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CARPIGIANI, Berenice. Psicologia - Das raízes aos movimentos contemporâneos.

Ed. Pioneira Psicologia. São Paulo. 2002.

Cap. 01:
1.1 Pensamento Mítico e pré Socrático

Descrever o desenvolvimento do pensamento humano e como se constituiu a


psicologia enquanto ciência são os objetivos do livro.

MITO: pensamento mítico como primeira tentativa de elaboração sobre a realidade.


Narrativa imaginária que explica o mundo por meio de seres sobrenaturais, forças e
poderes e eventos (SEVERINO, 1992).

Hesíodo: Teogonia e Os Trabalhos e os Dias

Passagem em que a autora faz recomendação de livros em segunda pessoa.

Homero: Ilíada e Odisseia


Em ambas as obras os deuses decidem sobre o destino dos homens
Busca pela posição do homem no mundo e pela sua relação com a natureza.

"O mito corresponde à satisfação do desejo humano de encontrar sentido e


sistematicidade nos fenômenos que o cercam." (CARPIGIANI, p.6)

Mueller: atitude animista inicial da humanidade. Projetar no exterior desejos e


temores e conferir poderes ocultos aos seres e coisas. Associação (problemática)
entre mentalidade primitiva e mentalidade infantil.

1.2 O Pensar Pré-Socrático

VII- VI a.C: Abandono progressivo do pensamento mítico.

Os Pensadores: Instituição da moeda na Ásia como fator de enfraquecimento das


aristocracias e de expansão do pensamento científico.

pré-socráticos. Crítica ao pensamento mítico (não estava presente em Homero e


nem em Hesíodo). Um dos grupos devotava-se a encontrar a Physis, o elemento
básico e originador da vida de do universo (fisiólogos).

Tales de Mileto: Introduziu o pensamento de que se algo existe é porque se originou


de alguma outra coisa, o elemento básico seria a água.

Heráclito (idem, fogo)


Anaxímenes (idem, ar)
Empédocles (combinação dos quatro elementos infinitamente rearranjados seria a
base da natureza)
Demócrito (átomos)
Pitágoras (número como essência originadora)

Pensadores pré-socráticos sofistas: Homem na sociedade, o foco é a importância


do sujeito. Passagem para a reflexão antropológica.

Protágoras. Para ele não há formulação absoluta da realidade, já desenvolve uma


ideia de subjetividade. Há um sujeito conhecedor
Górgia. Linguagem como símbolo arbitrário. Tratado "Do não-ser": conhecimento e a
verdade são impossíveis de serem alcançados, nada existe. Transmissão de
conhecimento não é possível, o indivíduo pode apenas inferir o que o outro
conhece.

Cap.02:
O pensamento psicológico em Sócrates, Platão e Aristóteles.

A partir dos pré-socráticos tônica do sujeito pensante separado do mundo material


(imagino que seja do mundo natural).

2.1 Sócrates
Homem como centro dos estudos e da necessidade de compreensão e
entendimento. Apontava para a necessidade de que a filosofia se voltasse para
refletir sobre o homem.

Curta biografia de Sócrates. Consciência social, religiosa e política e intelectual


independente e bastante arraigada.

Contexto: questionamento social pela juventude da fé nos deuses. Bases sociais


abaladas. Alunos de Sócrates juntamente com ele defendiam a separação entre o
sistema moral e a religiosidade. O filósofo entendia que era possível ensinar o
Homem a ver a causa e o resultado de seus atos e que essa educação era
suficiente para que ele trilhasse um bom caminho.

Método:
Consciência da ignorância
Ironia: perguntas bem articuladas
Maiêutica: dar à luz a ideias bem consistentes

- universalidade dos direitos: qualquer indivíduo poderia submeter-se ao


exercício do pensamento.
- alma ponto de partida da vida, base da sua constituição são o caráter moral e
a razão
- racionalização

A partir de Sócrates o homem passa a fazer parte dos saberes, pois participante dos
fenômenos naturais, observador e observado, sujeito e objeto.

Condenação, defende a si mesmo. Morte por cicuta.

2.2 Platão

Funda sua escola de pensamento: a Academia (perto do bosque Academos)

Duas fontes principais de conhecimento: mundo sensível e mundo inteligível.


Pensamento transita entre esses dois pólos, o que vem do corpo e o que vem da
alma

Corpo como túmulo da alma. mundo sensível não representa a Verdade. Acima dele
está o mundo das ideias gerais, das essências que o homem atinge pela
contemplação.
Alma teria entrado em contato com as ideias antes de ligar-se ao corpo. Alma
possui a verdade (Doutrina da reminiscência)
Alma estaria permanentemente em conflito entre os prazeres da vida real e a
eternidade.

Mito da Caverna

pensamento político: sociedade ideal seria tripartida na divisão do trabalho


(soldados, guardiões e artesãos). Reis-filósofos

psicologia platônica: metáfora da alma como a carruagem conduzida por dois


cocheiros (a energia moral e o desejo)

2.3 Aristóteles

Funda sua escola: o Liceu

certeza sobre determinado fenômeno precisa estar ancorada em normas


organizadas de pensamento (método científico)

alma inexoravelmente ligada ao corpo. Informações presentes na consciência foram


antes apresentadas ao corpo pelo campo dos sentidos e são reorganizadas e
categorizadas.

4 causas que determinam o ser e as coisas


● causa formal: forma ou essência das coisas
● causa material: aquilo de que é feito uma coisa
● causa eficiente ou motora: aquilo de que provém a mudança ou o movimento
das coisas
● causa final: constitui o fim ou o escopo das coisas e ações

Mudança
ato e potência.
Potência como capacidade de se tornar ato e de gerar nova potência. Vida em
cadeia associativa. Transformação e movimento levam a um princípio original e
originador que seria Deus

Aristóteles se distanciaria de Platão e Sócrates, pois seu pensamento seria menos


subjetivo e criaria regras lógicas

psicologia: corpo como fonte de conhecimento

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