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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

OVIDIO LOPES DA CRUZ NETTO

LEVANTAMENTO DE REQUISITOS PARA IMPLANTAÇÃO DE UM


SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE CONTROLE DE ALUNOS EM UMA
INSTITUIÇÃO DE ENSINO: ESTUDO DE CASO – EDUCANDÁRIO ELITE –
GUARULHOS - SP

SÃO PAULO

2009
OVIDIO LOPES DA CRUZ NETTO

LEVANTAMENTO DE REQUISITOS PARA IMPLANTAÇÃO DE UM


SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE CONTROLE DE ALUNOS EM UMA
INSTITUIÇÃO DE ENSINO: ESTUDO DE CASO – EDUCANDÁRIO ELITE –
GUARULHOS - SP

Trabalho de Conclusão de Curso de Pós –


Graduação Lato Sensu Engenharia de
Software da Universidade São Judas Tadeu

Orientador: Prof. Ms Aluízio Saiter

SÃO PAULO

2009
OVIDIO LOPES DA CRUZ NETTO

LEVANTAMENTO DE REQUISITOS PARA IMPLANTAÇÃO DE UM


SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE CONTROLE DE ALUNOS EM UMA
INSTITUIÇÃO DE ENSINO: ESTUDO DE CASO – EDUCANDÁRIO ELITE –
GUARULHOS - SP

Aprovado em : ____/____/________
Nota:_________________________
Avaliador: _________________________________
Dedico este trabalho aos meus pais, que são a
base de tudo que faço na vida, minha
namorada, ao Professor Aluízio Saiter e ao
meu Nonno que nos deixou em 2002 e faz
muita falta.
Estamos nos anos inicias de um tempo que
chamo de "década digital" - uma era em que
computadores deixarão de ser meramente
úteis para se tornar uma parte significativa e
indispensável de nossa vida diária.

Bill Gates
LOPES, Ovidio. Levantamento de Requisitos para Implantação de um Sistema de
Informação de Controle de Alunos em uma Instituição de Ensino: Estudo de Caso –
Educandário Elite – Guarulhos - SP. São Paulo, 2009. 56 f. Trabalho de conclusão de
curso de Pós-Graduação Lato Sensu – Universidade São Judas Tadeu.

RESUMO

A tecnologia tem chegado ao ensino com movimentos que são denominados


de "ondas". Esses movimentos iniciam nos anos 70 num processo de evolução
social, científica e tecnológica. A primeira onda foi o Logo e programação, a
segunda onda trata-se da Informática básica, já a terceira onda é o sistema de
informação dentro da Instituição de Ensino seguido pela Aprendizagem
colaborativa. É importante observar que a tecnologia passa desde a parte
administrativa de uma Instituição de Ensino até chegar nas salas de aula
através do uso da internet para pesquisa e dos softwares educacionais, usando
a tecnologia não como uma disciplina e sim utilizando-a para ensinar diversas
tecnologias. Com isso será mostrado nesse trabalho quais os Requisitos são
necessários para Implantação de um Sistema de Informação em uma
Instituição de Ensino, afinal uma Instituição de Ensino hoje necessita de todos
os cuidados na Implementação do sistema, como uma empresa de outro
segmento. Afinal uma Instituição de Ensino que oferece ferramentas onlines
para os seus alunos consegue um diferencial comercial, além da segurança
das informações e melhor controle administrativo. O sistema implantado tem
três frentes principais, que são elas o Portal do Aluno, o Portal do Professor e o
Portal Administrativo.

Palavras-chave: Tecnologia, Instituição de Ensino, Sistema de Informação e


Levantamento de Requisitos.
LOPES, Ovidio. Levantamento de Requisitos para Implantação de um Sistema de
Informação de Controle de Alunos em uma Instituição de Ensino: Estudo de Caso –
Educandário Elite – Guarulhos - SP. São Paulo, 2009. 56 f. Trabalho de conclusão de
curso de Pós-Graduação Lato Sensu – Universidade São Judas Tadeu.

ABSTRACT

The technology has come to education with movements that are called "waves."
These movements begin in the 70s in a process of social development, science
and technology. The first wave was the Logo programming and the second
wave it is the basic Informatics, already the third wave is the information system
within the institution followed by the Education Collaborative Learning. It is
important to note that technology is from the administration of an educational
institution to get in the classroom through the use of Internet for research and
educational software, using the technology not as a discipline, but using it to
teach various technologies . With that will be shown in this work which are
necessary requirements for implementation of an Information System in an
educational institution, after all an educational institution today needs all care in
the implementation of the system, as a company in another segment. After an
educational institution that offers online tools for their students to a spread
trade, than the security of information and better administrative control. The
system implemented has three main fronts, which they are the portal of the
Student, the Teacher's Portal and the Portal Administration.

Keywords: Technology, Institution of Education, Information System and lifting


requirements
LISTA DE SIGLAS

ACAC Aprendizagem Colaborativa Apoiada por Computador


CSCW Computer-Supported Cooperative Work
PCN Parâmetros Curriculares Nacionais
PROINFO Programa Nacional de Informática na Educação
S3E Sistema Educacional Educandário Elite
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 10
2 EVOLUÇÃO DA INTRODUÇÃO DA TECNOLOGIA NO ENSINO............... 11
2.1 Fatores Relevantes na Implantação de um Sistema de Informação
em uma Instituição de Ensino ................................................................... 16
2.1.1 Teoria do Desenvolvimento de Jean Piaget..................................... 17
2.1.2 Como fazer a melhor escolha do Sistema de Informação................ 19
2.2 Levantamento de Requisitos ............................................................... 21
2.2.1 Quais os métodos e técnicas utilizados ........................................... 22
2.2.2 Casos de Uso................................................................................... 24
2.2.3 Descrição dos Casos de Uso ........................................................... 25
2.2.4 Documento de Visão ........................................................................ 27
2.2.4.1 Introdução.................................................................................. 28
2.2.4.1.1 Finalidade............................................................................ 28
2.2.4.1.2 Escopo ................................................................................ 29
2.2.4.1.3 Definições – Acrônimos - Abreviações................................ 29
2.2.4.1.4 Referências ......................................................................... 29
2.2.4.1.5 Visão Geral ......................................................................... 29
2.2.4.2 Posicionamento ......................................................................... 30
2.2.4.2.1 Oportunidade de Negócios.................................................. 30
2.2.4.2.2 Descrição do Problema ....................................................... 30
2.2.4.2.3 Sentença de Posição do Produto........................................ 30
2.2.4.3 Descrições dos Envolvidos e dos Usuários ............................... 31
2.2.4.3.1 Resumo dos StakeHolders.................................................. 31
2.2.4.3.2 Resumo dos Usuários ......................................................... 32
2.2.4.3.3 Ambiente do Usuário........................................................... 32
2.2.4.3.4 Perfis dos Stakeholders ...................................................... 33
2.2.4.3.4.1 Gerenciador on-line: Proprietária.................................. 33
2.2.4.3.4.2 Gerenciador: Administrador.......................................... 33
2.2.4.3.5 Perfis dos Usuários ............................................................. 34
2.2.4.3.5.1 Alunos........................................................................... 34
2.2.4.3.5.2 Professores .................................................................. 35
2.2.4.3.5.3 Administradores............................................................ 35
2.2.4.3.6 Principais necessidades dos usuários ou dos Stakeholders36
2.2.4.4 Visão Geral do Produto.............................................................. 37
2.2.4.4.1 Suposições e Dependências............................................... 37
2.2.4.4.2 Custos e Preços.................................................................. 37
2.2.4.4.3 Licenciamento e Instalação................................................. 37
2.2.4.5 Recursos do Produto ................................................................. 37
2.2.4.5.1 Sistema on-line de matrículas ............................................. 37
2.2.4.5.2 Professores lançaram notas e faltas on-line ....................... 37
2.2.4.5.3 Professores registraram-se como instrutor on-line.............. 38
2.2.4.5.4 Acesso ao catálogo de disciplinas ...................................... 38
2.2.4.5.5 Acesso a reserva de recursos áudio-visuais ....................... 38
2.2.4.5.6 Alunos selecionaram as disciplinas..................................... 38
2.2.4.5.7 Cancelamento de Disciplinas automaticamente.................. 38
2.2.4.5.8 Envio das informações para o sistema financeiro ............... 39
2.2.4.5.9 Aluno verifica notas e faltas ................................................ 39
2.2.4.5.10 Professor verifica alunos ................................................... 39
2.2.5 Glossário .......................................................................................... 39
2.2.5.1 Descrição dos Casos de Uso..................................................... 40
2.2.5.2 Documento de Visão ................................................................. 40
2.2.6 Protótipos ......................................................................................... 41
2.3 Treinamento dos Funcionários no uso do sistema ........................... 44
2.3.1 Ambientes de Aprendizagem Colaborativa apoiada por Computador
.................................................................................................................. 45
3 METODOLOGIA ........................................................................................... 48
4 ANÁLISE DOS DADOS : Retomando os principais pontos da teoria
apresentada .................................................................................................... 50
5 CONCLUSÃO ............................................................................................... 53
REFERÊNCIAS................................................................................................ 55
10

1 INTRODUÇÃO

A história do desenvolvimento da tecnologia nas instituições de ensino


no Brasil é relativamente recente. Ela teve início na década de 70, com a
introdução da tecnologia no setor administrativo, e foi passando por uma
grande evolução onde a primeira onda foi o Logo e programação , a segunda
onda trata-se da Informática básica, já a terceira onda é o software educativo
seguido pela Aprendizagem colaborativa.

Nesse trabalho pretende-se apresentar pontos relevantes a respeito do


uso de sistemas de informação dentro de uma instituição de ensino, e quais os
requisitos necessários para sua melhor implantação. Para isso é preciso
mostrar os principais pontos onde essa tecnologia é adotada e de qual maneira
é utilizada.

Diante do exposto a questão orientadora de estudo é:

Quais os requisitos necessários para implantação de um sistema de


informação em uma instituição de ensino?

Para responder tal questão será usada como exemplo a implantação de


um sistema de informação no Educandário Elite, colégio situado em Guarulhos,
onde desenvolvi o sistema de controle de alunos denominado S3E (Sistema
Educacional Educandário Elite), criei também o site da escola
(www.educandarioelite.g12.br)

Os objetivos deste trabalho consistem em:

 Analisar os requisitos necessários da impantação do sistema;

 Discutir os resultados em pequeno, médio e longo prazo;

 Identificar os métodos utilizados;

 Identificar o descritivo do problema.

Nos dias de hoje a tecnologia está cada vez mais presente tanto na sala
de aula, quanto na preparação de aula, e no registro de notas e faltas,
principalmente no controle de alunos, emissão de boletos, por isso a
importância da atualização tecnológica das instituições de ensino.
11

2 EVOLUÇÃO DA INTRODUÇÃO DA TECNOLOGIA NO ENSINO

No Brasil os projetos governamentais em informática na educação


iniciam-se na década de 80 com o projeto EDUCOM com o objetivo de criar
centros de pesquisa em informática na educação em formação de profissionais
e com o software LOGO. O projeto FORMAR envolveu as universidades na
formação de especialistas na área de informática na educação, que seriam os
multiplicadores em seus respectivos estados da união. No final da década de
80 surgiu o projeto PRONINFE objetivando a continuidade da informática na
educação criando laboratórios e centros para a capacitação dos professores.

Entretanto esses projetos aconteceram em situações pontuais e


estratégicas, um outro movimento se apresenta fora das instituições de ensino,
pressionadas pelo mercado de trabalho. É o surgimento de escolas de
informática básica, como windows, word, excel, power point e outros aplicativos
cujo enfoque era o saber usar a informática. Neste contexto surgem empresas
que davam assessoria às escolas particulares e em alguns casos à escola
pública para a implantação da informática. Difunde-se a idéia de que a
informática instrumental compõe o rol das habilidades e competências básicas
para o sujeito enfrentar o mundo globalizado.

Movimento que acontece concomitantemente segundo Simão Neto


(2002) é o grande investimento em softwares chamados de educativos, com a
proposta de integrar um trabalho nos laboratórios de informática com as
disciplinas curriculares proporcionando ao educando a construção de
conhecimento. Muitos softwares educativos foram questionados e classificados
abertos, semi-abertos e fechados por terem tecnicamente um encaminhamento
de uso com subsídios teóricos considerados tradicionais, em que muitos
desses tinham com o aluno uma relação de estímulo e resposta.

O uso em maior escala de softwares educativos valida-se nas


instituições de ensino particulares. O que se percebeu foi uma euforia com as
possibilidades do uso do recurso e esta mesma foi se desgastando quando os
softwares em si não "davam conta" da relação ensino-aprendizagem, pois em
muitas instituições de ensino os softwares foram utilizados sem um
conhecimento tanto técnico como teórico por parte dos profissionais da
12

educação, acontecendo assim, um desapontamento quanto ao uso de


softwares na educação.

Com essas preocupações e experiências acumuladas quanto à


informática educativa, em 1997 é criado pelo governo federal do Brasil o
projeto Programa Nacional de Informática na Educação (PROINFO), com a
distribuição de computadores para escolas públicas do Ensino Fundamental
para posteriormente desenvolvê-lo nas Universidades criando Núcleos de
Tecnologia Educacional (NTEs), sendo que esses núcleos seriam os
responsáveis pela capacitação de Pedagogos Professores e técnicos e pelo
suporte técnico e pedagógico das escolas e consequentemente das
Universidades.

Os projetos têm considerado, importante, a capacitação de professores


para o uso das novas tecnologias como instrumento valioso na transformação
da sociedade. Como bem enfocam os Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCN, 1998, p.138)

A escola faz parte do mundo e para cumprir sua função de


contribuir para a formação de indivíduos que possam exercer
plenamente sua cidadania, participando dos processos de
transformação e construção da realidade, deve estar aberta e
incorporar novos hábitos, comportamentos, percepções e
demandas

Os anos 90 apresentam-se como o grande movimento que ainda se


encontra em plena expansão com experiências e pesquisas, no qual a Internet
tem papel fundamental na educação. Com a internet abrem-se imensas
fronteiras que ainda necessitam ser exploradas e compreendidas pelos
professores e educandos num trabalho compartilhado. Alguns questionamentos
se fazem presentes como: Que relações acontecem com esse meio? Existe
uma nova forma de aprender com o uso da internet? Como os professores
estão trabalhando com isso? Que metodologia para o uso da internet pelos
professores na sua ação educacional? Para muitos pesquisadores,
(FERREIRO, 2002 ; MORAN, 2001) um trabalho que leve à reflexão e
discussão, num processo de dialogicidade, no qual se possibilite pensar, sentir
e fazer a construção do conhecimento numa evolução para uma consciência
universal.
13

Nesta trajetória da internet na educação surge um outro movimento:


aprendizagem coletiva, colaborativa e cooperativa entre os sujeitos que
integram e interagem, num princípio de aprender a apreender em ambientes
virtuais, o wikipedia é um grande exemplo.

Destaca-se que as tecnologias utilizadas não são neutras nem


autônomas e, principalmente, integram projetos formulados por grupos sociais
que lhes imprimem sentidos.

Busca-se nesse momento resgatar metaforicamente Freire (1976) com o


intuito de refletir aqui o uso das tecnologias seja na direção da "servidão ou da
emancipação humana". Considera-se que projetos que envolvem a utilização
das novas tecnologias na educação, no Brasil, dependem principalmente de
um olhar para o contexto educacional com compreensão das diferentes
realidades e interdependência entre as diferentes regiões, as mudanças e
inovações se fazem necessárias na sociedade brasileira atual.

Talvez o melhor seria se apropriar-se dos processos, desenvolvendo


habilidades que permitam o acesso e o controle das tecnologias e seus efeitos
desenvolvendo também competências e o ser nas suas relações humanas. E o
profissional Professor? Qual deve ser o seu perfil? Qual é o seu papel neste
momento? O professor em primeiro lugar é um ser humano e, como tal, é
construtor de si mesmo e da história nas interações de circunstâncias que o
envolvem. Como bem expressa Alonso (1999, p.31) sobre a formação de
professores:

[...]As mudanças necessárias não são tão simples e superficiais, como


a utilização de recursos didáticos mais modernos ou a inclusão de
disciplinas no currículo; ou contrário, envolvem revisão de conceitos,
das bases em que se assenta o ensino e a aprendizagem, da tomada de
consciência das novas responsabilidades do educador frente aos
desafios da nova era.

O contexto escolar é constituído por seres humanos que necessitam


refletir sobre o seu sentir, seu pensar e seu agir para uma mudança
educacional, numa situação de respeito ao diferente, um projeto de
transformação cooperativo e comprometido.

Com isso destaca-se a necessidade de se considerar tanto o aspecto


pedagógico quanto o aspecto organizacional por se constituírem duas
14

dimensões inseparáveis da ação educativa, uma universidade em


desenvolvimento é aquela que integra o desenvolvimento do professor, do
currículo e da gestão orientado para a mudança.

As Universidades têm se preocupado muito com questões técnicas, de


equipamentos deixando de lado o elemento central de qualquer ato pedagógico
que é o professor. A incorporação das tecnologias educacionais no fazer diário
do professor é bem mais complexa do que se imaginava e, depende de
inúmeras outras variáveis (BRITO ; PURIFICAÇÃO, 2002).

Nenhuma intervenção pedagógica harmonizada com a modernidade e


os processos de inovação que estão implícitos será eficaz sem a colaboração
consciente do professor e sua participação na promoção da emancipação
social.

Perrenoud (2000, p.139), expõe claramente que uma das competências


diz respeito à utilização das novas tecnologias. O mesmo autor explicita que:

A verdadeira incógnita é saber se os Pedagogos-Professores irão


apossar-se das tecnologias com o auxílio ao ensino, para dar aulas
cada vez mais bem ilustradas por apresentações multimídia, ou para
mudar de paradigma e concentrar-se na criação, na gestão e na
regulação de situações de aprendizagem.

Essas idéias apontam para profissionais que compreendam e sintam-se


comprometidos com a educação e estejam conscientes de seu papel em uma
sociedade tecnológica.

Para Moran (2000, p.137) existe hoje uma nova sociedade.

Na sociedade da informação todos estão reaprendendo a conhecer, a


comunicar-nos, a ensinar e a aprender; a integrar o humano e o
tecnológico; a integrar o individual, o grupal e o social.

Isso exige um novo aprender, uma reestruturação na formação do


professor que se depara com uma gama de informações.

Fica nítido então que nessas questões sobre a preparação do professor


para o uso da tecnologia, é necessário que isso venha desde a sua formação
acadêmica.

O processo de aprender a aprender a ensinar se prolonga por toda a


vida e o professor tem que ser consciente e responsável pela sua própria
15

aprendizagem para que possa se responsabilizar pela aprendizagem de outros.


Purificação ; Vermelho (2000) em pesquisa realizada sobre a percepção de
professores quanto à introdução da informática nas escolas, explicitam que a
grande maioria dos professores pesquisados apresentaram um discurso
progressista para a informática na educação, mas o mesmo não acontece na
prática pedagógica o que vem a confirmar a necessidade de pesquisas a
respeito da formação de Pedagogos-Professores frente às novas tecnologias
da informação e da comunicação.

Isto leva a refletir o papel do Pedagogo em relação às tecnologias em


sua ação profissional, pois, depara-se com muitos pesquisadores que
destacam a informática como uma ferramenta importante no processo de
construção de conhecimento pelo aluno, pelas suas possibilidades e
potencialidades e, por outro lado, encontra-se pesquisadores que apresentam
em suas pesquisas a insegurança, incerteza e muitas vezes ojerizas que
muitos Pedagogos-Professores demonstram em relação a esse recurso
tecnológico.

Pensar na utilização da informática no processo educacional é pensar na


formação de Pedagogos Professores, muitas vezes numa reflexão sobre a
práxis integrada as questões operacionais, criativas e argumentativas dos
recursos da informática. (CHAVES, 1987)

Ainda complementa Carneiro (2002, p.55), "os sentimentos relacionados


com o computador acontecem sob alguns aspectos principais: recusa, medo e
sedução".

O envolvimento de Pedagogos- Professores em trabalhos de análise e


utilização dos recursos tecnológicos de uma forma consciente, planejada e que
possa ter acesso a um referencial teórico que dê embasamento ao seu trabalho
é imprescindível para um movimento proporcional e harmonizado do uso das
tecnologias no processo educacional.

Todas as idéias tendem a ser assimiladas às possibilidades de


entendimento até então construídas pelo sujeito. Se ele já possui as estruturas
necessárias, a aprendizagem tem o significado real a que se propôs. Se, ao
contrário, ele não possui essas estruturas, a assimilação resulta no erro
16

construtivo. Diante disso, havendo o desafio, o sujeito faz um esforço contrário


ao da assimilação. Ele modifica suas hipóteses e concepções anteriores
ajustando-as às experiências impostas pela novidade que não foi passível de
assimilação. É o que Piaget chama de acomodação: o sujeito age no sentido
de transformar-se em função das resistências impostas pelo objeto.

2.1 Fatores Relevantes na Implantação de um Sistema de Informação em


uma Instituição de Ensino

As rápidas mudanças ocorridas na sociedade e o grande volume de


informações estão refletindo-se no ensino, exigindo, desta forma, que a
instituição de ensino não seja uma mera transmissora de conhecimentos, mas
que seja um ambiente estimulante, e que possa criar uma interação entre o
professor e seus alunos tanto no ambiente educacional quanto fora dele e que
use a tecnologia para desenvolver o pensamento crítico reflexivo.
Enfatiza-se, através do uso da tecnologia no ensino, a descoberta de
uma melhor organização comercial e financeira, para isso ocorrer é necessário
o uso de um sistema de informação, é necessário que hoje uma instituição de
ensino hoje ofereça aos seus alunos, um portal onde ele possa verificar suas
notas, fazer matrícula, solicitar informações do curso, Alterar disciplinas
selecionadas, consultar seus horários de aula, o aluno pode escolher entre
disciplinas optativas, como desenvolvimento de software e treinamentos
esportivos para o ensino médio e treinamentos esportivos entre o ensino
fundamental, entre outras informações pertinentes a vida acadêmica, do
mesmo jeito que é interessante o professor poder ter seu portal para lançar
notas, faltas, solicitar recursos áudio-visuais, verificar alunos matriculados, e
um sistema de informação dentro de uma instituição de ensino necessita
também de um vertente administrativa, onde consiga encerrar matrícula,
localizar o catálogo de cursos, pois existe 3 cursos distintos no colégio, ensino
fundamental I e II, além do ensino médio, e por último o controle de
faturamento controlando o pagamento das mensalidades.
Esses dados acima escritos estão baseados no estudo de caso da
implantação do sistema de informação S3E ( Sistema Educacional Educandário
17

Elite), onde seus requisitos foram levantados com diretoria pedagógica e com a
diretoria administrativa, trata-se de um colégio tradicional de Guarulhos, onde
há 22 anos oferece ensino baseado numa visão humanista, buscando a
formação de indivíduos autônomos, atuantes, críticos e bem informados.
A família é parte integrante do dia-dia, integrando-se plena e
naturalmente aos eventos, palestras e atividades culturais e esportivas, situado
no bairro da Vila Progresso, município de Guarulhos o Educandário Elite
oferece uma educação fundamentada, nos valores éticos, autonomia
intelectual, senso crítico, valores humanos, priveligiando as relações afetivas
que permeiam o processo educativo.
Assim, os conhecimentos adquiridos propiciam aos alunos a construção
e a concretização do seu projeto de realização pessoal e de atuação social.
Utilizando alguns pressupostos básicos das teorias do desenvolvimento
de Piaget é possível criar comparações sobre a integração de computadores
no ensino, a qual explica a interatividade e a construção coletiva do
conhecimento em um meio sócio-histórico cultural, propiciada pela mediação
aluno/aluno; aluno/professor; aluno/computador; enfim, aluno/conhecimento.

2.1.1 Teoria do Desenvolvimento de Jean Piaget

O começo do conhecimento é a ação do sujeito sobre o objeto, ou seja,


o conhecimento humano se constrói na interação homem-meio, sujeito-objeto.
Conhecer consiste em operar sobre o real e transformá-lo a fim de
compreendê-lo, é algo que se dá a partir da ação do sujeito sobre o objeto de
conhecimento. As formas de conhecer são construídas nas trocas com os
objetos, tendo uma melhor organização em momentos sucessivos de
adaptação ao objeto.
A adaptação ocorre através da organização, sendo que o organismo
discrimina entre estímulos e sensações, selecionando aqueles que irão
organizar em alguma forma de estrutura. A adaptação possui dois mecanismos
opostos, mas complementares, que garantem o processo de desenvolvimento:
a assimilação e a acomodação.
18

O conhecimento é a equilibração/reequilibração entre assimilação e


acomodação, ou seja, entre os indivíduos e os objetos do mundo.
A assimilação é a incorporação dos dados da realidade nos esquemas
disponíveis no sujeito, é o processo pelo qual as idéias, pessoas, costumes são
incorporadas à atividade do sujeito. A criança aprende a língua e assimila tudo
o que ouve, transformando isso em conhecimento seu. A acomodação é a
modificação dos esquemas para assimilar os elementos novos, ou seja, a
criança que ouve e começa a balbuciar em resposta à conversa ao seu redor
gradualmente acomoda os sons que emite àqueles que ouvem, passando a
falar de forma compreensível.
Segundo Faria (1998), os esquemas são necessidades internas do
indivíduo. Os esquemas afetivos levam à construção do caráter, são modos de
sentir que se adquire juntamente às ações exercidas pelo sujeito sobre
pessoas ou objetos. Os esquemas cognitivos conduzem à formação da
inteligência, tendo a necessidade de serem repetidos. Outra propriedade do
esquema é a ampliação do campo de aplicação, também chamada de
assimilação generalizadora.
Faria (1998) salienta que os fatores responsáveis pelo desenvolvimento,
segundo Piaget, são: maturação; experiência física e lógico-matemática;
transmissão ou experiência social; equilibração; motivação; interesses e
valores; valores e sentimentos. A aprendizagem é sempre provocada por
situações externas ao sujeito, supondo a atuação do sujeito sobre o meio,
mediante experiências.
A aprendizagem será a aquisição que ocorre em função da experiência e
que terá caráter imediato. Ela poderá ser: experiência física - comporta ações
diferentes em função dos objetos e consiste no desenvolvimento de ações
sobre esses objetos para descobrir as propriedades que são abstraídas deles
próprios, é o produto das ações do sujeito sobre o objeto; e experiência lógico-
matemática – o sujeito age sobre os objetos de modo a descobrir propriedades
e relações que são abstraídas de suas próprias ações, ou seja, resulta da
coordenação das ações que o sujeito exerce sobre os objetos e da tomada de
consciência dessa coordenação.
Essas duas experiências estão inter-relacionadas, uma é condição para
o surgimento da outra.
19

O desenvolvimento mental dá-se espontaneamente a partir de suas


potencialidades e da sua interação com o meio. O processo de
desenvolvimento mental é lento, ocorrendo por meio de graduações sucessivas
através de estágios: período da inteligência sensório-motora; período da
inteligência pré-operatória; período da inteligência operatória-concreta; e
período da inteligência operatório-formal.

2.1.2 Como fazer a melhor escolha do Sistema de Informação

Até um tempo atrás, as atividades educacionais registravam um índice


de informatização integrada muito baixo: Segundo Obrien (2001) apenas 7%
das instituições de ensino no país possuíam algum sistema de gestão. Hoje os
indicadores continuam decepcionando: calcula-se que menos de 18% das
instituições de ensino apresentem algum tipo de gestão. Vale lembrar que não
estamos mais no tempo em que cada instituição de ensino tinha que
desenvolver seus próprios programas de computador; tornando-se incoerente
“reinventar a roda”. Os custos internos de desenvolvimento são exorbitantes,
os sistemas nunca ficam prontos e a instituição de ensino perde o foco do seu
negócio principal. O mercado brasileiro dispõe hoje de pacotes de sistemas de
gestão muito desenvolvidos, além de diversas softwares houses.
Entretanto, devemos ter em mente que a adoção de um sistema de
gestão implica na reavaliação da estrutura organizacional e dos processos
adotados pela instituição de ensino. Os processos precisam ser revistos a partir
das melhores práticas. Os colaboradores devem estar preparados para mu--
danças na estratégia e no jeito de conduzir os negócios.
Com base em um organograma atualizado, devemos mapear os
principais processos de cada área da organização. Na seqüência,
documentamos esses processos, criando mapas que contenham, em ordem
lógica, os macro-processos representativos para cada vertente, que nesse
caso era, aluno, professor e administrativo. Em seguida, “explodimos” esses
mesmos processos, detalhando-os até o nível de regras de negócios.
Para cada processo descrito foi previsto em uma planilha eletrônica as
colunas que possam ser preenchidas com as avaliações como: atende
20

plenamente, atende parcialmente, não atende ou requer customizações. Nas


colunas finais da planilha, são criados campos numéricos para as notas que a
comissão dará a cada solução, tirando uma média final que indicará o vencedor
da disputa. Nesse caso, o preço será um dos itens a ser avaliado.
Após conclusão dos mapas de processos, o passo seguinte será fazer
uma pesquisa junto ao mercado de desenvolvedores de aplicativos,
relacionando aqueles que têm produtos e serviços que permitam fazer parte da
coleta de preços. Tais fornecedores devem ser convidados para uma visita
inicial, com o objetivo de sua pré-qualificação, colher material, folhetos e outras
informações relativas às soluções que eles oferecem, inclusive relação de
clientes para informações e referências. Nessa fase do processo não devem
ser solicitadas propostas comerciais.
Após avaliação do material recebido, os fornecedores considerados
tecnicamente aptos (não mais que dez) deverão ser comunicados da decisão,
sempre por escrito. Os mapas contendo as descrições dos processos deverão
ser-lhes encaminhados para que cada um os preencha com as informações
solicitadas. Após recebimento dos mapas e sua respectiva tabulação, os
fornecedores considerados tecnicamente aptos (cinco ou seis, no máximo)
deverão ser reconvocados para a fase de demonstrações dos sistemas.
Durante as apresentações, cada membro da equipe de trabalho deverá
dar notas de zero a 10 para cada funcionalidade apresentada durante a
demonstração, sendo que os fornecedores não poderão ter acesso às notas
lançadas nos mapas de processos. Encerradas as apresentações e tabuladas
todas as notas alcançadas, classifica-se os três fornecedores com as maiores
notas médias finais, que serão reconvocados para nova sessão de
demonstrações e de tira-dúvidas. Satisfeita essa etapa, parte-se para
solicitação das propostas comerciais.
Recomenda-se que se solicite aos três finalistas uma relação de clientes
para que um ou dois sejam visitados. Finalmente, a própria metodologia e
conhecimento adquiridos durante as demonstrações e sessões tira-dúvidas,
permitirão que a equipe encarregada chegue à escolha que mais se adapte ao
perfil e às necessidades da instituição.
21

2.2 Levantamento de Requisitos

Para Sommerville (2007) na engenharia software, análise de requisitos


engloba todas as tarefas que lidam com investigação, definição e escopo de
novos sistemas ou alterações.

Análise de requisitos é uma parte importante do processo de projeto de


sistemas, na qual o engenheiro de requisitos e o analista de negócio,
juntamente com engenheiro de sistema ou desenvolvedor de software,
identificam as necessidades ou requisitos de um cliente. Uma vez que os
requisitos do sistema tenha sido identificados, os projetistas de sistemas
estarão preparados para projetar a solução.

Os seus objetivos principais são:

Boas Práticas, Análise do Problema, Entender as necessidades do


usuário, Definição do Sistema, Gerenciamento do Escopo do Sistema,
Refinamento do Sistema, Gerenciamento de Mudanças e Estruturação dos
Casos de Uso.

Conceitualmente, o levantamento de requisitos inclui as seguintes


atividades:

Elicitação dos requisitos: é a tarefa de comunicar-se com os usuários e


clientes pra determinar quais são os requisitos.

Análise de requisitos: determina se o estado do requisitos é obscuro,


incompleto, ambíguo, ou contraditório e resolve estes problemas.

Registros dos requisitos: os requisitos podem ser documentados de


várias formas, tais como documentos de linguagem natural, casos de uso, ou
processo de especificação.

O seu processo pode ser longo e árduo, novos sistemas mudam o


ambiente e a relação entre as pessoas, então é importante identificar todos os
envolvidos, levando em conta todas as suas necessidades e assegurando que
eles compreenderam as implicações dos novos sistemas.

Os analistas podem empregar várias técnicas para elicitar os requisitos


dos clientes. Historicamente, isto envolve coisas tais como organizar
22

entrevistas ou grupos focais (workshops) e a criação de lista de requisitos.


Técnicas mais modernas incluem prototipação, e casos de uso, onde o analista
irá aplicar uma combinação de métodos para estabelecer os requisitos exatos
de seus stakeholders, tal que um sistema que atenda as necessidades do
negócio seja produzido.

2.2.1 Quais os métodos e técnicas utilizados

Nesse capítulo irei descrever os métodos utilizados no levantamento de


requisitos, métodos nos quais aprendi nas aulas de Engenharia de Requisitos
desse curso.

Entrevistas com stakeholder é um método comumente usado na análise


de requisitos. Algumas decisões são usualmente necessárias, o custo inicial é
um fator na decisão de quem será entrevistado. Estas entrevistas devem
revelar requisitos ainda não precisamente delineados de acordo com o escopo
do projeto, e requisitos possam ser contraditórios.( BITTNER ; SPENCE, 2003).

Em alguns casos pode ser útil reunir os stakeholders em workshop de


requisitos. Estes workshops são mais propriamente denominados como seção
de Desenvolvimento de Requisitos Conjunta, onde os requisitos são
identificados conjuntamente e definidos pelos stakeholders.

Pode ser útil realizar tais workshops fora em ambientes controlados, tais
que os stakeholders não sejam distraídos. Um facilitador que pode ser usado
pra manter o processo focado e beneficiar esta sessão seria o fato de haver um
redator dedicado a documentar a discussão. Facilitadores devem fazer uso de
um projetor e diagramas de software ou devem usar um suporte tão simples
como papel e marcadores. Uma regra para os facilitadores deve assegurar que
o peso associado ao requisitos propostos não deve demasiadamente
dependente da personalidades daqueles envolvidos no processo.

Uma outra forma tradicional de documentar requisitos é a utilização de


lista de requisitos no estilo de contrato. Em sistemas complexos tais listas de
requisitos podem chegar a centenas de páginas.
23

Objetivo Mensurável, onde as melhores práticas consideram as listas de


requisitos compostas como meras dicas e respostas, até que o real propósito
do negócio seja descoberto. Então os stakeholders e desenvolvedores poderão
planejar testes para medir em qual nível cada objetivo será atingido.

Estes objetivos mudam mais lentamente do que a longa lista de


especificação de requisitos não mensuráveis. Uma vez que este pequeno
grupo de objetivos críticos e mensuráveis for estabelecido, prototipação rápida
e fases de desenvolvimento interativas e rápidas convergirão para atendimento
dos fundamentais objetivos dos stakeholder antes que tenha decorrido metade
do projeto.

A prototipação também foi um método usado na Implantaçao do S3E


(Sistema Educacional Educandário Elite).

Em meados dos anos 80, prototipação surgiu como a solução para o


problema da análise de requisitos. Prototipação é uma simulação das telas de
uma aplicação a qual permite ao usuário visualizar a aplicação que ainda não
foi produzida. Protótipos ajudam o usuário a ter uma idéia de como o sistema
irá parecer, e facilita a tomada de decisãoes no projeto sem esperar que o
sistema seja construído.

Melhorias na comunicação entre o usuário e desenvolvedores são


freqüentemente vistas com a implantação da prototipação. A visualização
antecipada das telas leva a poucas mudanças posteriores e, por conseguinte
reduz o custo total consideravelmente.

Contudo, no decorrer da década seguinte, embora provasse ser uma


técnica útil, ela não resolvia estes problemas dos requisitos:

Uma vez que o protótipo fica pronto, o gerente gasta um grande tempo
para entender que o projeto final não irá ser produzido no mesmo tempo.

Projetistas freqüentemente sentem-se compelidos a usar o atalho de


utilizar o protótipo no sistema real, porque eles têm medo do 'grande tempo'
para iniciar de novo.

Projetistas e usuários finais podem focar-se demais no projeto da


interface e pouco na produção de um sistema que atenda as necessidades do
24

processo de negócio.

Protótipos podem ser exibidos em diagramas (denominados como


wireframes) ou utilizando aplicações que sintetizem as funcionalidades.
Wireframes são exibidos em documentos com várias apresentações gráficas, e
freqüentemente removem-se as cores do projeto gráfico (isto é, usa-se uma
paleta de tons de cinza) em casos onde existe uma expectativa a respeito do
projeto gráfico do software final. Isto ajuda a prevenir a confusão a respeito da
experiência final a respeito da aparência da aplicação.

Segundo Sommerville (2007) :

A entrega de protótipos antes das telas principais, pode fazer


com que o cliente já visualize o sistema de informação antes
mesmo dele ser entregue, evitando problemas futuros na entrega
do projeto, ou até mesmo, fica mais fácil para fazer alguma
eventual correção.

2.2.2 Casos de Uso

Casos de uso especificam o comportamento do sistema ou parte(s) dele


e descrevem a funcionalidade do sistema desempenhada pelos atores. (
BITTNER ; SPENCE, 2003).

Pode-se imaginar um caso de uso como um conjunto de cenários, onde


cada cenário é uma seqüência de passos a qual descreve uma interação entre
um usuário e o sistema. Os casos de uso são representados em forma de
elipse.

Não se deve detalhar muito um determinado caso de uso, o seu


detalhamento vai depender do risco que o mesmo corre, quanto maior o risco,
mais detalhes terá o caso de uso.

Ao definir os casos de uso a serem desenvolvidos, trate apenas dos


casos de usos mais críticos para o sistema, os casos de uso que são tarefas
rotineiras não precisam ser desenvolvidos. Dessa forma a documentação não
se tornará monótona. Numericamente falando, em modo geral trate apenas de
10 à 20(%) dos casos de uso mais críticos de seu sistema, estes números
25

citados é claro que podem variar dependendo do sistema a ser desenvolvido.

Nos nomes dos casos de usos sempre é usado verbos, pois assim
facilitará no entendimento dos mesmos. Devemos possuir uma lista com todos
os nomes dos casos de usos para facilitar na identificação dos mesmos.
Preencher todos os requisitos de um caso de uso é de extrema importância.

Segue o caso de uso do S3E (Sistema Educacional Educandário Elite):

2.2.3 Descrição dos Casos de Uso

Nas descrições dos casos de uso, é quando você especifica o que cada
ação implicará no sistema, dando assim um detalhamento aos Casos de Uso,
gerando assim as vezes, algumas mudanças no Caso de Uso.

Segundo Bittner ; Spence (2003), se em um levantamento de


Requisitos, o analista fizer apenas o Caso de Uso e não as Descrições dos
Casos de Uso, esse levantamento de Requisitos está comprometido e
incompleto.

Segue as Descrições dos Casos de Uso do S3E ( Sistema Educacional


Educandário Elite):
26

Alterar Disciplina Selecionada: Este caso de uso permite ao Estudante


cancelar ou alterar novas disciplinas oferecidos durante o ano letivo, pois
devido as Olimpíadas Colegiais Guarulhenses existem treinamentos de
esportes individuais ou coletivos, e cada aluno tem o direito de se matricular
em uma modalidade individual e uma modalidade coletiva, os alunos do Ensino
Médio, além dos Treinamentos podem participar de um curso de Lógica e
Linguagem de Programação oferecida de sexta a tarde, inclusive essa
disciplina sou eu que leciono, ou seja, o Estudante pode visualizar as
disciplinas obtidas durante a matricula, pesquisar a lista de disciplinas
oferecidos para o ano letivo, e obter informações sobre a disciplina e/ou
treinamento antes de realizar a matrícula.

Encerrar Matrícula: Este caso de uso permite ao Administrador encerrar


o processo de matrícula. O Administrador pode cancelar disciplinas com menos
de 12 alunos inscritos em modalidades coletivas e 8 alunos em modalidades
individuais. As informações de matrículas são enviadas para o sistema de
faturamento.

Fazer Matrícula: Este caso de uso permite ao Estudante se matricular


nas disciplinas eletivas oferecidas no ano letivo. O Estudante pode pesquisar a
lista de disciplinas e/ou treinamentos eletivas oferecidas para o ano letivo e
obter informações sobre as mesmo antes de realizar a matrícula.

Solicitar Informações do Curso: Este caso de uso permite ao Estudante


solicitar informações gerais sobre o curso, tais como: preço, duração,
disciplinas disponíveis e conteúdo programático de aula. O Estudante pode
pesquisar a lista de disciplinas eletivas e obter informações sobre as mesmas
antes de realizar a matrícula, a idéia também e que se os pais do aluno tenha
um outro filho mais novo, ele pode pegar informações do ensino infantil, entre
outras opções.

Lançar Notas e Faltas: Este caso de uso permite ao Professor lançar as


notas e faltas das disciplinas ensinadas no ano letivo. O Professor pode
pesquisar a lista de disciplinas, selecionar a disciplina lecionada e então
proceder ao lançamento das notas e faltas para cada Estudante matriculado.

Verificar Alunos Matriculados: Este caso de uso permite ao Professor


27

verificar quais alunos estão inscritos em uma disciplina determinada. O


Professor pode procurar uma determinada disciplina, selecioná-la em um grid e
então obter a relação dos Estudantes matriculados.

Selecionar Disciplinas para Lecionar: Este caso de uso permite ao


Professor verificar disciplinas eletivas disponíveis para lecionar e se inscrever
como treinador em uma delas. Esse caso de Uso tem como principal alvo os
Professores de Educação Física, o professor pode pesquisar a lista de
disciplinas, selecionar a disciplina desejada e proceder a sua inscrição como
treinador na mesma.

Verificar Notas e Faltas: Este caso de uso permite ao Estudante verificar


a nota e as faltas em uma determinada disciplina. O Estudante pode procurar e
selecionar uma disciplina e obter sua nota.

Solicitar Recursos Áudio-Visuais: Este caso de uso permite ao Professor


solicitar com antecedência um recurso áudio-visual, como data-show,
laboratório de informática, ou lousa eletrônica (E-BEAN) evitando perca de
tempo, pois quando chegar na instituição o bedel já deixou tudo preparado,
além de evitar reservas além do número de equipamentos disponíveis.

2.2.4 Documento de Visão

Documento de visão é um dos artefatos do levantamento de Requisitos


para projetos de sistemas de informações. Ele facilita o levantamento de
requisitos, sendo de grande relevância durante as primeiras fases, permitindo a
captura de todas as perspectivas que o sistema pode abranger. Pretende-se
que sirva como ferramenta de auxílio, a evitar alguns dos problemas mais
custosos com que as pessoas envolvidas no projecto poderão ter que se
confrontar. Esta ajuda é proporcionada através da divulgação do conteúdo
deste a todos aqueles que estejam integrados no sistema.

Todos os stakeholders e engenheiros deverão partilhar uma visão


comum das necessidades e desafios que vão encarar, de forma que todos
trabalhem com o propósito de atingir um mesmo fim. Ao mesmo tempo que
28

assegura a viabilidade do projeto, uma vez que vai proporcionar ao cliente ter
uma visão mais estruturada do porquê da necessidade da sua implementação,
e também através da credibilidade que é adquirida, pois o cliente pode dar-se
conta do valor acrescentado que o levantamento traz, proporcionando uma
visão mais tangível do que o produto final virá a ser.

Segundo Sommerville (2007) na engenharia software, o Documento de


Visão é fundamental no início do levantamento dos requisitos.

Segue o Documento de Visão do S3E (Sistema Educacional


Educandário Elite), feito baseado no que foi visto na disciplina de Engenharia
de Requisitos do curso de Pós Graduação de Engenharia de Software:

2.2.4.1 Introdução

A finalidade deste documento é coletar, analisar e definir necessidades e


recursos de nível do sistema S3E (Sistema Educacional Educandário Elite). Ele
se concentra nos recursos necessários aos envolvidos e aos usuários-alvo e
nas razões que levam a essas necessidades. Os detalhes de como o sistema
de Gerenciamento de alunos do Educandário Elite satisfaz essas necessidades
são descritos nos casos de uso e nas especificações suplementares.

Este documento descreve a visão que orienta a proposta do sistema de


Gerenciamento de alunos. Permitirá que os alunos façam suas matrículas por
meio de uma interface Web. Ele também possibilitará aos usuários executar
operações básicas, lançamento e consulta de notas; e consulta de turmas.

2.2.4.1.1 Finalidade

Compartilhar o Gerenciamento de Alunos on-line do Educandário Elite é


possibilitar o compartilhamento da visão e informação sobre o projeto entre os
vários stakeholder e, portanto, mais facilmente estabelecer a concordância
sobre o sistema. Outro objetivo na elaboração deste documento é facilitar a
obtenção da concordância sobre as características e demais aspectos do
29

sistema entre a própria equipe de desenvolvimento.

2.2.4.1.2 Escopo

Este documento registra a visão do sistema de Gerenciamento de


Alunos on-line do Educandário Elite, o sistema será desenvolvido com
tecnologia Web. Este sistema deverá oferecer um conjunto de novas
funcionalidades que agiliza a velocidade no processo de matrículas e facilite
aos professores e alunos quanto aos serviços prestados pela secretaria do
Educandário Elite.

2.2.4.1.3 Definições – Acrônimos - Abreviações

Definições de todos os termos, acrônimos e abreviações descritas da


forma como utilizados pelos termos técnicos. Veja o documento de Glossário.

2.2.4.1.4 Referências

N/A.

2.2.4.1.5 Visão Geral

Este documento contém a descrição do posicionamento do sistema de


Gerenciamento de Alunos on-line do Educandário Elite, uma analise dos
stakeholders, uma analise das expectativas dos usuários do sistema, e uma
lista de características que o sistema deve possuir. Estas características foram
fornecidas pelos stakeholders.
30

2.2.4.2 Posicionamento

2.2.4.2.1 Oportunidade de Negócios

Atualmente o sistema de Gerenciamento de alunos on-line tem uma lista


crítica de objetivos. O sucesso do projeto permitirá o colégio continuar
crescendo e mostrar um diferencial competitivo com as diversas Instituições de
Ensino particulares na cidade de Guarulhos.

2.2.4.2.2 Descrição do Problema

O problema do Educandário Elite possui grandes dificuldades


operacionais na secretaria nos primeiros dias de
aula do ano letivo devido ao grande número de
opções que os alunos tem para se matricular,
principalmente no que envolve treinamento
esportivos, entre outras disciplinas eletivas, com
isso a secretaria que conta com apenas 3
funcionárias ficam encarregadas também do
lançamentos de notas e faltas aos términos dos
bimestres, onde os professores entregam as
tarjetas para digitação.
Afeta Educandário Elite como organização.

Cujo impacto é Não satisfação no atendimento, principalmente


na secretaria, causando perda de alunos e
consequentemente no faturamento
Uma boa solução  Permitir os alunos fazerem matrículas on-line.
 Possibilitar acesso aos alunos ao sistema
seria para fazer as matrículas por uma conexão Web.
 Permitir consulta e lançamento de nota por
uma conexão Web.
 Permitir reserva de Recurso Áudio-Visual.

2.2.4.2.3 Sentença de Posição do Produto


31

Para Educandário Elite

Que Está perdendo alunos por causa das filas

Sistema on-line de É um produto de serviços criado para efetuar a


matrícula on-line utilizando tecnologia Web.
matrícula

Este sistema Possui funcionalidades para aperfeiçoar os


serviços disponibilizados aos alunos do colégio.
Diferente de Continuar com a operação tradicional de
atendimento de alunos, além do lançamento de
notas e faltas que tradicionalmente também é
realizado pela secretaria, que está impactando
em atrasos no atendimento da secretaria no
Educandário Elite.
Nosso produto Proverá uma solução que atenderá todas as
necessidades identificadas pelos stakeholders
para atender os alunos e professores.

2.2.4.3 Descrições dos Envolvidos e dos Usuários

2.2.4.3.1 Resumo dos StakeHolders

Existe tipicamente um grande número de stakeholders no projeto. Esta


seção lista aqueles que possuem responsabilidades primárias, e também
possuem uma maior influência no sucesso do projeto.

Nome Representa Responsabilidades

Proprietário Representa o dono do Garantir que os requisitos


colégio, a pessoa mais serão todos atendidos e
influente no processo de garantir o treinamento dos
levantamento dos funcionários do colégio.
requisitos.
Administrador - Entidade que controlará Garante que a aplicação
(Funcionárias da os períodos referentes estará disponível para as
Secretaria) as ações dos períodos novas matrículas dos
de matrícula. alunos.
32

2.2.4.3.2 Resumo dos Usuários

Nome Descrição Stakeholder

Alunos Usuários que utilizaram as Usuário


funcionalidades on-line da
aplicação. O qual utiliza o
sistema freqüentemente para
matrículas das disciplinas
eletivas.
Professores Membros da equipe que Usuário
utilizaram as funcionalidades
on-line da aplicação para
lançar notas e faltas, reservar
recurso áudio-visuais, além
de se registrarem como
instrutores da disciplinas.
Administrador Funcionárias da Secretaria do Administrador
Educandário Elite que faz a
administração do sistema,
abertura e fechamento do
período de matrícula e faz a
manutenção dos dados dos
cursos no sistema legado
(dicionário de disciplinas)

2.2.4.3.3 Ambiente do Usuário

Os alunos como usuários finais utilizarão as aplicações disponíveis


sozinhos. Eles devem estar conectados a internet (qualquer tipo de computador
que consiga conectar na Internet e possua um navegador) e desejam
matricular-se nas disciplinas eletivas nos cursos do Educandário Elite ou aos
alunos que desejem utilizar os serviços disponíveis pelo colégio.

Para cada usuário que desejar utilizar o sistema será necessário fazer
um cadastro para acessar as funcionalidades da aplicação. Para cada usuário
será necessário ter um cadastro e um usuário pode ter várias matrículas.

Os usuários irão acessar o sistema por meio da internet utilizando um


browser padrão – eles não deverão necessitar de nenhum treinamento técnico
prévio sobre a interface do sistema.
33

2.2.4.3.4 Perfis dos Stakeholders

2.2.4.3.4.1 Gerenciador on-line: Proprietária

Representante A proprietária do Educandário Elite.


Descrição Definir o produto que satisfaça as necessidades
dos alunos, professores e administrativo. Avaliar
opções e escopo durante as diferentes versões.
Tipo É o principal responsável pelas notificações de
necessidades durante o levantamento dos
requisitos.
Responsabilidades Garantir que a definição do sistema a ser
desenvolvido atenda os requisitos dos diferentes
stakeholders, e que o sistema seja entregue no
prazo e com o orçamento previsto.
Critérios de  O produto deve ser bem avaliado.
Sucesso  Diminuição das filas da secretaria.
 Aumento do número de matrículas.
 Evitar conflito de uso de recursos áudio-visuais
Envolvimento Revisão constante dos planos e progresso do
desenvolvimento do sistema. Verificações de como
as características do sistema estão sendo
implementadas.
Produtos Participação durante as sessões de validação, e de
Liberados quando decisões relativas ao projeto e ao produto
são realizadas.
Comentários / Necessita manter constante análise das
Problemas necessidades dos alunos e descobrir as
necessidades existentes.

2.2.4.3.4.2 Gerenciador: Administrador

Representante Uma das funcionárias da secretaria do Colégio.


Descrição Definir as funcionalidades do sistema, de forma
que agrade os professores e os alunos.
Tipo É uma especialista na utilização do sistema e na
operação do negócio.
Responsabilidades Garantir que a definição do sistema a ser
desenvolvido atenda os requisitos dos diferentes
stakeholders, e que o sistema seja entregue no
prazo e com o orçamento previsto.
34

Critérios de  O produto é bem avaliado pelos alunos.


Sucesso  Diminuição das filas nas dependências da
secretaria do colégio.
 Aumento no número de matrículas efetuadas.
Envolvimento Revisão constante dos planos e progresso do
desenvolvimento do sistema. Verificações de como
as características do sistema estão sendo
implementadas.
Produtos Participação durante as sessões de validação, e
Liberados decisões relativas ao projeto e ao produto serão
realizadas.
Comentários / Necessita manter constante análise das
Problemas necessidades dos alunos e descobrir as
necessidades existentes.

2.2.4.3.5 Perfis dos Usuários

Os usuários são listados em três categorias: Alunos, Professores e


Administradores. A divisão a seguir detalha esta separação.

2.2.4.3.5.1 Alunos

Representante Alunos
Descrição Utiliza os serviços oferecidos pela secretaria e
consultar as notas e faltas.
Tipo Não possui muito conhecimento do sistema.
Responsabilidades Alunos proverão a equipe de desenvolvimento com
freqüente feedback sobre as características do
sistema. Eles devem identificar características com
problemas ou faltantes, bem como validar as
características que julgam estar OK.
Critérios de Satisfação dos usuários ao utilizar o novo sistema.
Sucesso
Envolvimento Deverão participar nas descrições dos casos de
uso, nas avaliações periódicas.
Produtos Prover feedbacks verbais ou por escrito sobre as
Liberados características do sistema.
Comentários / È muito importante para o projeto ter bons
Problemas representantes dos usuários. Eles podem melhorar
o sistema por meio do compartilhamento de
informações.
35

2.2.4.3.5.2 Professores

Representante Professores
Descrição Utiliza os serviços oferecidos pela secretaria e
lançar as notas e faltas, solicitar recurso áudio-
visuais.
Tipo Possui um certo conhecimento do sistema.
Responsabilidades Professores proverão a equipe de desenvolvimento
com freqüente feedback sobre as características do
sistema. Eles devem identificar características com
problemas ou faltantes, bem como validar as
características que julgam estar OK.
Critérios de Satisfação dos usuários ao utilizar o novo sistema.
Sucesso
Envolvimento Deverão participar nas descrições dos casos de
uso, nas avaliações periódicas.
Produtos Prover feedbacks verbais ou por escrito sobre as
Liberados características do sistema.
Comentários / È muito importante para o projeto ter bons
Problemas representantes dos usuários. Eles podem melhorar
o sistema por meio do compartilhamento de
informações.

2.2.4.3.5.3 Administradores

Representante Administrador .
Descrição Utiliza o site para efetuar os serviços oferecidos
pela secretaria com a presença dos alunos.
Tipo Este usuário possui bastante conhecimento do
sistema devido a sua utilização freqüente do
mesmo.
Responsabilidades Administradores proverão a equipe de
desenvolvimento com freqüente feedback sobre as
características do sistema. Eles devem identificar
características com problemas ou faltantes, bem
como validar as características que julgam estar
OK.
Critérios de Satisfação dos usuários ao utilizar o novo sistema.
Sucesso
Envolvimento Deverão participar nas descrições dos casos de
uso, nas avaliações periódicas, e na ajuda durante
a investigação de novas funcionalidades.
Produtos Prover feedbacks verbais ou por escrito sobre as
Liberados características do sistema.
36

Comentários / È muito importante para o projeto ter bons


Problemas representantes dos usuários. Eles podem melhorar
o sistema por meio do compartilhamento de
informações e de suas experiências nos processos
de negócios e no domínio da aplicação.

2.2.4.3.6 Principais necessidades dos usuários ou dos Stakeholders

Solução Soluções
Necessidade Prioridade Preocupações
Atual Propostas
O Educandário Elite Alta. Este é o maior Atendimento Estabelecer
esta planejando problema atualmente. presencial uma solução
desenvolver um novo Não atender esta Web.
sistema on-line de necessidade com
Controle de Alunos, sucesso irá causar
que funciona durante impacto direto na
os dias úteis durante o organização.
horário comercial, foi
detectado que o
Colégio perdia
qualidade no
atendimento da
secretaria por causa
disso.
Disponibilizar consulta Baixa. Esta é a segunda Nenhuma. Criar uma
on-line de notas e necessidade do funcionalidade
faltas para os alunos. Colégio. Não terá na aplicação
impacto direto na Web que
organização atenda a
necessidade.
Comunicação dos Alta. É importante que o Nenhuma. Prover uma
serviços existentes Gerenciador on-line solução de
pela aplicação de de matrículas comunicação
matrículas on-line com mantenha as entre os
os sistemas legados. informações sistemas.
atualizadas nos
sistemas legados
existentes. Esta
funcionalidade tem
impacto direto na
organização.
37

2.2.4.4 Visão Geral do Produto

Gerenciador on-line de controle de alunos foi planejado para possuir


interfaces com vários outros sistemas.

2.2.4.4.1 Suposições e Dependências

As funcionalidades básicas do sistema deverão ser capazes de serem


atendidas com a tecnologia hoje disponível.

2.2.4.4.2 Custos e Preços

Baseado em estudos nesse curso de pós graduação na disciplina de


métricas e estimativas de software estou trabalhando para especificar o preço e
realizar a estimativa de custo do sistema

2.2.4.4.3 Licenciamento e Instalação

Foi definido que eu mesmo farei a instalação do sistema.

2.2.4.5 Recursos do Produto

2.2.4.5.1 Sistema on-line de matrículas

O sistema deve prover capacidade de efetuar matrículas on-line para os


alunos. Este que deve ter uma capacidade de suportar as matrículas.

2.2.4.5.2 Professores lançaram notas e faltas on-line


38

O sistema deve prover uma funcionalidade para os professores


lançarem as notas e faltas no sistema do Colégio pela Internet.

2.2.4.5.3 Professores registraram-se como instrutor on-line

O sistema deve permitir aos professores se registrem como instrutores


das disciplinas eletivas dos cursos oferecidos pelo Colégio.

2.2.4.5.4 Acesso ao catálogo de disciplinas

O sistema deve acessar as informações do sistema legado e


disponibilizá-los para os alunos e professores interessados se registrarem.

2.2.4.5.5 Acesso a reserva de recursos áudio-visuais

O sistema deve permitir aos professores solicitar os recursos áudio-


visuais.

2.2.4.5.6 Alunos selecionaram as disciplinas

O novo sistema deve permitir aos alunos selecionar as disciplinas que


desejam cursar no semestre. Os alunos também poderão escolher disciplinas
eletivas oferecidas pelo colégio, mantendo uma prioridade de matrícula
chamados pelo sistema de ‘A’ e ‘B’. Caso a matrícula da disciplina com
prioridade ‘A’ não possa ser realizada, o sistema irá matriculá-lo na disciplina
com prioridade ‘B’. Respeitando sempre o valor mínimo de matriculados.

2.2.4.5.7 Cancelamento de Disciplinas automaticamente


39

Qualquer disciplina eletiva com menos de 12 alunos no caso de esporte


coletivo e 8 alunos em esportes individuais terá sua matricula cancelada. Todos
os cursos sem um treinador associado a ele serão cancelados.

2.2.4.5.8 Envio das informações para o sistema financeiro

O sistema de matrícula deve enviar as informações sobre todos os


alunos matriculados para o sistema de faturamento, tal que os alunos possam
receber os boletos de pagamento.

2.2.4.5.9 Aluno verifica notas e faltas

O sistema deve permitir o aluno acessar o sistema para verificar suas


notas em cada disciplina. Esta é uma informação sensitiva, e o sistema deverá
prover mecanismos de segurança coibir acessos não autorizados.

2.2.4.5.10 Professor verifica alunos

O sistema deve permitir ao professor verificar quais alunos estão


matriculados em suas turmas, e também lançarem as notas e faltas dos alunos
no sistema.

2.2.5 Glossário

O Glossário é a descrição dos termos técnicos utilizados nos


documentos de levantamento de requisitos, segue o glossário dos termos
técnicos usados no S3E.
40

2.2.5.1 Descrição dos Casos de Uso

Login – É um conjunto de caracteres solicitado para os usuários que por


algum motivo necessitam acessar algum sistema computacional. Geralmente
os sistemas computacionais solicitam um login e uma senha para a liberação
do acesso.

Tela Principal – Página inicial, é como se fosse o índice, e sempre que


for realizado alguma ação é para essa tela que volta.

Grade – Também conhecido como grid, é nela que aparecerão as


opções a serem escolhidas.

Foco no campo – É habilitar o campo para receber as informações,


também conhecido como setfocus.

Banco de Dados – É onde ficarão todas as informações do sistema,


organizadas em tabelas, com os respectivos campos.

2.2.5.2 Documento de Visão

Usuários – Pessoas que utilizarão o sistema

On-line - Este termo passou a ser adotado pelos internautas que se


popularizou com a Internet. A tradução literal para o português é "na linha",
mas com o significado mais claro de "ao vivo", "conectado" ou "ligado".

Browser – Navegador de Internet.

Web - É um sistema de documentos em hipermídia que são interligados


e executados na Internet.

Stakeholder – É a parte interessada ou interveniente, refere-se a todos


os envolvidos num processo, por exemplo, clientes, colaboradores,
investidores, fornecedores, comunidade etc. O processo em questão pode ser
de carácter temporário (como um projeto) ou duradouro (como o negócio de
uma empresa ou a missão de uma organização sem fins lucrativos).

Feedbacks - É o procedimento que consiste no provimento de


41

informação à uma pessoa sobre o desempenho, conduta ou eventualidade


executada por ela e objetiva reprimir, reorientar e/ou estimular uma ou mais
ações determinadas, executadas anteriormente.

Statement of Work – Descrição do Trabalho.

2.2.6 Protótipos

Prototipação, segundo Sommerville (2007) é uma abordagem baseada


numa visão evolutiva do desenvolvimento de software, afetando o processo
como um todo. Esta abordagem envolve a produção de versões iniciais -
protótipos (análogo a maquetes para a arquitetura) - de um sistema futuro com
o qual pode-se realizar verificações e experimentações para se avaliar algumas
de suas qualidades antes que o sistema venha realmente a ser construído.

Segue os protótipos do S3E (Sistema Educacional Educandário Elite):


42
43
44

2.3 Treinamento dos Funcionários no uso do sistema

Com a implantação do S3E (Sistema Educacional Educandário Elite), as


funcionárias da secretaria, a proprietária e os professores do Educandário Elite
irão receber um treinamento para o melhor uso do sistema.
45

O S3E é o primeiro sistema educacional que desenvolvi, mas tenho


experiência em alguns sistemas educacionais, devido a minha bagagem
pedagógica, convivo até hoje com o Protheus Educacional da Microsiga, devido
as minhas aulas na Faculdade Drummond, onde também usamos lá o Portal
Universitário do Grupo Positivo, além do Sistema Educacional Uninove, que
utilizo na Uninove.

Posso dizer que o S3E é uma combinação dessa minha experiência com
os outros sistemas que trabalhei, com as informações solicitadas pela
proprietária do Educandário Elite, informações que consegui levantar com as
técnicas obtidas nas aulas de Engenharia de Requisitos com o Professor
Aluízio Saiter.

Baseado até mesmo em manuais que já utilizei, quando o S3E for


implantado será fornecida dois manuais, um para os Professores, e outro para
o Setor Administrativo, que envolve a proprietária e as funcionárias da
secretaria, já o Portal do aluno, está bem simples, e o próprio professor poderá
tirar as eventuais dúvidas, e por se tratar de uma escola não muito grande, e
eu cumprir uma carga horária semanal lá de 4 horas, fica mais fácil essa
consultoria, uma vez que já recebo um valor mensal para manter o site que já
está no ar desde 2006, e da disciplina eletiva de Lógica e Linguagem de
Programação que leciono.

Segundo O’Brien (2001), na era da internet um sistema de informação


para ser bem sucedido requer um bom treinamento dos seus usuários tanto
administrativos como operacionais.

Na fase seguinte deste estudo será abordado que a entrada da


tecnologia na educação não necessariamente ocorre apenas com a
implantação de um sistema de informação, ocorre também na sala de aula.

2.3.1 Ambientes de Aprendizagem Colaborativa apoiada por Computador

Ao serem questionadas sobre uma recordação de alguma experiência


envolvendo uma situação de aprendizagem, grande parte das pessoas lembra
46

de alguma situação envolvendo outras pessoas (BARROS, 1994). Apesar


disto, a maioria das metodologias pedagógicas e, sobretudo os métodos
envolvendo novas tecnologias, privilegiam situações ou contextos de
aprendizagem individual.

Em contraponto a esta tendência, nos últimos anos, tem crescido a


quantidade de pesquisas envolvendo a promoção da aprendizagem utilizando
as vantagens do convívio social, a aprendizagem colaborativa, ou cooperativa,
como preferem alguns autores.

A criação de ambientes de Aprendizagem Colaborativa Apoiada por


Computador (ACAC), são o reflexo mais atual deste novo enfoque da
aprendizagem, fundamentada nas idéias de desenvolvimentos cognitivos
individuais. Ao trabalhar-se com esta área, a primeira polêmica que ocorre é a
referente à utilização dos termos aprendizagem "colaborativa" ou "cooperativa".
Ferreira (1998) fez uma revisão sobre esta controvérsia, concluindo que
colaboração implicava em um processo mais aberto, onde os integrantes do
grupo interagem para atingir um objetivo comum, enquanto que na cooperação
existe uma organização maior do grupo, com um maior enfoque no controle da
situação pelo professor.

Segundo Ferreira (1998), a colaboração é um processo de criação


compartilhada: dois ou mais indivíduos, com habilidades complementares,
interagem para criar um conhecimento compartilhado que nenhum deles tinha
previamente ou poderia obter por conta própria. A colaboração cria um
significado compartilhado sobre um processo, um produto ou um evento. Suas
idéias (FERREIRA, 1998) têm semelhanças com as idéias do social
construtivismo e com as idéias de interação social.

Entretanto, a ênfase de Ferreira (1998) no termo "colaboração" não é


necessariamente compartilhado com outros pesquisadores da área de CSCW.
Nestes ambientes, o termo "cooperativo" é mais usado do que
"colaborativo",uma vez que estas ferramentas buscam mais uma organização e
gerenciamento das informações do que a construção de algo em conjunto.
47

Para Barros (1994, p.27) :

CSCW pode ser visto como uma conjunção de certos tipos de


tecnologias, certos tipos de usuários (usualmente pequenos
grupos profissionais auto-direcionados) e uma visão do mundo
que enfatiza as relações de trabalho

No Brasil, observa-se que ambos os termos são utilizados por diferentes


grupos para caracterizar o significado definido por Ferreira (1998) para a
aprendizagem colaborativa. Conforme Barros (1994), emprega aprendizagem
cooperativa, como referência ao construto "co-operação", e define também
colaboração como o trabalho conjunto, em prol de um objetivo comum, sem
uma divisão de tarefas e responsabilidades.

Chama-se de aprendizagem colaborativa para representar o


desenvolvimento cognitivo alcançado pelas trocas sociais entre indivíduos, com
um objetivo comum. Estas interações ocorrem em um ambiente caracterizado
pela ausência de hierarquia formal, com respeito mútuo às diferenças
individuais e liberdade para exposição de idéias e questionamentos, a exemplo
do que Piaget sugeria ser necessário para a promoção da "solidariedade
interna".

Os indivíduos em nossa sociedade atual não estão estruturalmente


preparados para a colaboração, adotando instintivamente posturas
competitivas e dependentes de um controle hierárquico. Assim sendo, ao criar-
se um ambiente de ACAC, é necessário ter presente que a colaboração deve
ser fomentada e construída, razão pela qual é fundamental uma análise
criteriosa das aplicações que serão empregadas, de forma a utilizar,
prioritariamente, àquelas que promovam a colaboração.

Atualmente, um ambiente de aprendizagem colaborativa envolve um


conjunto de ferramentas, estruturadas em um groupware.

Com este ambiente, professores e alunos reavaliam continuamente


seus papéis, na medida em que vislumbram novas possibilidades tanto de
inserção de novos recursos tecnológicos quanto de formas de utilização,
promovendo novas interações sociais.
48

3 METODOLOGIA

O presente trabalho possui caráter exploratório na medida em que


procura aprofundar e ampliar conhecimentos a respeito do levantamento de
requisitos para implantação de um sistema de informação de controle de
alunos em uma instituição de ensino usando o estudo de caso S3E (Sistema
Educacional Educandário Elite).

A análise das técnicas para esse levantamento de requisitos são


tidos como imprescindíveis à consecução dos objetivos previstos nesse estudo,
esta pesquisa bibliográfica tem a intenção de descrever características de uma
específica situação da realidade, qual seja, o uso do sistema de informação em
situações formais de uma instituição de ensino.

Trata-se de uma pesquisa de caráter exploratório-descritivo, com


base em uma fundamentação teórica a partir da literatura existente,
pretendendo-se mostrar os principais aspectos envolvidos no tema do estudo e
nas variáveis do problema apresentado na introdução.

A pesquisa em livros, revistas e periódicos, identificando os principais


teóricos e informações atualizadas sobre o assunto, obedeceu ao critério de
busca a partir de conceitos – chave como : Tecnologia, Instituição de Ensino,
Sistema de Informação e Levantamento de Requisitos.

Além dessas bases principais, conceitos adquiridos em treinamentos


de uso de sistemas de informação para Instituições de Ensino ao longo das
experiências profissionais, bem como algumas revistas especializadas,
também serviram de referência.

O Trabalho consta de uma introdução que apresenta o problema e os


objetivos, discorrendo sobre o tema, e completa-se com a apresentação de
idéias sistematizadas de vários teóricos discorrendo sobre o mesmo assunto. A
pesquisa bibliográfica tem para esse trabalho o objetivo de conhecer e analisar
as principais contribuições teóricas existentes sobre o tema tornando-se assim
um elemento indispensável.
49

Estas idéias sistematizadas aparecem a seguir em forma de síntese, de


forma a propiciar a conclusão, na qual são enfatizadas as idéias propondo-se
soluções práticas.
50

4 ANÁLISE DOS DADOS : Retomando os principais pontos da teoria


apresentada

A implantação de novas tecnologias em uma instituição de ensino


deve ser mediada por atitudes pedagógicas que permitam formar o cidadão
que ocupará seu lugar neste novo espaço (SIMÃO NETO, 2002). As
tecnologias, dentro de um projeto pedagógico inovador, facilitam e estimulam o
processo de ensino-aprendizagem.

Enfatiza-se, através do uso da tecnologia no ensino, a descoberta de


uma melhor organização comercial e financeira, para isso ocorrer é necessário
o uso de um sistema de informação, é necessário que hoje uma instituição de
ensino hoje ofereça aos seus alunos, um portal onde ele possa verificar suas
notas, fazer matrícula, solicitar informações do curso, Alterar disciplinas
selecionadas, consultar seus horários de aula, o aluno pode escolher entre
disciplinas optativas, como desenvolvimento de software e treinamentos
esportivos para o ensino médio e treinamentos esportivos entre o ensino
fundamental, entre outras informações pertinentes a vida acadêmica, do
mesmo jeito que é interessante o professor poder ter seu portal para lançar
notas, faltas, solicitar recursos áudio-visuais, verificar alunos matriculados, e
um sistema de informação dentro de uma instituição de ensino necessita
também de um vertente administrativa, onde consiga encerrar matrícula,
localizar o catálogo de cursos, pois existe 3 cursos distintos no colégio, ensino
fundamental I e II, além do ensino médio, e por último o controle de
faturamento controlando o pagamento das mensalidades.
Até um tempo atrás, as atividades educacionais registravam um índice
de informatização integrada muito baixo: Segundo Obrien (2001) apenas 7%
das instituições de ensino no país possuíam algum sistema de gestão. Hoje os
indicadores continuam decepcionando: calcula-se que menos de 18% das
instituições de ensino apresentem algum tipo de gestão. Vale lembrar que não
estamos mais no tempo em que cada instituição de ensino tinha que
desenvolver seus próprios programas de computador; tornando-se incoerente
“reinventar a roda”. Os custos internos de desenvolvimento são exorbitantes,
os sistemas nunca ficam prontos e a instituição de ensino perde o foco do seu
51

negócio principal. O mercado brasileiro dispõe hoje de pacotes de sistemas de


gestão muito desenvolvidos, além de diversas softwares houses.

Para Sommerville (2007) na engenharia software, análise de requisitos


engloba todas as tarefas que lidam com investigação, definição e escopo de
novos sistemas ou alterações.

Análise de requisitos é uma parte importante do processo de projeto de


sistemas, na qual o engenheiro de requisitos e o analista de negócio,
juntamente com engenheiro de sistema ou desenvolvedor de software,
identificam as necessidades ou requisitos de um cliente. Uma vez que os
requisitos do sistema tenha sido identificados, os projetistas de sistemas
estarão preparados para projetar a solução.

Os seus objetivos principais são:

Boas Práticas, Análise do Problema, Entender as necessidades do


usuário, Definição do Sistema, Gerenciamento do Escopo do Sistema,
Refinamento do Sistema, Gerenciamento de Mudanças e Estruturação dos
Casos de Uso.

Conceitualmente, o levantamento de requisitos inclui as seguintes


atividades:

Elicitação dos requisitos: é a tarefa de comunicar-se com os usuários e


clientes pra determinar quais são os requisitos.

Análise de requisitos: determina se o estado do requisitos é obscuro,


incompleto, ambíguo, ou contraditório e resolve estes problemas.

Registros dos requisitos: os requisitos podem ser documentados de


várias formas, tais como documentos de linguagem natural, casos de uso, ou
processo de especificação.

Visto a importância de se utilizar técnicas para o levantamento de


requisitos, foi descrito no trabalho as técnicas utilizadas para a construção do
S3E (Sistema Educacional Educandário Elite), foi demonstrado o seu diagrama
de casos de uso, as descrições dos casos de uso, o documento de visão,
glossário e por último os protótipos.

Implantado o sistema não pode esquecer do treinamento dos


52

funcionários, afinal segundo O’Brien (2001), na era da internet um sistema de


informação para ser bem sucedido requer um bom treinamento dos seus
usuários tanto administrativos como operacionais.

Foi descorrido também uma breve introdução sobre o uso da tecnologia


na mediação do ensino, o que é conhecido hoje como Groupware, afinal é uma
outra vertente do uso da tecnologia em uma instiruição de ensino.
53

5 CONCLUSÃO

A tecnologia chegou ao mundo acadêmico aos poucos e com a evolução


das máquinas e a necessidade do seu uso para trazer informações cada vez
mais atuais aos alunos ela passou a fazer parte do dia-a-dia do processo
ensino-aprendizagem.

Com isso os professores precisaram se reciclar e adquirir novas


competências para realizar com sucesso seu trabalho acadêmico tanto no
quesito administrativo em relação à lançamento de notas, faltas, newsgroups,
plano de disciplina, quanto na própria sala de aula com o uso de uma
apresentação multimídia de uma aula utilizando projetor e na maioria das vezes
um sofware chamado power point, além das universidades que já adotaram a
lousa eletrônica.

Verificando essa gama de vantagens da tecnologia o Educandário Elite,


irá implantar o S3E (Sistema Educacional Educandário Elite), esse trabalho foi
uma demonstração das técnicas utilizadas no levantamento de requisitos para
implantação de um sistema de informação em um instituição de ensino.

Essas competências são de suma importância para o sucesso do


software, afinal são com essas técnicas que se tornam possíveis o
desenvolvedor adequar os objetivos do sistema com as necessidades da
empresa.

As técnicas apresentadas nesse trabalho não são apenas utilizadas para


sistemas de informação educacionais, são técnicas utilizadas para qualquer
sistema de informação, utilizado em qualquer segmento, fica assim um estudo
para melhor divulgar as boas práticas.

Sem dúvidas a engenharia de requisitos é um dos principais métodos da


engenharia de software, métodos esses que crescem cada vez mais na idéia
de se divulgar um desenvolvedor de software, que pensa, que planeja antes de
começar a desenvolver.

Ao contrário, do que muitos pensam, o levantamento de requisitos não é


perca de tempo, e sim ganho de tempo, pois ela sendo bem feita, usando
técnicas, como as demonstradas nesse trabalho (diagrama de casos de uso,
54

descrição de casos de uso, documento de visão, glossário, protótipos), o


desenvolvedor evita o tão indesejado retrabalho.

Afinal o retrabalho tem custo, custo esse que jamais será ressarcido,
quando falamos em custo falamos do maior problema em um projeto, mas o
retrabalho não implica apenas nisso, implica também em outro fator muito
importante, a perca de tempo.

Existem alguns portais educacionais disponíveis na internet, onde já vivi


em minha experiência profissional, procurei buscar a combinação destas
informações com as necessidades do Educandário Elite, além do uso das
técnicas já citadas vistas na disciplina de Engenharia de Requisitos.

O uso adequado das técnica de levantamento de requisitos são


fundamentais para um bom desenvolvimento de um sistema de informação.

Sem essas competências citadas o desenvolvedor fica limitado para


enfrentar as exigências da grande maioria das empresas do Brasil.
55

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dos educadores. (In) FAZENDA, Ivani (et al) Interdisciplinaridade e Novas
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56

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