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UNIVERSIDADE ABERTA - ISCED
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E GESTÃO
LICENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
O Candidato: O Supervisor:
__________________________ _________________________
Ernesto Bilale Msc. Pedro Tesoura Chichone Júnior
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Índice
Declaração de Honra ........................................................................................................V
Agradecimentos .............................................................................................................. Vi
Dedicatória..................................................................................................................... Vii
Lista de Abreviaturas .................................................................................................... Viii
Lista de Tabelas ............................................................................................................... Ix
Lista de Gráficos ...............................................................................................................X
Resumo............................................................................................................................Xi
CAPÍTULO I .................................................................................................................... 1
1. Introdução.................................................................................................................. 1
1.1. Tema de Estudo ..................................................................................................... 2
1.2. Delimitação do tema .............................................................................................. 2
1.3. Problema ................................................................................................................ 2
1.4. Justificativa ............................................................................................................ 3
1.5. Relevância ............................................................................................................. 3
1.6. Objectivos da Pesquisa .......................................................................................... 4
1.6.1. Objectivo geral ................................................................................................... 4
1.6.2. Objectivos específicos ....................................................................................... 4
1.7. Questões de pesquisa ............................................................................................. 4
CAPITULO II ................................................................................................................... 5
2. REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................. 5
2.1. Introdução .............................................................................................................. 5
2.2. Conceito de Conservação ...................................................................................... 5
2.3. Conceito de Registo ............................................................................................... 5
2.3.1. Conceito de registo civil .................................................................................... 6
2.4. Qualidade de Serviços ........................................................................................... 7
2.4.1. Breve Historial ................................................................................................... 7
2.4.2. Conceito de Qualidade ....................................................................................... 7
2.4.3. Abordagens de Qualidade ................................................................................ 10
2.4.4. Gestão de Qualidade Total ............................................................................... 12
2.4.5. Sistema de Gestão da Qualidade ...................................................................... 14
2.5. A Gestão e a Qualidade nos Serviços Públicos ................................................... 15
2.5.1. A Gestão nos Serviços Públicos ...................................................................... 16
2.5.2. A Gestão Pública ............................................................................................. 18
3
2.5.2.1. Característica de Gestão Pública .................................................................. 18
2.5.2.2. A Gestão de serviços públicos e boa governação ........................................ 18
2.5.3. Contributo das tecnologias de informação e comunicação (TIC) .................... 20
2.6. As Relações entre os Clientes-utentes e os Funcionários (Atendimento) ........... 21
2.6.1. Tipologia de Atendimento ............................................................................... 22
2.7. Qualidade no Atendimento .................................................................................. 23
2.8. Mau atendimento na função Pública ................................................................... 24
2.9. Sistema de Qualidade ISO 9000 .......................................................................... 25
2.9.1. Conceito ........................................................................................................... 25
2.9.2. Caraterísticas de ISO 9000 .............................................................................. 25
CAPITULO III ............................................................................................................... 27
3. METODOLOGIA ................................................................................................... 27
3.1. Tipo de estudo ..................................................................................................... 27
3.1.1. Quanto a sua natureza ...................................................................................... 27
3.1.2. Quanto a forma de abordagem do Problema ................................................... 27
3.1.3. Quanto aos objectivos ...................................................................................... 28
3.1.4. Quanto aos procedimentos técnicos ................................................................. 28
3.1.5. Métodos e interpretação dos resultados ........................................................... 28
3.2. Técnica de recolha de dados ................................................................................ 29
3.2.1. Observação ....................................................................................................... 29
3.2.2. Entrevista ......................................................................................................... 29
3.2.3. Questionário ..................................................................................................... 29
3.3. Universo .............................................................................................................. 30
3.4. A amostra............................................................................................................. 30
3.5. Limitações da Pesquisa ........................................................................................ 30
CAPITULO IV : ESTUDO DE CASO .......................................................................... 31
4. Análise e Interpretação dos Dados .......................................................................... 31
4.1. Análise de Dados ................................................................................................. 31
4.2. Apresentação de Dados e Discursão de Dados .................................................... 31
4.2.1. Apresentação dos dados dos resultados do questionário dirigido aos os utentes
da Conservatória do registo civil de Pemba ................................................................... 31
4.3. Apresentação dos resultados do questionário dirigido aos funcionários da
Conservatória do registo civil de Pemba ........................................................................ 34
4.4. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ................................................................... 36
CAPITULO V: ............................................................................................................... 39
4
5. CONCLUSÕES E SUGESTÕES ........................................................................... 39
5.1. Conclusão ............................................................................................................ 39
5.2. Sugestões ............................................................................................................. 40
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ................................................................................ 41
APENDICE .................................................................................................................... 43
5
Declaração de Honra
O Candidato
________________________________________
(Ernesto Bilale)
6VI
Agradecimentos
Em primeiro lugar agradeço a Deus Pai todo-poderoso, pela saúde, força e sabedoria que
tem proporcionado em mim. Agradeço igualmente, a minha família, o meu supervisor
Msc. Pedro Tesoura Chichone Júnior pela dedicação e paciência que teve durante a
elaboração deste trabalho. Os meus agradecimentos são mais extensivos aos meus colegas
do curso, aos meus docentes pelo acompanhamento que deram em mim durante a
formação.
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Dedicatória
Este trabalho, dedica-se a minha filha, em especial aos meus Pais que desde os meus
primeiros momentos de vida suportaram e cuidaram bem de mim, até ao ponto de poder
me educar. De igual modo, dedico a minha falecida Esposa que em vida respondia pelo
nome de Maria Hermenegildo, aos Irmãos, Cunhados, Primos, Tios e aos demais, que de
forma directa ou indirecta contribuíram positivamente para a realização deste grande
sonho.
VIII
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Lista de abreviaturas
AP – Administração Pública
IP - Instituição Pública
9IX
Lista de Tabelas
X
10
Lista de Gráficos
11
XI
RESUMO
XII
12
ABSTRACT
The present work is the result of the conclusion of the degree course in Public
Administration by the Higher Institute of Sciences and Distance Education – Centro de
Recurso de Pemba. The work has as its theme, Quality of service in the Public Service,
case of the Civil Registry of Pemba, year 2019 to 2020. Therefore, Quality is an essential
requirement for a company and its definition refers to the need to be efficient and effective
in the interaction between the means that have a direct influence on the organization's
objectives. Thus, it can be conceptualized as activities that provide harmony so that
organizational objectives are executed to achieve excellence, noting that quality has
several definitions. The general objective of the research is, To understand the quality of
public service provided by the registry office Civil de Pemba. The methodology adopted
was applied research with a qualitative and explanatory approach. The study allowed us
to conclude that the employees of the civil registry office in Pemba have a long
professional experience, use good forms of care, for example, based on queues and
priority care for disabled users, the elderly and pregnant women. But on the part of the
users it was noticed that each one, intends or wants to be attended first, thus creating a
great disorder in the queues.
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XIII
CAPÍTULO I
1. Introdução
Então, uma Administração Pública de qualidade não deve apenas ser capaz de aumentar
a satisfação do cliente com os serviços públicos, mas também de fortalecer a confiança
do cidadão através de processos transparentes, prestação de contas e diálogo democrático.
Por tanto, o trabalho tem como objectivo geral, a avaliar o impacto da qualidade no
atendimento na função pública, para os utentes do Registo Civil de Pemba. Por último, o
trabalho, está estruturado em seis capítulos, a pesquisa apresenta o Capitulo I: Introdução
onde além da enunciação do tema, abarcar a delimitação do tema, problema da pesquisa,
Justificativa, Relevância académica e social da pesquisa, Objectivos e Hipóteses;
Capitulo II: Fundamentação teórica onde são discutidos os conceitos básicos da pesquisa,
procurando - se apresentar teorias de alguns autores de referência visando enquadrar o
tema desta investigação, Capitulo III: Metodologia de Pesquisa onde é referenciado o tipo
de pesquisa considerando a sua natureza, objectivos e formas de abordagem, além da
identificação da população e respectiva amostra, instrumentos e técnicas de colecta de
dados, indicação da forma de apresentação, análise e discussão dos dados, terminando
1
com a identificação das limitações do estudo. Capítulo IV: Apresentação e análise de
dados, Capítulo V Conclusão e sugestões, por último a referência bibliográfica.
É a apresentação do tema e dos conceitos mais gerais do que vai ser investigado, (Artur,
2010:15).
Neste caso o tema para o presente Projecto de pesquisa é: Qualidade de atendimento na
função Pública, caso da Conservatória do Registo Civil de Pemba, ano 2019 à 2020”.
1.3. Problema
Ser profissional hoje é ser exemplo de qualidade. Além do que já se conhece de qualidade
e de todos os conceitos disseminados pela sociedade de informação, pois este conceito
refere-se ao grau em que um serviço satisfaz os consumidores no que diz respeito às suas
necessidades, desejos e expetativas (Azambuja, 2006).
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Deste modo levanta-se a seguinte questão de pesquisa:
1.4. Justificativa
Por um lado, há utentes que não conseguem encontrar os seus registos, ou seja, não
conseguem aceder a sua certidão de nascimento entre outras certidões. Motivada por estas
razões e o facto de se levar muito tempo na emissão dos documentos, decidiu-se elaborar
o presente projecto de pesquisa, com o intuito de aferir a real situação desta entidade
pública.
1.5. Relevância
Importa ainda referir que um estudo desta natureza é primordial em qualquer país se se
pretender elevar os serviços prestados pela entidade em causa. E, a sua relevância no
âmbito social, científico e pessoal consiste basicamente na facilitação do acesso a
prestação de serviços aos utentes com vista a garantir a flexibilidade a informação, no
contexto do processo de RSP (reforma do sector público), propósito tão desejado e
inevitável para o desenvolvimento do estado moçambicano.
Um estudo sobre esta temática é de extrema importância para o país pois ele poderá
apresentar a real situação dos serviços de registos civil do distrito de Pemba que, de
alguma forma, assemelha-se com a de outros pontos do país e dar a oportunidade aos
arquivistas de conhecer os actuais sistemas de conservação de registos usados no “mundo
moderno” para além de mostrar a forma como se pode aceder a diversos documentos.
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1.6. Objectivos da Pesquisa
Segundo Artur, (2010:16), Objectivos são resultados que precisam ser alcançados para a
construção de toda uma demonstração que podem ser expressos em dois grupos:
Os objectivos gerais constituem pontos de partida, indicam uma direcção a seguir, mas,
na maioria dos casos, não possibilitam que se parta para a investigação, (Lakatos e
Marconi, 2001: 56). Enquanto, de acordo com Artur (2010:16), Objectivo específico, é o
que será feito ao longo do estudo para responder as perguntas.
➢ Que medidas devem ser usadas, para estimular a qualidade de atendimento na função
pública, para os utentes do Registo Civil de Pemba?
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CAPITULO II
2. REVISÃO DA LITERATURA
2.1. Introdução
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função do registo é perpetuar a documentação para prova de actos jurídicos em qualquer
tempo, sua publicidade e conhecimento de terceiros.
Portanto, o termo registo, de cariz jurídico, designa o assentamento dos factos da vida de
um indivíduo, tais como o seu nascimento, casamento, divórcio ou morte (óbito).
Também são passíveis de registo civil as interdições, as tutelas, as adopções, os pactos
pré-nupciais, o exercício do poder familiar (chamado de pátrio poder no antigo código
civil de 1916 do Brasil; em Portugal: poder paternal), a opção de nacionalidade, entre
outros factos que afectam directamente a relação jurídica entre diferentes cidadãos.
Nos termos do artigo primeiro do Código do Revisto Civil aprovado pela Lei número
12/2004 de 8 de Dezembro, o registo civil é obrigatório e tem por objecto os seguintes
factos: o nascimento, a filiação a adopção, casamento, o óbito, divórcio e outros. O registo
de nascimento confere identidade e facilita o acesso a serviços essenciais como saúde,
educação e benefícios sociais.
O registo dos óbitos garante o direito à herança, possibilita aprimorar o padrão dos
registos eleitorais, permite à sociedade conhecer o próprio perfil epidemiológico e oferece
a possibilidade aos sistemas de saúde de adaptar as políticas públicas (Organização Pan
Americana de Saúde/Organização Mundial da Saúde, 2017:1). Presentemente, este
conceito aliado às estatísticas vitais consubstanciam o processo de utilização de dados
vitais para fins estatísticos, pois o registo civil desempenha um importantíssimo papel ao
nível da informação fidedigna para o país, designadamente, no que respeita a saber
“quantos somos e quem somos”, bem como, na facilitação ao Estado para o acesso a
informação fiável e a dados estatísticos actualizados da população, permitindo aumentar
a eficácia dos programas sociais e económicos, garantindo que os cidadãos possam
exercer todos os seus direitos, deveres e obrigações em condições de igualdade.
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2.4. Qualidade de Serviços
O conceito de qualidade não é considerado algo novo, uma vez que teve início desde
existência da humanidade na busca constante da satisfação dos seus interesses. Com a
Revolução Mercantil (Século XVI), os Artesões e Agricultores trocavam os seus produtos
em busca da satisfação das suas necessidades através das diversas sociedades. Sendo
assim, é com essas trocas que a qualidade passa a ser associada aos valores percebidos
pelo cliente.
No Século XX, a preocupação com a qualidade passou a ser sistematizada e incluída nas
normas ou objetivos da unidade produtiva Foi nessa época que Frederick Taylor (EUA)
baseou-se na divisão do trabalho e na produção em série, rapidez e produtividade.
Contudo o conceito de qualidade evoluiu ao longo dos tempos e foi vista como
responsabilidade de gerência distinta. Os produtores produziam em grande quantidade e
com maior eficácia e iam aperfeiçoando as suas técnicas de controlo da produção dando
mais relevância à questão da qualidade (Rodrigues, 2006).
A qualidade pode ser entendida como o atributo que permite avaliações, aceitações e
recusas, visto que, um serviço de qualidade diferencia quem o presta (Chaves e Campello,
2016, p.2). Quando um serviço é feito com qualidade, as pessoas sempre retornam, mas
para tanto, o atendimento deve levar em consideração as necessidades do cidadão.
7
Crosby (1979, citado por Neves, 2007), afirma que um produto para ter qualidade deve
ser realizado em conformidade com os requisitos.
Alguns autores desenvolveram estudos para definir quais são os critérios valorizados
pelos clientes. Para Campos (1992, p.14), os critérios, ou também chamados de dimensão
da qualidade, são:
Outro factor a destacar é que eles medem a satisfação não só do cliente, mas também das
demais partes beneficiadas da empresa, como os empregados; sua satisfação é medida por
intermédio do moral, uma das dimensões da qualidade.
Para Gronroos (1995, p.61), são seis os critérios da boa qualidade percebida do serviço:
• Profissionalismo e habilidades;
• Atitudes e comportamento;
• Facilidade de acesso e flexibilidade;
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• Confiabilidade e honestidade;
• Recuperação; e
• Reputação e credibilidade.
Ele chama a atenção para o facto de que o critério profissionalismo e habilidades estão
vinculados ao objecto da prestação do serviço (dimensão técnica); a reputação e
credibilidade, à imagem, desempenhando uma função de filtragem, e os demais critérios
encontram-se relacionados à dimensão funcional da qualidade, ou seja, “como” o
serviço são prestadas.
Segundo Juram (in Neves Arminda, 2002) ao longo do tempo a Administração Pública
viu a necessidade de adaptar os seus valores tradicionais aos princípios sociais e
económicos dominantes da realidade atual. Os cidadãos e os agentes económicos estão
cada vez mais exigentes e conscientes de que pagam impostos e, em troca, querem um
serviço de qualidade que corresponda às expectativas desejadas.
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proporcionar aos cidadãos os melhores serviços prestados, isto é, o serviço mais adequado
a cada cidadão sem demora e centralização de decisões.
Para Garvin (1997) o conceito de qualidade é muito importante para o bom desempenho
de uma organização, seja ela Pública ou Privada. De entre as diversas definições sobre a
qualidade, torna-se relevante apresentar algumas abordagens de qualidade (citado pelo
mesmo autor), portanto, ele define a qualidade a partir de cinco abordagens principais: a
transcendental, baseada na manufatura, baseada no utente, baseada no produto e baseada
no valor.
No que tange a norma Brasileira ABNT NBR ISO 9000, define a qualidade como “grau
no qual um conjunto de caraterísticas inerentes satisfaz os requisitos”, isto é, para que um
produto ou serviço tenha qualidade, é fundamental saber a quem ele se destina e qual a
sua expetativa. A qualidade de uma organização, portanto, dependerá do grau de
satisfação de seus clientes-utentes com relação aos produtos ou serviços que ela oferece.
a. Abordagem transcendental
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estética, mas não pode ser definida porque está relacionada com o gosto e o estilo do
produto ou serviço.
Esta abordagem baseia-se em manufatura, e não só, mas também em fazer produtos ou
serviços que não apresentam erros (livres de erros) e que correspondem às
especificações dos clientes-utentes.
Esta abordagem assegura que o produto ou serviço está adequado a seu propósito
estabelecido e considera-se um produto de alta qualidade aquele que satisfaz melhor as
preferências da maioria dos utentes, isto é, varia de pessoa para pessoa e de gosto para
gosto. Este conceito ainda nos demonstra a preocupação com a conformidade e a
adequação das especificações dos utentes, pois, procura-se desenvolver um produto que
atenda às necessidades dos clientes-utentes.
Neste caso a qualidade é vista como um conjunto mensurável, uma soma de vários
atributos desejados num produto para satisfazer o consumidor, ou seja, a qualidade de um
produto baseia-se nas diferenças da quantidade de um determinado componente ou
atributo de um produto. São necessárias diversas caraterísticas para satisfazer as
necessidades dos utentes, uma vez que eles elegem como produtos de qualidade aqueles
que melhor satisfazem as suas necessidades. Por exemplo: Se compramos um computador
adquirimos um conjunto de características e equilíbrio que nos dá ideia de qualidade. Esta
abordagem assegura que o produto está adequado aos seus propósitos, isto é,
reconhecemos a preocupação tanto da conformidade com as especificações do produto
como com a adequação aos desejos do consumidor.
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e. Abordagem baseada em valor
Podemos concluir que Deming foi um dos autores prestigiosos da Qualidade Total,
principalmente pelo seu trabalho realizado no Japão após a II Guerra Mundial. Ele ainda
contribui no progresso deste conhecimento, principalmente no que diz respeito aos
catorze princípios que serviram de suportes para a implementação de programas de
Qualidade. Ao desenrolar deste trabalho apresentaremos estes princípios.
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Juram (1904), tentou fazer com que as organizações se movessem da visão fabril
tradicional de Qualidade como o atendimento às especificações, para uma abordagem
mais voltada para os utentes. Salientou que um produto perigoso podia muito bem atender
às especificações, mas não estaria adequado ao uso. Ele dá uma grande importância às
atividades Administrativas e as responsabilidades pela qualidade, mas devemos estar
atentos ao impacto da ação dos trabalhadores diretos e envolver-se em alguma extensão
com a motivação e a participação da força de trabalho nas atividades de melhoria de
Qualidade (António, 1991).
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as imposições de padrões de especificações rígidos tornaram-se uma carga, ou seja, este
processo dificultava as mudanças e não só, mas também faziam com que as pessoas
sentissem obrigado pela regulamentação. Segundo Ishikawa a chave para “abrir” o
sucesso é a implementação de TQM e a participação dos trabalhadores numa organização
(Harrisom, 1997).
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• Criar recursos constantes para a melhoria do produto ou serviço, sendo assim a
empresa ou organização torna-se mais competitiva e gera emprego.
• Adotar nova forma de Gestão.
• Dar prioridade à prevenção eliminando a inspeção, incorporando a qualidade no
produto ou serviço.
• Acabar com a escolha dos fornecedores com base exclusiva no preço, estabelecer
com eles as relações de longo prazo.
• Apostar continuamente na melhoria de sistema de produção, isto é, aumenta a
qualidade e produtividade minimizando os custos.
• Habilitar os funcionários para melhorar o seu desempenho numa organização.
• Promover as novas formas de liderança, de modo que condiciona um bom
desempenho no serviço.
• Eliminar o medo do estilo autoritário, tomar decisões com segurança e sem receio
de errar.
• Acabar com as barreiras entre departamentos, adotando o trabalho em equipa e
estabelecer o círculo de qualidade.
• Suprimir slogans e metas para os funcionários relacionados com zero defeitos.
• Abandonar a gestão por objetivos que não convergem com a melhoria contínua.
• Eliminar as barreiras que impedem as pessoas de ter orgulho na função que
desempenha no seu trabalho.
• Instruir programas de educação.
• Colocar em prática os princípios acima referidos para obter o empenho de todos
na mudança organizacional.
Hoje em dia, com a evolução das novas tecnologias de informação e comunicação e uma
economia baseada em inovações, é importante falar da nossa Administração Pública, dos
nossos serviços e pensar no melhoramento contínuo da qualidade de serviço prestado pela
Administração Pública. No entanto, podemos notar que a nossa economia agora é mais
bem estruturada graças à boa gestão e às novas tecnologias de informação, isto é, com
essas ferramentas o serviço torna-se mais eficiente e eficaz principalmente na divulgação
dos dados, na promoção da transparência, interatividade e acesso dos cidadãos-utentes
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aos serviços, passando estes a poderem ser prestados através de vários canais (presencial,
web e voz).
Um outro fator importante na gestão de qualidade dos serviços é o trabalho em equipa,
ou seja, é uma das fermentas que contribui no processo da melhoria contínua dos serviços
públicos, mobiliza as pessoas na quebra de barreiras a qualidade, promove a comunicação
interna das organizações e motiva os funcionários para o esforço conjunto de melhorar os
seus serviços de modo que possam minimizar as falhas (Azevedo, 2007).
Nesta decorrência, a cultura que justifica esta postura deve-se ao facto da ausência da
margem de liberdade, respeito pelas regras e Normas institucionais, mas em parte
justificam a necessidade de uma outra postura menos Administrativista e mais gestionária
no exercício de responsabilidades de direção na Administração. As mudanças sociais e
de orientações, consequências negativas tanto a nível macro como organizacional da
ausência de uma atitude gestionária de responsabilização por objetivos e custos, tornam
imperativo o reforço da gestão na Administração Pública (Neves, 2002).
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que fazem o uso. Na realidade, quem dirige um serviço vê-se, frequentemente, por
diferentes solicitações de natureza política (tem a ver com opções do governo, visto que
aos serviços públicos compete a execução do programa do governo) ou mesmo dos
cidadãos que esperam a resolução de problemas concretos, com especificidade própria e
não soluções pré-estabelecidas, mas na prática nem sempre isso acontece de modo que
correspondem as suas necessidades.
Por outro lado quem gere um serviço público vê-se pressionado pela necessidade de gerir
adequadamente diferentes tipos de recursos, uma vez que a resposta dificilmente se
compadece com todos os procedimentos estabelecidos, cabendo ao gestor/a fazer um jogo
bem difícil de compatibilização em conformidade das normas e com as exigências de
eficácia e eficiência nos resultados.
Sendo assim, cabe à Administração Pública utilizar e implementar ferramentas credíveis,
capazes de minimizar os problemas e alguns constrangimentos nos serviços prestados
(atendimento), fazer um estudo de mercado para saber em que sector há maior margem
de reclamações e dar consistência a novas abordagens relativas à reforma da
Administração de modo que garante um funcionamento dos serviços Públicos adequado
às novas exigências, ou seja, dar resposta eficaz e eficiente às necessidades da sociedade
e das políticas públicas.
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2.5.2. A Gestão Pública
A Gestão Pública é uma atividade de Administração executada pelo Estado, criada com
interesse de satisfazer as necessidades dos cidadãos. No entanto, não deixa de ser um
processo que exige uma mudança tanto para o Estado como para os utentes, uma vez que
ambas as partes respeitam normas e princípios fundamentais da Gestão Pública (Azevedo,
2007).
A Gestão Pública não sofre a pressão para reduzir os custos e aumentar a eficiência, uma
vez que as restrições são legais e regularizadas para a sua atuação. Mas por outro lado a
gestão pública sofre influências políticas dos partidos e grupos da oposição, mas devem
ficar cientes à pressão dos cidadãos, visto que contribuem para o aumento das receitas
públicas (Azevedo, 2007);
• Os gestores do topo têm a sua atividade mais exposta à opinião pública, menos
autonomia de decisões estratégicas e menor autoridade sobre os subordinados;
• As decisões estratégicas são mais vulneráveis a interrupções de grupos externos;
• As organizações públicas produzem bens e serviços e as suas atividades são
rotineiras, uma vez que lidam com situações de externalidades;
• Os gestores públicos estão sujeitos a intenso escrutínio público e têm um alto grau
de honestidade, abertura e accountability (Rocha, 2011, p.20).
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Um outro aspeto a realçarmos, sentido pelos serviços públicos, está relacionado com o
entendimento e partilha das alterações de orientação política e de prioridades de ação
governativa. Hoje em dia as mudanças são inevitáveis, não só por alterações de leitura de
oportunidades e ameaças, mas também alternância partidária no governo (equipas de
governo e de ciclo de governação no quadro de uma legislatura), posto isso, essas
alterações exigem uma atenção redobrada à articulação com a Administração Pública.
Não podemos falar da gestão dos serviços públicos e a boa governação sem fazer uma
pequena abordagem das tecnologias de informação e comunicação (TIC), pois, espelha
um conjunto de fermentas credíveis e capazes de equacionar um bom funcionamento das
organizações, nos possibilitam canais de comunicação conveniente de alimentar as
relações entre as diferentes estruturas organizacionais, uma decisão mais fundamentada e
um controlo mais atempado, uma prestação de serviços mais rápida e eficiente com maior
acessibilidade.
Hoje em dia, temos a consciência que as TIC não viabilizam apenas o processamento
acelerado e com menos erros de grandes volumes de informação, mas sim reconfiguram
os postos de trabalho administrativos e técnicos, introduzindo novas ferramentas
individuais de trabalho; permitem também a reorganização dos processos produtivos,
enquanto conjunto de operações visando o produto final; facultam um novo modo de
funcionamento das estruturas de serviços pela informatização de toda atividade, enquanto
conjunto de funções diferenciadas (Neves, 2002, p.152).
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2.5.3. Contributo das tecnologias de informação e comunicação (TIC)
Podemos concluir que, tendo em conta a demanda de informações que o serviço público
disponibiliza, as TIC contribuem positivamente no armazenamento dos dados, na
melhoria da gestão de recursos e aumentam a produtividade.
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Nesta mesma linda de pensamento, Carapeto e Fonseca (2006, p. 311), salientam que no
setor público, que por natureza, deve prestar um conjunto de serviços básicos a todos os
cidadãos, este aspeto reveste-se de uma particular importância. A introdução de novas
formas de prestação de serviços está completamente ligada com a introdução de
tecnologia de informação e comunicação, pois compreendem uma vasta gama de
serviços, aplicações e tecnologias, utilizando vários tipos de hardware e software,
servindo-se das redes de telecomunicações. Então, torna-se essencial para a melhoria da
eficiência da Administração Pública, desenvolver estudos e concretizar soluções que
demonstrem a viabilidade de novos procedimentos e formas de atuação que por sua vez
eliminam as barreiras à comunicação entre departamentos e organismos públicos.
Segundo Bowem, devemos cuidar dos funcionários e em troca cuidarão dos seus clientes-
utentes, ou seja, há uma interligação entre eles uma vez que as perceções dos funcionários
sobre como são tratados e as perceções dos utentes sobre a qualidade dos serviços que
recebem estão diretamente relacionados. Então podemos constatar que as relações com
os funcionários não são equivalentes às relações com os utentes. Há também uma forte
ligação entre a visão de qualidade de atendimento por parte dos utentes, funcionários e o
clima interno para os serviços, porque uma colaboração ativa numa organização aprimora
positivamente no atendimento aos utentes.
21
Na perspetiva de Neves (2007), a Administração Pública (AP) ainda é bastante marcada
por uma postura de autoridade, visto que os recetores da sua ação, mais como
beneficiários do que como cidadãos com direitos e deveres face ao Estado, embora se
considere redutor, mesmo no contexto da prestação direta de serviços, a designação de
clientes-cidadãos e pelo facto de que os direitos deste se exprimirem essencialmente na
exigência da contrapartida a um pagamento de imposto. Na verdade é que muitos serviços
públicos não atingiram ainda este patamar na relação com os utentes da sua ação.
Hoje em dia constatamos que houve uma melhoria nos serviços prestados pela AP, mas
ainda precisamos de inovar e implementar reformas em algumas Instituições para
minimizar as reclamações, evitar as falhas no atendimento e melhorar a qualidade de
serviços prestados.
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naquela Instituição, não disponibilizando a prestar qualquer informação relativamente ao
requisito do utente. É neste sentido que não existe o que o utente pretende, isto é, o utente
tem que resolver o seu problema;
Apressado este tipo de atendimento tem característica dos colaboradores cuja maior
prioridade é verem-se livres dos clientes-utentes, oferecendo somente as soluções que
constam nos manuais ou procedimentos, não conseguem ir ao encontro do que o utente
pretende. Desta forma, demonstram que os utentes é mais um e que não é possível fazer
algo de especial por eles;
A qualidade é algo que muda de pessoa para pessoa, cada um tem a sua percepção de
qualidade acerca de um produto ou serviço. A qualidade é a capacidade de satisfazer uma
necessidade ou desejo de alguém, logo o serviço com qualidade é aquele que deixa o
cliente satisfeito. A qualidade nos serviços acontece quando a organização tem
capacidade de oferecer serviços superiores não só para clientes, mas também para
funcionários e proprietários, assim percebe-se que a qualidade não envolve apenas
clientes externos, mas todos que actuam na empresa (Cabral, 2006).
A parte mais importante da prestação de serviços é as pessoas. Sem pessoal bem treinado,
bem administrado e motivado, não há prestação de serviços com qualidade. As pessoas
precisam estar integradas com o trabalho (principalmente conhecer e gostar do que fazem)
e com a cultura da empresa. (Coutinho, 1994). A qualidade no atendimento está em
receber com atenção, ouvir, acolher e servir bem o cliente e tem seu início com a
identificação das necessidades do usuário. É por meio das instalações físicas e do contacto
com os funcionários que os usuários conhecem a empresa (Cabral, 2006).
23
Para Cardoso (2010) a satisfação “é o sentimento de prazer ou de desapontamento
resultante da comparação do desempenho esperado, ou resultado em relação às
expectativas do cliente”. O resultado de um bom atendimento influenciará na imagem da
empresa, que poderá ser positiva ou negativa.
Para que ocorra a tão esperada satisfação no atendimento dos serviços públicos, Jacobi e
Pinho (2006), alertam para a necessidade de inclusão de propostas que incluam métodos
que agreguem qualidade as necessidades dos clientes. E Zanini (2016, p.185), afirma que
o sector público poderia atender melhor os consumidores se melhor entendessem seus
comportamentos, e não somente suas necessidades. Portanto, compreende-se a
necessidade de mudanças para melhor atender e satisfazer os anseios dos usuários, e para
que isso ocorra é preciso que a esfera pública reavalie seus conceitos e sua função social.
• Desconhecimento;
• Falta de formação;
• Insuficiência de conhecimentos, e principalmente;
• Falha da equipa de gestão da empresa: falta de liderança, ausência de modelos
adequados e não reconhecimento da função do atendimento ao cliente como fulcral
para o desenvolvimento e sucesso do estabelecimento/marca comercial.
24
2.9. Sistema de Qualidade ISO 9000
2.9.1. Conceito
Carapeto & Fonseca (2005) acentua que as normas de ISO 9000 surgiram nos meados de
1987. Eles ainda afirmam que o Sistema Gestão da Qualidade assenta a garantia da
qualidade baseado no cumprimento dos requisitos conjeturados nas normas e apoiam as
organizações independentemente do seu objeto ou dimensão na implementação e Gestão
de Sistema da Qualidade eficazes e eficientes.
Segundo Fitzsimmons & Fitzsimmons, ISO é uma palavra grega para” igual” que consta
uma série de padrões de qualidade onde estão definidos pela organização (um consórcio
das Nações Industrializadas). No entanto, a sua adoção global converte-se num padrão
crítico para os negócios que adotam o status de qualificador. Com a certificação de um
padrão de ISO 9000 a Empresa ou Instituição Governamental tem um sistema de gestão
da qualidade que nos permite assegurar a consistência da qualidade de produção.
• A ISO não estabelece as práticas específicas, isto é, ela não descreve nada
diretamente no que se refere à qualidade do produto ou serviço em si;
• A sua certificação é fornecida através de um sistema altamente descentralizado,
tanto dos Auditores como dos Institutos de certificação, ou seja, ela envolve-se
apenas no projeto e na atualização dos padrões e na certificação. Podemos concluir
25
que, a documentação dos processos e o desenvolvimento consistente são
considerados uma das características de extrema importância da ISSO.
Sendo assim, para alcançarmos essas características devemos seguir um ciclo de três
componentes, tais como:
A ISO 9000 apresenta oito princípios de gestão da qualidade que visam direcionar a
Empresa ou Instituição Pública à melhoria contínua da sua atuação, nomeadamente Foco
no Cliente, Liderança, Envolvimento das Pessoas, Abordagem por Processos, Abordagem
da Gestão como um Sistema, Melhoria Contínua, Abordagem Fatual para a Tomada de
Decisão e Parceria com os Fornecedores.
26
CAPITULO III
3. METODOLOGIA
Para realizar uma pesquisa de natureza científica é pertinente escolher caminhos a serem
usados para atingir os objectivos.
Deste modo, segundo Marconi & Lakatos (1996:20), dizem que “Metodologia é
aplicação minuciosa detalhada rigorosa e exacta de toda acção desenvolvida no método
de trabalho da pesquisa”.
Quanto a natureza, tratou-se de uma Pesquisa aplicada, de acordo com Fachin (2006, pág
52), é um tipo de pesquisa que o estudo baseia-se na aplicação das teorias para uma
intervenção de qualidade da realidade. Por outra, tem por objectivo investigar, confirmar
ou rejeitar hipóteses sugeridas pelos modelos teóricos. Neste caso, de acordo com o
conceito acima refernciado, indica que esta pesquisa poderá investigar no terreno para
confirmar ou rejeitar a informação previa, por outra ajudou na certificação dos modelos
teoricos.
Este estudo requereu duma abordagem qualitativa que envolve o estudo do uso e a
coleta de uma variedade de materiais empíricos – estudo de casos; experiência
pessoal; introspecção; história de vida; entrevista; artefatos; textos e produções
culturais; textos observacionais/registros de campo; históricos interativos e visuais –
que descrevem momentos significativos rotineiros e problemáticos na vida dos
indivíduos. Portanto, os pesquisadores dessa área utilizam uma ampla variedade de
práticas interpretativas interligadas na esperança de sempre conseguirem
compreender melhor o assunto que está ao seu alcance. (DENZIN; LINCOLN. et al.
2006, p. 17)
27
3.1.3. Quanto aos objectivos
Quanto aos objectivos, foi um estudo do caso, que significa, segundo Teixeira (2000),
quando os dados são construídos sobre a realidade do dia-a-dia e natureza dos
pesquisados. Sobre este tipo de pesquisa, Gil (2002) refere que são aquelas que “
propõem-se a identificar ou caracterizar as causas que determinam ou contribuem para a
ocorrência do fenómeno”.
Quanto aos procedimentos, foi uma pesquisa de campo, que se caracterizou pelas
investigações realizadas por meio da colecta de dados junto às pessoas, somando à
pesquisa bibliográfica e/ou documental”, pois pretendeu avaliar o Qual é o impacto do
Atendimento prestado da conservatória do Registo Civil na melhoria da qualidade de
serviços prestados pela Administração Pública
De acordo com Libaneo (1990:152), considera que “os métodos dependem dos objectivos
que se formulam tendo em vista o conhecimento da realidade”.
28
3.2. Técnica de recolha de dados
3.2.1. Observação
Na lógica de Lucke e André (1986:25), citado por Artur (2010:82), consideram que para
que se torne “um instrumento válido e fidedigno de investigação científico, a observação
precisa ser antes de tudo controlado e sistemático”.
Este método foi tão útil, para poder-se ver e fazer acompanhamento do fenómeno no
terreno. Através da observação constatamos que a maioria dos utentes não cumprem com
a marcação de bichas e notamos também a deseordem nas bichas.
3.2.2. Entrevista
Este, foi usado para perceber o diante dos funcionários como eles tratam essa matéria.
Como este metódo foi fácil para a colecta dos dados subjectivos visto que estas não podem
ser encontradas por meio de pesquisa bibliográfica ou de observação.
3.2.3. Questionário
Para aprofundar as informações do tema em estudo, através dessa técnica, foi usado no
sentido de enriquecer a aquisição dos dados, junto dos utentes da conservatória do registo
civil. Assim com o questionário foi muito bom assim obtivemos as informações
necessariarias para a interpretração dos dados.
29
3.3. Universo
3.4. A amostra
30
Outro obstáculo que pode ser apontado a esta pesquisa está relacionado com a eficácia e
a abrangência do tipo de respondentes a serem escolhidos para a realização da pesquisa,
pois julga-se que poderá haver dificuldades de percepção e interpretação das falas sobre
as experiências de indivíduos a serem entrevistados para explorar de forma completa as
mais informações sobre o tema em estudo.
Utentes 35 77,8
Funcionários 10 45 22,2
TOTAL 100
31
correspondem a 45,7%, responderam tratar cédula pessoal, 11 utentes que
correspondem a 31,4%, responderam certidão narrativa, e por último 8 utentes que
correspondem a 22,9% responderam assuntos diversos.
60 45,7%
40 31,4%
22,9%
20
0
Cédula Pessoal Certidão Narrativa Assuntos diversos
60,00% 51,4%
40,00%
22,9% 25,7%
20,00%
0,00%
Sim Não Um pouco
32
Gráfico 3: Atendimento
50,00% 45,7%
40,00% 34,3%
30,00%
20%
20,00%
10,00%
0,00%
Satisfatório Razoavél Muito Bom
50,00% 48,6%
48,00%
46,00%
Sim Não
33
➢ E quanto a sexta e última questão, que pretendia-se saber da existência de absentismos
por parte dos funcionários, dos 35 utentes inqueridos, 14 que correspondem a 40%
responderam Sim, e 21 que correspondem a 60% responderam Não.
0%
Sim Não
34
Tabela 4:Quais as qualidades de atendimento oferecem aos utentes do Registo
Civil de Pemba
Tabela 5: Quais são as dificuldade que têm encarado no atendimento dos utentes
35
4.4. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Analisando o gráfico-1, verificou-se que para além dos demais serviços prestados no
registo cível de Pemba, a maioria dos utentes 45,7% que lá se dirigem, vão para tratar
assuntos relacionados com cédulas pessoais.
2. Está satisfeito com o tempo que levas para ser atendido na conservatória do
registo civil?
Segundo Las Casas (1999, p.160) a rapidez com que o serviço é executado e a qualidade
de serviços é a capacidade que uma experiência ou qualquer outro fator tenha para
satisfazer uma necessidade, (…). Portanto, se um serviço prestado agrada e atende as
necessidades dos utentes, então, para este, ele possui qualidade, mas em contrapartida se
o serviço for inferior ao esperado, se as espectativas não foram atingidas os utentes ficam
insatisfeitos. Podemos salientar que, a velocidade com que os serviços são executados,
sem levar em conta a eficiência e a flexibilidade da entrega do serviço ou produto constitui
um fator relevante no desempenho dos colaboradores e na forma como os utentes avaliam
os serviços que o mesmo usufrui.
Segundo o gráfico 2 aborda esta questão da perceção quanto ao tempo que leva para ser
atendido com que o serviço é executado na conservatoria civil de registro civil de Pemba.
Dos utentes inqueridos, 18 que correspondem a 51,4 % estão satisfeitos com o tempo que
levam para ser atendido, 8 que correspondem a 22,9% responderam não estão satisfeiitos
com o tempo de espera, e por último os 9 que correspondem a 25,7% responderam um
pouco que dizer que a maioria dos utentes estão satisfeitos com o tempo de espera.
Segundo Chaves e Campello, 2016, p.2 diz que a qualidade pode ser entendida como o
atributo que permite avaliações, aceitações e recusas, visto que, um serviço de qualidade
diferencia quem o presta. Quando um serviço é feito com qualidade, as pessoas sempre
36
retornam, mas para tanto, o atendimento deve levar em consideração as necessidades do
cidadão.
Segundo Kotler (1994, citado por Sarmento, p.105) define satisfação do cliente como
sendo a resultante da perceção do desempenho de serviço e da produção do bem, em
relação às suas espectativas. De facto, o cliente fica satisfeito quando as suas expectativas
são igualadas ou superadas, isto é, se a conservatoria do registro civil de pemba produziu
um bem ou prestou um serviço com nível razoável de qualidade.
O gráfico 4 mostra os resultados quando foram solicitados aos inqueridos que avaliassem
a satisfação (global) do atendimento realizado na conservatoria civil de pemba. 13 utentes
que correspondem a 37,10% responderam sim estão satisfeitos com as formas de
atendimento, 22 utentes que correspondem a 62,90% responderam não estão satisfeiros
com as formas de atendimento. Depois da análise feita notamos que, a insatisfação dos
22 utentes tem a ver com o não cumprimento das medidas que foram adoptados pela
instituição como atendimento prioritarios e atendimento com base nas bichas. Devemos
realçar que esta questão é um importante indicador de aferição da qualidade para esta
Instituição, pois, as frequências observadas indicam que o utente, regra geral, é bem
atendido e está satisfeito com o serviço oferecido.
37
O gráfico 5 mostra os resultados quando foram solicitados dos inqueridos que pretendia-
se saber se houve uma explicação quanto ao tempo de espera, dos utentes inqueridos, 17
que correspondem a 48,6% responderam Sim, e 18 que correspondem a 51,4%
responderam Não. Como os 18 utentes não tem recebido explicação quanto ao tempo de
espera mas depois da análise feita durante a observação notamos que os utentes não tem
paciência quanto ao tempo de espera e também a desordem nas bichas contribui porque
os funcionarios ficam limitados em indentificar quem chegou primeiro, mas com o
cumprimento dessas medidas obtadas pela instituição a creditamos que se os utentes
seguirem como deve ser assim quem chegou primeiro sera atendido logo e não sera
necessario esperar por muito tempo.
O gráfico 6 mostra os resultados quando foram solicitados dos inqueridos que pretendia-
se saber da existência de absentismos por parte dos funcionários, 14 que correspondem a
40% responderam Sim , e 21 que correspondem a 60% responderam Não. Assim notamos
que não existe absentismo no parte dos funcionarios.
38
CAPITULO V:
5. CONCLUSÕES E SUGESTÕES
5.1. Conclusão
Quando um serviço é feito com qualidade, as pessoas sempre retornam, mas por tanto, o
atendimento deve levar em consideração as necessidades do cidadão. A qualidade no
atendimento está em receber com atenção, ouvir, acolher e servir bem o cliente, e tem seu
início com a identificação das necessidades do usuário.
Porém, nessa época de pandemia em que estamos a passar, procura-se cumprir com muito
rigor o distanciamento social, és a razão que, como forma de evitar aglomerados os
funcionários daquela instituição optam em distribuir senhas e levar os documentos e
simplesmente os utentes ficarem a espera da sua devida tramitação, algo que faz com que
os utentes percam a paciência de esperar.
Por último, o problema levantado anteriormente sobre o mau atendimento reclamado por
parte dos utentes, tem a ver com o não cumprimento das medidas adoptadas pela
instituição da parte deles, visto que, o período em que nos encontramos não permite muito
aglomerado, por cima os funcionários oferecem aos utentes do registo civil de Pemba,
óptimas qualidades de atendimento, tais como: profissionalismo, flexibilidade,
confiabilidade e honestidade.
39
5.2. Sugestões
40
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
41
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serviços na hora da verdade. Rio de Janeiro: Campus.
20. GIL, A. C. Métodologias de investigação Cientifica (2002). 5.ed. São Paulo: Atlas.
21. Horizonte, Fundação Christiano Ottoni, Universidade Federal de Minas Gerais
22. Jacobi, P.; Pinho, J. A. (2006). Inovação no campo da gestão pública local:
novosdesafios, novos patamares. Rio de Janeiro: Editora FGV.
23. LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A (2001: 56). Fundamentos metodologia
científica. 4.ed. São Paulo: Atlas.
24. Libanêo, J. C. (1990). Didáctica, série formação de professores. Cortez. São Paulo.
25. Marconi, M. A.; Lakatos, E. M. (1996). Técnicas de Pesquisa: planeamento e
execução de pesquisas. 3ª Edição. Editora Atlas, São Paulo.
26. Moreira, Isabel (2010). A Excelência no Atendimento. Lisboa-Porto: 2ª Edição.
27. Neves, Arminda (2002). Gestão na Administração Pública. 1ª Ed. Cascais- Portugal.
28. Rodrigues, V. Marcus (2006). Ações para a Qualidade (Atualizada e Ampliada). 2ª
Edição
29. Slack, Nigel; Chambers, Stuart; Harland, Christine; Harrison, Alarm; Johnston,
Robert (1997). Administração da Produção. Atlas S.A
30. Santos, S, Diego. (1999) IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMAS DE GESTÃO DE
QUALIDADE. Lisboa, Atlas.
31. Severino, A. J. (2007). Metodologia do trabalho científico. 23ª Edição, São Paulo:
Cortez.
32. TEIXEIRA, Elizabeth (2000). As três metodologias: acadêmica, da ciência e da
pesquisa. 7. ed. Petrópolis, RJ: Vozes
33. Teixeira, E. (2001). As três metodologias: Academia, da ciência e da pesquisa.
5ªEdição, Belem.
34. Vieira, S. (2009). Como elaborar questionários. São Paulo: Atlas.
35. Zanini, E. (2016). Fui mal atendido: melhorando a qualidade no atendimento e
prestação deserviços. São Paulo: Biblioteca 24 horas.
Legislação
42
APENDICE
43
Roteiro de questionário dirigido aos utentes da Conservatória do registo civil de Pemba
8. Está satisfeito com o tempo que levas para ser atendido na conservatória do registo
civil?
Sim _______
Não ________
Um pouco _____
44
Roteiro de questionário dirigido aos Funcionários da Conservatória do registo civil de
Pemba
5. Que medidas têm usado, para estimular a qualidade de atendimento na para os utentes
do Registo Civil de Pemba?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Obrigado pela atenção dispensada!
45
Imagens Ilustrando os utentes do registo civil de Pemba
46
Imagem 2. Ilustrando os sinais de marcação de Bichas.
47
Imagem 4. Informação para os utentes do registo no uso das plataformas digitais na
marcação das Bichas.
48
Imagem 5. Informação para os utentes com contactos para marcação de bichas com
antecedência.
49