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DISTÂNCIA
Muanassa Rosario
Fiscalidade
Tutor:
Ngoie Kazimingi Patrick
PEMBA
2021
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Muanassa Rosario
Direito fiscal
Tutor:
Ngoie Kazimingi Patrick
PEMBA
2021
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Índice
1. Introdução .................................................................................................................................... 4
1.1. Objectivos ................................................................................................................................. 5
2. Metodológia ................................................................................................................................. 5
3. Direito Fiscal ............................................................................................................................... 6
3.1. Relações do Direito fiscal com Outros Ramos do Direito........................................................ 6
3.1.1. Direito fiscal e direito constitucional..................................................................................... 6
3.1.2. Direito fiscal e direito administrativo .................................................................................... 6
3.1.3. Direito fiscal e direito processual .......................................................................................... 7
3.1.4. Direito fiscal e direito penal .................................................................................................. 7
3.1.5. Direito fiscal e direito internacional ...................................................................................... 7
3.2. Ovalor das Ordens Internas da Administração, Jurisprudência, Doutrina e Costume ............. 7
3.3. Dupla Tributação No Direito Fiscal Moçambicano ................................................................. 8
I. origem da dupla tributação (ou múltipla) tributação. ................................................................... 9
II. Elementos de uma definição da dupla tributação internacional................................................ 11
3.3.1. O Problema da Dupla Tributação Internacional .................................................................. 13
4. Conclusão .................................................................................................................................. 14
5. Bibliográficas ............................................................................................................................ 15
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1. Introdução
Além dessas duas ciências com que mantém relações básicas, de princípios, outras ciências
particulares e especificadamente no campo de certos tributos vão colaborar com o Direito
Tributário. Assim, por exemplo, no tocante ao impôsto de renda, o conhecimento de
Contabilidade auxiliará o jurista a solucionar problemas de tributação, pois a lei fiscal estabelece
tais modificações específicas para fins tributários no balanço comercial que hoje se fala em
balanço comercial e balanço fiscal; o impôsto de consumo incidindo sôbre produtos, muitas vêzes
para o aplicador da lei tributária decidir sôbre a incidência ou não do impôsto, terá que se
socorrer da Tecnológia e a própria lei fiscal a ela remete a solução das dúvidas técnicas (art. 155
do decreto n.o 26.149).
Muitas e importantes são as relações do Direito Tributário com os demais ramos do Direito.
Essas relações são da maior importância porque o Direito Tributário é sabidamente de elaboração
mais recente, de forma que ao vir disciplinar certos atos ou fatos já encontrou uma elaboração
jurídica da qual pôde aceitar muitos princípios gerais e mesmo até certos institutos completos.
Em certos pontos teve que alterar ou mesmo elaborar princípios específicos e institutos próprios.
Assim como sua elaboração, por ser mais recente, aceita contribuição, também em certos pontos
tem sido precursor. Georges Ripert, escrevendo sôbre o instituto da emprêsa, reconhece: "O que o
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direito privado não percebe ainda senão confusamente, o direito fiscal, em sua autonomia
francamente afirmada, já o realiza" omissis "O direito fiscal faz aqui figura de precursor"
(Aspecto Jurídico do Capitalismo Moderno, trad. de G. de Azevedo, págs. 284-285).
1.1. Objectivos
Objectivos gerais:
Objectivos específicos:
2. Metodológia
Este trabalho procura racionalizar a pesquisa sobre Relações do Direito fiscal com Outros
Ramos do Direito, o valor das Ordens Internas da Administração, Jurisprudência, Doutrina e
Costume e a dupla tributação no direito fiscal Moçambicano.. Para alcançar o objectivo
proposto, o presente trabalho baseou-se na pesquisa exploratória, utilizando a pesquisa
documental e bibliográfica.
A pesquisa pode ser considerada “um procedimento formal com método depensamento reflectivo
que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para reconhecer a realidade ou para
descobrir verdades espaciais. Significa muito mais do que apenas procurar a verdade: é encontrar
respostas para questõespropostas, utilizando métodos científicos” (LAKATOS, 2010).
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3. Direito Fiscal
O ordenamento jurídico como um espaço jurídico onde são criadas e aplicadas normas jurídicas é
constituído por normas de várias espécies e graus diferentes. Essa variedade de normas coabita
ora de forma passiva, ora de forma conflituosa, ora de forma paritária e ainda mais de forma
hierárquica. Por essa razão é de grande importância, sempreque se estuda um ramo de direito,
situá-lo no universo dos outros ramos e determinar o tipo de relações específicas que estabelece
com os outros ramos. Nesta esteira, relacionaremos, nesta Unidade Temática, o direito fiscal e
outros ramos como o direito constitucional; o direito administrativo; o direito processual; o
direito penal e o direitointernacional.
Estes dois ramos de direito mantêm relações estreitas de coordenação. De facto, os órgãos
responsáveis pela colecta e administração dosimpostos pertencem à administração, e justifica-se
que sejam também regidos pelo direito administrativo. Mas além disso, é de extrema importância
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o facto de alguns institutos estudados nos cursos de direito fiscal, como por exemplo as normas
de organização dos serviços administrativos e as competências dos funcionários que lançam,
liquidam e cobram impostos, serem disciplinados pelo direito administrativo.
O direito processual como direito instrumental também mantém relações estreitas com o direito
fiscal na medida em que podem surgir, no âmbito das relações fiscais, quaisquer matérias
controvertidas quecareçam de ser dirimidos. Neste caso, recorrer-se-á ao processo fiscal.
O direito fiscal estabelece relações com o direito penal na medida emque existe um direito fiscal
penal, constituído por um conjunto de normas que prevêem a violação de preceitos tributários e
estatuem as respectivas sanções. Mas também as normas do direito penal são subsidiariamente
aplicáveis ao direito fiscal penal, sobre tudo nos casosem que a infracção fiscal constitui crime
fiscal a que corresponda pena de prisão ou multa convertida em prisão.
Elas não constituem fontes do direito fiscal, porquanto a sua força vinculativa se acha circunscrita
ou limitada a um sector da ordem administrativa, não vinculam nem o contribuinte, nem os
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tribunais. Entretanto, as ordens internas têm o mérito de uniformizar a aplicaçãodo direito pelos
agentes da administração e reduzir as demandas entreestes e os sujeitos passivos.
A jurisprudência e a doutrina têm sido apresentadas como fontes mediatas do direito fiscal, pois a
jurisprudência, apesar de não ser fonte do direito permite um prognóstico sobre como o direito
será aplicado.
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I. A origem da dupla tributação (ou múltipla) tributação – o conflito de duas (ou varias)
soberanias fiscais.
A soberania fiscal aparece distinta da soberania política. O território fiscal pode não coincidir
com o território de um Estado soberano. Como a Argélia, antes mesmo da sua independência,
beneficiava de um sistema fiscal autónomo. De igual modo, os territórios ultramarinos (TOM)
tem o seu próprio sistema de tributação elaborado pelas suas assembleias territoriais, e as leis
fiscais votadas pelo parlamento da República não são aplicável ai. Mesmo se as assembleias
territoriais mantem a sua competência na matéria do legislador da República, a situação dos TOM
corresponde sim à nossa definição de soberania fiscal.
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II. Elementos de uma definição da dupla tributação internacional
A. Elementos incontestados
a) Uma tributação repetida – a expressão dupla tributação é universalmente admitida. Mas a
tributação pode ser múltipla.
Por exemplo, há múltipla tributação no caso em que um mesmo rendimento é tributado ao mesmo
tempo no Estado da sua origem, no Estado do domicílio do seu titular e no Estado de que este
último tem nacionalidade (por exemplo Estados Unidos).
b) Uma sobrecarga fiscal – só é digna de ser tomada em consideração a situação daqueles que,
devido as fronteiras, são levados a suportar um aumento de carga fiscal em relação àspessoas cuja
existência se desenrola integralmente num único Estado. A injustiça que daqui resulta levou a
tentar a eliminação da dupla tributação.
c) Identidade de período de tributação – este elemento impõe-se com evidência. Pelo contrário, os
três problemas estritamente ligados, da identidade de sujeito de tributação, da identidade de
imposto e da identidade da matéria tributável, levantam dificuldades muito maiores.
B. Os Elementos discutidos
a. A identidade de sujeito de tributação – a tributação dassociedades sobre os seus
rendimentos é muitas vezes seguidada tributação destes mesmos rendimentos nas
mãos dos accionistas. Uma parte da doutrina acha que este fenómeno não é
constitutivo de uma dupla tributação, dado que duas pessoas juridicamente
distintas são sucessivamente sujeitas ao imposto: não há nem identidade de
sujeitos de tributação nem, aliás,identidade de imposto, até mesmo de matéria
tributável; e alguns reservam para hipóteses deste género a qualificação de dupla
tributação económica para bem as diferenciar dos casos de dupla tributação
clássica ou jurídica.
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e o imposta pessoal do accionista engendram portanto uma dupla tributação dado que a distinção
entre os dois tipos de contribuintes não passa do resultado de uma ficção jurídica.
Em relação a esta distinção fundamental entre impostos pessoais e impostos reais, as causas de
dupla tributação podem ser divididas em categorias:
1⁰ caso: A coexistência de uma tributação pessoal num Estado e de uma tributação real num
outro Estado. Por um lado o rendimento, ou o valor de um bem, é taxado em razão da
nacionalidade, domicilio ou residência do contribuinte, por outro é o em razão da fonte do
rendimento ou da situação do bem.
2⁰ caso: A utilização de critérios diferentes no que diz respeito àaplicação de impostos pessoais,
deste modo, em matéria de imposto sobre rendimento, os critérios adoptados pode ser num
Estado a nacionalidade, num outro o domicílio do contribuinte; em matéria dedireitos de
sucessão, pode ser a nacionalidade ou o domicilio do defunto, a nacionalidade ou o domicilio do
ou dos sucessíveis. E 3⁰ caso: Definições diferentes do mesmo critério de ligação.
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3.3.1. O Problema da Dupla Tributação Internacional
O problema da dupla tributação internacional está ligado ao uso de conexões aliada a progressiva
internacionalização da economia e cada vez aliada a circulação de pessoas. Por exemplo uma
pessoa singular residente em território moçambicano, que obtém rendimentos nesse território
bem como no território sul-africano, por força do n˚1 do art.20 do CIRPS, fica sujeito a IRPS
pela totalidade dos seus rendimentos, incluindo os obtidos fora do território moçambicano.
Portanto, na generalidade dos Estados existe uma norma idêntica à do n˚2 do art.20 do CIPRS,
segundo o qual os não residentes ficam sujeitos a imposto relativamente ao rendimento obtido
nesse território. Os rendimentos obtidos na África do Sul pelo residente em Moçambique são
sujeitos a dupla tributação.
Porém, para eliminar ou evitar a dupla tributação internacional tem sidoadoptadas medidas
unilaterais através de concessão de isenções a matéria colectável auferida no estrangeiro ou
dedução do imposto a pagar no país de residência, tal é o caso do art.61 do CIRPS e art.65 do
CIRPC que estabelecem o crédito de imposto por dupla tributação internacional.
Também podem ser adoptadas medidas bilaterais através de celebração de convenções para
eliminar ou evitar a dupla tributação internacional. A imputação ou crédito de imposto pode ser
ordinário, fictício ou presumido. Na imputação ordinário o Estado de residência deduz a fracção
do seu próprio imposto correspondente aos rendimentos obtidos fora. No crédito fictício o Estado
de residência não deduz o imposto efectivamente pago fora, mas sim o imposto que teria sido
pago se os rendimentos obtidos fora não beneficiasse de um benefício fiscal. E no crédito
presumido o Estado de residência deduz um montante superior ao imposto
suportado fora.
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4. Conclusão
Após as leituras feitas percebe-se que o Direito Tributário ou Fiscal é o conjunto das leis
reguladoras da arrecadação dos tributos, e fiscalização exercidos em todo país, valendo
salientar que, mesmo com algumas divergências, o objetivo é captar recursos materiais para
manter sua estrutura, disponibilizando ao cidadão-contribuinte os serviços que lhe compete,
como autêntico provedor das necessidades coletivas.
O estudo do Direito Fiscal lusitano, como ficou assentado nas linhas alhures tecidas, traz
consigo a importância de todos os conceitos que o estruturam, voltados para os princípios
norteadores de sua regência fiscal positiva, não se fazendo, olvidar que tais normas nunca
se desgarrarão dos princípios que regem o ordenamento comunitário europeu. Essa forma
de integração entre Estados-membros é o que dá sentido e homogeneidade ao ordenamento
comunitário.
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5. Bibliográficas
WATY, Teodoro Andrade, Introdução ao direito fiscal, W &W editora, Maputo, 2004
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