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ORGANIZAÇÃO E DE
LAYOUT PARA ME
1ª Edição
Indaial - 2020
UNIASSELVI-PÓS
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Copyright © UNIASSELVI 2020
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri
UNIASSELVI – Indaial.
R111m
Raasch, Michele
ISBN 978-65-5646-112-0
ISBN Digital 978-65-5646-113-7
CDD 658.05
Impresso por:
Sumário
APRESENTAÇÃO.............................................................................5
CAPÍTULO 1
Sistemas...........................................................................................7
CAPÍTULO 2
Estrutura Organizacional..........................................................55
CAPÍTULO 3
Ferramentas................................................................................103
APRESENTAÇÃO
Este livro foi desenvolvido pensando em você, acadêmico da pós-graduação,
independentemente da área em que fez sua graduação. Por conta isso, nesse
material são utilizadas abordagens explicativas, como no Capítulo 1, no qual
você aprenderá as principais características dos sistemas gerenciais e seus
componentes, mas, para isso, é necessário entender o que é um sistema. Isso
é importante, pois, dependendo da sua formação, tal conceito pode não ter sido
contemplado ao longo do curso, principalmente, se esse não é da área de gestão.
• definir sistemas;
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Capítulo 1 Sistemas
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Nesta seção você aprenderá características e componentes dos sistemas
gerenciais. Para isso, inicialmente, entenderemos brevemente a Teoria dos
Sistemas e como ela se relaciona com a empresa e a Teoria das Organizações.
Aprenderemos o que é um sistema, para que a nomenclatura sistemas gerenciais
fique mais clara. Tomaremos conhecimento da tomada de decisão e o processo
em que o processo de tomada de decisão ocorre.
2 SISTEMAS
Para compreender a empresa e os sistemas gerenciais, é importante
entender o que são sistemas e quais são as características deles. Com isso será
possível perceber o porquê das nomenclaturas sistemas gerenciais, empresa
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Métodos de organização e de layout para ME
Como já foi visto, a moderna Teoria dos Sistemas considera o sistema aberto
em interação com o ambiente. Nas organizações o ambiente é composto por
partes que estão fora do sistema, mas que de alguma forma poderão afetar o
sistema como um todo (OLIVEIRA, 2006). Kast e Rosenweig (1980) ressaltam
que esses sistemas não são abertos apenas com o ambiente, mas também com
eles mesmos, assim essas interações internas também podem afetar o sistema
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Capítulo 1 Sistemas
em sua totalidade.
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Métodos de organização e de layout para ME
A figura a seguir ilustra o modelo geral proposto por Kast e Rosenweig (1980)
de sistema aberto.
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Capítulo 1 Sistemas
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Métodos de organização e de layout para ME
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Capítulo 1 Sistemas
Podemos perceber então que atores e eventos, que estão fora do sistema,
podem interferir no seu processo. Para que o equilíbrio ocorra, é necessário que os
gestores adaptem certos subsistemas a fim de garantir sua vantagem competitiva.
Essa capacidade de se adaptar e integrar os recursos é uma necessidade tanto
da grande empresa quanto da microempresa.
I- Importação de energia.
II- Transformação.
III- Saída.
IV- Entidades cíclicas.
V- Entropia e sintropia.
VI- Entrada de informação.
VII- Homeóstase dinâmica e estabilidade.
VIII- Diferenciação.
IX- Equifinidade.
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Métodos de organização e de layout para ME
3 SISTEMAS GERENCIAIS
Após compreendermos a empresa como um sistema, partimos para o
aprendizado acerca dos sistemas gerenciais. Um subsistema da empresa é
considerado um sistema em seu nível, afinal subsistemas são sistemas menores
dentro de sistemas maiores. Imagine isso visualizando a Figura 1. Uma empresa
necessita de planejamento, organização e controle, são princípios organizacionais.
Para isso, os sistemas gerenciais fazem parte desse grande sistema empresarial.
Cabe aqui destacar uma reflexão feita por Lerner (1991), quando se criar
qualquer tipo de sistema, devemos levar em conta a flexibilidade dele, uma vez que
o ambiente em que tais sistemas se encontram requerem mudanças e adaptações
constantes dos próprios sistemas, para assim alcançar os seus objetivos e os
resultados esperados. Ou seja, ao criar uma empresa ou até mesmo ao gerenciar
uma empresa, devemos pensar flexivelmente, principalmente nos dias atuais, em
que as informações mudam rapidamente e os consumidores estão cada vez mais
exigentes.
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Capítulo 1 Sistemas
• Caracterizar o problema.
• Compreender o ambiente.
• Identificar impactos que a decisão pode gerar.
• Ter um sistema de informações eficiente.
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Métodos de organização e de layout para ME
As áreas meio e fim são consideradas por Oliveira (2006) como funções do
SIG, pois carregam consigo dados importantes para a tomada de decisão. Todavia
consideramos que, assim como o sistema de informações gerenciais, elas também
fazem parte do sistema gerencial, porém, suas informações são repassadas ao
sistema de informações gerenciais.
FONTE: A autora.
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Capítulo 1 Sistemas
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FONTE: A autora.
FONTE: A autora.
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Capítulo 1 Sistemas
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Métodos de organização e de layout para ME
Cabe destacar que esse tipo de programa ajuda o gestor, mas deve-se
considerar que ele necessita de informações que certas vezes as empresas não
possuem, além disso, eles precisam ser utilizado de forma correta para que a
organização tire proveito deles. Isso mostra o quão importante são os dados para
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Capítulo 1 Sistemas
3 TOMADA DE DECISÃO
O sistema gerencial dá suporte ao gestor para a tomada de decisão,
podemos considerar que a tomada de decisão assertiva depende de um bom
sistema gerencial. A tomada de decisão é um processo complexo, no qual a má
compreensão de um aspecto pode comprometer os resultados. Esse processo
existe dentro de qualquer empresa, independentemente do porte, do ramo e
da localização. Ele ocorre em diferentes níveis hierárquicos, com as mesmas
características e importância. Uma decisão errada em algum nível da empresa
poderá afetar os demais níveis, e ser um grande problema a ser solucionado.
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Métodos de organização e de layout para ME
Para que a tomada de decisão seja a mais eficaz possível, é preciso que
sejam levadas algumas fases em consideração, conforme orienta Oliveira (2006):
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Capítulo 1 Sistemas
• Identificar o problema.
• Analisar o problema, considerando que ele é um sistema.
• Estabelecer soluções.
• Analisar e comparar as soluções propostas.
• Selecionar a melhor alternativa.
• Implementar a alternativa escolhida, treinar e capacitar as pessoas
envolvidas.
• Avaliar a alternativa pelos critérios impostos pela empresa.
A figura a seguir ilustra essas fases, cabe informar que elas podem mudar
de uma empresa para outra. Dependendo da empresa e do tipo de decisão a ser
tomada, podem ser inseridas fases no processo. Não se espera que seja excluída
fase alguma das apresentadas aqui, pois elas são consideradas básicas para a
tomada de decisão.
FONTE: A autora.
Algumas questões devem ser realizadas em cada uma dessas fases, como
na fase de identificação do problema, são as seguintes:
• Qual o problema?
• Quando ocorreu e por que ocorreu?
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Métodos de organização e de layout para ME
Na fase de avaliação:
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Capítulo 1 Sistemas
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Métodos de organização e de layout para ME
4 DISTRIBUIÇÃO DO TRABALHO
Como já vimos, a empresa é um sistema composto de subsistemas. Um
desses subsistemas é a departamentalização, gerada através da divisão do
trabalho que é um subcomponente da estrutura organizacional. Em uma empresa
com mais de um funcionário, dividir o trabalho é quase inevitável. É preciso dividir
as tarefas e responsabilidades para que seja possível ter uma melhor visão do
que está sendo feito, para que a coordenação e a tomada de decisão sejam
facilitadas.
A divisão do trabalho não é algo novo, desde a pré-história ela já faz parte
do cotidiano do ser humano, com o objetivo de atingir os objetivos de forma
mais eficiente com os recursos disponíveis (CRUZ, 1998). Um exemplo disso é
que, cerca de 3000 anos atrás, chineses já dividiam seus artesãos em grupos
de trabalho, de acordo com a especialidade como fabricar artefatos de metal, de
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Capítulo 1 Sistemas
• Função técnica.
• Função comercial.
• Função financeira.
• Função segurança.
• Função contábil.
• Função administrativa.
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Capítulo 1 Sistemas
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A figura a seguir ilustra esse tipo de divisão. Note que para um mesmo
gerente existe mais de um supervisor.
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Capítulo 1 Sistemas
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Podemos considerar a era digital como a revolução que mais impactou nas
empresas, tanto na estrutura organizacional, na tomada decisão e na percepção
ambiental dos gestores. Os consumidores não são mais os mesmos, suas
exigências e costumes já não são mais os mesmos e as empresas necessitam
acompanhar tal mudança tanto em seus produtos e serviços, como no seu
sistema como um todo.
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Capítulo 1 Sistemas
4.2 COORDENAÇÃO
Conforme orienta Mintzberg (2003), além da divisão das tarefas, é necessária
a que haja coordenação entre elas. Para isso, existem os mecanismos de
coordenação, que, segundo o autor, são cinco apresentadas a seguir.
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Capítulo 1 Sistemas
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Mintzberg (2003, p. 38) esclarece que o trabalho pode ser especializado por
meio de duas dimensões:
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Capítulo 1 Sistemas
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FONTE: A autora
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Capítulo 1 Sistemas
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5 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Ao final desse capítulo, foi possível atingir os objetivos propostos e
compreender o que é um sistema, quais são suas características e tipos, o
processo de tomada de decisão, o processo da distribuição do trabalho, como
analisar os sistemas gerenciais, classificar os sistemas, para assim compreender
melhor a organização e o seu sistema gerencial.
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Capítulo 1 Sistemas
Você deve estar atento a esses fatores que influenciam a empresa para
que não perca o foco no objetivo principal da organização, principalmente, em
microempresas nas quais a estrutura e a comunicação informal ainda prevalecem
na maioria dos casos. As mudanças ocorrem cada vez mais rapidamente e é o
gestor que deve estar atento a elas, uma vez que é responsável pela gestão da
empresa e pelo sistema gerencial. Buscar novos conhecimentos e ficar sempre
atualizado são formas de estar próximo do que o mercado exige de novidade.
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Métodos de organização e de layout para ME
departamentos. A divisão do trabalho não é algo apenas dos dias atuais, povos
antigos já dividiam suas tarefas em busca da maior produtividade e qualidade dos
trabalhos.
A partir do estudo desse capítulo, você tem uma base importante para dar
seguimento aos estudos propostos nos próximos capítulos.
REFERÊNCIAS
CRUZ, T. Sistemas, organizações e métodos: estudo integrado das novas
tecnologias de informação. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
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Capítulo 1 Sistemas
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C APÍTULO 2
Estrutura Organizacional
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Capítulo 2 Estrutura Organizacional
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Como percebemos no Capítulo 1, as empresas são sistemas abertos que
se encontram em um ecossistema, o ambiente organizacional. Neste Capítulo
2 compreenderemos que as empresas possuem uma estrutura, seja formal ou
informal. Assim como aprenderemos como pode ser a estrutura de uma empresa.
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Métodos de organização e de layout para ME
2 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Aprendemos no Capítulo 1 que as empresas são sistemas abertos e que os
sistemas são um conjunto de partes integradas. Com a estrutura organizacional
não é diferente, de acordo com Hall (2004, p. 44), a “combinação das partes
organizacionais”. O autor atribui três características que formam a estrutura
organizacional e que levam as empresas a terem estruturas distintas, de acordo
com sua complexidade, formalização e centralização.
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Capítulo 2 Estrutura Organizacional
Devemos ter em mente que a estrutura de uma empresa não é fixa, ela passa
por mudanças conforme com o que acontece na empresa. Uma vez que a estrutura
de uma empresa é constituída das interações que ocorrem dentro da empresa,
ela pode seguir a tendência de mercado atual e se recriar posteriormente (HALL,
2004). Elas são dinâmicas também pelos aspectos informais quando levados
em conta as características das pessoas que compõem a estrutura (OLIVEIRA,
2006). As estruturas das organizações podem ser afetadas pelo tamanho da
organização, pela principal atividade ou serviço desenvolvido pela tecnologia,
pelo ambiente organizacional, pelas suas estratégias e pelo poder (HALL, 2004).
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Capítulo 2 Estrutura Organizacional
Burocrático Orgânico
Burocrático Orgânico
É preciso que se tenha cuidado ao criar a estrutura de sua empresa para que
não se crie uma amplitude de controle exagerada, com uma grande quantidade
de níveis hierárquicos, cruzamento de autoridade e exagero na quantidade de
subordinados (LERNER, 1992).
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Capítulo 2 Estrutura Organizacional
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Cruz salienta que as empresas podem criar estruturas para tirar vantagem da
informalidade, pois “estruturas informais sempre existirão” (CRUZ, 1998, p. 41). A
partir disso, deve-se “criar estruturas formais baseadas nas estruturas informais”
(CRUZ, 1998, p. 42). Nos dias atuais existem inúmeros tipos de estruturas
organizacionais, a era digital, do relacionamento estreito com o cliente, fez com que
as antigas estruturas organizacionais fossem adaptadas. Salientamos que elas não
deixaram de existir. Assim novos tipos de estruturas organizacionais foram criados,
além das conhecidas estruturas formal e informal.
A autoridade “é o direito, o poder, a força que alguém deve ter ou pode ter para
exercer o seu cargo” (LERNER, 1992, p. 30). O colaborador, de qualquer nível,
deve ter equilíbrio sobre sua autoridade requerida por seu cargo, pois tanto mais,
quanto menos autoridade podem causar insucesso (LERNER, 1992).
Lerner (1991, p. 31) destaca que “não basta alguém precisar de autoridade, é
necessário ter ou receber, e isto estará na dependência do julgamento daqueles que
podem decidir sobre o assunto, mas que nem sempre o fazem de forma correta”.
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Capítulo 2 Estrutura Organizacional
3 TIPOS DE ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL
Nessa seção conheceremos um pouco cada uma das possíveis estruturas
organizacionais apresentadas pela literatura, que são decorrentes das estruturas
consideradas base, a formal, principalmente, e a informal. Portanto, antes de
conhecer as variações das estruturas, serão apresentados as estruturas formais,
suas características, seus possíveis tipos de estrutura decorrentes delas e, por
fim, a estrutura informal.
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Métodos de organização e de layout para ME
Elas sempre foram mais rígidas e menos criativas, tinham como função
básica a execução das atividades administrativas de planejar, organizar, dirigir e
controlar (CRUZ, 1998). É preciso atenção, pois essa rigidez pode trazer alguns
aspectos negativos como distorções, incapacidade de resolução de imprevistos e
adversidades (CRUZ, 1998). Esse tipo de estrutura organizacional possui como
funções básicas (CRUZ, 1998; OLIVEIRA, 2006), as descritas na figura a seguir.
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Capítulo 2 Estrutura Organizacional
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Alguns pontos fortes e vantagens são destacados na literatura para esse tipo
de estrutura. De acordo com Lerner (1991), os pontos fortes são:
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Capítulo 2 Estrutura Organizacional
A estrutura formal é rígida e isso não se modifica no tipo linear. Nesse caso
percebemos a rigidez na hierarquia da estrutura, com a autoridade bem definida,
o colaborador da Unidade A não pode se comunicar com o gestor de produção
ou com o diretor, pois ele está subordinado ao supervisor da Unidade A e este
deve ser contatado em primeiro lugar (LERNER, 1991). Assim como o supervisor
de qualquer uma das unidades não pode entrar em contato com o diretor, pois
está diretamente subordinado ao gestor de produção. Nem mesmo as unidades
podem ter contato com outras unidades sem antes passar pelo supervisor da sua
unidade.
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Capítulo 2 Estrutura Organizacional
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Essa estrutura nada mais é que uma estrutura com base linear incluída à
assessoria como um órgão de apoio. Nesse caso os gestores de alto nível
não possuem as características da estrutura linear, eles devem ser acessíveis
(LERNER, 1991). Cabe destacar algumas premissas básicas sobre a assessoria:
as decisões operacionais de execução de trabalho são tomadas por órgãos de
linha; a assessoria deve prestar o apoio necessário para eficácia dos resultados
(LERNER, 1991).
São destacados por Lerner (1991) os seguintes pontos fortes dessa estrutura:
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Capítulo 2 Estrutura Organizacional
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Pode ser uma escolha estratégica positiva gerando resultados positivos para
a empresa, se o conselho de administração for competente e o presidente ter
qualidades cabíveis a seu cargo (LERNER, 1991).
Os pontos fortes desse tipo de estrutura destacados por Lerner (1991) são:
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Outra definição é dada para a estrutura informal por Oliveira (2006), ela é
abordada para que você consiga ter um melhor entendimento da diferença entre
estrutura formal e informal. Segundo o autor,
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• Empresa Virtual: são empresas que podem não ter estrutura física,
forma, sede, nem colaboradores, elas podem estar em qualquer lugar.
Essas empresas tem por finalidade atender às necessidades dos clientes
(CRUZ, 1998). O que possibilita esse tipo de “não estrutura” (CRUZ,
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Cabe salientar que cada empresa é diferente uma da outra, elas são partes
básicas, o que não quer dizer que sua empresa não possa conter outras partes
em sua estrutura organizacional. A figura a seguir apresenta cinco partes que
serão apresentadas na sequência.
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Capítulo 2 Estrutura Organizacional
Como o próprio nome diz, os indivíduos desse grupo são responsáveis pela
maior parte da estratégia da empresa. Eles são responsáveis por desenvolver
e manter contatos importantes para a empresa, desenvolver a estratégia da
empresa com conhecimento do ambiente que cerca a organização para que as
oportunidades sejam aproveitadas (MINTZBERG, 2003).
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Capítulo 2 Estrutura Organizacional
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Métodos de organização e de layout para ME
4 CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS
De acordo com Hall (2004), as estruturas das organizações variam de acordo
com três principais características: complexidade; formalização e centralização.
Veremos cada uma dessas características para compreender melhor cada uma
delas na estrutura organizacional.
4.1 COMPLEXIDADE
Esse elemento é de extrema importância para a organização no geral, pois
pode afetar seus colaboradores, processos, sua estrutura e a relação da empresa
com o ambiente (HALL, 2004). O significado para organizações complexas
utilizado pela literatura é “organizações complexas contêm muitas subpartes que
exigem coordenação e controle e, quanto mais complexa uma organização, mais
difícil de atingir a coordenação e o controle” (HALL, 2004, p. 49).
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Capítulo 2 Estrutura Organizacional
Hoje sua organização pode ter uma diferenciação horizontal forte e uma
menor dispersão geográfica, o que a tornou complexa. Com o tempo e as
adaptações realizadas internamente na organização, a realidade pode fazer a
estrutura da empresa mudar e assim modificar e até eliminar sua complexidade.
Podem existir ainda empresas com tarefas altamente rotineiras, mas mesmo
assim não existir a diferenciação e a complexidade organizacional.
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Métodos de organização e de layout para ME
4.2 FORMALIZAÇÃO
Esse é um elemento que impacta diretamente no colaborador, pois está
relacionado às regras e aos procedimentos da empresa. Ele é utilizado, pois é
uma forma de coordenar as atividades, “assegurar a consistência da mecanização
que leva a uma produção eficiente” (MINTZBERG, 2003, p. 46). De acordo com
Hall (2004, p. 61),
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Capítulo 2 Estrutura Organizacional
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Capítulo 2 Estrutura Organizacional
5 ANÁLISE DE ESTRUTURAS
ORGANIZACIONAIS
Para realizar o estudo da estrutura de uma organização, a literatura destaca
alguns métodos ou formas de analisar a estrutura de uma organização. Esses
métodos serão apresentados individualmente para que você possa conhecer
cada um e suas particularidades.
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Capítulo 2 Estrutura Organizacional
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Métodos de organização e de layout para ME
Ele deve ser elaborado com clareza e objetividade para que atenda a
seu objetivo. Um questionário mal elaborado ou mal aplicado poderá
gerar controvérsias e problemas.
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Capítulo 2 Estrutura Organizacional
6 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
O Capítulo 2 deste material teve como objetivo apresentar a estrutura
organizacional de uma empresa, suas características, seus tipos e formas de
análise. Compreende-se que, para que a compreenção do que é estrutura
organizacional se desse com mais facilidade, foi importante ter tido conhecimento
acerca de sistemas e sistemas gerenciais apresentados no Capítulo 1. Afinal ela
pode ser conhecida como a combinação de partes de um sistema, incluindo o
sistema gerencial.
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Métodos de organização e de layout para ME
Para que seja então estruturada uma empresa, o gestor deverá identificar as
características da estrutura da empresa dele, analisar e ordenar cargos, tarefas,
funções; agrupar as atividades e recursos da melhor forma para que os objetivos
da empresa sejam alcançados. Lembramos que a estrutura organizacional existe
devido à divisão das tarefas e necessidade de coordenação das atividades. Para
criar ou até mesmo analisar uma estrutura organizacional, o gestor deverá ter
conhecimento a respeito dos princípios básicos da organização. Nesse capítulo
abordamos os princípios destacados por Lerner (1991).
No entanto, o gestor deverá estar atento aos fatores ambientais que possam
influenciar na empresa, pois a estrutura da empresa dele não é estática. Ela
poderá passar por mudanças, a nosso ver, essas mudanças são necessárias
para que a organização se reinvente e acompanhe seu ciclo. No Capítulo 2 vimos
alguns dos fatores que podem interferir na estrutura da empresa e gerar essas
mudanças, como o tamanho, a idade, a tecnologia, as estratégias de poder e
o ambiente organizacional. Vimos também dezesseis hipóteses que Mintzberg
(2003) apresentou a respeito desses fatores.
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Capítulo 2 Estrutura Organizacional
REFERÊNCIAS
CRUZ, T. Sistemas, organizações e métodos: estudo integrado das novas
tecnologias de informação. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
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Métodos de organização e de layout para ME
102
C APÍTULO 3
Ferramentas
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Capítulo 3 Ferramentas
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Ao longo deste capítulo serão abordadas três temáticas relevantes para as
microempresas, que são o fluxograma, manual administrativo e layout. Temas
que corriqueiramente nos remetem a grandes corporações, mas que devem ser
apreciadas pelas microempresas.
2 FLUXOGRAMA
O fluxograma é um dos tipos de representação gráfica que podemos utilizar
na organização. É considerado uma das técnicas tradicionais de análise de
rotinas, que possibilita o levantamento de análise de processos (CRUZ, 1998).
Ele possui como vantagem a possibilidade de visualizar uma rotina, baseada nas
informações recebidas no levantamento, sem a necessidade da leitura de textos,
apenas utilizando símbolos (LERNER, 1991).
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Métodos de organização e de layout para ME
Ele possui basicamente as seguintes etapas de acordo com César (2011, p. 107):
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Capítulo 3 Ferramentas
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Métodos de organização e de layout para ME
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Capítulo 3 Ferramentas
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Métodos de organização e de layout para ME
Esses símbolos devem ser de fácil compreensão para que sejam rapidamente
identificados os fluxos. Símbolos podem ser criados pela sua empresa, mas eles
devem seguir a regra apresentada anteriormente e devem ser padronizados.
A combinação de símbolos em um fluxograma permite a representação,
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Capítulo 3 Ferramentas
FONTE: Adaptado de Lerner (1991), Oakland (1994), Cruz (1998) e Oliveira (2006)
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Métodos de organização e de layout para ME
Por mais que exista uma diversidade de símbolos, nem sempre todos são
utilizados nos fluxogramas (CRUZ, 1998). Veremos na Seção 2.2 os tipos de
fluxograma existentes e os símbolos comumente utilizados por cada um deles.
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Capítulo 3 Ferramentas
• FLUXOGRAMA SINTÉTICO
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• FLUXOGRAMA DE BLOCO
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Capítulo 3 Ferramentas
• FLUXOGRAMA VERTICAL
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Métodos de organização e de layout para ME
Ele é formado por colunas verticais, nas quais, em uma coluna, são alocados
os símbolos convencionais, de operação, arquivamento, transporte; em outra
coluna, são descritos os métodos utilizados e ainda, em uma outra coluna, coloca-
se o profissional ou a unidade executora da operação. Pode haver ainda uma
coluna na qual estejam as perguntas, como por quê?; o quê?; onde?; quando?;
quem?; como?; e quando? com o intuito de obter elementos que possibilitam a
simplificação do trabalho (OLIVEIRA, 2006). Também há fluxogramas verticais
que “apresentam colunas em que são anotados a distância do percurso dos
passos e o tempo médio de dispendido de cada fase, assim como apresentam
duas colunas para os procedimentos atuais e outra para os propostos” (OLIVEIRA,
2006, p. 255).
(OLIVEIRA, 2006).
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Capítulo 3 Ferramentas
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Capítulo 3 Ferramentas
Você deve estar pensando que esses símbolos são semelhantes aos do
fluxograma descritivo e realmente são, o que demostra que os diferentes tipos de
fluxograma possuem relativa homogeneidade (OLIVEIRA, 2006).
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Capítulo 3 Ferramentas
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Métodos de organização e de layout para ME
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Capítulo 3 Ferramentas
3 MANUAIS ADMINISTRATIVOS
A utilização de manuais em uma empresa é importante, pois eles possibilitam
demonstrar a organização do trabalho, como fazê-lo e o que deve ser feito. No
Capítulo 1 foi mencionada a importância de um manual da rotina de trabalho, para
que, quando o colaborador responsável não pudesse estar presente na empresa,
outra pessoa tivesse a capacidade de desenvolver tal função a partir dos escritos
no manual. Portando os manuais facilitam as rotinas dentro de uma organização.
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Capítulo 3 Ferramentas
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às normas comportamentais, entre outros. Por conta disso são os mais utilizados
pelas empresas.
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Capítulo 3 Ferramentas
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Métodos de organização e de layout para ME
4 LAYOUT
O estudo do Layout ou também conhecido como arranjo físico é importante,
pois auxilia na melhor execução das tarefas, reduzindo deslocamentos e
organizando melhor a estrutura física da empresa. Algumas empresas, em
especial pequenas e micro, possuem espaços pequenos para o desenvolvimento
das tarefas. Portanto, a correta alocação do mobiliário e dos instrumentos de
trabalho pode contribuir para um melhor aproveitamento do espaço.
Decisões que podem parecer para alguns básicas, como o local onde a
impressora estará disposta e a direção das mesas, se mal planejados, podem
interferir na agilidade da execução dos trabalhos. São coisas simples, que devem
ser pensadas e analisadas cuidadosamente, para assim tirar vantagem do espaço
que está disponível na empresa.
Caso o layout de uma empresa estiver errado e for mal planejado, podem
ocorrer alguns problemas como o fluxo excessivo longo, imprevisível e confuso;
estoque de materiais; filas de clientes; inconveniências para os clientes; tempo
longo de processamentos; operações inflexíveis e altos custos (SLACK et al.,
1996).
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Capítulo 3 Ferramentas
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Métodos de organização e de layout para ME
Cabe salientar que essas medidas não são regras a serem seguidas e sim
padrões que a literatura apresenta. Ou seja, elas podem mudar de empresa para
empresa de acordo com os recursos, o espaço físico e as necessidades dela.
Cabe ao tomador de decisão gerenciar esses espaços, sempre pensando no seu
melhor aproveitamento para execução das tarefas.
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Capítulo 3 Ferramentas
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Métodos de organização e de layout para ME
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Capítulo 3 Ferramentas
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Os autores Slack et al. (1996) destacam que existem quatro tipos de layout:
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Vantagens Desvantagens
Flexibilidade de mix e produto Custos unitários muito altos.
muito alta.
Programação de espaço ou
Produto ou cliente não movido atividades pode ser complexa.
Posicional
ou perturbado.
Pode significar muita movi-
Alta variedade de tarefas para a mentação de equipamentos e
mão-de-obra. mão-de-obra.
Alta flexibilidade de mix e produ- Baixa utilização de recursos.
to;
Pode ter alto estoque em pro-
Relativamente robusto em caso cesso ou filas de clientes.
Processo
de interrupção de etapas;
Fluxo complexo pode ser difícil
Supervisão de equipamento e de controlar.
instalações relativamente fácil.
Pode dar um bom compromisso Pode ser caro reconfigurar
entre custo e flexibilidade para arranjo físico atual.
operações com variedade relati-
Pode requerer capacidade
vamente alta.
Celular adicional.
Atravessamento rápido.
Pode reduzir níveis de uti-
Trabalho em grupo pode resultar lização de recursos.
em melhor motivação.
Baixos custos unitários para altos Pode ter baixa flexibilidade de
volumes. mix.
Dá oportunidade para especial- Não muito robusto contra inter-
Produto
ização de equipamento. rupções.
Movimentação de clientes e ma- Trabalho pode ser repetitivo.
teriais conveniente.
FONTE: Slack et al. (1996, p. 173)
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Capítulo 3 Ferramentas
5 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
No Capítulo 3 objetivamos apresentar os temas fluxograma, manual
administrativo e layout. A partir da discussão acerca de fluxogramas foi possível
compreender que ele é um tipo importante de representação gráfica de análise
de rotinas. Através dele é possível realizar a análise de fluxos de trabalho, de
operações e identificar possíveis erros/falhas no processo.
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REFERÊNCIAS
ARAUJO, L. C. G. Organização e métodos. São Paulo: Atlas, 2006.
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