Você está na página 1de 10

Introdução a filosofia

Etimologia da palavra filosofia – filo (amor) +sofhia (saber)

Saberes: senso comum (crenças/opiniões); mítico/religioso (verdades reveladas); filosófico e


científico (razão)

Inteligência x sabedoria

Grécia – berço da filosofia: expansão marítima, política, teorização.

Busca pelo conhecimento verdadeiro x ilusão/falso/enganoso

Informações x conhecimento

Cérebro:

Razão – ação/exercício intelectual

Filosofia – conceitos/teórica Ciência: função/prática

Sustentar nossas ideias, teses, conceitos - legitimar

Sócrates: maiêutica

Platão: dialética

Aristóteles: lógica

Sair do senso comum

Atitude filosófica – pensamento filosófico

Pensamento

Mito da caverna – diálogo filosófico

Crer e conhecer – cosmogonia x cosmologia

A atitude reflexiva, racional, o indagar, o senso crítico, ocupações da filosofia.

Questionamentos: onde, quando, como, por quê?

Respostas – desejo de saber – atitude filosófica – sair da caverna

Mafalda – atitude crítica – dizer não pré-conceito

Crítica: exame racional sem pré-conceito; avaliar detalhadamente; decidir corretamente;

Para que serve a filosofia? A filosofia é útil? É inútil?

Indagar –É: Existe; natureza própria de alguma coisa, essência

O que é? Como é? Por que é? Physis; Arkhé

Reflexão – conhece-te a ti mesmo – mundo – Deus

Volta do pensamento sobre si mesmo para conhecer.

Sujeito x objeto
Descartes – colocar em dúvida – dúvida metódica.

Reflexão filosófica – perguntas sobre a capacidade e a finalidade de conhecer, falar e agir.

Pensamento sistemático:

• Trabalha com enunciados precisos e rigorosos;

• Encadeamento lógico entre os enunciados;

• Trabalha conceitos e ideias obtidos por procedimento de demonstração e prova;

• Exige fundamentação racional do que é anunciado e pensado.

Ocupações da filosofia – fundamentação da teoria

• Princípios, causas e condições de um conhecimento racional.

• Origem, a forma e conteúdo dos valores

A filosofia como fundamentação teórica e crítica: análise, reflexão e crítica.

Objetivo da filosofia? FELICIDADE

Pensar e transformar o mundo – conhecimento – tecnologia da inteligência – conceitos


(pensamento conceitual) –

reflexão interna te todos os conhecimentos externos – reflexão modificando – pensamos nos


problemas que

enfrentamos na vida.

Arkhé- princípio universal do qual todas as coisas derivam.

Tales de Mileto – água

Pitágoras de Samos – matemático

Filolau de Crotona – número – conduta; fogo central – corpos celestes

Heráclito – fogo

Aristóteles – água, terra, fogo e ar;

Demócrito e Leucipo – átomo.

Filósofos naturalistas – cosmogonia x cosmologia

Quebra de paradigmas

O que somos?

Poesia: O homem; as viagens – Carlos Drummond de Andrade

Autoconhecimento – conhece-te a ti mesmo e conhecerás os homens, o mundo e os deuses;

Dualismo psicofísico

Outros estudos filosóficos: Aristóteles – animal racional e animal político; ser de linguagem -
Linguagem – lógica / logos – razão
Platão: a psique era o elemento que dava vida ao corpo, pura matéria - alma

o temperamento da alma (forma como as três almas se temperam, se misturam, com uma
delas predominando).

Temperamentos básicos:

. Concupiscível (ventre) – desejos e paixões


Corpo que é a sede do que sentimos Almas inferiores
. Irascível (peito) – ira e irritação

. Racional (cabeça) – pensamento Alma superior

A condição ideal para o ser humano é o predomínio do caráter racional, porém, nem todos são
assim.

Platão - cidade justa – é aquela no qual o cidadão é educado para se conhecer plenamente,
para viver de acordo com suas habilidades, contribuindo com o melhor de si e tendo a virtude
como principal valor, podendo assim, ser possível alcançar a felicidade.

Em Aristóteles, o caráter é o temperamento dos quatros elementos básicos (quente, frio, seco
e úmido) e os humores (sangue – corajoso e amoroso; fleuma – racional e calmo; bílis amarela
– agressivo e irritadiço e bílis negra – desanimado e inquieto).

Educar nosso desejo para que evitemos o vício e alcancemos a virtude (equilíbrio), conquistada
pelo exercício da prudência.

Virtudes (qualidades: equilíbrio)

Natureza humana (nascemos com ela) – ideia que exista uma essência humana que nos
distingue das outras coisas – animais, vegetais, etc.

Homo sapiens; homo economicus; homo faber; homo laborans; homo ludes ou o conjunto
deles.

O que fazemos ao longo de nossa vida é transformar em atos as potencialidades que legamos
desde o nascimento.
Para Aristóteles, a essência existe antes mesmo de o ser existir. Ao longo da vida humana, a
essência vai se realizando com a ação.

A filosofia existencial se opõe a essa ideia e afirma que a existência precede a essência.

Alguns filósofos acreditam que o ser humano não é definido por uma característica universal
(que está presente em todos os humanos em qualquer época e lugar), mas sim, por aquilo que
cada um faz a si mesmo – realizações humanas no mundo – tira o foco da essência e coloca na
existência.

Condição humana – (compreender como os homens vivem e se relacionam com os demais


indivíduos e com as coisas do mundo) – fatores históricos + ações que exercem sobre essa
condição, sempre transformando-a.

Existencialista – colocam ênfase na investigação da existência.

Hannah Arendt – A natureza humana só poderia ser conhecida do ponto de vista da divindade.
Condição humana – exercício da vida ativa que se desdobra em trabalho, obra e ação.

Trabalho: atividade do corpo humano em seu aspecto biológico; Obra: transforma a natureza e
cria cultura; Ação: atividade política – o que os indivíduos realizam entre si.

A condição humana não define o que somos; ela condiciona; orienta; não determina de modo
algum.

Karl Marx – já trabalhado em dualismo psicofísico.

As raízes do existencialismo

Soren Kierkegaard - Para ele a vida dos seres humanos está repleta de expectativas
irrealizáveis que reduzem a sua existência. Abordou temas como a morte e a angústia
rompendo com a posição tradicional de negatividade, demonstrando que elas são condições
necessárias da vida humana e possibilitam o indivíduo tornar-se quem realmente é.

Ele acreditava que a interpretação feita pela religião era tendenciosa e separava os indivíduos
de sua verdadeira natureza divina. E a existência. Segundo Kierkegaard, esta questão havia
sido negligenciada pela tradição da filosofia.

Procurou construir uma filosofia voltada para a interrogação da vida humana.

Hegel - Para chegar ao Absoluto, o homem precisa questionar suas certezas e neste caminho
de dúvidas, estará pronto para pensar filosoficamente e então, conhecer o Absoluto.

Para Hegel tudo aquilo que pode ser pensado é real e tudo que é real pode ser pensado. Não
existiria, a priori, limite para o conhecimento, na medida em que a racionalização pode ser
realizada através do sistema dialético.

Essência em Hegel é diferente da essência em Platão e em Aristóteles.

O centro da argumentação é a relação entre o mecanismo de apreensão da realidade e a


própria realidade. Segundo o autor, a consciência se expande e se modifica de acordo com os
conflitos dos desejos, ou conflitos com outras consciências, derivados de experiências sociais.
Para que o homem consiga buscar a verdade, deve assimilar as transformações das coisas por
meio da assimilação das transformações das ideias também.
Friedrich Nietzsche – o sentido da vida é a interrogação da própria vida. Todo ser humano é
um estranho para si mesmo e, por isso, a prática filosófica precisa orientar-se para uma
investigação da existência humana cotidiana. Cabe a cada um transformar a própria vida, de
simples acidente em uma existência autêntica.

*A vida não tem sentido algum de antemão, seus sentidos são construídos por nós mesmos,
conforme vivemos.

Heidegger - faz a distinção entre o ser e o ente. Um ente é tudo que existe, o ser é aquele que
tem faculdade de questionar sobre si mesmo.
Para Heidegger no passado, os filósofos não indagavam sobre o ser e sim sobre o ente, uma
coisa.
Ou então, buscavam entender o ser humano a partir de relação com os objetos e com o meio
que ele estava.
Para o estudioso alemão o homem é um “Dasein”.
O verbo, de origem alemã significa “sein” – ser e “da” – aí. Desta forma, o homem é um “ser
aí” que é neste mundo.
Esta é a grande diferença com os “Entes”, pois o ente “está” no mundo.
Poder ser é a possibilidade de cada “dasein” de ser capaz de escolher em cada momento o que
deseja ser, empregar seus esforços neste mundo.
Por outro lado, os animais não podem escolher. Exemplo: um gato. Sempre vai estar em busca
de comida e abrigo até o final dos seus dias. Ente.
Já o "dasein" pode escolher, mas deve fazê-lo no mundo em que foram jogados. Note-se que o
“dasein” não escolheu estar neste mundo e nem neste tempo. Ser.
Por isso, o "dasein" deve transformar sua existência em projeto que só terminará com a morte.
Existência autêntica (escolhas) x existência inautêntica é aquela que renuncia à possibilidade
de escolha, de pensamento, de ação e deixa que outro decida por si. Este se transforma na
massa, perdendo a si mesmo na multidão).
Estudou o ser- no- mundo (espaço); ser-com (relações com o mundo/coisas); ser-com-os-
outros (relação com outro ser humano); ser-para-a-morte (temporalidade) – abandonar a vida
banal para uma existência autêntica e criativa.
Sem responsabilidade a consciência não perdoa, não da paz – angústia.
Liberdade; projeto (aquilo que se lança).

Husserl - procurou desvendar a essência das coisas e dos seres.


Para ele, o mundo só pode ser compreendido a partir da forma como se manifesta, ou seja,
como aparece para a consciência humana. Não há um mundo em si e nem uma consciência em
si. A consciência é responsável por dar sentido às coisas.

Uma importante contribuição do autor é a ideia de que a consciência é sempre intencional, é


sempre consciência de algo. Esse pensamento contraria a tradição, que entendia a consciência
como possuidora de uma existência independente.

Simone de Beuvoir – estudo da condição da mulher na sociedade – ninguém nasce mulher,


mas torna-se mulher conforme vive. Não existe natureza feminina; o ser mulher não é uma
essência (biológica ou cultural) que se realiza, mas uma construção que cada mulher faz em
sua vida. Ela fala da condição feminina – a cultura e o pensamento sempre foram dominados
pelos homens e que a mulher foi relegada a um segundo plano. Desvendar essa condição é a
tática para lutar contra ela, construindo outras realidades para o feminino.
Jean-Paul Sartre – afirma que o homem é uma unidade de corpo e consciência, inseparáveis,
uma vez que o corpo sem consciência não é humano e uma consciência sem corpo é
impossível.

O corpo é um ser-em-si - existe para si mesmo, que tem identidade – como as coisas;
enquanto a consciência é um ser-para-si - existe para si mesmo, sabe que existe, mas não tem
identidade.

Essa existência dual é geradora de angústia;

No caso das coisas, a essência vem em primeiro lugar, dando uma identidade a cada ser. O
homem, por ser consciente, a existência é anterior à essência- primeiro existimos, somos
lançados no mundo para depois poder ser alguma coisa. Sartre abandona a noção de natureza
humana (essência) e fala em condição humana.

Ter ciência de alguma coisa é saber, ter consciência é saber que sabe.

A condição humana é marcada por três realidades: o ser-no-mundo; o ser-com-os-outros; ser-


para-a-morte. O ser humano nunca é alguma coisa, ele sempre está em determinada condição.

Sartre que o humano não é propriamente um ser, mas um vir-a-ser, na medida que ele é
sempre projeto.

Exemplo: não nasci professora de filosofia, me tornei, e meus alunos recolhessem e recebo
deles uma identidade. Mas para meus filhos não sou professora de filosofia, e sim, mãe.

A identidade imposta por outro limita as possibilidades do indivíduo e fere sua liberdade.

Má fé – é quando a pessoa vive mentido para si e tendo uma existência inautêntica.

A existência autêntica está fundada na liberdade, que nada mais é, do que a capacidade de
fazer escolhas.

Para Sartre, o ser humano está condenado a ser livre, pois a única escolha que ele não pode
fazer é a de não ser livre. O ser humano é livre porque sua existência é gratuita, não tem
finalidade definida. Na medida em que é nada, o ser humano pode ser tudo.

A escolha gera responsabilidade por toda uma humanidade, pois alguém sempre escolhe para
si e pelos outros.

O que somos?

Poesia: O homem; as viagens – Carlos Drummond de Andrade

Autoconhecimento – conhece-te a ti mesmo e conhecerás os homens, o mundo e os deuses;

Dualismo psicofísico

Outros estudos filosóficos: Aristóteles – animal racional e animal político; ser de linguagem -
Linguagem – lógica / logos – razão

Platão: a psique era o elemento que dava vida ao corpo, pura matéria - alma

o temperamento da alma (forma como as três almas se temperam, se misturam, com uma
delas predominando).
Temperamentos básicos:

. Concupiscível (ventre) – desejos e paixões

. Irascível (peito) – ira e irritação

. Racional (cabeça) – pensamento Alma superior

A condição ideal para o ser humano é o predomínio do caráter racional, porém, nem todos são
assim.

Platão - cidade justa – é aquela no qual o cidadão é educado para se conhecer plenamente,
para viver de acordo com suas habilidades, contribuindo com o melhor de si e tendo a virtude
como principal valor, podendo assim, ser possível alcançar a felicidade.

Em Aristóteles, o caráter é o temperamento dos quatros elementos básicos (quente, frio, seco
e úmido) e os humores (sangue – corajoso e amoroso; fleuma – racional e calmo; bílis amarela
– agressivo e irritadiço e bílis negra – desanimado e inquieto).

Educar nosso desejo para que evitemos o vício e alcancemos a virtude (equilíbrio), conquistada
pelo exercício da prudência.

Virtudes (qualidades: equilíbrio)

Natureza humana (nascemos com ela) – ideia que exista uma essência humana que nos
distingue das outras coisas – animais, vegetais, etc.

Homo sapiens; homo economicus; homo faber; homo laborans; homo ludes ou o conjunto
deles.

O que fazemos ao longo de nossa vida é transformar em atos as potencialidades que legamos
desde o nascimento.

Para Aristóteles, a essência existe antes mesmo de o ser existir. Ao longo da vida humana, a
essência vai se realizando com a ação.

A filosofia existencial se opõe a essa ideia e afirma que a existência precede a essência.

Alguns filósofos acreditam que o ser humano não é definido por uma característica universal
(que está presente em todos os humanos em qualquer época e lugar), mas sim, por aquilo que
cada um faz a si mesmo – realizações humanas no mundo – tira o foco da essência e coloca na
existência.

Condição humana – (compreender como os homens vivem e se relacionam com os demais


indivíduos e com as coisas do mundo) – fatores históricos + ações que exercem sobre essa
condição, sempre transformando-a.

Existencialista – colocam ênfase na investigação da existência.

Hannah Arendt – A natureza humana só poderia ser conhecida do ponto de vista da divindade.
Condição humana – exercício da vida ativa que se desdobra em trabalho, obra e ação.

Trabalho: atividade do corpo humano em seu aspecto biológico; Obra: transforma a natureza e
cria cultura; Ação: atividade política – o que os indivíduos realizam entre si.
A condição humana não define o que somos; ela condiciona; orienta; não determina de modo
algum.

Karl Marx – já trabalhado em dualismo psicofísico.

As raízes do existencialismo

Soren Kierkegaard - Para ele a vida dos seres humanos está repleta de expectativas
irrealizáveis que reduzem a sua existência. Abordou temas como a morte e a angústia
rompendo com a posição tradicional de negatividade, demonstrando que elas são condições
necessárias da vida humana e possibilitam o indivíduo tornar-se quem realmente é.

Ele acreditava que a interpretação feita pela religião era tendenciosa e separava os indivíduos
de sua verdadeira natureza divina. E a existência. Segundo Kierkegaard, esta questão havia
sido negligenciada pela tradição da filosofia.

Procurou construir uma filosofia voltada para a interrogação da vida humana.

Hegel - Para chegar ao Absoluto, o homem precisa questionar suas certezas e neste caminho
de dúvidas, estará pronto para pensar filosoficamente e então, conhecer o Absoluto.

Para Hegel tudo aquilo que pode ser pensado é real e tudo que é real pode ser pensado. Não
existiria, a priori, limite para o conhecimento, na medida em que a racionalização pode ser
realizada através do sistema dialético.

Essência em Hegel é diferente da essência em Platão e em Aristóteles.

O centro da argumentação é a relação entre o mecanismo de apreensão da realidade e a


própria realidade. Segundo o autor, a consciência se expande e se modifica de acordo com os
conflitos dos desejos, ou conflitos com outras consciências, derivados de experiências sociais.
Para que o homem consiga buscar a verdade, deve assimilar as transformações das coisas por
meio da assimilação das transformações das ideias também.

Friedrich Nietzsche – o sentido da vida é a interrogação da própria vida. Todo ser humano é
um estranho para si mesmo e, por isso, a prática filosófica precisa orientar-se para uma
investigação da existência humana cotidiana. Cabe a cada um transformar a própria vida, de
simples acidente em uma existência autêntica.

*A vida não tem sentido algum de antemão, seus sentidos são construídos por nós mesmos,
conforme vivemos.

Heidegger - faz a distinção entre o ser e o ente. Um ente é tudo que existe, o ser é aquele que
tem faculdade de questionar sobre si mesmo.

Para Heidegger no passado, os filósofos não indagavam sobre o ser e sim sobre o ente, uma
coisa.

Ou então, buscavam entender o ser humano a partir de relação com os objetos e com o meio
que ele estava.

Para o estudioso alemão o homem é um “Dasein”.

O verbo, de origem alemã significa “sein” – ser e “da” – aí. Desta forma, o homem é um “ser
aí” que é neste mundo.
Esta é a grande diferença com os “Entes”, pois o ente “está” no mundo.

Poder ser é a possibilidade de cada “dasein” de ser capaz de escolher em cada momento o que
deseja ser, empregar seus esforços neste mundo.

Por outro lado, os animais não podem escolher. Exemplo: um gato. Sempre vai estar em busca
de comida e abrigo até o final dos seus dias. Ente.

Já o "dasein" pode escolher, mas deve fazê-lo no mundo em que foram jogados. Note-se que o
“dasein” não escolheu estar neste mundo e nem neste tempo. Ser.

Por isso, o "dasein" deve transformar sua existência em projeto que só terminará com a morte.

Existência autêntica (escolhas) x existência inautêntica é aquela que renuncia à possibilidade


de escolha, de pensamento, de ação e deixa que outro decida por si. Este se transforma na
massa, perdendo a si mesmo na multidão).

Estudou o ser- no- mundo (espaço); ser-com (relações com o mundo/coisas); ser-com-os-
outros (relação com outro ser humano); ser-para-a-morte (temporalidade) – abandonar a vida
banal para uma existência autêntica e criativa.

Sem responsabilidade a consciência não perdoa, não da paz – angústia.

Liberdade; projeto (aquilo que se lança).

Husserl - procurou desvendar a essência das coisas e dos seres.

Para ele, o mundo só pode ser compreendido a partir da forma como se manifesta, ou seja,
como aparece para a consciência humana. Não há um mundo em si e nem uma consciência em
si. A consciência é responsável por dar sentido às coisas.

Uma importante contribuição do autor é a ideia de que a consciência é sempre intencional, é


sempre consciência de algo. Esse pensamento contraria a tradição, que entendia a consciência
como possuidora de uma existência independente.

Simone de Beuvoir – estudo da condição da mulher na sociedade – ninguém nasce mulher,


mas torna-se mulher conforme vive. Não existe natureza feminina; o ser mulher não é uma
essência (biológica ou cultural) que se realiza, mas uma construção que cada mulher faz em
sua vida. Ela fala da condição feminina – a cultura e o pensamento sempre foram dominados
pelos homens e que a mulher foi relegada a um segundo plano. Desvendar essa condição é a
tática para lutar contra ela, construindo outras realidades para o feminino.

Jean-Paul Sartre – afirma que o homem é uma unidade de corpo e consciência, inseparáveis,
uma vez que o corpo sem consciência não é humano e uma consciência sem corpo é
impossível.

O corpo é um ser-em-si - existe para si mesmo, que tem identidade – como as coisas;
enquanto a consciência é um ser-para-si - existe para si mesmo, sabe que existe, mas não tem
identidade.

Essa existência dual é geradora de angústia;

No caso das coisas, a essência vem em primeiro lugar, dando uma identidade a cada ser. O
homem, por ser consciente, a existência é anterior à essência- primeiro existimos, somos
lançados no mundo para depois poder ser alguma coisa. Sartre abandona a noção de natureza
humana (essência) e fala em condição humana.

Ter ciência de alguma coisa é saber, ter consciência é saber que sabe.

A condição humana é marcada por três realidades: o ser-no-mundo; o ser-com-os-outros; ser-


para-a-morte. O ser humano nunca é alguma coisa, ele sempre está em determinada condição.

Sartre que o humano não é propriamente um ser, mas um vir-a-ser, na medida que ele é
sempre projeto.

Exemplo: não nasci professora de filosofia, me tornei, e meus alunos recolhessem e recebo
deles uma identidade. Mas para meus filhos não sou professora de filosofia, e sim, mãe.

A identidade imposta por outro limita as possibilidades do indivíduo e fere sua liberdade.

Má fé – é quando a pessoa vive mentido para si e tendo uma existência inautêntica.

A existência autêntica está fundada na liberdade, que nada mais é, do que a capacidade de
fazer escolhas. Para Sartre, o ser humano está condenado a ser livre, pois a única
escolha que ele não pode fazer é a de não ser livre. O ser humano é livre porque sua existência
é gratuita, não tem finalidade definida. Na medida em que é nada, o ser humano pode ser
tudo.

A escolha gera responsabilidade por toda uma humanidade, pois alguém sempre escolhe para
si e pelos outros.

Você também pode gostar