Você está na página 1de 33

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DO SOYO

ISP- Soyo

DEPARTAMENTO DE ENSINO E INVESTIGAÇÃO EM


ENGENHARIA INFORMÁTICA

IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA WEB PARA GESTÃO


ADMINISTRATIVA (ORGANIZAÇÃO E.F.Z)

Opção: Sistema de Informação


Autor: Miguel Gaspar

Soyo, 2022
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DO SOYO
ISP- Soyo

DEPARTAMENTO DE ENSINO E INVESTIGAÇÃO EM


ENGENHARIA INFORMÁTICA

IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA WEB PARA GESTÃO


ADMINISTRATIVA (ORGANIZAÇÃO E.F.Z)

Trabalho de Fim de Curso apresentado no Instituto Superior Politécnico do


Soyo como parte das exigências do curso de Engenharia Informática para a obtenção do
título de Licenciado

Autor: Miguel Gaspar


Tutor: Eng.º Mendes Castanheiro António

Nº Registo _____________/2022

Soyo, 2022
DEDICATÓRIA
Índice
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 1
CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................. 4
1. Sistema ................................................................................................................................. 4
1.1. Sistema de informação ................................................................................................ 4
1.1.1. Por que utilizar Sistemas de Informação? ........................................................ 6
1.1.2. Recursos dos Sistemas de Informação ............................................................... 6
1.1.3. Dados, Informação e Conhecimento. ................................................................. 8
1.1.4. Tipos de sistema de informação ............................................................................. 10
1.1.5. Ciclo de vida dos sistemas de informação ................................................................. 11
1.2 A Gestão e as Tecnologias de Informação (TI) ............................................................ 14
1.3 Gestão ............................................................................................................................... 14
1.4. Organização .................................................................................................................... 15
1.5. Administração ................................................................................................................ 15
1.6. Dados .............................................................................................................................. 15
1.6.1 Tipos de dados .............................................................................................................. 16
1.7 Bases de dados ................................................................................................................. 17
1.7.1. Tipos de Base de Dados............................................................................................... 17
17.2. Segurança Em Banco De Dados .............................................................................. 19
1.7.3 Arquitetura de uma base de dados ......................................................................... 20
1.7.3. SGBD – Sistemas de gestão de bases de dados ..................................................... 22
1.8 Linguagens de programação .......................................................................................... 23
1.8.1 Ferramentas utilizada para o desenvolvimento da aplicação................................... 24
1.9 Aplicações Informáticas .................................................................................................. 24
1.9.1. Aplicação Web ......................................................................................................... 24
1.9.2. Implantação de sistemas de informação .................... Erro! Marcador não definido.
1.10. Modelagem de software ............................................................................................... 27
1.10.1. UML (Linguagem Unificada de Modelagem) ..................................................... 27
INTRODUÇÃO

As atividades relacionadas à inovação vêm desempenhando um papel fundamental para


a manutenção da sustentabilidade e competitividade das organizações no século XXI. As
organizações, desde a Revolução Industrial, têm passado por transformações
significativas que tiveram início a partir da mecanização das atividades industriais para
potencializar a capacidade de produção dos homens, sendo algumas atividades físicas
humanas substituídas por máquinas, principalmente as tarefas repetitivas (BATISTA,
2006). Na sociedade atual, a tecnologia inova-se dia após dia, a utilização de um software
de gestão é de grande importância para uma empresa ou instituição, pois ele pode oferecer
diversos recursos como auxílio na gestão administrativa, processos de trabalhos internos,
controle de estoque, dentre outras várias atividades. O grande aumento do uso de
smartphones , por exemplo, precisa ser levado em consideração como um aspecto
importante para uma instituição, visto que, através do mesmo a empresa fortalece a sua
marca e proporciona o aumento do relacionamento com o cliente. Sabendo disso, fica
clara a extrema importância que um software tem para uma instituição, seja ele mobile ,
desktop ou web . A gestão da informação deve assentar num sistema de informação
desenvolvido à medida das necessidades da empresa, desempenhando um papel de apoio
na articulação dos vários subsistemas que a constituem e os sistemas envolventes, na
medida em que efectua o processamento de dados provenientes de múltiplas fontes,
gerando informação útil. No ponto de vista dos benefícios que um sistema de informação
deve trazer para garantir a segurança de dados, melhorias e serviços, maior eficiência e
eficácia. A informação é encarada, como um dos recursos mais importante de uma
organização, contribuindo decisivamente para a sua maior ou menor competitividade.

Tendo em conta às vantagens em manter um único conjunto lógico e organizado de dados,


completamente autónomo das aplicações que os processam, torna-se necessário
desenvolver um mecanismo web que faça a gestão dos serviços da Organizações E.F.Z,
garantindo todas as solicitações do nível aplicacional.

A rapidez, a confiabilidade e a disponibilidade das infonnações na empresa irão


possibilitar um maior controle desta pela administração (MATTOS, 1978). A infonnação
toma-se acessível a diferentes departamentos através do acesso a mn arquivo commn, é
assim que nem os gerentes devem ficar isentos, devido à centralização de informações à
redução da necessidade de supervisão direta

Problema de pesquisa
1
A pesquisa será feita na Organizações E.F.Z, sendo uma instituição prestadora de serviços
em diversas áreas, por motivo de perda de informações, sem confiabilidade das suas
informações, os contactos com os clientes e fornecedores são feitos via telefónica sem
segurança, os trabalhos são feitos manuais, excesso de documentação, como arquivos,
cadastrar dados dos membros, actualizar dados dos membros, armazenar dados dos
membros, fazer os relatórios financeiros.

Com base aos motivos acima mencionados e por nos terem solicitado, levou o autor a
escolher o presente tema para trabalho de fim de curso.

Problema científico

Como melhorar a gestão administrativa das organizações EFZ?

Objecto de estudo

Objecto de estudo declara-se como: processo de gestão administrativa

Justificativa

A ausência de um software numa instituição na atualidade pode causar diversos


problemas de gestão, a começar por registros que são gravados em planilhas Excel
correndo o alto risco de se perderem e o que também ocasiona certa dificuldade em
encontrar algum registro específico dentro de uma planilha com vasta quantidade de
informações, o uso excessivo e o grande acúmulo de papel, e esses últimos dois
ocasionam um retrabalho desnecessário no processo, ou seja, perda de tempo. Além dos
exemplos citados, o administrador encontra obstáculos ao realizar um monitoramento
detalhado de informações, estatísticas, gráficos e etc, e claro, existe o grande risco dessas
informações estarem inconsistentes.

Objectivo geral

- Implementar um sistema web para gestão administrativa da organização E.F.Z

Objectivos específicos

- Consultar os fundamentos teóricos que sustentam o processo para gestão de uma


empresa prestadora de serviços;

- Diagnosticar o sistema actual de gestão da Organizações E.F.Z..

- Utilizar as ferramentas informáticos para desenvolvimento da aplicativa web.

2
- Fornecer instrumentos para gestão competitiva em ambientes de mudança e inovação
acelerados;

- possibilitar o domínio dos principais conceitos e ferramentas dos sistemas


administrativos com foco no cliente

- Implementar uma nova forma de gerir os dados dos expedientes.

Campo de acção

Escritórios das Organizações E.F.Z no Soyo

Hipótese

Se implementarmos um sistema web então melhorará na gestão administrativa no seu


todo, da Organizações E.F.Z

Estrutura do trabalho

Esta pesquisa está estruturada em mais três seções, além da introdução: na seção um,
aborda-se o referencial teórico que balizou a realização deste estudo. Na seção dois, é
apresentada a arquitetura metodológica que possibilitou a operacionalização da pesquisa.
Na seção três, são apresentados os resultados alinhados com os objetivos propostos.

3
CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O primeiro capítulo visa fundamentalmente definir os conceitos chaves desta pesquisa


segundo os pontos de vista de vários autores bem como apresentar as principais vantagens
e desvantagens e a classificação dos principais conceitos.

1. Sistema

Sistemas e tecnologias de informação tornaram-se componentes vitais quando se pretende


alcançar o sucesso de empresas e organizações e, por essa razão, constituem um campo
de estudo essencial em administração e gerenciamento de empresas.

A busca pela solução dos problemas conduz os gestores a unir as partes que compõem a
organização para formar um sistema que dará condições para administrar o todo.

De acordo com OLIVEIRA (2002, p.35), “sistema é um conjunto de partes interagentes


e interdependentes que, conjuntamente, formam um todo unitário com determinado
objetivo e efetuam determinada função”. A formação de um sistema se dá pela união de
diversas partes interdependentes que conjuntamente visam atingir um objetivo comum.

1.1. Sistema de informação

De acordo com Turban; MacLean; Wetherbe (2004), o sistema de informação coleta,


processa, armazena, analisa e dissemina informações com um determinado objectivo
dentro de um contexto . Conforme mostra a Figura 1 , o sistema de informação, como
qualquer outro sistema inclui inputs (dados, instruções) e outputs (relatórios, cálculos). O
sistema opera dentro de um ambiente, não necessariamente computadorizado, mesmo que
atualmente a maioria seja, e processa os inputs, que são enviados para o usuário ou para
outros sistemas.

Um sistema possui três componentes ou funções básicos em interação:

 Entrada - envolve a captação e reunião de elementos que entram no sistema;


 Processamento - processos de transformação que convertem insumo (entrada) em
produto;
 Saída - transferência de elementos produzidos na transformação até seu destino
final.

Feedback e Controle: Os dois conceitos adicionais do conceito de sistema (entrada,


processamento e saída) incluem o feedback e o controle. Um sistema dotado de

4
componentes de feedback e controle às vezes é chamado de um sistema cibernético,
ou seja, um sistema automonitorado, auto-regulado.

 Feedback - são dados sobre o desempenho de um sistema.


 Controle - envolve monitoração e avaliação do feedback para determinar se um
sistema está se dirigindo para a realização de sua meta. - em seguida, a função de
controle faz os ajustes necessários aos componentes de entrada e processamento
de um sistema para garantir que seja alcançada a produção adequada.

Figura 1visão esquemática de um sistema de informação adaptado de Turban;

A informação é composta por dados organizados, dispostos numa estrutura específica.


Pode-se considerar informação como dados que possuem algum significado. A função da
Informação é reduzir a incerteza e a ambiguidade, permitindo ao usuário maior clareza
de uma situação. (BOFF apud SALMAZO, [200-]

Os sistemas de informações podem ser classificados, à princípio, como formais e


informais. Os sistemas de informação formais incluem procedimentos pré- definidos,
entradas e saídas padronizadas e definições fixas. Quanto aos informais, estes assumem
diversas formas, que vão desde de uma “rede de comunicação informal” em uma empresa,
até um grupo de amigos que troca correspondência eletronicamente. Turban; MacLean;
Wetherbe (2004) classificam ainda os sistemas de informação por níveis organizacionais,
por área funcional e tipo de suporte proporcionado, conforme mostra a Tabela 1.

5
1.1.1. Por que utilizar Sistemas de Informação?
A necessidade do Sistema de Informação (SI) nas empresas surgiu devido ao grande e
crescente volume de informações que a organização possui. Com o Sistema de
Informação estruturado a apresentação das informações necessárias e também já
propiciando uma visão das decisões, a empresa garante um grande diferencial em relação
aos concorrentes, e os gestores podem tomar decisões mais rápidas e de fontes seguras.

A exigência do mercado competitivo, dinâmico e principalmente globalizado motiva as


empresas a operarem com um sistema de informação eficiente, garantindo níveis mais

elevados de produtividade e eficácia. Segundo BATISTA (2004, p. 39), “... o objetivo de


usar os sistemas de informação é a criação de um ambiente empresarial em que as
informações sejam confiáveis e possam fluir na estrutura organizacional”.

Na era da informação, o diferencial das empresas e dos profissionais está diretamente


ligado à valorização da informação e do conhecimento, proporcionando soluções e
satisfação no desenvolvimento das atividades.

Para serem efetivos, os sistemas de informação precisam, segundo PEREIRA e


FONSECA (1997, p. 242), corresponder às seguintes expectativas:

 Atender as reais necessidades dos usuários;


 Estar centrados no usuário (cliente) e não no profissional que o criou;
 Atender ao usuário com presteza;
 Apresentar custos compatíveis;
 Adaptar-se constantemente às novas tecnologias de informação;
 Estar alinhados com as estratégias de negócios da empresa.

1.1.2. Recursos dos Sistemas de Informação


1.1.2.1 Recursos Humanos

São necessárias pessoas para a operação de todos os sistemas de informação. Esses


recursos incluem os usuários finais e os especialistas em SI.

 Usuários finais - pessoas que usam um SI ou a informação que ele produz.


 Especialistas em SI - são pessoas que desenvolvem e operam sistemas de
informação. Analistas de Sistemas – projetam SI com base nas demandas dos
usuários finais. Desenvolvedores de Software – criam programas de computador
seguindo as especificações dos analistas de sistemas.

6
Operadores do sistema – monitoram e operam grandes redes e sistemas de computadores.

1.1.2.2 Recursos de Hardware


Incluem todos os dispositivos físicos e equipamentos utilizados no processamento de
informações.

 Máquinas - dispositivos físicos (periféricos, computadores)


 Mídia - todos os objetos tangíveis nos quais são registrados dados (papel, discos)

Exemplos de hardware em sistemas de informação computadorizados são:

 Sistemas de computadores – consistem em unidades de processamento central


contendo microprocessadores e uma multiplicidade de dispositivos periféricos
interconectados.
 Periféricos de computador – são dispositivos, como um teclado ou um mouse,
para a entrada de dados e de comandos, uma tela de vídeo ou impressora, para a
saída de informação, e discos magnéticos ou ópticos para armazenamento de
recursos de dados.

1.1.2.3 Recursos de Software


Incluem todos os conjuntos de instruções de processamento da informação.

 Programas - conjunto de instruções que fazem com que o computador execute


uma certa tarefa.
 Procedimentos - conjunto de instruções utilizadas por pessoas para finalizar uma
tarefa.

Exemplos de recursos de software são:

 Software de sistema – por exemplo, um programa de sistema operacional, que


controla e apóia as operações de um sistema de computador.
 Software aplicativo - programas que dirigem o processamento para um
determinado uso do computador pelo usuário final.
 Procedimentos – são instruções operacionais para as pessoas que utilizarão um
SI.

1.1.2.4 Recursos de Dados


Devem ser efetivamente administrados para beneficiar todos os usuários finais de uma
organização. Os recursos de dados são transformados por atividades de processamento de

7
informação em uma diversidade de produtos de informação para os usuários finais. Os
recursos de dados dos sistemas de informação normalmente são organizados em:

 Bancos de dados - uma coleção de registros e arquivos logicamente relacionados.


Um banco de dados incorpora muitos registros anteriormente armazenados em
arquivos separados para que uma fonte comum de registros de dados sirva muitas
aplicações.
 Bases de conhecimento - que guardam conhecimento em uma multiplicidade de
formas como fatos, regras e inferência sobre vários assuntos.

Dados versus Informações.

Dados: - são fatos ou observações crus, normalmente sobre fenômenos físicos ou


transações de negócios. Mais especificamente, os dados são medidas objetivas dos
atributos (características) de entidades como pessoas, lugares, coisas e eventos.

Informações: - são dados processados que foram colocados em um contexto significativo


e útil para um usuário final. Os dados são submetidos a um processo onde: Sua forma
é agregada, manipulada e organizada Seu conteúdo é analisado e avaliado São
colocados em um contexto adequado a um usuário humano.

1.1.2.5. Recursos de Rede


Redes de telecomunicações como a Internet, intranets e extranets tornaram-se essenciais
ao sucesso de operações de todos os tipos de organizações e de seus SI baseados no
computador. Essas redes consistem em computadores, processadores de comunicações e
outros dispositivos interconectados por mídia de comunicações e controlados por
software de comunicações. O conceito de recursos de rede enfatiza que as redes de
comunicações são um componente de recurso fundamental de todos os SI. Os recursos de
rede incluem:

 Mídia de comunicações (cabo de par trançado, cabo coaxial, cabo de fibra ótica,
sistemas de microondas e sistemas de satélite de comunicações.
 Suporte de rede (recursos de dados, pessoas, hardware e software que apoiam
diretamente a operação e uso de uma rede de comunicações.

1.1.3. Dados, Informação e Conhecimento.

Inicialmente, torna-se necessário conceituar os elementos que conduzem as empresas nos


seus negócios. Segundo BATISTA (2004, p. 20), “do ponto de vista da administração de

8
empresas em concordância com a definição de sistemas, existem dois elementos
fundamentais para a tomada de decisões: os canais de informação e as redes de
comunicação”. Através dos canais de informação as organizações definem de onde serão
adquiridos os dados, e as redes de comunicação definem para onde os dados serão
direcionados.

Para a formação dos sistemas e a conseqüente obtenção dos elementos fundamentais para
a tomada de decisão é necessário o conhecimento dos conceitos de Dados, Informação e
Conhecimento:

Para DAVENPORT e PRUSAK (1999), é essencial para a realização bem-sucedida dos


trabalhos ligados ao conhecimento, que as organizações saibam definir o que são dados,
informações e conhecimento, pois o sucesso ou o fracasso organizacional muitas vezes
pode depender da aplicação desses elementos para solução de problemas e tomada de
decisões. Os dados apresentam-se como elementos em sua forma bruta, os quais não
podem por si só sustentar a estruturação necessária para tomada de ação. Os dados
precisam passar por análise e transformações para se tornarem úteis.

OLIVEIRA (2002, p.51), escreve que “dado é qualquer elemento identificado em sua
forma bruta que, por si só, não conduz a uma compreensão de determinado fato ou
situação”. Assim, para a compreensão de determinado fato ou situação em uma
organização é necessário que os dados se transformem em informação.

PADOVEZE (2000, p. 43) apud NAKAGAWA, evidencia que: “informação é o dado que
foi processado e armazenado de forma compreensível para seu receptor e que apresenta
valor real percebido para suas decisões correntes ou prospectivas”.

Para OLIVEIRA (1992), a informação auxilia no processo decisório, pois quando


devidamente estruturada é de crucial importância para a empresa, associa os diversos
subsistemas e capacita a empresa a impetrar seus objetivos.

O valor atribuído pelos gestores às informações depende dos resultados alcançados pela
empresa. Os benefícios oferecidos pelas decisões acertadas, baseadas em informações
valiosas representam o sucesso da empresa.

O conceito de valor da informação segundo PADOVEZE (2000, p. 44), estárelacionado


com:

a. A redução da incerteza no processo de tomada de decisão.

9
b. A relação do benefício gerado pela informação versus custo de produzi-la.
c. Aumento da qualidade da decisão.

Para medir o valor da informação o gestor deve dispor da informação de forma que ela
reduza as incertezas encontradas no decorrer do processo decisorial, e conseqüentemente,
aumente a qualidade da decisão.

Segundo STAIR (1998, p. 5), “conjunto de dados, regras, procedimentos e relações que
devem ser seguidos para se atingir o valor informacional ou resultado adequado do
processo está contido na base do conhecimento”.

A base do conhecimento facilita reconhecer quais dados e informações são úteis para se
atingir os objetivos traçados pela organização.

Para LAUDON e LAUDON (1999, p. 10), “conhecimento é o conjunto de ferramentas


conceituais e categorias usadas pelos seres humanos para criar, colecionar, armazenar e
compartilhar a informação”.

As informações são criadas a partir da transformação dos dados, através da aplicação do


conhecimento humano.

1.1.4. Tipos de sistema de informação

Tipos de sistema de informação de acordo com Turban; McLean; Wetherbe (2004)

Sistema de É desenhado para realizar uma função


informações por específica diretamente para o usuário. Alguns
departamento aplicativos podem ser completamente
independente entre si, enquanto outros são
interrelacionados.
Nível Organizacional:
São sistemas tipicamente Sistemas de Conjunto de aplicativos departamentais:
afinados com a estrutura informações quando combinado com outros aplicativos
organizacional. empresariais funcionais, forma o sistema de informações
empresariais.

Sistema de Dá suporte às atividades repetitivas vitais e ao


informações pessoal administrativo.
interorganizacionais

Sistema de Dá suporte às atividades repetitivas vitais e ao


Tipo de suporte
processamento de pessoal administrativo.
proporcionado
transação (SIT)

10
Sistema de Dá suporte às atividades funcionais e aos
informação administradores.
gerencial (SIG)

Sistema de Dá suporte a todos os tipos de necessidades de


informações ao pessoal administrativo.
Administração do
Conhecimento (KMS)

Sistema de Dá suporte ao pessoal administrativo, tais


automação de como sistemas de comunicação por exemplo.
escritório (SAE)

Sistema de apoio à Dá suporte à tomada de decisões pelos


decisão (SAD) administradores e analistas.

Sistema de Dá suporte a todos os administradores de uma


informação empresa.
empresarial (EIS)

Sistema de apoio aos Dá suporte a pessoal trabalhando em grupos.


grupos (GSS)

Sistema de suporte Dá suporte principalmente ao profissionais do


conhecimento,
inteligente
mas também apoia outros grupos de
funcionários, sendo os
sistemas especialistas sua principal tecnologia.

1.1.5. Ciclo de vida dos sistemas de informação

Segundo Audy, Andrade e Cidral (2005), o ciclo de vida dos sistemas é considerado um
processo evolucionário constituído de fases pelas quais um sistema passa desde seu
planejamento até sua obsolescência e, consequentemente, a necessidade de
replanejamento.

Para Souza e Zwicker (2000), o ciclo de vida representa as diversas etapas pelas quais
passa um projeto de desenvolvimento e utilização de sistemas de informação.

11
Figura 2Ciclo de vida dos sistemas de Informação

 A necessidade não trata propriamente de uma fase do ciclo de vida, porém é o


ponto de partida para o desenvolvimento e/ou aquisição de um sistema de
informação. As organizações procuram sistemas com o objetivo de solucionar
problemas organizacionais. A implementação de um sistema é resumido como
uma mudança na qual a organização busca melhorar seu desempenho na relação
com o ambiente em que atua.
 Na fase de análise, os profissionais de TI, juntamente com usuários e gestores,
definem o problema/necessidade. Após esta definição, buscam alternativas para
sua resolução as quais ainda devem ser avaliados em termos de sua viabilidade
técnica, viabilidade financeira e viabilidade operacional. Resultando da análise
descrita, chega-se a uma alternativa a ser implementada e também as
especificações técnicas a qual o sistema deverá atender.
 A fase de projeto diz respeito à realização das especificações lógicas e físicas.
Nesta fase, são especificados os aspectos organizacionais, humanos e
tecnológicos do novo sistema. No aspecto organizacional, é o momento de realizar
uma reengenharia dos processos. No aspecto humano, é o momento de especificar
os requisitos comportamentais a serem cumpridos pelos recursos humanos. No
aspecto tecnológico, é o momento de realizar a especificação de hardware e
12
software os quais integrarão o novo sistema. O resultado desta fase será o
detalhamento de como o novo sistema será construído e como funcionará.
 Na fase de construção, são concretizadas as especificações que foram delineadas
nas fases de análise e de projeto. No aspecto organizacional, é o momento de
detalhar os novos procedimentos de trabalho. No aspecto humano, é o momento
de definir e capacitar a equipe que atuará no sistema, no aspecto tecnológico e o
momento de construir e testar as soluções de hardware e software. O resultado
dessa fase é a disponibilização dos componentes organizacionais, humanos e
tecnológicos.
 Na fase de instalação, o novo sistema é disponibilizado e ocorre a conversão do
antigo para o novo sistema. É fundamental que ocorra um planejamento da
realização das atividades de conversão organizacional. Dessa forma, é necessário
definir o modo como os antigos procedimentos serão migrados para os novos
procedimentos. Com relação ao aspecto humano, é necessário prever os
treinamentos necessários para os usuários e procedimentos para suporte de futuras
dificuldades. No aspecto tecnológico, é necessária a conversão dos dados do
antigo sistema para o novo e a disponibilização de recursos de hardware e
comunicação previstos para o novo sistema. O resultado desta fase é a entrada em
produção do novo sistema.
 Na fase de produção, o sistema passa a fazer parte da organização. Nesta fase,
os usuários ganham experiência na utilização do sistema e é onde surgirão as
dúvidas quanto a operacionalização, e surgirão demandas quanto a novas
funcionalidades a serem oferecidas pelo sistema, havendo, nessa fase
fundamental, a disponibilização do suporte ao usuário. O processo de aplicação
do sistema encerra-se formalmente nesta fase.
 A manutenção é a etapa onde o sistema deve ser mantido em funcionamento, e
todos os dados atualizados. Nesta fase, é necessário aperfeiçoar o sistema para
atender a novas demandas do ambiente organizacional e corrigir as falhas
causadas a partir do uso do sistema. O ciclo de vida acaba no momento em que o
sistema apresenta obsolescência no ponto de vista tecnológico e no ponto de vista
do negócio, traduzindo-se em ineficiência e/ou ineficácia no atendimento das
necessidades da organização.

13
1.2 A Gestão e as Tecnologias de Informação (TI)

Hoje em dia, cada vez mais as organizações têm vindo a adoptar Sistemas de Informação
(SI) suportados por tecnologias como tentativa de melhorar a eficiência operacional e o
processo de tomada de decisão (Booth e Phillip, 2005, citado por Rocha, 2010). As
organizações estão a tomar consciência de que o conhecimento e utilização das
Tecnologias de Informação (TI) as pode ajudar a ter sucesso no seu processo de melhoria
contínua e pode mesmo chegar a mudar a forma como os negócios são geridos (Daniels,
1994, citado por Rocha, 2010).

De acordo com Earl (1998), citado por Tait (2000), nem sempre existiu esta perspectiva
da gestão perante as TI. Este autor distinguiu duas eras na história da gestão de
informação: a era do Processamento de Dados (caracterizada pela utilização de SI que
processavam informações de actividades rotineiras) e a era da Tecnologia de Informação
(onde se combinam SI com os negócios).

Segundo Daniels (1994, citado por Rocha, 2010) a Gestão de Sistemas de Informação
(GSI), é essencialmente semelhante à gestão das restantes áreas funcionais das
organizações. É por essa razão que as decisões no âmbito dos SI/TI exigem “a
compreensão da sua natureza, a disponibilização de recursos e a comunicação intra-
organizacional com base em standards divulgados e compreendidos”. As decisões
relativas aos SI/TI devem ser baseadas no conhecimento que é detido pelos membros da
organização, estando todos eles cientes do seu papel e devidamente representados no
processo de decisão.

1.3 Gestão

A Gestão Organizacional é um conjunto de orientações e ferramentas que permitem levar


a cabo o processo de planear, implementar e controlar todas as atividades de uma
organização, desde tarefas do dia-a-dia a projetos de curto, médio e longo prazo. Uma
boa gestão organizacional garante uma boa performance da organização, permitindo-lhe
alcançar os seus objetivos e ganhar prestígio perante a comunidade local, nacional e
internacional. Para isso, a organização deve ser dotada de bons princípios à "nascença",
e ser guiada por uma boa liderança em todas as suas atividades. Esta assegurará que se
adotarão as boas práticas e os instrumentos necessários para um bom funcionamento
assim como ultrapassar os desafios diários que os seus membros têm de ultrapassar. (Luís
Edicardo da Silva, 2012)

14
1.4. Organização
O mundo em que vivemos é uma sociedade institucionalizada e composta por
organizações. Todas as atividades relacionadas à produção de bens (produtos) ou
prestação de serviços (atividades especializadas) são planejadas, coordenadas, dirigidas,
executadas e controladas pelas organizações. Todas as organizações são constituídas por
pessoas e por recursos não-humanos (como recursos físicos e materiais, financeiros,
tecnológicos, mercadológicos etc.) (CHIAVENATO, 2004)

Em função dos aspectos exclusivos de cada organização, o administrador define


estratégias, efetua diagnósticos de situações, dimensiona recursos, planeja sua aplicação,
resolve problemas, gera inovação e competitividade. O administrador bem-sucedido em
uma organização pode não sê-lo em outra.

1.5. Administração

Por seu tamanho e pela complexidade de suas operações, as organizações, ao atingirem


um certo porte, precisam ser administradas e a sua administração requer todo um aparato
de pessoas estratificadas em diversos níveis hierárquicos que se ocupam de incumbências
diferentes. A administração nada mais é do que a condução racional das atividades de
uma organização seja ela lucrativa ou não-lucrativa.

Aadministração trata do planejamento, da organização (estruturação), da direção e do


controle de todas as atividades diferenciadas pela divisão de trabalho que ocorram dentro
de uma organização. Assim, a administração é imprescindível paraexistência,
sobrevivência e sucesso das organizações. Sem a administração, as organizações jamais
teriam condições de existir e de crescer. (CHIAVENATO, 2004)

1.6. Dados

Definimos dado como "uma sequência de símbolos quantificados ou


quantificáveis". Portanto, um texto é um dado. De facto, as letras são símbolos
quantificados, já que o alfabeto por si só constitui uma base numérica.

Em informática consideramos dados como valores binários que podem ser números,
cadeias de caracteres ou imagens sem interpretação. Estes dados foram obtidos da
realidade através de algum processo de captura automática ou de codificação realizada
por pessoas, isto é, de acordo com José P.M. Oliveira (2011).

15
Dados podem ser definidos como informações brutas, ou seja, não tratadas. São códigos
que isoladamente não possuem nenhum significado, mas quando agrupados podem
transmitir uma mensagem ou representar algo ou até mesmo um conhecimento.

No entanto existem dois (2) grupos principais de dados conforme se pode ver abaixo:

 Os dados estruturados são dados formatados, organizados em tabelas - linhas e


colunas, e são facilmente processados. Geralmente é utilizado um sistema gerenciador de
banco de dados para armazenar esse tipo de dado, um exemplo são os dados gerados por
aplicações empresariais.
 Os dados não estruturados não possuem uma formatação específica e são mais
difíceis de serem processados. Por exemplo, mensagens de e-mail, imagens, documentos
de texto, mensagens em redes sociais.

Na tecnologia da informação, dado é a representação física de um evento no tempo e


espaço que não agrega fundamento para quem o sente ou recebe, não podendo ser possível
entender o que ele representa ou para que ele existe, podemos ter como exemplo um
número, se somente esse número for disponibilizado para alguém ou para o tempo e
espaço, por alguém ou por um evento, não é possível saber o que ele significa ou o que
ele representa, podendo representar qualquer coisa ou não representar nada, porém no
momento que existir uma agregação com outro dado ele passa a ser ou não uma
informação.

Figura 3 Dados e informação

Fonte: Elaboração própria

1.6.1 Tipos de dados

Os dados que armazenamos em nossos computadores podem ser de três tipos:

1. Quantitativos;

16
2. Classificativos;
3. Referenciais.

Dados quantitativos

São os que exprimem quantidades e por isso, normalmente, servem de base para cálculos
aritméticos. Exemplo: a ficha de matrícula escolar: as notas do período, as faltas, o total
das faltas.

Dados classificativos

São os que descrevem ou especificam os elementos envolvidos e quantificados.


Normalmente servem de complemento aos dados quantitativos, identificando pessoas,
objectos, situações, etc. Não servem, portanto, para elementos de cálculo. Exemplo: a
ficha escolar: o nome do aluno, o nome da disciplina, o nome do professor.

Dados referenciais

São dados que permitem controlar e referenciar os elementos tratados. Exemplo: a ficha
escolar: o ano lectivo, o número do aluno, a turma.

1.7 Bases de dados

Bancos de dados, (ou bases de dados), são conjuntos de dados com uma estrutura regular
que organizam informação. Um banco de dados normalmente agrupa informações
utilizadas para um mesmo fim. Um banco de dados é usualmente mantido e acessado por
meio de um software conhecido como Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD).
Muitas vezes o termo banco de dados é usado como sinônimo de SGDB.

O modelo de dados mais adotado hoje em dia é o modelo relacional, onde as estruturas
têm a forma de tabelas, compostas por linhas e colunas.

Resumindo, um banco de dados é uma coleção de dados relacionados. Entende-se por


dado, toda a informação que pode ser armazenada e que apresenta algum significado
implícito dentro do contexto ao qual ele se aplica.

1.7.1. Tipos de Base de Dados

Base de dados em Rede


Base de dados em rede permite que várias tabelas sejam usadas simultaneamente através
do uso de referências (ou apontadores). Algumas colunas contêm apontadores para outras

17
tabelas ao invés de dados. Assim, as tabelas são ligadas por referências, o que pode ser
visto como uma rede. (Silberschatz, 2012)

Base de dados relacional


O modelo relacional é uma teoria matemática desenvolvida por Edgar Frank Codd para
descrever como as bases de dados devem funcionar. Embora esta teoria seja a base para
o software de bases de dados relacionais, muito poucos sistemas de gestão de bases de
dados seguem o modelo de forma restrita, e todos têm funcionalidades que violam a
teoria, desta forma variando a complexidade e o poder. A discussão se esses bancos de
dados merecem ser chamados de relacional ficou esgotada com tempo, com a evolução
dos bancos existentes. (Takai, Italiano, & Ferreira, 2005)

De acordo com a arquitetura ANSI / SPARC em três níveis, os Bancos de dados


relacionais consistem de três componentes:

 uma coleção de estruturas de dados, formalmente chamadas de relações, ou


informalmente tabelas, compondo o nível conceitual;
 uma coleção dos operadores, a álgebra e o cálculo relacionais, que constituem a base
da linguagem SQL; e
 uma coleção de restrições da integridade, definindo o conjunto consistente de estados
de base de dados e de alterações de estados. As restrições de integridade podem ser
de quatro tipos:
 domínio (ou tipo de dados),
 atributo,
 relvar e
 restrições de base de dados.
De acordo com o Princípio de Informação: toda informação tem de ser representada como
dados; qualquer tipo de atributo representa relações entre conjuntos de dados. Nos bancos
de dados relacionais os relacionamentos entre as tabelas não são codificados
explicitamente na sua definição. Em vez disso, se fazem implicitamente pela presença de
atributos chave. As bases de dados relacionais permitem aos utilizadores (incluindo
programadores) escreverem consultas (queries), reorganizando e utilizando os dados de
forma flexível e não necessariamente antecipada pelos projetistas originais. Esta
flexibilidade é especialmente importante em bases de dados que podem ser utilizadas
durante décadas, tornando as bases de dados relacionais muito populares no meio
comercial. (Takai, Italiano, & Ferreira, 2005)

18
Um dos pontos fortes do modelo relacional de banco de dados é a possibilidade de
definição de um conjunto de restrições de integridade. Estas definem os conjuntos de
estados e mudanças de estado consistentes do banco de dados, determinando os valores
que podem e os que não podem ser armazenados.

17.2. Segurança Em Banco De Dados


A segurança em banco de dados é uma das maiores preocupações para as empresas atuais.
Ou pelo menos, deveria ser.

Para organizações de todos os portes e segmentos, o cuidado em assegurar a integridade,


confiabilidade e disponibilidade de suas informações, deve ser constante. E para que a
segurança em banco de dados não seja comprometida por acidentes ou ameaças
intencionais, é preciso garantir o bom funcionamento de três pilares: a integridade,
disponibilidade e confiabilidade.
I. Integridade

Quando falamos em integridade, estamos falando de garantir que as informações


manipuladas no sistema permanecerão conservadas em suas características originais.

Ou seja, a esse aspecto está diretamente ligado ao controle das mudanças feitas no
sistema e toda a preservação do ciclo de vida dos dados, baseado na origem,
manutenção e destruição.

II. Disponibilidade

A disponibilidade é o princípio de garantir que os dados estarão sempre disponíveis


para o uso legítimo. Isso quer dizer que aqueles devidamente autorizados sempre terão
acesso ao sistema.

III. Confiabilidade

Naturalmente, a confiabilidade significa impor limites de acesso aos dados em


questão. Isso significa que nem todos terão acesso a eles, mas sim pessoas confiáveis
e que realmente precisem manipular essas informações, inclusive fazendo
modificações, se for o caso.

Garantir a completa segurança em banco de dados contra acessos indevidos e acidentes é


uma tarefa quase impossível. Principalmente porque a tecnologia evolui constantemente
e os sistemas de segurança ficam rapidamente ultrapassados.

19
Mas é importante dizer que as empresas podem retardar esse processo, e que, com
algumas medidas simples, é possível evitar que seu banco de dados seja prejudicado de
alguma forma, adoptando os princípios básicos de uma segurança em banco de dados
efetiva. Confira:

 Fazer backup dos dados


Perder todos as informações é o pior cenário para quem tem um banco de dados.
Por essa razão, fazer o backup dos dados com certa frequência é indispensável.
Isso porque podem ocorrer situações como falhas no sistema ou mesmo quedas
de energia que podem colocar tudo a perder.
 Utilizar criptografia
Um dos itens indispensáveis para a segurança em banco de dados é a criptografia.
Essa tecnologia garante uma proteção extra para que só quem esteja autorizado a
acessar consiga de fato visualizar os dados.
 Criar uma política de senhas forte
Uma estratégia muito positiva para fortalecer as senhas dos colaboradores que
terão acesso ao sistema é criar uma política de atualização das mesmas.
Periodicamente é ideal que os códigos sejam atualizados, e que o próprio sistema
exija essa alteração, barrando o acesso daqueles que não cumprirem com o
cronograma.
 Utilizar a tecnologia em nuvem
Os softwares em nuvem ou a tecnologia cloud computing, estão ganhando cada
vez mais reconhecimento por sua segurança, fácil utilização e até mesmo ajuda na
redução de gastos com TI.

1.7.3 Arquitetura de uma base de dados


Atualmente, devem-se considerar alguns aspectos relevantes para atingir a eficiência e a
eficácia dos sistemas informatizados desenvolvidos, a fim de atender seus usuários nos
mais variados domínios de aplicação: automação de escritórios, sistemas de apoio a
decisões, controle de reserva de recursos, controle e planejamento de produção, alocação
e estoque de recursos, entre outros. Tais aspectos são:

a) Os projetos Lógico e Funcional do Banco de Dados devem ser capazes de prever


o volume de informações armazenadas a curto, médio e longo prazo. Os projetos
devem ter uma grande capacidade de adaptação para os três casos mencionados;

20
b) Deve-se ter generalidade e alto grau de abstração de dados, possibilitando
confiabilidade e eficiência no armazenamento dos dados e permitindo a utilização
de diferentes tipos de gerenciadores de dados através de linguagens de consultas
padronizadas;
c) Projeto de uma interface ágil e com uma "rampa ascendente" para propiciar
aprendizado suave ao usuário, no intuito de minimizar o esforço cognitvo;
d) Implementação de um projeto de interface compatível com múltiplas plataformas
(UNIX, Windows NT, Windows Workgroup, etc);
e) Independência de Implementação da Interface em relação aos SGBDs que darão
condições às operações de armazenamento de informações (ORACLE,
SYSBASE, INFORMIX, PADRÃO XBASE, etc).
f) Conversão e mapeamento da diferença semântica entre os paradigmas utilizados
no desenvolvimento de interfaces (Imperativo (ou procedural), Orientado a
Objeto, Orientado a evento), servidores de dados (Relacional) e programação dos
aplicativos (Imperativo, Orientado a Objetos). (Takai, Italiano, & Ferreira, 2005)

1.7.2.1 Arquiteturas cliente-servidor


A arquitetura cliente-servidor foi desenvolvida para dividir ambientes de computação
onde um grande número de PCs, estações de trabalho, servidores de arquivos,
impressoras, servidores de banco de dados e outros equipamentos são conectados juntos
por uma rede. A idéia é definir servidores especializados, tais como servidor de arquivos,
que mantém os arquivos de máquinas clientes, ou servidores de impressão que podem
estar conectados a várias impressoras; assim, quando se desejar imprimir algo, todas as
requisições de impressão são enviadas a este servidor. As máquinas clientes
disponibilizam para o usuário as interfaces apropriadas para utilizar esses servidores, bem
como poder de processamento para executar aplicações locais. Esta arquitetura se tornou
muito popular por algumas razões. (Takai, Italiano, & Ferreira, 2005)

 Primeiro, a facilidade de implementação dada a clara separação das


funcionalidades e dos servidores.
 Segundo, um servidor é inteligentemente utilizado porque as tarefas mais simples
são delegadas às máquinas clientes mais baratas.
 Terceiro, o usuário pode executar uma interface gráfica que lhe é familiar, ao invés
de usar a interface do servidor.

21
Desta maneira, a arquitetura cliente-servidor foi incorporada aos SGBDs comerciais.
Diferentes técnicas foram propostas para se implementar essa arquitetura, sendo que a
mais adotada pelos Sistemas Gerenciadores de Banco de Dados Relacionais (SGBDRs)
comerciais é a inclusão da funcionalidade de um SGBD centralizado no lado do servidor.
As consultas e a funcionalidade transacional permanecem no servidor, sendo que este é
chamado de servidor de consulta ou servidor de transação. É assim que um servidor SQL
é fornecido aos clientes. Cada cliente tem que formular suas consultas SQL, prover a
interface do usuário e as funções de interface usando uma linguagem de programação.

O cliente pode também se referir a um dicionário de dados o qual inclui informações


sobre a distribuição dos dados em vários servidores SQL, bem como os módulos para a
decomposição de uma consulta global em um número de consultas locais que podem ser
executadas em vários sítios. Comumente o servidor SQL também é chamado de back-end
machine e o cliente de front-end machine. Como SQL provê uma linguagem padrão para
o SGBDRs, esta criou o ponto de divisão lógica entre o cliente e o servidor. (Takai,
Italiano, & Ferreira, 2005)

1.7.3. SGBD – Sistemas de gestão de bases de dados


O SGBD (sistema de gerenciamento de banco de dados), caracterizado como sistema de
manutenção de registro ou sistema computadorizado permitindo o usuário deletar,
atualizar, armazenar, manipular informações. Estas informações devem ter significado e
valor para o indivíduo (a), ou instituição, auxiliando o processo geral do usuário.

1.7.3.1 Tipos de sistemas de gestão de bases de dados


Os SGBD são classificados segundo a sua natureza ou especificamente quanto a sua
estrutura de dados e utilização:

a) Segundo a sua estrutura de dados temos:

1. Relacionais (SQL): cuja função é conectar dados de origens diferentes

2. Não relacionais (NoSQL): a diferença em relação aos bancos SQL é que, aqui, a
estrutura de dados não tem que ser previamente definida

3. Hierárquico: formato mais antigo, no qual os dados se organizam em uma


disposição piramidal, onde dados “filhos” são ligados a dados “pai”

4. De rede: nele, cada “filho” pode ter mais de um “pai” e a estrutura dos dados se
assemelha mais a uma teia de aranha do que a uma pirâmide

22
5. Orientado a objetos: modelo mais avançado em que diferentes formatos de
dados se mesclam, sendo, por isso, mais caro de se implementar.

b) Segundo a sua utilização temos:

MySQL

O programa 'MySQL' é um sistema de gerenciamento de banco de dados relacionais


baseado em comandos SQL (Structured Query Language - Linguagem Estruturada para
Pesquisas) que vem ganhando grande popularidade, sendo actualmente um dos bancos de
dados mais populares, com mais de 4 milhões de instalações.

A grande vantagem é a de ter código aberto e funcionar em, quase, qualquer plataforma
e sistema operacional: Windows, Linux, FreeBSD, BSDI, Solaris, Mac OS X, SunOS,
SGI, etc.

Ms sql server

O Microsoft SQL Server é um sistema de gerenciamento de banco de dados


relacional desenvolvido pela Microsoft. Como servidor de banco de dados, é um produto
de software com a função primária de armazenar e recuperar dados conforme solicitado
por outros aplicativos de software — que podem ser executados no mesmo computador
ou em outro computador em uma rede (incluindo a Internet).

1.8 Linguagens de programação

Podemos imaginar o computador como uma super calculadora capaz de fazer cálculos
muito mais rápido que nós, mas para isso devemos dizer para o computador o que deve
ser calculado e como deve ser calculado. A função das linguagens de programação é servir
de um meio de comunicação entre computadores e humanos, assim como os humanos
fazem com os humanos: usam da linguagem para poder conversar.

Programador e máquina se comunicam por meio dessa linguagem, permitindo especificar,


com precisão, aspectos como:

 Quais dados um software deve operar;


 Como esses dados devem ser armazenados ou transmitidos;
 Quais ações o software deve executar, de acordo com cada circunstância variável.

Para explicar melhor (e com menos palavras), a linguagem de programação é um sistema


de comunicação estruturado, composto por conjuntos de símbolos, palavras-chave,

23
regras semânticas e sintáticas que permitem o entendimento entre um programador e uma
máquina.

1.8.1 Ferramentas utilizada para o desenvolvimento da aplicação

Para o desenvolvimento, ou seja, programação do sistema Web proposto neste trabalho,


utilizou-se o HTML como Linguagem de Marcação de Hiper Texto. A estilização foi feita
com a ferramenta ou biblioteca Bootstrap que é um framewrk CSS para ser utilizado no
front-end de aplicações web, utilizando de forma simultânea JavaScript e CSS para
estilizar e interatividade das páginas. A linguagem de Programação utilizado é o PHP,
que é o Pré-Processamento de Hipertextos. MySQL é a Ferramenta utilizada como o
gestor de base de dados.

1.9 Sistemas Informáticas

Um aplicativo é a parte programável de um sistema de informática, ele é um elemento


central: realizam estruturas complexas e flexíveis que trazem funções, utilidade e valor
ao sistema. Mas outros componentes são indispensáveis as plataformas de hardware, os
recursos de comunicação de informação, os documentos de diversas naturezas, as bases
de dados e até manuais que se integram aos automatizados. (Silberschatz, 2012)

Existem dois tipos de aplicações ou sistemas informáticos, os sistemas Web e os


sistemas Desktop.

1.9.1. Sistema Web


De acordo com Pressman (2006), o desenvolvimento de aplicações Webdeve ser
contemplado pelas camadas da engenharia Web de processo, métodos e tecnologia,
levando em consideração as características e as categorias de aplicações Web.

Um modelo de processo aplicável à engenharia Web é fundamentado pelas etapas de


comunicação com o cliente, planejamento, modelagem, construção e implantação,
devendo esse modelo ser adaptável para refinamento das tarefas que compõem cada etapa
do processo. (GALHARDI, 2009)

1.10. Metodologias de desenvolvimento de software


A criação de um software ou o desenvolvimento de um sistema web, acarreta consigo
diversos processos e uma quantidade de características diferentes e semelhantes, porem
deve-se tomar de antemão as ferramentas utilizadas para atingir o objectivo. Nesta
vertente é necessário ter um ponto de partida, que a linguagem usada para interpretar a

24
situação problemática seja genérica. Que nos leva a abordar sobre as metodologias de
desenvolvimento de software.

1.10.1. Métodos ágeis


A engenharia de software ágil combina filosofia com um conjunto de princípios de
desenvolvimento. A metodologia defende a satisfação do cliente e a entrega de
incremental prévio; equipes de projetos pequenas e altamente motivadas; métodos
informais; elementos de engenharia de software mínimos e, acima de tudo, simplicidade
no desenvolvimento geral. Os princípios de desenvolvimento priorizam a entrega mais
que a análise e projeto (embora essas atividades não sejam desencorajadas); também
priorizam a comunicação ativa e contínua entre desenvolvedores e clientes. (Pressman R.
, 2011)

Scrum: é um framework de trabalho que emprega diversas ferramentas para o


desenvolvimento iterativo e incremental utilizado no gerenciamento de projetos diversos
e no desenvolvimento de software ágil. Scrum possui seu foco no gerenciamento e projeto
da organização onde é difícil planejar à frente. É uma forma de planejar e gerenciar
projetos trazendo a autoridade da tomada de decisão a níveis de propriedade de operação
e certeza (T. & Pagotto, 2016 11th)

1.10.2. Programação extrema (Extreme Programming – XP)


A XP é uma metodologia ágil, orientada para equipes pequenas e médias, que
desenvolvem softwares baseados em requisitos vagos, que se modificam de forma rápida
e se difere das demais metodologias com relação ao feedback constante, a abordagem
incremental e a comunicação encorajada entre as pessoas (André & Santos, 2007).

Segundo Sérgio (2003), a metodologia XP é definida como um método leve e com ênfase
em atividades que tragam valor ao cliente, que enfatiza o desenvolvimento de software
para equipes de qualquer tamanho e adaptável a requisitos vagos ou em constantes
mudanças.

Na verdade, o termo ágil significa realizar o máximo de produtividade por cada dia de
trabalho, gerando, dessa forma, um maior valor agregado e alta qualidade à tarefa
desenvolvida (Medeiros, 2004).

A metodologia XP traz alguns benefícios, tanto para programadores quanto para os


clientes e gerentes. A metodologia XP faz dois conjuntos de promessas: aos
programadores, promete que serão capazes de trabalhar em coisas que realmente

25
importam, a cada dia. Não terão de enfrentar situações complicadas sozinhos e serão
capazes de fazer tudo o que estiver em seu poder para fazer do sistema um sucesso.
Tomarão decisões em que poderão fazer o melhor e não tomarão decisões que não estão
qualificados a fazer; aos clientes e gerentes, a XP promete que estes conseguirão maior
valor possível em cada semana de programação. Toda semana eles serão capazes de ver
progresso concreto nos objectivos que traçaram. Serão capazes de mudar a direção do
projeto no meio do desenvolvimento sem incorrer em custos exorbitantes.

1.11. Levantamento de Requisitos


Durante o levantamento de requisitos surgem problemas que nem sempre ficam
solucionados, mesmo os requisitos de um sistema são descrições dos serviços fornecidos
pelo sistema e as suas restrições operacionais. Esses requisitos podem refletir nas
necessidades dos clientes de um sistema que ajuda a resolver algum problema, por
exemplo controlar ou enviar um pedido por um dispositivo ou encontrar informações esse
processo de descobri e analisar e documentar verificações de serviços e restrições
(Sommerville, Engenharia de Software, 2007.) e chamado de engenharia de requisitos
(RE-Requiriments Engineering).

 Requisitos funcionais: requisito funcional de um sistema descreve o que um


sistema deve fazer; no entanto os requisitos funcionais descrevem as funções do
sistema detalhadamente sua entrada e saída. (Sérgio, 2003)
 Requisitos de conteúdo: descrevem o conteúdo que a aplicação Web deve
apresentar;
 Requisitos de qualidade: descrevem o nível da qualidade empregada nas
funcionalidades e serviços dispostos pela aplicação Web, além de definir aspectos
importantes como segurança, performance e usabilidade, sendo empregado
algumas características:
 A funcionalidade irá garantir atributos como precisão,
adequação,interoperabilidade e segurança;
 A confiabilidade irá garantir que a aplicação Web possua um
comportamento homogêneo em diversos cenários de execução;
 A usabilidade irá garantir a facilidade de aprendizado para utilizar a aplicação
Web;
 A manutenibilidade irá garantir o esforço necessário para mudança de
requisitos;

26
 A portabilidade irá garantir a capacidade de adequação a diversos
ambientes em que a aplicação Webpossa a vir ser executada
 Requisitos não funcionais
Por outra parte os requisitos não funcionais não estão diretamente relacionados à
mão de obra oferecidas aos usuários por outra parte eles são aqueles não
diretamente relacionados ás funções especificas fornecidas pelos sistemas eles
poderão ser relacionados ás propriedades emergentes do sistema como
confiabilidade tempo para respostas e espaço de armazenamento. Eles podem
definir restrições como várias capacidades de dispositivos de E/S (entrada/saída)
e as representações de dados usadas nas interfaces do sistema, os requisitos não
funcionais geralmente surgem devidos ás necessidades do usuário, as restrições
de orçamento as políticas organizacionais. (ROSA, 2005.)

1.12. Modelagem de software


A UML é uma linguagem padrão para descrever ou documentar projecto de software. A
UML pode ser utilizada para visualizar, especificar, construir e documentar os elementos
de um sistema de software. (Sommerville, 2011)

1.12.1. UML (Linguagem Unificada de Modelagem)


Os objetivos da (UML) é fornecer múltiplas visões dos sistemas para melhorar reforçar
especificações, visualizações e documentações dos requisitos de softwares, linguagem de
modelagem Unificada. A UML permite um modelo para sobrepor um plano de arquitetura
que ajuda a desenvolver projetos de sistema, compreendendo tópicos de processos de
negócio, funções do sistema, classes escritas em determinada linguagem e esquema de
banco de dados. (GUEDES, 2009) Sabe-se que A UML podem ser utilizadas na
representação do software por diversos estágios de desenvolvimento do sistema. UML
não é um processo, porém é uma maneira de comunicação que pode ser usada em um
processo (Medeiros, 2004)

Um Actor é usado para definir o papel que um utilizador representa relativamente ao


sistema informático modelado (Rezende, 2005). Caracteristicamente, um actor representa
um papel que um ser humano, um dispositivo de hardware ou até outro sistema
desempenha com o sistema. É de salientar que um ator pode ser umas seguintes entidades:

 Outro sistema informático;


 Pessoa;
 Equipamento hardware especializado;

27
 Passagem de tempo.

Uma entidade pode ser representada por vários actores, pelo facto de poder a assumir
diferentes funções.

1.12.1.1. Diagrama Caso de Uso


Diagrama de caso de uso é o diagrama mais abstrato, flexível e informal da UML, onde
as descrições narrativas de processos do domínio da aplicação. Normalmente, é utilizado
no início da modelagem para identificar os requisitos do sistema. Podendo ainda se
identificar com os tipos de usuários que interagem com o sistema, os papéis que eles
assumem e as funções requisitadas. (GUEDES, 2009)

Elementos básicos de um Diagrama de caso de uso são:

 Atores: Representam os papéis desempenhados pelos diversos usuários que poderão


utilizar ou interagir com os serviços e funções do sistema.
 Caso de Uso: Referem-se aos serviços, tarefas ou funções que podem ser utilizados
pelos usuários do sistema.
 Relação: as relações são feitas com o <<include>>, <<extend>> e generalizações.
 Include: A execução de um caso de uso obriga a execução de um outro.
 Extend: Descreve cenários opcionais de um caso de uso. Só ocorrerá se uma
determinada condição for satisfeita.
 Generalizações: Forma de associação na qual existem dois ou mais casos de
uso com características semelhantes.

1.12.1.2. Histórias de usuários da aplicação implementada


As histórias de usuários são utilizadas nas metodologias ágeis para a especificação dos
requisitos da aplicação, e acompanham-se das discussões com os usuários e provas de
validação. Cada história de usuário deve ser delimitada pelo qual é preciso fazer uma
descrição pequena sobre a função que a mesma vai desempenhar no sistema.

1.12.1.3. Diagramas de Entidade Relacional (DER)


Segundo o autor Rezende (2005) o DER tem como objetivo principal a representação de
objetos de dados e suas relações, finalizando a representação pelo menos por uma tabela
de dados, expressando o depósito de dados do DFD (Diagrama de fluxo de dados). Os
objetos de dados são representados por retângulos rotulados e os relacionados, são
indicados por losangos. As conexões entre os objetos de dados e os relacionamentos são
estabelecidas usando-se uma série de linhas de ligação especiais. O DER tem como

28
componentes as entidades ou objetos abstratos onde poderão ser armazenadas as
informações buscando o projeto em desenvolvimento ou em manutenção. É composto de
ligação de um para um e um para muitos.

29

Você também pode gostar