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27/02/23, 11:26 UNINTER

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
GERENCIAL
AULA 2

Prof. Luciano Furtado C. Francisco


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CONVERSA INICIAL

Bem-vindo(a)!

Certamente você já usou ou já viu a tela de um sistema de informações. Formulários, tabelas,

gráficos, consultas diversas. Os sistemas de informação, sobretudo os empresariais, possuem uma

diversidade de recursos que permitem aos seus usuários obter as informações necessárias às suas

atividades.

Mas, para que isso ocorra, uma série de ações acontece nos bastidores destes sistemas de

informação, de forma transparente para quem os utiliza. Em verdade, os usuários dos sistemas não

precisam se preocupar com as operações internas dos SI, para eles o que interessa são as

informações que o sistema proporciona e que são essenciais para seu trabalho.

Em nosso contexto será importante conhecermos como essas operações se dão, bem como o

conceito mais formal de sistemas de informação e os elementos que compõe esses sistemas.

Veremos nesta aula os componentes básicos de um sistema de informação, na sequência vamos

conhecer como as decisões se dão com base nas informações obtidas desses sistemas. Nossa

intenção é entender que o processo de tomada de decisão é peculiar e como os sistemas de


informação auxiliam nessa tarefa. Também vamos compreender as aplicações principais dos sistemas

de informação.

Esperamos que goste dessa aula!

CONTEXTUALIZANDO

Hoje em dia sabemos que as empresas, mesmo as menores, contam com algum tipo de sistema

de informação automatizado, isto é, softwares que processam dados oriundos de diversas fontes e

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que, assim, proporcionam as informações necessárias às tomadas de decisões.

Um dos sistemas mais usados em muitas organizações é o “ERP”, o sistema integrado de gestão.

A sigla ERP é em inglês e significa Enterprise Resource Planning ou “planejamento de recursos

empresariais”. À primeira vista, a sigla nada tem a ver com um sistema de informação. Mas isso se

explica.

Os sistemas ERP são originados por meio de sistemas de informação mais antigos, das décadas

de 1970 e 80, os sistemas MRP (Materials Requirements Planning), em português Planejamento das

Necessidades de Materiais. Ele foi criado para as linhas de produção de fábricas, para determinar a
quantidade de material necessária em um dado momento de fabricação.

Na década de 1980, esses sistemas evoluíram de modo a englobar também as áreas de

engenharia e finanças. Assim surgiu o MRP II (Manufacturing Resources Planning) ou Planejamento

dos Recursos de Manufatura, ou ainda, Planejamento dos Recursos de Produção.

E nos anos 1990, com o sucesso do MRP II, surgiram os ERPs, sistemas de informação que

integram todos os processos e dados da organização, em uma óptica funcional. Assim, a empresa

conta com um único e robustos sistemas de informações, evitando duplicidade de dados e processos

(cenário comum em empresas com sistemas fragmentados).

A importância do ERP é tão grande, que os fornecedores de outros sistemas empresariais de


informação (como CRM – sistemas de gestão de relacionamento com clientes e plataformas de e-

commerce) procuram desenvolver integrações com os principais sistemas ERP de mercado.

TEMA 1 – CONCEITO E DEFINIÇÃO DE SISTEMAS E DE SISTEMAS DE


INFORMAÇÃO

O termo sistema é uma palavra amplamente usada no dia a dia. Tanto que temos a sensação de

que é uma palavra que se adapta em qualquer cenário. É uma palavra que está presente em todos os

ramos do conhecimento: na física, química, engenharia, tecnologia, política, economia, filosofia etc.

No cotidiano temos uma série de exemplos. Dizemos que uma empresa implantou um novo

sistema de avaliação de desempenho. Uma universidade desenvolveu um novo sistema pedagógico.

O governo pensa em um novo sistema de aposentadoria. E assim por diante.

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No entanto, o que significa um sistema? Uma das definições mais usadas é a que diz que um

sistema é um conjunto de elementos que interagem entre si, a fim de produzir um resultado

específico. Por exemplo, um automóvel é um sistema, composto de motor, suspensão, carroceria,

rodas, escapamento, parte elétrica etc. Esses componentes se relacionam de modo a produzir um

resultado específico (a finalidade do sistema): movimentar o veículo. Caso esses componentes

estivessem isolados, sem comunicação, seria apenas um amontoado de peças e não produziria esse

resultado. Não seria um sistema.

Portanto sistema é um conjunto de componentes inter-relacionados, em interação, que resultam

em um todo unificado. Bertanfly (1968, p. 18) nos diz que “sistema é um conjunto de partes

interagentes e interdependentes que, conjuntamente, formam um todo”. Já Oliveira (2008, p. 35)


conceitua sistema como “é um conjunto de partes interagentes e interdependentes que,

conjuntamente, formam um todo unitário com determinado objetivo e efetuam determinada função”.

Repare que são duas definições bastante similares e complementares.

1.1 ELEMENTOS E REGRAS DE SISTEMAS

Vamos começar aqui com uma pergunta ainda sobre o tópico anterior: por que é importante

entender o conceito de sistema? Porque quando entendemos um assunto sob o ângulo de sistema,

adquirimos uma visão sistêmica do assunto, ou seja, nossa compreensão é mais ampla e nos permite

entender o tema de uma forma geral. Por exemplo, um funcionário de uma empresa terá mais

condições de desenvolver bem suas tarefas quando compreende o contexto geral na qual está

inserida, o porquê ele deve fazer determinadas ações.

Dessa forma, um sistema tem um conjunto de regras, vejamos:

1.  O sistema recebe entradas de algum ambiente (externo ou interno) e essas entradas

influenciam o sistema, como um sinal sonoro ou um pulso elétrico.

2.  O sistema tem elementos que processam essas entradas e as transformam em saídas.

3.  O sistema produz uma ou mais saídas, o que é o seu objetivo.

Eleutério (2015) representa graficamente esse processo:

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Figura 1 – Componentes de um sistema

Fonte: Adaptado de Eleutério (2015, p. 69).

Essa visão sistêmica pode ser aplicada às organizações. De acordo com Chiavenato (2000, p. 49),

“a empresa é um sistema que se relaciona com seu ambiente, recebendo insumos (entradas),

transformando-os (processamento) e gerando os resultados na forma de produtos ou serviços

(saídas)”.

Portanto, o entendimento do conceito de sistemas é fundamental para prosseguirmos e

compreendermos o conceito de sistemas de informação.

1.2 DEFINIÇÃO E CONCEITO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO

Se retomarmos o conceito de sistema, visto anteriormente, podemos deduzir que um sistema de

informações tem por objetivo receber informações, processá-las internamente e gerar saídas (novas

informações) e retorná-las ao ambiente externo. A informação é o elemento principal nesse cenário,

portanto, o termo sistema de informações é bem apropriado.

Contudo, vejamos a definição de Stair (2004, p. 32): “uma série de elementos ou componentes

inter-relacionados que coletam, armazenam e disseminam os dados e informações e fornecem um

mecanismo de feedback”.

Perceba que o autor insere o termo dados na definição de sistema de informação. E é o que
parece mais coerente se tomarmos as definições vistas de dados e informações. Pois em verdade, os

sistemas de informação têm como entrada os dados. É o processamento interno que faz destes

dados as informações que serão repassadas ao ambiente externo.

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Com a incrível evolução da tecnologia que assistimos nas últimas décadas, o termo sistema de

informação passou praticamente a designar os softwares de gestão da informação, muito usuais nas

empresas ou mesmo para uso pessoal. No entanto, sistemas manuais que lidam com informações

também são considerados sistemas de informação. A maneira como encaramos as definições

depende do contexto, nenhuma delas é mais certa ou errada do que a outra. De qualquer modo, os

sistemas de informação contam com elementos humanos, tecnológicos e procedimentais (processos).

No nosso contexto, vamos entender os sistemas de informações sob o ponto de vista


tecnológico. Isto é, levando em conta os elementos software, hardware e redes de dados. Assim, veja

a seguinte figura:

Figura 2 – Elementos de um sistema de informação

Fonte: do autor, adaptado de Eleutério (2015, p. 72).

Software: parte lógica dos sistemas de informação, comanda o processamento com auxílio do
hardware e das redes de dados;

Hardware: trata-se de todos os componentes físicos, os computadores, vídeo, teclado, discos


rígidos, cabos etc.

Rede de dados: são os links que unem os computadores, ou seja, a rede em si; a mais famosa é
a internet, no entanto, existem redes privadas de dados, especialmente em empresas.

Repare que na figura ainda há um elemento chamado BD, junto com a camada de software. Este

elemento é o Banco de Dados, que é um software responsável pelo armazenamento e recuperação


das informações processadas pelo software. Sempre existem em sistemas de informação comerciais,

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como ERPs, CRMs, sistemas contábeis, financeiros etc. Ele também se encarrega de manter a

consistência e a segurança dos dados.

TEMA 2 – APLICAÇÃO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Os sistemas de informação estão em todos os lugares e nos permeiam na vida moderna.


Quando olhamos nosso smartphone (há pessoas que fazem isso centenas de vezes por dia!), usamos

um caixa eletrônico, pagamos a compra no supermercado, utilizamos o GPS no automóvel... enfim,


sempre estamos usando algum sistema de informação.

2.1 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NO COTIDIANO

Se há um fator que contribuiu muito para a disseminação dos sistemas de informação, foi a
internet. Antes dela ser aberta comercialmente – por volta de 1994-95 – o uso de sistemas de
informação pelas pessoas era restrito. Apenas nas empresas, caixas eletrônicos e poucos lugares

mais. Os SI eram basicamente ferramentas empresariais.

A cultura digital foi consolidada pela internet e, sobretudo, pelos dispositivos móveis a partir da

década de 2010. Isso foi representado pela força das redes sociais e profissionais. Estas redes são
gigantescos sistemas de informação. Podemos citar diversos tipos: o Facebook, a rede social pessoal

mais conhecida do mundo (embora também seja usada profissionalmente e pelas empresas); o
LinkedIn, rede social profissional mais utilizada, conecta profissionais e empresas e o seu propósito é

a troca de experiências profissionais, recrutamento e seleção; o Instagram, uma rede social baseada
em imagens; Twitter, um microblog. Temos ainda os mensageiros instantâneos, os mais famosos são
o WhatsApp e o Telegram, nos quais a função é enviar mensagens de texto, áudio e vídeos

diretamente para pessoas ou grupos.

Temos ainda os aplicativos de celular, que também são um tipo de SI. Eles são muito populares

porque se destinam a inúmeras funções, que tratam de assuntos profissionais e pessoais.

Todos eles são sistemas de informação, nos quais é preciso um login e uma senha para conexão.
Armazenam dados, os processam e devolvem um resultado. No caso das redes sociais, a entrada é

um texto, foto, vídeo ou áudio do usuário. Estes dados são processados e a saída é uma publicação.
No caso dos aplicativos, o mecanismo é o mesmo, exceto que a saída não é publicada e sim exibida

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ao usuário. No caso dos mensageiros, a entrada é a mensagem e a saída acontece no celular do


destinatário. Além disso, eles contam com sistemas de banco de dados, que armazenam as

informações e usam a rede de dados – no caso, a internet – para trafegar os dados e informações.

Os dispositivos móveis nos trouxeram um conceito bastante usado no contexto de sistemas de


informação: as TIC, sigla de Tecnologias da Informação e Comunicação. Isto porque esses dispositivos

unem essas duas funções: permitem que nos conectemos e estejamos informados, ao mesmo tempo
têm recursos pelos quais podemos nos comunicar, por voz, vídeo, áudio etc.

2.2 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS

No âmbito de governo, os SI servem de canal de comunicação entre os cidadãos e órgãos


públicos. É o chamado governo eletrônico ou e-gov. Usam muito as TICs, o que agiliza serviços e deixa

mais transparente os atos da administração pública.

O e-gov no Brasil surge por volta do ano 2000 e vem evoluindo. Hoje as diversas esferas de
governo contam com portais de informações e realização de ações, como licitações e pregões

eletrônicos, publicações, cadastros e serviços online. Um destes serviços mais famosos é a declaração
anual de imposto de renda (das pessoas físicas e jurídicas), que é totalmente digital, simplificando o

processo e alimentando os bancos de dados da Receita Federal com os dados e operações


financeiras dos contribuintes.

2.3 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NAS EMPRESAS

Os sistemas de informação automatizados surgiram nas empresas, há um bom tempo, já nos


anos 1960. Utilizavam nessa época outras tecnologias, mas o conceito já era o mesmo: softwares com

bancos de dados, hardwares e redes (nesse caso redes de dados internas).

Os SI são usados em praticamente todas as áreas de uma organização, como produção,


financeiro, marketing, vendas, comercial, recursos humanos, contabilidade etc. Nos setores

operacionais eles automatizam ações rotineiras. Por exemplo, um caixa de supermercado usa um
sistema de informação para registrar as vendas, dar baixa no estoque, gravar os dados financeiros da

operação de venda. Nos níveis estratégicos e táticos, os SI produzem informações para tomada de
decisão.

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Saiba mais

Veja neste link uma explicação mais aprofundada sobre bancos de dados. Disponível em: <h

ttps://www.estudopratico.com.br/banco-de-dados/>. Acesso em: 24 abr. 2020.

TEMA 3 – TIPOS DE DECISÕES

Todos os dias tomamos decisões. Já iniciamos nosso dia decidindo que roupa vestir, que
alimento comer, que caminho seguir no trânsito e assim por diante. Na empresa não é diferente,

tomamos decisões a todo instante, fazemos isso até mesmo de forma automática muitas vezes. Um
detalhe aqui é que não apenas os gestores tomam decisões. Um funcionário operacional também
toma decisões, apenas elas são mais simples e repetitivas.

Portanto, temos decisões típicas de cada nível da organização: estratégico, tático e operacional. É
o que estudaremos nesse tema.

3.1 DECISÕES ESTRUTURADAS

É comum nas empresas que haja atividades rotineiras, contínuas, cotidianas. São as chamadas

atividades operacionais. São executadas pelos colaboradores do degrau mais baixo da pirâmide
organizacional. Em uma fábrica, por exemplo, são as atividades da linha de produção. Em um

escritório de contabilidade são as tarefas de escrituração fiscal dos clientes. Mesmo nessas tarefas é
normal que os colaboradores tomem decisões. As informações para essa tomada de decisão em

geral são de fontes confiáveis e as decisões são assertivas.

Por exemplo, em uma indústria o almoxarife confere o número de peças no estoque de um

determinado item e verifica que a quantidade atingiu o estoque de segurança. Assim, ele pede ao
depósito que faça uma reposição deste item no estoque, baseado nesta quantidade, na média de
consumo e nas ordens de produção vigentes.

3.2 DECISÕES NÃO ESTRUTURADAS

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Ao contrário de decisões estruturadas, as decisões não estruturadas estão sempre em um


contexto de incertezas, em situações imprevistas ou quando as informações usadas para a decisão

são imprecisas, desconhecidas ou estimadas. São decisões que acontecem na alta gestão da
empresa, na qual os gestores tomam decisões de grande impacto para a organização, por exemplo, a

construção de uma nova fábrica, a entrada em um novo mercado ou a abertura do capital em bolsa
de valores.

As informações para estas decisões são normalmente oriundas de diversas fontes: sistemas

internos, dados de mercado, dados políticos e econômicos etc. Requere muita análise e simulações e
estão sujeitas a revisões e contingências.

3.3 DECISÕES SEMIESTRUTURADAS

Existem decisões que combinam os dois tipos anteriores, ou seja, os decisores se deparam com
informações quantitativas bem definidas e ao mesmo tempo com informações estimadas ou
qualitativas. Normalmente essas decisões ocorrem nos níveis táticos (intermediários) da organização,

que são as áreas que são o elo entre a alta gestão e as áreas operacionais.

Um exemplo são as análises de marketing a respeito de reações do público nas redes sociais.

Existem informações quantitativas como quantidade de curtidas, compartilhamentos e comentários.


Contudo, existem informações qualitativas e interpretativos, como o conteúdo dos comentários.

Esses dados devem ser analisados em conjunto para se tomar alguma decisão. Tal como as decisões
não estruturadas, devem ser passíveis de muita análise.

No quadro a seguir, Eleutério (2015), nos mostra alguns exemplos de decisões em diferentes

áreas da empresa:

Quadro 1 – Exemplos de decisões em diferentes áreas de negócio

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Fonte: adaptado de Eleutério, 2015.

Seja qual for o tipo da decisão, esta segue um fluxo. Veremos no tema a seguir.

TEMA 4 – AS ETAPAS DO PROCESSO DECISÓRIO

O processo de tomada de decisão tem sido estudado há décadas pelas mais variadas ciências:

psicologia, administração, filosofia e mais recentemente pela informática, no que se refere à

inteligência artificial.

Na década de 1940, no entanto, o cientista social e matemático norte-americano Herbert Simon


lançou o livro chamado Comportamento Administrativo: um estudo do processo decisório nas

organizações. Nele, Simon defende que o processo de decisão é o “coração” da gestão e o relaciona

com a lógica, psicologia e ciências sociais. Segundo este autor, o processo decisório é composto de

quatro etapas:

1)  Inteligência: Primeira etapa, na qual o gestor e equipe identificam o problema,


analisam com mais profundidade, validam premissas e formulam os objetivos a atingir. É o

lugar em que “se decide sobre o que vai ser decidido”. Usa-se também a visão estratégica da

organização.

2)  Concepção: Aqui são elencadas as possíveis alternativas de solução para o problema ou

questão levantados. Os prós e contras de cada alternativa devem ser balanceados. Entram nesta

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etapa os estudos de viabilidade técnica ou financeira. Podem ser usados métodos quantitativos
e estatísticos para tabular com as informações da etapa de inteligência.

3)  Seleção: Etapa na qual é selecionada a alternativa que mais atende aos objetivos
estabelecidos. Cada alternativa recebe um valor que representa sua “utilidade” para a decisão. A

alternativa com maior valor é a escolhida. Podem ser usados pesos para as alternativas, a

depender do caso. A alternativa selecionada é a implementada.

4)  Revisão: Nesta etapa a implementação da solução adotada é monitorada, a fim de se

verificar se é mesmo a melhor decisão.

No tema a seguir, veremos um exemplo deste método.

TEMA 5 – ESCOLHENDO A MELHOR DECISÃO

Digamos que uma locadora de automóveis pretende renovar sua frota de veículos em todo o
Brasil, objetivando aumentar o faturamento. Uma operação estratégica que afetará o desempenho da

empresa. Os objetivos pretendidos são:

Aumentar a geração de receita de locação, ofertando automóveis mais novos;

Reduzir o custo de manutenção da frota;

Maximizar o valor de revenda dos veículos.

Dessa forma, a empresa estrutura sua decisão da seguinte forma:

Figura 2 – Exemplo da Etapa de Inteligência no Modelo de Simon

Fonte: adaptado de Eleutério (2015).

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Na etapa de concepção, a empresa identifica que há três modelos de veículos viáveis: A, B e C.

Na etapa de seleção, os critérios que a empresa estabelece para peso são: preço, custo de
manutenção, valor médio de revenda e satisfação dos clientes. A cada critério, são estabelecidos

pesos:

Tabela 1 – Critérios de seleção e seus respectivos pesos

Critério de seleção Peso

1 - Preço 0,2

2 – Custo de manutenção 0,3

3 – Valor médio de revenda 0,1

4 – Satisfação dos clientes 0,4

Criada a tabela de critérios e pesos, a empresa avalia cada modelo de veículo em relação aos

critérios e pesos anteriormente estabelecidos. Para isso, usa informações quantitativas e qualitativas
para atribuir um valor, de 0 a 100, a cada alternativa e critério de seleção, conforme exemplifica a

tabela a seguir:

Tabela 2 – Tabela de cálculo de critérios para tomada de decisão 

Critérios de seleção

  PREÇO MANUTENÇÃO REVENDA SATISFAÇÃO


VALOR FINAL
Alternativas Peso = 0,2 Peso = 0,3 Peso = 0,1 Peso = 0,4

Modelo A 50 20 100 80 58

Modelo B 60 30 45 90 61,5

Modelo C 30 50 50 70 54

No exemplo anterior, para calcular o valor final do “Modelo A”, fazemos: (50 x 0,2) + (20 x 0,3) +
(100 x 0,1) + (80 x 0,4) = 58,0. Assim, no exemplo, o “Modelo B” é a melhor alternativa porque
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apresenta o maior valor final (61,5).

TROCANDO IDEIAS

Mencionamos nesta aula o termo business intelligence. Em uma tradução livre, significa

“inteligência de negócios”. Porém, é mais que isso. O termo é um conceito que demonstra como a

tecnologia pode nos auxiliar a decidir melhor. Assim, pesquise mais sobre esse conceito e dê sua
visão sobre o assunto.

NA PRÁTICA

Imagine que você é gestor de uma empresa que teve uma expansão muito grande no último

ano, quando as vendas aumentaram mais de 60%. Porém os custos e despesas também cresceram e

assim o lucro caiu. A empresa tem um orçamento empresarial bem consolidado e pratica os melhores
métodos de gestão orçamentária, as incertezas, portanto, são menores. O orçamento mostra que o

principal fornecedor aumentou os preços da matéria-prima e mudou a forma de pagamento.

Dessa forma, a direção da empresa simplesmente decide trocar de fornecedor. Mas essa é a

melhor decisão? O que você recomendaria? Que tipo de decisão é esta, estruturada, não estruturada

ou semiestruturada?

FINALIZANDO

Nesta segunda aula, conhecemos os conceitos de sistema de uma forma geral, fundamental para
conhecer o conceito de sistemas de informação, propriamente dito. Também vimos as principais

aplicações dos sistemas de informação: em nosso cotidiano, nas empresas e no setor público.

Na sequência vimos os três tipos de decisões: estruturadas, não estruturadas e semiestruturadas

e isso tem a ver com os tipos de informações que dispomos.

Aprendemos um método interessante de tomada de decisões, em etapas, que envolve raciocínio

objetivo, mas também leva em conta as informações qualitativas. Por fim entendemos esse processo

com um exemplo de tomada de decisão em uma empresa.

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REFERÊNCIAS

CHIAVENATO, I. Administração: Teoria, Processo e Prática. São Paulo: Pearson Education do

Brasil, 2000.

ELEUTÉRIO, M. A. M. Sistemas de Informações Gerenciais na Atualidade. Curitiba:

InterSaberes, 2015.

OLIVEIRA, D. P. R. Sistemas de informações gerenciais: estratégicas táticas operacionais. 12. ed.

São Paulo: Atlas, 2008.

STAIR, R. M. Princípios de Sistemas de Informação: uma abordagem gerencial. 4. ed. Rio de

Janeiro: LTC, 2004.

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