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Causa formal
A causa formal é a responsável pela coisa ser o que é. Uma cadeira é
reconhecida como cadeira por causa da forma de cadeira. Uma mesa é
reconhecida como tal por causa de sua forma e assim com todas as coisas.
Algo é o que é por causa de sua forma e isto é o oposto da matéria.
Uma estátua é o exemplo tradicional para que isto seja bem compreendido.
Grandes artistas olharam para blocos de mármore e viram, dentro do bloco, a
forma que queriam esculpir.
Assim, com o cinzel e o martelo, eles tiraram os excessos do bloco, de modo
que restasse em seu interior somente a forma que tinham visto.
As disposições que um escultor introduz no mármore são a causa da estátua,
segundo a forma. Esta escultura se torna uma obra de arte e não um simples
bloco por causa da forma pensada pelo artista. O mármore, por sua vez, é a
causa material.
O exemplo explica bem, mas é apenas uma analogia. Para refletir de forma
mais profunda, antes que a estátua existisse, o mármore já existia,
reconhecido como tal. Ora, o mármore também possui sua forma; portanto, é
mármore e não granito.
O escultor que usa a pedra para criar algo, na verdade, introduziu uma forma
acidental à forma que já existia, dita substancial.
Causa material
Causa final
“Que sempre todo agente age em vista de um fim, aja ele pela natureza ou pelo
intelecto”.
Mas por que alguns seres conhecem o fim enquanto outros não?
“É preciso que conheçam o fim aqueles agentes cujas ações não estão
determinadas, mas que podem, ao contrário, dirigir-se a extremos opostos, como
ocorre nos agentes voluntários; portanto, é necessário para estes que conheçam
o fim, pelo qual determinam suas ações. Por outro lado, entre os agentes
naturais, as ações já estão determinadas: não tem, portanto, necessidade de
escolher entre as coisas que são meios de alcançar o fim.
Por esta razão, é possível que o agente natural tenda sem deliberação a um
fim, caso em que tender a um fim não significa senão que ele tem inclinação
natural a algo”.
Para Aristóteles, estas razões justificam a teoria das quatro causas, e não
podem excluir nenhuma das que foram explicadas.
Resta apenas enquadrar nesta explicação os acontecimentos fortuitos.