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Universidade Católica de Moçambique

Faculdade de Ciências Sociais e Politicas

Exame de: Sistema de Informação Gerêncial

Curso: Contabilidade e Auditoria

3° Ano Pós Laboral

Tema: Sistema de Informação Gerêncial em Moçambique

Análise de Duas Grandes Empresas (EDM e FIPAG)

Discentes Docente

Lúcio Hortêncio Ponto Victor Mariacanto Maiden Alfinete

Quelimane, Agosto de 2020


Universidade Católica de Moçambique

Faculdade de Ciências Sociais e Politicas

Exame de: Sistema de Informação Gerêncial

Curso: Contabilidade e Auditoria

3° Ano Pós Laboral

Tema: Sistema de Informação Gerêncial em Moçambique

Análise de Duas Grandes Empresas (EDM e FIPAG)

Trabalho de Carácter avaliativo a ser entregue na


cadeira de Sistemas de Informação Gerêncial
leccionada pelo docente Maiden Alfinete

Quelimane, Agosto de 2020


Índice Página

1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................1

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...................................................................................2

2.1 Sistemas, informações e dados...............................................................................2

2.2 Sistemas de informações gerenciais.......................................................................3

2.3 Importância de um sistema de informação.............................................................4

2.4 Organização............................................................................................................6

2.5 Tomada de Decisões...............................................................................................7

3 APRESENTAÇÕES DAS INSTITUIÇÕES.............................................................9

3.1 EDM - Electricidade de Moçambique....................................................................9

3.1.1 Missão...............................................................................................................10

3.1.2 Visão.................................................................................................................10

3.1.3 Valores..............................................................................................................10

3.1.4 Lema.................................................................................................................10

3.1.5 Objectivos Estratégicos até 2030......................................................................10

3.2 FIPAG – Fundo de Abastecimento e Património do Abastecimento de Água.....10

3.2.1 Missão...............................................................................................................12

3.2.2 Visão.................................................................................................................12

3.2.3 Valores do FIPAG............................................................................................12

4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS SIG UTILIZADOS..................................12

4.1 Electricidade de Moçambique..............................................................................13

4.2 FIPAG – Fundo de Abastecimento e Património do Abastecimento de Água.....14

5 CONCLUSÃO.........................................................................................................16

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................17
1 INTRODUÇÃO

Para conhecer a importância do Sistema de Informações Gerenciais, precisou-se


elaborar dois questionários para entrevistar os dois funcionários das empresas
mencionadas, identificando lacunas para posteriormente propor melhorias através de
ferramentas de análise aplicadas à tomada de decisão.

Nos dias actuais o mercado encontra-se altamente competitivo. Desta forma, surge a
necessidade de tomada de decisões rápidas e eficientes, para ganhar vantagem
competitiva em relação aos concorrentes. O desenvolvimento cultural e tecnológico do
homem moderno possibilita a geração e acesso a um grande volume de informações sob
muitas formas e naturezas em diversas áreas do conhecimento humano, sem as quais as
organizações modernas não sobrevivem. As informações são fundamentais para as
organizações, constituindo-se, em um ferramental seguro e eficaz, pois sem ela, as
tomadas de decisão não contêm a qualidade necessária, podendo ocasionar resultados
ruins para as organizações, tais como o não atingimento dos objectivos traçados.

Os administradores de empresas em vários sectores de um ambiente organizacional,


necessitam levantar dados a respeito de problemas e obter respostas dos mesmos,
tentando atingir os objectivos de sua empresa. Esse administrador precisa estar bem
informado, necessitando de um sistema para prover essas informações, denominado
Sistemas de Informação

Actualmente, o resultado económico de uma empresa depende dos seus modelos de


gestão e de como a empresa é administrada. Este trabalho, tem como objectivo analisar
o SIG de duas grandes empresas, Moçambicanas, nomeadamente a EDM e a FIPAG.

1
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Sistemas, informações e dados

A distinção entre dados e informação é um ponto inicial comum para entender o que é
sistemas de informação, assim como a definição de sistemas. Segundo Alter, (1991),
dados são fatos, imagens, sons que podem ou não serem pertinentes a uma determinada
tarefa, e informação são os dados cuja forma e conteúdo são apropriados para a
execução de uma determinada tarefa.

A informação pode representar a consolidação de poder na empresa, desde o momento


da posse de dados básicos que podem ser transformados em informação, até optimizar
níveis de conhecimentos técnicos, domínios de políticas e possibilidade de maior
especialização e consequente respeito ao executivo considerado. Um bom
gerenciamento da informação baseia-se no controle eficaz e método formal, as
informações de que os executivos necessitam para desempenhar suas funções.
(Oliveira,1992).

Sistemas é um conjunto de partes interagentes e interdependentes que, conjuntamente


formam um todo unitário com determinado objectivo e efectuam determinada função
(oliveira, 1992).

Num sistema, é necessário ter os seguintes componentes:

a) Os objectivos, que é a própria razão do sistema;


b) As entradas do sistema, fornecendo material, gerando as saídas do sistema de
acordo com o objectivo estipulado previamente;
c) O processo de transformação, que é responsável pela transição do processo de
entrada em saída;
d) d) As saídas que são os resultados do processo anterior;
e) Controle e avaliação, que verifica se as saídas estão coerentes com os objectivos
estipulados;
f) Retroalimentação que é uma reintrodução de uma saída sob forma de
informação.

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Um sistema deve agregar também o feedback, que são dados sobre o desempenho do
sistema, e o controle, que segundo o autor, “envolve monitoração e avaliação do
feedback para determinar se um sistema está se dirigindo para a realização de sua meta
(O’Brien, 2001)

Segundo Oliveira (1993), deve-se distinguir dado de informação. Para o autor dado é
qualquer elemento identificado em sua forma bruta que por si só não conduz a uma
compreensão de determinado fato ou situação. Informação é o dado trabalhado que
permite ao executivo tomar decisões. Também, informação é o produto da análise dos
dados existentes na empresa, devidamente registados, classificados, organizados,
relacionados e interpretados dentro de um contexto para transmitir conhecimento e
permitir a tomada de decisão de forma optimizada.

Toda via, quando uma informação é “trabalhada” por pessoas e ou pelos recursos
computacionais, possibilitando a geração de cenários, simulações e oportunidades, pode
ser chamada de conhecimento. O conceito de conhecimento contempla o de informação
com valor relevante e de propósito definido.

Segundo Gil (1995, p.14) explica como sendo “um conjunto de recursos humanos,
materiais, tecnológicos e financeiros agregados segundo uma sequência lógica para o
processamento dos dados e a correspondente tradução em informações”.

2.2 Sistemas de informações gerenciais

De acordo com Oliveira (2002, p. 40), um Sistema de Informações Gerenciais (SIG) é o


processo de transformação de dados em informações que são utilizadas na estrutura
decisória da empresa, proporcionando, ainda, a sustentação administrativa para
optimizar os resultados esperados.

O propósito básico de um SIG é ajudar a empresa a alcançar suas metas, fornecendo a


seus gerentes detalhes sobre as operações regulares da organização, de forma que
possam controlar, organizar e planejar suas actividades com mais efectividade e com
maior eficiência. Em suma, um SIG provê aos gerentes, não só informação e suporte
para efectiva tomada de decisão, bem como as respostas às operações diárias, agregando
assim, valor aos processos da organização. (Stair & Reynolds, 2002, P. 278).

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A definição de O’Brien (2001, p. 6) para sistema de informação é: “um conjunto
organizado de pessoas, hardware, software, redes de comunicações e recursos de dados
que colecta, transforma e dissemina informações em uma organização”.

Segundo Laudon e Laudon (2006, p. 7), “Um sistema de informação pode ser definido
tecnicamente como um conjunto de componentes inter-relacionados que colecta (ou
recupera), processa, armazena e distribui informações destinadas a apoiar a tomada de
decisões, à coordenação e ao controle”.

Os autores acrescentam ainda que “esses sistemas também auxiliam os gerentes e


trabalhadores a analisar problemas, visualizar assuntos complexos e criar novos
produtos”.

Ainda, segundo Rezende (2009, p.41) “O foco dos Sistemas de Informação está
direccionado para o principal negócio empresarial. Dessa forma, será preciso
planeamento, organização e qualidade nos Sistemas de Informação para atender a todas
essas características e dar conta dos objectivos, foco e inteligência empresarial das
organizações.

2.3 Importância de um sistema de informação

Muitas organizações conhecem a importância dos sistemas de informação, acreditando


que o mesmo agrega benefícios como a melhoria nos processos decisórios. Apesar disso
muitas organizações implementam sistemas de informação, somente para atender a
legislação, não percebendo benefícios que serão apresentados a seguir.

Um Sistema de Informações Gerenciais provê suporte aos gerentes para alcançar suas
metas corporativas, suprindo-os com feedback e informações para entender melhor as
operações regulares da organização. Possibilita a comparação de resultados para se
estabelecer as metas da companhia e a identificação de áreas com problemas e
oportunidades de aprimoramento (Stair,1998 P. 282).

Um Sistema de Informação eficiente pode ter um grande impacto na estratégia


corporativa e no sucesso da empresa. Esse impacto pode beneficiar a empresa, os
clientes e/ou usuários e qualquer indivíduo ou grupo que interagir com os Sistemas de
Informação. (Stair 1998, Apud Rezende 2009, P. 41).

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Ainda, Rezende (2009 p. 42) destaca que entre os benefícios que as empresas procuram
obter por meio dos sistemas de informação estão:

a) Suporte à tomada de decisão profícua;


b) Valor agregado ao produto (bens e serviços);
c) Melhor serviço e vantagens competitivas;
d) Produtos de melhor qualidade;
e) Oportunidade de negócios e aumento da rentabilidade;
f) Mais segurança nas informações, menos erros, mais precisão;
g) Aperfeiçoamento nos sistemas, eficiência, eficácia, efectividade, produtividade;
h) Carga de trabalho reduzida;
i) Redução de custos e desperdícios;
j) Controle das operações.

É difícil avaliar qual o maior benefício que um SIG traz para uma empresa, porém,
pode-se trabalhar com hipóteses sobre o impacto dos SIG’s nas empresas. Segundo
Oliveira (2008, p.31) “pode-se afirmar que o Sistema de Informações Gerenciais, sob
determinadas condições, proporciona os seguintes benefícios para as empresas”:

a) Redução dos custos das operações;


b) Melhoria no acesso às informações, propiciando relatórios mais precisos e
rápidos, com menor esforço;
c) Melhoria na produtividade, tanto sectorial quanto global;
d) Melhoria na tomada de decisões, através do fornecimento de informações mais
rápidas e precisas;
e) Estímulo de maior interacção entre os tomadores de decisão;
f) Melhoria na estrutura organizacional, por facilitar o fluxo de informações;
g) Redução do grau de centralização das decisões na empresa;
h) Melhoria na adaptação da empresa para enfrentar os acontecimentos não
previstos, a partir das constantes mutações nos factores ambientais ou externos;
i) Melhoria nas atitudes e nas actividades dos profissionais da empresa;
j) Redução de funcionários em actividades burocráticas.
k) Optimização na prestação dos serviços aos clientes;
l) Melhor interacção com os fornecedores;

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2.4 Organização

Organização é a forma que assume toda associação humana para atingir um objectivo
comum. Schein (1972 apud Lacombe 2009, p. 21) define organização como a
coordenação racional das actividades de certo número de pessoas, que desejam alcançar
um objectivo comum e explícito, mediante autoridade a divisão das funções e do
trabalho e por meio da hierarquização da autoridade e da responsabilidade.

Mas para Maximiano, (1992 p. 21,) Uma organização é o produto da combinação de


esforços individuais, visando à realização de propósitos colectivos. Por meio de uma
organização torna-se possível perseguir e alcançar objectivos que seriam inatingíveis
para uma pessoa. Sempre que alguém precisa realizar uma actividade para a qual é
necessário recorrer ao auxílio de outros, ou sempre que algumas pessoas descobrem que
se unirem suas forças conseguirão fazer coisas que seriam impraticáveis se perseguidas
apenas por uma delas, o resultado é uma organização.

Segundo Moraes (2001), a maioria das empresas está estruturada logicamente por áreas
funcionais, proporcionando o aumento da produtividade por meio da especialização
funcional, na qual o indivíduo conhece apenas uma parte do processo produtivo global.
Cada área passa a ter funções e tarefas específicas e especializadas, garantindo uma
maior eficiência interna. O desenvolvimento generalista é limitado e concentra esforços
na individualidade.

Para as organizações, algumas áreas funcionais são essenciais para que se possa
dinamizar e fazer acontecer suas intencionalidades. Destacam-se as seguintes: produção,
recursos humanos, finanças e marketing

A função de produção fornece as saídas (outputs) de produtos e/ou serviços, estando aí


agrupadas as actividades de transformação básica. Este é constituído pelas unidades
organizacionais encarregadas de suprir a empresa com os recursos necessários para que
a produção mantenha um fluxo contínuo.

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A produção é o processo de fabricação de algum bem de valor. Significa agrupar
máquinas, trabalhadores e materiais para produzir bens. A produção muda o valor dos
materiais, alterando sua forma através de diferentes processos industriais e/ou
combinações de partes. Actividades industriais agregam valor aos materiais,
transformando-os em produtos comercializáveis (Masiero, 1996).

A função de recursos humanos visa promover oportunidades que maximizem a


contribuição individual, proporcionando condições de trabalho favoráveis ao
desenvolvimento profissional e estimulando a confiança, respeito e compreensão
recíproca entre empregados e empregadores (Moraes, 2001).

A função de finanças tem como objectivo a obtenção de recursos financeiros para


manter o negócio em operação, usando da melhor forma o capital obtido. As principais
áreas de decisão financeira são: investimento, distribuição de lucros e financiamento.

A decisão de investimento consiste na alocação de capital aos diversos projectos que a


empresa pretende desenvolver, sem esquecer os benefícios que eles devem gerar no
futuro.

A decisão de distribuição de lucros consiste na determinação da percentagem dos lucros


a ser distribuída entre os sócios (ou accionistas), em forma de dinheiro ou na compra de
cotas (ou acções).

A decisão de financiamento determinará qual a melhor forma de conseguir recursos


financeiros para manter as operações e os investimentos da empresa. Chama-se a isso
estabelecer a estrutura de capital mais adequada. Ao tomar essa decisão, deve-se levar
em conta o retorno desejado pelos sócios (ou accionistas) e o custo de capital (Moraes,
2001).

2.5 Tomada de Decisões

Tomar decisões pode ser uma escolha entre alternativas ou mesmo possibilidades, com
o intuito de encontrar deliberações para problemas ou para encontrar ocasiões. A
tomada de decisões pode ser definida como a habilidade para processar informações
mediante uma análise lógica e objectiva (confiar em si mesmo na hora de decidir, estar
preparado para correr riscos razoáveis e para ser responsabilizado pelos resultados)
(Batista, 2006 P. 145).

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Conforme Mowen e Hansen (2001, p. 423-628) a tomada de decisão consiste na escolha
entre alternativas com um final imediato, e limitado em curto prazo. Consiste em:
definir o problema, identificar alternativas, prever os custos, comparar os custos e
seleccionar a alternativa. Enquanto a tomada de decisão estratégica que fornece
garantias razoáveis de crescimento e sobrevivência em longo prazo.

De acordo com Moraes (2001, p. 77), a decisão envolve um processo, isto é, uma
sequência de seis passos ou fases que se sucederão:

a) Definição e diagnóstico do problema: esta etapa compreende o levantamento de


dados e fatos a respeito do problema. Procura de soluções alternativas mais
promissoras: uma vez identificado o problema real, deve-se procurar as formas
(soluções) mais adequadas para resolvê-lo.
b) Análise e comparação dessas alternativas de solução: nesta etapa deve-se
verificar as vantagens e desvantagens de cada curso sugerido, comparando-os e
fazendo uma avaliação de custo/benefício a fim de verificar quais as
consequências futuras mais promissoras de cada acção alternativa.
c) Escolha da melhor alternativa como plano de acção: deve-se levar em
consideração que as alternativas serão satisfatórias (de acordo com o padrão
determinado) e não óptimas (dificilmente encontráveis em virtude das limitações
de recursos).
d) Execução da alternativa escolhida: esta etapa compreende o uso de habilidades
gerenciais, administrativas e de persuasão para assegurar que a alternativa
escolhida seja posta em prática.
e) Avaliação e feedback: os tomadores de decisão colhem informações sobre a
instituição da decisão e da sua eficácia em atingir as metas estabelecidas.

Chiavenato (1997) defende que no processo de decisão “a tomada de decisão é o núcleo


da responsabilidade administrativa. Decidir é optar ou seleccionar dentre várias
alternativas de cursos de acção aquela que pareça mais adequada”.

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3 APRESENTAÇÕES DAS INSTITUIÇÕES

Agora iremos conhecer um pouco a respeito das instituições por analisar os Sistemas de
Gestão Gerenciais.

3.1 EDM - Electricidade de Moçambique

A EDM como Empresa Estatal foi criada em 27 de Agosto de 1977, há sensivelmente


dois anos depois da independência de Moçambique. O seu objectivo era o
estabelecimento e a exploração do serviço público de Produção, Transporte e
Distribuição de energia eléctrica.

Uma das suas primeiras tarefas foi a de agregar todos os centros de produção num corpo
único, de modo a melhorar a satisfação das necessidades de energia eléctrica para o
desenvolvimento da agricultura, indústria, serviços e consumo doméstico, nas condições
difíceis de então. A EDM herdou um património constituído por equipamento das mais
variadas origens, modelos e tipos, em estado precário, e salvo raras excepções, sem
aprovisionamento de peças sobressalentes necessárias e adequadas.

A "nova EDM" (EDM-E.P.), passou a orientar e desenvolver a sua actividade tendo


sempre em conta a melhoria da qualidade dos serviços ao cliente e a eficiente utilização
de energia, promovendo assim a sua imagem.

Para o seu desenvolvimento a EDM apostou A procura e recrutamento interno e externo


de técnicos qualificados; A promoção de um maior número de acções de formação
profissional, com apoio externo; A execução de acções de formação básica nas várias
centrais, coordenadas pelo Serviço de Formação da EDM; e, A mobilização de apoios
externos no sentido de obtenção de apoio técnico e financeiro. Em simultâneo, e tendo
em conta a inflação pelos custos de combustíveis líquidos, a EDM começou a explorar
outras possibilidades de produção de energia eléctrica na base dos recursos hídricos
existentes no País.

A este respeito salientam-se, entre outros, os seguintes objectivos estratégicos:

 A melhoria da qualidade dos serviços aos clientes;


 A expansão da rede eléctrica doméstica e regional;

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 O desenvolvimento institucional da EDM, em particular no concernente à
criação de uma força de trabalho produtiva e motivada;
 A participação na exploração do potencial hídrico do País.

Para a satisfação desses objectivos foram lançadas as seguintes bases para a viabilização
e a modernização da Empresa:

A reestruturação institucional da Empresa, assente na promoção da competência,


melhoria de gestão e desempenho

3.1.1 Missão

Produzir, transportar, distribuir e comercializar energia eléctrica de boa qualidade, de


forma sustentável, para iluminar e potenciar a industrialização do país;

3.1.2 Visão

Transformar a EDM numa Utilidade Inteligente e Sustentável, que dá acesso à energia


eléctrica de qualidade a cada moçambicano e exerce liderança no Mercado Regional;

3.1.3 Valores

Integridade, Transparência, Igualdade, Competitividade e Espírito de Equipa;

3.1.4 Lema

 Iluminando a transformação de Moçambique;

3.1.5 Objectivos Estratégicos até 2030

 Alcançar o acesso universal à energia eléctrica;


 Transformar Moçambique num pólo regional de energia eléctrica;
 Alcançar a igualdade do género.

3.2 FIPAG – Fundo de Abastecimento e Património do Abastecimento de Água

As últimas três décadas, as populações ribeirinhas têm utilizado os cursos de alguns rios
de Moçambique para irrigação e para outros tipos de utilização. Esta foi a principal
razão para que o País enfrentasse severas faltas de água entre 1991 e 1996.

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O Governo respondeu às faltas de água com uma reforma na mudança de provisões no
abastecimento da água urbana, resultando assim a adopção da Política Nacional de
Água e a implementação dos Projectos de Desenvolvimento Nacional de Águas e na
implementação dos Projectos de Desenvolvimento Nacional de Águas I e II (NWDP I e
II). Estes projectos incluem:

 Completa gestão pelo sector privado para o abastecimento de água nas principais
cinco principais cidades (posteriormente a serem expandidos a oito cidades);
 Reformas Tarifárias para ir de encontro a uma recuperação total de custos
 A criação de um Conselho Regulador (CRA - Conselho de Regulação do
Abastecimento de Água) para este sector e de um Fundo de Investimento e
Património - FIPAG.

O FIPAG foi estabelecido por decreto número 73/98 do Conselho de Ministros em 23


de Dezembro de 1998. O abastecimento de água com fundos fixos, previamente na
disposição de empresas estatais de água nas cidades de Maputo, Beira, Quelimane,
Nampula e Pemba foram transferidas ao FIPAG.

FIPAG foi criado para assumir os trabalhos e compromissos para abastecimento de água
das quatro empresas de água da Beira, Quelimane, Nampula e Pemba. A autoridade e
responsabilidade do FIPAG incluem:

 A gestão financeira e de investimento para a reabilitação e expansão do


património dos sistemas de abastecimento de água;
 Maximização da eficiência e o retorno do património existente, e
 Contrato de gestão, monitoramento e garantia do cumprimento das obrigações
contratuais do Operador Privado em Moçambique.

O FIPAG negociou um contrato em 27 de Setembro 1999 garantindo um serviço


público de exploração para o serviço de abastecimento de água potável à cidade de
Maputo, a um consórcio formado por empresas francesa, portuguesa e moçambicanas.
O maior accionista neste consórcio era a SAUR Internacional (França).

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3.2.1 Missão

Promover o serviço de abastecimento de água nas principais cidades, através de uma


gestão efectiva da participação do sector privado, realizando investimentos e usando
património de uma forma eficiente e sustentável, promovendo tarifas justas e
salvaguardando o meio ambiente.

3.2.2 Visão

Excelência na provisão de um serviço sustentável de Abastecimento de Água urbano,


impulsionando o desenvolvimento do país.

3.2.3 Valores do FIPAG

Na prossecução da sua missão, o FIPAG guia-se pelo conjunto dos 6 imperativos éticos
seguintes, nobremente adoptados como seus valores:

 Comunicação
 Cultura de Bem Servir
 Profissionalismo
 Desenvolvimento Sustentável
 Responsabilidade

As Metas do FIPAG são a abertura de 200 mil novas ligações de água até 2019/2020 e a
Obtenção de um património moderno gerido por operadores nacionais assente em boas
práticas.

4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS SIG UTILIZADOS

A análise dos dados da entrevista foi realizada de forma qualitativa, através da técnica
de análise de conteúdo, que segundo Bardin (1995 apud ZAMBERLAN 2014, p.153):
“É um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter, através de
procedimentos sistemáticos e objectivos de descrição do conteúdo das mensagens,
indicadores que permitem inferir conhecimentos relativos às condições destas
mensagens”.

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4.1 Electricidade de Moçambique

A Electricidade de Moçambique utiliza duas tecnologias diferentes que fazem parte do


sistema, na qual um deles é o PRIMAVERA, sistema este que vem utilizando desde
Muito tempo atrás este é o terceiro sistema que eles utilizam para gerenciar as
informações administrativas. Foram cancelados dois sistemas antes destes por motivos
de lentidão e não cobertura dos necessitados. Este que é um software de contabilidade e
gestão, que serve para efectuar registos e projectar demostrações contábeis para ajudar
no processo de tomada de decisão. Despesas estas que não existe um sistema para antes
porem serem reconhecidas a nível geral, isto é, a empresa efectua gastos, somente
justifica as saídas de valores.

Através deste sistema a EDM, também utiliza par controlar o seu stock no armazém.
Porem o sistema consegue ilustrar com eficiência e eficácia todas em entradas e saídas
de materiais do armazém. O sistema é manuseado pelo Fiel de armazém, que é o
responsável pelo registo de todos os Materiais que entram e saem.

Este sistema é um sistema fiável, e para a empresa, não acarreta custos elevados. Mas
tratando-se de uma empresa grande, todos os materiais que eles utilizam tinham que
conter selos, cada remessa ou cada artigo, de modo a não haver diferenças no armazém,
pois por vezes existem diferenças entre os materiais físicos e os registos no armazém,
diferença estas que não podiam existir, tendo em conta que antes de sair qualquer
material antes porem deve passar do sistema o seu processamento.

O outro sistema de informação gerêncial que eles utilizam é diferente com a área
administrativa, o nome do sistema não foi divulgado por motivo de falta de credencial
da instituição. Mas o sistema somente é programado para efectuar cobranças, sejam de
compra de Credelec ou de impressão de facturas para as organizações.

A mesma empresa tem perspectivas de criar um sistema online de recarregamento de


Credelec, isto é, ao efectuar uma compra de Credelec em vez de recarregar, o
recarregamento for online, que nem acontece com recarregas de celulares. Este é um
desafio e um sonho da organização, para além iluminar todo Moçambique.

Estes dois sistemas estão em áreas ou sectores diferentes, nomeadamente o sector


administrativo e sector comercial. Segundo a organização da empresa.

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Mas os dois sistemas estão disponíveis para os gestores de cada cidade e para os
directores, para que os mesmos tenham acessos dos registos feitos. Logo depois os
mesmos enviam por conseguinte um relatório das informações para os demais.

4.2 FIPAG – Fundo de Abastecimento e Património do Abastecimento de Água

O sistema de informação gerêncial – SIG é a ferramenta relevante para instruir


entidades que almejam informações precisas e concisas auxiliando na tomada de
decisão dos gestores. Entretanto, é necessário que estas demonstrações contábeis
estejam em conformidade com a NBC, tendo como principal utilidade à
disponibilização de informação qualitativa.

Esta empresa, utiliza mais de 3 sistemas. No início utilizava o sistema PHC para
gerenciamento das informações contábeis, isto é, registo das despesa e para o registo
das receitas, isto é, as vendas. Com o passar do tempo, por caudas dos registos dos
processos e fechos do mês, viram-se obrigados a mudar dos sistema PHC para o
PRIMAVERA, somente para o sector Administrativo, tendo em conta que na altura o
RH utilizava o Excel para efectuar os registos.

Este sistema passou a ser utilizado para os sectores administrativos. O mesmo sistema
também pelo património, para o controlo do armazém. Mas o sistema não tem sido
eficiente, pois existe o muito processo para o registo. Primeiro pelo facto do sistema não
ser utilizado pelo fiel do Armazém, pois o fiel do armazém efectua os seus registos
manualmente, em forma de requisições que saem e entram. Logo depois passa as
requisições ao património onde efectuam o registo no sistema.

A contabilidade pôr efectua o registo destas facturas através das facturas que os seus
fornecedores trazem e não pelo que o material reflectem, e isso por vezes em quanto
pode gerar ligeiras diferenças entre o sistema e o material físico no armazém. Mas o
sistema é viável para os registos efectuados, pois o sistema da um feedback quando se
pretende tirar um material do armazém cujo no sistema o stock já esta lotado e mesmo
material ainda existe no armazém. E Para terminar nesta emprega as despesas são
reconhecidas a nível central ou da cede, através de uma Plataforma chamada PIGI
(Plataforma Integrada de Gestão de Informação), que somente tem o objectivo de
reconhecer todas as despesas acimas do fundo de Maneio da organização.

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Achei interessante esta maneira de reconhecimento geral das despesas, pois esta
maneira de gerenciar as informações das despesas é uma maneira de se ter
conhecimento sobre qual é a variação das despesas da Beira, Pemba ou qualquer outro
local onde a empresa está instalada.

Nesse processo os directores são responsáveis por aprovar ou reprovar as despesas, ele
tem acesso para tomar essas decisões, depois vai aos demais níveis hierárquicos.

O sistema PHC, envia SMS automático a respeito das facturas ou facturação do mês. O
PRIMAVERA tinha que automaticamente mostrar as percentagens executadas, tendo
em conta que tem sendo feito orçamentos anuais e a partir adi dividido em trimestrais.
Acredito que é possível criar esses requisitos no mesmo sistema, de modo a que o
sistema possa reconhecer onde mais ou menos devem ser reduzidos os custos, onde
devem ser acrescentados, tudo isso para não exceder o pré estabelecido.

O SIG em Moçambique é aderido, mas porem apenas é aderido para guardar ou


armazenar informações na maioria das vezes por empresas pequenas. Também ajuda no
seu processo de decisão, uma vez que o mesmo armazena informações de diferentes
vertentes e por sua vez por exemplo, na contabilidade ele apura certos impostos
automaticamente.

Em Moçambique, um dos sistemas que é mais utilizado para o gerenciamento das


informações é a folha do cálculo do Excel em forma de programa, tendo em conta, que
esta folha pode ser programada para inúmeros fins. Em diversas empresas
moçambicanas utilizam o Excel, só que cada uma programada de forma diferente,
estruturas diferentes, mas por vezes com o mesmo fim, isto acontece na maioria das
vezes para áreas contabilísticas.

Estas empresas, optam por este sistema, por causa do fácil acesso e também por causa
do custo que a mesta dispõe para a sua aquisição. É raro encontrar um sistema de
informação gerêncial em Moçambique que possa atender e satisfazer a empresa ou
organização, como um todo. Toda via, cada empresa dispõe do seu sistema, segundo as
actividades ou objectivos pretendidos. Para finalizar, o SIG no nosso país, Moçambique
é por 95% das empresas ou organizações legais, pois em borra não sejam de uma
tecnologia avançada ou de ponta por causa dos custos dos sistemas e os rendimentos das
mesmas organizações, com muito esforço tomamos são tomada decisões.

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5 CONCLUSÃO

Os objectivos propostos para este trabalho, foram de forma geral atingidos. A análise do
sistema de Informação Gerêncial de duas grandes empresas. Escolheu-se duas empresas
Grandes e publicas que produzem para fazer a análise dos seus sistemas administrativos
e comerciais.

A realização do presente estudo permitiu ao autor aplicar os conhecimentos que foram


adquiridos ao longo de todo o período académico A realização desse estudo permitiu
compreender a importância de um Sistema de Informações Gerenciais (SIG) para a
eficácia na gestão das funções de organização, seja no planeamento, na direcção e
controle das empresas, pois eles facilitam, agilizam e optimizam o processo decisório
nas empresas.

As tecnologias da informação actualmente disponíveis permitem que as organizações


tenham os seus processos facilitados. Uma dessas tecnologias são os Sistemas de
Informações Gerenciais (SIG), que apoiam a empresa nas suas funções de planeamento,
organização, liderança e controle. Porém, a adopção de um SIG, requer uma atenção
especial, pois erros na sua implantação e aplicações desacertadas podem trazer sérias
complicações à empresa, fazendo com que o sistema prejudique ao invés de auxiliar nos
processos.

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