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DOI: 10.5585/rgss.v3i2.97
Data de recebimento: 17/02/2014
Data de Aceite: 18/05/2014
Organização: Comitê Científico Interinstitucional
Editor Científico: Marcia Cristina Zago Novaretti
Editor Adjunto: César Augusto Biancolino
Avaliação: Double Blind Review pelo SEER/OJS
Revisão: Gramatical, normativa e de formatação
RESUMO
Com a acirrada disputa das empresas por melhores posições no mercado, a compreensão do retorno sobre o negócio
e a utilização dos recursos disponíveis de forma eficaz e eficiente são indispensáveis. O estudo acadêmico de um
modelo que possibilite ampla visão econômica da empresa, seja pelos resultados de sua atividade, ou pela
administração de seu ativo, é de extrema importância para a formação do profissional. Para suprir essas necessidades,
o modelo Dupont é voltado à análise da lucratividade das vendas e do giro, que demonstra a eficiência da utilização
dos ativos de uma organização. Foi realizado estudo de caso, descritivo, quantitativo e qualitativo. Foram utilizadas
para elaboração da pesquisa, as demonstrações contábeis dos anos de 2007 a 2012. Com base no material analisado,
foi realizado o cálculo do modelo Dupont na empresa São Francisco Sistema de Saúde S/E Ltda, operadora de planos
de saúde. O método utilizado na pesquisa permitiu analisar a empresa estudada e identificar os causadores das
variações de rentabilidade. As decisões tomadas pela empresa, bem como o órgão regulamentador da área da saúde
tiveram forte influência sobre os índices obtidos.
PROFITABILITY ANALYSIS USING THE DUPONT MODEL: CASE STUDY ON A HEALTH PLANS
OPERATOR
ABSTRACT
With fierce competition from companies for better market positions, it is essential to understand the return on your
business and to use available resources effectively and efficiently. The academic study of a model that enables a broad
economic vision of the company, whether in terms of the results of its activity or of the administration of its assets, is
of the utmost importance for the formation of a professional. To address these needs the Dupont model is directed at
the analysis of the profitability of sales and ofasset turnover, which demonstrates the efficiency of utilization of the
assets of an organization. The method used for the elaboration of this investigation was a descriptive, quantitative and
qualitative case study. The financial statements for the years 2007 to 2012 were used to prepare this report. Based on
the analyzed material, the Dupont model was calculated in the São Francisco Health System S/E Ltda, a health plan
operator. The research method used allowed us to analyze the company studied and to identify the causes of variations
in profitability. The decisions taken by the company, as well as the regulatory organ of the health area had a strong
influence on the rates obtained.
Flávia Fernandes1
Maria Edneia Ferreira2
Eduardo Ribeiro Rodrigues3
1
Centro Universitário UNISEB. Brasil. E-mail: flavia_fernandes_@hotmail.com
2
Centro Universitário UNISEB. Brasil. E-mail: maria16ef@yahoo.com.br
3
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo -
FEARP/USP. Brasil. E-mail: eduardoribeiro@fearp.usp.br
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funcionários suficientes para atendimento de tais de capital aberto e a ANS, que regula as empresas de
exigências, o que pode afetar os custos da entidade. plano de saúde. Esses órgãos estabelecem normas,
Como destaca Assaf Neto (2010), uma controlam e fiscalizam seus setores, exigindo a
preocupação essencial do analista deve ser a de publicação das demonstrações com pareceres de
conhecer de forma detalhada a empresa e o seu auditores, com o objetivo de assegurar a veracidade
mercado de atuação, para melhor avaliar as decisões dos dados contidos nos relatórios.
financeiras tomadas. Conhecendo tais informações e Como destaca Assaf Neto (2010, p.45), “todo
analisando seus possíveis impactos sobre os resultados processo de análise requer conhecimentos sólidos da
dessa empresa, o gestor poderá se precaver, forma de contabilização e apuração das demonstrações
administrando os possíveis danos que tais fatores contábeis, sem os quais ficam seriamente limitadas as
externos podem lhe causar. conclusões extraídas sobre o desempenho da
empresa.” Para Iudícibus, Marion e Faria (2009), a
“célula cancerosa” repousa na má gerência e nas
3 ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA decisões tomadas sem respaldo e dados confiáveis.
Compreendendo os dados contidos nas
A análise econômico-financeira objetiva demonstrações financeiras, o usuário será capaz de
compreender a situação de uma organização, tanto extrair a informação que necessita e analisá-la de
com relação aos seus resultados quanto á disposição de forma a tomar uma decisão fundamentada.
seus recursos. Quanto à utilização da análise
econômico-financeira, Padoveze e Benedicto (2007, p.
3) complementam que “a análise de balanço ou análise 3.1 Demonstrações Financeiras
financeira consiste em processo meditativo sobre os
números de uma entidade, para avaliação de sua As demonstrações financeiras são relatórios
situação econômica, financeira, operacional e de contábeis que apresentam as transações efetuadas pela
rentabilidade.”. empresa, sendo elas financeiras, patrimoniais, ou de
Os indicadores econômico-financeiros são desempenho de sua atividade fim. Para Iudícibus,
calculados a partir das demonstrações financeiras. “A Marion e Faria (2009), a contabilidade é o grande
análise financeira organiza as informações contábeis e instrumento que auxilia a tomada de decisões
agrega outras informações relevantes para auxiliar coletando todos os dados econômicos, mensurando-os
seus usuários na avaliação, tomada de decisões e na monetariamente, registrando-os e sumarizando-os em
orientação de suas ações” (Silva, 2006, p. 47). forma de relatórios.
Segundo Assaf Neto (p.39, 2010), “a análise A utilização das demonstrações financeiras
das demonstrações contábeis de uma empresa pode ocorre desde o Renascimento, quando surgiram, com
atender a diferentes objetivos consoantes com os a publicação em 1494 do livro Summa de arithmrtica,
interesses de seus vários usuários ou pessoas físicas ou geometria et proportionalitá de Luca Pacioli, as
jurídicas que apresentam algum tipo de demonstrações por meio do método das partidas
relacionamento com a empresa”. dobradas. “Pacioli decifrou um enigma que permitiu,
As demonstrações financeiras são de grande pela primeira vez, que pessoas tomassem decisão e
utilidade para os usuários internos e externos à previssem o futuro com a ajuda dos números”
organização, pois são os dados fornecidos pelos (Bernstein, 1997, apud Iudícibus, Marion & Faria,
demonstrativos que possibilitam a extração de 2009).
informações necessárias para a tomada de decisões, Atualmente, os relatórios financeiros contam
seja para concessão de crédito ou até mesmo alteração com diversos demonstrativos, criados para atender as
de política da empresa. necessidades de quem os utilizam, sendo citado como
Iudícibus (2008) define a análise de balanço exemplo o Balaço Patrimonial (BP) e o Demonstrativo
como uma arte, por não existir um roteiro padronizado de Resultado do Exercício (DRE).
que leve sempre às mesmas conclusões, dentro das O Balanço Patrimonial tem a finalidade de
mesmas circunstâncias. Como relata Matarazzo (2010, apresentar a situação patrimonial da empresa, suas
pág. 5), “o grau de excelência da Análise de Balanços obrigações e bens. Como destaca Iudícibus (2008,
é dado exatamente pela qualidade e extensão das pág.27), “o Balanço Patrimonial (BP) é constituído de
informações que conseguir gerar”. duas colunas: a coluna do lado direito, denominada
Considerando a amplitude de usuários das Passivo e Patrimônio Líquido. A coluna do lado
demonstrações e sua utilidade para concretização da esquerdo é denominada Ativo.” Segundo Silva (2006,
análise, é perceptível a necessidade de que tais p. 94) “o ativo mostra onde a empresa aplicou os
relatórios sejam transparentes quanto aos dados recursos, ou seja, os bens e direitos que possui”. Essa
fornecidos. Para que essa necessidade seja assegurada, demonstração iguala os ativos da empresa (o que ela
existem órgãos regulamentadores, como o Comitê de possui) ao seu financiamento, o qual pode ser feito
Valores Mobiliários (CVM), que regula as empresas
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com o capital de terceiros (dívidas) ou capital próprio
(fornecido pelos proprietários) (Gitman, 2004, p.38). 3.2.1 Análise de Liquidez
Portanto, o grupo do ativo abrange os bens da
empresa, demonstrando a aplicação de seus recursos, Para que uma empresa mantenha-se no
sendo dividido em ativo circulante, que inclui as mercado é imprescindível que compreenda sua
contas de rápida rotação, e ativo não circulante, que estrutura financeira, e o índice de liquidez é um
corresponde às contas realizáveis à longo prazo, seus importante indicador que possibilita tal compreensão.
bens e investimentos. “A liquidez de uma empresa é medida por sua
Segundo Assaf Neto (2010, pág. 48), “o capacidade de cumprir as obrigações de curto prazo à
passivo identifica as exigibilidades e obrigações da medida que vencem. Corresponde à solvência da
empresa, cujos valores se encontram investidos no posição financeira geral da empresa” (Gitman, 2004,
ativo.” Gitman (2004, p.38) ainda ressalta que “tal p. 46).
como é feito com os ativos, as contas de passivo Liquidez Geral é a capacidade financeira da
exigível e de PL são listadas das com prazo mais curto empresa de pagamento de todas as suas dívidas de
às com prazo mais longo”. O passivo é composto por curto e longo prazo. Caso o resultado do cálculo desse
circulantes e não circulantes, já o patrimônio líquido índice seja superior a um, é possível verificar a
compreende os recursos próprios da empresa, tanto existência de uma folgade dinheiro, essa folga advém
pelo capital investido pelos sócios, quanto pelo lucro do capital próprio.
realizado pela sua atividade e não distribuído, sendo
este alocado como reserva. Liquidez Geral
De acordo com Silva (2006, p. 9), “a Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo
=
demonstração do resultado do exercício, conforme o Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo
próprio nome sugere, demonstra o resultado obtido
pela empresa em determinado período, isto é, o lucro Como destaca Matarazzo (2010, p. 107), “a
ou prejuízo”. Assaf Neto (2010, p. 64) ainda destaca margem de folga para manobras de prazo visa
que “a demonstração de resultados do exercício visa equilibrar as entradas e saídas de caixa. Quanto
fornecer, de maneira esquematizada, os resultados maiores os recursos, maior essa margem, maior a
auferidos pela empresa em determinado exercício segurança da empresa, melhor a situação financeira”.
social, os quais são transferidos para contas do PL”. O índice de liquidez corrente dimensiona a estrutura
Silva (2006, p. 95) descreve que “a do ativo circulante e passivo circulante, demonstrando
demonstração do resultado acumula as receitas, os se os recursos de curto prazo são ou não maiores que
custos e as despesas relativas a um período de tempo, as dívidas de curto prazo, identificando se há ou não
mostrando o resultado e possibilitando se conhecerem uma folga quanto aos prazos de pagamento e
seus componentes principais”. A DRE é regida pelo recebimento.
regime de competência e possibilita identificar a
situação econômica da empresa, permitindo a Ativo Circulante
captação, por meio dos dados fornecidos, de Liquidez Corrente =
Passivo Circulante
informações como a capacidade de vendas, proporção
de cada uma das despesas com o faturamento da A liquidez seca atua como complemento ao
empresa, e margem de lucro. índice de liquidez corrente, demonstrando a
capacidade financeira da empresa em honrar suas
3.2 Índices Econômico-Financeiros dívidas em curto prazo. “Esse índice fornece uma
medida melhor da liquidez geral quando o estoque de
As demonstrações evidenciam uma empresa não pode ser facilmente convertido em
numericamente fatos passados que afetam a estrutura dinheiro. Se o estoque for líquido, o índice de liquidez
econômico-financeira da empresa. Esses fatos, por si corrente será uma medida favorável de liquidez”
só, são apenas dados, e para transformá-los em (Gitman, 2004, p. 46).
informação, são realizadas análises por meio de
índices captados desses demonstrativos. Liquidez Seca
Segundo Matarazzo (2010, p.81), “índice é a (Ativo Circulante − Estoques − Despesas Antecipadas)
relação entre contas ou grupo de contas das =
Passivo Circulante
Demonstrações Financeiras, que visa evidenciar
determinado aspecto da situação econômica ou A liquidez imediata demonstra a capacidade
financeira de uma empresa”. Os índices permitem que financeira de a empresa pagar suas obrigações de curto
analistas ou gestores analisem a situação da empresa, prazo (passivo circulante), utilizando as suas
proporcionando o planejamento e controle de seus disponibilidades. Segundo Assaf Neto (2010, p. 163),
fatores internos e, em alguns casos, a administração de “esse quociente é normalmente baixo pelo pouco
fatores externos. interesse das empresas em manterem recursos
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monetários em caixa, ativo operacionalmente de Composição do Endividamento
reduzida rentabilidade”. Passivo Circulante
=( ) 100
Capital de Terceiros
Disponível
Liquidez Imediata =
Passivo Circulante Com a compreensão da estrutura financeira
da empresa é possível avançar para o entendimento do
Assim como os índices de liquidez, os índices de retorno de suas operações. Tais informações podem
estrutura de capital são também uma importante ser percebidas por meio da análise de rentabilidade.
ferramenta para a compreensão da situação financeira
da empresa. 3.2.3 Análise de Rentabilidade
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4.1 Estudos Anteriores sobre o Modelo Dupont e, consequentemente, os fatores de rentabilidade a eles
associados (ROA e ROA operacional,
Acerca das consequências da crise respectivamente), explicam melhor o desempenho das
internacional de 2008 sobre o cenário brasileiro, E. A. ações de empresas brasileiras listadas na BOVESPA.
Catapan, A.Catapan, D. C. Catapan e Teles (2010)
desenvolveram um estudo sobre o impacto da crise nas
quatro maiores distribuidoras de energia elétrica do 5 METODOLOGIA
Brasil. Paralelamente aos indicadores de rentabilidade
do ativo e PL utilizados, os autores aplicaram a Foi realizado estudo de caso, descritivo,
Análise Dupont, modelo amplamente empregado quantitativo e qualitativo. Sendo assim, a proposta é
também pelos administradores financeiros na analisar o modelo Dupont em uma empresa de planos
atualidade. Esse estudo analisou os anos de 2006 a de saúde, a São Francisco Sistema de Saúde S/E Ltda.
2009 das empresas, constatou que houve impacto da A utilização deste método permite analisar a empresa
crise internacional sobre os resultados das empresas. e identificar os causadores das variações de sua
Segundo Catapan et al. (2010) os efeitos foram rentabilidade e verificar as alterações dos indicadores
originados do consumo da classe industrial, a mais de lucratividade e giro do ativo nos anos de 2007 a
afetada pela crise. Nas empresas analisadas, a classe 2012. Foram utilizadas para elaboração deste estudo,
industrial apresentou queda no consumo de energia as demonstrações contábeis desse período e com base
elétrica, essa queda apresentou diferentes nuances em no material analisado, foi realizado o cálculo do
cada uma das companhias. modelo Dupont.
Soares e Galdi (2010) analisaram as
demonstrações dos anos de 1995 a 2008 das empresas
com ações negociadas na BOVESPA, considerando as 6 ANÁLISE DOS RESULTADOS
ações de maior liquidez de cada empresa, com exceção
das empresas financeiras. Por meio de suas pesquisas 6.1 Breve Histórico da Empresa Analisada
os autores procuraram identificar entre os modelos
Dupont e Dupont modificado qual explica melhor o A São Francisco Sistema de Saúde S/E Ltda.
desempenho das ações das empresas analisadas. Os é uma operadora de plano de saúde, integrando o
autores investigaram, ainda, quais dos modelos de Grupo Empresarial São Francisco que atua no
decomposição do ROE, Dupont e Dupont modificado mercado desde 1945. A empresa opera nos estados de
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Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas sinistralidade, que é o percentual de gastos com a
Gerais e São Paulo. assistência à saúde sobre a receita adquirida, de
O objetivo da empresa é administrar, 79,70%. A empresa analisada fechou o ano com uma
assessorar e comercializar planos de saúde, tanto sinistralidade de 70,71%, um percentual menor que o
individuais, quanto coletivo e familiar, mediante do mercado. Apesar da sinistralidade menor que a do
contrato ou reembolso de despesas médicas. Buscando setor, analisando a margem líquida pode-se perceber
promover a qualidade de vida e saúde de seus que a empresa não conseguiu, por meio de sua
beneficiários, a empresa possui uma rede de atividade, arcar com seus custos e despesas, que
atendimento, composta por mais de dois mil serviços representaram 37,65% da receita, sendo que somente
credenciados. Por possuir grande número de clientes as despesas administrativas representaram 23,26%.
do setor sucroalcooleiro, a empresa oferece modelos Analisando o índice de eficiência do ativo no
de atendimentos específicos para usinas. ano de 2007, verificou-se que a empresa obteve um
giro de 3,17%. Um dos possíveis motivos desse
6.2 Análises Dupont resultado pode ter sido em função ao tipo de atividade
da empresa. Quando o cliente contrata um plano em
Nesta etapa será apresentada a análise Dupont que já são estabelecidos os serviços cobertos por ele,
aplicada na empresa São Francisco Sistema de Saúde os custos diretos (quantidade de consultas e exames
Ltda., no período de 2007 a 2012, em que serão disponíveis ao cliente) são mais difíceis de ser
identificados quais os fatores de maior impacto na taxa controlados. Á medida que a empresa percebe que o
de rentabilidade dos ativos. cliente vem utilizando com frequência o plano de
No ano de 2007, a São Francisco Saúde não saúde, é necessário efetuar o ajuste do preço de
conseguiu retorno com seu investimento, analisado comercialização do mesmo, pois a diminuição do
por meio do retorno do ativo, a empresa chegou ao custo pode acarretar em má qualidade do serviço
percentual de -26,5%. O cenário do setor de saúde em prestado (Figura 2).
2007, segundo dados da ANS, apresentava uma
Vendas
Lucro líquido 2007 27.023.732,00
2007 - 2.258.287,00 -
Margem líquida Custos + Despesas
2007 -8,36% / 2007 29.282.019,00
Vendas
Retorno sobre o ativo 2007 27.023.732,00
2007 -26,52% X
Vendas líquidas Circulante
2007 26.849.710,00 2007 7.983.121,00
Giro do ativo / +
2007 3,17 Ativo Realizável a longo prazo
2007 8.460.576,00 2007 -
+
Permanente
2007 477.455,00
Em 2008, houve melhora no retorno do ativo, 3,11% do total das aplicações realizadas pela empresa
porém não foi suficiente para remunerar o total em seus ativos. Comparado ao ano de 2007, a empresa
investido pela empresa, demonstrando deficiência de demonstrou melhora em seus resultados com aumento
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das vendas e o percentual do custo sobre a receita sem do giro de 2007 para o de 2008, pois ocorreu também
grande oscilação. As receitas tiveram aumento aumento do total investido. A empresa elevou o seu
proporcional maior que as despesas, melhorando o imobilizado, expandindo seu atendimento,
índice de margem líquida. Apesar de ter aumentado as contribuindo para o acréscimo da receita (Figura 3).
vendas em 44,34% não houve alteração significativa
Vendas
Lucro líquido 2008 48.759.342,00
2008 - 379.654,00 -
Margem líquida Custos + Despesas
2008 -0,78% / 2008 49.138.996,00
Vendas
Retorno sobre o ativo 2008 48.759.342,00
2008 -3,11% x
Vendas líquidas Circulante
2008 48.236.749,00 2008 10.608.854,00
Giro do ativo / +
2008 4,00 Ativo Realizável a longo prazo
2008 12.057.617,00 2008 1.495,00
+
Permanente
2008 1.447.268,00
O retorno sobre o ativo apresentou aumento Ativo Garantidor com o intuito de cobrir possíveis
significativo em 2009. Enquanto que no ano anterior a riscos inerentes à atividade. O valor de tal conta
empresa não conseguiu sequer obter retorno do que foi representou 41,46% do ativo que a empresa possuía
investido. Nesse ano, a empresa conseguiu capitalizar anteriormente.
$5,01 a cada $100,00 investidos. A margem líquida de 2009 demonstrou que a
Analisando os índices de 2009, observou-se empresa conseguiu a melhora em seus resultados, além
que apesar de ter aumentado suas vendas, a empresa de cobrir todos os seus custos e despesas a empresa
diminuiu o giro do ativo em 0,59%. Isso ocorreu obteve um retorno de 1,47%. Isso ocorreu devido ao
devido ao aumento de 94% dos ativos. Em aumento nas vendas, proporcionalmente aos custos e
cumprimento às regras da ANS, foi criado um Fundo despesas (Figura 4).
de Investimentos, no qual a empresa deve dispor de um
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Saúde
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Vendas
Lucro líquido 2009 80.760.934,00
2009 1.188.232,00 -
Margem líquida Custos + Despesas
2009 1,47% / 2009 79.572.702,00
Vendas
Retorno sobre o ativo 2009 80.760.934,00
2009 5,01% x
Vendas líquidas Circulante
2009 79.522.088,00 2009 21.071.287,00
Giro do ativo / +
2009 3,41 Ativo Realizável a longo prazo
2009 23.348.015,00 2009 337.260,00
+
Permanente
2009 1.939.468,00
Em 2010, a empresa conseguiu melhorar a um dos grandes responsáveis por a receita ter
sua rentabilidade em comparação a 2009, fechando o aumentado 64,13% comparado ao ano anterior.
ano com retorno do ativo de 6,63%. A empresa Houve aumento no investimento do
conseguiu cobrir todos os seus custos e despesas com departamento de marketing aumentando a divulgação
a receita adquirida, tendo uma folga ainda de 1,94%. e patrocínios, que acarretou, inclusive, na premiação
As despesas administrativas, assim como em 2007, do departamento pelo desenvolvimento de campanhas
foram as que impactaram nos custos e despesas publicitárias. O giro do ativo, comparado com o ano
representando 16,36% do total da receita. Houve, anterior, não sofreu alterações, pois o ativo e as vendas
dentre as despesas, o aumento dos gastos com líquidas aumentaram na mesma proporção,
publicidade e propaganda, podendo ser esses gastos permanecendo com giro igual ao ano de 2009 (Figura
5).
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Saúde
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Vendas
Lucro líquido 2010 132.556.217,00
2010 2.576.648,00 -
Margem líquida Custos + Despesas
2010 1,94% / 2010 129.979.569,00
Vendas
Retorno sobre o ativo 2010 132.556.217,00
2010 6,63% x
Vendas líquidas Circulante
2010 130.656.407,00 2010 30.291.643,00
Giro do ativo / +
2010 3,41 Ativo Realizável a longo prazo
2010 38.318.060,00 2010 1.462.209,00
+
Permanente
2010 6.564.208,00
Em 2011, o retorno sobre o ativo de 11,81% 28,66%, gerando margem líquida de 2,87%. Quanto ao
demonstrou que a empresa aumentou a sua eficiência, aumento das vendas, um dos fatores foi a aquisição de
soube aproveitar melhor todo o seu investimento, se uma nova carteira de clientes no estado de Goiás, com
comparado ao ano anterior. A empresa também aproximadamente 13 mil novos clientes. Em
conseguiu cobrir seus custos e despesas de acordo com comparação ao ano anterior, o giro do ativo foi melhor,
a receita adquirida, porém foi menor do que em 2010, fechando em 4,12%, o que demonstra que a empresa
pois o aumento da despesa foi maior que o da receita. soube aumentar a eficiência da utilização dos seus
A despesa sofreu aumento de 23,24 % e a receita de ativos (Figura 6).
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Saúde
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Vendas
Lucro líquido 2011 170.547.516,00
2011 4.888.330,00 -
Margem líquida Custos + Despesas
2011 2,87% / 2011 165.659.186,00
Vendas
Retorno sobre o ativo 2011 170.547.516,00
2011 11,81% x
Vendas líquidas Circulante
2011 169.858.351,00 2011 28.191.879,00
Giro do ativo / +
2011 4,12 Ativo Realizável a longo prazo
2011 41.240.869,00 2011 4.073.499,00
+
Permanente
2011 8.975.491,00
Em 2012, a empresa não conseguiu retorno da empresa. O giro do ativo ficou em 3,94%,
sobre o seu ativo, demonstrando índice de -12,20%. demonstrando diminuição, se comparado com o ano
Fazendo o desdobramento desse índice, foi possível anterior, pois as vendas líquidas tiveram aumento
verificar que a empresa não conseguiu cobrir seus menor que o ativo. Também foi constatado aumento
custos e despesas sobre a receita adquirida, considerável, tanto no ativo circulante quanto no
apresentando margem líquida de -3,10%. Houve permanente. No ativo circulante, a conta de maior
aumento dos custos para a melhora no atendimento aos impacto foi a de aplicações financeiras, que assim
beneficiários, já que a empresa sofreu punições por como em 2009 aumentou o Fundo de Investimento
parte da ANS devido a reclamações de seus usuários. dedicado ao setor de saúde suplementar. No ativo
A ANS impediu que a empresa comercializasse seis permanente a conta que teve maior crescimento foi a
planos de saúde até que ela se adequasse aos prazos de de intangíveis, pois a empresa fez aquisição da carteira
atendimento estabelecidos. Para o cumprimento de tais de clientes da Benemed4 no valor de $9.584.229,00,
solicitações foi necessário o aumento do número de representando aumento de 43,87% (Figura 7).
colaboradores, o que explica o crescimento do custo
Vendas
Lucro líquido 2012 284.708.751,00
2012 - 8.814.107,00 -
Margem líquida Custos + Despesas
2012 -3,10% / 2012 293.522.858,00
Vendas
Retorno sobre o ativo 2012 284.708.751,00
2012 -12,20% x
Vendas líquidas Circulante
2012 284.147.807,00 2012 50.879.622,00
Giro do ativo / +
2012 3,94 Ativo Realizável a longo prazo
2012 72.129.472,00 2012 2.645.965,00
+
Permanente
2012 18.603.885,00
A Figura 8 apresenta os índices dos seis anos só conseguiu remunerar, de fato, o capital investido no
da empresa estudada, permitindo identificar as ano de 2009. Em 2010, ela conseguiu aumentar ainda
maiores oscilações durante esse período. mais o seu retorno, chegando em 2011 ao seu melhor
Analisando o retorno sobre o ativo dos seis resultado. Porém, tal melhora não foi mantida no ano
anos, percebe-se que a empresa sofreu grandes seguinte, demonstrando ineficiência na utilização dos
oscilações durante esse período, não conseguindo ativos no ano de 2012. Foi possível observar, ainda,
manter um índice satisfatório de retorno sobre o que que no desdobramento do índice de retorno o principal
foi investido. Tomando como base o ano de 2007, causador das variações foi o índice de margem líquida,
verificou-se que a empresa iniciou com índice já que o índice de giro do ativo não teve grande
negativo, no ano posterior apresentou melhora, porém variação no período (Figura 8).
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FERNANDES/ FERREIRA/ Revista de Gestão em Sistemas de Saúde - RGSS
RODRIGUES 42 Vol. 3, N. 2. Julho/Dezembro. 2014
Análise de Rentabilidade Utilizando o Modelo Dupont: Estudo de Caso em uma Operadora de Planos de
Saúde
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FERNANDES/ FERREIRA/ Revista de Gestão em Sistemas de Saúde - RGSS
RODRIGUES 44 Vol. 3, N. 2. Julho/Dezembro. 2014