiva com
sistemas de informação. Implementação e avaliação de desempenho de sistemas.
Orientações
Ver Plano de Estudos da disciplina, disponível no ambiente virtual.
Palavras-chave
Introdução Aos Sistemas De Informação. Sistemas De Informação Para Operações Das Empresas.
Sistemas De Informação Para Apoio À Decisão Gerencial. Sistemas De E-Business Interfuncionais.
Sistemas De E-Business Funcionais. Administração De Recursos De Informática. Segurança E Ética
Da Tecnologia Da Informação. Sistemas De Informação Colaborativos. Negócios Na Internet. No-
vas Tecnologias e Aplicações Empresariais: Análise De Problemas.
Unidade I
1. Aspectos Introdutórios 11
1.1. Conceitos de sistemas 12
1.2. Características dos Sistemas 12
1.3. Tipos de Sistemas 14
1.4. Alguns conceitos importantes relativos à Teoria dos Sistemas 15
1.5 A Visão Sistêmica nas Organizações 17
1.6. Dados, Informações e Conhecimento 19
1.6.1. Dado 19
1.6.2. Informação 19
1.6.3. Dados versus Informação 19
1.6.4. Conhecimento 20
1.7. Sistemas de Informação 21
1.8. Sistemas de Informação baseado em computador 24
1.8.1. Hardware 24
1.8.2. Software 24
1.8.3. Usuários 25
1.8.4. Banco de dados 25
1.8.5. Redes de comunicação 26
1.8.6. Documentação 26
1.8.7. Políticas e procedimentos 27
Unidade II
2. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC) 29
2.1. Áreas de aplicação das TIC’s 33
2.1.1. Computação 33
2.1.2. Comunicação 33
2.1.3. Controle e Automação 34
2.2. As TIC’s e a dinâmica de negócios 34
2.3. Ferramentas de Produtividade 35
2.3.1. Editores de textos 35
2.3.2. Planilhas eletrônicas 36
2.3.3. Apresentação Multimídia 37
2.3.4. Serviços de armazenamento em nuvem 37
2.3.5. Calendários e agendas eletrônicas 38
2.3.6. Trello 39
2.3.7. Evernote 39
2.3.8. Rescue Time 40
2.3.9. Toggl 40
2.3.10. Wunderlist 41
Unidade III
3. Os Sistemas De Informações Nos Negócios 43
3.1. Vantagens competitivas dos sistemas de informação 43
3.2. A Informação vs Vantagem Competitiva 44
3.3. Os Sistemas de Informação nas organizações 45
3.4. Sistemas de informação operacionais, táticos e estratégicos 49
3.4.1. Apoio às Operações (Nível operacional) 49
3.4.1.1. Apoio ao processamento de transações 49
3.4.1.2. Controle de Processos 51
3.4.1.3. Sistemas Colaborativos 51
3.4.2. Sistemas de Apoio Gerencial (Nível Tático) 52
3.4.2.1. Sistemas de Informação Gerencial 52
3.4.2.2. Sistemas de Apoio à Decisão 53
3.5. Sistemas de armazenamento de dados 54
3.4.2.3. Sistemas de Informação Executiva (Nível estratégico) 54
3.5.1. Data Warehouse 55
3.5.2. Data Mart 56
3.5.3. Data Mining 57
3.6. Business Inteligence – BI 57
3.7. Aplicações Empresariais 60
3.7.1. E-Business 60
3.7.2. ERP 61
3.7.3. CRM 63
3.7.4. SCM 64
I Unidade I -
Visão
Sistemática
Objetivos da Unidade
- Introduzir a percepção das organizações a partir da visão sistêmica;
- Tratar conceitos relativos aos sistemas de informação baseados em computa-
dor.
Esperamos que, ao final desta unidade, você seja capaz de:
Para iniciarmos é importante analisar alguns aspectos das teorias da administração, especial-
mente a partir da concepção estruturalista, para relembrarmos a ideia geral de que uma organização
não é um elemento isolado em um ambiente qualquer. Esta concepção faz especial sentido se você
é capaz de identificar que uma organização interage o tempo todo com outros elementos de seu
meio, modificando-os e sendo modificada por eles. É a partir deste entendimento que a Administra-
ção estrutura sua concepção sistêmica organizacional, apoiada na analogia à teoria geral os sistemas
da Biologia, desenvolvida pelo biólogo austríaco Ludwig von Bertalanffy (1901-1972).
A abordagem orgânica do cientista descreve que um organismo é uma unidade maior do
que a soma de suas partes. Ora, uma floresta é um tipo de ecossistema terrestre que abriga uma
fauna, com diversas espécies de animais que convivem interagindo com a flora, e suas diversas es-
pécies de vegetação. Todos são interdependentes de um clima, que pode variar no decorrer de um
ano, alterando a umidade e temperatura do local. Numa ideia geral, podemos dizer que, neste caso,
temos comunidades de organismos que interagem entre si e com o meio em que vivem, sofrendo
influências biológicas deste meio, e também o influenciando. De forma mais ampla ainda, pode-se
dizer que a floresta é um dos ecossistemas pertencentes a um bioma terrestre maior. Ou seja, de
forma simplista, é possível resumir que qualquer ser vivo mantém uma constante troca de energia,
matéria, trabalho e informação com o meio ambiente.
A Teoria Geral de Sistemas trabalha com três princípios básicos que são os seguintes:
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tica ou mecanicista, mas simplesmente probabilística.
Sistemas, em geral, são complexos e apresentam diversas variáveis: os universos biológico e
físico representam a realidade aparente, que é descrita pelo universo exato, matemático e empirista,
e neste meio vivem espécies distintas que estabelecem relações de convivência. Algumas destas
espécies, entre elas a humana, de forma mais avançada, constrói, através dos conhecimentos das
mais diversas áreas, subsistemas sociais, políticos, tecnológicos, organizacionais e outros tantos, para
melhor se organizar e atender suas necessidades coletivas e particulares.
Há anos, as pessoas notaram que há assuntos que são comuns nas diferentes áreas do co-
nhecimento. E por isso, existem problemas comuns entre as áreas do conhecimento que podem ser
resolvidos com soluções similares. Estas mesmas pessoas perceberam que algumas características e
regras aconteciam em todas as áreas.
Assim como afirma Audy (2005), através desta compreensão de que as diversas áreas do
conhecimento têm assuntos que se conectam, surgiu a definição de Sistema, “que é um conjunto de
elementos inter-relacionados com um objetivo comum. Isto quer dizer que todas as áreas do co-
nhecimento possuem sistemas. E que os sistemas possuem características e leis independentemente
da área onde se encontram”.
Na aplicação destes princípios da teoria de sistemas à Administração, de forma análoga, Ma-
ximiano (2008, p.308) afirma que “(...) um conjunto de partes que interagem e funcionam como um
todo é um sistema”. Enfim, assim como acontece na natureza, as organizações são sistemas que se
constituem de partes, internas e externas a ela, que se comunicam e trocam informações o tempo
todo, formando um sistema harmônico maior.
À luz das ideias da teoria dos sistemas, aprofundaremos nossos estudos acerca das organiza-
ções e seus ambientes, e da simbiose existente entre estas relações.
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Todo sistema, em qualquer área do conhecimento, possui algumas características básicas,
como os elementos que o constituem, as relações de interdependência entre estes elementos, ob-
jetivos a serem atingidos e o meio ambiente em que as influências acontecem. Nesse sentido e em
uma ideia geral, podemos considerar como um sistema todo e qualquer elemento, objeto, estrutura,
ou pessoas, que de certa forma estabelecem relações de dependência entre as partes que estão
envolvidas.
Desta forma, todo item ao nosso redor terá uma meta/objetivo, entrada, mecanismo de
processamento, saída e feedback, onde:
Para melhor compreensão destas características comuns a quaisquer sistemas, vamos tomar
como exemplo um item bastante comum na nossa realidade: o computador. O computador é um
sistema que possui diversos elementos tais como gabinete, CPU, placa mãe, memórias, discos rí-
gidos, placa de vídeo, outros periféricos etc. As relações entre estes elementos são estruturais (na
montagem, pois as partes se acoplam) e virtuais (nas conexões, pois os elementos se comunicam
através da programação). O objetivo em comum é fornecer configurações adequadas para este
conjunto de componentes, através de uma tela, criar uma interface de trabalho para o usuário. Nesta
interface, o usuário irá realizar suas atividades de forma independente e conectada. O meio am-
biente pode ser o sistema operacional, em que as configurações dos elementos físicos estabelecem
conexão, ou a rede de internet, por exemplo.
Resumindo, temos a entrada que são os componentes do computador, o processamento
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que são as relações de funcionamento entre estas partes a saída que são os resultados desta proje-
ção, como a realização de tarefas em sua interface.
Um outro exemplo que podemos utilizar é uma organização qualquer. Toda organização
pode ser vista como um sistema, conforme mostrado na figura a seguir.
Os sistemas podem ser classificados a partir de várias abordagens. Eles podem ser simples ou
complexos, abertos ou fechados, estáveis ou dinâmicos, adaptáveis ou não-adaptáveis, permanentes
ou temporários. A tabela a seguir descreve isso de forma bem simples:
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Tabela 1 – Tipos de sistemas e suas características
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- Gênese: formação dos seres desde sua origem. No caso, a formação de um sistema qualquer.
- Morfogênese: é a capacidade que tem os sistemas de se auto modificar. Podemos pensar aqui
com as influências do ambiente onde este sistema estiver situado. Um sistema qualquer.
- Fronteira do Sistema: é a linha que serve para demarcar o que está dentro e o que está fora do
sistema. Por exemplo, uma empresa verificando o ambiente onde está situada (da empresa para
fora - ambiente externo; dentro da empresa - ambiente interno). A fronteira é o que delimita
ambiente interno e externo.
- Processo Entrópico: é uma lei universal da natureza, segundo a qual todas as formas de organi-
zação se movem para a desorganização ou morte. Todo sistema nasce, “amadurece”, entra em
uma linha de maturidade e tende a morte. Pense no nascimento, vida e morte de todo sistema.
Quando existe a tendência a morrer, chamamos de processo entrópico.
- Entropia Negativa ou Negentropia: para sobreviver, os sistemas abertos precisam adquirir en-
tropia negativa. Precisam mover-se para deter o processo entrópico. Os organismos biológicos
desgastam e perecem. Entretanto as organizações se receberem mais energia de seu meio do
que aquela que expendem, podem armazená-la e assim adquirir entropia negativa. Portanto, a
entropia negativa (ou negentropia) são reações ao processo de entropia.
- Estado firme ou de homeostase dinâmica: os sistemas enviam energia para o ambiente exter-
no na mesma proporção que a recebem, caracterizando um estado homeostático (equilíbrio).
Quando mudanças no seu exterior ocorrem, o sistema através de seu canal de feedback, procura
voltar a seu ponto de equilíbrio ou se equilibrar em um novo ponto demonstrando seu dinamis-
mo em se adaptar as novas condições.
- Principio da Equifinalidade: o sistema pode alcançar o mesmo estado final partindo de diferentes
condições iniciais e de meios diferentes.
- Homeostasia: a homeostasia é um equilíbrio dinâmico através da auto-regulação, ou seja, atra-
vés do autocontrole. Todo mecanismo homeostático é um dispositivo de controle para manter
certas variáveis dentro dos limites desejáveis. Uma variação diacrônica da homeostase é chamada
homeorese que ocorre quando o sistema busca o equilíbrio, em ocasiões de grandes desvios
externos, através de nova sincronia, num outro plano ou com outros parâmetros que definem
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outra homeostasia.
- Retro-informação negativa (negative feedback ou feedback negativo): permite ao sistema corri-
gir seus desvios e voltar ao curso normal.
Este é um ponto importante que deve ser destacado na teoria dos sistemas. O feedback
é talvez o elemento mais importante de um sistema e que o realmente caracteriza e o diferencia.
Através do feedback o sistema efetua seus ajustes ao ambiente que o rodeia efetuando correções
que o fazem retornar ao seu ponto de equilíbrio ou, o levam para um novo ponto de equilíbrio
(homeostase dinâmica). Percebe-se, portanto que o equilíbrio dos sistemas é dinâmico, ou seja: o
equilíbrio é a resultante de suas funções precípuas e das variáveis ambientais que afetam continua-
mente o sistema.
O feedback faz uma amostra da saída do sistema (nível de produção, ou qualidade do pro-
duto acabado, ou lucro final atingido) devolvendo-a ao sistema que efetua a comparação com um
padrão pré-estabelecido. Se houverem variações o sistema se autorregulará. Caso as variações da
saída sejam significativamente grandes de modo a comprometer o pré- estabelecido, o sistema pro-
curará um novo ponto de equilíbrio, alterando o ritmo ou a configuração de funcionamento de uma
ou mais de suas partes para a consecução de seus fins precípuos.
Para se ter uma visão sistêmica da organização deve-se levar em conta o modelo de ex-
celência da gestão, que envolve liderança, estratégias e planos, pessoas, processos, clientes
e sociedade. Ou seja, o modelo de gestão alinha de forma harmônica e integrada, pessoas
com processos voltados para a geração de resultados e conhecimento para a organiza-
ção. Esse modelo também envolve a liderança enquanto negócio ou marca, ou liderança
enquanto gestor. Exige que a empresa seja capaz de atender as necessidades de seus
clientes, bem como satisfazer as necessidades da sociedade e das comunidades com as
quais interage, sempre agindo de forma ética na busca da sustentabilidade social, ambiental
e econômica. (...) A visão sistêmica, enfim, é o olhar que permite enxergar de modo claro
cada processo e cada negócio. É a visão do todo, buscando a excelência naquilo que diz
respeito à organização, tanto no que se refere às coisas tangíveis (produtos, por exemplo)
quanto intangíveis (marca, imagem, talentos), contemplando todas as partes interessadas.
O bom gestor precisa ser dotado da capacidade de visualizar o todo e não se concentrar
apenas em uma das partes dele. Um sistema é um todo formado de uma grande quantidade de
subsistemas e, por sua vez, cada subsistema é dotado de detalhes que são específicos em cada área.
Detalhes estão presentes em diversos contextos e complexidades diferentes, seja em um depar-
tamento operacional, uma gerência ou uma diretoria. Estas particularidades podem também ser
relativas às finanças, operação, qualidade, comunicação, entre outros. O aspecto mais importante
a se considerar neste caso é que o gestor que possui visão sistêmica pode até trabalhar com estes
detalhes, mas nunca poderá deixar de observar onde aquele detalhe está localizado dentro do todo,
e o quanto ele é capaz de interferir na harmonia do negócio.
Dentro do contexto de sistemas de informação existem conceitos importantes para melhor
definir estas variáveis e detalhes que o gestor irá trabalhar em seu dia a dia. Vamos melhor compre-
ender estas classificações a partir do próximo tópico.
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1.6. Dados, Informações e Conhecimento
1.6.1. Dado
1.6.2. Informação
Imagine que você tirou uma foto com a sua máquina digital e copiou o arqui-
vo para seu computador. Se você olhar o conteúdo daquele arquivo ele não
será muito significativo, você verá várias letras e símbolos que não represen-
tarão muita coisa para nós humanos, mas, se o computador decodificar estes
dados e mostrar a representação destes em formato de foto na tela do computador, aí sim
passará a ter algum significado e passaremos a chamar isto de informação.
Sem dúvidas, este é um exemplo bem superficial apenas para auxiliar no entendimento.
Durante o conteúdo iremos tratar o conceito de forma mais aprofundada.
Para complementar e fazer o fechamento destes conceitos, vamos trabalhar mais um que é
o de conhecimento.
1.6.4. Conhecimento
São diversos os tipos de sistemas de informação para cada aplicação e em diferentes áreas
de operação, mas, de modo geral, estes softwares mantêm informações sobre produtos, clientes,
finanças, locais, ações, pessoal, vendas, estoques – dependendo do tipo de empresa. Ou seja, em
uma empresa qualquer podemos ter o sistema que gerencia as vendas que acontecem no balcão, o
sistema financeiro que controla pagamentos, recebimentos e outras transações, podemos ter ainda
o sistema contábil, de recursos humanos e entre outros.
Nas palavras de Matsuda, Sistemas de Informação são processos administrativos que envol-
vem processos menores que interagem entre si. Os sistemas geralmente são divididos em subsis-
temas que variam conforme o tipo de empresa. O departamento de informática da empresa cruza
esses subsistemas, o que leva a uma abordagem sistemática integrativa, envolvendo questões de
planejamento estratégico da empresa.
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Para compreender melhor esta dinâmica, imagine um caixa de banco,
em que os atendentes trabalham todo o expediente em contato com os
clientes, recebendo o pagamento de faturas, o depósito e transferência de
dinheiro em contas, realizando cadastros de clientes etc. Pense como seria
se a cada nova fatura que um cliente fosse pagar, o atendente precisasse consultar o código
de barras número por número, verificar a empresa que deve receber o valor, calcular juros de
atrasos e multas, processar a transferência do valor, realizar o abatimento do percentual do
banco, e tantas outras tarefas. Conseguiu imaginar quanto tempo levaria cada atendimento se
tudo isso acontecesse de forma manual? Com certeza os atendimentos seriam bem longos.
Mas é nesse momento que entra o trabalho de um sistema de informação programado para,
através de leitores automáticos, identificar o código de barras das faturas e instantaneamente
organizar no sistema o valor a ser pago, calcular eventuais juros e multas, programar o pa-
gamento à empresa credora, associar o cliente à sua conta bancária e entre outras funções,
como, por exemplo, organizar as senhas de atendimento por ordem de preferência e tempo
de espera. Estas informações gerenciadas pelo sistema de atendimento mais tarde serão in-
corporadas a outros sistemas de Tecnologia da Informação para formar o banco de dados da
empresa. As informações combinadas, de vários sistemas diferentes, serão responsáveis por
auxiliar os administradores nas tomadas de decisão.
Enfim, são inúmeras as atividades que sistemas de informação podem organizar. Este foi
um exemplo bem simples com o intuito apenas de auxilia-lo na assimilação da ideia de operação
de um sistema de informação, para que você consiga identificar estas situações em seu dia a dia.
Neste momento, é importante que você compreenda que os diversos tipos de sistemas são sem-
pre programados e parametrizados para operar conforme uma utilidade específica, seja ela simples
ou extremamente complexa. Mais a diante veremos mais aplicações específicas de outros tipos de
sistemas mais complexos.
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Neste momento, pare um pouco para pensar sobre outros tipos
de sistemas de informação que você já viu, conheceu ou que até mesmo já
tenha trabalhado. Descreva abaixo um pouco de como você percebe esse
sistema agora, após conhecer um pouco mais a respeito da visão sistêmica
nas organizações.
Pensou? Então, qual o objetivo deste sistema? Por que acredita que ele foi desenvol-
vido? Ele trabalha com dados ou informações? Que tipo? A atividade-fim desenvolvida seria
possível sem esse sistema? Quais benefícios um sistema de informação pode trazer a uma
organização?
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Muito bem, agora que já entendemos os que são os SI´s você deve estar se perguntando,
que vantagem eu tenho em usar um destes sistemas? Que diferença faz usar ou não?
Como os Sistemas de Informação trabalham de forma integrada, interligada e compartilhan-
do dos mesmos dados, a ideia é que com isto você tenha informação de forma mais confiável, mais
rápida, mais fácil de ser obtida.
Qualquer empresa passa por processos de mudança, precisa de novas informações, de no-
vas visões sobre um mesmo conjunto de dados, de adaptar-se a uma nova realidade, e tudo isto fica
mais fácil com sistemas de informação. Isto por si só já justificaria seu uso, mas aos poucos vamos
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entendo a sua real importância.
Veremos mais adiante, no decorrer das próximas unidades, cada um destes sistemas da clas-
sificação de uma forma mais detalhada.
1.8.1. Hardware
Hardware é todo o componente físico de informática, ou seja, tudo aquilo que você pode
tocar. O hardware é composto por um conjunto de equipamentos ou dispositivos, como CPU,
monitor, memórias, disco rígido, placas de vídeo e rede, teclado, mouse, impressora, entre tantos
outros. Estes dispositivos físicos são necessários para fornecer a entrada dos dados no sistema, que
serão processados pelos softwares.
1.8.2. Software
Software é todo componente virtual de informática, ou seja, tudo aquilo que você pode ver
através da tela do computador, mas não pode tocar. Softwares são os sistemas e programas que
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criam a interface de exibição para o usuário, através do gerenciamento da entrada dos dados do
hardware. Podemos chamar de software o sistema operacional do computador, os programas ins-
talados, e todos os sistemas que utilizam as especificações do hardware para funcionar e exibir uma
imagem destas operações.
1.8.3. Usuários
Banco de dados é o que torna possível o armazenamento dos dados, que serão organizados
através dos softwares para gerar informação. Os bancos de dados além de armazenar também são
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responsáveis pela associação destes registros, auxiliando os administradores a fazer relações entre
estas informações. Um banco de dados de uma organização pode manter registros sobre suas ven-
das, compras, clientes, fornecedores, finanças, pessoal e até informações estratégicas de mercado.
Desta forma, sendo a informação tão importante para as empresas, os bancos de dados são essen-
ciais para qualquer tipo de empreendimento moderno.
Redes de comunicação são elementos que permitem a conectividade responsável pelo com-
partilhamento de informações entre os usuários. No contexto organizacional, computadores preci-
sar trabalhar em redes para trocar informações. Estas redes permitem a conexão entre estes diver-
sos computadores e dispositivos que muitas vezes estão distantes fisicamente. O bom andamento
dos sistemas de uma empresa passa, sem dúvidas, pelo bom funcionamento e conectividade de sua
rede de computadores.
1.8.6. Documentação
Documentação é uma parte integrante de qualquer sistema de informação, pois nela estão
os parâmetros de funcionamento, operação e funcionalidades do sistema, que serão mantidos para
conservar estes registros, para que não se percam com o tempo. A informação de um sistema pode
ser tanto relativa ao seu desenvolvimento, quanto direcionado ao usuário final. É através da docu-
mentação que os desenvolvedores de um determinado sistema (pessoal de TI) farão os registros
dos dicionários de símbolos, registros, modelos, dados, fluxogramas, gráficos, funções e comentários
a respeito do código de desenvolvimento. Muitas destas informações são sigilosas, pois contêm os
“segredos” dos cálculos e operações que o sistema é capaz de realizar. Já a documentação relativa
ao usuário é aquela desenvolvida em formato de manual, ou seja, trata-se de um descritivo de fun-
cionalidades, como uma espécie de tutorial, para ensinar o novo usuário a operar o sistema e suas
funções.
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1.8.7. Políticas e procedimentos
As políticas e procedimentos, como o próprio nome sugere, são as regras e métodos para
se utilizar o sistema de informação. Os objetivos desses procedimentos são a estruturação e a pa-
dronização das normas da empresa e o atendimento a elas. Estes aspectos são importantes para a
segurança da informação em qualquer organização, pois estão relacionadas ao plano estratégico da
empresa. Imagine que, hipoteticamente, na empresa Google, os sistemas de informações desenvolvi-
dos por eles não possuíssem regras de utilização interna. Nesse caso, qualquer usuário poderia utili-
zar as informações em benefício próprio, ou até mesmo vende-las a terceiros e, consequentemente,
arruinar todo o plano estratégico que a empresa possui em relação as informações fornecidas por
este sistema. As políticas e procedimentos são extremamente importantes para o estabelecimento
de regras internas e para garantir os interesses de uma organização, pois seus sistemas são diferen-
ciais competitivos no mercado.
28
II
Unidade II -
Tecnologia da
Informação e
Comunicação
Objetivos da Unidade
- Introduzir os conceitos de tecnologia da informação e comunica-
ção, suas principais aplicações.
- Apresentar as relações entre os diferentes tipos de tecnologias e
a dinâmica de negócios
Esperamos que, ao final desta unidade, você seja capaz de:
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Trazendo esta reflexão para o contexto das organizações, este papel das TI’s pode ser evidenciado
em várias áreas, como finanças, design, marketing, contabilidade, RH, industrial, entre outras, e em
empresas dos mais variados ramos.
Ampliando a ideia de TI para o contexto das comunicações, temos o conhecido termo TIC
– Tecnologia da Informação e Comunicação, que diz respeito a toda e qualquer tecnologia que faz
o intermédio dos processos comunicativos dos seres humanos. Ou ainda, segundo Lévy (1999),
também
“podem ser entendidas como um conjunto de recursos tecnológicos integrados entre si,
que proporcionam, por meio das funções de hardware, software e telecomunicações, a
automação e comunicação dos processos de negócios, da pesquisa científica e de ensino e
31
Leia o trecho abaixo extraído do portal de notícias da TotLab, que comple-
menta nossa discussão e traz alguns outros aspectos a respeito das TIC’s e dos
SI’s no contexto das organizações.
“(...)
A Era da Informação e do Conhecimento que vivemos nos mostra um mundo novo, na qual o tra-
balho humano é feito pelas máquinas, cabendo ao homem a tarefa para a qual é insubstituível: ser
criativo, ter boas ideias. Há algumas décadas, a era da informação vem sendo superada pela onda
do conhecimento. Já que o aumento de informação disponibilizada pelos meios informatizados vem
crescendo bastante, a questão agora está centrada em como gerir esse mundo de informações e
retirar dele o subsídio para a tomada de decisão.
Desenvolver competências e habilidades na busca, tratamento e armazenamento da informação
transforma-se num diferencial competitivo dos indivíduos.
Não somente ter uma grande quantidade de informação, mas sim que essa informação seja tratada,
analisada e armazenada de forma que todas as pessoas envolvidas tenham acesso sem restrição de
tempo e localização geográfica e que essa informação agregue valor às tomadas de decisão.
É importante que o desenvolvimento de um determinado projeto seja organizado e disponibilizado
para uma posterior consulta e fonte de pesquisa para projetos futuros, ou seja, é necessário criar um
meio que resgate. A memória é o bem maior de qualquer organização, é o conhecimento gerado
pelas pessoas que fazem parte desta.
A Tecnologia da Informação (TI) tem um papel significativo na criação desse ambiente colaborativo
e, posteriormente, em uma Gestão do Conhecimento. No entanto, é importante ressaltar que a
tecnologia da informação desempenha seu papel apenas promovendo a infraestrutura, pois o traba-
lho colaborativo e a gestão do conhecimento envolvem também aspectos humanos, culturais e de
gestão (Silva, 2003).
Os avanços da tecnologia da informação têm contribuído para projetar a civilização em direção a
uma sociedade do conhecimento. A análise da evolução da tecnologia da informação, de acordo
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com Silva (2003), é da seguinte maneira:
“Por cinquenta anos, a TI tem se concentrado em dados – coleta, armazenamento, transmissão,
apresentação – e focalizado apenas o T da TI. As novas revoluções da informação focalizam o I, ao
questionar o significado e a finalidade da informação. Isso está conduzindo rapidamente à redefinição
das tarefas a serem executadas com o auxílio da informação, e com ela, à redefinição das instituições
que as executam”.
Hoje, o foco da Tecnologia da Informação mudou, tanto que o termo TI passou a ser utilizado
como TIC – Tecnologia da Informação e Comunicação. E, dentro desse universo, novas ideias como
colaboração e gestão do conhecimento poderão ser edificadas, porém, mais uma vez é importante
enfatizar que nenhuma infraestrutura por si só promoverá a colaboração entre as pessoas, essa ati-
tude faz parte de uma cultura que deverá ser disseminada por toda a organização; é necessária uma
grande mudança de paradigma.
(...)”.
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2.1. Áreas de aplicação das TIC’s
Com a revolução das comunicações nas últimas décadas, a utilização das TIC’s aplicadas aos
sistemas de informação são unanimidade. Normalmente encontramos tais aplicações especialmente
nas áreas de computação, comunicação, controle e automação e negócios.
2.1.1. Computação
Nas áreas de computação, as TIC’s são aplicadas especialmente em duas em grandes verten-
tes. São elas:
- Informática: este tipo de aplicação é a mais utilizada neste contexto. São os processamentos e
tratamentos de dados, através de sistemas robustos, que realizam as operações automaticamen-
te, assistidas por computador. Sistemas como ERP, SAP, SCM, CRM são exemplos de sistemas
que operam com esta lógica. Veremos mais adiante estes sistemas de forma mais detalhada.
- Burótica: este tipo de aplicação é comum na rotina dos escritórios. Esta forma de TIC é res-
ponsável pela colaboração entre os usuários, pois utiliza as redes de informática para realizar a
circulação das informações entres os usuários e setores. Esta realidade é bastante comum em
escritórios e departamentos administrativos, onde a informação instantânea precisa ser compar-
tilhada com segurança, através das redes internas.
2.1.2. Comunicação
Nas áreas de comunicação, as TIC’s são também aplicadas especialmente em duas em gran-
des vertentes. São elas:
- Telecomunicações: em geral, consiste nos sistemas de transmissão das informações e dos sinais
que serão responsáveis por transmitir os textos, imagens, sons; e também, os equipamentos res-
ponsáveis por esta transmissão, como os fios, as redes, as fibras ópticas e ondas eletromagnéticas.
- Telemática: trata-se de uma junção das palavras telecomunicações e informática. Consiste na
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conjugação dos meios de comunicação à distância (modens, antenas, linhas telefônicas, fibras,
satélites etc) com meios informáticos.
São áreas de aplicação das TIC’s que englobam o controle de sistemas e processos indus-
triais. Nas áreas de controle e automação, as TIC’s são também aplicadas especialmente em duas
em grandes vertentes. São elas:
- Robótica: é a conjugação da informática com a automação, sendo a ciência responsável pelo
projeto e construção de robôs. Estas especialidades são muito presentes hoje nas indústrias me-
cânicas e eletrônicas, como na automobilística, por exemplo.
- CAD/CAM: a sigla em inglês é Computer Aided Design / Computer Aided Manufactering, é tra-
ta-se do desenho para fabricação de peças e objetos assistidos por computador, como o CNC,
por exemplo.
Segundo Cezar Taurion (2005), gerente de novas tecnologias aplicadas da IBM no Brasil,
“negócios e tecnologias não percorrem trilhas paralelas, mas se interligam em uma relação circular e
intensa”.
Figura 2 – TICs e a dinâmica de negócios
Fonte: Adaptado de Taurion, Cezar. Sucesu: IBM, 2005. por Design Unis EaD
35
Segundo a concepção de Taurion, a medida que a dinâmica de negócios evolui, traz novi-
dades relacionadas a produtos e serviços, e abre novos caminhos no mercado, as tecnologias da
informação e comunicação são impulsionadas à inovação. Novos modelos de negócios, destinados a
novos produtos e serviços, consequentemente, requerem sistemas de informações mais completos
e eficientes. Esta relação circular e intensa entre tecnologia e negócios faz com que, por outro lado,
as TIC’s também sejam responsáveis por transformar a dinâmica de negócios, através da criação
de maiores possibilidades para análise de informações, fornecendo maior segurança na tomada de
decisão e gerando maior vantagem competitiva para as organizações.
Assim como nós aprendemos a ler e a nos comunicar com os outros, a aplicação do co-
nhecimento e habilidades com o computador abrange diferentes linhas ocupacionais. Pessoas de
todas as ocupações, profissões e ramos de diversas atividade já perceberam que os computadores
aumentam diretamente sua eficiência e produtividade. E o modo como eles são utilizados em em-
presas e organizações variam desde os sistemas pessoais com pacotes básicos de produtividade, até
os grandes sistemas integrados que as organizações usam para gerenciar suas operações.
Veremos como as pessoas usam o conhecimento e as habilidades básicas que têm com
computadores, independentemente de sua ocupação. Compradores, corretores de seguros, vende-
dores, despachantes e executivos, todos podem beneficiar-se da familiaridade com computadores
ou smartphones.
As planilhas, compostas de colunas e linhas, há séculos têm sido utilizadas como uma ferra-
menta de negócio. Preparar uma planilha manual pode ser uma tarefa tediosa e, quando há altera-
ções, muitos cálculos em geral precisam ser refeitos.
A planilha eletrônica continua sendo uma planilha, mas o computador é que trabalha. Espe-
cificamente, o software de planilha eletrônica recalcula de maneira automática os resultados quando
um número é alterado. Por exemplo, se uma planilha calcular a distância baseando na velocidade e
no tempo, uma mudança na velocidade acionará um novo cálculo a fim de que a distância também
seja alterada. Esse recurso nos permite que experimentemos diferentes combinações de números
e obtenhamos os resultados rapidamente. A capacidade de perguntar “O que aconteceria se...?” e
depois obter imediatamente os resultados no computador, antes de realmente comprometermos
recursos, ajuda-nos a tomar uma decisão mais acertada e mais rápida.
E o software de planilha eletrônica para nós, em nossa casa? O recurso para introduzirmos
combinações de números de maneira significativa, como diferentes combinações de entradas e taxas
de juros para comprarmos uma casa, oferece-nos uma visão financeira que não conseguiríamos pro-
37
duzir prontamente por conta própria. Utilizamos as planilhas eletrônicas para tudo – para preparar-
mos orçamentos, decidirmos se assumiremos um novo emprego, controlarmos nosso desempenho
na academia de ginástica e inúmeras outras coisas.
O calendário e a agenda são ferramentas muito antigas e muito conhecidas em qualquer lu-
gar. Dessa forma, é normal que versões eletrônicas deles estejam presentes em qualquer dispositivo.
39
Diversos tipos de calendário que funcionam como agenda estão disponíveis para acesso na internet
como, por exemplo, o Google Calendar, Google Agenda, DigiCal, aCalendar, Boxer, entre outras.
Além destas aplicações específicas para esta utilização, diversos gerenciadores de e-mail, como o
outlook, apresentam versões de calendário e agenda para acompanhamento de compromissos.
Estas aplicações permitem que você gerencie seus compromissos, visualize suas tarefas di-
árias, semanais, mensais, de forma fácil, organizada e rápida. Além disso, todas têm opção de criar
lembretes e avisos para alertá-lo em determinadas datas e horários.
2.3.6. Trello
2.3.7. Evernote
Este é uma das principais ferramentas para gestão de produtividade, principalmente para
quem costuma viajar ou realiza trabalhos home office. O Evernote é uma espécie de bloco de notas
40
que fica armazenado na nuvem, ou seja, os dados não estão sujeitos a perdas devido a problemas
com uma máquina específica. Porém, melhor do que um simples bloco de notas, ele permite que
você possa dividir as anotações por assuntos, anexar fotos, clipes de vídeo, anotações de áudio,
podendo ser acessado em qualquer computador, tablet ou smartphone através da sua conta.
O Evernote permite também a criação de tarefas colaborativas para trabalho em equipe, em
que cada usuário pode criar suas próprias notas e acompanhar o andamento das atividades. Por ser
uma aplicação bastante versátil é comum ser utilizada como uma agenda pessoal que pode auxiliar
o usuário a melhorar sua produtividade.
O Rescue Time é uma ótima ferramenta para controlar o seu tempo de trabalho e estipular
metas para aprimorar sua produtividade. Ele também consegue analisar quanto tempo você pro-
crastinou entre e-mails, Facebook, Twitter, entrando em sites etc. Assim, você poderá ter noção do
quanto, no final do dia, perdeu de tempo indo dar aquela olhadinha de 5 minutos no que estava
acontecendo na sua timeline.
Ele possui um dashboard bem intuitivo e explicativo, com gráficos mostrando sua produti-
vidade e com a possibilidade de você cadastrar metas para cumprir a partir daquele dia. O sistema
irá te avisar acerca delas nos horários pré-estabelecidos, para te a lembrar de realizar determinada
tarefa.
Para aqueles “enroladores crônicos”, que ficam navegando pelos sites durante o trabalho,
ainda há a opção de ativar o modo “focado”, em que você cadastra todos os sites improdutivos e,
durante determinado tempo, não poderá acessá-los. Esta ferramenta está disponível para desktop,
em versões free e pagas.
2.3.9. Toggl
Quer saber quanto tempo você tem demorado em cada tarefa a fim de programar seu dia?
Ou então verificar se você está realmente se dedicando 100% a ela, sem escapulir para aquela pro-
41
crastinada básica? O Toggl te ajuda nisso. Vinculado à sua conta do Google, ele registra o tempo de
duração de cada tarefa realizada durante o dia. Assim, você visualiza um gráfico no final do dia para
que possa analisar o que ocupa mais o seu tempo, as proporções de cada tarefa etc. Caso queira,
pode ainda comparar o tempo com o de seus colegas de trabalho, para saber se está dentro do
padrão médio esperado pela empresa, ou não. Ele pode ser instalado em Android, iOS e também
no desktop.
2.3.10. Wunderlist
Para os viciados em listas, essa é uma ótima ferramenta. O Wunderlist permite que você faça
listas dentro de qualquer tema, como o que fazer, o que deve ser dito na reunião, quais produtos
devem ser orçados etc. Também pode encontrar listas feitas por outros usuários que podem ser
úteis para seu trabalho. Você pode personalizar sua lista com marcadores, calendários e notificações.
Tal como o Evernote, você pode acessar sua lista através de qualquer dispositivo, pois ela fica arma-
zenada na nuvem.
42
Unidade III -
III Os Sistemas De
Informação
Negócios
Nos
Objetivos da Unidade
o Introduzir os principais aspectos da utilização de sistemas de informação para geração de
diferencial competitivo nas organizações.
o Apresentar os diferentes tipos de sistemas aplicados aos níveis organizacionais.
44
Com o uso da tecnologia o trabalho de coordenação tende a tornar-se mais efetivo, em
razão do aumento da capacidade em coletar, estocar, processar e transferir informações, isto torna
possível conseguir maior velocidade de comunicação entre as empresas, reduzir o prazo de resposta
às variações nos ambientes interno e externo e expandir o estoque de conhecimento da empresa.
Quando combinadas, todas essas características que são resultado da adoção da tecnologia
da informação podem ser traduzidas em economia e ganhos de produtividade, isto pode ocorrer
através da eliminação de etapas administrativas e de controle que não agregam valor.
Podem ainda propiciar a intensificação da comunicação, facilitar o monitoramento de pro-
cessos e a integração com as atividades dos fornecedores por meio de um fluxo de informações
permanente e atualizado.
O uso dos SI´s não é uma tarefa corriqueira, o uso de qualquer tecnologia de forma com-
petitiva é difícil se a empresa não tiver direcionamento estratégico, ou seja, a empresa precisa ter
rumos definidos para que possa realmente ter algum benefício.
É importante então o alinhamento estratégico dos SI´s com a empresa e um planejamento
e determinação de resultados que se quer alcançar com a nova tecnologia.
45
trazem informação, a interpretação destas continua a ser feita por um gerente ou executivo.
Outro fato importante é que nem sempre as informações geradas são confiáveis como
deveriam, nem todos os processos alimentam os SI´s como precisariam, enfim, existe uma série de
complicações, portanto, a informação por si só não é uma vantagem competitiva, consideraremos
que o bom uso dela é que fará a diferença.
Irei então focar na vantagem competitiva que as ferramentas tecnológicas como os SI´s po-
dem gerar e não na forma como será usada a informação gerada.
Vamos entender agora um pouco sobre como os SI´s trabalham dentro das organizações,
para isto podemos visualizar as organizações como sistemas onde são dadas entradas, geralmente
em forma de matéria-prima, produtos para uso e consumo ou para comercialização. Estas entradas
são processadas, mesmo no caso da prestação de serviço, já que sempre terá uma entrada, pode ser
a especificação do que vai ser feito, a documentação do projeto que será desenvolvido ou qualquer
outra especificação.
Após a entrada e o processamento são geradas as saídas que podem ser em forma de pro-
duto acabado, prestação de serviço, revenda de produtos, ou qualquer outro tipo de saída.
Percebeu que o processo administrativo é composto de pequenos processos que interagem entre
si?
Um processo gera a saída que será entrada de outro processo e assim sucessivamente até
o término de todo o ciclo. Durante estes processos a empresa utiliza vários tipos de recursos, ma-
teriais, humanos e tecnológicos, cujo processamento irá gerar bens ou serviços que serão ofertados
no mercado.
Com o aumento da abrangência dos SI no decorrer dos anos, eles têm evoluído em impor-
tância em relação ao papel que ocupam nas organizações. Os sistemas de hoje afetam diretamente
o planejamento e as decisões dos gerentes e, em muitos casos, como e quais produtos e serviços
serão produzidos.
46
Os SI podem ajudar as companhias a ampliar em alcance de mercados distantes; a ofere-
cerem novos produtos e serviços; reformarem tarefas e fluxos de trabalho e até mesmo mudarem
profundamente a maneira de conduzir negócios.
Já a alguns anos a TI vem causando mudanças radicais nas organizações, substituindo regras
antigas por regras novas através de tecnologias disruptivas. Veja alguns exemplos de regra nova e
regra antiga:
Os SI junto com as TI podem ter um papel mais ou menos importante para a empresa de
acordo com o grau de dependência que ela tem com relação à tecnologia. Com base nesta depen-
dência podemos identificar dentro das organizações diversos papéis que ela pode ocupar dentro da
empresa:
47
A estratégia empresarial não é dependente do bom
funcionamento dos sistemas existentes, enquanto os
Papel de apoio
sistemas em desenvolvimento não são críticos para os
objetivos da empresa.
Pensando então que ela deve fazer mais que isto, ou seja, deve proporcionar mais do que o
simples fato de automatizar tarefas, veja as principais mudanças que se bem usada a tecnologia deve
permitir:
o Eliminar ou amenizar as dificuldades para se entrar em um novo mercado;
o Dificultar a entrada de novos concorrentes;
o Mudar o relacionamento com os fornecedores/compradores;
48
o Reduzir custos;
o Gerar ou possibilitar a criação de diferencial competitivo;
o Transformar a cadeia de valor;
o Criar novas oportunidades de negócios;
o Embutir informação nos produtos;
o Adicionar valor, continuamente, aos produtos e serviços da empresa.
Agora que você conhece mais a respeito das tecnologias aplicadas às organi-
zações e também sobre as vantagens competitivas de se utilizar tais recursos,
assista o vídeo abaixo, do consultor André Faria, da BlueSoft Labs, falando
um pouco a respeito da nova dinâmica de negócios através de tecnologias
disruptivas. Entenda que disruptivo é tudo aquilo que rompe com padrões já
estabelecidos, trazendo um novo paradigma.
Link para o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=DHYwaKGR9WM
49
3.4. Sistemas de informação operacionais, táticos e estratégicos
Vamos retomar agora alguns conceitos vistos na Unidade 1, a respeito da classificação dos
sistemas de informação. Vimos brevemente alguns exemplos de sistemas utilizados nas empresas e
em seus vários níveis organizacionais. Neste momento, vamos aprofundar um pouco mais em cada
um destes tipos de sistemas e suas principais transações.
Si’s
Apoio às
Apoio gerencial
operações
o Matrícula de aluno;
o Venda de produto;
o Cadastro de clientes;
o Ponto dos funcionários;
o Cadastro de funcionários.
Para que este sistema funcione bem, todas as rotinas que serão executadas, como serão
executadas e o que acontecerá com cada uma das transações, devem ser bem definidas. O geren-
ciamento e acompanhamento de todos estes processos é extremamente importante para garantir
que tudo esteja correndo bem.
Dentro deste subsistema existem basicamente 5 categorias funcionais:
o Vendas/marketing
o Fabricação/produção
o Finanças/contabilidade
o Recursos humanos
o Outros tipos específicos.
Qualquer organização, seja ela uma microempresa ou uma grande multinacional, possui
estes 5 tipos de sistemas de apoio as transações, eles podem ser feitos usando-se o computador
ou não, mas, de uma forma ou outra, sempre vão existir, o que muda é a forma como é feito e o
quanto estruturado ele é.
51
3.4.1.2. Controle de Processos
Este tipo de sistema não está presente em todas as empresas, mas em quase todas as indús-
trias ele é responsável pelo controle de máquinas e equipamentos industriais ou quaisquer outros
possíveis.
Você já deve ter visto indústrias, mesmo que pela TV, em que tudo é feito de forma auto-
matizada, ou até mesmo a produção de algumas peças totalmente através de robôs. Pois bem, estes
são os sistemas de Controle de Processos.
Em uma fábrica de vasilhas plásticas, por exemplo, são usadas várias matérias-primas para
processamento do produto e todas elas são misturadas e dosadas de forma automática na maioria
dos casos.
O telefone celular, os ramais e até mesmo o fato de se trabalhar na mesma sala com alguém
permite a comunicação fácil e rápida, mas, nem sempre ela é a melhor forma.
Em alguns casos precisamos passar um recado a alguém, comunicar ou agendar uma reunião,
marcar um compromisso, trocar informações com uma equipe de trabalho e nem sempre isto é
possível de ser feito naquele momento.
Tendo esta necessidade em mente foram criados os sistemas colaborativos. Eles permitem
52
a comunicação online, o agendamento de tarefas, envio de mensagens e outras operações, usando
apenas o computador e, na maioria dos casos, a internet.
Todos vocês já usaram alguma destas ferramentas: os softwares de mensagem instantânea,
e-mail, gerenciadores de tarefas, ambientes virtuais de aprendizagem – como o que usamos aqui em
nosso curso –, e todos estes são exemplos deste tipo de sistema.
Os Sistemas de Apoio Gerencial têm como principal intuito gerar informações para os
gerentes. Ele permite isto gerando informações que auxiliam na tomada de decisões, informações
estratégicas e qualquer outro tipo de informação que auxilie o trabalho dos gerentes, diretores e a
qualquer outro interessado. Vejamos os principais:
53
o Normalmente não são flexíveis e seu foco é na informação sintética, resumida;
o Apoiam qualquer tipo de decisão, seja ela estruturada ou não, podendo ser dos níveis
operacional e gerencial;
o São focados no controle, usando para isto principalmente gráficos e relatórios;
o Geralmente permitem comparar o passado com o presente para auxiliar na análise do
cenário e na tomada de decisão;
o Focam na maioria dos casos em situações internas e não externas;
o Exige um longo processo de análise e projeto para se obter a informação.
o Análise de vendas
o Projeção de demanda
o Relatório das tendências de custos
o Projeção de estoque com base na projeção de vendas
Os Sistemas de Apoio à Decisão, como o próprio nome já diz, buscam indicar aos gerentes
qual a melhor decisão a ser tomada com base nas informações disponíveis.
O seu uso se justifica onde as situações que serão analisadas são semiestruturadas e que se
alterem com certa frequência, o que dificulta a atuação do gerente na decisão da melhor alternativa,
que pode não ser facilmente identificada com antecedência.
Se a decisão a ser tomada não se encaixar nestes padrões o recomendado é que o próprio
gerente decida o melhor a ser feito. Nesta caso, a informação até poderá ser usada, mas como cau-
tela e como uma ferramenta secundária.
Algumas características que identificam estes sistemas são:
o Permitir ao usuário facilidade para alterar ou adaptar as regras usadas para se gerar a infor-
mação sem a necessidade de um técnico ou programador;
54
o Não necessita ou precisa de pouco auxílio de programador de computadores;
o Utiliza ferramentas matemáticas e de inteligência artificial na análise dos dados para gera-
ção da informação.
Muito bem, como este tipo de sistema encerramos este tópico que trata dos tipos de sis-
temas de informação. Entender bem esta divisão é muito importante, já que você pode auxilia-lo,
dentro de sua atuação profissional, a identificar o que você já possui, quais as possibilidades futuras,
qual tipo de informação você poderia obter e não tem, além de outras importantes análises.
55
Todos nós sabemos que os bancos de dados são de vital importância para as empresas
e, também, estamos cientes de que sempre foi difícil analisar os dados neles existentes. Tudo isso
porque geralmente as grandes empresas detêm um volume enorme de dados e esses estão em
diferentes sistemas espalhados por ela. Não se consegue, assim, buscar informações que permita
tomar decisões embasadas num histórico dos dados.
Em cima desse histórico, podemos identificar tendências e posicionar a empresa estrategica-
mente para ser mais competitiva e consequentemente maximizar os lucros, diminuindo o índice de
erros na tomada de decisão.
Pensando nisso, introduziu-se um novo conceito no mercado, o Data Warehouse (DW). Ele
consiste em organizar os dados corporativos da melhor maneira, para dar subsídio de informações
aos gestores e diretores das empresas para tomada de decisão. Tudo isso num banco de dados
paralelo aos sistemas operacionais da empresa.
Para organizar os dados, são necessários novos métodos de armazenamento, estruturação
e novas tecnologias para a geração e recuperação dessas informações. Essas tecnologias já estão
bem difundidas, oferecendo muitas opções de ferramentas para conseguirmos cumprir todas essas
etapas.
Essas tecnologias diferem dos padrões operacionais de sistemas de banco de dados em três
maneiras que veremos a seguir.
Constitui a atual evolução dos sistemas de suporte de decisão que surgiram do aprimora-
mento das tecnologias de rede e de banco de dados. Um data warehouse é um sistema de geren-
ciamento de banco de dados projetado, especificamente, para dar suporte à tomada de decisão ge-
rencial, não para atender às necessidades dos sistemas transacionais. O data warehouse disponibiliza
um banco de dados específico para suporte à decisão, que gerencia o fluxo de fontes externas, para
aplicações de suporte à decisão que atendem aos usuários. Nele são armazenados dados históricos
extraídos de sistemas corporativos e de fontes externas. Em geral, mantém dados do período de
56
5 a 10 anos. Estes dados operacionais e externos são “limpos” para remover as inconsistências e
integrados e para criar um novo banco de dados mais ajustado à análise corporativa.
A principal vantagem de um data warehouse está em relacionar dados em formas novas e
inovadoras.
Conhecer mais sobre essa tecnologia permite aos administradores descobrir novas maneiras
de diferenciar sua empresa numa economia globalizada, deixando-os mais seguros para definirem
as metas e adotarem diferentes estratégias em sua organização. Assim, conseguem visualizar, antes
de seus concorrentes, novos mercados e oportunidades atuando de maneira diferente conforme o
perfil de seus consumidores.
57
de sistemas transacionais – para negócios de pequeno e médio porte e para departamentos de gran-
des companhias. Em vez de armazenar todos os dados de um empreendimento em um único banco
de dados, os datas marts abrangem um subconjunto de dados referentes a um único aspecto da
companhia – por exemplo, finanças, estoque ou pessoal. De fato, um data mart está mais ajustado
para fornecer dados detalhados de uma área especifica do que um data warehouse.
Outra ferramenta nova para análise de informações é o data mining, ou melhor, a identifi-
cação automatizada de padrões e de relacionamentos num armazém de dados. Ele representa o
próximo passo na evolução dos sistemas de suporte de decisão, pois, com avançadas técnicas de
estatística e usando técnicas de inferência, é possível descobrir fatos num grande banco de dados,
inclusive aqueles para Internet.
Diferentemente das ferramentas de consulta, em que os usuários formulam e testam uma
hipótese específica, o data mining usa ferramentas de análise embutidas para gerar, automaticamen-
te, uma hipótese sobre padrões e anomalias identificadas nos dados e, então, prever um comporta-
mento futuro.
O objetivo do data mining é extrair padrões, tendências e regras dos data warehouses, para
avaliá-los, isto é, prever ou classificar e, por fim, propor estratégias de negócios, voltadas para aumen-
tar a competitividade, elevar os lucros e transformar os processos corporativos.
Existem milhares de aplicações para o data mining. Por exemplo, as empresas de cartões de
crédito e os emissores investigam seus data warehouses buscando padrões sutis, dentro de milhares
de transações de clientes, para identificar fraudes, frequentemente, no momento em que ocorrem.
58
que permite coletar, organizar, analisar e monitorar informações. Até aqui, outras ferramentas já
citadas também fazem esta função, porém o BI tem um foco específico: o suporte a administração
estratégica da informação.
Segundo (CERTO 2005) podemos definir administração estratégia como um processo con-
tinuo que tem como finalidade manter a empresa como um conjunto apropriadamente integrado a
seu ambiente. A gestão da empresa tem de estar sempre abordando e refletindo sobre os aspectos
estratégicos como legislações, alteração de mão de obra e ações dos concorrentes.
Nesse contexto de decisões estratégicas, o BI reúne todos os todos os assuntos ligados a
tomada de decisões, armazenamento de dados, publicação de informações, publicação de informa-
ções e até a produção de cubos.
Segundo (TRAJANDO 2005) para que exista um ambiente de suporte a decisão, é neces-
sário que exista sistemas operacionais para controlar as atividades da empresa. A partir dos dados
inseridos e atualizados diariamente, os administradores de empresas desejam ter a percepção da
vitalidade do negócio possibilitando assim identificar ameaças e oportunidades, acelerar processos e
aumentar a capacidade de produção da empresa.
Podemos citar como algumas das características deste tipo de software:
o Simular hipóteses e situações;
o Usar a experiência prévia;
o Buscar dados de fontes diferentes existentes na empresa;
o Procurar relações de causa e efeito;
o Fazer a análise dos dados de acordo com o contexto da empresa;
o Por fim usando os dados obtidos gerar informação.
Observando a definição você deve ter percebido que ele é bem diferente de um software
de transações comum onde você tem um conjunto de relatórios prontos e de posse deles você
deve tomar as decisões. Num BI você pode gerar, montar e visualizar a informação de várias formas
diferentes, seja através de gráficos ou mesmo relatórios, criando simulações, ligando as informações
conforme sua necessidade e isto tudo sem a necessidade de um programador para fazer isto.
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Veja na imagem abaixo as etapas até gerar os dados para a tomada de decisões:
Tomada de Decisão
Apresentação
Representação da informação na tela
ou impressa.
60
o Ligar e consolidar dados de diferentes sistemas de modo a oferecer um visão comum do
desempenho da empresa;
o Automatizar tarefas eliminando os erros ao colocar as pessoas no fim dos processos;
o Oferecer dados estratégicos para análise com um mínimo de atraso em relação a uma
transação ou evento dentro da empresa;
3.7.1. E-Business
Conforme aponta Amorim (2013), e-Business é o uso da Internet, de outras redes e das
tecnologias de informação no apoio ao comércio eletrônico, à comunicação e colaboração entre
empresas e aos processos de negócios de atuação na web, tanto nas conexões internas da empresa
como naquelas com seus clientes e parceiros de negócios.
E-business trata-se de um negócio eletrônico, uma negociação feita pela internet, mas que
não necessariamente envolve uma transação comercial. Na verdade, são sistemas de informação
que auxiliam os processos de negócios. Tem como principal aplicação a criação de processos capa-
zes de promover comunicação entre as empresas, ou entre empresas e consumidores, agilizando os
processos de compra e venda entre as partes envolvidas.
Sabemos que os negócios pela internet são uma realidade muito presente na vida de muitos
consumidores, sendo que alguns, inclusive, somente realizam a grande maioria de suas compras pela
internet. O comprador de comércio eletrônico tem maior poder de pesquisa, comparação e nego-
ciação. Essa nova geração de consumidores tem mais informações das empresas; compra quando,
onde e como quiser; além de vivenciar uma experiência de compra integral, possuindo total acesso
ao acompanhamento de suas solicitações.
61
Na mesma linha de raciocínio, o grande crescimento escalável das redes sociais deu mais
poder de acesso ao consumidor e passou a influenciá-lo nas decisões de compra. A tendência é que
as redes sociais promovam cada vez mais novos modelos de negócios. Para refletir acerca disto basta
acessar sua página do Facebook e navegar pelas diversas opções de anúncios de publicidade, menus
específicos para divulgação de produtos, comunidades de compra e venda, entre tantas outras fun-
ções.
Atualmente, no Brasil, o comércio eletrônico (e-commerce) represente cerca de 5% do
total do varejo. Neste cenário de crescimento descrito anteriormente, espera-se que em 10 anos os
negócios virtuais representem mais de 50% das operações de negócios.
Neste contexto de e-commerce, costumamos atribuir nomes as diferentes transações reali-
zadas pela internet entre empresas e consumidores. Vamos conhecer as principais delas:
3.7.2. ERP
62
empresa, e os quais integram-se naturalmente. Ou seja, cada departamento tem a responsabilidade
de operar seus dados específicos conforme o módulo (finanças, contabilidade, RH, departamento
pessoal, produção, marketing, compras, estoque etc). Assim, o ERP pode ser representado por um
ciclo infinito de operações entre os módulos que, pontualmente, se relacionam com o meio extre-
mo através da entrada ou saída de dados e bens.
De forma simplificada, para melhor compreensão, vamos considerar que o ciclo se inicia na
compra de uma mercadoria, por exemplo. Ao ser informado o recebimento deste bem, o sistema
de compras automaticamente atualiza o estoque, lança as contas a pagar sobre o bem e atualiza o
fluxo de caixa e a contabilidade. Já no financeiro, quando a compra é quitada em sua data de venci-
mento, a contabilidade e o fluxo de caixa são novamente atualizados. Com a entrada da mercadoria
no estoque é possível vende-la através da emissão de uma nota fiscal, quando, então, o estoque
é novamente atualizado e a conta a receber é lançada no financeiro conforme a condição de pa-
gamento do produto acordada com o cliente. Uma vez a conta a receber quitada em sua data de
vencimento, o fluxo de caixa e a contabilidade são novamente atualizados, assim como o módulo
de departamento pessoal, gerando comissão ao representante, por exemplo.
Para os casos em que a empresa também comercialize mercadorias, o módulo de produção
pode receber solicitações diretas da previsão de vendas, solicitar compras de materiais para produ-
zir, consumir materiais do estoque e, finalmente, dar entrada dos produtos acabados no estoque.
Desta forma, o estoque atingindo os níveis mínimos de segurança o ciclo se reinicia na solicitação
de novas compras ou insumos para produção. Estas operações se repetem sucessivamente e infini-
tamente. Ao final do processo, o módulo fiscal gera os balanços da empresa para apresentação de
resultados internamente e declaração ao governo, conforme obriga a legislação.
Neste tipo de sistema cada usuário tem permissão de acesso apenas aos módulos relevan-
tes ao desenvolvimento da função dele, conforme definições do administrador da empresa. Mas
uma das principais vantagens dos sistemas ERP é que, apesar destas restrições de acesso, quando o
usuário insere informações relativas a sua função, os demais módulos correlacionados se atualizam
automaticamente no fluxo, independentemente das permissões do usuário.
Desta forma, podemos concluir que os sistemas do tipo ERP permitem que o fluxo de infor-
63
mações entre os setores transcorra perfeitamente e de forma segura.
3.7.3. CRM
64
Diversos são os tipos de CRM disponíveis no mercado e cada um deles pode apresentar
diferentes tipos de funções, cabendo a empresa contratante avaliar as melhores opções para a sua
realidade. Por fim, o mais importante a se notar é que um sistema CRM é capaz de fornecer mais
eficiência e inteligência para os negócios de qualquer organização.
3.7.4. SCM
65
trazer flexibilidade de decisões aos gestores e, de certa forma, possibilitar o encurtamento da cadeia
de suprimentos.
Todos estes benefícios que um sistema SCM traz contribuem para uma maior lucratividade
da empresa, aumento da satisfação dos seus clientes e geração de vantagem competitiva frente à
concorrência.
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IV
UNIDADE IV –
PROJETO E
CONSTRUÇÃO DE SISTEMAS
DE INFORMAÇÃO
Objetivos da Unidade
Introduzir os diferentes tipos de modelos aplicáveis na modelagem de sistemas.
Apresentar as principais características e etapas do projeto, desenvolvimento e análise de desempe-
nho de sistemas.
Desde o começo da história registrada, usa-se os modelos. Uma descrição por escrito de
uma batalha, uma maquete de uma construção antiga e o uso de símbolos para representar o di-
nheiro, números e relacionamentos matemáticos são exemplos de modelos. Hoje, a gerência e os
tomadores de decisão recorrem aos modelos para melhor entender os acontecimentos de suas
organizações e, consequentemente, tomar melhores decisões.
Existem vários tipos de modelos. Os principais são os narrativos, os físicos, os esquemáticos
e os matemáticos.
Um modelo narrativo é aquele baseado em palavras. Tanto descrições verbais como escritas
da realidade são considerados modelos narrativos. Em uma organização, relatórios, documentos e
conversas relativas a um sistema compreendem importantes narrativas. Os exemplos incluem: um
vendedor descrevendo verbalmente a concorrência de um produto para um gerente de vendas, um
68
relatório escrito descrevendo a função de uma nova peca de equipamento e um artigo de jornal
explicando a economia ou as exportações futuras. Os computadores podem ser usados para de-
senvolver modelos narrativos. Programas de edição de texto, por exemplo, podem criar relatórios
escritos, e um software que responde verbalmente pode armazenar e emitir mensagens verbais
como extratos bancários pelo telefone.
Um modelo físico é uma representação tangível da realidade. Muitos modelos físicos são
projetados ou construídos em computador. Um engenheiro pode desenvolver um modelo físico
de um reator químico para obter importantes informações sobre o funcionamento de um reator
de grande porte. Um construtor pode desenvolver um modelo em escala de um novo shopping
center para fornecer informações a um potencial investidor sobre a aparência geral e a abordagem
do desenvolvimento. Em outros exemplos, um departamento de pesquisa de marketing pode de-
senvolver um protótipo de um novo produto e um dentista pode construir um dente de plástico.
Todos são exemplos de modelos físicos que podem ser usados para fornecer informação. A empre-
sa Tupperware pode produzir um modelo físico (um protótipo em plástico) de um novo produto
diretamente de um sistema de computadores- especializado. Depois de projetado um recipiente
de plástico, por exemplo, o sistema de computador controla o equipamento que produz o modelo
físico, economizando dias de desenvolvimento e reduzindo os custos.
Um modelo esquemático é uma representação gráfica da realidade. Desenhos, gráficos, figu-
ras, diagramas, ilustrações e fotos são considerados modelos esquemáticos, muito utilizados no de-
senvolvimento de programas e de sistemas de computador. Os fluxogramas de programas indicam
como os programas de computador devem ser desenvolvidos, enquanto os diagramas de fluxo de
dados revelam como os dados fluem na organização. A planta de uma nova construção, um gráfico
orçamentário e de projeções financeiras, os diagramas de fiação elétrica e os gráficos com o prazo
de realização de certas tarefas ou atividades a fim de cumprir o cronograma são exemplos de mo-
delos esquemáticos adotados em empresas. Programas gráficos podem ser usados para desenvolver
modelos esquemáticos simples ou complexos.
Um modelo matemático é uma representação aritmética da realidade. Os computadores
são excelentes na resolução de modelos matemáticos, bastante empregados em todas as áreas de
69
negócios. Por exemplo, o seguinte modelo matemático poderia ser desenvolvido para determinar o
custo total de um projeto:
CT = (V) • (X) + CF
onde:
CT = Custo total
V = Custo variável por unidade
X = Numero de unidades produzidas Custo fixo
CF = Custo fixo por unidade
70
do sistema, independente das considerações de hardware e software. As especificações do projeto
lógico que são determinadas e documentadas incluem o seguinte:
- Projeto de Saída – O projeto de saída descreve todas as saídas do sistema, abrangendo os tipos,
os formatos, os conteúdos e a frequência de saída. Por exemplo, determinar que todas as faturas
da empresa incluem o número da fatura original dos clientes é uma especificação do projeto
lógico. O layout de telas e dos relatórios podem ser usados para documentar os requisitos de
saída do sistema.
- Projeto de Entrada – Uma vez finalizado o projeto das saídas, pode ser iniciado o projeto das
entradas. Nele são especificados os tipos, os formatos, os conteúdos e a frequência dos dados
de entrada. Por exemplo, determinar que o sistema capture os números de telefone dos clientes
desde o recebimento de suas ligações e os utilize para procurar a informação sobre sua conta
constitui uma especificação do projeto lógico. Uma variedade de diagramas e de layout de telas
e de relatórios podem ser usados para revelar o tipo, o formato e o conteúdo dos dados de
entrada.
- Projeto dos Controles e da Segurança – Outra parte importante do projeto lógico está em
determinar a frequência e a característica dos sistemas de backup. De modo geral, tudo deve
ter uma cópia de segurança (backup), incluindo cada dispositivo de hardware, software, dados,
equipe de pessoal, suprimentos e instalações. O planejamento de como evitar ou como recu-
perar informações a partir de um acidente relacionado com a computação também devem ser
considerados nesta fase de projeto lógico.
72
4.1.2. Projeto Físico de sistemas
O projeto físico especifica as características dos componentes do sistema necessárias para
colocar o projeto lógico em ação. Nesta fase, precisam ser especificadas as características de cada
um dos componentes.
- Projeto do Software – Todo o software precisa ser especificado conforme seus recursos. Por
exemplo, se no projeto lógico for determinado que vários usuários podem atualizar o banco de
dados ao mesmo tempo, então, o projeto físico precisa especificar um sistema de administração
de banco de dados que viabilize isto. Em alguns casos, o software pode ser comprado; em outros,
será desenvolvido internamente. As especificações do projeto lógico para as saídas dos progra-
mas, as entradas de dados e os requisitos de processamento também são considerados durante
o projeto físico do software. Cabe, ainda, ser especificada, nesta fase, a capacidade de acessar os
dados armazenados em determinados arquivos de disco que o programa irá usar.
- Projeto do Controle e dos Procedimentos – Deve ser especificado como roda cada aplicação,
assim como o que deve ser feito para minimizar a ocorrência de crimes e fraudes. Esta especifi-
cação inclui a Auditoria, o backup e os métodos de distribuição das saídas.
• Modelagem: é uma técnica usada em bancos de dados, em que se faz uma abstração do nível
mais baixo de desempenho, eliminando detalhes desnecessários para o momento. Ou seja, para
o exemplo do servidor citado anteriormente, o administrador irá analisar o desempenho medido
75
tomando como base o cenário mais simples como, por exemplo, apenas um computador sendo
utilizado em rede e com apenas uma aplicação em funcionamento. A modelagem trata-se da
técnica mais simples e trivial das utilizadas para análise de sistemas.
• Medição: esta técnica é utilizada para comparar um sistema existente com futuras versões
dele mesmo e, para tanto, é necessário que já exista um sistema ou protótipo a ser medido.
• Híbrida: é uma técnica que, como o próprio nome já diz, traz uma combinação de duas ou
mais técnicas. É normalmente utilizada quando já se tem resultados de outros tipos de avaliação.
Ou seja, já tendo conhecimento do comportamento do sistema em um teste de modelagem,
realiza-se, por exemplo, um outro teste de mediação para combinar os resultados. Este tipo de
análise é necessário quando os resultados de apenas determinada avaliação são pouco relevantes
ou ineficazes.
Como já estudamos no início deste tópico, para a realização das análises de desempenho ci-
tadas, algumas definições importantes são necessárias. Desta forma, lembre-se que antes de realizar
qualquer uma das análises de desempenho é importante definir as métricas (tempo para transferir
um arquivo, por exemplo), os parâmetros (tamanho do arquivo a ser transferido, por exemplo) e as
76
cargas de trabalho (lista de requisições do sistema). Veja a tabela a seguir com um exemplo simples
das definições de análise de desempenho para um CPU.
77
te, custos envolvidos. O que acontece normalmente é que as empresas consideram que a simples
utilização de uma metodologia de implantação de uma nova tecnologia poderá garantir o sucesso e
ignoram toda a complexidade envolvida.
A maioria das mudanças provocam sentimento de perda e diante destas perdas as pessoas
tendem a reagir agarrando-se à situação do passado e reagindo à mudança.
Veja algumas situações que ocorrem durante a implantação de uma nova tecnologia:
- Conflitos de interesse entre os analistas de sistemas e usuários, uma vez que os analistas têm
seu foco voltado para a Tecnologia da Informação e os usuários para os processos organizacio-
nais.
- Mudanças na estrutura da organização, grupos de trabalho, distribuição de poder e compor-
tamento das pessoas.
- Mudanças do sistema de gestão e planejamento.
Algumas ações podem ser feitas para aumentar as chances de sucesso da implementação:
- Participação efetiva dos membros da organização em todos os níveis, principalmente dos
usuários afetados pela mudança.
- Apoio das gerências.
- Bom planejamento e uso de metodologia adequada.
Podemos dizer então que o sucesso está diretamente vinculado às atitudes das pessoas. A
maior participação dos funcionários que serão usuários da nova tecnologia, além de ajudar no levan-
tamento das reais necessidades, reduz as reações à nova tecnologia.
Espero que este tópico tenha ajudado a direcionar ou dar uma pequena visão sobre o que
acontece na implantação de uma nova tecnologia, como agir e quais os principais problemas que
acontecem.
78
V
UNIDADE V
ADMINISTRAÇÃO DE
RECURSOS DE SISTEMAS DE
INFORMAÇÃO
Objetivos da Unidade
Apresentar o papel dos gestores de recursos de SI’s e as etapas deste gerenciamento.
Introduzir discussões sobre segurança, auditoria e questões éticas em Tecnologia da Informação.
Monitorar milhares de clientes, controlar as finanças da empresa e planejar o futuro são ape-
nas algumas das tarefas dos gestores modernos. O que devemos fazer se os lucros caírem abaixo
das expectativas? Por que tantos funcionários deixam a empresa após quatro ou cinco anos? Como
podemos melhorar a qualidade de nossos produtos sem aumentar os preços? Como podemos
tornar nossa empresa mais competitiva? Que mudanças devemos fazer em nossa organização? Estas
são questões típicas com as quais os gestores se defrontam todos os dias.
Questões como essas raramente têm respostas simples e exigem que os gestores utilizem
uma grande capacidade de bom senso. Eles precisam de tipos especiais de sistemas de informação
para auxiliá-los a encontrar respostas e a desenvolver soluções.
Os sistemas de informação podem ter um importante papel ajudando gestores na confron-
tação dos principais desafios como veremos a seguir.
Estudos recentes sobre gestores apontam que a maior parte de seu tempo é
gasto falando com outras pessoas – não analisando demonstrações de contas,
calculando resultados ou lendo relatórios formais. Mais da metade do tempo é
consumido em reuniões – em algumas empresas, elas ocupam 75% do tempo.
80
Não obstante, existem muitas áreas nas quais os sistemas de informação podem ser de ajuda direta
na solução de problemas de gerenciamento. Os sistemas de informações gerenciais auxiliam gestores
a monitorar e a controlar a empresa, e este é um papel muito poderoso. Os sistemas de suporte à
decisão são de grande valor para as funções de tomada de decisão dos gestores e são especialmente
úteis na alocação de recursos. Além disso, os Sistemas de Suporte à Decisão são desenvolvidos para
manipular situações de crise e assistir os negociadores em determinadas situações. Os sistemas de
suporte executivo estão começando a afetar a forma pela qual os gestores conduzem sua liderança
e desempenham seus papéis de porta-vozes.
Poderosos sistemas baseados em redes, incluindo groupware, sistemas de reuniões eletrônicas e
aplicações da internet, estão ampliando o papel da tecnologia da informação no processo de geren-
ciamento.
81
alguns benefícios (perda de rendimentos pela variação de mercado devido ao uso da transferência
eletrônica de fundos). A contribuição dos clientes como participantes ativos ou coprodutores do
processo de serviço deve ser levada em conta antes de qualquer mudança no sistema de prestação
do serviço.
Como clientes internos, os funcionários também são afetados pelas novas tecnologias e,
muitas vezes, precisam ser treinados. O exemplo do impacto das leitoras óticas de preços nas lojas
de varejo é insignificante se comparado à adoção de editores de texto em computadores pelas se-
cretárias que estavam habituadas à máquina de escrever.
As inovações de retaguarda que não afetam diretamente o cliente podem causar outros
tipos de problemas. Por exemplo, considere o uso dos equipamentos de reconhecimento de carac-
teres magnéticos em bancos. Essa inovação tecnológica não afeta os clientes de modo algum; pelo
contrário, torna o processo “oculto” de compensação de cheques mais produtivo. Os benefícios
plenos, entretanto, só seriam obtidos depois que todos os bancos concordassem em imprimir seus
cheques usando um código universal de caracteres. Sem esse acordo, os cheques dos bancos que
não cooperassem precisariam ser compensados manualmente, o que limitaria severamente a efe-
tividade dessa tecnologia. Quando todos os bancos dos Estados Unidos finalmente concordaram
com o uso do mesmo tipo de impressão magnética de caracteres nos cheques, o processo de com-
pensação tornou-se mais eficiente. O Bank of América teve um papel de liderança na implantação
e na aceitação desse conceito, mas o interesse dos próprios bancos em particular foi a motivação
principal. O volume de processamento de cheques tinha excedido a sua capacidade de classificação
manual.
Outros exemplos dessa necessidade de padronização ocorreram no varejo, com a aceitação,
pelos fabricantes, da fixação de códigos universais de preços (UPC – Universal Product Code) nos
produtos. Os varejistas que adotaram o UPC podem usar leitor laser para ler um código de barra
(isto é, uma série de listas verticais de diferentes larguras) nos produtos. Em seguida, podem usar um
computador para registrar as vendas e atualizar os níveis de estoques simultaneamente.
O incentivo para inovação em serviços é dificultado pela impossibilidade de se patentear as
ideias. Um exemplo é a ideia do autoatendimento no varejo. Grande parte do potencial de progres-
82
so tecnológico e organizacional está nesta área. A recompensa esperada pelas inovações, entretanto,
está diminuindo, porque tais inovações podem ser livremente copiadas e rapidamente implementa-
das pela concorrência.
A inovação pode eliminar a tradição; por isso, exige um planejamento cuidadoso para asse-
gurar o sucesso já obtido com processos anteriores. Necessariamente, os benefícios da produtivi-
dade das novas tecnologias irão mudar a natureza do trabalho. Qualquer introdução de uma nova
tecnologia deve incluir a familiarização dos funcionários para prepará-los para as novas tarefas e
proporcionar subsídios sobre o projeto da interface da tecnologia (por exemplo, o trabalhador pre-
cisará de habilidades de digitação, ou simplesmente precisará selecionar e apertar botões?). Para os
serviços, o impacto das novas tecnologias pode não se limitar às atividades de retaguarda, exigindo,
por exemplo, uma mudança nas funções que os clientes exercem no processo de prestação de ser-
viço. A reação dos clientes em relação à nova tecnologia, identificada através de grupos focalizados
ou entrevistas, poderia igualmente fornecer informações úteis sobre o projeto para evitar problemas
futuros de aceitação (por exemplo, considere a necessidade de câmeras de segurança em caixas
automáticos).
- Etapa 1 – Orientação e educação: Esta etapa envolve aprender sobre a nova tecnologia e qual
sua orientação; visitar feiras de negócios e outros usuários para adquirir familiaridade; assegurar o
envolvimento ativo de um gestor sênior na justificação da tecnologia.
- Etapa 2 – Análise da oportunidade tecnológica: Realização de um estudo para definir oportu-
83
nidades, estimar custos e identificar benefícios; tomar como referência o uso da tecnologia em
outros setores.
- Etapa 3 – Análise dos requisitos de aplicação: Definição das exigências para aplicação da nova
tecnologia e identificação dos equipamentos computacionais a serem comprados; refinar as esti-
mativas de custos e benefícios.
- Etapa 4 – Especificação funcional: A quarta etapa envolve a definição das características opera-
cionais da aplicação, incluindo dados de entradas, dados de saída, as interfaces com os operado-
res e o tipo de equipamento a ser usado. Este documento de operação será usado na interação
com os usuários do sistema; por isso, deve ser uma definição explícita, em termos leigos, de como
o sistema funcionará.
- Etapa 5 – Especificações de projeto: Produzir um projeto específico de formatação, com base
nas experiências de usuários, funcionários e clientes, para avaliar a eficiência das interfaces do
sistema.
- Etapa 6 – Planejamento da implementação: Usando técnicas de planejamento de projetos, tais
como Microsoft Project for Windows, desenvolve-se um plano detalhado da implementação.
Esse plano deve responder por todas as atividades, tais como familiarização e treinamento do
pessoal, planejamento dos recursos, teste do protótipo e uma operação inicial em paralelo com
o sistema atual, até a validação da nova tecnologia.
- Etapa 7 – Seleção de equipamentos e compromissos contratuais: Contratar as compras e pro-
gramar as entregas dos equipamentos de acordo com plano de implementação.
- Etapa 8 – Implementação: Executar o plano de implementação e preparar relatórios do anda-
mento para a gerência sênior.
- Etapa 9 – Testes da tecnologia: Antes do comprometimento efetivo das operações, testar
a tecnologia. Se não for possível fazer uma simulação, a nova tecnologia deverá ser aplicada
primeiramente em um ou mais locais da rede, antes de envolver toda rede de serviços. Testes
específicos devem ser definidos antecipadamente para avaliar as respostas do sistema aos níveis
de demanda esperados.
- Etapa 10 – Análise crítica dos resultados: Documentação das informações que foram aprendidas
84
a partir da experiência de implementação, comprando as expectativas iniciais com o resultado
real. Esta etapa final pode ser a mais importante, pois a habilidade no gerenciamento da imple-
mentação de novas tecnologias pode ser uma vantagem competitiva.
A Hershey Foods Corp. perdeu o controle de um programa de ERP de US$112 milhões. Ago-
ra a empresa está lutando para colocar ordem nos problemas de processamento de pedidos
que estão atrasando sua capacidade de enviar doces e outros produtos aos varejistas. Analistas
e fontes no setor disseram que a Hershey, da Pensylvania, parece ter pedido a aposta quando
instalou um sistema integrado de gestão (ERP) da SAP AG, além de pacotes complementares
de dois outros fornecedores, simultaneamente, durante um de seus momentos de maior vo-
lume de remessas de seus produtos. As fontes disseram que a Hershey espremeu aquilo que
originalmente era apontado como um projeto de quatro anos para apenas 30 meses antes de
conviver com todo o sistema ERP, em julho de 1999. Foi quando os varejistas começaram a
pedir grandes quantidades de doces para suas vendas destinadas à volta às aulas e ao Dia das
Bruxas. A Hershey não específica se os problemas se originaram de sua configuração do sis-
tema ou do próprio software, que também inclui aplicações de planejamento e programação
desenvolvidas pelo Manugistics Group, além de um pacote de promoções de preço da Siebel
Systems. A Manugistics disse estar trabalhando com a Hershey e com outros fornecedores
nas melhorias dos processos de negócios. Um porta-voz da IBM, o principal consultor do
85
projeto, disse que o novo sistema exigiu enormes mudanças na forma como os funcionários
da Hershey executavam suas tarefas. Não foi possível ouvir comentários dos funcionários da
Siebel. Em janeiro, a Hershey começou a usar alguns módulos financeiros da SAP, além de seus
módulos de compras, administração de materiais e de armazenamento. Os módulos do R/3 de
faturamento e de processamento de pedidos foram complementados com os pacotes da Ma-
nugistics e da Siebel em julho. Jim Shepherd, analista da AMR Research, disse que a maioria das
Empresas instala sistemas de ERP de uma forma mais organizada, especialmente quando estão
envolvidas aplicações de diversos fornecedores. Esses sistemas se juntam de maneiras muito
complexas, e coisas que funcionam bem em teste podem se mostrar desastrosas quando em
operação real, disse Shepherd. Ele acrescentou que o software que a Hershey instalou de uma
só vez em junho era “um imenso passo a dar, uma vez que o processamento de pedidos é a
alma de seu negócio”.
86
da documentação e do material, das áreas e instalações das comunicações e computacional; assim
como as destinadas a prevenir, detectar, deter e documentar eventuais ameaças a seu desenvolvi-
mento.
Segurança é a base para dar às empresas a possibilidade e a liberdade necessária para a
criação de novas oportunidades de negócios. É evidente que os negócios estão cada vez mais de-
pendentes das tecnologias e estas precisam estar de tal forma a proporcionar confidencialidade, in-
tegridade e disponibilidade, que são os princípios básicos para garantir a segurança das informações.
envolvidas.
2. Disponibilidade – A informação ou sistema de computador deve estar disponível no momen-
to em que for necessário;
3. Integridade – A informação deve ser retornada em sua forma original no momento em que
foi armazenada. É a proteção dos dados ou informações contra modificações intencionais ou
acidentais não-autorizadas.
O item integridade não pode ser confundido com confiabilidade do conteúdo (seu significa-
do) da informação. Uma informação pode ser imprecisa, mas deve permanecer íntegra (não sofrer
alterações por pessoas não autorizadas).
A segurança visa também aumentar a produtividade dos usuários através de um ambiente
mais organizado, proporcionando maior controle sobre os recursos de informática, viabilizando até
o uso de aplicações de missão crítica.
A combinação em proporções apropriadas dos itens confidencialidade, disponibilidade e
integridade facilitam o suporte para que as empresas alcancem os seus objetivos, pois seus sistemas
de informação serão mais confiáveis.
87
Outros autores defendem que para uma informação ser considerada segura, o sistema que
a administra deve respeitar:
• Autenticidade – Garante que a informação ou o usuário dela seja autêntico. Atesta com
exatidão a origem do dado ou informação.
• Não repúdio – Não é possível negar (no sentido de dizer que não foi feito) uma ope-
ração ou serviço que modificou ou criou uma informação. Não é possível negar o envio ou
recepção de uma informação ou dado.
• Legalidade – Garante a legalidade (jurídica) da informação; aderência de um sistema à
legislação. Característica das informações que possuem valor legal dentro de um processo
de comunicação no qual todos os ativos estão de acordo com as cláusulas contratuais pac-
tuadas ou a legislação política institucional, nacional ou internacional vigentes.
• Privacidade – Foge do aspecto de confidencialidade, pois uma informação pode ser
considerada confidencial, mas não privada. Uma informação privada deve ser vista / lida /
alterada somente pelo seu dono. Garante ainda, que a informação não será disponibilizada
para outras pessoas (neste é caso é atribuído o caráter de confidencialidade à informação).
É a capacidade de um usuário realizar ações em um sistema sem que seja identificado.
• Auditoria – Rastreabilidade dos diversos passos que um negócio ou processo realizou
ou ao qual uma informação foi submetida, identificando os participantes, os locais e horários
de cada etapa. Auditoria em software significa uma parte da aplicação, ou conjunto de fun-
ções do sistema, que viabiliza uma auditoria. Consiste no exame do histórico dos eventos
dentro de um sistema para determinar quando e onde ocorreu uma violação de segurança.
88
(nenhum serviço ou informação vital é alterado).
O crescente uso dos computadores nas empresas, bem como a sua importância estratégica,
vem fazendo com que estas se preocupem em aumentar o controle sobre os departamentos de
processamento de dados, já que estes controlam informações vitais à empresa.
Este controle é feito através de um processo de auditoria, que visa descobrir as irregularida-
des em tais departamentos (caso seja feito em microcomputadores) ou nos centros de processa-
mento da empresa. A auditoria também identifica os pontos que irão desagradar a alta administra-
ção para que estes possam ser corrigidos.
Como no passado a base da investigação era restrita ao setor de finanças, as empresas não
viam o porquê de manter um departamento somente de auditores, preferindo contratar empresas
prestadoras deste serviço. Atualmente, com a proliferação do comutador, já é necessário manter um
departamento de auditoria interna.
A prática deste tipo de auditoria iniciou-se nos Estados Unidos e na Europa na década de
80. Como as técnicas de processamentos e as maneiras de burlar os controles vêm evoluindo de
maneira rápida, os auditores devem estar sempre atentos a tais mudanças.
A Auditoria de processamento de dados deve abranger todas as áreas de um departamento
de processamento de dados:
1. Coordenação de Problemas.
2. Coordenação de Mudanças.
3. Sistemas em Processamento “Batch” (em série).
4. Recuperação de desastre.
5. Capacidade dos Sistemas.
6. Desempenho dos Sistemas.
7. Desenvolvimento de Sistemas.
89
8. Sistemas em Processamento On-Line (linha por linha).
9. Sistemas Financeiros.
10. Rede de Telecomunicações.
11. Segurança de informação.
12. Centro de computação.
13. Microcomputador.
14. Distribuição dos custos.
O auditor é aquela pessoa, ou departamento, que foi designado pela alta administração da
empresa para avaliar, examinar e descobrir os pontos falhos e a devida eficácia dos departamentos
por ela vistoriados. Por conseguinte, o auditado é aquela pessoa ou setor que sofre a investigação
da auditoria.
O auditor deve ser um profissional de grande conhecimento da área de processamento de
dados e todas as suas fases. Deve ter objetividade, discrição, raciocínio lógico e principalmente um
sentimento real de independência, ou seja, seus relatórios, sejam eles intermediários ou finais, devem
possuir personalidade e incluir, até mesmo, os fatos incorretos na administração do auditado.
Este setor deve ser totalmente independente dos outros setores a fim de que não tenha
influências no seu desempenho. Deve estar ligado diretamente à alta administração da empresa.
Outro ponto importante é a existência de um planejamento prévio de quando e como irão
ocorrer as auditorias. O sigilo deste planejamento é importante para que não haja acertos de última
hora que irão resultar em relatórios não condizentes com a realidade, prejudicando o desempenho
da organização.
90
5.6.3. Importância da Auditoria e suas fases
5.6.4. Pré-Auditoria
Nesta fase, é enviado ao departamento a ser auditado um anúncio através de uma notifi-
cação formal do setor de auditoria ou pelo setor de Controle Interno da empresa. Este anúncio
deve ser feito com até duas semanas de antecedência e deverá especificar quais serão as áreas a ser
auditadas, com seus respectivos planos de trabalho.
Ainda dentro desta fase, serão feitas as primeiras reuniões da alta administração com os
auditores, visando esclarecer os pontos e planos de trabalho.
Nessa etapa, o grupo auditor deve preparar as atividades administrativas necessárias para a
realização da auditoria, definir as áreas a auditar, orientar o grupo de auditores quanto à estratégia a
ser adotada, preparar o documento de anúncio e avisar o setor da auditoria.
O setor a ser auditado deve preparar as atividades administrativas de apoio ao Grupo Au-
ditor, educar o pessoal do setor quanto ao processo que será utilizado, deliberar (resolver após
examinar) quais informações são necessárias ao processo e fazer uma revisão final no setor.
5.6.5. Auditoria
Terminadas as reuniões iniciais e após definir as ações que serão tomadas, inicia-se a audito-
ria. O auditor chefe fará as solicitações por escrito e com data de retorno do representante do setor
auditado.
De acordo com as datas preestabelecidas (na pré-auditoria) serão feitas reuniões nas quais
91
os fatos identificados serão expostos e será entregue um relatório ao representante do setor audi-
tado para que este emita, por meio de outro relatório as razões de estar em desacordo.
Se tais razões não forem aceitas pelo grupo auditor, elas farão parte do relatório deno-
minado Sumário Executivo, que é apresentado à alta diretoria da empresa. Dentro deste mesmo
relatório constará uma Avaliação Global da situação da área de informática que está sendo auditada.
Geralmente a auditoria dura cerca de seis semanas.
Nesta fase, o Grupo Auditor deve avaliar os Controles (ou seja, como a área auditada fun-
ciona), documentar os desvios encontrados (falhas), validar as soluções, preparar o relatório final e
apresentá-lo para a Presidência.
O Setor auditado deve prover as informações necessárias ao trabalho da auditoria, analisar
a exposição dos desvios encontrados, entender esses desvios, desenvolver planos de ação que irão
solucioná-los, corrigir as exposições e revisar o Sumário Executivo.
5.6.6. Pós-Auditoria
Terminada a auditoria, o grupo auditor emite um relatório final detalhando as suas atividades.
Este relatório conterá o objetivo da auditoria, as áreas cobertas por ela, os fatos identificados, as
ações corretivas recomendadas e a avaliação global do ambiente auditado.
Este relatório é enviado a todas as linhas administrativas, começando pela presidência e terminando
no representante do setor auditado.
Nesta fase, o setor auditado deve solucionar os desvios encontrados pela auditoria, prepa-
rar resposta ao Relatório Final e apresentar para a presidência, administrar conclusão dos desvios e
manter o controle para que os erros não se repitam e a eficácia seja mantida.
O Grupo Auditor deve distribuir o Relatório Final, revisar resposta recebida (soluções e
justificativas apresentadas), assegurar o cumprimento do compromisso e analisar a tendência de
correção.
92
Resumindo, podemos dizer que a segurança e a auditoria são interdependentes, ou seja, uma
depende da outra para produzirem os efeitos desejáveis à alta administração.
Enquanto a segurança tem a função de garantir a integridade dos dados, a auditoria vem garantir
que estes dados estejam realmente íntegros propiciando um perfeito processamento, obtendo os
resultados esperados.
Com isso, concluímos que, para que uma empresa continue competitiva no
mercado, ela deve manter um controle efetivo sobre as suas áreas e isso é
feito através do processo de auditoria.
A auditoria tem como verificar se os requisitos para segurança da informação estão imple-
mentados satisfatoriamente, mantendo a segurança nos dados da empresa e verificando se os seus
bens estão sendo protegidos adequadamente.
Inicialmente o auditor deve revisar o plano aprovado, ou seja, verificar se o método utilizado
para proteção de informações é o melhor ou se precisa sofrer alguma atualização, sempre relacio-
nado com o esquema de trabalho a seguir dentro da área que está sendo auditada.
Depois de terminado o estudo do plano, o auditor solicita os procedimentos necessários
para descrever as diversas atividades que exige uma Segurança em Informática. Esses procedimen-
tos serão confrontados com a realidade do dia-a-dia dentro do departamento, ou seja, verificando
se todos os procedimentos necessários à segurança em informática são corretamente utilizados no
departamento que está sendo auditado.
Na investigação o auditor deverá revisar os seguintes itens, verificando se:
1. O proprietário (aquele que tem permissão para acessar um certo conjunto de informações),
periodicamente, faz uma revisão em todos os dados que ele possui acesso para verificar se houve
perdas, alterações, ou outros problemas de qualquer natureza. O Centro de Computação deve
93
ser avisado sobre os resultados obtidos através da revisão tanto quando eles forem favoráveis (os
dados estão corretos) ou quando for encontrada alguma irregularidade;
2. Todos os proprietários estão identificados, ou seja, os que possuem acesso a um conjunto
de informações específicas;
3. Os inventários são realizados periodicamente conforme requerido e se são padronizados;
4. Os dados possuem a proteção necessária contra acessos e alterações indevidas para garantir
sua integridade;
5. As documentações necessárias são avaliadas pelas áreas competentes, garantindo que estas
demonstrem o que realmente ocorre dentro da referida área;
6. Quando ocorrem desastres, desde um erro de digitação até a perda total de um banco de
dados, existe um plano de recuperação que é testado conforme requerido. Por exemplo, exis-
tem os sistemas de backup e recovery, isto é, os dados mais importantes devem possuir cópias
evitando transtorno em caso de acontecimentos inesperados, verificando sempre se essas cópias
estão seguras;
7. Os programas críticos, ou seja, os programas mais importantes para a sobrevivência da em-
presa, são seguros o suficiente que qualquer tentativa de fraude não consiga alterar o sistema;
8. Um terminal tem acesso somente às informações inerentes àqueles que irão manipulá-lo,
ou seja, um terminal no setor de finanças só proverá informações ligadas a este setor e seus
processos, não terá acesso às informações relacionadas ao setor de recursos humanos. Por sua
vez, estes terminais podem possuir senhas próprias, podendo ser acessados somente pelos en-
volvidos que estejam autorizados a possuírem tais informações, estando protegido assim, contra
acessos não autorizados, ou utilizado outros métodos, pois depende do que a área encara como
segurança da informação;
9. As senhas devem possuir suas trocas automáticas garantidas, pois é muito arriscado para
uma empresa, principalmente empresas de grande porte, manter uma mesma senha por um
grande período;
10. O processo de auto avaliação desta área foi feito e concluído com sucesso;
11. Todos os usuários estão autorizados para o uso do computador, isto é, qualquer pessoa
94
não autorizada a manipular dados dentro do sistema possa obter informações sem influenciar o
sistema. Ex.: alterações.
A auditoria não serve somente para apontar os defeitos e problemas encontrados dentro de
uma organização, o processo de auditoria deve ser considerado também uma forma de ajuda aos
negócios da empresa.
Algumas tarefas realizadas por humanos necessitam de precisão de uma máquina eletrônica,
mas são os homens que criam as especificações para estas máquinas e muitas destas especificações
95
contêm inconsistências e indefinições (Martin, 1991). Antigamente, a atenção sobre a segurança da
informação estava focada na tecnologia. Hoje, o desafio é construir uma relação de confiabilidade
com clientes e parceiros.
Conforme Rezende e Abreu (2000), as empresas estão procurando dar mais atenção ao ser
humano, pois é ele que faz com que as engrenagens empresariais funcionem perfeitas e harmonica-
mente, buscando um relacionamento cooperativo e satisfatório para ambas as partes, com objetivos
comuns.
96
ou escolheu a tecnologia inadequada. Caso alguma das tecnologias venha a falhar ou não atender
às necessidades da empresa, a culpa é da pessoa que configurou ou mesmo definiu aquela tecno-
logia. Vale lembrar que falhas da tecnologia por outros fatores, como por exemplo, a ausência de
eletricidade, também pode ser atribuída à pessoa. Afinal, ela deveria ter-se preocupado em garantir
a continuidade das operações da empresa.
Os fatores de sucesso críticos para empresa são decompostos em fatores de sucesso críti-
cos para os departamentos e então relacionados às motivações dos executivos (Martin, 1991). Os
produtos e serviços são criados dentro de um ambiente extremamente dinâmico. O desafio está em
inovar, ousar, agilizar e controlar, identificando e gerenciando os riscos para as partes envolvidas.
A divulgação das informações pelas pessoas que participam da organização constitui-se em
uma falta ética e moral grave. De modo semelhante, na economia do conhecimento, a divulgação
de dados ou informações organizacionais pode acarretar em perdas econômicas ou danos quanto a
possibilidade de inserção privilegiada para a organização, ou seus produtos e / ou serviços, no mer-
cado (danos estratégicos). Já que o nível operacional é caracterizado por dois lados: quem precisa
implantar a segurança e as pessoas que precisam utilizar os recursos, alguns cuidados devem ser
tomados com relação às pessoas, processos e tecnologias da empresa. São eles:
Hoje, mais e mais empresas estão buscando um relacionamento mais próximo com seus
clientes usando a internet. Por outro lado, questões relacionadas à privacidade têm levado as empre-
sas mais ambiciosas a proceder de forma mais cautelosa. “A privacidade está claramente na frente
da lista de prioridades de nossas cabeças na arena on-line”, diz Sandy Herdon, gestor de Marketing
da American Airlines, que recentemente promoveu uma grande revisão em seu site para seus pas-
sageiros mais frequentes. A American está usando um software que gera páginas personalizadas,
monitorando e respondendo às atividades de seus passageiros enquanto estiverem no site. Este
processo é conhecido como personalização.
O site da American Airlines representa um dos usos mais agressivos de personalização atu-
ais. Cada vez que uma pessoa o visitar, verá páginas direcionadas pelos dados de três fontes: banco
de dados da American, questionário detalhado sugerido pelos passageiros e observação do que a
pessoa faz enquanto navega no ambiente. Os parceiros de Marketing – Citibank, Hertz e Hilton –
também participam do site. Uma pessoa que pede o preço de uma passagem para Tuscon receberá
informações adicionais como preços de locação de um carro no Hertz e o valor de uma diária no
Hilton. Tais estratégias podem ser a tendência do futuro. Os anunciantes e os gestores de sites estão
receptivos aos lucros gerados por essa exposição adicional, mas estão preocupados com a crítica
dos defensores da privacidade.
Como os sites coletam dados? Eles recolhem as informações com ou sem o conhecimento
dos consumidores? A forma mais comum é por meio dos dados do “fluxo de cliques” – a informa-
ção sobre onde as pessoas vão dentro do site e os anúncios que veem. Os dados do fluxo de cliques
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são coletados pelos chamados cookies, pequenos arquivos de dados colocados nos discos rígidos
dos usuários quando estes visitam pela primeira vez o site. Quando o cliente volta, o computador
servidor do site pode ler os dados de uso dos cookies. Estes dados são, então, armazenados num
banco de dados e podem ser usados para direcionar anúncios ou conteúdo, com base nas prefe-
rências monitoradas. A informação pessoal – como endereço de e-mail, nome, endereço, idade ou
sexo – é recolhida por intermédio dos registros em sites. O mesmo tipo de dados pode também
ser obtido dos chamados swebstakes, programas de comunicação promocional executados por
empresas como a MatchLogic do Excite, subsidiária que veicula anúncios e campanhas de marketing
para vários clientes utilizando um host para sites.
Os profissionais de marketing dizem que a capacidade de recolher dados de consumido-
res-alvos é o que torna a rede tão única e isso é fundamental para atrair anunciantes e estimular o
comércio eletrônico. Embora muitos digam que estão tomando medidas para proteger seus clientes,
usam as informações para distribuir serviços e publicidade personalizados constantemente, em vez
de algo mais aleatório. Entretanto, as empresas simplesmente não podem ignorar o fato de que as
pessoas que navegam pela Web têm grandes preocupações com sua privacidade. Se as corporações
forem um pouco mais explícitas sobre o que sabem e o que encontraram sobre uma pessoa, pode-
rão ofendê-la de tal modo, que ela nunca mais voltará ao site.
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