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Tema:
Tutor:
Pemba
2021
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Muanassa Rosário Saide Ali
Tutor:
Pemba
2021
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Indice
1. Introdução............................................................................................................................ 4
1.1. Objectivos ........................................................................................................................ 5
1.1.1. Objectivos gerais: ........................................................................................................ 5
1.1.2. Objectivos específicos: ................................................................................................ 5
1.2. Metodológia ..................................................................................................................... 5
1. Revisão de Literatura .......................................................................................................... 6
1.1. Organização, Processo e Estruturas ................................................................................. 6
1.1.1. Processo e objetivos da organização: ........................................................................... 6
1.1.2. Funções, departamentalização e diferenciação ............................................................ 7
1.1.2.1. Tipos de departamentalização: ................................................................................. 8
1.1.3. Responsabilidade, Autoridade E Delegação ................................................................ 9
1.1.4. Autoridade de linha, de staff e funcional: .................................................................. 11
2.1.7. Princípios de organização: ......................................................................................... 12
2.1.8. Centralização e descentralização ............................................................................... 13
2.1.9. Estruturas organizacionais ......................................................................................... 15
2.1.10. Tipos de estruturas ..................................................................................................... 15
2.1.11. Por Projetos E Matricial ............................................................................................. 18
2.2. Caso em Estudo: A Empresa Amodefa ......................................................................... 20
3. Conclusão .......................................................................................................................... 26
Bibliográfia ............................................................................................................................... 27
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1. Introdução
A noção de estrutura tem sentidos tão diversos que é difícil e provavelmente impossível listar
todos os seus significados. Segundo Motta e Vasconcelos (2002), o termo estrutura vem
sendo empregado há bastante tempo. Deve-se a H. Spencer a introdução desse conceito nas
Ciências Sociais, que o utilizou fazendo associação direta com o conceito de função, na
tradição da analogia com as funções anatômicas.
Mais tarde Émile Durkheim retomou essa mesma utilização, que continuou no organicismo de
Radcliffe-Brown e no estruturalismo de Lévi-Strauss. Essa transferência do termo estrutura
das ciências biológicas para as ciências sociais não se realizou sem que houvesse
questionamentos: na acepção inicial a estrutura é algo detectável, palpável no âmbito da
realidade concreta. Ao serem transferidos para o domínio do social, os limites traçados para o
conjunto tornam-se discutíveis e, por vezes, arbitrários.
A partir de então, não se trata mais, como na tradição das ciências biológicas dos séculos
XVII e XVIII, de como decompor um todo, mas de como relacionar e estabelecer que
elementos farão parte desse todo suposto. Assim sendo, o conceito de estrutura passa a ser
múltiplo e, em especial, no Estruturalismo, depende da teoria e do enfoque utilizado. Dos
vários significados apresentados por Boudon e Bourricaud (1993) para o termo estrutura,
percebe-se que alguns permeiam o campo da teoria das organizações.
Assim, toda organização, por mais simples que seja, tem sua maneira própria de realizar suas
atividades, sendo que a forma como estrutura suas atividades é influência determinante para o
desempenho da organização. Isso posto, seria aceitável considerar que além de colaborar para
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o bom desempenho da organização, a estrutura traz em si importantes informações sobre as
principais características dessa organização
1.1. Objectivos
1.2. Metodológia
Enquanto procedimento, este trabalho realizou-se por meio de observação indirecta e indutiva,
porque foi partindo de uma análise documental e do seu respectivo conteúdo que obtivemos
um parecer, um ponto de vista generalizado sobre o tema em causa.
A pesquisa pode ser considerada “um procedimento formal com método de pensamento
reflectivo que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para reconhecer a
realidade ou para descobrir verdades espaciais. Significa muito mais do que apenas procurar a
verdade: é encontrar respostas para questões propostas, utilizando métodos científicos”
(LAKATOS, 2010).
Uma pesquisa é um processo sistemático de construção do conhecimento que tem como meta
principal, gerar novos conhecimentos. É basicamente um processo de aprendizagem tanto do
indivíduo que a realiza quanto da sociedade na qual esta se desenvolve.
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1. Revisão de Literatura
Muitas vezes, as empresas não podem alterar a sua forma de organização tão rapidamente
quanto o exigiria a alteração da estratégia e dos objetivos, acabando estes por ser
condicionados por aquela.
Mais tarde, há que definir o tipo de funções ou atividades necessárias para esse efeito.
Depois, reagrupam-se as funções que apresentam alguma similaridade, com base num critério
considerado relevante para o efeito.
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Departamento – é estabelecido para desenvolver a atividade correspondente a uma função ou
a um grupo restrito de funções.
Função – tipo de atividade laboral que pode ser identificada e se distingue de qualquer outra.
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• Separação de funções para evitar conflitos de interesses – a similaridade e o
elevado grau de inter-relação entre atividades nem sempre conduzem à formação de
um departamento. Pode acontecer que se torne até necessário que isso não aconteça.
• Necessidades de controlo de funções não semelhantes – sendo funções diferentes,
com aspetos específicos, pode tornar-se necessário reuni-las sob o comando do mesmo
responsável, por razões de controlo.
• Diferenciação vertical – criação de níveis hierárquicos adicionais.
• Diferenciação horizontal – formação de novos departamentos ao mesmo nível da
hierarquia.
1.1.2.1.Tipos De Departamentalização
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surja um novo projeto, mas só por acaso o número e a categoria das pessoas serão
exatamente os mesmos que estavam afetos ao projeto findo.
• Departamentalização matricial – a departamentalização é permanente, em vez de
mudar conforme acaba um e começa outro projeto. Aqui pode não haver projetos, mas
sim atividades que funcionam em dependência de mais do que um gestor, de forma
permanente.
• Formas combinadas de departamentalização – as formas de organização que se
encontram, na prática, não se enquadram rigorosa e exclusivamente num ou noutro
dos modelos de departamentalização referidos. O que acontece na generalidade dos
casos é as empresas optarem por uma estrutura de organização que contempla
simultaneamente várias das formas referidas.
• A autoridade é um direito.
• O exercício da autoridade envolve a tomada de decisões, o exercício de ações ou o
desempenho de deveres.
• A autoridade é garantida com a finalidade de prossecução dos objetivos da
organização.
Todo e qualquer gestor tem de ter alguma autoridade para que possa organizar e dirigir o uso
dos recursos à sua disposição.
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São as relações de autoridade que tornam possível o funcionamento da organização, facilitam
as atividades dos diversos departamentos e proporcionam a coordenação da empresa.
Vantagens da delegação:
Vantagens Desvantagens
AUTORIDADE DE LINHA
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Simplicidade. Reduzido aproveitamento dos
Divisão clara da autoridade especialistas. Excesso de esforço do
Encoraja rapidez na ação. pessoal-chave.
Dependência de poucas pessoas chave.
AUTORIDADE DE STAFF
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• Contiguidade geográfica – quanto mais separados trabalharem, menos
subordinados poderão ser efetivamente controlados por um só gestor, portanto menor
deve ser a amplitude do controlo.
• Interdependência ou interligação das tarefas – quanto mais interdependentes
e/ou interrelacionadas forem as tarefas dos subordinados, maior é a necessidade do
controlo e, menor é a amplitude.
• Estabilidade ou instabilidade do ambiente – num ambiente instável uma
amplitude de controlo estreita revela-se mais eficiente.
• Número de standards estabelecido – se tiver sido estabelecido um número de
standards (padrões) relativamente elevado, o controlo é mais fácil e a amplitude pode
ser alargada.
• Competência, experiência e motivação dos empregados – a amplitude do
controlo necessária varia no sentido inverso do grau de competência, motivação e
experiência dos subordinados.
• Empenhamento na organização – quando um forte empenhamento para com
a organização é tão importante como a eficiência técnica, uma maior amplitude de
controlo contribui normalmente para aumentar esse empenhamento.
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Descentralização total – toda a autoridade foi delegada nos subordinados, o que significa que
o estatuto de gestor desapareceu e, por conseguinte, também não é necessária qualquer
estrutura organizacional.
Vantagens da centralização:
Vantagens da descentralização:
• Conduz à tomada de decisões e a ações mais rápidas, uma vez que não é necessário
consultar tantas vezes os gestores de nível superior.
• Proporciona decisões mais adaptadas às condições locais.
• Desperta um maior interesse e entusiasmo por parte dos subordinados.
• Permite que os gestores do primeiro nível tenham ainda tempo disponível para um
estudo e consideração dos objetivos gerais, planos e políticas da empresa.
Outros aspetos que podem ter influência na tomada de decisões quanto ao grau de
centralização ou descentralização desejada:
Simples:
Estrutura mais simples.
• Comum em grande parte das empresas familiares e de pequena dimensão.
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• Constituída por apenas dois níveis hierárquicos – gestor/proprietário e os
empregados.
• Funciona sob controlo pessoal do gestor.
• Não serve para organizações de certa dimensão.
Funcional:
Divisionaria:
• Assente na divisão de tarefas com base na diversidade de produtos, serviços, mercados
ou processos da empresa.
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• Cada divisão tem a sua própria estrutura funcional.
• Podem surgir problemas de controlo, com o aumento da autoridade dos gestores das
divisões ou com o crescimento das divisões ou do seu número.
• Pode potenciar o aparecimento de políticas inconsistentes entre as divisões.
• Pode contribuir para um aumento dos custos da organização, nomeadamente pela
duplicação de especialistas funcionais, ao nível da dimensão e da empresa global.
• Eventualidade de sobrevalorização dos resultados a curto prazo, em virtude da pressão
posta nos gestores das divisões e no seu desempenho.
Vantagens:
Desvantagens:
Estrutura matricial – é uma forma de organização que combina as vantagens das suas
estruturas fundamentais já analisadas – a funcional e a divisionária.
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Contempla duas linhas de autoridade – a vertical (relativa aos gestores funcionais) e a
horizontal (relativa aos gestores dos projetos, programas, áreas geográficas ou linhas de
produtos).
Vantagens:
Desvantagens:
EM REDE
Estrutura em rede – é a mais recente, mas também a mais radical das estruturas
organizacionais. Consta de um único departamento central atuando como um broker
(intermediário que representa o comprador ou o vendedor e o
Põe em contacto com a outra parte) eletronicamente conectado com as outras divisões –
parcialmente subsidiárias ou independentes – e outras empresas independentes.
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2.2. Caso em Estudo: A Empresa AMODEFA
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AMODEFA, Associação Moçambicana para o Desenvolvimento da Família, cujo objectivo
foi, é, e continuará a ser “contribuir para a estabilidade da família através de acções de
informação, educação e comunicação, e outras de carácter económicas, tendentes a encorajar
uma relação cada vez mais coesa entre os vários membros da família e destes para com a
sociedade”. Procura também cobrir as áreas da população onde os serviços de saúde tem
dificuldades de cobertura eficaz.
A realização da missão, visão e do objectivo global será feita através das seguintes áreas
estratégicas e de intervenção:
1. Advocacia
2. Empoderamento
4. Capacidade Institucional
Missao
Visao
Uma Sociedade moçambicana livre do HIV/SIDA, onde todos têm acesso aos serviços
integrados de Saúde Sexual e Reprodutiva de qualidade, sem qualquer discriminação,
gozando de todos seus direitos sexuais e reprodutivos e, bem-estar.
Valores
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Objectivos da Organização
Estrutura Organizacional
A noção de estrutura tem sentidos tão diversos que é difícil e provavelmente impossível listar
todos os seus significados. Segundo Motta e Vasconcelos (2002), o termo estrutura vem
sendo empregado há bastante tempo. Deve-se a H. Spencer a introdução desse conceito nas
Ciências Sociais, que o utilizou fazendo associação direta com o conceito de função, na
tradição da analogia com as funções anatômicas.
Mais tarde Émile Durkheim retomou essa mesma utilização, que continuou no organicismo de
Radcliffe-Brown e no estruturalismo de Lévi-Strauss. Essa transferência do termo estrutura
das ciências biológicas para as ciências sociais não se realizou sem que houvesse
questionamentos: na acepção inicial a estrutura é algo detectável, palpável no âmbito da
realidade concreta. Ao serem transferidos para o domínio do social, os limites traçados para o
conjunto tornam-se discutíveis e, por vezes, arbitrários.
A partir de então, não se trata mais, como na tradição das ciências biológicas dos séculos
XVII e XVIII, de como decompor um todo, mas de como relacionar e estabelecer que
elementos farão parte desse todo suposto. Assim sendo, o conceito de estrutura passa a ser
múltiplo e, em especial, no Estruturalismo, depende da teoria e do enfoque utilizado. Dos
vários significados apresentados por Boudon e Bourricaud (1993) para o termo estrutura,
percebe-se que alguns permeiam o campo da teoria das organizações.
Assim, A Modefa por mais simples que seja, tem sua maneira própria de realizar suas
atividades, sendo que a forma como estrutura suas atividades é influência determinante para o
desempenho da organização. Isso posto, seria aceitável considerar que além de colaborar para
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o bom desempenho da organização, a estrutura traz em si importantes informações sobre as
principais características dessa organização o (MINTZBERG, 2003).
Para Mintzberg (2003), toda atividade humana organizada traz consigo duas exigências
fundamentais: a divisão do trabalho em várias tarefas a serem executadas e, ao mesmo tempo,
a coordenação dessas tarefas para a realização da atividade. Nesse sentido, o autor define a
estrutura de uma organização como a “soma total das maneiras pelas quais o trabalho é
dividido em tarefas distintas e, depois, como a coordenação é realizada entre essas tarefas”
(p.12).
Ainda, segundo esse autor, as estruturas alteram-se continuamente, à medida que sofrem
influência dos grupos de membros, das interações entre eles e das mudanças ambientais
contínuas.
Além disso, é fato que as organizações nem sempre adotam as estruturas com base
Departamentalização
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maneiras pelas quais as organizações decidem sobre a configuração organizacional que será
usada para agrupar as várias atividades; esse processo é a departamentalização.
Podem ser apontadas algumas formas de departamentalizar uma estrutura organizacional: por
função, por produto ou serviço, por território, por cliente, por processo, por projeto, matricial,
entre outras.
Vale ressaltar que a maioria das organizações adota mais de um desses critérios de
departamentalização. A seguir, irei apresentar a forma de departamentalização usada na
amodefa é a departamentalização territorial, ou regional, ou de área, ou geográfica.
Vantagens
Desvantagens
O enfoque territorial pode deixar sem segundo plano a coordenação tanto dos aspectos de
planejamento, execução ou controle como um todo, em face do grau de liberdade e autonomia
nas regiões;
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A preocupação estritamente territorial concentra-se mais nos aspectos mercadológicos e de
produção e quase não requer especialização.
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3. Conclusão
Conclui-se que Primeiro, e mais importante, as estruturas têm por finalidade produzir
resultados organizacionais e atingir metas organizacionais - e outras palavras, ser eficazes.
Segundo, as estruturas são criadas para minimizar ou, ao menos, regular a influência das
variações individuais na organização.
As estruturas são impostas para assegurar que os indivíduos se adaptem às exigências das
organizações, e não o contrário. Terceiro, as estruturas são os cenários nos quais o poder é
exercido, as decisões são tomadas e as atividades são realizadas. A partir da definição
exposta, constata-se que a estrutura de uma organização não pode ser definida simplesmente
como as subdivisões existentes dentro de uma organização, mas também como uma força
capaz de integrar todas as atividades e os atores envolvidos a fim de que seja atingido um
determinado objetivo, ou como uma força que permite a manutenção das relações existentes,
facilitando para cada indivíduo a realização de uma determinada tarefa.
Ainda, segundo esse autor, as estruturas alteram-se continuamente, à medida que sofrem
influência dos grupos de membros, das interações entre eles e das mudanças ambientais
contínuas. Contudo, apesar dessa dinâmica resultante de interações e mudanças, “a natureza
emergente da estrutura não deve cegar-nos para o fato de que as estruturas organizacionais
apresentam uma forte tendência à inércia” (HALL, 2004, p.45). Entre os fatores, que seriam
responsáveis pela dinamicidade dos modelos estruturais, Hall (2004) indica tamanho,
tecnologia, ambiente e escolha estratégica; ressaltando, entretanto, que as organizações não
respondem a esses automaticamente ou aleatoriamente.
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Bibliográfia
CURY, Antonio. Organização e métodos: uma visão holística. São Paulo: Atlas, 2000.
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Sistemas, organização e métodos: uma
abordagem gerencial, 13º ed. São Paulo: Atlas, 2002.
CHILD, J.: “Strategic Choice in the Analysis of Action, Structure, Organizations and
Environment: Retrospect and Prospect”. Organization Studies, Vol. 18, nº1, pp. 43-76, 1997.
CLEGG, S. As organizações e a modernização do mundo. In: ___________. As organizações
modernas. Oeiras: Celta, 1998. Cap.2. COELHO, A;
COELHO, F. O déficit estrutural das organizações: o exemplo Ibérico. In: ENANPAD, 2001,
Campinas. Anais...Campinas: ANPAD, 2001. CD-ROM ETZIONI, Amitai. Organizações
Modernas, 8ª ed. São Paulo : Pioneiras, 1989.
HALL, R. H. Organizações: estruturas, processos e resultados. São Paulo, Prentice Hall,
2004.
KATZ, D. e KAHN, R, L. Psicologia social das organizações. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1987.
MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
MOTTA, F. C. P.; VASCONCELOS, I. F. G.. Teoria Geral da administração. São Paulo:
Thomson, 2002.
RANSON, S., HINNINGS, B., GREENWOOD, R. The structuring of organizational
structures. Administrative Science Quarterly, v.25, n.1, p.1-17, 1980
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