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03/03/23, 12:33 UNINTER

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
GERENCIAL
AULA 3

Prof. Luciano Furtado C. Francisco


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CONVERSA INICIAL

Olá, caro(a) aluno(a)!

Nesta aula, vamos estudar as estruturas da informação, as quais os sistemas de informação

seguem. Vamos entender algumas ferramentas que trabalham com a informação, sendo essas

ferramentas baseadas na tecnologia.

No primeiro tópico, iremos ver as tecnologias da informação e comunicação, as chamadas TIC. O

propósito será entender principalmente o porquê de a palavra comunicação estar associada a esse

conceito.

Um assunto que já vimos foi a tomada de decisão, você se lembra? Nesta aula, vamos

compreender como a tecnologia pode auxiliar nas decisões e ver como são as principais ferramentas

tecnológicas de apoio à decisão.

Como todo sistema, existe uma hierarquia e organização para seu funcionamento. E com os

sistemas de informação não é diferente. Nesta aula, vamos ver como funcionam as hierarquias e

como se organizam os sistemas de informação.

Informação tem que ser gerenciada, concorda? É outro tema não menos importante de nossa

aula, a gestão – ou gerenciamento – das informações. Veremos as principais premissas dessa gestão.

Você acha que estamos vivendo na era da informação? Se você pensa que sim, você está certo!

Assim, nesta aula vamos estudar quais os principais efeitos da era da informação na economia.

Preparado(a)? Então venha conosco para mais uma aula!

Desejamos um ótimo estudo!

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CONTEXTUALIZANDO

Talvez você tenha ou não idade para lembrar de como era o mundo sem a internet e sem os
smartphones. A partir dos anos 1980, principalmente, a informatização tomou conta das empresas,

mesmo as pequenas. Mas nesse início eram apenas softwares de automação de escritórios (editores

de texto, planilhas etc.) e alguns sistemas de apoio às atividades operacionais (sistemas financeiros,

contábeis, de RH etc.). Aplicações instaladas nos servidores da empresa, juntamente com bancos de

dados também locais. Nada de servidores em nuvem, data centers terceirizados ou coisas do tipo.

Isso surgiu apenas quando a internet foi aberta ao público, isto é, na metade dos anos 1990.

Daí para frente a tecnologia da informação ganhou força nas empresas como nunca antes. E

hoje vemos um cenário em que as informações, dispositivos e tecnologias que nos cercam estão em

todo lugar e nas mais variadas formas.

Saiba mais

Com relação a isso, leia o artigo presente em <https://bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/AR

QUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/b4926d2f249295daff92d0e810b8ef75/$File/7391.pdf>. Baseado

neste artigo, reflita e responda: as TICs conseguem promover verdadeiramente um aumento na

produtividade?

TEMA 1 – TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Em um passado não muito distante a tecnologia da informação e a comunicação andavam

separadas. Uma coisa eram os softwares e seus bancos de dados. De outro as comunicações.

Contudo, a abertura da internet ao público (1994/95) mudou esse cenário.

A rede mundial trouxe uma nova função à tecnologia: a de fazer as pessoas se comunicarem.
Com popularização dos celulares (na mesma época da internet comercial) e, sobretudo, dos

smartphones (a partir dos anos 2010), temos o surgimento do conceito de TIC.

Para Laudon e Laudon (2010), as TICs podem ser compreendidas como “o conjunto formado por

hardware, software, tecnologia de armazenamento e tecnologia de comunicações”. Por exemplo, uma

empresa precisa de softwares e computadores para seus funcionários, de bancos de dados para

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armazenar suas informações, repositórios para guardar seus documentos digitais e de tecnologias de

comunicação, em geral uma rede de dados interna e uma conexão à internet. A esse conjunto de

tecnologias, damos o nome de TIC.

Uma característica importante das TIC é que vão incorporando os avanços da tecnologia, de

forma permanente. É a TIC que impulsiona a chamada Era da Informação e os próprios modelos de

negócios (vide empresas como a Uber ou AirBNB), que hoje vivemos. Uma era em que a informação

é o principal ativo das organizações. Portanto, aquelas que melhor sabem lidar com as informações é

que têm mais chances de sucesso.

Assim, a TI e as TIC são elementos fundamentais no mundo atual, tanto para as pessoas, quem

dirá para as organizações. Ritto (2005), define: “TI é como uma commodity como energia elétrica; não

é a sua presença que faz diferença; é a sua ausência que exclui”. O autor nos demonstra que, se uma

organização não possui tecnologias tão boas ou eficazes como seus concorrentes, esta organização

está seriamente ameaçada.

1.1 PLANEJAMENTO DAS TIC

As TIC abrangem sistemas dos mais variados, com lógicas e interações diferentes. O

planejamento das TIC não é apenas sobre planejar os softwares ou os hardwares. É um planejamento

complexo, que deve descrever acima de tudo como lidar com as informações e com a tecnologia.

No início, os sistemas de informação são concebidos para lidar com necessidades de informação

dos departamentos e/ou requisitos legais. À medida que o tempo avança e as empresas crescem, as

necessidades passam a ser mais amplas, pois aparece a necessidade de conexão a outros sistemas

(aumentando a dificuldade) e as mudanças ambientais, que geram novas necessidades de

informação.

Os modelos antigos de planejamento já não são suficientes. Nos dias de hoje, a complexidade é

a regra, bem como o dinamismo dos ambientes. Assim, os fatores críticos a se considerar no

planejamento das TIC são:

Obsolescência programada: as tecnologias – principalmente os hardwares, já saem de fábrica

com tempo de vida definido. Gerenciar a obsolescência é um desafio, especialmente em

empresas de estratégias inovadoras

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Atualização permanente: os sistemas de informação devem ser atualizados para novas

características a serem atendidas pelos softwares, para questões de segurança ou adequação a

hardwares.

Implantação de novos sistemas: equipamentos mais modernos surgem a todo instante, assim,

os softwares precisam ter alto grau de conectividade e portabilidade e sistemas mais antigos

devem se conectar a esse cenário (ou serem redesenvolvidos).

Treinamento e capacitação: uma questão permanente, pois como a evolução dos

equipamentos e softwares é constante, é preciso capacitar os colaboradores para que os

operem eficientemente.

Integração corporativa: empresas em processos de fusão ou incorporação devem lidar com a

integração, substituição ou desativação de sistemas existentes, o que gera resistência.

Prestação de serviços: a computação em nuvem (cloud computing) e software como serviço

(SaaS – Software as a Service), as organizações precisam adaptar plataformas e infraestruturas

para novas formas de contrato, integrando às formas atuais, o que requer gestão complexa.

Gestão de projetos: gestores da área de TIC devem ter conhecimentos de gerenciamento de

projetos, pois cada nova solução se faz por meio de um novo projeto.

Podemos observar que a complexidade das TIC requer ferramentas que nos auxiliem na tomada

de decisão. Veremos isso no tema seguinte.

TEMA 2 – FERRAMENTAS DE APOIO À DECISÃO

Quando os computadores e softwares passaram a fazer parte do dia a dia das organizações, a

tecnologia passou a ser considerada como uma ferramenta de gestão. Os gestores imediatamente
perceberam a utilidade dos sistemas de informação e dos bancos de dados como apoio às atividades

gerenciais, em especial no processo de tomada de decisão.

Em 1968, em um artigo intitulado “Management Information-Decision Systems” (Sistemas de

Informação e Decisão Gerenciais), Dickson – estudioso da área – afirma que a integração entre os

sistemas de informação e a administração era a chave para os novos requisitos na gestão das

empresas. Outro estudioso, Gordon Davis, em 1974, definiu sistemas de informação como “sistemas

integrados homem/máquina geradores de informações para apoiar as funções operacionais,

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gerenciais e as tomadas de decisão em uma organização”. Tais definições formaram o conceito de

Sistemas de Informações Gerenciais (SIG).

Inicialmente, as decisões gerenciais eram apoiadas por relatórios, principalmente. No entanto, à

medida que os ambientes ficavam mais complexos e a tecnologia evoluía, a necessidade de

ferramentas melhores ficava mais evidente.

2.1 FERRAMENTAS PARA DECISÕES COMPLEXAS

Já na década de 1980, com pesquisas avançadas sobre o processo decisório ao mesmo tempo
com o aumento da capacidade dos computadores e softwares, surgem as primeiras ferramentas de

análise e apoio ao processo decisório. Eram os chamados SAD (Sistemas de Apoio à Decisão). Em
inglês, DSS (Decision Support Systems).

Essas ferramentas são softwares que usam amplamente os cálculos numéricos, estatísticas,
simulações, por meio de técnicas de modelagem de problemas. Esses recursos são próprios para

ajudar na solução de cenários complexos e com dados não estruturados. Exemplos: simulação de
investimentos, planejamento de rotas de transporte, otimização de linhas de fabricação e outros.

Conceitualmente há uma diferença entre SIG (sistemas de informações gerenciais) e SAD. Os SIG

se destinam a gerência das situações operacionais, com base em relatórios. Os SAD são voltados a
soluções de problemas complexos.

2.2 FERRAMENTAS PARA OS EXECUTIVOS

Nos anos 1990, a maior competitividade e a globalização deram mais ênfase às decisões
estratégicas. Dessa forma, surgem os Sistemas de Apoio aos Executivos (SAE). Também chamados de
Sistemas de BI (Business Intelligence ou inteligência de negócios).

Tais sistemas focam o desempenho geral da empresa, sem entrar em detalhes menores (embora
os tenham). São sistemas de informação úteis para que os gestores tomem decisões estratégicas e

detectem novas oportunidades. Esses softwares usam técnicas ainda mais avançadas de
processamento, algoritmos inteligentes, bancos de dados multidimensionais e mineração de dados

(data mining). Visualmente (a apresentação) usam muitos gráficos e dashboards, que são painéis
resumidos de informações integradas, indicadores e informações diversas.

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Saiba mais

Veja neste link como funciona um sistema de business intelligence. Disponível em: <https://i
nteligencia.rockcontent.com/business-intelligence/>. Acesso em: 24 abr. 2020.

Essas ferramentas podem estar separadas ou fazerem parte de um mesmo pacote de software.

TEMA 3 – HIERARQUIA E ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA DE


INFORMAÇÃO

Se perguntarmos a várias pessoas o que é um sistema de informação, a maioria vai dizer que se

trata de um software que coleta, processa e mostra resultados das informações. Esta resposta não é
de todo errada, mas é incompleta.

Os sistemas de informação não são apenas a parte da tecnologia. Esta é fácil de identificar.
Podemos ver claramente os computadores e softwares. O entanto, os SI possuem outras dimensões.

Os SI são um tripé formado pela tecnologia, pelas pessoas e pela própria organização. Veja figura a
seguir:

Figura 1 – Dimensões dos sistemas de informação

Fonte: adaptado de Laudon e Laudon, 2010.

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Vejamos como cada uma dessas dimensões se adapta no contexto de sistemas de informação.

Organizações: as atividades de uma organização são executadas seguindo sua hierarquia e

seus processos. São ações ordenadas logicamente, com comportamentos que definem um
trabalho determinado. Exemplos: recrutamento e seleção de colaboradores; preenchimento de
uma ordem de serviço; lançamento de um produto/serviço; atendimento de pedidos. São

processos normais de uma empresa. Os SI devem reproduzir esses processos, seus fluxos e
gerar as informações necessárias para que ocorram a contento.

Pessoas: os sistemas de informação não terão qualquer serventia se não houver pessoas
competentes e capacitadas para operá-los. Para isso, os colaboradores devem ter um rol de

habilidades e conhecimentos. Isso vale para qualquer nível da estrutura organizacional. Daí a
habilidade que os gestores devem ter, em entender a lógica das situações que a empresa

enfrenta. Devem entender que os sistemas de informação são elementos primordiais para
encontrar a solução dos problemas e que a empresa atinja seus objetivos. Portanto, os SI

devem ser construídos de modo a proporcionar esse entendimento às pessoas da organização.


Tecnologia: os sistemas de informação funcionam baseados em diversas tecnologias. Mesmo

antes da era da informação, as organizações necessitavam de sistemas para suas operações. O


que a informática trouxe foi a potencialização do uso dessas várias tecnologias. Isso mudou a

maneira como as organizações funcionam. As TIC individuais – como os smartphones –


impulsionaram essas formas. Hoje é muito comum os grupos de colaboradores em aplicativos

de mensagens. Nesses grupos, informais até certo ponto, os colaboradores discutem assuntos
de trabalho, conferindo mais agilidade na troca de informações e execução das tarefas.

TEMA 4 – GERENCIAMENTO DAS INFORMAÇÕES

Já vimos que as informações e os SI conseguem dar mais agilidade às empresas, colaborando


para seu sucesso. No lado oposto, podem afetar a organização negativamente, resultando em baixo

desempenho.

As informações, hoje, são o grande e principal ativo das empresas. Mais do que qualquer prédio,

veículo ou máquina. Veja o exemplo das empresas da nova economia, como a Google, Apple, Uber,
AirBNB. Essas empresas trabalham essencialmente com informações. Nem mesmo importa onde

estão localizadas fisicamente. Esses exemplos, claro, são mais extremos, são organizações baseadas

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na informação. Mas vale também para organizações ditas tradicionais, as indústrias, empresas de

comércio, prestação de serviços, do terceiro setor e empresas públicas.

Como todo ativo importante, é necessário que as organizações mantenham e cuidem deste
ativo. Também devem ter mecanismo de segurança que protejam essas informações de avarias ou

vazamentos. As informações são o chamado capital intelectual das empresas.

Saiba mais

Veja neste vídeo um pouco mais sobre o capital intelectual. Disponível em: <https://www.yo

utube.com/watch?v=iQd0Xvalhhg>. Acesso em: 24 abr. 2020.

4.1 IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DA INFORMAÇÃO

Com a chegada da era da informação, a sua gestão, e a própria gestão do conhecimento e do


capital intelectual, passou a ser uma preocupação das organizações.

Paralelamente, o volume de dados passou a crescer exponencialmente, com a abertura da


internet ao público. E cresce cada dia mais. A gestão dessas informações ficou muito mais complexa,

daí o porquê de sua gestão sem o suporte da tecnologia ser praticamente impossível. Pense em uma
empresa de pequeno ou médio porte hoje em dia, sem o uso de computadores, sem acesso à
internet e sem sistemas de informação baseados em software (como as empresas até o final dos anos

1980). É virtualmente impossível que essa organização funcione e muito menos tenha sucesso.

Por isso, a gestão da informação e do conhecimento mereceu maior atenção das organizações.

Muitas delas passaram a fazer seus planejamentos estratégicos baseados na gestão da informação e
nos sistemas de informação, conscientes de que se trata de um fator-chave de sucesso. Além disso, a

gestão da informação provocou mudanças nas estruturas empresariais.

Dos anos 1980 para cá, o uso mais intenso da tecnologia da informação, do armazenamento de
dados e das redes de dados fizeram destas tarefas um assunto cada vez mais especializado. Os

antigos gerentes de CPD (Centros de Processamento de Dados) se tornaram Gerentes de


Informação. Eles não apenas gerenciam os softwares e hardwares, mas também com as políticas de

coleta, organização, armazenamento, acesso e proteção das informações.

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É um reflexo da importância estratégica das informações. Outro caso que surgiu devido a esse
cenário é o de CIO (Chief Information Officer), ou Executivo-chefe de Informação.

Saiba mais

Leia neste artigo, as funções que a gestão da informação fez surgir nas organizações.

Disponível em: <https://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2012/03/07/915903/21-profis


ses-novas-da-era-digital.html>. Acesso em: 24 abr. 2020.

4.2 ASPECTOS DE UMA GESTÃO DA INFORMAÇÃO EFICIENTE

Estabelecer uma boa política de gestão da informação não é difícil, caso os gestores saibam
quais os fatores principais. Essa política deve prever um fluxo de processos que garantam que as

informações necessárias estejam sempre seguras, íntegras e disponíveis às pessoas certas.

Vejamos os passos para atingir esses objetivos:

1.   Considerar a tecnologia como parceira: as organizações devem investir em soluções


de tecnologia que trabalhem com a máxima eficiência com os dados internos. Aqui são

considerados os recursos de segurança, manuseio, apresentação e compartilhamento das


informações. Devem ser capazes de manter as informações disponíveis todo o tempo, mesmo

que ninguém as requisite.

2.   Fazer a Integração de Sistemas: é comum nas organizações que existam sistemas de

diferentes tecnologias e fornecedores. Também é muito comum que os sistemas de


fornecedores, clientes, governo e outras organizações precisem trocar dados com os sistemas

das organizações. Portanto, a integração entre sistemas heterogêneos faz com que os
ambientes dos SI sejam mais seguros e eficientes.

3.    Estabelecer Regras de Acesso: deve haver políticas detalhadas de acesso a dados e

níveis de acesso a estes dados (por exemplo, posso ver, mas não alterar um dado), com
registros de todas as operações. Isso garante um controle mais efetivo de quem incluiu, alterou,

consultou ou excluiu determinada informação.

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4.   Manter os Dados Íntegros: o que significa integridade de dados? É a confiabilidade nos

dados e informações. Por exemplo, se eu vejo o endereço do cliente no seu cadastro, devo ter
confiança de que o cliente realmente reside naquele endereço. Os processos da empresa
devem garantir que se este cliente mudar de endereço, o endereço novo seja atualizado no

sistema de informações. As regras de acesso, vistas anteriormente, são fundamentais para que
os dados sejam confiáveis. Nenhuma decisão pode ser efetiva se os dados não são íntegros ou

as pessoas não confiam nos processos da empresa. Aqui vale também o planejamento de
implantar sistemas integrados.

5.   Organizar os Dados: é aqui que entram os bancos de dados (um de nossos próximos
assuntos). Eles são responsáveis por manter os dados organizados e acessíveis. Uma boa

organização dos dados permite agilidade nos processos e nas tomadas de decisão. Para
exemplificar, imagine uma estrutura de pastas e arquivos desorganizados no servidor. Ausência

de padrão de nomes, de regras de manutenção de pastas etc. Fica muito mais difícil recuperar
as informações de que se precisa. Com os SI e os bancos de dados ocorre o mesmo. Dados
desorganizados são processados de forma desorganizada, gerando informações não confiáveis.

A organização ajuda a manter a integridade das informações. Com relação aos sistemas e

bancos de dados, essa organização é determinada pelos analistas de negócios, de sistemas e


analistas de bancos de dados.

Crédito: Vasin Lee/Shutterstock.

TEMA 5 – OS EFEITOS DA ERA DA INFORMAÇÃO NA ECONOMIA

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A revolução da era da informação não se limitou às fronteiras empresariais. Elas impactaram a


economia fortemente, causando transformações sem precedentes. Vários são estes efeitos.

O primeiro deles é a quebra de barreiras geográficas. Até o final dos anos 1990, para comprar
um produto, percorríamos as loas físicas próximas a nós. As empresas, por sua parte, preocupavam-

se apenas com os concorrentes mais próximos (na mesma cidade, estado ou país). Agora não mais,

os consumidores podem comprar pela internet facilmente de qualquer parte do mundo, por meio do

e-commerce. Isso aumentou exponencialmente a base de concorrentes de muitas empresas. Exige-se,


assim, novas formas de gestão e novas formas de competitividade.

Novos modelos de negócios nasceram por conta da evolução da tecnologia e mobilidade. Se

antes chamávamos um táxi para nos deslocar, sem saber quanto a viagem iria custar, hoje pedimos o

transporte por aplicativos, sabendo quanto pagaremos pela corrida. As pessoas podem oferecer suas

casas ou quartos para viajantes, como se fossem hotéis e receber um pagamento por isso. As
publicações impressas estão em xeque, porque as pessoas se informam por meios digitais, via

smartphone. As operadoras de telefonia fixa estão vendo decrescer ano a ano suas receitas com os

antigos aparelhos fixos, dado que as pessoas hoje podem se comunicar de diferentes formas, sem

depender deste serviço.

Assistimos a economia passar da era industrial – baseada na mecanização e produção em massa


– para a era pós-industrial, na qual a informação e o conhecimento são as matérias-primas do

sucesso. O escritor norte-americano Alvin Toffler (1928-2016) escreveu um célebre livro chamado A

Terceira Onda, publicado em 1980, em que ele define essa nova era como a “terceira onda econômica

mundial”. Segundo Toffler, nessa era a força das organizações não está mais na fabricação de
produtos ou prestação dos serviços. Está nos tripé informação-conhecimento-tecnologia.

A Revolução da Informação é a terceira, depois da revolução agrícola e da revolução industrial e

criou o que se chama de economia digital. Nela, o capital intelectual e a tecnologia são os motores

do sucesso das empresas.

Saiba mais

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Veja neste artigo uma análise do livro A Terceira Onda de Alvin Toffler. Disponível em: <http

s://gauchazh.clicrbs.com.br/porto-alegre/noticia/2016/07/obra-de-alvin-toffler-embora-hoje-po
uco-comentada-foi-visionaria-6471913.html>. Acesso em: 24 abr. 2020.

TROCANDO IDEIAS

Pense nas suas atividades profissionais. Como são usadas as informações, os sistemas de

informação são eficientes? Pode ser de sua empresa ou de outra, que conheça.

Imagine algumas ideias que poderiam ser implementadas, com ajuda da tecnologia, para
melhorar os processos. Pode se inspirar em exemplos conhecidos.

Aqui o importante é você discutir as formas que a tecnologia pode ter para auxiliar os processos

de negócio, de qualquer âmbito (comercial, produção, operações etc.). Vale o pensamento inovador e

criativo!

NA PRÁTICA

Uma empresa comercial decidiu entrar no comércio eletrônico. Trata-se de uma marca bastante

conhecida e com várias lojas físicas, em diversas cidades.

O website de sua loja virtual entrou no ar e, devido a um bom trabalho de marketing digital, já
tem uma alta quantidade de acesso e de vendas, poucos meses após a estreia.

No entanto, os sistemas de informação das lojas físicas e da loja virtual são diferentes não
trocam informações de modo automático, o que obriga a equipe do e-commerce a esticar prazos de

entrega, o que impede mais vendas. Os estoques das lojas físicas e virtuais são separados, ainda que

estejam no mesmo depósito. No entanto quando falta estoque em uma loja física ou na loja virtual, o
item é deslocado de um dos estoques para o outro. Para isso, os funcionários preenchem uma

solicitação de movimento, assinam e entregam ao setor de estoques, que procede a atualização do

inventário em ambos os sistemas e depois autoriza a disponibilização do item na loja virtual ou a

retirada para levar o produto até a loja física. Todo esse processo demora de um a dois dias.

Sendo assim, responda às questões:

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1.   Como a tecnologia pode ajudar a agilizar os processos das lojas físicas e da loja virtual

2.   Os setores das lojas físicas e da loja virtual podem continuar com sistemas diferentes?

Ou deve ser implantado um sistema único?

Pratique e nos conte o que você acha!

FINALIZANDO

Nesta aula, vimos as estruturas e organização das informações, bem como a tecnologia pode

auxiliar neste processo.

Entendemos o conceito de TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) e como elas

influenciam e são influenciadas pelos sistemas de informação. Vimos que as TIC evoluíram para
diversos dispositivos tecnológicos o que trouxe complexidade aos ambientes de SI.

Como o ambiente de SI se tornou complexo nas últimas décadas, vimos as principais

ferramentas de apoio à tomada de decisões, ferramentas estas baseadas na tecnologia. Elas surgiram

devido ao cenário ambiental cada vez mais complexo e ao crescente volume de dados que estamos

sujeitos hoje.

Também entendemos que isso requer uma hierarquia e organização dos sistemas de
informações. Fatores como integração de sistemas, políticas de segurança e de acesso e bancos de

dados bem construídos promovem essa organização essencial para a eficiência organizacional.

Por fim, estudamos aspectos do gerenciamento das informações, algo imprescindível já que a

informação se transformou no maior ativo das organizações, e os efeitos da era da informação na

economia, o que fez surgir novos modelos de negócios e profundas alterações nos modelos

econômicos.

REFERÊNCIAS

LAUDON, J; LAUDON, K. Sistemas de Informações Gerenciais. 9. ed. São Paulo: Pearson

Prentice Hall, 2010.

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MORAES, D. Business Intelligence: o que é e como fazer análise de dados de inteligência

empresarial? RockContent, 2018. Disponível em: <https://inteligencia.rockcontent.com/business-

intelligence/>. Acesso em: 24 abr. 2020.

MOREIRA, C. A. Obra de Alvin Toffler, embora hoje pouco comentada, foi visionária. Portal Zero

Hora, 2016. Disponível em: <https://gauchazh.clicrbs.com.br/porto-alegre/noticia/2016/07/obra-de-


alvin-toffler-embora-hoje-pouco-comentada-foi-visionaria-6471913.html>. Acesso em: 24 abr. 2020.

RITTO, A. C. Organizações Caórdicas - Modelagem de Organizações Inovadoras. Rio de Janeiro:


Ciência Moderna, 2005.

SOARES, D. Qual a importância das TIC's nas empresas? Comunidade Sebrae, 2019. Disponível

em: <https://comunidadesebrae.com.br/blog/qual-a-importancia-das-tics-nas-empresas>. Acesso

em: 24 abr. 2020.

21 profissões novas da era digital. Universia, 2019. Disponível em:

<https://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2012/03/07/915903/21-profisses-novas-da-era-
digital.html>. Acesso em: 24 abr. 2020.

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