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Ilha de Moçambique
Abril, 2020
Ética dos máximos e dos mínimos
Portanto, a ética dos mínimos, consiste em dar cada um o que lhe corresponde, que é a
exigência da justiça, do mínimo decente humano (Adela Cortina, 2005). Podemos encontrar
concretizado na obrigação por parte sociedade de garantir cada um o exercício dos direitos. O
mínimo ético é representado por preceitos morais necessários para que uma sociedade possa
viver em harmonia.
Quando falamos da ética dos máximos, estamos a falar essencialmente da ética da felicidade
(o máximo tem haver com a felicidade). Trata-se de uma ética que busca promover a
realização e a felicidade das pessoas, do bom que causa felicidade, ou seja, a autopenalização
de alcançar os fins propostos.
O bom não pode ser exigido dos outros seres racionais, pois se trata fundamentalmente de
uma realização subjectiva, pessoal. O que é bom para um pode não ser bom para outro. O que
causa felicidade a um pode não causar a outro. O bom, neste sentido, está no campo das
possibilidades e nunca das exigências.
Para finalizar, é de salientar que a ética dos mínimos ocupa-se da dimensão universalizável
do fenómeno moral, isto é, daqueles deveres exigíveis de qualquer ser racional, identificadas
com as exigências mínimas (o justo). Por sua vez a ética dos máximos oferece ideais de vida
boa, possíveis de hierarquização. Trata-se de ética que aconselha modelos morais que
dependem de uma opção subjectiva, não sendo exigíveis para qualquer ser racional.