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FILOSOFIA

∙ Na Grécia antiga, as explicações para quase todas as coisas estavam


centradas na natureza (physis) e no cosmos, assim como o próprio
entendimento da realidade. O misticismo ainda influenciava o que se
produzia de conhecimento, e a "fúria dos deuses" ainda parecia responder
aos questionamentos dos gregos para o que lhes acontecia, de bom ou de
mau. Diante dessa realidade, surgiram os primeiros filósofos gregos,
denominados:
R: Cosmológicos. (Os problemas fundamentais da filosofia grega na
Antiguidade eram os cosmológicos, pois, fundamentalmente, questionavam os
fatos naturais e a sua ocorrência e/ou existência. Chamados de pré-
socráticos, os primeiros filósofos se concentraram em pensar a ordem do
cosmos e o seu princípio ordenador.
∙ A filosofia grega surge como uma resposta racional às explicações místicas
sobre os fatos naturais e o comportamento humano. Nesse sentido, pode-se
dizer que o discurso racional é fruto de um embate acerca da realidade. De
acordo com os seus conhecimentos acerca da passagem do mito ao logos,
assinale a alternativa correta.
R: Conhecimento e misticismo. (Para os gregos antigos, o mundo era
explicado por meio da mitologia. Aos poucos, esse pensamento foi cedendo
espaço para questões racionais com explicações inelegíveis, que se
diferenciavam da primeira por conta do conhecimento produzido. Dessa
forma, pode-se dizer que o conhecimento e a razão se configuram como
categorias complementares ao pensamento filosófico. Em especial, a razão
pode ser entendida como uma capacidade humana de tirar conclusões sobre
as coisas a partir de premissas ou suposições. Do mesmo modo, o ceticismo
diz respeito à opinião de que não temos determinado conhecimento e de que
o que temos é apenas uma ilusão. Por fim, o misticismo se enquadra como
uma crença, uma forma de ver o mundo, e a emoção é pensada e entendida
como tão só uma capacidade sensitiva do humano.)
∙ No esforço por compreender de maneira racional as coisas, e empregando
sua capacidade intelectual, os filósofos clássicos gregos abordaram temas
presentes ainda hoje em pesquisas científicas das mais variadas áreas do
conhecimento. Dessa forma, vários eixos do pensamento atual foram
inaugurados na Grécia Antiga. De acordo com o exposto, assinale a
alternativa que aponta esses eixos corretamente.
R: A natureza, o homem e a felicidade. (De maneira geral, a filosofia grega
tinha o objetivo de compreender como as forças da natureza atingiam o
homem (a natureza), a condição de igualdade entre os homens gregos (o
homem) e a forma como o homem poderia conduzir sua vida de maneira
correta (a felicidade).
∙ Na etapa de sua trajetória em que ainda se detinha a investigar a natureza
(physis), na tentativa de explicar a origem do universo e da vida, a filosofia
grega se desenvolveu com grandes pensadores. Entre eles, um é considerado
como o primeiro filósofo, Tales de Mileto. De acordo com o exposto e os
seus conhecimentos acerca da teoria de Tales de Mileto, assinale a
alternativa correta.
R: O princípio ordenador para Tales de Mileto é a água. (Tales de Mileto é
considerado o filósofo responsável pelos conceitos fundamentais de physis
(natureza), cosmos e logo. Tales tentou explicar a origem do mundo. Para o
filósofo, a água estaria na origem de tudo, sendo o primeiro a levantar esse
tipo de questão. A partir da teoria de Mileto, decorreram outras, como a de
Heráclito, que defende que o princípio ordenador seria o fogo, e a de
Anaxímenes, que entende que o princípio ordenador era o vento, o ar. A
ética surge com Sócrates, assim como a finalidade ética da felicidade.)
∙ Desde a sua origem, o homem afirma, nega, deseja e recusa coisas e
pessoas em sua vida cotidiana, atribuindo juízos de valor pelos quais se
orienta. Contudo, em determinado momento histórico de seu
desenvolvimento intelectual, o homem passou a conferir um caráter
filosófico aos seus questionamentos, discutindo racionalmente antigas
crenças e valores. Dessa forma, considerando os seus conhecimentos sobre
o surgimento da filosofia, assinale a alternativa correta.

R: Surge pela insatisfação do homem com as respostas místicas sobre as


coisas do universo, a partir do uso da racionalidade para tentar explicá-las.
(O homem começa a exigir provas racionais para validar suas crenças e seus
valores em detrimento da verdade mística.)

∙ Existem diferentes opiniões sobre a natureza da filosofia e, de maneira


geral, quase nenhuma muito simples. Porém, as opiniões parecem convergir
quando se trata do significado da palavra filosofia. Literalmente, filosofia
quer dizer:

R: O amor pela sabedoria. (A palavra vem do grego e é a soma de philos


(amor) com sophia (sabedoria).)

∙ O tipo de conhecimento produzido pelo estudo da filosofia é:

R: Essencial das coisas abstratas. (O papel dos filósofos é descobrir a


essência das coisas abstratas, como a verdade, a justiça, o pensamento,
etc.)
∙ Constantemente, os filósofos estão levantando questões sobre o que as
coisas realmente são. Isso é parte da prática filosófica. O filósofo clássico
Platão, em seus diálogos, por exemplo, perguntava: "O que é a justiça?". Para
tanto, os filósofos realizam uma atividade que é a:

R: Clarificação. (Atividade central na filosofia na busca pelo entendimento


da essência das coisas.)

∙ O conteúdo da filosofia diz respeito àquilo sobre o que pensam os


filósofos. Para tal, fazem uso das chamadas alegações filosóficas, que nada
mais são do que afirmativas lançadas como verdadeiras ou falsas. A partir
disso, e generalizando conforme suas ramificações, é correto afirmar que o
conteúdo da filosofia diz respeito à natureza fundamental:

R: Da realidade por meio da metafísica, do conhecimento por meio da


epistemologia e das relações éticas por meio da axiologia. (A metafísica se
ocupará da parte da realidade que consiste de pessoas; a epistemologia, com
as relações de pensar sobre e conhecer; axiologia, com os valores.)

∙ O método do pensamento filosófico necessita de determinadas habilidades


intelectuais, conhecidas por hábitos filosóficos da mente. Desse modo, duas
das habilidades mais básicas envolvidas no hábito filosófico em relação às
alegações são clarificar e justificar. Respectivamente, clarificação e
justificação significam:

R: Explicação em detalhes do significado da alegação e razões que os


filósofos oferecem para que se acredite nas alegações.

∙ Os pré-socráticos, Sócrates e os sofistas podem ser considerados


precursores da filosofia grega, sendo expoentes de seu desenvolvimento
inicial. A preocupação desses filósofos era:

R: Questionar o mundo que tinham a sua volta.

∙ Os pré-socráticos podem ser considerados o primeiro conjunto de


filósofos gregos. Seu objetivo filosófico era:

R: Compreender a origem da vida.

∙ Os sofistas alteram o cenário da Filosofia quando mudam o foco de


interesse das indagações da origem da vida para o homem em si. Seu
objetivo não era:
R: Descobrir a verdade universal. (Para os sofistas, não existia uma verdade
universal. Seu interesse era utilizar a verdade em seus discursos a fim de
ministrar aulas para os gregos em troca de dinheiro e reputação.)

∙ Em contraponto aos sofistas, Sócrates acreditava na existência de uma


verdade absoluta e universal, que fundamentasse todas as coisas do
universo. Assim, para Sócrates, a verdade valeria para:

R: Para todas as pessoas em qualquer tempo e espaço.

∙ No julgamento que o levou à morte, Sócrates, ao defender-se das


acusações que lhe eram atribuídas de incitar e corromper os jovens gregos
com pensamentos contra os deuses e o poder instituído na época,
questionava como poderia não acreditar nos Deuses ao mesmo tempo em que
era preciso se unir a eles. Foram dadas duas escolhas à Sócrates, ou se
exilava para sempre ou cortavam-lhe a língua. Caso se negasse a cumprir a
pena escolhida, seria morto ingerindo veneno. Sócrates preferiu morrer
porque:

R: Morrendo, Sócrates acreditava que não "abriria mão" de uma vida justa.
(Dessa forma, Sócrates não precisaria renegar os ensinamentos que
pregava. Ele preferiu seguir em suas convicções e morrer do que descer e
dar razão aos seus acusadores.

∙ Na Alegoria da Caverna, Platão defende que o conhecimento está


relacionado à verdade suprassensível. Isto é, a verdade estaria para além da
realidade, ou ainda, em uma realidade que antecederia este mundo e
determinaria a realidade deste mundo. Para tanto, Platão narra uma alegoria
em que os sujeitos estariam agrilhoados e veriam apenas sombras que são
reflexos da realidade que está fora da caverna, de costas para esses
prisioneiros. Sobre isso, assinale a alternativa correta:
R: A projeção de imagens representa a realidade deste mundo. (A projeção
de imagens representa a realidade deste mundo, que está visível
materialmente. A suprassensível se trata de uma realidade além do nosso
universo físico, da qual não se pode obter um conhecimento verificável, isto
é, essa realidade não seria uma fonte de conhecimento. O conhecimento
verdadeiro sobrepõe as opiniões ou sensações e pode ser alcançado a partir
do uso de técnicas, criando ou experenciando algo novo, ou seja, é a
capacidade humana de aprender. Assim, as sombras simbolizam aquilo que
nós vemos neste mundo (o mundo das inteligível) e não a verdade que estaria
no mundo das ideias. A polis grega refere-se ao modelo das antigas cidades
gregas.)
∙ Em A República, Platão argumentará acerca da cidade perfeita. Nesse
sentido, essa cidade, ou pólis, seria aquela que serviria como modelo de
justiça, coragem e sabedoria. Para tanto, a pólis deveria obedecer à ordem
proposta por Platão que serviria de substrato para essa sociedade perfeita.
De acordo com tal ordem, assinale a alternativa correta:
R: A cidade deveria ser organizada tal qual o corpo: a parte racional,
irascível e concupiscente. (A cidade perfeita, para Platão, deve ter com
modelo a organização do próprio corpo. Sendo que a parte racional é
responsável pela reflexão; a parte irascível pela paixão e emoções e a
concupiscente pelo apetite e desejo sexual.)
∙ A teoria aristotélica, apesar de decorrente da teoria platônica, rompe, em
alguns aspectos radicalmente, com as ideias de Platão. Nesse contexto,
pode-se ressaltar, por exemplo, uma valorização acerca da realidade
sensível que destoa daquilo que Platão defende como crítica à mutabilidade.
A respeito desta diferenciação, assinale a alternativa correta:
R: Para Aristóteles, a realidade sensível é a fonte de todo o conhecimento,
assim, suprime o dualismo. (A teoria aristotélica rompe com a teoria
platônica no que diz respeito ao dualismo. Diferentemente de Platão, em
Aristóteles a realidade sensível, assim como os sentidos, são as fontes
primeiras de todo o conhecimento.)
∙ Em A República, Platão apresenta sua concepção a respeito da poesia.
Nesse contexto, à poesia é dedicada uma reflexão sobre o lugar que esta
arte deveria ter na polis. Do mesmo modo que para todos os cidadãos da
pólis haveria uma função, de acordo com a aptidão anterior designada à sua
alma, aos poetas também é designado um lugar nesta sociedade. De acordo
com a concepção platônica de poesia, assinale a alternativa completa:
R: Platão defende que a poesia afasta os cidadãos da verdade inteligível.
(Para Platão, a poesia é a arte que afastaria os cidadãos da verdade, por
isso, os poetas não deveriam ser aceitos na cidade perfeita. Desta forma,
dentro do projeto platônico, as virtudes, tais como a justiça, a coragem, e a
reflexividade seriam virtudes que não são alcançáveis pela poesia, uma vez
que esta é a dissimulação da própria verdade.)
∙ Diferentemente de Platão, para Aristóteles a poesia ocupa um lugar
privilegiado na polis. Isto é, uma vez que a poesia elabora o mundo de outras
formas, deste modo, ao estarmos em contato com uma obra de arte,
poderíamos chegar às reflexões que nos induziriam à verdade. Sobre tal
reflexão, assinale a alternativa correta:
R: Aristóteles defende que a recriação do mundo pela arte é a mimesis. (O
que, por sua vez, se distingue da catarse que é a purificação da alma que se
dá por um sentimento causado, muitas vezes, pela obra de arte. Assim, a
arte se pareceria com a ciência, mas se diferenciaria pela produção de algo
que poderia ser. E, por outro lado, se distinguiria da história que é a
narrativa e da ética que implica em uma norma geral.)

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