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Teoria De Sistemas

De Informação
Coordenador: Emerson dos Santos Paduan

Autor(a): Claudio Boghi

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São Paulo - 2016
Sumário

Sumário 2
Teoria Geral da Informação 3
Introdução 3

1. Recursos de Sistemas de Informação 4


1.1 Recursos de Sistemas de Informação 5

2. Atividade de Sistemas de Informação 12


2.1 Entrada de recursos de dados 13
2.2 Processamento de dados em informação 15

2.3 Saída de produtos da informação 15

2.4 Atributos da informação de alta qualidade 16

2.5 Armazenamento de recursos de dados 18


2.6 Controle de desempenho do sistema 19

Referências Bibliográficas 21

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Teoria Geral da Informação

Introdução

O material apresentado nesta unidade tem como objetivo principal apontar os


conceitos que serão abordados, direcionando-o na consulta do material com-
pleto a ser estudado, por meio de acessos à Biblioteca Virtual disponível na pá-
gina da Universidade Anhembi Morumbi.

Você deverá estudar cada tópico abordado aqui conforme indicações destaca-
das nos links descritos neste material.

Siga os passos abaixo para acessar a Biblioteca da Universidade:

Entre na página da Biblioteca da Universidade;

Clique no ícone da Biblioteca Virtual 3.0, conforme figura 1;

Faça o login, se necessário.

Figura 1- Página da Biblioteca da Universidade

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1. Recursos de Sistemas de Informação

https://visua- http://www.freeima- https://visualhunt.com/pho-


lhunt.com/photo/11251/young- ges.com/photo/telecommuni- tos/xl/1/3-computer-laptop-and-di-
man-sitting-at-desk-and-working- cations-1186812 gital-tablet-on-wooden-table.jpg
on-laptop/

Neste tópico iremos aprofundar os conhecimentos sobre os recursos necessá-


rios para o funcionamento de um sistema de informação (SI).

Em primeiro lugar, iniciaremos pelo conceito de recurso. Afinal, o que são re-
cursos?

“Os recursos que as organizações utilizam classificam-se em seis tipos princi-


pais: instalações, espaço, dinheiro, informações, tecnologia e pessoas. As orga-
nizações são sistemas de recursos empregados na realização de objetivos.”
(MAXIMIANO, 2000, p.26)

De forma geral, os recursos abrangem tudo que é necessário para atingir um


objetivo organizacional. Podemos citar como exemplo a produção de um auto-
móvel, que necessita de diversos recursos: matéria-prima, pessoas, tecnologia,
dinheiro, entre outros. Partindo para a nossa realidade cotidiana, também pre-
cisamos de diversos recursos financeiros, tempo, energia e locomoção para es-
tudar, trabalhar e até para comprar um objeto.

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1.1 Recursos de Sistemas de Informação

No caso específico de sistemas de informação (SI), um modelo básico de SI é


composto por cinco recursos principais: recursos humanos, recursos de
hardware, recursos de software, recursos de dados e recursos de rede.

Figura2: Recursos de um sistema de informação

Fonte: Adaptado de Sistemas de Informação (O’BRIEN, 2003, pág. 6)

1.1.1 Recursos Humanos

No conceito de recursos humanos em sistemas de informação, podemos clas-


sificar as pessoas nas seguintes categorias: os usuários finais e os especialistas
em SI.

O usuário final pode ser qualquer pessoa que utilize um] sistema de informação
ou a informação que um SI produz. Independentemente da área de atuação nas
organizações, cada vez mais os profissionais precisam trabalhar em grupos.
Logo, utilizam estações de trabalho conectadas em rede, a fim de melhorar a
produtividade pessoal e da equipe.

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Os usuários finais (também chamados usuários ou clientes) são as pessoas que
utilizam um sistema de informação ou a informação que ele produz. Podem ser
contadores, vendedores, engenheiros, balconistas, clientes ou gerentes. A mai-
oria de nós somos usuários finais de sistema de informação (O’BRIEN, 2003, pág.
21).

Os especialistas em SI são profissionais que desenvolvem e operam os sistemas


de informação, e podemos classificá-los em analistas de sistemas, desenvolve-
dores de software e operadores do sistema.

Esses profissionais possuem responsabilidades diferentes:

Analistas de Sistemas: projetam sistemas de informação com base nas


demandas dos usuários finais.

Desenvolvedores de Softwares: criam programas de computador se-


guindo as especificações dos analistas de sistemas.

Operadores dos sistemas e pessoal gerencial, técnico e administrativo


de SI: monitoram e operam grandes redes e sistemas de computadores
(O’BRIEN, 2003, p. 21).

Cabe ressaltar que, na década de 1950, os usuários finais não interagiam com
os sistemas. Logo, o Departamento de Sistemas de Informação (DSI)possuía au-
tonomia sobre os recursos de sistemas de informação. Hoje os computadores
são utilizados por praticamente todas as pessoas ou usuários finais na organi-
zação, portanto houve uma mudança significativa, uma vez que o DSI atua mais
como consultor para os usuários finais.

“Falando de modo geral, o DSI é responsável pelos recursos em âmbito corpo-


rativo e compartilhados, e os usuários finais são responsáveis pelos recursos
departamentais.” (TURBAN; RAINER, JR.; POTTER, 2007, p.13)

Atualmente, a responsabilidade pelo gerenciamento dos recursos de informa-


ção está dividida entre os profissionais do Departamento de Sistemas de Infor-
mação e o usuário final.

Na organização, o Departamento de Sistemas de Informação e os usuários finais


precisam atuar em parceria, sendo o DSI responsável por definir padrões para

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compras de hardware, software, segurança da informação e guardião das licen-
ças de softwares e downloads, que são arquivos importados de fontes externas
pelo usuário final.

1.1.2 Recursos de Hardware

Para melhor compreendermos os conceitos sobre recursos de hardware, inici-


aremos com o conceito de hardware.

O hardware consiste na tecnologia para processamento computacional, arma-


zenamento, entrada e saída de dados. Esse componente inclui grandes main-
frames, servidores, computadores de médio porte, computadores pessoais e
laptops, assistentes digitais pessoais (PDAs) de mão e dispositivos móveis que
dão acesso a dados corporativos e à internet. Inclui, também, equipamentos
para reunir e registrar dados físicos e armazenar os dados e dispositivos para a
saída da informação processada. (LAUDON; LAUDON, 2007, pág.102).

Mainframe: categoria que abarca os computadores de maior porte; são usados


para processamento empresarial em grande escala. (LAUDON; LAUDON, 2007,
p.411)

Servidor: computador especificamente otimizado para prover software e outros


recursos a outros computadores dentro de uma mesma rede. (LAUDON; LAU-
DON, 2007, p.417)

Servidor. Um servidor é um anfitrião ou um mainframe que se


ocupa do controle da logística de encaminhamento de dados,
informações e capacidade de processamento aos clientes no
sistema. Em redes pequenas, o servidor poderia ser um único
PC. Em redes maiores, o servidor pode ser um minicomputa-
dor ou um mainframe. Em organizações muito grandes, várias
redes poderiam ser servidas, cada uma por seu próprio mini-
computador, o qual, por sua vez está conectado ao mainframe
anfitrião. O’BRIEN, 2003, pág. 132.

Após definirmos o conceito de hardware, nos dedicaremos aos recursos de


hardware, que constituem todos os dispositivos físicos e equipamentos utiliza-
dos no processamento de informações. Além das máquinas, esse conceito inclui
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computadores e outros equipamentos, mídias de dados e objetos tangíveis que
servem como suporte para inserir dados, seja em folha de papel, seja em discos
magnéticos.

Máquinas: dispositivos físicos (redes de telecomunicações, periféricos, compu-


tadores)

Mídia: todos os objetos tangíveis nos quais são registrados dados (papel, discos
magnéticos) (O’BRIEN, 2003, pág. 22)

Como exemplos de hardware em sistemas de informação computadorizados,


os sistemas de computadores, que consistem em unidades de processamento
central contendo microprocessadores e uma multiplicidade de dispositivos pe-
riféricos interconectados (O’BRIEN, 2003, pág. 22).

Como exemplos de hardware em sistemas de informação computadorizados,


podemos citar os sistemas de computadores, que consistem em unidades de
processamento central contendo microprocessadores e uma multiplicidade de
dispositivos periféricos interconectados.

Também se incluem os periféricos de computador, que são dispositivos (como


um teclado ou um mouse) para a entrada de dados e de comandos. Para a saída
de informação, podemos citar como exemplos uma tela de vídeo ou impressora
e, para armazenamento de recursos de dados, os discos magnéticos ou ópticos
(O’BRIEN, 2003, pág. 22).

1.1.3 Recursos de Software

“O software consiste em programas que comandam a operação do computa-


dor.” (STAIR; REYNOLDS, 2011, pág. 12)

São exemplos de softwares aqueles que permitem à empresa processar a folha


de pagamento dos funcionários, enviar faturas para os clientes ou controlar a
produção de bens nas indústrias.

“O conceito de recursos de software inclui todos os conjuntos de instruções de


processamento da informação.” (O’BRIEN, 2003, pág. 22).

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Cabe ressaltar que o conceito de recurso de software inclui os conjuntos de
instruções operacionais denominados programas, que dirigem e controlam o
hardware, como também os conjuntos de instruções de processamento da in-
formação solicitadas pelas pessoas, chamados procedimentos (O’BRIEN, 2003).

Programas - conjunto de instruções que fazem com que o computador


execute uma certa tarefa.

Procedimentos- conjunto de instruções utilizadas por pessoas para fina-


lizar uma tarefa.

(O’BRIEN, 2003, pág.22)

Para ilustrar os conceitos sobre recursos de software, podemos abordar um


software de sistema, que consiste em um programa de sistema operacional,
com o objetivo de controlar e apoiar as operações de um sistema de computa-
dor. Também podemos citar o software aplicativo, envolvendo programas que
dirigem o processamento para um determinado uso do computador pelo usu-
ário final.

1.1.4 Recursos de Dados

Os dados são um valioso recurso organizacional e devem ser administrados


para apoiar todos os usuários finais de uma organização. Os recursos de dados
dos sistemas de informação geralmente são organizados em:

Bancos de dados: uma coleção de registros e arquivos logicamente re-


lacionados. Um banco de dados incorpora muitos registros, anterior-
mente armazenados em arquivos separados, para que uma fonte co-
mum de registros de dados sirva a muitas aplicações.

Bases de conhecimento: guardam conhecimento em uma multiplici-


dade de formas, como fatos, regras e inferência sobre vários assuntos.
(O’BRIEN, 2003, pág.22)

Como exemplo de banco de dados, podemos explicar o processamento e o ar-


mazenamento de dados sobre uma transação de vendas, via web, que podem
ser acessados para a elaboração de um relatório para um gerente comercial.

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As bases de conhecimento podem ser acessadas por sistemas gerenciais de
conhecimento e sistemas especialistas, a fim de disseminar o conhecimento e
fornecer uma orientação especializada, que são necessárias para a tomada de
decisão em assuntos específicos (O’BRIEN, 2003).

Outra questão importante é a inter-relação entre dados versus informações.


Geralmente as pessoas utilizam esses termos alternadamente, mas é impor-
tante nos aprofundarmos nesse conceito.

“Os dados são fatos ou observações brutas em geral sobre fenômenos físicos
ou transações de negócios.” Podemos compreender os dados como a matéria-
prima, que, após processada, se transforma em um produto de informação.
Dessa forma, “podemos definir informação como dados que foram convertidos
em um contexto útil e significativo para certos usuários finais” (O’BRIEN; MARA-
KAS, 2007, p.32).

Mas como esse processamento ocorre?

No processamento de dados, também denominado processamento de infor-


mações, ocorre a agregação de valor, que segue esta metodologia:

A sua forma é agregada, manipulada e organizada;

O seu conteúdo é analisado e avaliado;

Eles são colocados em um contexto apropriado para o usuário humano.


(O’BRIEN; MARAKAS, 2007, p.32)

Logo, a questão do contexto citado na última linha é fundamental para compre-


endermos a diferença entre dados e informação, pois podemos pensar em da-
dos na sua forma original, como uma lista de nomes, números e endereços.
Para alguns usuários, essa lista pode não representar algo relevante, mas,
quando a mesma lista for registrada em outro contexto, pode ter um valor sig-
nificativo.

Como exemplo, podemos citar um profissional da área de contabilidade que


controla todas as movimentações dos departamentos da empresa. Nesse caso,
a lista não teria utilidade para ele.

Utilizando o mesmo exemplo, para se tornar informação, os dados dessa lista


podem ser processados de acordo com o contexto e a perspectiva da pessoa

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que o acessa, tornando-se informação valiosa, dependendo da necessidade do
usuário.

Aqui podemos citar um vendedor que busca uma lista de clientes com um de-
terminado perfil para comprar os produtos da organização. Ainda assim, ele
pode não considerar como informação os dados da lista, mas, após organizá-
los, selecionando apenas os dados relevantes, ele irá obter uma informação va-
liosa (O’BRIEN, 2007).

1.1.5 Recursos de Rede

Os recursos de rede compreendem as tecnologias de telecomunicações e redes


como a internet, intranets e extranets.

Esses recursos são essenciais para o bom desempenho dos negócios eletrôni-
cos e operações de todos os tipos de organizações, bem como dos seus siste-
mas de informação com base em computadores.

Para melhor compreensão desses recursos, aprofundaremos estes conceitos:


“as redes de telecomunicações são constituídas por computadores, processa-
dores de comunicações e dispositivos interconectados por mídia de comunica-
ções e controlados por software de comunicações” (O’BRIEN; MARAKAS, 2007).

O conceito de recursos de rede destaca que as redes de comunicações repre-


sentam um recurso essencial em todos os sistemas de informação. Os recursos
de redes contemplam:

Mídia de comunicações (cabos de pares trançados, cabo coaxial, cabo


de fibra ótica, sistemas de micro-ondas e sistemas de satélite de comu-
nicações)

Suporte de rede (recursos de dados, pessoas, hardware e software) que


apoiam diretamente a operação e uso de uma rede de comunicações
(O’BRIEN; MARAKAS, 2007, pág. 32)

Os recursos de rede são importantes para viabilizar a comunicação entre os


usuários, as empresas, os clientes, o governo. Enfim, entre todas as pessoas e
empresas envolvidas por meio de sistemas de informação.

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Neste módulo abordamos os conceitos sobre os recursos de sistemas de infor-
mação, como os recursos humanos, de hardware, de software, de dados e de
rede, e discutimos os produtos de informação provenientes do conjunto desses
recursos, como relatórios e documentos empresariais, utilizando textos, gráfi-
cos, entre outros.

BIBLIOGRAFIA A SER ACESSADA

http://anhembi.bv3.digitalpages.com.br/users/publica-
tions/9788576050896/pages/1

(Capítulo 1 do livro sistemas de informação – LAUDON&LAU-


DON).

Faça uma boa leitura desse capítulo, para entender melhor.

2. Atividade de Sistemas de Informação

Objetivo

Conhecer os conceitos sobre as atividades que os sistemas de informação de-


senvolvem.

Atividades dos Sistemas de Informação

Fonte: https://visua- Fonte https://visua- Fonte https://visua-


lhunt.com/f/photo/7481166880/cfc00 lhunt.com/f/photo/5976578663/ lhunt.com/photo/82333/
16e62/ 8d49597393/

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Nesta seção aprofundaremos os conceitos sobre as atividades de processa-
mento de informação (ou processamento de dados) que ocorrem nos sistemas
de informação e contemplam as seguintes atividades: entrada de recursos de
dados; transformação de dados em informação, saída de produtos da informa-
ção; armazenamento de recursos de dados e controle de desempenho do sis-
tema.

Figura 3: Atividades de um sistema de informação

Fonte: Adaptação de Administração de Sistemas de Informação (O’BRIEN; MARAKAS,


2007, pág.33)

2.1 Entrada de recursos de dados

A entrada de recursos de dados ocorre “quando os dados de transações de


negócios e outros eventos devem ser capturados e preparados para o proces-
samento pela atividade de entrada”. Geralmente a entrada possui a forma de
atividades de registro de dados, como gravar e editar (O’BRIEN; MARAKAS, 2007,
pág.33).

Os usuários finais podem acessar os dados diretamente no sistema de compu-


tador ou gravar os dados selecionados em algum tipo físico de armazenamento,

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que pode ser um formulário de papel. Essa atividade requer uma série de pro-
cedimentos de edição para confirmar que os dados foram registrados correta-
mente (O’BRIEN; MARAKAS, 2007).

Como exemplo, podemos citar os dados de uma nota fiscal de vendas, que são
registrados no sistema de informação como um documento original. Os profis-
sionais da área de vendas podem capturar os dados vendidos por meio da uti-
lização do teclado – os monitores de vídeo irão instruí-los visualmente sobre os
procedimentos a serem adotados. Denominamos esse processo como interface
de usuário, ou seja, são os métodos de entrada e saída para o usuário final em
um sistema de computador (O’BRIEN; MARAKAS, 2007).

Documento Original: Um documento original é o registro formal de uma


transação. (O’BRIEN, 2003, pág.24)

Entrada: refere-se a um dispositivo, processo ou canal envolvido na in-


serção de dados em um sistema de processamento de dados. É o con-
trário de saída. (O’BRIEN, 2003, pág. G-10)

Interface de Usuário: trata-se de métodos de entrada e saída para o usu-


ário final dotado de um sistema de computador. Métodos como os de
varredura ótica e exibição de menus, prompts e formatos do tipo preen-
cher espaços em branco facilitam aos usuários finais o registro correto
de dados em um sistema de informação. (O’BRIEN, 2003, pág.24)

https://pixabay.com/pt/formul%C3%A1rio-car%C3%A1ter-caneta-1264999/

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2.2 Processamento de dados em informação

A atividade de transformação de dados em informação compreende um pro-


cesso no qual os dados “são submetidos a atividades de processamento como
cálculo, comparação, separação, classificação e resumo”. Esses procedimentos
“[...] organizam, analisam e manipulam dados, convertendo-os em informação
para os usuários finais” (O’BRIEN, 2003, pág.24).

A transformação é uma das etapas mais importantes, pois “converte esses da-
dos brutos em uma informação mais significativa” (LAUDON; LAUDON, 2007,
pág. 9).

Para ilustrar os conceitos mencionados, podemos citar um processo de compra


em um site na internet, onde inserimos diversos dados para a realização da
compra. Após obter os dados do cartão de crédito, o sistema de informação do
site processa a validação do crédito junto à administradora de cartão, a fim de
verificar se podemos concluir ou não a operação de compra.

Processamento de dados: A execução de uma sequência sistemática


de operações realizadas sobre os dados para transformá-los em infor-
mações. (O’BRIEN, 2003, pág. G-20)

2.3 Saída de produtos da informação

Após o processamento, a informação é disseminada entre os usuários finais por


meio da atividade de saída. Logo, o objetivo dos sistemas de informação é pro-
duzir informação útil para a tomada de decisão dos usuários finais.

Aproveitando o exemplo, podemos afirmar que a aprovação ou não da compra


realizada em um site na internet consiste na saída, ou seja, na decisão final após
o processamento dos dados.

Na atividade de saída de produtos de informação, é necessário levar em consi-


deração as características que atribuem qualidade à informação. Dessa forma,
é necessário examinar se as informações estão ultrapassadas, inexatas ou se

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apresentam dificuldade em sua compreensão, pois, nesses casos, as informa-
ções perdem o valor para os seus usuários (O’BRIEN, 2003).

As pessoas buscam informações relevantes e de alta qualidade, pois estas pos-


suem atributos que as tornam valiosas. As três dimensões de qualidade na in-
formação são: tempo, conteúdo e forma, destacados no tópico a seguir.

Saída: Relativo a um dispositivo, processo ou canal envolvido


na transferência de dados ou informações para fora de um sis-
tema de pro-cessamento de informações. O oposto de en-
trada. (O’BRIEN, 2003, pág. G-24)

2.4 Atributos da informação de alta qualidade

A informação de alta qualidade deve ser uma prioridade na atividade dos siste-
mas de informação. Abaixo, ilustramos seus atributos:

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Figura 4: Atributos da qualidade da informação

Fonte: Sistemas de Informação Gerencial (O’BRIEN, 2003, pág. 25)

A dimensão tempo define que os atributos prontidão, aceitação, frequência e


período devem estar presentes em produtos de informação de alta qualidade.
O atributo prontidão consiste no fato de que a informação deve ser fornecida
quando for solicitada pelo usuário. Já o atributo aceitação determina que a in-
formação deve estar atualizada quando for fornecida. O atributo frequência es-
tabelece que a informação deve ser fornecida todas as vezes em que for solici-
tada. Por fim, o atributo período consiste em fornecer a informação sobre os
períodos passados, presentes e futuros (O’BRIEN, 2003, pág. 25).

A dimensão conteúdo estabelece que os atributos precisão, relevância, integri-


dade, concisão, amplitude e desempenho são padrões para determinar a infor-
mação de alta qualidade. O atributo precisão define que a informação deve ser
isenta de erros; o atributo relevância estabelece que a informação deve atender
às necessidades de um receptor específico em uma situação específica; o atri-
buto integridade determina que toda a informação necessária que for solicitada
deve ser fornecida; o atributo concisão define que somente a informação solici-
tada pelo receptor deve ser fornecida; o atributo amplitude estabelece que a

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informação pode ter um alcance amplo ou estreito, ou um foco interno ou ex-
terno, e, por fim, o atributo desempenho determina que a informação pode de-
monstrar o desempenho por meio da mensuração das atividades concluídas,
do progresso realizado ou pelos recursos acumulados (O’BRIEN, 2003, pág. 25).

A dimensão da forma engloba os atributos clareza, detalhe, ordem, apresenta-


ção e mídia como parâmetros para a informação de alta qualidade. O atributo
clareza estabelece que a informação deve ser fornecida de forma clara e fácil
de compreender; o atributo detalhe consiste em fornecer informação de forma
detalhada ou resumida; o atributo ordem determina que a informação deve ser
organizada em uma sequência predeterminada; o atributo apresentação esta-
belece que a informação pode ser apresentada em forma de narrativa, numé-
rica, gráfica ou em outros formatos, e o atributo mídia destaca que a informação
pode ser fornecida na forma de documentos em papel impresso, monitores de
vídeo ou em outras mídias (O’BRIEN, 2003, p.25).

2.5 Armazenamento de recursos de dados

O armazenamento é um componente básico dos sistemas de informação, pois


consiste na atividade de reter os dados e informações de forma organizada para
posterior utilização. Assim como organizamos os textos em palavras, orações e
parágrafos, os dados são organizados em campos, registros, arquivos e banco
de dados, a fim de facilitar o processamento dos mesmos, bem como a recupe-
ração da informação na saída do processamento solicitado pelo usuário
(O’BRIEN, 2003).

Um campo consiste em um agrupamento de caracteres que representam uma


característica de uma pessoa, lugar, objeto ou evento. Como exemplo, podemos
citar o preenchimento de um formulário de emprego na internet, no qual há o
campo denominado “nome do candidato” (O’BRIEN, 2003, p. 26).

O registro compreende uma coleção de campos inter-relacionados e, seguindo


o exemplo acima, podemos considerar que o formulário com todos os campos
preenchidos é um registro (O’BRIEN, 2003, pág. 26).

Um arquivo consiste em uma coleção de registros inter-relacionados. Nesse


caso, podemos afirmar que o conjunto de formulários de candidatos em uma
empresa é um arquivo.

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Já o banco de dados é uma coleção integrada de registros ou arquivos inter-
relacionados, e podemos citar como exemplo o banco de dados de pessoal de
uma empresa, que contempla arquivos de candidatos, funcionários, folha de
pagamento, impostos, entre outros (O’BRIEN, 2003, pág. 26).

2.6 Controle de desempenho do sistema

O controle de desempenho do sistema é uma atividade fundamental no sistema


de informação, uma vez que controla o seu desempenho e deve produzir um
feedback, que podemos definir como “dados sobre o desempenho de um sis-
tema”, ou seja, dados sobre o desempenho de suas atividades de entrada, pro-
cessamento, saída e armazenamento. Logo, devemos monitorar o feedback e
avaliá-lo, a fim de determinar se o sistema atende aos padrões de desempenho
estabelecidos (O’BRIEN, 2003, págs.17 e 26).

O conceito de controle envolve a monitoração e a avaliação do feedback para


determinar se o sistema está atingindo a sua meta. O passo seguinte da função
de controle é realizar as mudanças necessárias nos componentes de entrada e
processamento de um sistema, a fim de garantir os resultados desejados
(O’BRIEN, 2003, pág. 26).

Para ilustrar esses conceitos, podemos citar o trabalho de um gerente de ven-


das que recebe um feedback do sistema de informação sobre o desempenho de
seus vendedores e, em seguida, os realoca em diferentes áreas geográficas de
vendas.

Outro exemplo em um sistema de produção ocorre quando o gerente de pro-


dução recebe um feedback do sistema de qualidade informando que um deter-
minado produto não está atendendo às especificações técnicas. Em seguida, o
gerente irá corrigir essa situação, seja na entrada do processo (matéria-prima),
seja no processamento (forma de produção) do produto.

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Feedback: (1) Dado ou informação relacionados aos compo-
nentes e à operação de um sistema. (2) Utilização de parte da
saída de um sistema como entrada para o sistema (O’BRIEN;
MARAKAS 2007, p. 505)

Controle: (1) Componentes de sistemas que avaliam reações


para de-terminar se o sistema está seguindo rumo aos seus
objetivos e, então, fazem qualquer ajuste necessário na en-
trada e nos componentes de processamento do sistema, para
garantir que a saída esperada seja pro-duzida. (2) Função de
gerenciamento que envolve a observação e a mensuração do
desempenho organizacional e atividades ambientais e modi-
fica os planos e atividades da organização quando necessário.
(O’BRIEN; MARAKAS, 2007, pág.502)

Discutimos os conceitos sobre as atividades que os sistemas de informação de-


sempenham, como a entrada de recursos de dados; o processamento de dados
em informação; a saída de produtos de informação; os atributos da informação
de alta qualidade; o armazenamento de recursos de dados, bem como o con-
trole de desempenho do sistema.

BIBLIOGRAFIA A SER ACESSADA

http://anhembi.bv3.digitalpages.com.br/users/publica-
tions/9788576050896/pages/1

(Capítulo 1 do livro sistemas de informação – LAUDON&LAU-


DON).

Faça uma boa leitura desse capítulo, para entender melhor.

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Referências Bibliográficas

LAUDON, Kenneth C.; LAUDON, Jane P. Sistemas de informação gerencial. São


Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria geral da administração. São Paulo:


Atlas, 2000.

O’BRIEN, James A. Sistemas de informação e as decisões gerenciais na era da


internet. São Paulo: Saraiva, 2003.

O’BRIEN, James A.; MARAKAS, George M. Sistemas de informação: uma introdu-


ção. São Paulo: McGraw-Hill, 2007.

ROBBINS, Stephen P. Comportamento organizacional. São Paulo: Pearson Pren-


tice Hall, 2005.

SHIMIZU, Tamio. Decisão nas organizações. São Paulo: Atlas, 2010.

SIMON, H. A. Comportamento administrativo. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio


Vargas, 1970.

TURBAN, Efraim; RAINER JR., Kelly R.; POTTER, Richard E. Introdução a sistemas
de informação. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.

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