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margem de verdade no seu conteúdo, que muito pode ser útil na busca da
verdade, tão esperada.
Em relação as experiências humanas, o acabamento entrevisto, cita-se
que na análise do livro V, chamado de Ética a Nicômico, Aristóteles aponta à
dados da realidade de seu tempo com opiniões do vulgo e sábios, além de
instituições vigentes naquela ocasião.
Assim, para a compreensão e noção de justiça, esta será a elaboração
da filosofia que precedeu.
Muito se ressalta ao conceito de justiça, que se torna um dos mais
disputados na compreensão hermenêutica.
É sabido que o termo o caracteriza de forma geral tudo aquilo que é
justo no sentido equitativo, congruente e igual.
Mas especificamente, deve referir-se à congruência relativa ao
homem, às coisas na sua relatividade face ao homem e aos homens entre si.
Nesta análise, o sentido humano, faz com que o termo justiça ganha
contornos jurídicos e filosóficos, convertendo-se em pedra angular de todo o
regramento jurídico vigente.
Nas antigas manifestações do pensamento grego a justiça não aparece
com denominação própria e específica – ligada a outras ideias, com
conotações místicas.
Segundo Homero/Hesíodo, estes usavam decisão judicial para
designar justiça.
Nesta ótica de compreensão, a figura mítida da Têmis, era equiparada
a uma Deusas Gregas da Justiça. Têmis, mãe das Horas, presidia a ordem do
Universo, sendo a conselheira de Zeus.
Ainda na análise de Homero, ressalta-se que Diké era denominada
como Deusa dos julgamento, filha de Zeus e Têmis. A Diké cabia as decisão e
pena judicial, fazendo-a cruel e vingativa.
Em relação ao contexto que envolve a Justiça Divina X Justiça
Humana, o sentido 1º das palavras tinha referência religiosa que guarda a
palavra jurar.
Segundo Platão e Aristóteles, a justiça era utilizada com viés de
referência eticamente religiosa.
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A palavra justiça não tem a mesma conotação que recebeu mais tarde
no Direito Romano, tendo em vista que não enveredarem para a Ciência do
Direito.
A luz do Pitagorismo, também conhecido como Gnose (conhecimento,
sabedoria), ressalta-se que o conhecimento e cálculos para conhecer a
realidade para se libertar, traz estilo de vida em comum.
O primeiro conceito de justiça: igualdade com “igualdade” ou
correspondência de opostos, deve ser apontado tal como o conceito de
injustiça, interligado ao de Reciprocidade.
Imperioso dizer que a Justiça deve ser vista como princípio de sentido
quase exclusivamente social.
Deve ser apontado ainda a análise da Justiça como virtude Universal.
Para os sofistas, o Mundo era da Natureza e da Cultura. Já para
Heráclito x Parmedes, decorre o questionamento de que a Justiça é uma
necessidade natural ou uma instituição humana?
Em relação a Protágoras, a Justiça é um dom divino conferido ao
homem para que a vida social se tornasse possível. Trata-se também, de um
adorno da cidade e vinculo conciliatório da amizade.
É certo que a justiça não era dada na sua totalidade, mas apenas como
inclinação, devendo aos poucos ser desenvolvida e aprendida.
A conciliação entre a justiça como necessidade natural e instituição
humana
Em relação a Jâmblico, a Justiça era uma necessidade exclusivamente
natural, sendo ela considerada a virtude mais alta, propiciadora da vida social,
sem a qual a vida humana era apenas uma vida de guerra e conflito.
Assim, as obras dos antigos gregos que tratavam de problemas do
direito eram mais de caráter legislativo e menos de caráter Jurídico- científico.
Diante deste cenário, imperioso dizer que mesmo os advogados de
hoje não vão além da interpretação da lei para o caso singular.
A obra de Demóstenes traz o Julgamento conforme a religião e a
justiça, demonstrando absolutamente um caráter ético.
A consciência popular é também igual a vivência jurídica intensa que
se difunde no teatro, filosofia e história. Desse fato, surge investigação de toda
espécie de fonte da civilização ática.
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A vontade tem a ver com apetite, força interna, que quando se pode
dizer que não há conhecimento de causa, o que vale dizer, quando o princípio
causal do ato não está no agente.
O que define o caráter jurídico de um ato concreto de autoridade, se dá
pelo grau de consenso público que se admite, ora que este pode ser obtido de
vários modos.
Reside aí a raiz provável do paradoxo de uma sociedade
obsessivamente preocupada em regular e controlar o poder econômico, mais
importante para fazer descer essa regulação e esse controle do plano de uma
ética de resultados que contribuem para a formação da convicção.