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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 2

2 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E SUA ATUAÇÃO NA ORGANIZAÇÃO ... 3

2.1 O que são sistemas de informação ...................................................... 3

2.2 Origem dos sistemas de informação .................................................... 6

2.3 Evolução dos sistemas de informação ................................................. 8

2.4 Sistemas de informação no contexto administrativo .......................... 10

3 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO .......................... 16

3.1 Classificação por nível organizacional ............................................... 17

3.2 Classificação por área funcional ......................................................... 18

3.3 Classificação por tipo de suporte ....................................................... 19

4 TIPOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO PARA CADA NÍVEL


ORGANIZACIONAL .................................................................................................. 19

5 NÍVEIS DE AÇÃO, COMPONENTES E VANTAGENS DOS SISTEMAS DE


INFORMAÇÕES........................................................................................................ 32

6 VANTAGENS E DESVANTAGENS DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO


37

6.1 Vantagens .......................................................................................... 37

6.2 Desvantagens .................................................................................... 38

7 SEGURANÇA NOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ................................ 39

8 BIBLIOGRAFIA ......................................................................................... 40

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1 INTRODUÇÃO

Fonte: itchannel.pt

A utilização de Sistemas de Informações para auxiliar o gerenciamento nas


atividades de varejo é algo, por mais que pareça dispensável para o leigo ou aquele
empresário que atua sob a batuta empreendedora e baseada na sua única e pessoal
percepção do que é correto, é algo fundamental nos dias de hoje para se ter o controle
de todas as atividades decorrentes do negócio, bem como auxiliar no planejamento
estratégico do negócio. O sistema de informações e a pesquisa de mercado
combinadas fornecem informações de extrema importância para a empresa, e que
delinearão o novo caminho a ser trilhado para um próximo período.
Em outras épocas, os sistemas de informação apoiados por computadores
eram opções caras e disponíveis para poucos especialistas e organizações com folga
orçamentária, além de serem extremamente simples e com limitações graves. Hoje, a
realidade é outra: além de sistemas complexos, são baseados em equipamentos
poderosos e móveis. Tecnologia e informação caminham hoje no apoio às decisões
gerenciais.
Porém, mesmo se ressaltando a importância de uma informação precisa para
uma adequada tomada de decisão, muitos executivos e empreendedores reclamam
de que há muita informação inadequada no mercado, que ocupam o tempo e a
atenção. As informações ficam dispersas dentro da empresa que exigem grande
esforço para serem localizadas e processadas. Fora isso, há casos ainda que uma
pessoa não compartilhe uma determinada informação com o restante da organização,

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até pelo fato de não per- der o poder, que em sua opinião, aquele fato pode lhe
proporcionar. Soma-se a estas questões o fato de algumas informações sempre
simplesmente não confiáveis.
É importante firmar que um sistema de informações gerenciais atua em todos
os níveis de uma organização: estratégico, tático e operacional.1

2 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E SUA ATUAÇÃO NA ORGANIZAÇÃO

2.1 O que são sistemas de informação

Para uma melhor compreensão é necessário diferenciar e verificar antes de


tudo o que são sistemas de informação e o que são tecnologias da informação, pois
cada um possui suas particularidades.
“O termo ‘tecnologia da informação’ para Beal (2001, p. 2) serve para designar
o conjunto de recursos tecnológicos e computacionais para a geração e uso da
informação”. Já os sistemas de informação para O’Brien (2006, p. 6) “é um conjunto
organizado de pessoas, dispositivos físicos (hardwares), procedimentos de
processamento de informação (softwares), canais de comunicações (redes) e
recursos de dados que coleta, transforma e dissemina informações. ”
Para distinguir um do outro, Braga (2000) relaciona sistemas de informação
com a administração, às necessidades de informação e aplicação no negócio. Já a
tecnologia da informação com tecnologias e o processamento dessa informação.
Braga (2000) também expõem que os dois meios são extremamente
relacionados, pois a partir dos sistemas de informação as organizações têm
mudanças estratégicas e organizacionais que levam a novos desafios, exigindo a
inovação na área de tecnologia da informação. Conforme Souza (2008, p. 6) “tanto as
tecnologias da informação, como o sistema de informação, estão intimamente ligadas,
sendo facilitadores para a geração e disseminação da informação, especialmente no
contexto empresarial. ”

1 Texto extraído do link:


https://www.researchgate.net/publication/262047396_Livro_Sistemas_de_Informacoes_Geren
ciais_1_Edicao_2013_Sao_Paulo
3
Levando em consideração que os sistemas de informação e tecnologias da
informação são intimamente relacionados e que devem caminhar em uma única
direção, mas que por sua vez, não são a mesma coisa, é objetivo enfocar-se mais aos
sistemas de informação.
Em um primeiro momento, em relação a sistemas, O’Brien (2006), o define
como “um grupo de componentes inter-relacionados que trabalham rumo a uma meta
comum, recebendo insumos e produzindo resultados em um processo organizado de
transformação. ”
No segundo momento, em relação à informação, é um dos principais valores
de uma organização. É por meio dela determinamos a permanência no mercado e
também a não permanência, ou seja, a sessão das atividades de um negócio. Para
Oliveira (2002, p. 37), “Informação é todo o dado trabalhado ou tratado, é o resultado
da análise sobre os dados. ”
Os sistemas de informação atuam para que os dados sejam mais bem tratados,
obtendo informações mais relevantes ao negócio. Com os sistemas de informação, as
informações pertinentes à organização ficam mais claras, mais organizadas e
classificadas. Não é apenas como alocar materiais em um grande local, mas deixá-
los prontos e visíveis para que seu verdadeiro valor seja realmente identificado.
Gonçalves (2006), caracteriza um sistema de informação como sendo toda
ferramenta que manipula dados transformando-os em informações, utilizando ou não
meios tecnológicos para isso. Para Gonçalves (2006), a entrada será geralmente
manual. É no decorrer do processo que se verifica o tratamento desses dados, onde
são processados por meio de tecnologias sendo elas hardwares e softwares.
A figura abaixo (1) demonstra a estrutura básica conceitual do funcionamento
de sistemas de informação baseados em computação:

4
Fonte: tcconline.utp.br

O’Brien (2006) deixa a estrutura conceitual dos sistemas de informação mais


complexa. Os sistemas de informação dependem de recursos humanos (usuários e
desenvolvedores), hardwares (máquinas e equipamentos), softwares (programas),
dados (banco de armazenamento) e redes (meios de comunicação) executando as
entradas do sistema e transformando os dados e recursos em produtos de informação,
como mostra a Figura abaixo (2).

Fonte: tcconline.utp.br
5
Em todo esse processo de manipulação das informações participam pessoas,
tecnologias, materiais, equipamentos, dinheiro e, principalmente, não deixando de
citar a qualidade desta informação. Sua precisão, confiabilidade e segurança são
características obrigatórias e rigorosas para que essa informação se torne uma
ferramenta importantíssima para o negócio, pois, caso contrário, uma informação
errada, falha, custará um alto preço para a organização. (GONÇALVES, 2006).

2.2 Origem dos sistemas de informação

Para quem pensa que sistemas de informação são tão atuais a ponto de não
ter nenhuma origem no passado, está completamente enganado. Sua origem vem de
muito antes da informática, onde o ser humano já buscava qualificar e classificar suas
informações de forma mais eficaz.
Antes de 1940, conforme Araújo (2010), não se percebia muito o uso de
máquinas para o tratamento das informações, pois as máquinas não tinham a
mobilidade que tem hoje, ocupando até mesmo salas inteiras. Nessa época, as
informações para Mello, Marinho e Cardoso (2008) recebiam um tratamento
basicamente de serem colocadas em lugares, os chamados arquivos, para depois
serem observadas ou até mesmo avaliadas, necessitando de uma pessoa específica
chamada de “arquivador” para realização desse processo.
Sem o auxílio de ferramentas específicas para o trabalho na época, segundo
Costa (2007), o “arquivador” como era chamado, não dava conta de registrar todas as
informações por ele guardadas, havendo perda no processo e uma grande falta de
mobilidade, pois as informações não eram atualizadas e não havia a possibilidade de
cruzamento ou comparação destas informações para uma compreensão mais
detalhada sobre o que verdadeiramente era importante guardar.
Em meados dos anos de 1950 o biólogo alemão Ludwig Von Bertalanffy
verificou em seus vários estudos que os valores de uma empresa não ficavam apenas
na busca pelo lucro, e sim que essa era um organismo vivo, com valores distintos,
iniciando assim estudos da empresa como um sistema. (GONÇALVES, 2006).
Nesse período, a informação foi passando a ser vista como algo que tomava
forma dentro das organizações e nas relações sociais, sendo considerada um aspecto
6
acima do social, tecnológico uma expressão filosófica onde seu valor é indispensável
para caracterizar expressões como: “sociedade da informação, explosão da
informação, era da informação, indústria da informação, revolução da informação”
entre outros nomes utilizados na época. (ARAÚJO, 1995, p. 3).
A ênfase na informação é o principal benefício proporcionado pelo uso de
sistemas. Bio (1996) expõem que talvez as ideias em relação ao campo de sistemas
de informação se relacionaram com a organização da seguinte forma:
a) Manualização: no princípio a preocupação das organizações era de
documentar os procedimentos administrativos, colocá-los por escrito;
b) Racionalização: partindo do ponto em que as organizações iam
crescendo, a preocupação muda para o aspecto da racionalização
através de formulários, arquivos e procedimentos. Diferente de apenas
documentar era necessário agora verificar se a execução estava sendo
feita de forma racional;
c) Mecanização: na década de 40 e 50 com a introdução de computadores
eletrônicos, surgem as tendências de mecanização e automatização dos
sistemas. Essa ideia de implantação veio da forte tendência de
racionalização, onde se achava que com as máquinas de
processamento de dados os dados seriam processados de maneira mais
rápida, com custos menores e substituiriam a mão de obra. Essa
tendência ocasionou uma utilização indiscriminada e uma divisão no uso
do computador;
d) Sistemas de informação: aqui sim é a mecanização pura e simples dos
processamentos dos sistemas existentes, nota-se que era uma
abordagem pobre e com resultados abaixo do esperado. Os estudos
começam em relação ao potencial informativo dos sistemas para fins
gerenciais, onde cada vez mais o valor da informação é ressaltado
admitindo até mesmo custo maior em um novo sistema em face da
melhoria significativa por ele gerada. A racionalização ainda se mantém
e em meados da década de 60 cresce o interesse por sistema com maior
grau de interação, com aproveitamento dos recursos de processamento

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aumentando tanto os aspectos da racionalização quanto o domínio
informativo das organizações.
Segundo Mello, Marinho e Cardoso (2008, p. 1) “O início dos sistemas de
informação foi marcado pela simplicidade dos dados, informações, métodos e
técnicas, também pela limitação do sistema e ineficiência. ” Os sistemas de
informação para Mello, Marinho e Cardoso (2008) apud Cardoso (2006), pegaram
carona na onda da evolução tecnológica e conquistaram seu lugar no ambiente dos
negócios. Primeiramente em áreas específicas, para auxiliar em uma determinada
rotina, como, por exemplo, atuando como uma ferramenta para o departamento
específico de folha de pagamento, logo se tornando o elo entre os departamentos. A
partir de 1970, Szafir-Goldstein e Souza (2001), afirmam que com a redução dos
custos e o aumento da velocidade de processamento, a “era dos sistemas de
informação” se estabelece com os computadores. No ano de 1980 os sistemas de
informação tiveram um reconhecimento como estratégicos, impactando o
desenvolvimento e competitividade das organizações. Destaca-se nesse período o
caso SABRE – sistema de reserva de passagens desenvolvido pela empresa
americana American Airlines, o qual permitiu uma grande vantagem competitiva para
a empresa. (SZAFIR-GOLDSTEIN, SOUZA, 2001).
A partir daí, nos anos de 1990 até os dias atuais, a tecnologia da informação
veio evoluindo e trouxe consigo os sistemas de informação, estabelecendo de fato
sua importância nas empresas. Ainda Szafir-Goldstein e Souza (2001), expõem uma
nova era na computação empresarial, levando principalmente em consideração o
reforço da internet no final do século e atualmente a computação móvel, presentes
nos celulares e smartphones.

2.3 Evolução dos sistemas de informação

Segundo Mello, Marinho e Cardoso (2008, p. 2) apud Cardoso (2006), “os


sistemas de informação evoluíram paralelamente às tecnologias de informática e
telecomunicações. ”
É notável que a evolução dos sistemas de informação esteja totalmente
relacionada com a evolução da computação e das telecomunicações. Mais ou menos

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por volta de 1940, havia o interesse por máquinas computadorizadas, que eram
gigantescas e enormes; sem mobilidade nenhuma, mas que já auxiliavam na
contagem naquele tempo. (ARAÚJO, 2010).
Quando as primeiras máquinas de computação surgiram no mercado, conforme
Gugik (2009), elas possuíam válvulas chamadas de válvulas eletrônicas, que eram
enormes emaranhados de fios e tinham o problema de esquentarem muito,
aumentando o risco de estragarem.
Araújo (2010, p. 2) relata que:

À medida que os anos foram se passando e com o aparecimento dos


transistores nos anos 50 (que foram lentamente substituindo as válvulas dos
computadores mais antigos) e dos circuitos integrados (meados dos anos 60),
os computadores iam ficando menores, mais baratos (quer em custo de
aquisição, quer em manutenção, apesar de continuarem a serem muito caros)
e mais rápidos. Nos anos 50 – o primeiro computador comercial surgiu em
1951 – e 60 o seu uso diversificou-se e começaram a aparecer novas
aplicações para estas máquinas, tais como contabilidade e inventariado. O
aparecimento de linguagens de programação mais “generalistas” como o
COBOL e o BASIC ajudou nesta diversificação.

Paralelamente a esta evolução, estava a evolução das redes de


telecomunicações, que primeiramente teve seu desenvolvimento a partir da Arpanet,
uma rede de telecomunicações militar que precedeu à Internet, a tecnologia Ethernet
(utilizada nas LANs – redes locais internas) e o protocolo TCP/IP. (ARAÚJO, 2010).
Quando Szafir-Goldstein e Souza (2001) verificam esses dois fatores
importantes na evolução dos sistemas de informação, a tecnologia computacional e
as telecomunicações, percebem que sem eles os sistemas de informação não teriam
tanta importância e significado para as organizações. A contribuição da tecnologia e
das telecomunicações fez com que os sistemas de informação tratassem todas as
informações relevantes para um negócio de forma mais eficiente e com uma facilidade
muito maior.
Porém, grandes dificuldades foram encontradas devido ao custo da estrutura,
que era bastante elevado e as empresas não podiam suportar. Com isso surgem os
Centros de Processamento de Dados (CPDs). Os centros de processamento de dados
funcionavam como mecanismo de processamento, suporte e análise dos sistemas de
informação presentes na organização, em alguns casos também disponibilizando
pessoas para suporte técnico. (ARAÚJO, 2010).

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Ainda segundo Araújo (2010), para diminuir cada vez mais os custos a
informática evoluiu mais uma vez. Através da descentralização da computação os
centros de processamento de dados não eram mais tão necessários, inclusive o gasto
com suporte. As empresas deixaram de ter uma única e grande máquina para terem
vários computadores espalhados na organização. Assim, cada usuário tinha seu
computador onde deveria melhorar seus conhecimentos em linguagens DOS2, bios3
e scripts4 (linguagens utilizadas) para melhorar seu desempenho no uso das
ferramentas.
Concluindo, Araújo (2010) comenta que à medida que o tempo foi passando os
usuários das máquinas foram obtendo uma intimidade e conhecimento no que
estavam fazendo, utilizando as ferramentas com maior versatilidade e ganho,
deixando os sistemas de informação da maneira e interesse do negócio.

2.4 Sistemas de informação no contexto administrativo

Para Albertin (2005), no ambiente empresarial atual a informação aliada à


tecnologia tem ganhado estimado valor no contexto administrativo, tanto das
organizações brasileiras como mundiais. Estes negócios para conseguirem sucesso
diante de seus concorrentes utilizam esta ferramenta de forma bem ampla e intensa,
tanto em nível estratégico como operacional.
Esta utilização passa a ter como foco principal não apenas a infraestrutura
tecnológica necessária para a realização dos processos e decisões estratégicas, mas
a efetiva utilização da informação e todo o seu poder de transformação nas práticas
organizacionais. (Braga, 2000).
Com esse grande avanço do tratamento da informação nas empresas, os
empresários, segundo Albertin (2005), estão cada vez mais preocupados com
aspectos mercadológicos. Os sistemas de informação deixaram de ser assunto de
especialistas e passaram a integrar o dia-a-dia de uma organização.
Essa ferramenta utilizada pela empresa segundo sua necessidade ou objetivo,
tende a ajudar de forma poderosa aspectos como competitividade, estratégias,
controles, redução de custos, ganhos provenientes de métodos de trabalho mais ágeis
e com respaldo em informações confiáveis. Enfim, em diferentes outros fatores

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determinados como essências para o desenvolvimento estratégico, organizacional e
técnico de um negócio. (BRAGA, 2000).
Através dos sistemas de informação é possível que todos os processos sejam
muito mais conhecidos e bem mais estruturados. ARAÚJO (2008, p. 6) afirma que
“bom desempenho organizacional depende da clara identificação feita pelos gerentes
do papel que a informação irá desempenhar na estratégia competitiva de sua
empresa”.
José Cezar Urban em entrevista ao jornal Gazeta do Povo (CAMPOS, p.1,
2010), em 30 de março de 2010, comentou que utilizava o computador de forma
limitada, redigindo textos, mandando e-mails, etc. A partir do ano de 1995 percebeu
que poderia ter muito mais ganhos com sua máquina, adquirindo softwares que
cruzam dados, aumentam a eficiência operacional direcionando a empresa e ainda
indicando pontos de investimentos internacionais.
Campos (2010) apud Urban (2010, p. 1) explica que “A ideia surgiu em 1988
para organizar congressos e convenções. Chegamos a ter 30 funcionários e
atualmente contamos com cinco. Mesmo assim, a produtividade por pessoa é maior
hoje, por causa do investimento em tecnologia”.
Os programas coletam os dados do dia-a-dia da organização, processam e
transformam em informações relevantes para cada área do negócio; informações
estas que também dão respaldo para que a empresa saiba como estão indo as coisas
para assim se posicionar diante dos concorrentes e dos seus potenciais clientes. “Com
esses softwares você consegue ter acesso a um conjunto de dados que ajudarão na
tomada de decisões. Dados que de outra forma seria muito difícil recuperar no
momento certo” (CAMPOS, 2010, p. 2 apud CLEMENTI, 2010).
O objetivo da administração é caminhar de maneira conjunta com os sistemas
de informação, isso segundo Mello, Marinho e Cardoso (2008) é que definirá se
sucesso poderá ser alcançado. Logo, seu objetivo se projeta em pesquisar qual
ferramenta se enquadrará da melhor maneira em seu negócio, para que os dois
andem de maneira coordenada, em busca de um único objetivo.
O primeiro passo para Ricosti (2008), é identificar a real necessidade da
organização, subdividida em necessidades operacionais, funcionais e de mercado.
Em segundo seria a escolha e compra do software-programa, já em terceiro a escolha

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e a aquisição dos equipamentos e máquinas, logo em quarto a adequação empresa -
informatização e pôr fim a evolução da informática junto com o negócio. A prioridade
é verificar a segunda necessidade estipulada por Ricosti (2008): a escolha e compra
do programa mais adequado a organização. De maneira distinta classifica-se em
cincos tipos:
Softwares de gestão empresarial – ERP (Enterprise Resource Planning):
caracterizados por interligarem a organização, integrar os departamentos com o
objetivo de atender aos interesses da organização e o mercado (clientes e
fornecedores);
Softwares de gerenciamento de clientes - CRM (Customer Relationship
Management): caracterizado por seu objetivo de atender às necessidades totais dos
clientes, acompanhando todo o processo da organização, desde a compra do
fornecedor até o pós-venda, primando pela fidelização do cliente e sua satisfação com
o produto ou serviço;
Softwares básicos – genéricos: são aqueles padrões, que seguem uma
linguagem pela qual se entende que toda organização tem processos padrões, como
estoque, financeiro, compras, fiscal e faturamento. Havendo os abertos que permitem
algumas alterações, tais como mudanças simples em relatórios, acrescentando algo
e os fechados, que não permitem alterações em suas telas, vendidos de forma única,
sem opções de mudanças;
Softwares básicos – especializados: são aqueles que atendem determinados
ramos de atividade, como exemplo, farmácias, panificadoras, etc. São sistemas
preparados para a atividade empresarial;
Softwares básicos – específicos: sistemas feitos sob medida para os processos
e critérios de uma única organização, buscam atender 100% das suas necessidades
de controle e gestão. São programas geralmente com em custo mais elevado, mas
que para algumas organizações trará mais vantagens.
Definida esta questão de grande importância, observa-se outro ponto na
integração dos sistemas de informação com a organização.

Níveis de maturidade das organizações em relação aos sistemas de


informação

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A tecnologia da informação nas organizações está muitas vezes relacionada
ao seu grau de maturidade, ou seja, quanto mais nova é essa organização menos
valor ela dará a essa área. (FAGUNDES, 2010)
Seguindo uma mesma linha de pensamento, os sistemas de informação, ou
somente SI, através de uma maior maturidade adquirida pela empresa, vem também
se tornando cada vez mais utilizado e tendo um nível maior de importância. As novas
empresas logo quando iniciam suas atividades não dão o devido valor para essa área,
vamos dizer, tecnológica. “O uso da tecnologia da informação é voltado para
aplicações de redução de custo, através da automação de atividades funcionais de
baixo nível. Os usuários têm uma postura reativa à tecnologia, com baixo
envolvimento. ” (MARQUES, 2004, p. 29).
Seguindo Marques (2004) apud Norlan (1979), já em um nível de maturidade
mais elevado, o que pôde-se chamar de segundo nível, as organizações começam a
se utilizar dos SI em relação aos seus custos e também no controle dos processos
internos. Nesse nível as empresas começam a se dedicar mais em seus processos
internos, deixando um pouco de lado projetos considerados globais de TI e também
observam que os SI podem ser um grande aliado na estruturação e conhecimento dos
seus custos.
Visto isto, a organização observa que a tecnologia é de grande valia para que
suas estratégias e seus custos possam ser reestruturados e de uma maneira melhor
planejados através dos SI. Chega-se então ao chamado terceiro nível de maturidade,
onde Fagundes (2010) expõem que as organizações entendem a importância dos SI
para seus negócios, mas que por sua vez ainda não estão sendo o principal processo
para investimento. Acabam os negócios por sua vez, levando mais atenção do que o
próprio processo de informatização das informações.
“A ênfase é ver os negócios como uma série de processos que podem e devem
ser, fundamentalmente, redesenhados e simplificados com as novas aplicações da TI.
” (MARQUES, 2004, p. 32).
Para Luppi (2008), quando as organizações começam a buscar aliar a
tecnologia aos seus negócios, alcançando um grande diferencial em relação aos seus
concorrentes, fornecedores e clientes, começaram a tratar os SI como uma relação
de parceria. Sua dependência perante o mercado por maior tecnologia a levou para

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ambientes de negócios em que suas capacidades e processos deveriam ser mais
ágeis e com possibilidades menores de erros, para que seus potenciais clientes e
fornecedores pudessem ter uma confiabilidade e uma imagem diferenciada da
organização e de seus métodos.
Com isso chega-se ao quarto nível de maturidade descrito por Fagundes (2010)
e chamada de quarta era por Marques (2004). Onde as organizações conseguem ou
procuram através dos SI uma aliança com seus clientes, fornecedores e em suas
relações internas. Aliança essa que ajuda a organização no desenvolvimento de
novos negócios e no melhoramento dos seus processos atuais.
Depois do quarto nível, o negócio e os sistemas de informação andam juntos
para atingir os benefícios esperados, levando a organização para o último nível de
maturidade. Marques (2004) e também Fagundes (2010), comentam que nesse nível
a empresa começa a tratar os SI e TI como um diferencial competitivo. Aí sim
entramos no ponto em que hoje as organizações do século XXI estão vivendo.
Esse diferencial junto com as boas ferramentas de TI e à estratégia
organizacional da empresa faz com que não apenas sua capacidade de tomada de
decisão seja alicerçada em informações corretas ou em métodos com o mínimo de
erros, mas também, faz com que suas propostas e estratégias venham de encontro
com o mercado atual, destacando a competitivamente. “[...] As oportunidades da TI e
a dinâmica dos negócios levarão as empresas a um elevado grau de conectividade,
viabilizando novas formas de relacionamento entre as organizações, e aumentando,
desta forma, a produtividade dos grupos. ” (MARQUES, 2004, p. 32).
Fazendo uma comparação com os cinco níveis de maturidade enfrentados pela
empresa, Britto (2008), para concluir, expõe que não bastando a influência social e
mercadológica para que as organizações comecem a se envolver mais na
implementação e uso de tecnologias, órgãos federais, estaduais e até municipais
estão também entrando nesse processo de reorganização de suas informações.
Isso ocorre para que seus objetivos, como principalmente arrecadação
tributária, sejam mais eficazes e com menores chances de fraudes. Isso faz da
maturidade organizacional em relação aos SI pular do primeiro nível, onde há pouco
investimento e importância, para o quarto nível, que é quando a empresa busca fechar

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uma parceria entre TI, SI e seu negócio para poder atuar, não perder mercado e
melhorar suas atividades. (BRITTO, 2008).

Papel dos sistemas de informações nas organizações

Nas organizações, a importância dos sistemas de informação não deve estar


totalmente relacionada a somente hardwares e softwares, mas ao alinhamento das
estratégias de informatização com as estratégias do negócio.
Segundo Laurindo (et al., 2001), a exploração de ferramentas como os
sistemas de informação deve ocorrer de forma contínua obtendo o máximo de ganho
em todos os processos, mudando a face da organização, pois nenhuma ferramenta
por mais sofisticada que seja é capaz de manter uma vantagem competitiva para o
negócio. Levando em consideração a integração dos sistemas de informação com o
a organização, Tait (2006), define três níveis: o planejamento de negócios, o
planejamento de sistemas de informação e o planejamento de tecnologia de
informação.
Tait (2006) expõem ainda que é no planejamento de negócios é onde ficam os
clientes, os concorrentes e o potencial humano da organização. No planejamento de
sistemas de informação, a responsabilidade de assumir o papel predominante nas
empresas deve ser evidente, sua transformação vai desde o tempo de respostas dos
processos até o tempo de execução dos mesmos. Já o planejamento de tecnologia
vem para agregar valor e auxiliar a organização a conquistar uma qualidade maior
com um baixo custo. Conforme Tait (2006, p. 25):

A integração dos três elementos, negócios, sistemas e tecnologia de


informação, deve ser alvo de uma arquitetura de sistemas de informação,
entendida como o conjunto de elementos componentes de um sistema, que
inclui planejamento, hardware, software, banco de dados, entre outros.

Por sua vez o desempenho operacional das organizações depende cada dia
mais de softwares e sua estratégia de integração. A integração dos sistemas não
apenas ao objetivo da empresa, mas principalmente atuando dentro de um negócio,
possibilita que apenas um único local lógico seja utilizado, onde cada sistema coloca
e recebe seus dados. Para Sordi e Júnior (2004), é através desta central que a
possibilidade de integração fica mais clara. A partir do armazenamento dos dados em
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um único local dentro da organização o processamento destes será mais completo,
fazendo da informação gerada mais completa, pois está baseada em todos os
processos desempenhados na organização.
Sistemas com uma visão do todo da organização, conduzirá o negócio a
melhorar a visualização das necessidades em todos os ambientes. Segundo Flores
(2010), um sistema completo que verifica os subsistemas e suas ligações pode atuar
em diferentes focos, enaltecendo determinadas áreas e comparando-as, dependendo
do segmento econômico e da organização.
A informação quanto mais completa ela seja, mais desempenho trará para o
negócio, diminuindo a possibilidade de ocorrer erros. Não deixando de citar que por
ser completa essa informação, ela não poderá ser complexa demais e nem simples
demais, pois informações complexas não geram o entendimento correto e simples
demais teoricamente não serão suficientes. (SOUZA, 2008).
A verdadeira vantagem ou ganho de uma organização para Pionório (2009), é
identificar o verdadeiro papel dos sistemas de informação, onde não estão voltados
apenas em relação aos investimentos em TI ou no deslumbramento de utilizar novas
tecnologias em seus processos, mas de alinhar suas estratégias empresarias e
organizacionais em sistemas que trarão benefícios tanto internamente quanto
externamente.
Souza (2008) apud Bill Gates, afirma que “automatizar uma operação eficiente
aumentará sua eficiência, porém, automatizar uma operação ineficiente aumentará
sua ineficiência”.2

3 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Os sistemas de informação podem ser classificados de muitas formas


representando diferentes possibilidades de uso. Uma classificação apresentada por
Turban; McLean; Wetherbe (2004) é feita por níveis organizacionais, áreas funcionais
principais, tipos de suporte que proporcionam e quanto à arquitetura da informação.
Ressalta-se que, independentemente da forma que os sistemas são classificados, a

2Texto extraído do link:


http://tcconline.utp.br/media/tcc/2015/04/MONOGRAFIA-COMPLETA-1.pdf
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estrutura desses é a mesma, ou seja, cada um deles é composto de hardware,
software, dados, procedimentos e pessoas.

3.1 Classificação por nível organizacional

As organizações são compostas por um conjunto de componentes, como


departamentos, equipes e unidades de trabalho. Podemos afirmar que na sua grande
maioria elas possuem um departamento de recursos humanos, um departamento
financeiro e contábil e, possivelmente, um setor de relações públicas. Esses
elementos formam uma organização que muito provavelmente dependam de um nível
organizacional mais alto, por exemplo, uma divisão ou uma matriz, que fazem parte
de uma estrutura organizacional hierarquizada.
Uma maneira de classificar os sistemas de informação de uma empresa pode
ser a partir da observação de sua estrutura organizacional. Dentro dessa estrutura,
podemos ter sistemas de informação desenvolvidos para o setor corporativo, para as
divisões, departamentos, unidades operacionais e até mesmo para determinados
funcionários da empresa. Esses sistemas podem ser desenvolvidos para funcionar de
forma independente ou de forma interligada. Nesse sentido, temos que os sistemas
de informação, definidos como tipicamente afinados, com a estrutura da organização,
são aqueles que estão organizados em uma hierarquia em que cada superior da
empresa é composto de mais sistemas do nível inferior imediatamente precedente.
A seguir está listado alguns exemplos de sistemas de informação por nível
organizacional:
 Por departamento – normalmente, uma empresa utiliza diversos
programas aplicativos em determinada área ou setor. Por programa
aplicativo, entende-se aquele programa que é desenhado para realizar
uma função específica em relação à atividade desenvolvida pelo setor.
Por exemplo, temos que no setor de recursos humanos é possível a
utilização de um aplicativo para selecionar candidatos a empregos e
outro aplicativo para monitorar a rotatividade de pessoal da empresa.
Estes aplicativos podem ser independentes entre si, ou podem ser inter-
relacionados. Devemos perceber que o conjunto destes aplicativos, a

17
partir desse exemplo, pode ser chamado de sistema de informação em
recursos humanos. Em outras palavras, podemos dizer que ele é visto
como o sistema de informação departamental individual, apesar de ser
constituído de vários subsistemas de aplicativos.
 Informações empresariais – é uma arquitetura de sistemas de
informação que facilita o fluxo de informações entre todas as atividades
da empresa: produção, vendas, finanças, logística, recursos humanos.
Nesse sentido, proporciona forte integração de informações e
simplificação de processo. Em outras palavras, podemos dizer que um
sistema de informações empresariais é o conjunto dos aplicativos
departamentais, combinados com outros aplicativos funcionais.
 Sistemas interorganizacionais – são os sistemas que atendem a mais
de duas organizações, ou seja, integram parcialmente ou de forma total
os processos de negócios de duas ou mais organizações. Podemos usar
aqui como exemplo o sistema mundial de reserva de passagens aéreas,
o qual, é composto por vários sistemas que pertencem a empresas
diferentes do mesmo ramo de atividade. Esse é um exemplo de sistema
interorganizacional que conecta clientes a fornecedores.

3.2 Classificação por área funcional

A classificação dos sistemas de informação por área funcional faz referência


ao suporte de informações às áreas tradicionais da empresa. Podemos inferir que os
principais sistemas de informações funcionais são:
 Sistema de informação contábil.
 Sistema de informação financeira.
 Sistema de informação industrial.
 Sistema de informação de marketing.
 Sistema de informação da gestão de recursos humanos.

18
Para cada área funcional existem atividades específicas, as quais podem ser
rotineiras e repetitivas e, consequentemente, fundamentais para o funcionamento da
empresa.

3.3 Classificação por tipo de suporte

Esta forma de classificação do sistema de informação está relacionada ao tipo de


suporte por ele proporcionado à empresa. De acordo com Turban; McLean; Wetherbe
(2004), os principais tipos de sistemas de informação segundo o suporte proporcionado
são:
 Sistema de suporte inteligente (SSI).
 Sistema de apoio a grupos (GSS).
 Sistema de informação empresarial (EIS).
 Sistema de apoio a decisões (SAD).
 Sistema de automação de escritório (SAE).
 Sistema de administração do conhecimento (KMS).
 Sistema de processamento de transações (SIT).
 Sistema de informação gerencial (SIG).3

4 TIPOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO PARA CADA NÍVEL


ORGANIZACIONAL

Para classificarmos os vários modos de sistemas de informação usaremos a


fornecida por Mülbert e Ayres (2007), mas diversas classificações com nomenclaturas
diferentes podem ser encontradas, sem, contudo, uma invalidar a outra, pois na
essência todas convergem. Elas podem ser categorizadas por abrangência
organizacional, áreas funcionais principais, e tipo de suporte que proporcionam
(MÜLBERT e AYRES, 2007, p. 99-103):

3
Texto extraído do link:
http://estudio01.proj.ufsm.br/cadernos_cooperativismo/quinta_etapa/arte_sistemas_informaco
es_gerenciais.pdf
19
Classificação por abrangência organizacional: ênfase na abrangência que
o sistema de informação tem em relação à estrutura organizacional. São sistemas
construídos para pessoas específicas da empresa, ou para atender grupos
específicos como divisões e departamentos, ou para dar suporte à empresa como um
todo, e até mesmo sistemas envolvendo várias empresas. Operam isoladamente ou
interligados.
Sistemas de informação pessoal: são aplicações que os profissionais usam
para melhorar sua produtividade que dão suporte às comunicações, análise e tomada
de decisão, e registro e monitoramento das atividades.
Sistemas de informação de grupo ou departamental: facilitam o processo e o
fluxo de informação de um grupo de trabalho. É construído, normalmente, para
atender a uma função específica. Podem ser aplicativos para determinadas áreas
funcionais da organização.
Sistemas de informação empresarial ou corporativo: dão suporte a todas as
divisões e outras unidades de uma organização, integrando as ações desenvolvidas
pelas diversas unidades empresariais, de modo a facilitar o fluxo de informação entre
elas. Para viabilizar esta integração, tais sistemas de informação envolvem bancos de
dados centralizados, compartilhados pelas várias unidades usuárias.
Sistemas de informação Interorganizacional: sistemas que conectam duas ou
mais empresas. Estes sistemas são comuns entre parceiros de negócios e usados
extensivamente no comércio eletrônico, frequentemente via extranet. Sistemas de
informação interorganizacionais que interligam uma corporação internacional ou
multinacional, cujas instalações estão localizadas em dois ou mais países, são
chamados de Sistemas de informações globais.

Classificação por área funcional: os sistemas de informação podem,


também, ser classificados pela especialidade funcional a que servem. São sistemas
voltados a atender as principais, macro atividades das empresas: operações e
produção, vendas e marketing, finanças e contabilidade, e recursos humanos.
Sistemas de informação industrial: tratam do planejamento, desenvolvimento e
manutenção das instalações de produção; do estabelecimento dos objetivos de
produção; da aquisição, armazenamento e disponibilidade dos materiais de produção;

20
e do planejamento do equipamento, instalações, materiais e mão de obra necessários
a produção.
Sistemas de vendas e marketing: acompanham as tendências de vendas,
monitoram o desempenho dos concorrentes; dão suporte a pesquisas de mercado,
campanhas promocionais e de propaganda e decisões quanto a preços; permitem
análises de desempenho das vendas e do pessoal de vendas; ajudam na localização
e contato de clientes em potencial, no acompanhamento das vendas, no
processamento dos pedidos e no fornecimento do serviço de suporte ao cliente.
Sistemas de finanças e contabilidade: estabelecem objetivos de investimentos
em longo prazo e fornecem previsões do desempenho financeiro da empresa; ajudam
a visualizar e controlar os recursos financeiros; monitoram o fluxo de caixa, contas a
receber e a pagar, e emitem relatórios de balanço e livros fiscais.
Sistemas de recursos humanos: identificam requisitos da força de trabalho em
termos de habilidades, nível de instrução, tipos e números de posições; também
ajudam a acompanhar e analisar o recrutamento, o direcionamento e o desligamento
de empregados; e, registram a seleção e a colocação dos empregados.

Classificação por tipo de suporte: categoriza os sistemas de informação pelo


tipo de suporte que proporcionam: apoio às operações e apoio gerencial, de acordo
com Mülbert e Ayres (2007, p. 104-108).
Sistemas de apoio às operações empresariais: processam dados gerados e
utilizados em operações empresariais. O seu papel é processar transações
eficientemente, controlar processos industriais e apoiar a colaboração.
Sistemas de processamento de transações: dão suporte no processamento e
acompanhamento das atividades cotidianas e transações rotineiras de uma empresa,
tais como: entrada de pedidos de venda, emissão de notas fiscais requisições de
materiais, lançamentos de produção, registro de pessoal. Está presente em todas as
áreas funcionais de uma empresa varejista. Estes sistemas captam e processam
dados das transações empresariais, em seguida atualizam arquivos e bancos de
dados, e produzem saídas de informação na forma de relatórios e consultas para uso
interno e externo. Normalmente, o volume de dados envolvido é muito grande. Podem
ser processados em lote, quando os dados acumulados durante um período de tempo

21
são processados periodicamente, e online, quando os dados são processados
imediatamente após a ocorrência da transação ou no momento exato em que ela
ocorre (tempo real). Durante o processamento das transações, os bancos de dados
são atualizados, de modo que os dados fiquem disponíveis para todos os outros
aplicativos e que todos os dados necessários a gestão, sejam mantidos atualizados.
Para Turban, Rainer e Potter (2003), as principais características dos sistemas
de processamento de transações são:
 Processamento de grandes volumes de dados;
 Necessitam alta velocidade de processamento;
 A maioria das fontes de dados é interna e a saída é destinada
principalmente ao público interno da organização;
 Processa informações regularmente;
 Exige uma grande capacidade de armazenamento (banco de dados);
 Os dados enviados e recebidos são organizados e formatados de modo
padrão;
 Alto nível de detalhamento dos dados;
 Pouca complexidade de cálculo;
 Necessita de alto nível de precisão, integridade de dados e segurança;
 Requer muita confiabilidade de processamento, não podendo ter
interrupção no fluxo de dados.

Sistemas de controle de processo: monitoram controlam processos industriais.


Controlam um processo físico em curso em indústrias, como uma linha de produção,
por exemplo. Utiliza dispositivos de detecção que medem fenômenos físicos, como
mudanças de temperaturas ou pressão. Essas medições contínuas, convertidas para
o formato digital, são processadas e a aplicação dirige o controle do processo,
ajustando dispositivos de controle como termostatos, válvulas, interruptores, e assim
por diante. Fornece mensagens e exibe o status do processo para que um operador
humano possa, também, tomar medidas apropriadas para controlá-lo.
Sistemas Colaborativos: utilizam uma diversidade de tecnologias de
informação com o objetivo de aumentar a comunicação e a colaboração de equipes e

22
grupos de trabalho. Os sistemas colaborativos também são conhecidos como
sistemas de automação empresarial.
Estes tipos de sistemas comentados acima são os mais comuns, mas outros
podem se tornar disponíveis a determinados tipos ou tamanhos de empresas e
possuírem especificidades de um determinado setor ou atividade empresarial. Mas,
os mais comuns estão listados para compreensão do gestor e para que ele possa se
aprofundar em entender o que mais se adequa à sua realidade.
No Quadro 3, a seguir, demonstraremos algumas ferramentas e aplicativos que
podem apoiar as estratégias de comunicação e colaboração empresarial quando se
referem à sistema de informação:

23
Fonte: researchgate.net

Sistemas de apoio à tomada de decisão gerencial: concentram-se em fornecer


informações e apoiar os gerentes em suas tomadas de decisão. Diversos tipos de
sistemas de informação gerencial, sistemas de apoio à decisão e sistemas de
informação executiva, conforme Mülbert e Ayres (2007, p. 108-114):
Sistemas de Informações Gerenciais (SIG): proporcionam aos gerentes
relatórios e consultas sobre o desempenho atual e registros históricos da empresa, de
forma a apoiar as atividades de planejamento, controle e tomada de decisão.
Fornecem resumos sobre as operações básicas (transações operacionais) da
empresa. Os dados de transações básicas, arquivados pelos sistemas de
processamento de transações, são agrupados (ou sintetizados) e apresentados num
formato preestabelecido. A maioria dos sistemas usa rotinas simples para
processamento dos dados, tais como totais, percentuais, acumuladores e
comparações. Os Sistemas de Informações Gerenciais enfocam situações de decisão
estruturadas, que são conhecidas antecipadamente. Atende gerentes interessados
por resultados semanais, mensais e anuais – e não atividades diárias (mas que
também são possíveis de se obter). Mülbert e Ayres (2007, p. 110) indicam-nos os
relatórios gerados por estes sistemas, normalmente, assumem a forma de respostas
imediatas a consultas, e relatórios periódicos, de exceção e por demanda:

24
Relatórios periódicos programados: relatórios gerados em formatos pré-
especificados, projetados para fornecer informações em uma base regular, por
exemplo, diária, semanal e mensal.
Relatórios de exceção: produzidos apenas quando ocorrem condições
excepcionais, ou são produzidos periodicamente, mas contêm informações apenas
sobre essas condições excepcionais. Este tipo de relatório reduz a sobrecarga de
informações, já que evita enviar os tomadores de decisão relatórios periódicos
detalhados da atividade empresarial.
Relatórios sob solicitação: são desenvolvidos para fornecer informações
específicas a pedido de um gerente, sob forma customizada.
Para Laudon e Laudon (2001), as principais características dos sistemas de
informações gerenciais são:
 Dão suporte a decisões estruturadas nos níveis operacionais e de
controle gerencial, além de úteis à alta administração;
 São orientados para relatórios e controle; projetados para relatar as
operações existentes e ajudar a cuidar do controle das operações
diárias;
 Baseiam-se em dados corporativos existentes e fluxos de dados;
 Tem pouca capacidade analítica;
 Ajudam à tomada de decisão usando dados passados e presentes;
 São relativamente inflexíveis;
 Tem uma orientação mais interna do que externa.

Sistemas de Apoio à Decisão (SAD): tem por objetivo dar suporte a decisões
menos rotineiras e estruturadas, e não facilmente especificadas com antecipação.
Fornece suporte computacional interativo durante o processo de tomada de decisão,
proporcionando aos usuários trocar suposições, fazer perguntas novas e incluir novos
dados. (MÜLBERT e AYRES, 2007, p. 111).
Para Laudon e Laudon (2001) os sistemas de apoio à decisão, possuem as
seguintes características:
 Oferecem aos usuários flexibilidade, adaptabilidade e uma resposta
rápida;

25
 Operam com pouca ou nenhuma assistência de programadores
profissionais;
 Proporcionam suporte para decisões e problemas cujas soluções não
podem ser especificadas com antecedência;
 Usam sofisticadas análises de dados e ferramentas de modelagem.

Apresentamos os quatro tipos básicos de atividades de modelagem analítica,


no Quadro 4, a seguir:

Fonte: researchgate.net

Apesar de parecer complexo para um gestor menos acostumado com essas


nomenclaturas, a maioria dos sistemas já possui comandos que facilitam essas
tarefas, e que são encontradas em grande parte dos sistemas de informação utilizados
pelos níveis hierárquicos mais altos de uma organização varejista.
Sistema de Informação Executiva (SIE): é usada pela alta administração de
uma empresa varejista. Fornece acesso rápido e de forma bastante amigável, a
informações atualizadas, fazendo uso intensivo de recursos gráficos (cores, símbolos,

26
ícones, botões, imagens e gráficos), e capacidade de multivisão (manuseio de
diversas mídias, mostrando numa mesma tela, gráficos, textos e tabelas).
Stair (2002) apresenta as características deste tipo de sistema de informações:
 Facilidade de uso;
 Manipular uma variedade de dados internos e externos, quantitativos e
qualitativos;
 Fornecer flexibilidade;
 Oferecer recursos abrangentes de comunicações com outros gerentes.

Mülbert e Ayres (2007, p. 113) demonstram-nos, no Quadro 5 a seguir, alguns


dos recursos de análise comuns à maioria dos EIS:

Fonte: researchgate.net

27
Percebe-se nesse quadro anterior que, em virtude da urgência e da variedade
de decisões que um executivo de alto nível (hierarquia alta organizacional) é obrigado
a tomar a todo o instante, as facilidades que os sistemas de decisão devem ter e
precisam estar focalizadas na rapidez e segurança da informação disponibilizada para
a escolha. Claro que nos demais níveis hierárquicos cada vez mais essa postura
também vem se tornando necessária.
Já, Luppin (2012) descreve os tipos de sistemas de informação que podem ser
utilizados pelos diversos níveis hierárquicos e de decisão em uma organização da
seguinte forma:
Sistemas de Processamento de Transações (SPTs): sistemas integrados
que atendem o nível operacional são computadorizados, realizando transações
rotineiras como folha de pagamento, pedidos etc. Os recursos são predefinidos e
estruturados, e é por meio deles que os gerentes monitoram operações internas e
externas a empresa. São fundamentais e críticos, pois se deixarem de funcionar
podem causar danos às atividades rotineiras do negócio.
Sistemas de Trabalhadores de Conhecimento (STCs) e Sistemas de
Automação de Escritório (SAEs): atendem necessidades do nível de conhecimento
envolvendo trabalhadores de conhecimento, pessoas com formação universitária
como engenheiros e cientistas e trabalhadores de dados, como secretárias,
contadores, arquivistas etc.. Diferenciam-se, pois, trabalhadores de conhecimento
criam informações e trabalhadores de dados usam informações prontas. A
produtividade destes é aumentada com o uso dos sistemas de automação de
escritório que coordenam e comunicam diversas unidades, trabalhadores, e fontes
externas como clientes e fornecedores. Eles manipulam e gerenciam documentos,
programação e comunicação, envolvendo além de textos, gráficos etc., hoje
publicados digitalmente em forma de portais na internet e intranet para facilitar o
acesso e distribuição de informações.
Sistemas de Informação Gerenciais (SIGs): dão suporte ao nível gerencial
através de relatórios, processos correntes, histórico através de acessos online,
orientados a eventos internos, apoiando o planejamento controle e decisão,
dependem dos SPTs para aquisição de dados, resumindo e apresentando operações
e dados básicos periodicamente.

28
Sistemas de Apoio a Decisão (SADs): atendem também o nível de gerência
ajudando a tomar decisões não usuais com rapidez e antecedência a fim de solucionar
problemas não predefinidos, usam informações internas obtidas dos SPTs e SIGs e
também externas, como preços de produtos concorrentes etc.. Têm maior poder
analítico que os outros sistemas sendo construídos em diversos modelos para analisar
e armazenar dados, tomar decisões diárias. Por isso, possuem uma interface de fácil
acesso e atendimento ao usuário, são interativos, podendo-se alterar e incluir dados
através de menus que facilitam a entrada deles e obtenção de informações
processadas.
Sistemas de Apoio ao Executivo (SAEs): atendem ao nível gerencial, os
gerentes seniores que tem pouca ou nenhuma experiência com computadores,
servem para tomar decisões não rotineiras que exigem bom senso avaliação e
percepção. Criam um ambiente generalizado de computação e comunicação em vez
de aplicações fixas e capacidades específicas. Projetados para incorporar dados
externos como leis e novos concorrentes, também adquirem informações dos SIGs e
SADs a fim de obter informações resumidas e úteis aos executivos, não só sob a
forma de textos, mas também gráficos projetados para solucionar problemas
específicos que se alteram seguidamente, através de modelos menos analíticos. Ele
é formado por estações de trabalho, menus gráficos, dados históricos e de
concorrentes, bancos de dados externos, e possuem fácil comunicação e interface.
Ainda, segundo Luppi (2012), os Sistemas de Informação relacionam-se uns
com os outros a fim de atender os diversos níveis organizacionais. E isto sendo os
SPTs a fonte de dados mais importante para os outros sistemas, os SAEs são os
recebedores de dados de sistemas de níveis inferiores, os outros trocam dados entre
si. Também atendem diferentes áreas funcionais, por isso é importante e vantajoso a
integração entre eles para a informação chegar às diferentes partes de uma
organização. Mas, isto tem um alto custo de implantação e de manutenção, é
demorado e complexo, por isso cada organização deve interligar os setores que acha
necessário para atender suas necessidades e dentro das suas possibilidades.
Sistemas de Informação de Marketing (SIMs): responsáveis pela venda e
comunicação do produto ou serviço. Procuram identificar o que os consumidores ou
usuários querem consumir ou utilizar e também os melhores compradores, criando e

29
mostrando novos produtos ou serviços por meio de propagandas e promoções. Além
disso, auxiliam no contato aos clientes, oferecem novos produtos e serviços, fecham
pedidos, acompanham a transação. No nível estratégico, eles monitoram e apoiam
novos produtos e oportunidades e identificam o desempenho dos concorrentes. No
nível tático, dão suporte a pesquisas de mercado, campanhas promocionais e
determinação e preços, analisando o desempenho do pessoal de vendas dando
suporte ao atendimento e localização de clientes.
Sistemas de Informação de Fabricação e Produção (SIFPs): responsáveis
pela produção de bens e serviços tratam do planejamento, desenvolvimento,
manutenção e estabelecimento de metas de produção aquisição e armazenagem de
equipamentos, matérias primas para fabricar produtos acabados. Ajudam a localizar
novas fábricas e investir em novas de tecnologias de fabricação, analisam e
monitoram custos, recursos de fabricação e produção, criam e distribuem
conhecimentos especializados orientando o processo de produção, e também
monitoram e controlam a produção.
Sistemas de Informação Financeira e Contábil (SIFCs): responsáveis pela
administração de ativos financeiros visando o retorno ao investimento. A função
Finanças encarrega-se de identificar novos ativos financeiros (ações títulos e dividas)
através de informações externas. Já, a função Contabilidade é responsável pela
manutenção e gerenciamento de registros financeiros (recibos folha de pagamento
etc.) para prestar contas aos seus recursos. Estes sistemas compartilham problemas,
acompanhando o que possuem com o que necessitam. Estabelecem metas de
investimento prevendo desempenho financeiro, ajudam gerentes a supervisionar e
controlar recursos financeiros, fornecem ferramentas analíticas para aumentar o
retorno sobre investimento, monitoram o fluxo de recursos realizados pelas
transações como cheques, pagamentos a fornecedores, relatórios e recibos.
Sistemas de Recursos Humanos (SRHs): responsáveis por atrair,
aperfeiçoar e manter a força de trabalho da empresa esses sistemas ajudam a
identificar funcionários potenciais e selecionar novos, desenvolver talentos e
potencialidades. Identificam habilidades, escolaridade e tipos de cargos que atendem
os planos de negócio. Monitoram o recrutamento, alocação e remuneração de
funcionários, descrevem funções relacionadas ao treinamento, elaboração de planos

30
de carreira, relacionamentos hierárquicos entre funcionários, registram o
recrutamento e colocação de funcionários da empresa.
Também são elaborados para armazenar dados que atendam exigências dos
governos federais e estaduais relacionadas à contratação de funcionários conforme
as leis trabalhistas.
Para Luppi (2012), além de SIs para coordenar atividades e decisões da
empresa, por meio de Sistemas Integrados e Processos de Negócios automatizando,
assim, o fluxo de informações, também necessitam de Sistemas para Gerenciamento
de Relações com Clientes (CRM) e da cadeia de suprimento (SCM) para coordenação
de processos que abrangem diferentes funções empresariais, inclusive
compartilhadas com clientes e outros parceiros da cadeia de suprimento.
Os processos de relacionamento entre clientes e fornecedores são repensados
de forma estratégica, pois com as empresas digitais, o comércio eletrônico e a
competição global estes públicos tornaram-se cada vez mais exigentes e se a
organização não os atender, de uma forma correta corre o risco de perdê-los.
Para garantir o gerenciamento da cadeia de suprimentos, Luppi (2012) afirma
que é preciso que os membros da cadeia trabalhem em conjunto para atingir a mesma
meta e coordenar melhor os processos de negócio. Para isso, as empresas estão
recorrendo ao Processo Colaborativo que é o uso de tecnologias digitais como
Internet, Intranet e Extranet, para capacitar as organizações a desenvolver, montar e
gerenciar os produtos durante seu ciclo de vida. Muitas empresas, hoje, são donas e
responsáveis por sua própria rede, o que diminui custos e facilita o compartilhamento
de informações é claro tendo algumas restrições de acesso.
O uso de diversos SIs não integrados em uma organização pode dificultar o
acesso e compreensão de informações por parte da gerência e outros níveis
organizacionais ou até mesmo apresentar a informação de forma errada e
incompreensível causando grandes danos. Por isso, muitas empresas estão
montando ERPs – Enterprise Resource Program (Sistemas de Informação de
Planejamento Empresarial) que modelam e automatizam os processos de negócio
atendendo todos os níveis da empresa, coletando e armazenando, em um único
arquivo, os principais dados dos processos de negócio. Estes podem ser acessados
por todos os setores da empresa proporcionando aos gerentes informações precisas

31
para coordenação das informações diárias da empresa com ampla visão dos
processos de negócio e fluxo de informações. (LUPPI, 2012).
Os Sistemas Integrados geram benefícios, promovem alterações em quatro
dimensões da empresa: estrutura, processo de gerenciamento, plataforma de
tecnologia e capacidade. Usados para apoiar estruturas organizacionais e criar uma
nova cultura organizacional. As informações são estruturadas ao redor de processos
de negócio transfuncionais, aperfeiçoando relatórios gerenciais e a tomada de
decisões. Eles também oferecem a empresa uma plataforma de tecnologia de SI única
contendo dados de todos os processos de negócio. Esses sistemas aumentam a
capacidade das empresas em interagir com todos os níveis da cadeia de suprimento
ainda mais se usarem os mesmos softwares para integração, pois assim trocarão
dados sem intervenção manual. (LUPPI, 2012).
O grande desafio é o fato de que os SIs integrados são complexos e exigem
grandes investimentos em tecnologia, software, hardware, meios de armazenamento
potentes, mudanças nos processos de negócios e atividades. Além, é claro da
mudança cultural junto às pessoas da organização. As empresas que não aceitarem
ou não possuem condições para acompanhar as mudanças não conseguirão integrar
processos funcionais e empresariais, além do custo e tempo, fazendo com que o
sistema, quando pronto, corra o risco de estar desatualizado.
Então, Sistemas Integrados exigem conhecimento dos processos e níveis
empresariais bem como fluxos de informações, sendo determinados pelos gerentes
os setores que devem estar ligados para atender as necessidades da empresa de
acordo com os recursos tecnológicos e administrativos que ela possui.4

5 NÍVEIS DE AÇÃO, COMPONENTES E VANTAGENS DOS SISTEMAS DE


INFORMAÇÕES

A partir da definição das necessidades dos diversos níveis hierárquicos


existentes nas organizações, os sistemas de informações gerenciais podem ser

4 Texto extraído do link:


https://www.researchgate.net/publication/262047396_Livro_Sistemas_de_Informacoes_Geren
ciais_1_Edicao_2013_Sao_Paulo
32
compostos por vários subsistemas interligados, formando uma cadeia de informações
que atinjam a todos os níveis de decisão. Assim, os gestores que dela necessitam
podem utilizá-las de forma a alcançar a eficácia organizacional.
Os sistemas de informações gerenciais foram concebidos para apoiarem as
necessidades informacionais e as tomadas de decisões. Assim, o tipo de informação
demandada pelos que decidem se relaciona diretamente com o nível de tomada de
decisão gerencial e o grau de estrutura que enfrentam (O’BRIEN, 2002).
Para Oliveira (2004), os sistemas de informações estão estruturados em três
níveis, de influência: estratégico, tático e operacional.
 Nível estratégico: contempla as interações entre as informações
dos ambientes externo e interno à organização. Nele ocorrem as
decisões estratégicas de ampla perspectiva, envolvendo, o
ambiente interno e o ambiente externo à organização. As
informações para tomadas de decisões estratégicas são
resumidas, de caráter antecipatório e não rotineiras, para auxílio
à administração estratégica que, normalmente, desenvolve metas
globais, estratégias, políticas e objetivos, dentro do planejamento
estratégico da organização. (O’BRIEN, 2002). Nesse nível, estão
as atividades de planejamento de longo prazo, cujo propósito é
compatibilizar mudanças no ambiente externo com as
capacidades existentes na organização (NALIATO; PASSOS,
2006). Embora o grau de detalhamento seja menor, as
informações devem ter um maior nível agregado para que sirvam
de apoio às tomadas de decisões estratégicas;
 Nível tático: contempla as informações de apenas determinada
área da organização. As decisões táticas, que acontecem neste
nível, agregam informações de apenas uma área de resultado e
não de toda a organização (OLIVEIRA, 2004). Esse nível engloba
informações que não são, necessariamente, programadas, e se
concentram em um nível médio de decisão, por desenvolverem
planos de curto e médio prazo. No nível tático, são feitos
programações e orçamentos, determinação das políticas,

33
procedimentos e objetivos de negócios para as várias
subunidades da organização, além da distribuição de recursos e
monitoramento dessas subunidades (O’BRIEN, 2002);
 Nível operacional: contempla a formalização das diversas
informações estabelecidas na organização. É neste nível que se
dão as decisões operacionais, que necessitam de programação
prévia e detalhamento, através de planos organizacionais de
curto prazo (O’BRIEN, 2002). Nesse nível, é implantado o plano
de ação da organização, definido no nível tático, com o apoio dos
recursos humanos, dos recursos financeiros e dos recursos
físicos disponíveis, visando obter-se a melhor relação
custo/benefício para a organização (CARMO; PONTES, 2006). É
o nível em que se efetua o monitoramento das atividades básicas
da organização.
A figura a seguir expõe a estrutura dos níveis de decisão organizacional acima
descrita.

Fonte: IGTI (2002).

Para que os sistemas de informações gerenciais possam, de fato, auxiliar nas


tomadas de decisão nas organizações, faz-se necessária a compreensão dos
administradores quanto a seus componentes e suas interações, quando do
desenvolvimento desses sistemas, para que, deste modo, seja assegurado seu bom
funcionamento.
34
Oliveira (2004) afirma que os sistemas de informações são compostos por:
 Dados: elemento na forma bruta, que, por si só, não leva à compreensão
de fatos ou situações;
 Tratamento: transformação dos dados em informações (dados dotados
de relevância);
 Informação: dado que foi trabalhado e auxilia no processo decisório;
 Alternativa: ação substituta, através da qual chega-se ao mesmo
resultado, porém, de modo diferente;
 Decisão: opção que o administrador possui de escolher, entre as
diversas alternativas, a que leve ao melhor resultado operacional;
 Recursos: levantamento das alocações (equipamentos, materiais,
financeiros, humanos);
 Resultados: produto final do processo de tomada de decisão;
 Controle e avaliação: função do processo administrativo que permite aos
tomadores de decisão avaliar o desempenho e o resultado das ações,
objetivando a realimentação do sistema, para que possam corrigir e/ou
reforçar o desempenho organizacional;
 Coordenação: função do processo administrativo que aproxima os
resultados apresentados do que foi planejado.

A figura a seguir retrata a composição de um sistema de informações


gerenciais, que, segundo Oliveira (2004), traz os dados que irão receber o tratamento.
Esses dados, por sua vez, se transformarão em informações que subsidiarão o
processo decisório.

35
Fonte: Oliveira (2004).

O autor complementa que os sistemas de informações gerenciais são


compostos também pelos equipamentos e materiais necessários ao bom
funcionamento do sistema; pelos os indivíduos, que irão agregar valor às informações;
pelos resultados decorrentes das tomadas de decisões; pelo controle e avaliação, em
que os administradores controlam e avaliam o desempenho e o resultado das ações;
e, finalmente, pela coordenação, função do processo administrativo que aproxima os
resultados apresentados do que foi planejado.
Para Claver et al (2001 apud TEIXEIRA JUNIOR; OLIVEIRA, 2003), o sucesso
dos sistemas de informação nas organizações está condicionado à união de dados,
tecnologia da informação e pessoas, sendo estas últimas estabelecidas na condição
de indivíduos dentro da cultura organizacional.
Os sistemas de informações gerenciais, portanto, otimizam a utilização da
informação, tornando-se indispensável para todas as áreas das organizações, de
modo a estimular seu compartilhamento.
Oliveira (2004, p. 44) destaca os benefícios que os sistemas de informações
gerenciais trazem para as organizações:
 Melhoria no acesso às informações, favorecendo a precisão nos
relatórios, que são gerados mais rapidamente e com menor esforço;
 Melhoria na operacionalização dos serviços;
 Melhoria nas tomadas de decisões, a partir do fornecimento de
informações mais rápidas e precisas;

36
 Melhoria na estrutura organizacional, devido um melhor fluxo de
informações;
 Melhoria na adaptação das organizações no enfrentamento dos
imprevistos, derivados das frequentes transformações no ambiente em
que a organização está inserida.
Observa-se que os sistemas de informações gerenciais, através de
informações mais rápidas e precisas, levam as organizações a ganhos de vantagem
competitiva e a benefícios incorporados, tais como: maior rapidez nos processos de
comunicação das organizações; maior facilidade no acesso às informações
relevantes; e melhoria nas tomadas de decisões.5

6 VANTAGENS E DESVANTAGENS DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO

Os sistemas de informação são muito importantes para uma melhor circulação


da informação da organização e desta forma uma maior posição do negócio da
mesma.
Organizações bem-sucedidas, atualmente, apresentam um sistema de
informação sofisticado que facilita as atividades dos funcionários bem como dos seus
colaboradores externos.
Toda organização necessita de informação que seja benéfica, útil e de baixo
custo, acessível, organizado e preciso. Portanto, sistemas de informação deve ser
constantemente mantido e atualizado para atender as expectativas da empresa e as
necessidades dos clientes.

6.1 Vantagens

 Eliminar o uso de interfaces manuais,


 Otimizar o fluxo da informação e a qualidade da mesma dentro da
organização (eficiência),
 Otimizar o processo de tomada de decisão,

5 Texto extraído do link: http://www.simpep.feb.br/anais/anais_13/artigos/974.pdf


37
 Eliminar a redundância de atividades,
 Reduzir as incertezas do lead-time (tempo de aprovisionamento),
 Um bom sistema de informação permite ao usuário acessar,
compreender e responder às informações de forma rápida e eficaz,
 Sempre que necessário, os usuários podem obter as informações mais
precisas precisava fazer uma atividade,
 Um bom sistema de informação também oferece aos usuários uma
variedade de maneiras de mudar e apresentar informações, bem como
executar diferentes tarefas,
 Para as empresas, essa capacidade - a alteração de dados em
informação útil - é de valor inestimável para o bom sucesso do negócio
e resolução de problemas,
 Redução de custos operacionais e administrativos e ganho de
produtividade,
 Maior integridade e veracidade da informação,
 Maior segurança de acesso à informação.

6.2 Desvantagens

 A utilização do ERP (Enterprise Resource Planning) por si só não torna


uma empresa verdadeiramente integrada,
 Altos custos que muitas vezes não comprovam a relação
custo/benefício, dependência do fornecedor do pacote,
 Torna os módulos dependentes uns dos outros, pois cada departamento
depende das informações do módulo anterior, por exemplo. Logo, as
informações têm que ser constantemente atualizadas, uma vez que as
informações são em tempo real (on-line),
 Excesso de controlo sobre as pessoas, o que aumenta a resistência à
mudança e pode gerar desmotivação por parte dos funcionários,
 Sistemas de informação não pode. Sempre funcionar corretamente. Isto
acontece por um número de razões,

38
 Sistemas de quebrar, interrompendo o bom funcionamento e causando
insatisfação do cliente. Por exemplo, os clientes podem ser cobrados
pelos serviços errados ou para a mercadoria que não pedir.
 Sistemas de informação com defeito podem entregar a informação
errada para outros sistemas, o que poderia criar mais problemas para a
empresa e seus clientes.
 Os sistemas são vulneráveis a hackers e fraudes.
 Quando os sistemas falham empresas são responsáveis por corrigir o
funcionamento defeituoso de seus sistemas de informação, a fim de
evitar a perda de receita e fidelidade do cliente.6

7 SEGURANÇA NOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Para Terra (2007), a vulnerabilidade das redes corporativas cresce em ritmo


mais acelerado do que as atualizações e correções dos Sistemas de Informação.
Apesar dos antivírus e firewall (para barrar invasões externas) estarem em todas as
empresas, isso não é suficiente para que o sistema esteja livre de vírus, cavalos de
Tróia, ataques combinados, vazamento de informações ou fraudes.
Ainda para Terra (2007), a complexidade das estruturas das corporações em
função dos números de periféricos, redes, banco de dados e outros aplicativos, exige
proteção de toda a infraestrutura. Pois cada usuário é um ponto fixo nas redes IP de
alta velocidade, pois estão sempre conectados on-line e acabam nem percebendo
quando são vítimas de um ataque. Por esse motivo o gerenciamento e a gestão da
segurança são duas modalidades apontadas como as principais fontes de negócios
nesse mercado e andam na contramão da queda de investimentos da área de
Tecnologia da Informação.7

6 Texto extraído do link: http://diversidadesevivencias.blogspot.com/2015/05/vantagens-e-


desvantagens-de-um-sistema.html
7 Texto extraído do link: http://www.administradores.com.br/producao-academica/sistemas-de-

informacao-sistemas-de-gestao-empresarial/358/
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