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determinada ação, afastando-se das suas paixões. Platão elenca quatro virtudes
principais: a temperança, a coragem, a justiça e a sabedoria. Platão dá à justiça
um sentido ético ao estabelecer que ela é a virtude suprema, harmonizadora
das demais. Em outras palavras, a justiça humana é um instrumento normativo
que possibilita a convivência e a ação conjunta dos homens.
A educação deveria ser realizada na academia, espécie de escola que o
autor denomina de paideia, na qual, através do ensino da arte, literatura e
atletismo, os homens desenvolvem suas aptidões, tornando-se capazes de
pensar nas questões terrenas, inclusive nas políticas, com rigor filosófico. Isto
dará uma nova conotação para o direito, que passa a ser pensado dentro de um
eixo moral ético.
Não obstante a concepção de um ensino público, este ficará restrito à
formação de guardiões, oriundos da elite, que poderão ser governantes, caso
tenham a sabedoria como virtude, ou guerreiros, se demonstrarem a virtude da
coragem. Os demais cidadãos deveriam se ocupar das atividades econômicas,
sendo eles os artesãos e os comerciantes, que têm a temperança como virtude.
Aí está a divisão da Pólis em três classes a partir das virtudes inatas. Os
filósofos governantes pensam a política, os guerreiros asseguram a justiça e a
paz e os demais cidadãos devem cumprir as leis sem questioná-las. Ainda, a
função desempenhada pelo grupo dos artesãos e comerciantes é vinculada a
sua própria existência – no momento em que são incapazes de exercer seu
ofício em benefício da Pólis, sua vida perde o sentido e deveria ser encerrada.
Para manter essa unidade – que mais parece uma uniformidade em
benefício do todo –, Platão elenca as leis como a ferramenta de controle social.
Pensadas pelos filósofos, as leis devem ser respeitadas por todos considerando
a sua legitimidade, tratada pelo filósofo como uma aceitabilidade racional do
postulado. Quando este item falha, entra em cena o medo da sanção, enquanto
punição inerente àqueles que se desviam do caminho da justiça.
Por seu turno, Aristóteles tem uma abordagem empírica do mundo,
1) Existe relevância da ética para o direito? Como esses dois campos interagem?
2) Há algum elo entre educação, desenvolvimento humano e a questão da justiça?
Se positivo, a educação é capaz de influenciar no direito?
3) Como a ética, o direito e a política podem se relacionar para concretizar um
bem comum para todos? A sua concepção de justiça prevê um bem comum?
4) Na sua opinião, existem diferentes tipos de justiça? Essa justiça se vincula a
alguma forma de felicidade?