Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
INFORMAÇÃO EM SAÚDE
autor
CLEBERTON CARVALHO SOARES
1ª edição
SESES
rio de janeiro 2016
Conselho editorial sergio augusto cabral, roberto paes e paola gil de almeida
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida
por quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em
qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita da Editora. Copyright seses, 2016.
isbn: 978-85-5548-331-8
Prefácio 7
6. Fundamentos da Internet 95
7
tância dos Sistemas de Informação nas empresas contemporâneas e, em espe-
cial, a aplicabilidade destas tecnologias para e na área de saúde.
Ao longo dos 10 capítulos em que está dividido este livro, teremos a oportu-
nidade de aprender e aperfeiçoar o conhecimento atual sobre:
• Os conceitos básicos da informação e de sua gestão como ferramenta es-
tratégica para aumentar a competitividade e eficiência das empresas contem-
porâneas, em especial suas aplicações nas organizações de saúde;
• Os benefícios de um Sistema de Informação, no que se refere à agilidade
e atualidade na tomada de decisão, na solução de problemas, na melhoria dos
produtos, serviços e processos organizacionais;
• As características das principais infraestruturas tecnológicas: componen-
tes de hardware, tipos de software, organização e gerenciamento de banco de
dados e características das tecnologias de rede;
• A integração entre os SI e a TI nas organizações de saúde contemporâneas
e o uso dos recursos de tecnologia da informação em organizações de saúde.
Bons estudos!
1
Introdução aos
fundamentos
de sistemas de
informação
1. Introdução aos fundamentos de sistemas
de informação
OBJETIVOS
• Conhecer e diferenciar dados, Informação e conhecimento;
• Reconhecer a informação como um recurso, um ativo e um produto;
• Entender o que é Tecnologia da Informação (TI) e aprender sobre sua aplicabilidade na
gestão de uma empresa moderna;
• Aprender sobre os elementos básicos de um sistema e sobre os sistemas de informação.
10 • capítulo 1
1.1 Fundamentos de sistemas
capítulo 1 • 11
Os elementos devem ter conexão, ou seja, deve haver uma
integração, um elo entre os elementos que compõem o
INTEGRAÇÃO sistema, que permita sair de um elemento (com uma função)
e chegar adequadamente ao próximo, até alcançar o último
elemento do sistema.
Exemplos de sistemas
1 – Fossas nasais
1
3 2 – Boca
2
4 3 – Faringe
5 4 – Laringe
5 – Traqueia
6 6 – Brônquios
7 – Bronquíolos
7
8 – Diafragma
8
Fonte: http://pt.slideshare.net/isabelalexandrapinto/sistema-respiratorio-powerpoint
12 • capítulo 1
Fonte: <http://www.mobilize.org.br/noticias/4125/os-cinco-melhores-transportes-publicos-
do-mundo.html>.
capítulo 1 • 13
1.2 Sistemas de informação
Processamento:
Insumo: Saída:
organizar, filtrar,
Dados Informação
selecionar etc.
14 • capítulo 1
Armazenamento
Matéria-prima Produto
Feedback
capítulo 1 • 15
Diante de tais características, entende-se que é preciso empreender plane-
jamento e organização para alcançar a qualidade necessária aos sistemas de
informação, a fim de atender plenamente ao seu objetivo na empresa.
Vimos que aos sistemas de informação cabe a tarefa de processar dados a fim
de gerar informação(ões). Mas, afinal, o que vem a ser um dado? E informação?
Qual a diferença entre eles? Para melhor compreensão na definição das respos-
tas citadas no parágrafo anterior, utilizaremos a figura abaixo:
Fonte: <https://yallaespm.wordpress.com/>.
16 • capítulo 1
Em Ribeirão Preto, SP,
15h10 no dia 3 de fevereiro,
às 15h10 estava uma
temperatura de 24°.
3 de fevereiro
Processamento
Organizar
Ribeirão
24°
Preto-SP
Fonte: www.ebah.com.br
Conhecimento
Informação
Dado
capítulo 1 • 17
conhecimento. Portanto, explicando a cadeia na ordem inversa: o conhecimen-
to advém da informação; e esta (a informação), conforme vimos, é resultado do
processamento dos dados.
Para alcançar o conhecimento, é preciso empreender análise e reflexão das
informações que conseguimos, portanto requer a atuação cognitiva, e não ape-
nas sistêmica. Esta é uma atribuição largamente realizada pelas pessoas que
compõem a empresa e que estão em cargos de gestão. O conhecimento é o ele-
mento que precede a tomada de decisão, portanto ele subsidia decidir, esco-
lher e julgar.
Para o pleno entendimento quanto à diferença entre informação e conheci-
mento, perceba que a informação é resultado de um processamento, portanto
ele pode ser sistêmico (feito sempre da mesma maneira), e o conhecimento re-
quer mais do que apenas unir informações, mas refletir sobre o que estas infor-
mações permitem concluir e qual a melhor direção seguir.
Uma vez estudado o conceito e compreendida a relação entre dado, infor-
mação e conhecimento, seguem alguns exemplos desses termos alusivos à área
da saúde.
Quantidade de Perfil da
Paciente Doses População
p/Vacinação Atendida
Especialidades
Unidades
Epidemias Médicas
de Saúde
Necessárias
Ações de
Bairro/Áreas Endemias
Prevenção
Doença(s)
18 • capítulo 1
1.5 Qualidade da informação
Tempo
• Acessibilidade
• Prontidão
• Atualização
• Historicidade
mpo
Te
Co
nte a
úd rm
o Fo
Conteúdo Forma
• Precisão • Clareza
• Relevância • Detalhe
• Integridade • Ordem
• Concisão • Apresentação
• Amplitude • Mídia
• Desempenho
Fonte: <http://slideplayer.com.br/slide/1261305/>.
capítulo 1 • 19
1.6 A relação da TI com os sistemas de informação
Conforme foi possível perceber nos tópicos anteriores deste capítulo, os siste-
mas de informação existem sem necessariamente a presença de uma tecnolo-
gia específica. Claro que fica muito difícil atualmente pensar que as empresas
conseguirão gerir seus negócios sem uso da TI, mas temos de deixar claro que
sistemas de informações e tecnologias da informação e comunicação represen-
tam coisas distintas. Também cabe ressaltar que o uso e desenvolvimento de
tecnologias da informação são fomentados pelos sistemas de informação, no
intuito de subsidiar novos paradigmas para a produção, gestão e intercâmbio
dos produtos de informação.
Nas atividades de entrada, processamento e saída dos sistemas de informa-
ção, as TI hoje representam uma solução conveniente entre rapidez e precisão,
principalmente para o processamento de uma quantidade cada vez maior, e a
tendência é aumentar, de dados. Adicionalmente, a TI apoia a entrada dos da-
dos, através de um software, por exemplo, em que a recepção cadastra o cliente/
paciente a ser atendido; e na saída da informação, através de uma impressora
que permite impressão de um relatório da quantidade de clientes atendidos
em um dia, mês ou ano, dividindo por tipo de atendimento ou por setor de aten-
dimento (pediatria, ortopedia, clínico etc.).
Conclui-se que a TI trouxe, dentre outros, benefícios como: melhoria no flu-
xo de informação, facilitando o acesso e armazenamento dos dados; agilidade
de intercâmbio e monitoramento das informações; e facilidade na comunica-
ção e aproximação entre empresa, funcionários e clientes.
A TI representa um conjunto de recursos tecnológicos de software, hard-
ware, redes e conectividades e bancos de dados, os quais subsidiam adequada-
mente todo o volume de dados e do seu processamento para alcançar a infor-
mação. Eis aí a primeira explicação sobre por que as TICs têm recebido grande
investimento em invocação, exatamente para apoiar as empresas na operacio-
nalização e gestão dos seus negócios.
20 • capítulo 1
Representa a parte lógica da TI, ou seja, os programas
SOFTWARE de computadores que permitem a informatização dos
processos que envolvem os negócios da empresa.
capítulo 1 • 21
Por meio da explanação do que significa cada elemento da TI, percebemos
que existe uma ligação com os sistemas de informação. E, exatamente pelo con-
texto globalizado que a internet alcançou e com o seu crescimento pretendido,
que a tendência é cada vez mais que as TICs propiciem melhoria na operaciona-
lização e gestão das empresas e seus sistemas de informação.
Funções da
Sistema de Informações Computadorizado Organização
Meio Externo:
Saída
Computador (output) Produção
Usuário
Base de de Dados Saída
(output)
Vendas
Fonte: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAASGoAH/ferramenta-gestao>.
Três atividades devem ser realizadas para que a TI possa apoiar adequada-
mente os sistemas de informação. São elas:
22 • capítulo 1
Todos os recursos da TI devem estar integrados e em
funcionamento, permitindo o devido suporte à operação e
INTEGRAÇÃO gestão da empresa. Por exemplo: as pessoas devem sa-
ber manipular o software e o hardware; os computadores
precisam estar conectados à rede da empresa.
Im
Ins are
ão
So
ple
laç
ftw taçã
w
m
rd
ta
ar o
en
Ha
Data
e
Integração
Peopleware
Fonte: <http://www.techsoln.com/hardware/technology-implementation/>.
capítulo 1 • 23
2. Qual o custo total de propriedade do software?
3. Qual o valor salarial para os profissionais ou empresas especialistas nas
TICs a serem contratados?
4. Qual o custo da infraestrutura da TI para a integração dos sistemas de
informação existente e pretendidos?
24 • capítulo 1
Servers
6 7 8 30 90
F E
5 100
4 20
3 10 110
2 0 120
1
12345
NE W S
0
Monitoramento Colaboração
Finanças
Conteúdo Comunicação
Plataforma
Identidade
Fila
Armazenamento Tempo de execução Banco de Dados
de objetos
Infraestrutura
Computação Rede
Armazenamento
Smartphones de blocos Tablets
capítulo 1 • 25
Conforme estabelece o plano desta aula, os atributos da informação são:
1. Informação como um recurso;
2. Informação como um ativo; e
3. Informação como um produto.
26 • capítulo 1
jurídicas. Nesta ótica social, a informação tem características muito intrínse-
cas a um meio ou fenômeno. Implica dizer que o produto do sistema de infor-
mação pode ser inútil a alguma parcela ou parte de um grupo, os quais não dis-
põem da mesma categoria. Há de se considerar se esse produto precisa, deve e
pode ser armazenado e compartilhado. Consequentemente, é preciso que exis-
ta a gestão sobre a informação.
Considera-se ativo algo que tenha e agregue valor à empresa. Algo que influen-
cia. A sociedade contemporânea, denominada de “Sociedade da Informação”,
é uma sociedade globalizada, com foco no uso e na aplicação devida da infor-
mação. Na literatura em geral, principalmente naquelas vinculadas à área da
administração e gestão, costuma-se afirmar que, atualmente, a informação é o
bem intangível mais importante de uma organização. Por esse status, a infor-
mação é considerada um ativo.
Entende-se por ativo intangível aquilo que extrapola um valor meramente
contábil (sem desmerecimento à contabilidade), como, por exemplo, marcas,
patentes, capacidade de inovação, modelo de negócios, capital humano etc.
Não existem fórmulas confiáveis e finais para mensurar um ativo intangível,
mas ele representa até mesmo a questão de singularidade da empresa diante
dos demais concorrentes e do mercado em geral.
A informação exerce uma grande força para aqueles que desejam atingir o
mercado com objetividade de vendas, porém não nos esqueçamos do que fala-
mos no início deste capítulo: mudança. Uma condição de mudança no cenário de
mercado é um problema, o qual pode ser resolvido através do ativo denominado:
informação.
capítulo 1 • 27
Os produtos exprimem o saldo do resultado do trabalho realizado, sistêmi-
co ou não, com a finalidade de dar suporte às necessidades e aos desejos, sejam
ou não ideais. Então, quando tratamos de sistemas de informação, o produto
pode ser entendido como o próprio serviço de informação, prestado pelas uni-
dades de informação.
Também uma informação pode ter alto grau de energia em um determi-
nado momento, porém, com o passar do tempo, outras informações podem
atualizá-la, complementá-la ou substituí-la, ou seja, a informação pode ser um
produto com maior ou menor perenidade.
REFLEXÃO
A informatização é um processo vital para a manutenção e desenvolvimento organizacional.
Para alcançar níveis elevados de sucesso na informatização, convém que a gestão identifi-
que o conteúdo, a forma e o tempo requerido para cada tipo e nível da empresa. Para isso,
atualmente, os sistemas de informação representam o melhor mecanismo para a concepção
e desenvolvimento da informatização, porque atuam em produzir e intercambiar informações,
que é o objetivo de qualquer empresa no âmbito do seu negócio.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
REZENDE, Denis Alcides; ABREU, Aline França. Tecnologia da Informação Aplicada a Sistemas
de Informação Empresariais. 5 ed.. Editora Atlas, 2008.
VILLAR, Antônio de Mello; ARAÚJO, Geraldo Maciel de; LIRA, Waleska Silveira; VIEIRA, Renata Jorge;
FILHO, Gabriel Martins. O Sistema de Informação como Suporte nos Métodos de Gestão da
Produção em Serviços de Saúde. Qualit@as - Revista Eletrônica. V. 3. Número 1 – 2004. ISSN
1677-4280. Disponível em: <http://revista.uepb.edu.br/index.php/qualitas/article/viewFile/38/30>.
STAIR, Ralph M, REYNOLDS, George W. Princípios de Sistemas de Informação: uma abordagem
gerencial. 6. ed. Cengage Learning, 2008.
LAUDON, Kenneth; LAUDON, Jane. Sistemas de Informações Gerenciais. 9 ed. Pearson Prentice
Hall, 2010.
28 • capítulo 1
2
As funções e
aplicações de
sistemas de
informação nas
organizações
2. As funções e aplicações de sistemas de
informações nas organizações
OBJETIVOS
• Abordagem do sistema através de uma visão vinculada a uma empresa;
• As funções e aplicações de sistemas de informações nas organizações;
• A distinta necessidade de informações nos diferentes níveis organizacionais.
30 • capítulo 2
Neste momento, convido-o a fazer
um pequeno exercício: pense em algu- Setor “A” – Subsetores: A.1, A2
ma empresa que você conhece. Faça Setor “B” – Subsetores: B.1
uma lista dos setores que compõem
essa empresa, bem como subsetores Setor “C”
que podem existir nestes setores.
Para cada setor identificado, tente evidenciar: qual são os dados de que
o setor “A” precisa para realizar suas atividades? Os produtos das atividades
realizadas geram que tipo de informação? Como e qual o meio de envio des-
sas informações?
Como as pessoas
realizam suas atividades?
Sistema
Subsistema Subsistema
Entradas Saídas
Subsistema
Subsistema
Feedback
• 31
capítulo 2
Parabéns! Você acaba de construir o mapa sistêmico da referida empresa!
Agora, procure identificar relações de informações entre esses setores, res-
peitando a questão da hierarquia informacional, ou seja, o setor que produz a
informação para outro deve vir primeiro.
32 • capítulo 2
As pessoas, a sociedade e o mundo todo estão passando por constantes mudanças,
aumentando seu grau de exigência, aceitabilidade e o conceito de qualidade, exigindo
das empresas facilidade de flexibilização, dinamismo, capacidade de gestão situacional,
planejamento, competência estratégica e adaptação de seus processos e sistemas,
tornando-os abertos para resistir ao alto nível de agitação ambiental. Nesse sentido, a
empresa pode passar por dificuldades, mas por outro lado, podem aparecer as ocasiões
e oportunidades de realizações, bons negócios etc. (Rezende e Abreu, 2003).
capítulo 2 • 33
O surgimento da Internet em um sistema operacional de comunicação totalmente de-
senvolvido reduziu drasticamente os custos de operação e transação em uma escala
global [...]. As empresas que criam produtos e serviços em escala global alcançam
reduções de custos extraordinárias ao encontrarem fornecedores mais baratos e
gerenciarem suas instalações em outros países (Laudon & Laudon, 2014).
Conforme definem Laudon & Laudon (2014), seis são os objetivos organi-
zacionais contemporâneos aos sistemas de informação, os quais orientam as
funções e a aplicabilidade destes sistemas nas organizações. São eles:
1. Excelência operacional;
2. Novos produtos, serviços e modelos de negócios;
3. Relacionamento mais estreito com clientes e fornecedores;
4. Melhor tomada de decisão;
5. Vantagem competitiva;
6. Sobrevivência.
O termo excelência costuma ser bastante utilizado pelas empresas para expres-
sar elementos importantes para o mercado e clientes: sua missão e visão. Al-
cançar a excelência, ou seja, o ápice da qualidade para a atuação da área ope-
racional, deve refletir em suntuosos resultados, uma vez que ela representa a
parte de maior movimentação de uma organização, fazendo com que a empre-
sa “pulse” ou “respire” de maneira saudável e forte.
Os sistemas de informação podem contribuir valorosamente para o aper-
feiçoamento operacional das empresas. Conforme citado por LAUDON &
LAUDON (2014), o Walmart conseguiu conectar-se aos fornecedores das suas
mais de 9.000 lojas espalhadas pelo planeta, a fim de que deve ser enviado um
produto substituto assim que um cliente compra o que estava na prateleira. Em
2013, o Walmart vendeu quase 470 bilhões de dólares.
34 • capítulo 2
Dados Processamento Informação
Novo estoque
Nova conta a pagar
Lançamentos contábeis
Incide que, desta forma exemplificada pelo Walmart, o produto sempre es-
tará disponível para um novo cliente realizar sua compra; o produto estará sem-
pre em linha com, por exemplo, o prazo de validade; demais setores da empresa
estarão automaticamente conectados.
Elevados níveis de eficiência e produtividade na área operacional vão im-
pactar diretamente no funcionamento da empresa, o que pode permitir quali-
dade para a atuação tanto para os funcionários (refletindo em agradável clima
organizacional) quanto aos clientes, que vão perceber diferenciais na prestação
de serviço ou na oferta de um produto.
capítulo 2 • 35
2.2.2 Novos produtos, serviços e modelos de negócios
Vivemos em uma época que a inovação é item muito procurado pelas empre-
sas em geral. Quando sistemas de informação estão operando organizadamen-
te e integrados, temos a produção de informação em larga escala. Considerando
o fato relevante que a informação tem para a empresa, não causará estranheza
ao mercado que a empresa apresente sempre inovações, o que propicia melhor
atendimento para os clientes atuais, como cativar a chegada de novos. Logo, os
sistemas de informação representam grande aliado para a inovação.
Conforme especifica LAUDON & LAUDON (2014), um modelo de negócio
descreve como a empresa produz, entrega e vende um produto ou serviço para
criar valor.
A metodologia Canvas é uma proposta para elaboração de um modelo de
negócio no modelo de planejamento estratégico. A orientação é que sejam res-
pondidas nova questões e montar um mapa, dinamicamente estruturado como
um quadro de post-its.
36 • capítulo 2
2.2.3 Relacionamento mais estreito com clientes e fornecedores
Já foi ultrapassada a ideia de quem nós devemos atender o nosso cliente. A vi-
são no atendimento denota algo muito pontual, “frio”, com pouca interação e
intensão de continuidade. Seria algo do que se configura hoje pelo “ficar”, ou
seja, sem compromissos nem comprometimento.
Atualmente, o foco das empresas, envolvidas em um cenário de alta concor-
rência e disponibilidade, é definir um relacionamento com aqueles que contri-
buem valorosamente para a manutenção da sua existência: são seus fornecedo-
res e os seus clientes.
Conhecer bem estes dois atores deve propiciar à empresa consagrar-se
como um “campo seguro” quando houver a interação entre a tríade fornece-
dor-empresa-cliente. Isto porque as partes terão informações suficientes para
identificar (e suprir) a real necessidade do outro, possibilitando assim sempre
relações de negócio positivas. Neste cenário de alta confiança, a tendência é
que existirá sempre uma lembrança da realização de contato/consultas para
saber se poderá ser suprido pela mesma fonte. É algo como um eterno namoro!
Os sistemas de informação podem municiar as empresas de hábitos e/ou
preferências dos clientes; sobre características da sua realidade e do que es-
peram e quando pretendem realizar. Mesmo a web estando bem populosa de
ofertas e existindo várias empresas físicas do mesmo segmento comercial, ter
estas informações de clientes e fornecedores contribui para o início e o aperfei-
çoamento de um programa de relacionamento.
Atendimento Relacionamento
Fonte: <http://pt.slideshare.net/Flavio85/redes-sociais-atendimento-relacionamento-e-
vendas>.
capítulo 2 • 37
2.2.4 Melhor tomada de decisão
Informação
Inicial
Conteúdo
Forma
Tempo
Informação
Necessária
38 • capítulo 2
2.2.5 Vantagem competitiva
Estar à frente dos demais. Essa pode ser a meta estabelecida como resultado da
vantagem competitiva. Para alcançar? Bem, possua algo exclusivo, potencial-
mente necessário, que propicie impacto positivo àqueles com que você se rela-
ciona. Com isso, você sentirá o que é ter a vantagem competitiva.
Adicionalmente a esses elementos, aplique os demais itens que já estuda-
mos até aqui: procure fazer melhor do que os seus concorrentes; gaste menos
para alcançar produtos, serviços ou modelo de negócio melhores; relacione-se
bem com seus clientes e fornecedores; obtenha excelência operacional. A van-
tagem competitiva só você tem; e, quando a concorrência copiar, aplique outra.
Para isso, explore os sistemas de informação.
2.2.6 Sobrevivência
capítulo 2 • 39
2.3 Qualidade da informação em diferentes níveis organizacionais
Estratégico
Tático
Operacional
Fonte: <https://comunicacaoempresarialpt.wordpress.com/2013/05/10/ser-ou-nao-ser
-eis-a-questao/>
40 • capítulo 2
encaminhamento médico; o estoque da farmácia; o prontuário (eletrônico)
do paciente; etc. Estes sistemas são comumente denominados de Sistemas de
Processamento Transacional (SPTs).
O sistema de informação para esse nível organizacional da base da pirâmi-
de deve favorecer o tripé da qualidade da informação para que as atividades
diárias sejam feitas com maior facilidade e integridade. Os SPT representam o
nível organizacional responsável pela entrada de dados na empresa; portanto,
convém muita atenção para a realização correta das suas atividades, a fim de
evitar que os demais níveis organizacionais sejam municiados com dados verí-
dicos (lembre-se: a partir dos dados são formadas as informações!).
Acima do operacional, temos o nível organizacional tático, também conhe-
cimento como gerencial. Os Sistemas de Informação Gerencial ou de Gestão
(SIG) detêm a responsabilidade de propiciar a informação com os atributos
qualitativos adequados para esse nível. Os SIGs atuam na manipulação dos
dados oriundos do SPT para gerar a informação necessária para o desenvolvi-
mento das atividades dos gerentes. O que importa é saber quais são os medi-
camentos que estão abaixo (ou próximo) do estoque mínimo; a frequência e
disponibilidade de leitos e apartamentos que compõem a unidade hospitalar;
etc. Por apoiar a gestão da empresa, percebemos que o perfil do sistema de in-
formação já é mais voltado para a informação (menor quantidade).
Sistema de Apoio
à Decisão
Sistema de Apoio
à Gestão
Sistema de Apoio
às Operações
capítulo 2 • 41
paciente atendido no hospital, porém com um destaque: é preciso analisar, por
exemplo, a capacidade financeira para tal aquisição e o espaço físico disponí-
vel. Portanto, se é preciso analisar, conforme mencionamos anteriormente, es-
tamos atuando com o conhecimento.
Relacionando então os níveis organizacionais com os tipos de sistemas de
informação, temos:
Sistema de Nível
Informação Organizacional
SADs Estratégico
SIGs Tático
SPTs Operacional
11
1 5
8
42 • capítulo 2
Para que os jogadores tenham organização e entrosamento em campo, fa-
z-se necessário identificar em qual posição do campo (defesa, meio de cam-
po, ataque) o jogador detém maior habilidade. Porém, mais do que habilida-
de individual, é preciso que o time tenha um esquema tático definido. Para a
concepção, escolha e definição do esquema tático, o time de futebol precisa
do técnico. Portanto, cabe a ele demonstrar aos jogadores o esquema tático e
onde cada jogador vai atuar neste esquema (claro que compatível com as áreas
de habilidade de cada um dos jogadores). Então, o técnico representa a parte
tática da empresa.
Fonte: www.futebolinteligente.com.br
capítulo 2 • 43
Fonte: www.jovempan.uol.com.br
44 • capítulo 2
dos hardware/software para a entradas e saídas, além das tecnologias de banco
de dados, redes de computadores, usuários e procedimentos. Este estudo de
caso se dará em um cenário utópico de uma unidade hospitalar.
Inicialmente, temos uma tecnologia de banco de dados que integra vários
setores do hospital. Em detrimento de estarem integrados, a partir de um sis-
tema de informação moderno, foi implantada uma rede de computadores que
interliga os diversos computadores que estão disseminados no hospital, por
exemplo: na recepção, no posto de enfermagem, na farmácia, no consultó-
rio médico.
Recepção
Posto de
Laboratório
Enfermagem
Banco
de
Relatórios Dados Prontuário
Gerenciais do Paciente
Prescrições
Farmácia
Médicas
capítulo 2 • 45
médico faz o lançamento de requisições de exames (todos os exames têm um
código) e encaminha o paciente para uma área de atendimento da enfermagem.
Ao serem lançados os códigos “HealthSW” associa os códigos dos exames
ao código do paciente, para que sejam gravados no banco de dados todos os
procedimentos realizados e para que o prontuário do paciente esteja devida-
mente atualizado. O laboratório é alertado pelo sistema de que é preciso reali-
zar alguns exames, e também à farmácia, a fim de que se separem os materiais
para a realização dos respectivos exames.
Após a realização dos exames, o paciente é encaminhado para a sala de es-
pera, até que os resultados dos exames estejam prontos e ele possa retornar
ao consultório médico. O posto de enfermagem lança no sistema a liberação
do paciente para a sala de espera; e o laboratório é responsável por lançar no
“HealthSW” os resultados dos exames. Os dados lançados pelo laboratório
também passam a compor o prontuário do paciente.
Uma vez liberado o resultado dos exames, o médico convoca o paciente para
seu consultório e então chega ao diagnóstico. Esse diagnóstico é lançado no
“HealthSW”. O médico providencia os devidos encaminhamentos e providên-
cias que devem ser tomadas.
Através do módulo de relatórios gerenciais (SIG), a gestão do hospital será
alertada sobre a necessidade de aquisição de material para os procedimentos;
sobre os custos de tempo e dinheiro para realização de exames, e de atendi-
mento em geral, bem como sobre a rentabilidade e o lucro do hospital.
A partir do tempo total para o devido atendimento, fluxo diário de pessoas e
o tipo de atendimento mais (e menos realizados) e lucro, o hospital correlacio-
na com cenários de expansão do quadro (SAD) e decide se é o momento permis-
sivo para o crescimento ou se deve aguardar.
REFLEXÃO
A informatização é um processo vital para a manutenção e desenvolvimento organizacional.
Para alcançar níveis elevados de sucesso na informatização, convém que a gestão identifique
o conteúdo, a forma e o tempo requerido para cada tipo e nível da empresa. Para isso, atual-
mente, os sistemas de informação representam o melhor mecanismo para a concepção e o
desenvolvimento da informatização, porque atuam em produzir e intercambiar informações,
que é o objetivo de qualquer empresa no âmbito do seu negócio.
46 • capítulo 2
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
REZENDE, Denis Alcides; ABREU, Aline França. Tecnologia da Informação Aplicada a Sistemas
de Informação Empresariais. 5 ed. Editora Atlas, 2008.
LAUDON, Kenneth C.; LAUDON, Jane P. Sistemas de Informações Gerenciais. 11 ed. Pearson
Education do Brasil, 2014.
capítulo 2 • 47
48 • capítulo 2
3
Tipos de sistemas
de informação
3. Tipos de sistemas de informação
Este capítulo será dedicado ao estudo, com maior profundidade, dos tipos
de sistemas de informação – os quais foram introduzidos no capítulo ante-
rior. Portanto, aproveite para aperfeiçoar seu conhecimento sobre o concei-
to e os tipos dos sistemas de informação que são aplicados aos diversos ní-
veis organizacionais.
Vamos detalhar outras visões dos sistemas de informação para apoio às
operações – no capítulo 2 foi apresentado o sistema de processamento de
transações (SPT) – e os sistemas de informação para apoio gerencial, decisão
e executiva.
OBJETIVOS
1. Sistemas de Apoio às Operações:
a) Sistemas de Processamento de Transações;
b) Sistemas de Controle de Processos;
c) Sistemas Colaborativos:
2. Sistemas de Apoio Gerencial
a) Sistemas de Informação Gerencial;
b) Sistemas de Apoio à Decisão;
c) Sistemas de Informação Executiva.
Sistemas de
Informação
Sistemas de Sistemas de
Apoio Apoio
Operacional Gerencial
50 • capítulo 3
3.1 Sistemas de informação para apoio às operações
É fato que cada empresa tem, pelo menos, uma característica que lhe seja pe-
culiar (algo só dela) – por exemplo, seu nome –, como também, é claro que, ao
observarmos um grupo de empresas, será possível identificarmos caracterís-
ticas que são semelhantes entre elas. Dentre as características semelhantes,
certamente nelas encontraremos pessoas ou processos vinculados a uma ro-
tina organizacional. Essa rotina é definida pelos sistemas de informação de
“operações”; para tanto, requer a definição e uso de sistemas de informação de
apoio operacional.
Quando tratamos do termo “operacional”, fazemos alusão a algo que é re-
lativo a operações e serve para rotular que algo ou alguma coisa está pronta e
disponível para funcionar, ou seja, é um atributo que aponta a aptidão desse
algo ou alguma coisa para realizar operações.
No âmbito do papel dos sistemas de apoio às operações de uma empresa
qualquer, as transações da empresa devem ser bem realizadas, tanto para o
funcionário que está operando como para o cliente que está sendo atendido;
também serve para o domínio e controle de processos industriais, além de
apoiar comunicações e colaboração e manter atualizados os bancos de dados
da empresa.
Por tais características requeridas aos sistemas de informação de apoio às
operações, eles são classificados em três esferas. A seguir vamos estudar cada
uma delas.
Sistemas de
Apoio
Operacional
Sistemas de Sistemas de
Sistemas
Processamento Controle de
Colaborativos
de Transações Processos
Figura 3.1 – Classificação dos Sistemas de Apoio Operacional. Fonte: Elaborada pelo autor
– Baseado em Rezenda & Abreu (2003)
capítulo 3 • 51
3.1.1 Sistemas de Processamento de Transações (SPT)
Exemplos:
• Atendimento em geral;
• Recepção e reservas de hotel, restaurante etc;
• Realização de vendas, pagamentos etc;
• Controle de manutenção, de contas a pagar e a receber, dentre outros.
52 • capítulo 3
Uma vez que a quantidade de operações realizadas pelas empresas é expres-
siva, e pela elevação do nível de exigência da qualidade na prestação de serviço
pelos clientes, o desempenho e os resultados diários sentidos pelo SPTs contri-
buem para a concepção de qualidade e satisfação, tanto para os clientes quanto
para os funcionários, na rotina dos negócios da empresa.
Tipos de sistemas transacionais comumente encontrados nas empresas em
geral: vendas; RH; marketing; produção; contabilidade; recursos humanos; es-
toqu; etc.
capítulo 3 • 53
Sistema de Controle de Tráfego Aéreo ATC
TRACON
Controle de ARTCC
Tráfego Aéreo
(ATC) ARTCC
Centro de
controle de
rotas áereas
(ARTCC)
Centro de
controle de terminal
(TRACON)
Fonte - www.obeabadosertao.com.br
54 • capítulo 3
3.1.3 Sistemas colaborativos
Fonte: igeinformationsystem.wordpress.com
capítulo 3 • 55
Tais sistemas são comumente encontrados em grandes empresas, as quais
buscam propiciar a aprendizagem e interação entre os seus funcionários espa-
lhados por unidades operacionais distribuídas pelo mundo.
As ferramentas de colaboração (sistemas colaborativos) são classificadas de
acordo com as questões de TEMPO e LOCAL em que ocorrem as interações.
Para o fator de “LUGAR”, duas são as classificações: presenciais ou a dis-
tância; quanto às questões de “TEMPO”, as classificações das ferramentas de
colaboração podem ser síncronas ou assíncronas. Na tabela abaixo, temos al-
guns exemplos para melhor entender tais classificações dos sistemas de infor-
mação colaborativos.
Realização de pesquisa
Reunião em um de opinião através de um
PRESENCIAL Restaurante questionário online entre os
membros do grupo.
56 • capítulo 3
Sistemas de
Apoio
Gerencial
Figura 3.2 – Classificação dos Sistemas de Apoio Operacional. Fonte: Autoria Própria –
Baseado em Rezenda & Abreu (2003)
capítulo 3 • 57
Portanto, sistemas de informação gerencial, em primeiro plano, contribuí-
ram para a redução dos custos das operações, uma vez que os gerentes estão
buscando sempre informações, tanto de fontes internas (com os colegas do da
empresa) como de fontes externas, de como promover o aumento da produ-
tividade. O diferencial é que o aumento simplesmente da produtividade pode
não ser perene, por exemplo, se os funcionários são envolvidos em uma intensa
carga horária de trabalho.
Em segundo lugar, os sistemas de informação gerencial promovem a área
estratégica/executiva da empresa para acesso às informações, proporcionando
relatórios mais precisos e rápidos, contribuindo valorosamente para a tomada
de decisão. Então, os sistemas de informação gerenciais são instrumentos para
o processo decisório, portanto podem também representar vantagem competi-
tiva sobre as demais empresas.
Fonte: www.vibemidia.com
58 • capítulo 3
bem como para uma melhor gestão de alocação de recursos financeiros, de pes-
soal e tecnológicos. Conclui-se que o SIG é também um grande diferencial para
a empresa.
“Os componentes de SAD incluem um banco de dados usado para consulta e análise,
um sistema de software com modelos, datamining e outras ferramentas analíticas e
uma interface com o usuário” (OLIVEIRA, 2003).
capítulo 3 • 59
O banco de dados do SAD dispõe de dados atuais e históricos de uma varie-
dade de sistemas ou grupos. O tamanho da base de dados tem relação direta
com o tempo de informatização da empresa; por isso, pode ser um banco de
dados com algumas centenas de dados ou ele pode ser um banco de dados de-
finido como datawarehouse (de milhões ou bilhões de dados), continuamente
atualizado por dados externos ou corporativos.
Geralmente o SAD é manipulado por perfis de usuários privilegiados na em-
presa. Podem ser executivos ou gerentes de corporações. Como esses usuários
não dispõem de muita perícia no uso da tecnologia, existe relevante preocupa-
ção na construção de uma interface bem (bem mesmo) amigável, ao extremo,
para que o se possa tirar o máximo de proveito da tecnologia de apoio à deci-
são disponibilizada.
Conforme define OLIVEIRA (2003), um modelo de SAD pode ser físico, ma-
temático ou verbal, visto que cada SAD é construído para um propósito. Ele po-
derá fazer diferentes coleções de modelos disponíveis na organização dentro da
realidade do propósito desejado. Os modelos mais conhecidos e utilizados são:
1. Modelos estatísticos;
2. Modelos de otimização;
3. Modelos de previsão;
4. Modelos de biblioteca e
5. Modelos de análise de sensibilidade.
60 • capítulo 3
(muitas informações), oriundas de dados do macroambiente empresarial (con-
correntes, clientes, mercados, governo etc.), contidos em fontes do tipo bancos
de dados da empresa, relatórios, índices e taxas do mercado financeiro, institu-
tos de pesquisa, dentre outros.
REFLEXÃO
É preciso decidir onde a empresa vai investir alguns milhões de dólares. O erro é conside-
rável, mas inapropriado, porque, se ocorrer, pode deixar a empresa “à deriva” no mar que é
formado por um mercado muito hostil.
Corpo Em
Gestor Grupos SIG
Corpo No
SPT
TI
Técnico Detalhe
capítulo 3 • 61
monitorar o desempenho da empresa, identificando oportunidades e condu-
zindo à solução e decisões para toda a organização.
REFLEXÃO
A informatização dos sistemas de informação deve iniciar na identificação dos requisi-
tos gerais e específicos dos respectivos sistemas de informação. Recursos de software,
hardware, banco de dados e redes de computadores devem ser deixados em segundo plano.
62 • capítulo 3
Não são os sistemas de informação que servem às TICs, mas, sim, o contrário. Para evitar
que o orçamento da informatização da empresa não se torne um complicador a mais para a
gestão e que pareça ter sido mais uma despesa do que um investimento, preocupe-se mais
em identificar que as reais necessidades dos sistemas de informação serão atendidas. Isto
trará dias melhores!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
REZENDE, Denis Alcides; ABREU, Aline França. Tecnologia da Informação Aplicada a Sistemas
de Informação Empresariais. 5 ed. Editora Atlas, 2008.
LAUDON, Kenneth C.; LAUDON, Jane P. Sistemas de Informações Gerenciais. 11 ed. Pearson
Education do Brasil, 2014.
OLIVEIRA, Jayr Figueiredo de. T.I.C. – Tecnologia da Informação e da Comunicação. São Paulo:
Érica, 2003.
capítulo 3 • 63
64 • capítulo 3
4
Evolução de
sistemas de gestão
4. Evolução de sistemas de gestão
As tecnologias da informação não podem ser traduzidas unicamente em
software ou hardware; mas como sendo um conjunto que forma uma ferramen-
ta que agilize as tarefas de rotina e de gestão. Essas ferramentas devem propi-
ciar ganho(s), agregar valor relevante para gestão e equipes de rotinas.
Neste capítulo estudaremos sobre a evolução de sistemas de gestão, ou seja,
os softwares de apoio à informatização de sistemas de informação e que bus-
cam ajudar a cuidar de uma empresa. São softwares que apoiam as atividades
do dia a dia, automatizando o máximo quanto for possível de processos, e que
alimentam os gestores de informações mais precisas e rápidas.
Por se tratar de estudo da evolução, além de detalhar conceitualmente, va-
mos aprender as vantagens e, principalmente, as desvantagens que incentiva-
ram o desenvolvimento tecnológico e permitiram a evolução destes sistemas
de gestão.
OBJETIVOS
• Material Requirement Planning (MRP);
• Manufacturing Requirement Planning (MRP II);
• Enterprise Resource Planning (ERP).
ERP
MRP II
MRP
Tudo começou um pouco antes do que ontem, em meados dos anos 1960,
quando a informática passou a ser incorporada para fins comerciais, e que a
produção de materiais era de muitíssimo e importante valor para a empresa.
66 • capítulo 4
No intento de identificar quanto de material de determinado tipo é necessá-
rio, bem como em que momento o referido material será requerido, é que surgiu
o Planejamento de Recurso de Material (MRP – Material Requirement Planning).
Então, como conceito básico, podemos afirmar que o MRP tem como objeti-
vo definir as quantidades e os momentos em que cada item deve ser produzido
ou comprado, a fim de atender ao planejamento da produção. Para alcançar
esse objetivo, é preciso que as estruturas de produto devem estar perfeitamente
definidas assim como os tempos de obtenção ou fabricação, além das informa-
ções sobre inventários que deve ser a mais acurada possível.
Para fazer isso, ele utiliza os pedidos em carteira, assim como uma previsão
para os pedidos que a empresa acha que irá receber. O MRP verifica, então, to-
dos os ingredientes ou componentes que são necessários para completar esses
pedidos, garantindo que sejam providenciados a tempo.
No tocante ao processamento, o MRP é responsável pela realização de
cálculos por meio da projeção de inventários em função do planejamento da
produção. Um dos pontos importantes que foi alcançado à época, quando do
surgimento do MRP, foi o tempo de resposta do sistema. Se for necessário im-
plementar qualquer replanejamento, facilmente consegue-se obter e visualizar
os seus impactos nos inventários, mostrando a viabilidade de tal replanejamen-
to assim como as alterações que serão necessárias para atender os objetivos.
Como resultado, o MRP oferece a documentação que converterá as necessi-
dades do mercado em uma linguagem que possa ser entendida pela produção.
Serão, portanto, geradas listas de materiais, ordens de produção, etc.
capítulo 4 • 67
Contudo, para tudo isso é fundamental que sejam estabelecidos correta-
mente todos os parâmetros do sistema, que é uma das atividades mais impor-
tantes para o perfeito funcionamento do sistema. Portanto, é necessário que a
empresa mantenha os dados que vão alimentar o MRP corretos, para quando
o software esteja em produção, o resultado seja satisfatório e adequadamente
vinculado à realidade frente ao produto a ser produtivo.
Além das informações básicas sobre a estrutura do produto e o tempo com-
preendido entre a entrada do material e a saída do inventário de processo ou de
fornecedor (denominado de lead time), deve-se levar em consideração algumas
realidade e particularidades das empresas, por exemplo:
1. O fornecedor é confiável?
a) Neste caso deve-se optar por um estoque de segurança maior
na parametrização.
2. O equipamento está confiável?
a) Neste caso, a parametrização do lead time deve ter alguma folga,
caso ocorra algum problema.
68 • capítulo 4
Gestão de
Pedidos
Ordens de
Relatórios
Produção
MRP
Inventário Operações
capítulo 4 • 69
III. Conhecimento hierárquico do processo produtivo;
IV. Integração das várias áreas funcionais da empresa;
V. Estrutura formal de dados e procedimentos;
VI. Possibilidade de simulações, a partir da modificação da parametrização.
70 • capítulo 4
Adicionalmente, é importante enfatizar que o MRP II não é restrito ao cál-
culo de materiais para necessários para determinada produção, mas permite
que as empresas avaliem as implicações de demanda futura não somente com
necessidades de materiais, mas que envolvam outras variáveis, tais como nas
áreas financeira e de engenharia.
Recursos
Humanos
Engenharia Finanças
Inventário Procura
MRP II
Ordens de Gestão de
Produção Pedidos
Operações Relatórios
capítulo 4 • 71
Módulos básicos do MRP II
MRP II
PP
MPS
MRP
CRP
SFC
Portanto, além do MRP, outros quatro módulos compõe o MRP II, de acordo
com JÚNIOR (2015):
I. Planejamento de Produção (PP);
II. Planejamento Mestre de Produção (MPS);
III. Cálculo das Necessidades de Capacidade (CRP);
IV. Controle de Fábrica (SFC).
V. Cálculo das Necessidades (MRP).
72 • capítulo 4
4.4 Planejamento Mestre de Produção (Master Production Schedule
- MPS)
Essa nomenclatura de “Mestre” representa muito bem o MPS para o MRP II.
Nele temos o elo entre as diversas capacidades presentes na empresa para
atender a demandas atuais, ou aquelas que serão geradas caso ocorra um
novo pedido.
Portanto, o MPS tem a função de demonstrar, a partir da capacidade ins-
talada, sua melhor utilização em prol de atender plenamente a demanda que
será gerada pelos pedidos confirmados, bem como a otimização para aqueles
pedidos que não sejam feitos, ou sejam feitos em um momento posterior àque-
le que seria considerado ideal.
As decisões que levam em consideração o MPS devem ser estrategicamente
verificadas quanto (Júnior, 2015):
capítulo 4 • 73
Problemas com o CRP incidem em descompasso na harmonia produtiva,
podendo ocasionar setor(es) sem atividades, visto que precisam do cumpri-
mento de uma etapa anterior por uma equipe que, por exemplo, está com ex-
cesso de demanda.
74 • capítulo 4
Estudamos até esta etapa dos sistemas de gestão conhecidos como MRP e
MRP II. Passaremos, no âmbito evolutivo de tais sistemas, para o Enterprise
Resource Planning – ERP.
capítulo 4 • 75
setores que compõem a empresa. Tudo realizado em muito menos tempo do
que seria possível sem a presença do sistema.
No âmbito tecnológico, podemos dividir sumariamente um software ERP
em três camadas:
76 • capítulo 4
Os Módulos com a visão departamental visam suportar módulos Verticais
na execução das rotinas temente e que pouco mudam de empresa para empre-
sa, como Contabilidade, Contas a Pagar e Receber, por exemplo. Mesmo o ERP
sendo dividido por Módulos, os seus dados são armazenados de forma única,
independentemente do módulo que acessará.
Sua
Empresa
Vendas TMS
Indústria Transportadoras
Comércio Estoques Nacional e
Financeiro
Serviços Compras
Internacional
Recursos
Fiscal Sindicatos
Hotelaria Humanos
Controle Associações
Patrimonial
Agronegócios
Fonte: www.diegomacedo.com.br
ERP
Integração:
produção e
empresa
MRP II
Produção da
Produção
MRP I
Produção de
Produto
capítulo 4 • 77
Para uma breve e didática demonstração comparativa entre o MRP, MRP II
e o ERP, podemos dizer que o primeiro está contido no segundo e que ambos
(o primeiro e o segundo) estão contidos no terceiro. Por isso, eles refletem uma
evolução tecnológica aos sistemas de gestão.
78 • capítulo 4
REFLEXÃO
A busca pela melhoria na eficiência dos sistemas de informação é uma constante para as
empresas. Neste intento, os sistemas de gestão representam um grande ganho. E, de fato,
propiciam resultados expressivos para aqueles que conseguem concluir a implantação des-
tes softwares. Contudo, principalmente em detrimento do valor financeiro que é investido
para alcançar os benefícios, pode custar muito “caro”, em alguns casos, até se transformar
em custo inviável. Convém identificar essa inviabilidade antes de assinar qualquer contrato de
implantação, uma vez que, por exemplo, o ERP pode se consolidar como um grande e grave
problema organizacional, atingindo muito a saúde financeira de uma empresa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
JÚNIOR, Cícero Caiçara. Sistemas Integrados de Gestão ERP Uma Abordagem Gerencial. 2 ed.
Curitiba. Editora Intersaberes: 2015.
OLIVEIRA e FÁTIMA Bayma (Org.) Tecnologia da Informação e da Comunicação a busca de uma
visão ampla e estruturada. São Paulo: Prentice Hall, 2007.
capítulo 4 • 79
80 • capítulo 4
5
Apoio às decisões
de e-business e
sistemas de apoio
às decisões
5. Apoio às decisões de e-business e
sistemas de apoio às decisões
A dinâmica que envolve o mundo dos negócios em geral promove uma certe-
za para as corporações. Essa incerteza imputa uma condição e/ou situação em
que haverá alguma mudança a ser realizada. E, neste ínterim, haverá sempre
a necessidade de uma tomada de decisão, tanto para a mudança quanto para
não mudar.
Ocorrendo sempre de forma cada vez mais intensa e com pouco espaço para
erros, faz-se necessário que as tecnologias da informação possam não somente
atender aos processos organizacionais no âmbito operacional ou tático, mas
que consigam apoiar os processos decisórios ou até mesmo tomar a decisão.
E a tomada de decisão pode estar envolvida em qualquer nível organizacional.
No capítulo 3 tivemos a oportunidade de estudar sobre o conceito e caracte-
rísticas sobre os sistemas de informação em geral, envolvendo aí o sistema de
apoio às decisões.
OBJETIVOS
1. Estrutura e Funcionamento dos Sistemas de Apoio à Decisão:
a) Ferramentas Gerenciais.
2. Ferramentas de Inteligência Competitiva:
a) Data Warehouse;
b) Data Mining.
82 • capítulo 5
sistema de informações é o apoio e a melhoria da assertividade e rápida decisão
a ser tomada.
Portanto, podemos inferir que o SAD tem sua identidade intrínseca a uma
empresa e ao processo decisório em ênfase, o que sugere a variação na compo-
sição da sua arquitetura de sistema para sistema e de empresa para empresa.
capítulo 5 • 83
Com o conhecimento da empresa que será utilizado e com a união da sua gestão e
da Tecnologia da Informação, os SAD vêm tornando-se uma importante ferramenta
para os gestores de empresas em sua constante busca pela qualidade total e pela
competitividade empresarial. REZENDE & ABREU (2008).
84 • capítulo 5
Para o nível estratégico, as decisões são rotuladas do tipo não estruturadas,
uma vez que sempre neste cenário decisório exige experiência, bom senso,
perspicácia para definir.
capítulo 5 • 85
EMPRESA/TIPO APLICAÇÃO RESULTADO FONTE
Planejamneto e con- Diminuição de 15% nos
trole de trajetos de 20 atrasos de trens e au-
Norfolk Southem Sprague Jr.; Watson,
a 30 trens numa área mento do lucro líquido de
Corporation, nos EUA 1991, p. 437 a 447
de 777 a 1.554 km2 212 milhões de doláres
ao dia. por ano.
Ferramenta para otimi- Redução dos níveis de
Personal System Landon K.; Landon J.,
zar e simular cadeias de estoque em quase 50%
Resources, nos EUA 2014, p. 363 e 365
suprimentos. (750 milhões de doláres).
Simular, modelar cená-
Pionner Natural Re- Previsão de aumento da Landon K.; Landon J.,
rios e ajustar variáveis
sources, nos EUA receita entre 25 e 40%. 2014, p. 366
de negócios.
Características de
Taxa de 30% de novos
clientes para traçar o Landon K.; Landon J.,
Royal Bank clientes (cada concorrente
perfil mais lucrativo 2014, p. 365
em média 3%).
para o banco.
Redução de 43% da rota,
San Miguel Corpora- Gerenciamento da ca- Landon K.; Landon J.,
economizando 180 mil
tion, nas Filipinas deia de suprimentos. 2014, p. 356 e 357
doláres.
Transporte por navios Estimativa de cálculos Redução do tempo gasto
Landon K.; Landon J.,
para metalúrgicas finânceiros e detalhes para verificar o navio e
2014, p. 46
nos EUA técnicos (fretamento). rota mais apropiriado
Previsão correta da de- Landon K.; Landon J.,
United Airlines Programação de voo.
manda de passageiros 2014, p. 363
86 • capítulo 5
Descoberta do problema:
Inteligência
Qual é o problema?
Descoberta da solução:
Concepção
Quais são as soluções possíveis?
Teste da solução:
A solução está funcionando? Implementação
O que podemos fazer para melhorá-la?
Fonte: www.venki.com.br
capítulo 5 • 87
Já estamos aprendendo sobre a influência das TICs em prol de que os sis-
temas de informação sejam rápidos e precisos. Essa “lição de casa” está bem
disseminada entre as empresas. Portanto, para ser o primeiro, não basta ter a
informação com qualidade (todas as empresas estão fazendo sua “lição”), mas
aplicar e envolver adequadamente todas as informações que tem, a fim de al-
cançar “informações das informações”.
Atribui-se então a essa nova “lição de casa”, que é uma ação proativa de cap-
tar e organizar informações relevantes, ao termo “Inteligência Competitiva”.
No tocante aos sistemas de informação, a fim de alcançar a inteligência
competitiva, uma vez que ela se difere de basicamente do conhecimento, é
adicionado mais um nível, acima do “conhecimento”, que é a “Inteligência”. A
partir do conhecimento obtido pela avaliação da informação, o gestor organiza-
cional deve empreender sua experiência (contexto histórico e evolutivo) e capa-
cidade de análise (tendências e cenários; comportamento da concorrência, dos
clientes e do mercado como um todo).
Inteligên
cia
Conhecim
ento
Informaç
ão
Dados
88 • capítulo 5
As conclusões obtidas através deste processo permitem à empresa saber se
ela de fato continua competitiva e se existe sustentabilidade para o seu modelo
de negócios. Dentro de uma era de competitividade baseada em conhecimento
e inovação, a inteligência competitiva permite que as empresas efetivamente
exerçam a proatividade, em vez de esperar para reagir aos fatos, o que acontece
com frequência no mundo dos negócios.
Apenas para que tenhamos uma ideia, as 500 maiores empresas americanas têm
uma área ou um profissional dedicados especificamente a monitorar os movimentos
da concorrência, aprendendo com seus erros e acertos, e observando as entrelinhas
de suas ações para preverem para onde se movimenta a estratégia deles e não serem
pegos de surpresa (Hilsderf, 2010).
capítulo 5 • 89
5.3 Data Warehouse
90 • capítulo 5
forma a não comprometer o desempenho dos bancos transacionais OLTP. Os
DWs dedicam-se às “séries históricas”, para permitir melhor análise de even-
tos passados. É um olhar no passado para melhor entender o presente e prevê
o futuro.
Orders
Products
Data Load Data
Warehouse
Sales
Contacts
Fonte: www.analyticwork.com
capítulo 5 • 91
para detectar relações que sejam novas e úteis para a empresa, passa a ser uma
atividade importante e diferenciada.
Adicionalmente à importância de identificar a rotina empresarial de movi-
mentação financeira ou de controle de estoque, através de mecanismos esta-
tísticos, através da MD consegue-se chegar muito mais além do que simples-
mente criar, atualizar e excluir registros de uma banca de dados. Por exemplo,
é possível fazer a gestão de reposição de estoques ou quais os produtos com
maior rentabilidade. É a exploração de um contexto em que a informação pro-
picia novos conhecimentos.
Considerando essa análise mais aprofundada, cujo foco é a procura de pa-
drões entre as variáveis escolhidas e selecionadas, ou identificando perfis com-
portamentais etc., é que aplicaremos a Mineração de Dados (MD).
Portanto, a mineração de dados é o processo de descoberta de informações
acionáveis em grandes conjuntos de dados. Assim como acontece com os ga-
rimpeiros em busca do ouro; para o MD, o ouro é o conhecimento necessário
para alcançarmos a inteligência competitiva.
Pela características de busca (termo utilizado é “mineração”), a mineração
de dados (MD) também pode ser aplicada para a pesquisa científica; e, claro,
essa tecnologia é muitíssimo explorada para impulsionar a lucratividade da
empresa madura, inovadora e competitiva.
Em detrimento da multidisciplinaridade prevista para uma tecnologia de
grande necessidade de adaptação, a mineração de dados pode ser considerada
inevitável devido à integração de diversas áreas de conhecimento no processo
de análise, abordando áreas de pesquisas que envolvem estatística, matemáti-
ca e a computação, as quais são disciplinas fundamentais para realização do
processo de mineração de dados.
São exemplos de aplicação dos modelos de mineração:
• Previsão: Estimar vendas; prever demandas de recursos tecnológicos ou
de pessoas.
• Risco e probabilidade: Escolher os melhores clientes para malas diretas,
atribuindo probabilidades a diagnósticos ou outros resultados.
• Recomendações: Qual o melhor dia da semana para lançamento de
uma promoção?
• Localizando sequências: A partir de um comportamento inicial, tentar pre-
ver os próximos potenciais comportamentos. Por exemplo, quando o cliente com-
pra um determinado produto, quais outros ele costuma comprar posteriormente?
92 • capítulo 5
• Agrupamento: Separando clientes ou eventos em grupos que estejam re-
lacionados, analisando e prevendo afinidades.
Integration
Definindo Services
Integration o Problema
Services
Preparando
Dados
Implantando
e Atualizando
Modelos Exibição
Explorando
da Fonte
Dados
de Dados
Designer Criando
Validando
de Mineração Modelos
Modelos
de Dados
Fonte: msdn.microsoft.com
2. Preparando Dados:
a. Onde existe informação para buscar a resposta?
I. Organização das informações disponíveis.
II. Busca por outras informações correlatas.
3. Explorando Dados:
a. Quais as técnicas indicadas para alcançar a resposta?
I. Quais os cálculos necessários?
II. Quais as combinações necessárias entre as informações?
capítulo 5 • 93
4. Criando Modelos:
a. Qual a estrutura adequada para a mineração de dados que está sen-
do realizada?
I. Quais as variáveis envolvidas e necessárias?
II. Qual a combinação e os parâmetros para a alcançar a resposta?
5. Validando Modelos:
a. A eficiência do DM está adequada?
I. O tempo de resposta está condizente com o esperado?
II. É necessária alguma melhoria para o modelo proposto?
REFLEXÃO
No cenário de mercado e negócios, atualmente o espaço para o erro é sempre muito (muito
mesmo) próximo a zero. As tecnologias da informação representam muito mais do que sim-
plesmente um sistema para cadastro ou consulta de informações básicas. Interagir e discutir
com o gestor de TI sobre alternativas e possibilidades para que a empresa explore cada vez
mais seus recursos tecnológicos também na tomada de decisão é considerado uma boa
prática. Exercite-a!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DATE, C. J. Introdução a Sistemas de Bancos de Dados. 8 ed., Rio de Janeiro: Campus, 2004.
LAUDON, Kenneth C.; LAUDON, Jane P. Sistemas de Informações Gerenciais. 11 ed. Pearson
Education do Brasil, 2014.
REZENDE, Denis Alcides; ABREU, Aline França. Tecnologia da Informação Aplicada a Sistemas de
Informação Empresariais. 5 ed. Editora Atlas, 2008.
HILSDORF, Carlos. O que é inteligência competitiva? Disponível na Internet via URL: http://www.
administradores.com.br/artigos/negocios/o-que-e-inteligencia-competitiva/44824/
94 • capítulo 5
6
Fundamentos da
Internet
6. Fundamentos da Internet
A partir deste capítulo, iniciamos um novo paradigma tecnológico que revolu-
cionou (e muito) o modo como a sociedade vive e convive; como as empresas
interagem entre si ou com seus clientes; a forma como buscamos informações;
enfim, um formato de mundo mais próximo!
Você se lembra de uma propaganda que fazia referência a sermos “cidadãos
do mundo”? Pois é! Com a internet temos clara a sensação de estar no mundo,
em qualquer lugar, a um “clique de distância”.
Neste capítulo vamos tratar do surgimento e a evolução da Internet.
OBJETIVOS
• Instituições vinculadas à Internet;
• Estrutura e registros de domínios e portais;
• Correio eletrônico.
Fonte: www.fatorf.com.br
96 • capítulo 6
(ponto fraco) identificada pelo departamento de defesa dos Estados Unidos. À épo-
ca, por estar envolvido na Guerra Fria e temendo um ataque de grandes proporções
de destruição (nuclear, por exemplo), foi desenvolvido um sistema de comunica-
ção de permitisse a troca de informações de maneira instantânea.
A proposta de um sistema descentralizado, desencadeada em 1960 pelo pes-
quisador Paul Baran, culminou na concepção da tecnologia packet switching,
ou “troca de pacotes”, o que seria a etapa pioneira para a chegada da internet.
Com o nome original de ARPANET – ARPA representa as iniciais da agência res-
ponsável pelas pesquisas “Advanced Research Project Agency”; e NET para referen-
ciar a organização através de uma rede (tradução), em 1969 o objetivo era manter
seguras as informações dos Estados Unidades.
Fonte: www.tecmundo.com.br
À medida que o tempo foi passado e a Guerra Fria foi “esfriando”, essa in-
fraestrutura passou a servir também a fins científicos e técnicos, conectando
Universidades e outros institutos de pesquisa, permitindo assim que a rede
capítulo 6 • 97
recebesse seu primeiro milhar de computadores conectados. Posteriormente,
por não mais envolver um país apenas, transformou-se em INTERNET, fazendo
alusão a uma rede mundial (INTER = international).
Pois é, difícil acreditar, mas vivíamos sem Internet! Inacreditável saber que
isso foi possível, não é?
Se pensamos em Brasil, somente em 1994 tivemos os primeiros momen-
tos da Internet “não acadêmica”, ou seja, comercializada para alguns poucos
“sortudos experimentais”, os quais tinham uma conexão (teoricamente) de 256
Kbps. Eram em torno de cinco mil “experimentais”.
Merece destaque, no contexto histórico da internet no Brasil, a RNP
(Rede Nacional de Pesquisa), através da iniciativa foi Ministério da Ciência e
Tecnologia (MCT), com o objetivo de implantar uma infraestrutura melhor de
serviços Internet, o qual possibilitasse uma abrangência nacional. Sua missão
era disseminar o uso da Internet no Brasil, especialmente para fins educacio-
nais e sociais.
Voltando ao contexto mundial, atualmente a internet não detém um dono;
ela é mantida e formada por todos que nela se conectam e gerenciada e regu-
lada por diversos órgãos governamentais. Em 2014 éramos quase 3 bilhões. A
rede hoje abriga mais de 3,3 bilhões de usuários (44% da população mundial),
conforme site de estatísticas http://www.internetlivestats.com/watch/interne-
t-users/. Nenhum de nós duvidamos que a tendência é crescer ainda mais; e
vamos ajudar para que ela cresça, salvaguardando a premissa de ser um espaço
aberto e colaborativo.
3.000.000,000
2.250.000,000
1.500.000,000
750.000,000
0
1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013
1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014
98 • capítulo 6
Sobre as questões futuras, é fato que, a partir das inovações surgidas pela
própria Internet e as tendências das pesquisas mundiais, a RNP está dispo-
nibilizando uma plataforma de experimentos denominada de Fibre (Future
Internet Brazilian Environment for Experimentation). Esse ambiente funciona
como um laboratório virtual em larga escala e está abrigado em universidades e
instituições de pesquisa brasileiras, conforme especifica a própria RNP. A Fibre
é o espaço virtual para apoiar o contexto para a Internet das Coisas (IoT, sigla
em inglês).
capítulo 6 • 99
mantida pela National Science Foundation, auxilia os NICs em seu trabalho. O
Internet Registry registra os endereços e conexões entre endereços e nomes de
referências. Os nomes de referências são nomes fornecidos às redes conecta-
das à Internet.
Por fim, temos aqueles que são mais próximos de nós, que são os prove-
dores de serviços da Internet, comumente são as operadoras de telecomuni-
cações. Adicionalmente aos serviços de comunicação, elas vendem conexões
mensais à Internet para as pessoas, através de conexões de banda larga.
Não deve ser surpresa que uma infraestrutura tecnológica do tamanho e mag-
nitude a Internet estivesse restrita a algumas poucas empresas ou instituições.
No tópico anterior, fizemos uma breve citação a respeito do endereço dos com-
putadores na Internet (falamos em CEP), e agora vamos detalhar mais sobre o
registro e a estrutura de domínios. Afinal de contas, em uma infraestrutura tão
grande, se não houvesse algum controle, certamente haveria muita dificuldade
na comunicação.
Conceitualmente, domínio é uma estratégia para que possamos identificar
conjunto de computadores. Porém, de fato, os computadores são identificados
através do chamado “número IP”. O IP é a sigla do “Internet Protocolo” (proto-
colo da Internet). Ele é representado por uma sequência de números, o qual não
seria agradável e fácil lembrar. Portanto, o domínio representa algo mais pecu-
liar, ou seja, mais “humano” do que tecnológico. Então, em vez de precisarmos
decorar (ou anotar) um número extenso (IP), passamos a utilizar o domínio.
100 • capítulo 6
192.168.0.10
Exemplos de IPs
62.27.145.240
127.0.0.1
10.10.10.10
Servidor Raiz
Top Level
.arpa .com .net .org .info .biz .br .uk
Domains
gTLD(Generic Top Level Domain) ccTLD(Country Code Top Level Domain
registrodedominios
Fonte: http://www.registrodedominios.net.br
capítulo 6 • 101
registro de domínios); já o domínio de segundo nível é o net.br; e o domínio de
topo é o br (o nome de domínio para o Brasil). O nó br é um nó de segundo nível,
já que está imediatamente abaixo da raiz. Portanto, o nome de domínio www.
registrodedominios.net.br contém três identificadores, definidos pela hierar-
quia: registrodedominios, .net, e .br.
Conforme cita o regramento referente à estrutura de domínios, os domínios
de topo (top-level domains) estão divididos em três áreas:
• O domínio denominado de “arpa” é um domínio especial utilizado para
mapeamento inverso, isto é, a partir do número IP é possível saber o nome
do domínio;
• Os principais e mais utilizados nomes de domínios de topo (Top Level
Domains) genéricos são os domínios:
• .com • .info
• .net • .biz
• .org
OBS: Os nomes de domínios de topo com 2 caracteres, que caracterizam os
domínios rotulados como “geográficos”, estão baseados nos códigos dos paí-
ses. Em alguns países existem subdomínios que indicam o tipo de organização
como por exemplo: “ac.uk”, “co.uk”, e “sch.uk” no Reino Unido; e “edu.au”, e
“com.au” na Austrália. Mas esses subdomínios não é de utilização geral.
102 • capítulo 6
EXTENSÕES DESCRIÇÃO
.COM Comercio geral nacional e internacional.
.NET Atividades nacionais e internacionais ligada a telecomunicação e internet.
.ORG Atividades sem fins lucrativos internacional.
.ME Destinado a Pessoas física, profissional liberais ou Micro e pequena Empresa.
.EU Destinado a Pessoas física, profissional liberais
.EU.COM
.INFO Informações sobre um determinado assunto de interesse.
.BR.COM Comercio geral nacional e internacional.
.MOBI Empresas de telefonia e celulares.
.TEL Domínios diferenciado com número do telefone: ex. 55467789.tel
.TV Empresa de radiofusão de sons e imagens, canais de TV.
.XXX Atividades de conteúdo adulto.
.ASIA Empresas que desejam alcançar todo o continente asiático.
.CN
.COM.CN
.CN.COM Empresas que desejam alcançar o 2° maior mercado do mundo, o Chinês.
.CN.NET
.CN.ORG
.CO
.CO.COM Destinados a empresas de Médias sociais e outras formas de interatividade online.
.NET.CO
.NOM.CO
.PRO Indicando a sua utilização por profissionais altamente qualificados.
Fonte: fapesp.org
capítulo 6 • 103
Com o avanço dos ambientes virtuais e a adesão cada vez maior pela explo-
ração da web, passou-se a trabalhar então com o conceito de portal. A ideia era
de aglomerar um conjunto de páginas web que tivessem vínculo com o tipo de
assunto, produto, serviço, material etc. do que seria abordado ou oferecido.
A página única passara então a ser denominada de página inicial, onde
ocorre o início da navegação. A partir da navegação na página inicial, torna-se
possível explorar conteúdos das demais páginas.
É muito semelhante à proposta hierárquica dos domínios, conforme estu-
damos no tópico anterior. O usuário acessa um site inicial e navega entre os
conteúdos; distintos sites iniciais podem levar a um mesmo conteúdo.
Fonte: http://infolib.lotus.com/
104 • capítulo 6
Fonte: vitorwebdesign.blogspot.com
capítulo 6 • 105
o custo e o tempo para enviar uma correspondência e o que precisamos fazer
através do e-mail, realmente não tem comparação!
Há quem afirme que os serviços de mensagens instantâneas, o uso de tor-
pedos, bem como as redes sociais (como Twitter, Facebook e Orkut) deram um
fim no uso dos e-mails. Contudo, mesmo afetando o uso, o e-mail continua a
ser muito utilizado, principalmente pelas empresas, uma vez que hoje eles têm
grande utilidade para comunicações formais, como as empresariais, para envio
e troca de arquivos e guardar informações.
O correio eletrônico é um serviço que permite trocar mensagens através de
sistemas de comunicação eletrônicos. As mensagens por ele enviadas permi-
tem o envio de qualquer tipo de documento digital (imagens, vídeos, áudios
etc.) e permitem enviar e receber mensagens, as quais chegam ao destino gra-
ças à existência de um endereço.
O correio eletrônico tem as suas próprias caixas de correio: são os servidores
que guardam temporariamente as mensagens até que o destinatário as reveja.
O uso do “arroba” (@) foi definida pelo americano Ray, o qual buscou separar
o nome do utilizador do servidor no qual fica alojada a caixa de correio. Para
compreender o uso do “arroba”: @, em inglês, pronuncia-se “at”, o que signifi-
ca “em”. Por exemplo: seunome@servidor.com lê-se seunome at servidor.com
(ou seja, alguém com o “seunome” tem um e-mail no servidor.com).
O serviço de correio eletrônico pode ser explorado em duas modalidades:
1. Tradicionalmente aquela que conhecemos como correio web ou web-
mail. Nele, as mensagens são enviadas e recebidas através de uma página web
específicas;
2. E o serviço através de um cliente de e-mail, que é um programa de com-
putador que permite fazer a gestão das mensagens recebidas e redigir novas.
O problema existente atualmente é o uso do e-mail para finalidades mal in-
tencionadas, em que pessoas buscam roubar ou furtar informações pessoais
através de meios ilícitos virtuais. Dentre outros, invadem as nossas caixas pos-
tais centenas (e até milhares) de SPAMS, correntes e mensagens mal intencio-
nadas (com vírus e softwares maliciosos).
Não abrir ou responder e-mails desconhecidos, não clicar em links que ve-
nham em no teor da mensagem, evitar abrir arquivos anexados de remetentes
desconhecidos, pois podem conter vírus; instalar um anti-spyware e antivírus
instalados no seu computador são exemplos de boas práticas de segurança que
podem ser adotadas e realizadas pelos usuários em geral.
106 • capítulo 6
REFLEXÃO
A Internet é um meio de comunicação, o qual pode ser utilizado para o bem ou para o mal.
Convém empreender esforços para buscar e fomentar os aspectos positivos e combater os
pontos negativos. Além disso, não fazer nada para o bem, por si só, favorece o mal de qual-
quer ambiente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CASTELLS, Manuel. A galáxia da internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade. Rio
de Janeiro: Zahar, 2003.
capítulo 6 • 107
108 • capítulo 6
7
Sistemas de
comércio eletrônico
7. Sistemas de comércio eletrônico
Após estudarmos sobre a Internet, chegou o momento de conhecermos sobre a
web. Lembrando o que vimos no capítulo anterior, a Internet é a infraestrutura
(rede) de acesso, e a web representa o ambiente virtual de interação que pes-
soas e empresas estão cada vez mais utilizando.
Neste capítulo, entre os diversos ambientes virtuais, o foco serão os siste-
mas de comércio eletrônico. Descobrimos que a web é um local muito propício
para a compra e venda de produtos e serviços e que representa a base para o que
é denominado no “Nova Economia”.
OBJETIVOS
• Agregando valor aos negócios com a Internet;
• Evolução histórica do comércio na web;
• Tipologia dos Negócios na web;
• Aplicações dos negócios na web: computação em nuvem.
Fonte: www.cidadeverde.com
110 • capítulo 7
Por essa expressão numérica e de atuação de seus usuários na rede, a
Internet tem assumido papéis cada vez mais relevantes e de transformação nos
modelos com que cumprimos nossas rotinas, realizamos os processos e no es-
tabelecimento de valores.
Dentre outros que podemos referenciar, vinculado ao viés de negócio, as
empresas têm conseguido identificar novas formas de interação com seus con-
sumidores, buscando superar apenas o “atendimento” ao cliente, e dando ên-
fase ao relacionamento com o cliente.
Apesar de aparentemente apresentarem possíveis semelhanças, mas aten-
der dá a conotação de algo pontual, passageiro, sem maiores intensões. O re-
lacionamento já traz a ideia de algo duradouro, uma simpatia maior entre as
partes; e o melhor, que ambos se sintam satisfeitos e realizados.
Pensando no contexto comercial pelo paradigma presencial, pode-se facil-
mente perceber alguma dificuldade para a interação entre empresa e cliente
ou, em outros casos, um custo associado que inviabiliza a rentabilidade de es-
tabelecer algum programa específico para demonstrar ao cliente o quanto ele é
importante e, principalmente, o que realmente ele quer.
capítulo 7 • 111
3. Agilidade. Tudo a um “clique de distância”, permitindo que possamos
estar em vários ambientes, interagindo (ou não). Nós estamos cada vez mais
com cada vez menos tempo para, por exemplo, enfrentarmos filas. O uso das
TICs possibilita encontrarmos melhores opções de produtos que estamos pre-
vendo adquirir.
4. Contato. A web vem possibilitando às empresas identificar e explorar
novas formas de interação entre vendedores e compradores. O e-mail torna-se
uma ferramenta fácil e sem maiores custos. A empresa pode manter-se em
constante contato com seus clientes ou interessados.
112 • capítulo 7
Acredito que agora ficou simples entender por que tantas pessoas e empresas
necessitam manter-se online, ou seja, conectados à Internet.
A partir do momento que a Internet hospeda uma quantidade cada vez
maior de pessoas e empresas, surge uma nova forma de explorar o ambiente
virtual: a realização de comércio e negócio eletrônicos. Portanto, a web assume
uma nova funcionalidade não apenas para interação social ou institucional,
mas como um meio de comunicação para que seus usuários (pessoas e empre-
sas) possam comprar e vender ou prover outros serviços de negócios.
Pelo menos três atributos podemos destacar de diferenciais que são alusi-
vos ao comércio e negócios eletrônicos:
1. Comodidade: capacidade de realizar onde quer e/ou precisar. Não exis-
te deslocar-se de um lugar (bairro, cidade, estado etc.) para outro a fim de en-
contrar o que se precisa.
2. Flexibilidade: capacidade de realizar aquilo (quantidade, valor, condi-
ções, etc.) que se deseja, seja específico ou geral. Pode ser de um real e a milha-
res de reais; não existe tratamento diferenciado porque você vai comprar muito
ou pouco.
3. Disponibilidade: capacidade de realizar quando quer e/ou precisa. Não
existe o horário em que está fechado!
25 22,6
20
20
14,8
15
10,6
10 8,2
6,3
4,4
5
0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
capítulo 7 • 113
Conforme aponta Castells (2003), a importância dos negócios eletrônicos
vai muito além de seu valor quantitativo, mas define uma reorganização da ma-
neira como os negócios operam, a qual promove uma economia interconecta-
da com um sistema nervoso eletrônico.
A partir dessa nova concepção de negócio e comércio, o termo “nova econo-
mia”, conforme aponta Laudon & Laudon (2014), que representa a transição da
economia baseada na indústria para a economia baseada nos serviços, é aper-
feiçoado para os padrões da economia caracterizada pela exploração das TICs.
Portanto, a “Nova Economia” é o modelo de negócios que explora a Internet
para atingir com maior facilidade a comunicação e transferência de informa-
ções. A moeda corrente da Nova Economia é a informação, daí, portanto, a im-
portância dada aos sistemas de informação de uma empresa. No contexto do
mundo virtual, os sistemas de informação considerados modernos são aqueles
que fazem uso das TICs para a realização de negócios e comércio.
Os 10 princípios dessa “Nova Economia” (Fonte: http://www.vgi.com.br/e-
commerce/nova_economia/nova_economia.htm):
1. Importância: Não mais o maior, o mais sólido ou o mais pesado signifi-
ca o mais valioso. Valor hoje é informação, serviço e qualidade.
2. Espaço: as distâncias desapareceram. O mundo é o seu cliente e seu
concorrente.
3. Tempo: está colapsando. Interatividade instantânea é fundamental.
Atitudes e decisões não podem esperar. Questões exigem respostas imediatas.
4. Crescimento: acelerado e sempre à frente das atuais necessidades.
Marketing viral e aceitação maciça promovem crescimento instantâneo. Esteja
preparado.
5. Clientes: motivo de sua existência. São os elementos mais importantes,
e eles sabem disto. Tratá-lo como ele espera e ir além. Mantê-lo cliente é mais
difícil que consegui-lo.
6. Valor: cresce exponencialmente. Não mais é medido por unidade, mas
por vantagens e serviços agregados. Valor não é mais o produto, mas o que o
acompanha.
7. Eficiência: significa sobrevivência. Na era em que os concorrentes estão
a apenas 1 clique adiante, não há espaço para o menos eficiente.
8. Mercado: fator determinante do sucesso. Procurar oferecer sempre algo
além. Fazer o cliente saber que seu produto agrega valor e lhe traz vantagem.
114 • capítulo 7
9. Informação: é um jogo de um-para-um. Descobrir cada elemento
de informação de seu cliente, para retornar como serviços e oportunidades.
Conhecer o cliente é mais importante que ter o cliente.
10. Impulso: Todo produto está disponível em todos os lugares. O espaço
entre querer e comprar está fechado. A estratégia está em convencer o cliente a
apertar o botão “compre”.
capítulo 7 • 115
SIGLA DISCRIMINAÇÃO DETALHE
Business to
B2G Governement
Transação entre empresa e governo.
116 • capítulo 7
Portanto, as empresas têm empreendido fortes iniciativas dos seus negó-
cios através da Internet para, dentre outros, a comercialização de seus produtos
e serviços por meio do e-commerce.
Uma vez que a Internet está cada vez mais integrada à rotina das pessoas e que
dispõe da tendência em crescer tanto em disponibilidade como na quantida-
de de serviços a oferecer, começou a ganhar força um projeto de que não seria
mais necessário ao usuário instalar algum software em seu computador. Tudo
seria feito através da Internet.
Portanto, os recursos de software e a capacidade de armazenamento ne-
cessários para que o computador venha a funcionar estariam disponibilizados
na rede. Como a Internet é normalmente representada pela figura de uma nu-
vem, foi denominado a esse modelo de funcionamento o termo “Computação
em Nuvem”.
Portáteis
Aplicação Desktops
60
50 70
40 80
67 8 30 90
F E
5 100
4 20
3 10 110
2 0 120
1
0 12345
NE W S
Monitorização Colaboração
Finança
Conteúdo Comunicação
Plataforma
Identidade
Filas
Armazenamento Motor de Execução Base de Dados
de Objetos
Infraestrutura
Computação Rede
Armazenamento
Telemóveis Tablets
Computação em nuvem.
capítulo 7 • 117
Portanto, a nuvem passaria a ser um grande servidor para que o hardware
computacional funcionasse, sendo então o agregador e a fonte dos serviços.
Seriam programas (softwares), arquivos em geral (documentos, músicas, jogos,
vídeos, fotos) e demais serviços específicos acessados remotamente (não local).
Uma dificuldade acadêmica muito comum é sobre a entrega de um traba-
lho que, mediante alguma ocorrência, será necessário imprimir novamente.
Contudo, este trabalho foi digitado e salvo no computador em casa, e pelo ho-
rário que você saiu do trabalho não é possível passar em casa e chegar a tempo
na Faculdade. Através do modelo de computação em nuvem, tanto o arquivo
do seu trabalho específico quanto quaisquer outras atividades que foram feitas
podem ser acessados de qualquer computador que esteja conectado à Internet.
Portanto, seus dados não estão confinados em um disco rígido de seu compu-
tador, eles estão disponíveis na web.
São exemplos de aplicações que exploram o conceito da computação
em nuvem:
• Google Docs: onde você pode criar documentos e armazená-los online.
• Netflix: serviço que dá acesso a filmes, seriados e documentários sem rea-
lizar o download das produções assistidas.
• Email: é o serviço mais antigo da computação em nuvem. Através dos ane-
xos e de textos editados no corpo do e-mail, mantém conteúdo disponível atra-
vés da web.
• Dropbox: serviço de armazenamento de dados para pessoas e empresas.
Gratuitamente ou não, os arquivos ficam disponíveis online.
• Aprex: conjunto de ferramentas para uso profissional, como calendário,
gerenciador de contatos, lista de tarefas, armazenamento de arquivos, blog,
serviço de e-mail marketing, apresentações, entre outros.
• Microsoft Live: acessar e usar os recursos de uma versão online da suíte
Office, composta pelos aplicativos Word, Excel, PowerPoint e OneNote. Os ar-
quivos são salvos online.
• Onlive: jogos são rodados em servidores remotos, enquanto o seu compu-
tador apenas reproduz a transmissão via streaming e envia os comandos que
você der.
118 • capítulo 7
No entanto, nem tudo são flores quando tratamos da computação em nu-
vem. Apesar do contexto permissivo quanto à disponibilidade, principalmente
quando estamos tratando de dados de pessoas que estão sob o controle de uma
empresa, inclusive quando se trata de informações pessoais alusivas à saúde,
requer ter muita atenção e cuidado para utilização de qualquer serviço baseado
na computação nas nuvens.
Armazenar dados na nuvem implica em uma relação de confiança com o
provedor do serviço, ou seja, a empresa está terceirizando o serviço dos dados
aos quais ela responde pela guarda e proteção. Por isso que rotineiramente é
atribuído que o armazenamento nas nuvens também gera desconfiança, prin-
cipalmente no que se refere à segurança. Afinal, a proposta é manter informa-
ções importantes em um ambiente virtual, e não são todas as pessoas que se
sentem à vontade com isso. Apesar do contexto permissivo da Internet para in-
tercâmbio de dados, ela é considerada um ambiente inóspito e sem gestão, e
existem muitas pessoas que querem roubar ou adulterar dados em geral.
Adicionalmente à questão da segurança, que por si já demanda muita preo-
cupação, é importante salientar que, como todo o conteúdo está online, existe
a necessidade de acessar servidores remotos, o que demanda à conexão com a
Internet estabilidade e rapidez, principalmente quando se trata de streaming
e jogos. Sabemos que o Brasil tem uma deficiência quanto à infraestrutura de
Internet, principalmente em localidades fora dos grandes centros; portanto,
uma internet instável ou de baixa velocidade é prejudicial para o aproveitamen-
to pleno da tecnologia.
REFLEXÃO
A exploração da Internet para diversas finalidades do cotidiano e da necessidade das pes-
soas é um fato. Pautado nos pilares da segurança e da devida disponibilidade da infraestru-
tura que permita o acesso adequado para a aplicação disponibilizada, qualquer gestor deve
dirimir seus preconceitos ou a ignorância referente aos sistemas de comércio eletrônico e
tornar-se um aliado para os negócios ou, no mínimo, que seja opção sempre avaliada e con-
sultada. Caso contrário, tenha plena certeza, o maior prejudicado sempre será quem optou
por negligenciar as oportunidades advindas do ambiente virtual.
capítulo 7 • 119
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
REZENDE, Denis Alcides; ABREU, Aline França. Tecnologia da Informação Aplicada a Sistemas
de Informação Empresariais. 5 ed. Editora Atlas, 2008.
LAUDON, Kenneth C.; LAUDON, Jane P. Sistemas de Informações Gerenciais. 11 ed. Pearson
Education do Brasil, 2014.
OLIVEIRA e FÁTIMA Bayma (Org.) Tecnologia da Informação e da Comunicação a busca de uma
visão ampla e estruturada. São Paulo: Prentice Hall, 2007.
120 • capítulo 7
8
Legislação de
software e os
modelos de
licenciamento
8. Legislação de software e os modelos de
licenciamento
OBJETIVOS
• Legislação de software;
• Modelos de licenciamento de software.
Esperamos que ao término do estudo deste capítulo, você tenha aprendido ou aperfei-
çoado seu conhecimento sobre pirataria, a qual gera tantas dúvidas e promove recorrentes
problemas por falta de conhecimento dos gestores empresariais.
122 • capítulo 8
Visto ser sempre desenvolvido por um indivíduo ou uma equipe, um progra-
ma de computador é tratado como uma “expressão de conjuntos organizados
de instruções”, conforme vimos no início do estudo desta disciplina e que tem
o amparo à propriedade intelectual.
Art. 2º § 4º Os direitos atribuídos por esta Lei ficam assegurados aos estrangeiros
domiciliados no exterior, desde que o país de origem do programa conceda, aos brasi-
leiros e estrangeiros domiciliados no Brasil, direitos equivalentes.
Portanto, uma vez que se trata de uma obra com propriedade intelectual
preservada, é preciso que os gestores das empresas e da área da Tecnologia da
Informação observem atentamente a exploração de softwares em seus dispo-
sitivos computacionais, a fim de evitar problemas de irregularidade com uma
lei federal.
Relacionadas a equipe de desenvolvimento do software e a empresa que, por
exemplo, remunera os profissionais para realizar tal atividade, convém ressal-
tar que o direito à propriedade intelectual é pertencente à empresa. É comum
que ocorram contratos de prestação de serviço entre empresa e profissional, ou
até mesmo da empresa que precisa de um determinado programa de computa-
dor que contrata uma empresa especializada para desenvolver o software que
suprirá seus anseios e necessidades.
capítulo 8 • 123
Art. 4º Salvo estipulação em contrário, pertencerão exclusivamente ao empregador,
contratante de serviços ou órgão público, os direitos relativos ao programa de compu-
tador, desenvolvido e elaborado durante a vigência de contrato ou de vínculo estatutá-
rio, expressamente destinado à pesquisa e desenvolvimento, ou em que a atividade do
empregado, contratado de serviço ou servidor seja prevista, ou ainda, que decorra da
própria natureza dos encargos concernentes a esses vínculos.
Assim como ocorre com qualquer infração a qualquer lei, na violação de di-
reitos de autor de programa de computador incide a responsabilidade legal que
envolve a tanto detenção como multa.
124 • capítulo 8
§ 1º Se a violação consistir na reprodução, por qualquer meio, de programa de compu-
tador, no todo ou em parte, para fins de comércio, sem autorização expressa do autor
ou de quem o represente:
Pena - Reclusão de um a quatro anos e multa.
Não somente para quem faz instalação e uso de software que viole o direito
do autor, mas também para qualquer pessoa que usar de quaisquer mecanis-
mos e/ou estratégias que fomentem a exploração ilegal de software no Brasil.
capítulo 8 • 125
©© PIXABAY.COM
Aparelho de ultrassom.
Fonte: www.src-poa.com.br
126 • capítulo 8
Contudo, a evolução no âmbito da Tecnologia da Informação e da economia
trouxe uma nova ótica no tocante ao licenciamento dos software, e estes então
passaram a ser comercializados separadamente dos hardwares. As empresas
que desenvolviam os softwares, em sua maioria, passaram a atuar diretamente
na comercialização. A partir daí, consequentemente, passou-se a ter uma rela-
ção, inclusive de aspecto judicial, entre o adquirente e o fornecedor amparada
por contratos.
capítulo 8 • 127
(conhecimento popularmente como “código fonte”). Isto continua a cargo
do fabricante. A quantidade de “cópias” permitidas deve estar especificada
em contrato.
As empresas de software vêm evoluindo bastante sua relação com os seus
usuários, e atualmente existem diversos acordos relacionados ao licenciamen-
to. Por exemplo, existe uma licença sem limite de uso; neste modelo, aquele
que comprou (normalmente uma grande empresa) pode fazer a instalação e
uso irrestritamente nos computadores da empresa. Para grandes acordos, in-
clusive, o fabricante do software permite que os funcionários desta mesma em-
presa utilize no seu computador pessoal o mesmo software.
Os conhecidos softwares de “prateleira”, que são aplicativos com finalida-
des específicas (aplicativos comerciais, por exemplo, em que são disponibiliza-
dos controle de caixa; controle de estoque etc.), são aqueles que compramos e já
estão prontos para serem instalados. Estes sistemas apresentam características
genéricas das quais todas as empresas normalmente precisam. O interessado
pelo sistema faz a aquisição em uma loja do varejo de software. Acompanhando
o produto, inclusive a nota fiscal identificando a aquisição, constam os termos
de licença. Se a disponibilidade de obter a cópia do software adquirido for via
Internet, a licença consta em um arquivo que também é enviado ao comprador.
Fonte: www.milclassificados.com
128 • capítulo 8
Outro modelo de software proprietário são os sistemas de gestão empresa-
rial. Grandes empresas requerem o atendimento muito específico e especia-
lizado no seu negócio. A fim de terem o subsídio do produto de software que
lhe atenda plenamente, além de permitir melhorias ao longo do tempo, estas
empresas, por contratar softwares conhecidos como ERP (Enterprise Resource
Planning), não dispõem apenas de opções rotineiras, mas apoiam valorosa-
mente o planejamento corporativo, conforme estudamos no capítulo 5.
Tais sistemas de gestão têm sua importância para as empresas mediante
sua ação em identificar soluções para diminuição de custos; melhoria da a co-
municação organizacional; e, ajudam na tomada de decisões. Então, é fácil en-
tender por que as empresas consideram este tipo de software imprescindível às
suas atividades, bem como exclusivo o valor que se deve pagar para tê-lo no seu
parque tecnológico.
FRM
Finance
Resource
Management
MRP SCM
Manufacturing Supply
Resource Chain
Planning ERP Management
SYSTEM
CRM HRM
Customer Human
Relationship Resource
Management Management
Fonte: br.ccm.net
• 129
capítulo 8
Duas relevantes iniciativas mundiais alusivas ao software livre são o projeto
GNU e a FSF. O GNU é um projeto para o desenvolvimento de um sistema opera-
cional (principalmente sistema de um computador – Linux, por exemplo) que
não tenha custos de licenciamento. Quanto à Free Software Foundation, trata-
-se de uma entidade sem fins lucrativos, criada justamente para apoiar toda a
base e movimento empreendido para ampliar a proposta do software livre.
130 • capítulo 8
Mesmo sendo um software livre, este não está isento de um licencia-
mento. A diferença é que não existe custo financeiro para obtenção do di-
reito de instalar, usar e aperfeiçoar. Para isso, existe a GNU Public License
(GPL), uma licença criada pela SFS com base nas liberdades supracitadas.
Ou seja, quando um programa tem licença GPL, significa que é, de fato, um
software livre.
REFLEXÃO
A pirataria é um assunto sempre em pauta quando se trata de assuntos concernentes ao
licenciamento. Após o estudo dessa aula, percebemos que existem duas opções para a uti-
lização legal do software; portanto, cabe à gestão da empresa definir aquela que lhe seja
melhor. Preço ou custo da licença não é a única variável a ser analisada, uma vez que a ins-
talação e implementação de um software não é uma coisa trivial, portanto deve-se avaliar a
disponibilidade do profissional que tenha condições de assumir a responsabilidade de deixar
o parque tecnológico de sistemas plenamente disponível. Mas não se pode incorrer na ação
de explorar um software ilegalmente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Lei Nº 9.609, de 19 de fevereiro de 1998. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/L9609.htm>. Acesso em 23 de abril. 2016.
Free Software Foudation. <http://www.gnu.org/>.
capítulo 8 • 131
132 • capítulo 8
9
Sistemas
especialistas e
softwares da área
de saúde
9. Sistemas especialistas e softwares da área
de saúde
OBJETIVOS
1. Sistemas Especialistas:
a) Características;
b) Aplicações.
134 • capítulo 9
assunto, certamente tal sistema se consagra por ter uma base de conhecimento
muito acentuada sobre o assunto aprendido; a expertise aprendida permite en-
tão ao computador simular (preste bem a atenção ao termo: SIMULAR) o racio-
cínio de um humano (seu professor, por exemplo) em alguma área do conheci-
mento específica. Portanto, temos o cérebro humano a serviço do aprendizado
especialista do computador.
Fonte: www.tecmundo.com.br
capítulo 9 • 135
inferência é conseguida através da intersecção e união do conjunto de dados
fornecidos pelo usuário, quando interagindo com o sistema, com o conheci-
mento armazenado em suas bases. Portanto, o mecanismo de inferência in-
tegra diversas funções. Ele está programado para recepção de dados tanto do
usuário quanto das bases de dados e de conhecimento que formam o sistema
especialista, estabelece metas de decisão e elabora conclusões baseadas em
alguma forma de raciocínio coerente com o aprendizado feito com o profissio-
nal especialista.
• Interface do usuário: ambiente “humano” do sistema, o qual permite o
diálogo entre o usuário e o sistema.
Interface Máquina
Usuário
do Usuário de Inferência
Conhecimento
do Especialista
Base de
Conhecimento
Fonte: www.professores.unirg.edu.br
136 • capítulo 9
9.2 Sistemas especialistas – Aplicações
Para elaboração deste tópico, fizemos uma pesquisa de trabalhos que estão dis-
ponibilizados em formato de artigo científico, os quais demonstram a explora-
ção do tema de sistemas especialistas com viés na área da saúde.
O Dr. Edward Shortliffe, como trabalho final de doutorado da Universidade
de Stanford – EUA, desenvolveu o que seria o primeiro sistema especialista em
medicina, denominado de MYCIN. Ocorreu no início dos anos 1970. O progra-
ma recomenda a seleção de antibióticos em casos de bacteremia ou meningite,
baseado em características do organismo infeccioso e em dados clínicos do pa-
ciente, tais como o local de infecção, sinais, sintomas e outras condições médi-
cas associadas.
Fonte: people.dbmi.columbia.edu
capítulo 9 • 137
Protótipo de um Sistema Especialista aplicado à Terapia Manual. Deborah
Ribeiro Carvalho, Auristela Duarte de Lima Moser, Verônica Andrade da Silva.
As autores propõem apresentar e discutir o potencial de utilização de Sistemas
Especialistas para apoiar decisões terapêuticas ou profiláticas na fisioterapia.
A apresentação das etapas de construção do Sistema Especialista foi elaborada
de tal forma que permitisse ao leitor entender passo a passo o processo, am-
pliando sua compreensão dos resultados obtidos, ampliando, assim, o conhe-
cimento do profissional da fisioterapia sobre o potencial de sistemas desta na-
tureza na identificação das condutas a serem adotadas. Fonte: <https://www.
researchgate.net/profile/Afonso_Salgado/publication/271272930_Anlise_dos_
efeitos_de_duas_tcnicas_de_terapia_manual_sobre_a_atividade_autonmica_
de_idosos_institucionalizados._Analysis_of_the_effects_of_two_techniques_
of_manual_therapy_on_the_autonomic_activity_ofinstitutionalized_elderly/
links/54c53a6d0cf2911c7a54ce62.pdf#page=72>.
Sistema Especialista para diagnosticar Orientação Vocacional. Leo
Natan Paschoal1, Mariane Regina Sponchiado Cassenote, Jonathan Da Silva
Nascimento, Patricia Mariotto Mozzaquatro, Rodrigo Luiz Antoniazzi. A princi-
pal motivação para o desenvolvimento desse artigo foi a possibilidade de auxiliar
estudantes que têm dúvidas quanto à área de atuação profissional que melhor
se adapta ao seu perfil pessoal. O sistema foi validado por 30 alunos dos seguin-
tes cursos de graduação: Enfermagem, Ciência da Computação, Arquitetura e
Urbanismo e Jornalismo. O sistema mostrou-se uma alternativa válida e viável, já
que através dele foi possível detectar o tipo de perfil vocacional de cada usuário.
Fonte: http://www.eati.info/eati/2013/assets/anais/artigo204.pdf
SISNUTRI, UM SISTEMA ESPECIALISTA DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL.
Raphael de Moraes, Adriana Soares Pereira. O objetivo dos autores foi unir
técnicas de desenvolvimento de um Sistema Especialista, para avaliar os ris-
cos nutricionais em crianças e adolescentes, e o uso de técnicas de Anamnese
Alimentar, para auxiliar na aprendizagem dos alunos do curso de Nutrição. Após
a implementação das propostas foram realizados testes, com dados fictícios e o
auxílio de um computador, no SISNUTRI, e este apresentou um comportamen-
to satisfatório e eficaz na realização das suas tarefas. Capturou de forma espe-
rada os dados do paciente na Anamnese Alimentar e foi preciso na consulta e
processamento da sua base de conhecimento para gerar os diagnósticos nutri-
cionais de crianças e adolescentes. Comprovou, assim, que é capaz de facilitar
a tarefa do nutricionista e de eliminar qualquer possibilidade de erro humano
138 • capítulo 9
na consulta de valores e/ou diagnósticos. Fonte: <http://177.101.17.124/index.
php/exatas/article/view/1816/2345>.
Ferramenta computacional de apoio ao ensino/aprendizado de
Farmacologia. Leonardo Ronald Perin Rauta, Anita Maria da Rocha Fernandes.
A fim de identificar quais as expectativas dos alunos de farmacologia no que se
refere à ferramentas de auxílio no processo de aprendizagem, os autores, iden-
tificaram a necessidade de aulas mais interativas e softwares que auxiliem a
reduzir a abstração dos conceitos. Nesse trabalho é apresentado o desenvolvi-
mento de um software de simulação para apoio ao ensino/aprendizagem dos
efeitos farmacodinâmicos de drogas no organismo. Para isso, o simulador
proposto utilizou conceitos de ontologia e sistemas especialistas. Com esse
trabalho, foi verificado que o uso de um simulador baseado em ontologia e sis-
temas especialistas para ensino e experimentação em Farmacologia é capaz
de aumentar o entendimento das reações farmacodinâmicas que ocorrem no
organismo quando um fármaco é manipulado. Fonte: <http://www.tise.cl/volu-
men10/TISE2014/tise2014_submission_211.pdf>.
Estrategicamente as pesquisas sobre a utilização de sistemas especialistas
envolveram várias profissões da área da saúde, a fim de demonstrar a caracte-
rísticas transversal e ampla de exploração do tema para o desenvolvimento de
soluções, as quais puderam ser subsidiadas por software computacional, e que
antes sempre requeria a atuação de uma pessoa (ser humano) para solucionar,
orientar e tomar decisões.
capítulo 9 • 139
• SIHSUS
– Sistema de Informações Hospitalares do SUS - SIH-SUS – processa
informações para efetuar o pagamento dos serviços hospitalares presta-
dos pelo SUS.
• HEMOVIDA
– Sistema de Gerenciamento em Serviços de Hemoterapia -
HEMOVIDA – tem como objetivo informatizar todo o ciclo de doação
de sangue, desde a captação até a distribuição do material, controlan-
do cada etapa do processo. Permite aos diversos gestores, nas esferas
Federal, Estadual e Municipal, o pleno acesso aos dados indispensáveis
à tomada de decisões quanto ao gerenciamento em todo o processo do
sangue na HEMOREDE.
• SIHD
– Sistema de Informações Hospitalares Descentralizado – SIHD – sis-
tema de gerenciamento dos atendimentos hospitalares, utilizada pelas
Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde, seus distritos e regionais,
possibilita aos gestores locais autonomia para fazer o processamento e a
gestão das informações de internação.
• BLHWeb
– Sistema de Gerenciamento e Produção de Bancos de Leite Humano
- BLHWeb – Objetiva dinamizar o planejamento, a gestão e os proces-
sos de trabalho na Rede BLH (Banco de Leite Humano), respondendo à
demanda da Política Nacional de Aleitamento Materno do Ministério da
Saúde e possibilitando um acesso amplo a todos que necessitem obter
informações sobre os produtos e processos relacionados.
• SISAIH
– Sistema Gerador do Movimento das Unidades Hospitalares - SISAIH
- Sistema descentralizado, utilizado mensalmente pelas Unidades
Hospitalares para transcrição dos dados das Autorizações de Internações
Hospitalares e envio dos dados às Secretarias de Saúde.
140 • capítulo 9
• CIH
– Comunicação de Internação Hospitalar – CIH – objetiva possibili-
tar ao Ministério da Saúde acompanhar, planejar e monitorar as inter-
nações em todas as unidades hospitalares do país, públicas e privadas,
integrantes ou não do SUS, em âmbito nacional. Em particular é utiliza-
do pela Agência Nacional de Saúde Suplementar, para monitorar a rede
assistencial informada pelas Operadoras de Plano de Saúde. É um siste-
ma de grande relevância para a sistematização de planos de cuidado em
saúde.
• CNES
– O Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde – CNES é a base
cadastral para operacionalizar os Sistemas de Informações em Saúde
hospitalar e ambulatorial, imprescindíveis a um gerenciamento eficaz e
eficiente. Propicia ao gestor o conhecimento da realidade da rede assis-
tencial existente e suas potencialidades, visando auxiliar no planejamen-
to em saúde, em todos os níveis de governo.
REFLEXÃO
Há muito a ser explorado por sistemas especialistas na área da saúde. Reflita e busque
informações sobre alguma ação, atividade ou procedimento que se pode utilizar na aplica-
bilidade desses sistemas. Fale com seu professor ou coordenador sobre sua ideia. Quem
sabe, em uma próxima ou outra versão deste material didático, o seu trabalho publicado
seja relacionado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
REZENDE, Denis Alcides; ABREU, Aline França. Tecnologia da Informação Aplicada a Sistemas
de Informação Empresariais. 5 ed. Editora Atlas, 2008.
FLORES, C. D. Fundamentos dos Sistemas Especialistas. In: BARONE, D. A. C. (Ed.). Sociedades
Artificiais: a nova fronteira da inteligência nas máquinas. Porto Alegre: Bookman, 2003.
Mendes R. D. Inteligência artificial: sistemas especialistas no gerenciamento da informação. Ciências
Inf. 1997;26(1):39-45.
Demais trabalhos citados no tópico 02 (dois).
capítulo 9 • 141
142 • capítulo 9
10
Princípios da
segurança da
informação e
auditoria de
sistemas
10. Princípios da segurança da informação e
auditoria de sistemas
OBJETIVOS
• Fundamentos de Segurança da Informação;
• A importância da segurança da Informação na área de saúde;
• Fundamentos, benefícios e vantagens da Auditoria de Sistemas.
144 • capítulo 10
informação, a tecnologia ou as pessoas. Todos estes três são considerados de
ativos para a segurança da informação; portanto, requer ações para proteger a
informação. Lembre-se de que a informação é um elemento, principalmente
quando tratamos em ambientes tecnológicos, considerado intangível.
Objetos reais (obras de arte, dinheiro, joias, ouro, dentre outros) são consi-
derados elementos tangíveis, ou seja, coisas de valor físico. A informação que
está contida nos servidores, pendrive, ou que são lidas através do computador
(pessoal, tablet, smartphone etc.) são consideradas intangíveis.
As Informações
Segurança
da
Informação
A As
Tecnologia Pessoas
Confidencialidade
Segurança
da
Informação
Integridade Disponibilidade
capítulo 10 • 145
Adicionalmente, quatro outras propriedades são associadas à tríade
(FERNANDES, 2010): autenticação, autorização, identificação e não repúdio
(este último, também denominado de irretratabilidade).
Atuando em conjunto, esses sete elementos fundamentam a gestão da se-
gurança da informação no intento de proteger dados, sistemas e processos.
• Autenticação: propriedade de garantir a fonte e o teor da informação;
• Autorização: propriedade de permitir ou negar o acesso;
• Identificação: propriedade de registrar algo ou alguém no sistema;
• Não repúdio: propriedade de garantir ao autor sua respectiva responsabi-
lidade pelo que fez.
146 • capítulo 10
mais difícil. Por exemplo, para entrar em nossa residência, temos de abrir ca-
deados e portas, desligar o alarme, prender o cachorro, solicitar liberação na
portaria etc. Para sacar dinheiro no autoatendimento, precisamos, algumas
vezes, ter o cartão da conta, uma senha e uma contra-senha, confirmar alguns
dados pessoais etc. Percebeu quanta coisa para termos acesso ao que é nosso?
Quanto mais se protege, mas uma barreira se cria.
Atualmente, um dos desafios que nós temos é decorar tantas senhas que
permeiam nossa vida. Seja do e-mail, do internet banking, do cartão de crédito/
débito e tantas outras coisas que você está se lembrando!
Medidas
Globais
Implementação Elaboração de
Especificação Administração
de Gestão Política de
de Segurança de Segurança
de Riscos Segurança
capítulo 10 • 147
II. Elaboração de Política de Segurança. É uma medida que busca estabe-
lecer os padrões de segurança que devem ser seguidos por todos os envolvidos
no uso e na manutenção dos ativos em uma empresa. É uma forma de adminis-
trar um conjunto de normas para guiar as pessoas na realização de seu traba-
lho. É o primeiro e grande aliado para alcançarmos o amadurecimento da cons-
ciência da segurança nas pessoas. Trata-se de um documento parecido com um
manual de instrução e de procedimentos operacionais.
III. Especificação de Segurança. Além da política de segurança da informa-
ção, que definem “O QUE FAZER”, as especificações apresentam medidas para
instruir a correta implementação de uma nova cultura organizacional, ou seja,
“COMO FAZER”, o qual está atento e comprometido a atender aos princípios da
segurança da informação.
IV. Administração de Segurança. Visa acompanhar o cumprimento da
política e das especificações de segurança, inclusive, observando se elas estão
realmente adequadas, promovendo atualização e melhorias.
Concluímos, assim, a primeira parte deste nosso capítulo, em que foram de-
talhados os conceitos fundamentais relacionadas à segurança da informação.
No próximo capítulo, trataremos sobre a aplicabilidade dessa segurança para a
área da saúde, destacando sua relevante importância, principalmente quanto
ao tipo de risco que está em questão: relação vida e morte!
148 • capítulo 10
No pilar da disponibilidade, sabemos que o uso da Internet como meio
de comunicação para a interconexão de sistemas de informação tem projeta-
do que a informação esteja presente em qualquer lugar, “na palma da mão”.
Contudo, deve existir a preocupação com a manutenção da confidencialidade e
integridade da informação.
Os riscos que expõem a informação a vulnerabilidades vêm desde aos am-
bientes físicos onde são implantados e mantidos até pelas pessoas que alimen-
ta ou manipulam as informações dos sistemas. Portanto, ações devem ser rea-
lizadas em prol de, pelo menos, minimizar os riscos a percentuais aceitáveis
(uma vez que nem sempre é possível destituir o risco completamente).
Mecanismos da
Segurança da
Informação
capítulo 10 • 149
Um conjunto de dados criptografados, associados a um do-
cumento, que garante a integridade do documento associado,
distinguindo eventuais alterações que podem ter ocorrido
ASSINATURA durante o trânsito entre emissor e receptor. A detecção da
DIGITAL alteração imprópria e não autorizada é usualmente feita atra-
vés de algoritmos e funções de "hashing" (BURNETT; PAINE,
2002).
150 • capítulo 10
para o referido ambiente. Perda, roubo, adulteração, dentre outros, são inci-
dentes relacionados à segurança da informação que perturbam e/ou mancham
consideravelmente a reputação de uma empresa, independentemente do seu
segmento organizacional ou tamanho, principalmente, quando manipulam
dados confidenciais e sigilosos como em uma unidade hospitalar, por exemplo.
A segurança da informação é um item tão relevante que o Governo dos
Estados Unidades, em 1996, promulgou a lei Health Insurance Portability e
Accountability Act (HIPAA). Dentre outras exigências, a HIPAA define as polí-
ticas, procedimentos e orientações com o objetivo de definir a importância da
privacidade e segurança das informações de saúde, além de delinear várias in-
frações relativas aos cuidados de saúde e estabelece penalidades civis e crimi-
nais para as violações.
No tocante à implementação da gestão da segurança da informação, a
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), à qual cabe a responsabili-
dade de definir normas orientadoras para que as empresas possam estabelecer
atividades que propiciem a melhoria de suas atividades, dispõe de um conjunto
de normas que são denominadas de Família ABNT 27000, as quais normatizam
a implantação da gestão da segurança da informação nas empresas.
capítulo 10 • 151
5. A instituição tem infraestrutura em segurança capaz de proteger as in-
formações de ataques cibernéticos externos?
6. Os meios de comunicação permitem uso de criptografia?
7. Os pacientes autorizam previamente o intercâmbio de suas informações?
8. O controle de acesso é efetivo e confiável?
152 • capítulo 10
empresariais (rotina), seu tamanho, qualidade de seus sistemas e controle in-
terno e competência de sua administração.
Ao auditor é importante ter um modelo normativo de como as atividades
devem estar sendo feitas; portanto, não deve ser realizada sem uma base técni-
co-científica. Deve-se entender que a auditoria é um trabalho relevante e sério
para a empresa. Assim, deve-se levar em conta as atividades das pessoas, órgãos
e produtos da entidade de modo que tais atividades não se desviem das normas
preestabelecidas pela organização.
Com todas estas características citadas, podemos perceber que a gestão de
uma empresa deve privilegiar sempre a auditoria de seus sistemas, uma vez que
propicia conhecimento mais amplo e profundo sobre os sistemas e as tecnologias
da informação. Portanto, trata-se de uma ferramenta de gestão empresarial.
Adicionalmente, as empresas também devem seguir regulações específicas,
exigindo assim o fiel cumprimento da legislação específica do setor. Além de
outras obrigações, as empresas são responsabilizadas em fornecer, com deter-
minada periodicidade, informações específicas.
As ações e atividades das empresas reguladas sempre têm prazo e conteúdo
específico, o que reflete sempre em uma rotina intensa de atividades. Atrasos e
falhas no cumprimento da legislação podem implicar em punições como, por
exemplo, multas de elevados valor.
Por fim, uma auditoria pode contribuir valorosamente para que seja iden-
tificado se um determinado sistema ou tecnologia da informação detém a ca-
pacidade necessária para suprir a demanda informacional que está sendo re-
querida. Apesar de rápido, o computador é uma máquina e, portanto, tem seu
limite de processamento. Uma rede de computadores também tem sua capaci-
dade de transmissão (também denominada de largura de banda), o que pode
não ser suficiente para suprir o tráfego de dados que é gerado pelo sistema de
informação. A auditoria pode permitir que saibamos, por exemplo, qual é a ca-
pacidade do parque tecnológico de que a empresa dispõe; se está adequado e
até quando ou quanto suportará.
capítulo 10 • 153
10.3.1 Conceitos básicos da auditoria
Variáveis para
a Auditoria
Objeto Preventivos
Período Detectivos
Natureza Corretivos
154 • capítulo 10
c) Avaliar o trabalho da equipe.
d) Rever os papéis.
3. Documentação – registrar os trabalhos e resultados apurados e ge-
rar relatórios.
4. Conclusão – diagnósticos da situação atual, destacando os pontos e
controles com maiores fraquezas.
5. Apresentação de resultados – apresentar, de maneira clara e sucinta, a
documentação e a conclusão.
6. Acompanhamento da auditoria – checar as alterações (positivas e ne-
gativas) ocorridas após a auditoria, registrando nova situação dos controles
já auditados.
REFLEXÃO
Com tamanhos benefícios prestados pela auditoria de sistemas, qual(ais) fator(es) seria(m)
determinante(s) para que uma empresa possa negligenciar no sentido de não entender ou
submeter-se à realização dos referidos processos?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR ISO/IEC 27002:2013. Código de Prática para
a Gestão da Segurança da Informação. Rio de Janeiro, 2013.
SÊMOLA, Marcos. Gestão da Segurança da Informação – Uma visão executiva. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2003.
KONZEN, Marcos Paulo; FONTOURA, Lisandra Manzoni; NUNES, Raul Ceretta. Gestão de Riscos de
Segurança da Informação Baseada na Norma ISO/IEC 27005 Usando Padrões de Segurança. IX
SEGeT. Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia. 2012.
capítulo 10 • 155
ANOTAÇÕES
156 • capítulo 10
ANOTAÇÕES
capítulo 10 • 157
ANOTAÇÕES
158 • capítulo 10
ANOTAÇÕES
capítulo 10 • 159
ANOTAÇÕES
160 • capítulo 10