Você está na página 1de 6

Antiguidade

Tags

Na antiguidade o foco era a observação era baseada na relação Sujeito → Objeto


A ideia de justiça, em um primeiro momento, era tida por meio da mitologia. A figura da
deusa Themis representava a justiça divina, que servia de parâmetro para a justiça
humana (era pautada na ideia de reciprocidade). Themis era acompanhada de seus 3
filhos, eunomia, que representava a ordem; dixe, que era a justiça humana e eirear,
que era paz. A deusa Themis era frequentemente consultada pelos seres humanos e
sua intervenção acontecia de forma pontual, ademais, a justiça é vinculada a uma
retribuição ligada ao destino.
Outra figura era Sólon, legislador de Atenas, por meio de tal entendia-se que a justiça
era para a cidade o mesmo que a saúde é para o povo, portanto, a justiça é um bem de
interesse comum.

Período Helênico
o período helênico demonstra a cultura grega. Divido-se em 3: cosmológico,
antropológico e sistemático.
cosmológico
No período cosmológico, como o nome bem retrata. a preocupação central era no
cosmos (pré socráticos). Buscava-se a resposta para a seguinte pergunta: “qual é o
princípio fundante/qual a origem de tudo?”
Para os filósofos deste período, a essência de algo era a verdade. O primeiro a
responder a pergunta acima foi Tales de Mileto. Para ele, o princípio fundante de todas
as coisas era a água. Ja para o filósofo pré-socratico Anaximandro o princípio fundante
seria Dike, isto é, ordem; a ordem em oposição ao caos. Parmenides que o princípio
fundante era o “ser”, aquilo que não muda e Heráclito, diferentemente, afirmava ser a
mudança a origem de tudo. Pitágoras, por fim, acreditava ser os números o princípio
fundante, pois para ele os números são algo real, existindo por si so.

Antiguidade 1
Antropológico
tem o ser humano como objeto

Esta mudança de eixo aconteceu por 4 motivos principais: esgotamento do tema


anterior(questões naturais), crise da aristocracia, comércio e invasão persa
Neste período surgem os sofistas, que são questionadores da realidade e defendem o
relativismo dos valores. Os sofistas tiveram importância para a filosofia, visto que
auxiliam na separação entre physis e nomos, contribuem para o desenvolvimento da
oratória e abrem a possibilidade de um debate político na ágora, tornando o
conhecimento acessível. No entanto, havia críticas a respeito deles. Platão entendia
que os sofistas impediam o saber, enquanto aristóteles dizia que a sabedoria deles era
aparente, não verdadeira. Certo é que o excessivo relativismo dos sofistas colocava em
xeque os valores, visto que não existiam valores absolutos → “o homem é a medida de
todas as coisas”

Sócrates defendia que se o homem não se conhecesse, não poderia conhecer qual a
arte que o torna melhor. A busca da virtude, portanto, resumia-se ao reconhecimento
da ignorancia somada a busca da maneira certa de agir.

Sistemático

Platão

para platão o mito não impedia o logos (razão) mas o clarificava, complementava

Ele gostava de utilizar alegorias, visto que para o autor gerava um debate dentro da
academia
Platão desenvolveu o pensamento de que existiriam 2 realidades: o mundo sensível e o
mundo intelegível, ou mundo das ideias. O mundo das ideias diria respeito ao ser
propriamente dito, a verdade, real e imutável, enquanto o mundo sensível seria apenas
uma cópia imperfeita do mundo intelegível. Para Platão a justiça é uma ideia, existe por
si só. O bem seria a finalidade última do indivíduo, que seria atingido por meio da ética.
Ademais, o ser humano é dotado de corpo e alma, sendo o primeiro um cárcere para o
segundo, que seria parte do mundo intelegível.

Antiguidade 2
A política seria uma forma de cura da alma, por meio dela o ser humano se tornaria
virtuoso

💡 Justiça para platão é dar a cada um o que lhe convém. Ademais, a justiça é
uma ideia e existe por si só.

O homem possui 3 almas: a apetitiva (temperança); irascível (coragem) e a racional


(sabedoria)
O estado deveria seguir determinada hierarquia com base nas almas, visto que há uma
predominancia em cada individuo, e sua função seria determinada a partir da virtude
predominante
antes de sócrates, o justo era cumprir a ordem natural, após há a valorização da
subjetividade do ser humano

Aristóteles

Para Aristóteles o mundo sensível e o mundo intelegível estão fundidos numa única
realidade. Aristóteles é mais analítico e científico do que Platão.
Partindo do pressuposto de que há uma única realidade, a experiência é reabilitada,
assim como há uma pluralidade de objetos a serem conhecidos, de métodos, de
ciências

Ética: bem supremo → felicidade (a felicidade se refere a um bem da alma, o


conhecimento da verdade)
O bem supremo é o meio para a virtude: 1) virtude dianoética: so demanda a razão,
conhecimento puramente teórico; 2) virtude ética: demanda a razão+vontade, se refere
à prática reiterada
Aristóteles faz uma divisão entre as virtudes em potência e ato

potência → ato → hábito → atividade = para a virtude é necessária a prática habitual


do ato
“quanto mais virtuoso mais feliz”

Antiguidade 3
Características do ato virtuoso: (ato virtuoso é diferente de pessoa virtuosa!!)

1) meio termo entre um excesso e uma falta


2) prática reiterada
3) consciencia do ato

4) decisão particular

5) certeza quanto à moralidade do ato

Justiça para Platão pode ter 2 sentidos:

sentido amplo: significa a conformidade com a lei

sentido estrito: significa o hábito de realizar a igualdade

Elementos da justiça em aristóteles:

→ o outro, a vontade, conformidade com a lei, bem comum, igualdade (corretiva: tratar
os desiguais na medida de sua desigualdade; distributiva: refere-se a mérito, aos iguais
coisas desiguais)

Período Helenístico
Atenas estava mergulhada em crises → dissolução da Polis

Roma se expandindo, até que conquista Atenas

nesse momento houve uma perda de referência por parte do povo grego, pois antes a
referencia era o cidadão da Polis, e após a chegada romana, não era possível a
existência desta divisão mais

Na Grécia havia uma sociedade orgânica, em que não se falava em indivíduos, mas
em coletividade, isto é, havia a prevalência do todo sobre as partes, tanto que
existia a figura supervalorizada do herói, aquele que colocava seus interesses em
segundo plano para defender sua cidade.

Antiguidade 4
A chegada de Roma faz o povo grego perceber que o que antes tinham como verdade
poderia não ser de fato.

Em Roma o individualismo estava mais presente, visto que era uma sociedade plural.
Tal situação mina a ideia de organicidade, dando lugar a uma sociedade mecânica
(destacamento de cada uma das partes em relação ao todo)

individuo → abstrato

cidadania romana → é meramente jurídica/técnica → o governo concede esta a todos


os moradores do território, visando acalmar os animos.

A filosofia romana é herdeira da filosofia grega

Epicurismo:

defende que a virtude é o meio para a felicidade, e esta, por sua vez, é expressa como
sendo tranquilidade, pouco sofrimento → há aqui um conceito mais individualizado de
felicidade

Tendo isto, a virtude é apenas um instrumento para a felicidade, ela por si só não vale
nada.

os prazeres são os bens da alma (ex: amizade)

Para Epicuro o ser humano não é um animal político, como afirmava Aristóteles → o
convívio social não é da essência humana. → se utiliza deste para evitar a barbarie →
A organização política é fruto da convivência (diminuir os atritos para que cada um
possa ser feliz)
→ o critério para definir justiça e virtude é a felicidade

Justiça: é uma criação humana, fruto de um acordo por razões de utilidade (sendo
assim, a justiça não tem existÊncia por si própria e é necessariamente relativa)
A utilidade é o critério de todas as justiças

→ sábio para Epicuro é aquele que não se envolve em política (evita atritos)

Estoicismo:

→ sábio é aquele que não se determina por paixões nem por terceiros

Antiguidade 5
*Lei natural(direito natural): consciencia individual

Direito vai precisar se alinhar à razão

o denominador comum entre o cidadão da polis e o indivíduo abstrarto é a centelha de


razão → existência de igualdade formal

→ Cícero: a filosofia do direito começa dividir espaço com a moral → o Estado nada
mais é do que uma sociedade juridicamente organizada → direito deixa de ser
exclusivamente moral e passa a ter caráter jurídico

→Ulpiano: dar a cada um o seu direito

direito se diferencia da moral pela exigibilidade

Antiguidade 6

Você também pode gostar