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A Filosofia na História

Filosofia Antiga um deve ser filósofo). Ser ético é ser bom, pois temos no
nosso intelecto a ideia de bem comum.
*Filosofia antiga: Os pré-socráticos
Aristóteles: aceitava a mudança. Era empírico: doutrina
Século VI a.C. Surgimento da democracia (poder na mão que admite a verdade somente vinda da experiência,
do povo). Política grega: isonomia (igualdade da lei para materialista. Método indutivo: do particular para o geral.
todos). Passagem do mito (religião) ao logos (razão, Ato e potência: ato, o que algo é; potência, o que algo
pensamento intelectual). Do mundo cosmogônico pode vir a ser. Ética do meio termo: a razão conduz o
(deuses) para cosmológico (ordem pela razão). Pólis, homem à pratica da justiça: medida de equilíbrio entre o
cidade estado, debate em praça pública (ágora). Questão excesso e a falta de algo qualquer. Política: o homem é
existencial: “De onde vim?”. Origem= arché. Resposta na um “animal político”, nasce para viver em sociedade, se
physis=física, natureza, cosmo, matéria. realizar como cidadão da pólis. O objetivo da vida é a
Felicidade. Seguidor de Heráclito.
Tales de Mileto: água.
Astronomia de Aristóteles: a Terra no centro e imóvel
Anaximandro: ápeiron (indeterminado, ilimitado). O (GEOCENTRISMO). O resto são corpos celestes. Mundo
tempo é o grande juízo. supralunar e mundo sublunar. A Terra é composta dos
quatro elementos (terra, água, fogo e ar) e os corpos
Anaxímenes: ar. Pneuma: respiração.
celestes são compostos pelo éter ou quintessência.
Pitágoras: Os elementos dos números (par e ímpar). Par
Lei da queda dos corpos: todo corpo pesado tende ao
ímpar. Um: força geradora.
chão porque é o lugar ou essência dele. Todo corpo leve
tende a flutuar porque é a essência dele ou lugar dele.
Heráclito: fogo e mudança. “Não podemos mergulhar no
Uma formiga e um elefante: o elefante chega primeiro ao
mesmo rio duas vezes”. Ciências humanas. Método
solta-los juntos. Tudo pela essência ou qualidade do
experimental e indutivo (do particular para o geral).
corpo. Por isso sua física é chamada de qualitativa.
Parmênides: essência, o que não muda, eterno, o ser. “O
Teoria das quatro causas: causa material- o material
ser é e não pode não ser ao mesmo tempo”. Ciências
que é feito um objeto; causa formal- forma ou modelo ou
exatas. Método dedutivo (do geral ao particular).
essência, causa eficiente- onde vem a mudança ou o
repouso, o pai é causa do seu filho, causa final- é o fim, o
Empédocles: terra, água, fogo e ar. O amor une e o ódio
caminhar é a causa da saúde.
separa.
*Filosofia antiga: pós socráticos ou helenística
Demócrito e Leucipo: átomos.
Século IV a.C. Conquista da Grécia pela Macedônia com
*Essência: o que faz algo ser o que é e não outra coisa.
Alexandre, o Grande. Leva a cultura grega para o mundo
ocidental, helenismo, mistura de culturas.
*Filosofia antiga: Os socráticos ou clássicos. Cosmopolitização: homem participante da ordem do
Universo, conhecedor de outros povos. O homem grego
Século V a.C. Sofistas: homens que usavam do bom passa da vida pública para a vida privada. Filosofia: busca
argumento para enganar e tirar vantagem na política, da felicidade interior, intimidade, alma, morte, Deus,
cobravam pra ensinar. prazer, deveres, moral, amizade...

Sócrates: muda a questão existencial para “quem sou Epicuro (epicurismo): prazer moderado, ataraxia
eu?” (O que é o homem, o nomos?). Foi acusado (ausência de dor, imperturbabilidade da alma), eliminação
injustamente por ir contra os deuses e corromper a de crenças religiosas e superstições. Somos átomos,
mocidade. Dialogava: Maiêutica = trazer às claras o que partículas unidas que um dia dividirão novamente.
está nas trevas. Ironia = método para o questionamento e Autarquia: governo da própria vida. Angústia e
ir à verdade. Racionalista. O homem é sua alma. infelicidade: medo da morte. “A morte par nós não é
“Conhece-te a ti mesmo”. “Sei que nada sei”. “Uma vida nada... quando estamos vivos, é ela que não está
sem busca não merece ser vivida”. presente e quando ela está nós é que não estamos”.

Platão: dualismo: mundo sensível (material) x mundo Zenão de Cício (estoicismo): amor ao destino, é a
inteligível ou das ideias, do intelecto (razão). A verdade melhor maneira de ser feliz. Bem do todo é melhor que o
está no inteligível, na essência, que não muda. Seguidor bem individual. Amor fati = amor aos fatos, ao próprio
de Parmênides. Método: Dialética, diálogo, contradições. destino, se aceitar como é.
Racionalista/ idealista (acredita no poder do pensamento
e da razão). Mito da caverna: devemos sair do mundo das Pirro (pirronismo): ceticismo, tudo é incerto, tudo pode
correntes, das ilusões, das sombras, das enganações e ser contestado, não há conhecimento nem verdade.
descobrir a verdade através da filosofia. Política: reis- Suspender os juízos, os julgamentos. Viver o momento,
filósofos, aristocracia (um em nome do bem comum, esse
nunca olhar para trás, nem buscar o futuro, para não - Objeto de pesquisa: como podemos conhecer? Qual o
sofrer. melhor caminho? Razão ou experiência? Racionalismo ou
empirismo?
Diógenes (cinismo): conhecer a si mesmo e desprezar a
vida, os prazeres materiais e os bens materiais. Kynicos: Racionalista e idealista: Renê Descartes, França,
cínico, como um cão. século XVII: dúvida metódica; pensamento firme, certo e
seguro; dualismo: substância pensante (res cogitans),
*FILOSOFIA MEDIEVAL: pensamento cristão substância extensa (res extensa); geometria analítica
(coordenadas cartesianas); valorização do eu pensante:
Do século I d.C. ao século XIV d.C. Cristianismo. Igreja “cogito ergo sum” (penso, logo existo); ideias inatas
Católica como instituição social do ocidente. (nascemos com elas, como ideia de perfeição, infinitude,
Geocentrismo (Terra centro imóvel do Universo). Fixismo. eternidade...); método cartesiano: regra da evidência, da
Século XIII = Inquisição. Na Política o rei tinha “o poder análise, da síntese e da enumeração.
divino de governar, escolhido por Deus.”
Racionalista: Baruch Espinosa, Holanda: racionalismo
Patrística: Santo Agostinho. Espírito superior ao corpo. radical, crítica às superstições religiosas, políticas e
Graças somente aos predestinados. Interioridade. filosóficas. Deus imanente, não está fora nem dentro do
Vontade e liberdade levam ao pecado. Fé x Razão. A fé é Universo: ele é o próprio Universo. Deus = Natureza.
superior a razão. Crer para compreender. Cristianizou Tudo se resolve pela razão.
Platão. Racionalista.
Contra a corrente racionalista: Blaise Pascal, França:
Escolástica: São Tomás de Aquino. Juntar fé e razão. desconfia da razão. “O coração tem razões que a própria
Prova cosmológica (no caso, no mundo material) da razão desconhece”. “No fundo, o que é o homem na
existência de Deus. Levar a fé pelo ensinamento, natureza? É nada em relação ao infinito, é tudo tem
exemplos: os jesuítas. Cristianizou Aristóteles, empírico, relação ao nada, algo de intermediário entre o nada e o
experimentalista e materialista. tudo”. Diante da astronomia de sua época: “O silêncio
eterno dos espaços infinitos apavora”. A razão tem limites.
*FILOSOFIA MODERNA: nova ciência, racionalismo x Deus é alcançado pelo coração e pela fé e não pela
empirismo razão.

-Retorno aos clássicos gregos; Renascimento, Empiristas (conhecimento através da experiência):


Humanismo (valorização do ser humano, Francis Bacon: valoriza a pesquisa experimental. Criou o
antropocentrismo). lema, “saber é poder”. Usava a palavra Ídolo como
sentido especifico de erro enraizado, falsa noção,
-Burguesia, passagem do feudalismo para o capitalismo. preconceito e mau hábito mental. O filósofo destaca
quatro gênero de ídolos que entorpecem a mente humana
- Formação dos Estados nacionais. e prejudicam a ciência, são eles: ídolos da tribo, ídolos
da caverna, ídolos do mercado ou do foro e ídolos do
- Reforma protestante com Martinho Lutero(1517). teatro.

- Invenção da imprensa (1453). Empirista George Berkeley, Irlanda do Sul: disse que
não só o conhecimento vem dos sentidos como afirmou
-Giordano Bruno: Infinitos mundos e não um só (método que a experiência das coisas nada mais é do que a
matemático-experimental); Isaac Newton: Universo é uma percepção que temos dessa existência.
máquina, mecanicismo, gravitação universal.
Empirista David Hume, Escócia: só temos ideia daquilo
- Copérnico: revolução copernicana: o sol no centro do que já vimos ou sentimos na experiência. Não podemos
Universo e parado. A Terra girando: heliocentrismo. conhecer pelo hábito causado pelo método indutivo (que
parte do particular para o geral). Conhecemos através do
- Galileu Galilei: revolução cientifica, porque provou a método dedutivo (do geral ao particular). Sua tese é de
teoria de Copérnico: método matemático-experimental. probabilidade e não de certezas.
Física quantitativa, por experimentos e números.
Existem apenas dois mundos: um chamado Bíblia e o Iluminismo = razão em busca da liberdade: burguesia,
outro Natureza. Um salva as almas e é um péssimo livro revolução industrial, igualdade perante as leis para todos,
de astronomia, o outro podemos conhecer pela tolerância religiosa ou filosófica, estudo da natureza e do
experiência e pela matemática, pois Deus o fez em ser humano, estudo da história e do progresso. Os
linguagens matemáticas (figuras formas). Experimental ou iluministas:
empírico.
Montesquieu, França: separação dos poderes em
- Isaac Newton: racionalista (não experimental ou Legislativo, Executivo, Judiciário, para evitar a tirania.
empírico) e resolveu o problema da física e da lei da Acreditava nas leis naturais do homem.
queda dos corpos com a teoria da Gravitação Universal:
forma invisível que tem o poder de atrair os corpos para o Voltaire, França: “Se Deus não existisse seria preciso
centro da Terra. Rompendo de vez com Aristóteles. inventá-lo”. Criticou os poderoso, o clero católico e à
intolerância religiosa. Liberdade de pensamento.
Immanuel Kant, Alemanha: o homem deve ser guiado Karl Marx, Alemanha: o homem é instrumento do
por sua própria razão. Critica o conhecimento puro da domínio de classe, por condições materiais nasce a
razão e puro da experiência. É preciso fazer síntese dos desigualdade entre as classes. Vivemos em luta de
dois. Experimentar e com a razão entender. Não classes. “Não podemos apenas conhecer o mundo, temos
conhecemos as coisas mesmas mas, as coisas tal como que transformá-lo, e através da filosofia”. Materialista.
as percebemos. Fez uma nova “revolução copernicana” Dialética: experiência, razão, experiência. Conhecer é
no conhecimento acabou com a briga, o conhecimento experimentar.
vem através da razão e da experiência AO MESMO
TEMPO. Idealista. Os contra -corrente e chamados “Pré -
existencialistas”:
PÓLÍTICOS DO PERÍDO MODERNO:
Feuerbach, Alemanha: concreto, ser natural e social,
Nicolau Maquiavel, Itália: separação entre política e materialismo como Marx.
ética. Realista. O homem por natureza é mau e não tem,
sozinho, a capacidade de transformação. Por isso, a Schopenhauer, Alemanha: o mundo como vontade
figura do “Estado”. É preciso regular as lutas e tensões da representação. O ser humano não conhece as coisas
sociedade, entre a figura do “Príncipe”. Manter o poder. como elas são, mas como podem ser percebidas e
“Os fins justificam os meios”. Se precisar volta atrás com interpretadas. O mundo é representação. Visão
sua palavra. Política deve ser fora dos costumes éticos e pessimista da vida. O homem deseja sempre, se
fora da religião, por isso o termo: “maquiavélico” (sem insatisfaz, acontece as lutas, sofrimentos e dores. A
moral). É um republicano e não absolutista. liberdade vem pela arte. Lança a filosofia da existência.

Thomas Hobbes, Inglaterra: o primeiro grande Kierkegaard, Dinamarca: a verdade não vem da razão e
contratualista. Necessidade do Estado Soberano. Contra sim da fé. Então lança o irracionalismo.
Aristóteles do “animal político”. É pessimista. O estado de
natureza humana é ser mau, lutar contra seus Relação do ser humano com o mundo: angústia.
adversários. A espécie humana poderia acabar com a
“guerra de todos contra todos”. Então, consciente disso Relação do ser humano consigo mesmo: inquietação e
faz o contrato social, abre mão da liberdade natural mas, desespero.
garante a vida. O Leviatã era o Estado, dar proteção e
fazer as leis. Relação do ser humano com Deus: única via de
recuperação da angústia e do desespero... Isso é
John Locke, Inglaterra: Liberalismo. Estado de natureza: incompreensível pela razão.
isolado, cada um manda em si, podendo existir problemas
nas relações entre os indivíduos. O Estado garante a Friedrich Nietzsche, Alemanha: uma filosofia a “goles de
liberdade, os direitos naturais, propriedade e direitos martelo”. Vai contra filosofia de Sócrates que esnobou os
individuais. pré-socráticos. Vai contra os valores morais. Não existe
bem e mal, tudo é histórico-cultural. Escreveu em forma
Jean-Jacques Rousseau, Suíça: da vontade geral surge de aforismos: frases curtas e não explicativas. Niilismo
o estado. O estado de natureza humana é ser bom, “o sentimento opressivo e difuso, próprio as fases agudas de
bom selvagem”. O povo faz um pacto social com o Estado ocaso de uma cultura. Ideia da morte de Deus: nós
e submete sua vontade particular em nome da vontade matamos Deus por medo de Deus. “Ouse conquistar a
geral. A sociedade é que corrompe o homem, suas si mesmo”.
disputas e lutas.
Moral do escravo: tradição socrática e judaísmo-
*FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA cristianismo. Humano diminui sua potência, culpado. Nega
a vida.
Os Reformadores Sociais (século XIX):
Moral do senhor: positiva, afirmação da potência humana,
Augusto Comte, França. Fundação do positivismo: Superar é o além-do-homem. O super-homem.
totalmente a favor das ciências, avança a tecnologia, visa
ORDEM e PROGRESSO. Reorganizar a sociedade Edmund Husserl, Morávia, hoje República Tcheca: sua
através do intelecto. Religião da Humanidade: adoram os filosofia foi conhecida como Fenomenologia, a ciência dos
cientistas. fenômenos humanos, aquilo que acontece. Investigação
das experiências conscientes, o mundo da vida. Volta ao
Hegel, Alemanha: do Estado surge o indivíduo. Não mundo onde o ser existe, às coisas ao seu redor.
existe indivíduo em estado de natureza. O indivíduo
humano é um ser social, que só encontra seu sentido no O século XX: uma era de incertezas: será que os
Estado. O Estado surge antes do indivíduo. Um idealista, problemas econômicos Do século XIX foram resolvidos no
acredita que a solução para todos os problemas é o uso século XX?
da razão, do intelecto. A filosofia é o pássaro de minerva
que chega ao anoitecer, é o espírito absoluto do O EXISTENCIALISMO
conhecimento. Racionalista. Dialética: Razão, experiência,
razão.
A existência humana como ponto principal de investigação Adestramento do corpo, a fim de fabricar o indivíduo
filosófica. Todas as suas relações. Uma visão dramática normatizado ou trabalhador adequando para a sociedade
da condição de vida humana. Alguns existencialistas: capitalista que visa produzir em massa, competir e ter.

Albert Camus, França: a única questão filosófica séria, Jurgen Habermas, filósofo vivo. Alemanha:
seria o suicídio. Somos imperfeitos, inacabados, não Racionalidade comunicativa. Verdade não mais como
temos liberdade plena, queremos e não podemos, uma adequação do pensamento à realidade, mas como
sofremos, sentimos dores, temos doenças e morremos. fruto da ação comunicativa. Verdade intersubjetiva: entre
sujeitos diversos. Consensualidade. Linguagem. Tenta
Martin Heidegger, Alemanha: Escreveu “Ser e Tempo”. “salvar a razão”.
Dasein: ser aí, estar aí.
Ética do discurso. Diálogo e interação entre grupos. Na
Ente: é a existência, os modos de ser alguém. política ser emancipado não é ser revolucionário, mas
participação numa sociedade respeitando o estado de
Ser: é a essência, que ilumina sua existência e da sentido. direito do outro.

*Três etapas da existência: 1ª o fato: fomos lançados Fonte: Fundamentos da Filosofia: Gilberto Cotrim e Mirna
nesse mundo sem nenhuma escolha. Fernandes.

2ª o desenvolvimento: existir é construir um projeto, mas


não é bem assim que funciona, não somos o que somos,
somos o que os outros querem que sejamos.

3ª destruição do ser: somos para outro, uma banalidade,


confronto do eu com o outro = “para o outro”.

O DESPERTAR é a angústia. Temos da morte. Temos


do nada. Sente um ser para a morte. Se eu vou morrer
(nada), então nada vale a pena buscar, vivendo
angustiado. Heidegger oe pessimista.

Jean-Paul Sartre, França. Século XX: Escreveu “O ser e


nada”.

O ser é o que é e não o que ele pode vir a ser ou o que


sabe fazer e não faz = ENTE EM SI.

O ser não é nem sim nem não. Não é positivo nem


negativo. Nem ativo nem passivo.

O ser repousa em si. É rígido. Quando existe é ENTE


PARA-SI.

O NADA é um espaço aberto, acessível para mudança,


um vazio à espera das possibilidades de ser algo. O
NADA é ALGO. É um otimismo existencial.

FILOSOFIA PÓS-MODERNA

Michel Foucault, século XX, França: Microfísica do


poder: dominação são várias formas de dominação que
pode exercer numa sociedade. Discursos (verdades)que
levam ao poder. Micropoderes.

Vigiar e punir: mecanismos de controle social e punição


cada vez mais visível e racionalista.

Figura do pai, do professor e do médico.

Instituições fechadas: dominação do louco e seu


confinamento. Sociedade disciplinar.

Controle da sexualidade, medicalização da sexualidade.


Proibição. Especialista competente, o sexo é vigiado e
punido. Não é cultural é biológico.

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